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COOPERADOS AINDA DESCONHECEM O SIGNIFICADO DA DOUTRINA COOPERATIVISTA 75 A REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS E MARKETING DO COOPERATIVISMO Ano 16 COMUNICAÇÃO INTERNA MULHERES E COOPERATIVAS. PRESENÇA NO MOVIMENTO AVANÇA, PATINANDO Pessoas + AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO Agrocoop + PDGC: O PROGRAMA SOB MEDIDA PARA AS COOPERATIVAS Gestão +

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MUNDOCOOP 1

COOPERADOS AINDA DESCONHECEM O SIGNIFICADODA DOUTRINA COOPERATIVISTA

75A REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS E MARKETING DO COOPERATIVISMO Ano 16

COMUNICAÇÃO INTERNA

MULHERES E COOPERATIVAS. PRESENÇA NO MOVIMENTO

AVANÇA, PATINANDO

Pessoas+AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS

DO COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO

Agrocoop+PDGC: O PROGRAMA

SOB MEDIDA PARA AS COOPERATIVAS

Gestão+

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 54

DiretoriaDouglas Alves FerreiraLuis Cláudio G. F. Silva

RedaçãoEDITORA / Katia Penteado - MTb 11.682/SP

[email protected]

ArteDIRETOR DE CRIAÇÃO / Douglas Alves FerreiraASSISTENTE DE ARTE / Caroline Moraes Mori

[email protected]

PublicidadeDIRETOR COMERCIAL / Luis Cláudio G. F. Silva

COMERCIAL / Henrique G. [email protected]

AdministrativoFabiana Paron

[email protected]

RepresentanteBRASÍLIA

Linkey Representações e Publicidade Linda Cardoso - Tel (61) 3202-4710 / 8289-1188

[email protected]

ImpressãoTIRAGEM / 15 mil exemplares

FotosArquivo MundoCoop e Shutter Stock

A revista MundoCoop é uma publicação da HL/Mais Editorial Ltda.

Rua Atílio Piffer, 271 - Conj. 22 - Casa Verde02516-000 - São Paulo/SP - Telefone (11) 4323-2881

www.mundocoop.com.br

As opiniões emitidas pelos entrevistados não refletem, o pensamento da coordenação dessa publicação. Os anúncios

e artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

cooperativismosob observaçãoA REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS

E MARKETING DO COOPERATIVISMO

A relação das cooperativas com a sociedade é tema transversal nesta edição, sempre buscando expandir a reflexão

e avançar na aplicação dos princípios e da doutrina que permeia o movimento em âmbito local e internacional.

Capa enfoca a problemática da comunicação interna frente à diversidade de públicos – associados e funcionários – criando problemas que, se equacionados, favorecem a expansão das atividades

e a intercooperação, entre outros aspectos.

Entrevista apresenta Maxwell Haywood, diretor de Assuntos Sociais da ONU e ponto focal da instituição para o cooperativismo, que visitou o Brasil

e participou de eventos diversos, inclusive alguns lançamentos do Dia C. O foco de Haywood foi a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS). Esses temas e a doutrina cooperativista, para o entrevistado, são muito semelhantes, preconizam e promovem a inclusão, erradicando a miséria e a fome, entre outros aspectos. Para potencializar

a ação das cooperativas, sugere que essas instituições deixem a timidez de lado e mostrem seu potencial à sociedade em geral.

Pessoas fala sobre a mulher no cooperativismo, mostrando que, por mais que o cooperativismo defenda a igualdade entre todos os

membros, quando o assunto é gestão em cooperativas e em organizações do sistema, a presença feminina ainda é pouco expressiva.

Gestão Cooperativa trata de aspectos do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), que chega ao quinto ciclo, registrando

a adesão, no período, de cerca de 30% do universo cooperativo nacional.

Além desses assuntos e das tradicionais seções AgroCoop, CrediCoop, BrasilCoop, PMC, Coop no Mundo, Momento Cooperar, entre

outras, esta edição traz conteúdo fruto de parceria com o Observatório Nacional do Cooperativismo, responsável por estudos que buscam medir

produtividade, inovação e níveis de adoção de novas tecnologias, entre outros aspectos, em especial de cooperativas de crédito e do agro.

A partir desta edição, as seções AgroCoop e CrediCoop passam a apresentar estudo do Obscoop, aproximando cooperativas

e universidade, na tentativa de reduzir o hiato entre essas atividades, pois, no Observatório, os pesquisadores estão interessados em fazer a

pesquisa aplicada ao mundo das cooperativas. Perguntas como: quais as características das cooperativas que melhor atendem o interesse do cooperado; quais as estratégias que as cooperativas adotam

para melhorar a vida do seu cooperado estão sendo desenvolvidas.

A participação das cooperativas com o fornecimento de dados é o maior desafio. E as respostas serão apresentadas na MundoCoop a cada edição.

Com isso, a MundoCoop entra em 16º ano de existência, procurando anali-sar cenários e sugerir alternativas que coloquem o cooperativismo brasileiro

como protagonista do desenvolvimento econômico e da justiça social.

Ótima leitura!

Katia Penteado, Editora

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Sumário

Mulheres e cooperativas

34 | Pessoas

14 | GestãoPDGC: o programa sob medida para as cooperativas brasileiras

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ENTREVISTA

MAXWELL HAYWOODDiretor de assuntos sociais da ONUOPINIÃO

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COMUNICAÇÃO INTERNADIVERSIDADE DE PÚBLICO: PROBLEMA A SER EQUACIONADO PELAS COOPERATIVAS

MUNDOCOOP MUNDOCOOP 98

MA

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DENTRE VISTA

Como teve início sua relação com o cooperativismo e como se tornou o ponto focal da ONU para as cooperativas?

Desde a infância vi minha família dedicando parte das terras de sua propriedade para o cooperativismo, em especial para granjas. Pessoal-mente, como membro, participo de várias cooperativas e acompanhei o desenvolvimento dessas instituições desde a juventude, realizando ações junto comunidades, mesmo não sen-do obrigatoriamente em cooperati-vas. Na ONU, direcionei minhas ações

principalmente em crédito, que tem cooperativas muito sólidas. No Brasil, a base é muito sólida, seja na Saúde, no Crédito ou no Agronegócio.

A ONU estabeleceu 17 ODS. Há uma linha condutora comum a eles?

Os ODS têm o foco da inclusão e, por isso, pretendem sensibilizar toda a sociedade e, desse modo, não deixar ninguém para trás, ou seja, pretendem a inclusão de todos, e isso está plena-mente estabelecido nos documentos da ONU. Vale destacar que as pesso-as em vulnerabilidade social, aquelas que vivem na pobreza mais extrema, precisam que todos se unam para lhes assegurar uma vida digna, melhor, sem tantos riscos. Essas pessoas precisam ser empoderadas. Só assim elas sai-rão da condição sub-humana a que são submetidas todos os dias. Essa é a mais significante contribuição que pode ser obtida por meio dos ODSs.

De que forma o movimento cooperativista pode contribuir para o atingimento dos ODS?

Os ODSs e a doutrina cooperativis-ta são muito semelhantes, inclusive na essência dessa filosofia, que não dei-xa ninguém para trás, priorizando até mesmo os mais vulneráveis, os menos privilegiados. O movimento coopera-tivista já contribui com os objetivos revelados pela ONU. Porém, é preciso mostrar mais. É necessário sistemati-zar mais ações, para apontar os prota-gonistas das realizações, uma vez que a Agenda 2030 é essencialmente co-operativista. Olhando o agronegócio, por exemplo, há uma sintonia muito grande com o segundo ODS, que en-volve a erradicação da fome. No caso brasileiro, fiquei muito feliz em sa-ber da importância das cooperativas agropecuárias na economia nacional, contribuindo, inclusive, com a área de nutrição e a qualidade dos nutrientes.

Fundamentando em sua expe-riência como ponto focal da ONU para as cooperativas, de

prioritariamente para as áreas de de-senvolvimento social, de jovens, áre-as de grande pobreza e outros temas que se relacionam diretamente com o cooperativismo.

Olhando o cooperativismo em sua terra natal, que paralelo faz com o movimento no Brasil?

Pesquisas recentes mostram que o cooperativismo em Saint Vincent está em um de seus melhores momentos, com mais de 60% da população como membros de alguma cooperativa. Também há uma crescente penetra-ção desse tipo de estrutura no país,

Deixar de ser tímido e mostrar seu potencial: a recomendação da ONU para o cooperativismo

MAIS

Diretor de Assuntos Sociais da ONU e ponto focal da instituição para o cooperativismo, Maxwell Haywood desenvolveu agenda intensa no Brasil no início de março, a partir de São Paulo (SP), onde participou do seminário internacional “O Cooperativismo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, em 6 de março, e do lançamento do Dia C no Sistema Ocesp, no dia 7, em evento promovido pelo Sescoop/SP - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de São Paulo

e que contou com o “Painel de Desenvolvimento Sustentável: Cooperativas e ONU pela transformação do mundo”. Ao longo da semana, foi convidado a participar de uma série de eventos das organizações estaduais e cooperativas, objetivando o lançamento do maior programa de responsabilidade socioambiental do cooperativismo brasileiro: o Dia de Cooperar.

A MundoCoop aproveitou essas oportunidades para conversar com Haywood sobre a atuação das cooperativas e a contribuição que essas instituições podem dar para o cumprimento da Agenda 2030, da ONU – um plano de ação que defende a sustentabilidade para o desenvolvimento global – e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pelas Nações Unidas. Discorreu, ainda, sobre o cooperativismo em seu país de origem e a contribuição das cooperativas para o cumprimento da Agenda 2030, entre outros assuntos.

Maxwell Haywood é originário da ilha caribenha Saint Vincent e atua na ONU há 25 anos, onde desenvolve trabalhos em diversas áreas, incluindo monitorização de eleições, erradicação da pobreza, racismo, desenvolvimento da juventude, ensino superior, prevenção de conflitos, integração social e da sociedade civil. Músico e poeta, graduado em administração pública e educação e pós-graduado em desenvolvimento de recursos humanos e políticas públicas, Haywood destaca-se como ativista comunitário, somando experiência em negociação, análise de políticas e planejamento estratégico e organizações sem fins lucrativos, entre outros.

Boa leitura!

ENT REVISTA

AÇÃO

MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1110

ENTREVISTA

rasta a vários anos e muitos países têm sido afetados por essa situação. Muitos bancos, inclusive, têm sofrido com a cri-se. Entretanto, quando observamos os bancos cooperativos, eles estão crescen-do, ganhando espaço na economia em função dos valores e dos princípios do cooperativismo. Então, enquanto gran-des bancos estão quebrando, as coope-rativas de crédito estão ampliando seu número de cooperados. Além disso, gos-taria de dizer que o cooperativismo é al-tamente admirado pela ONU. E, ainda, as cooperativas não precisam ter medo de mostrar sua contribuição. As cooperati-vas, sem dúvida, têm muito a contribuir para a erradicação da pobreza, reduzir as desigualdades entre os gêneros, pro-teger o meio ambiente. Se analisarmos com cuidado, veremos na prática que, sem a contribuição das cooperativas, muitas pessoas não teriam educação, saúde, moradia, trabalho ou renda. O mundo está esperando para ver a força do cooperativismo!

O Dia C – Dia de Cooperar – é uma iniciativa nacional que, em linhas gerais, flui para a come-moração do Dia Internacional do Cooperativismo. A cada ano, é selecionado um tema e, nesta edição, as ações devem ter rela-ção com os ODSs. Como vê essa iniciativa?

Um dos principais desafios que te-mos é levar ao público o conhecimen-to sobre os ODS. Então, tendo isso em mente, o Dia C se torna uma iniciativa muito importante no cenário, aproxi-mando os ODS do grande público e, em contrapartida, aumentando a impor-tância do trabalho em realização.

Qual recado deixa para as coope-rativas brasileiras?

É fundamental que as cooperativas se certifiquem de sua própria capacida-de e levem ao grande público a infor-mação do que está sendo feito no Brasil pelas cooperativas e do quanto o país está trabalhando e se esforçando para ter um papel ativo nas tomadas de de-cisão das Nações Unidas.

crise financeira que assola o planeta e observamos que, ao mesmo tempo em que grandes corporações financei-ras estão ruindo, as cooperativas de crédito ampliam seu quadro social e seus resultados, mostrando que, inde-pendentemente da crise, elas são mui-to boas em ser fortes. Apenas citando este exemplo, estou certo de que as cooperativas não só podem levar a hu-manidade para um lugar melhor, como já estão fazendo isso.

Como envolver governos e so-ciedade nas iniciativas dos ODS para obter resultados globais?

O governo e a pessoas precisam se apropriar desta agenda e de-

senvolver ações em nível nacional. Cada um em seu país. Agora, é importan-te destacar que os ODS serão avaliados em nível global pela ONU. Entretanto,

para que isso ocorra, nós precisamos contar

com o apoio dos países para que nos informem o

progresso das iniciativas realiza-das com vistas ao alcance dos ODS. Se não tivermos o forte envolvimento dos governantes e dos povos, os ODS não vão atingir sua função, que é, es-pecialmente, a erradicação da pobreza no mundo.

O que levou a ONU a escolher as cooperativas como aliadas na luta contra a erradicação da pobreza?

Os princípios e os valores do coope-rativismo estão intimamente alinhados aos ODS. E, em função, disso, para a ONU, as cooperativas são aliadas na-turais nesta luta. Além disso, quando olhamos para fatos como a contribui-ção das cooperativas ao redor do mun-do, é muito difícil não vermos o resulta-do socioeconômico que resulta de suas ações. É impossível não levar isso em consideração. Como todos sabem, há uma crise financeira global que se ar-

MAXWELL HAYWOOD

que modo pode ser ampliada a participação das cooperativas na Agenda 2030?

As cooperativas não podem ser tímidas, precisam ser ativas em co-municar o seu importante papel na sociedade, reforçar e promover a iden-tidade cooperativista e seus empreen-dimentos diferentes, que visam além do lucro. Estou convencido de que o cooperativismo é o modelo econômico ideal para um mundo mais sustentável. As cooperativas não só podem levar a humanidade para um lugar melhor - como já estão fazendo, pois têm em sua filosofia a preocupação com a so-ciedade - mas vão além do assis-tencialismo e investem nos seres humanos, para que eles possam se qualificar, se desen-volver e correr atrás de suas próprias soluções. As coo-perativas possuem 1 bilhão de coope-rados ao redor do mundo e investem na educação e na infor-mação desse público, inclusive os ODS, então isso será uma maciça con-tribuição. Além disso, as cooperativas são capazes de advogar efetivamente junto a governos locais e organizações internacionais, defendendo fortemen-te a necessidade de se trabalhar com o foco de alcançar os ODS.

Qual o caminho a ser seguido para atingir essa meta?

A meu ver, as cooperativas apenas precisam encontrar seu lugar neste processo, para que sua voz seja ouvida fortemente por aqueles que precisam contribuir com esta missão de melho-rar o mundo. Elas precisam deixar de ser tímidas e mostrar seu potencial. As cooperativas não imploram nada, pelo contrário, elas oferecem muito! As cooperativas são instrumento im-portante na construção de um mundo mais justo e melhor, e elas já estão fazendo isso! Basta olharmos para a

MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1312

Em 1º de julho, o mundo cooperativista comemorará a inclusão. Nessa data, será celebrado o 95º Dia Internacional do Cooperativismo. O tema – divulgado pela Aliança Cooperativa

Internacional (ACI) no final de janeiro – foi selecionado pela Comissão para a Promoção e Progresso das Cooperativas (Copac),

atualmente presidida pela ACI, e norteará as comemorações da data em todo o mundo durante 2017.

CERBRANORTE COMEMORA

55 ANOSA história da catarinense Cooperativa

de Eletrificação de Braço do Norte (Cerbranorte) começou em 2 de fevereiro de 1962, com 42 associados, como Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte de Responsabilidade

Ltda. Hoje, 55 anos depois, são mais de 20 mil sócios.

Onze cooperativas de Educação, que atuam em vários municípios da Bahia, decidiram juntar forças e formar a primeira Rede de Instituições de Educação Cooperativista no Estado. A resolução em conjunto ocorreu durante um Encontro do Ramo Educacional, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado da Bahia – Sescoop/BA, em parceria com o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia – Oceb, em Salvador, no período de 15 a 17 de fevereiro.

Experiência inusitada por falta de comparativos, segundo José Nilo Meira, gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Rede tornará as cooperativas mais fortes na hora de fazer aquisições no mercado – seja compra de material ou mesmo formação de mão de obra – e favorecerá a intercooperação.

O processo de constituição está a cargo de um comitê com represen-tantes de diferentes cooperativas.

Ramo Educacional se unepara formar Rede

INTERCOOPERAÇão

O Festival Internacional da Cooperação (Ficoo), em sua segun-da edição, terá O Poder da Parceria como tema central e será reali-zado em Florianópolis (SC), de 20 a 23 de abril de 2017 em parce-ria com o CDS da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina.

Realização do Projeto Cooperação – Comunidade de Ser-viços, o Ficoo tem como principal objetivo reunir pessoas e or-ganizações para compartilhar conhecimentos e experiências a respeito da prática da cooperação em empresas, instituições, escolas, governos e comunidades. Intenta, ainda, gerar pro-jetos de cooperação abordando temas de relevância local e global que possam contribuir para promover o bem-comum.

MAIS INFORMAÇÕES EM WWW.FICOO.ORG

EVENTOFICOO SERÁ EM ABRIL

EM FEVEREIRO, O BUSÃO DA IMAGINAÇÃO DA COPACOL INICIOU AS ATIVIDADES DE VISITA ÀS ESCOLAS DA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DA COOPERATIVA NO PARANÁ. COM NOVAS HISTÓRIAS E MUITO MAIS PERSONAGENS DIVERTIDOS, ALÉM DE EDIÇÕES ESPECIAIS DE LIVROS LITERÁRIOS QUE IRÃO CONTRIBUIR AINDA MAIS COM OS TRABALHOS JÁ DESENVOLVIDOS NAS ESCOLAS, O BUSÃO DA IMAGINAÇÃO DA COPACOL É UM FORTE ALIADO DAS ESCOLAS PARA O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO.

educação

comemoraçãoINCLUSÃO NO DIA

INTERNACIONAL DOCOOPERATIVISMO 2017

ÍNDICE DE PERDAS DA COOP

É O MENOR DO MERCADO

COMO FORMA DE REDUZIR AINDA MAIS SEU ÍNDICE DE PER-DAS – HOJE 1,65%, ENQUANTO O SETOR SUPERMERCADISTA APRE-

SENTA UMA MÉDIA DE 1,96% – A COOP COOPERATIVA DE CON-

SUMO INVESTE CONTINUAMENTE NO COMBATE E NA

IDENTIFICAÇÃO DAS PERDAS. EXEMPLO É UM PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA

FRENTE DE CAIXA, BASEADO EM AÇÕES DE INTELIGÊNCIA RELACIONADAS A VÍDEOS,

QUE PERMITE ACOMPANHAR A DISTÂNCIA E EM TEMPO REAL AS

MOVIMENTAÇÕES REALIZADAS NO PDV, QUE ESTÁ EM FASE EXPERIMENTAL E TESTE EM TRÊS UNIDADES. DEPENDEN-

DO DOS RESULTADOS, A FERRAMENTA - QUE CONTA

AINDA COM OUTROS RECURSOS - SERÁ IMPLANTADA NAS DEMAIS

UNIDADES DA REDE.

MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1514

GESTÃO

Acooperativa é um grande farol para o cooperado. Tudo o que ele quer é uma organização que fun-cione bem. A coope-

rativa, por isso, tem de criar mecanis-mos de monitoramento dos gestores, e o processo de governança, focado no negócio, pode minimizar os riscos da cooperativa como organização, até porque cooperado e cooperativa são reflexos um do outro. Portanto, coo-perativa pobre e cooperado rico – e vice-versa – não é saudável”. Essa afir-mação de Decio Zylbersztajn – profes-sor da USP, com atuação na área de Economia das Organizações e Estra-tégia desde 1990 – foi feita à Mun-doCoop em 2015 em matéria que tratava da evolução do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Co-operativas (PDGC) ao longo dos dois primeiros anos.

Idealizado pelo Sescoop – braço de formação do cooperativismo – e construído de forma participativa com outras duas entidades integran-tes do sistema (OCB e Confederação Nacional das Cooperativas - CNCo-op), das unidades estaduais, além da Fundação Nacional da Qualidade, o PDGC adequa o Modelo de Exce-lência de Gestão da FNQ à realidade das cooperativas, naquilo que Susan Miyashita Vilela, gerente de Monito-ramento e Desenvolvimento de Co-operativas do Sescoop, define como “um casamento perfeito”.

Trabalhar fundamentos de exce-lência na gestão, como pensamento sistêmico, cultura de inovação, lide-rança, valorização das pessoas e co-nhecimento sobre clientes e mercado são ações com resultados positivos nos resultados das cooperativas, com reflexos para cooperados, emprega-dos e sociedade, tais como redução de custos, aumento da produtividade e da competitividade, maior flexibi-

PDGC: o programa sob medida para

as cooperativas

MARCIO LOPES DE FREITAS, PRESIDENTE DA OCB

PRIMEIROS PASSOS PARA A EXCELÊNCIA Aplicável às cooperativas em estágio inicial de um progra-

ma de melhoria da gestão.

vantagensAplicado em ciclos anuais, visando

à melhoria contínua a cada ciclo de Planejamento, Execução, Controle e Aprendizado, o PDGC exige a identi-ficação do patamar de maturidade da gestão em que a cooperativa se encon-tra, que pode ser:

COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA Aplicável às cooperativas que estão em estágios ini-

ciais de evolução do seu sistema de gestão e começando a medir e a perceber melhorias nos seus resultados.

RUMO À EXCELÊNCIAAplicável às cooperativas cujo sistema de gestão está em franca evolução e que

já demonstrem competitividade e atendimento às expectativas das partes interessadas em vários resultados.

EXCELÊNCIA Ainda não disponível para as cooperativas, é aplicável às cooperativas que têm

um sistema de gestão bastante evoluído, já demonstram excelên-cia em alguns resultados, com-petitividade na maioria e pleno atendimento às expectativas das partes interessadas em quase todos eles.

lidade frente a mudanças, mais cre-dibilidade e reconhecimento público ao setor. Soma-se a isso a intercoo-peração, pois o PDGC é via de mão dupla: os dados coletados contribuem para identificar outras frentes de ação relacionadas às áreas de formação profissional e promoção social do Sescoop, assim como a gestão com-partilhada de conhecimentos entre as cooperativas do sistema

Em que pese todos os ganhos alinhados por teóricos, acadêmicos, consultores e técnicos em Governan-ça, os números oficiais do Sistema OCB sinalizam que o PDGC evolui a passos ainda tímidos: no ano do lan-çamento (2013), 541 cooperativas finalizaram sua autoavaliação e rece-beram o seu relatório de devolutiva com recomendações de práticas de gestão. Em 2014, foram 442; 2015, 645; e 2016, 604.

AUTOGESTÃO E MATURIDADE

O PDGC, como lembra Susan Vile-la, é parte de um programa nacional do Sescoop que objetiva contribuir para o desenvolvimento da autoges-tão das cooperativas. “Pautado no conceito de sustentabilidade, pelo qual as cooperativas se tornam eco-nomicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas, res-guardando as características societá-rias que as distinguem e respeitando os princípios e valores do cooperati-vismo, as ações são segmentadas em três eixos – Identidade Cooperativa, Gestão e Desempenho Econômico--Financeiro – cada um com programa próprio para viabilizar a implementa-ção desse trabalho”, comenta.

Todo realizado por meio eletrô-nico, via site dedicado ao PDGC, o processo tem início com a resposta a dois questionários: o primeiro veri-fica o grau de conformidade da sua cooperativa em relação à legislação e aos modelos de gestão esperados

MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1716

Credi P

Em 2016, o cooperativismo de crédito se destacou tanto em evolução quanto em fatura-mento, número de associados e de funcionários, patrimônio, carteira de crédito, depósitos,

seguros e demais serviços, entre outros. O Sicoob ES, por exemplo, registrou,

em 2016, alta de 7,9% em sua carteira de crédito em relação ao exercício anterior. O período foi encerrado com o montante de R$ 3,5 bilhões, o que representa um au-mento de R$ 253,4 milhões frente a 2015.

O volume de depósitos foi o indica-dor que mais avançou durante o ano, chegando a R$ 2,9 bilhões, uma elevação de 28,5%. Nos depósitos à vista, a expan-são foi de 18%, e nos depósitos a prazo, houve crescimento de 32%. A instituição encerrou o ano com a carteira de crédito rural em R$ 801,5 milhões. O valor ficou 1,2% menor do que o de 2015 devido às renegociações das dívidas provenientes dessa modalidade, acima da casa dos R$ 151,2 milhões.

O Sicoob ES conquistou 28,6 mil no-vos sócios em 2016 e concluiu o exercício com 205,8 mil cooperados. Houve cerca de 2,4 mil adesões por mês, entre pessoas físicas e jurídicas, um aumento de 16,6% em relação a 2015. Além disso, na con-tramão dos demais setores da economia, o Sicoob ES elevou em 7% a sua equipe, contando com 1.151 funcionários no fe-chamento do exercício. Além disso, a ins-tituição financeira cooperativa aumentou em 10% o seu quadro de empregos indire-tos, alcançando 372 estagiários, aprendi-zes e profissionais terceirizados.

CECRED

O Sistema Cecred também entregou resultados expressivos aos seus mais de 540 mil cooperados, tendo finalizado o

COOPERATIVISMO DE CRÉDITO INFORMAÇÕES E TENDÊNCIAS

Sistemas de créditocrescem em anode recessão

para o setor. Já o segundo avalia o nível de maturidade da estrutura de governança. O preenchimento dos questionários gera indicadores que são compilados no Índice Ses-coop de Sustentabilidade (ISSC).

Na sequência – descreve a gerente de Monitoramento e De-senvolvimento de Cooperativas do Sescoop – a cooperativa “recebe

Pioneiro na adesão ao PDGC, em 2013, Minas Gerais deu início ao 5º Ciclo do programa em 15 de fevereiro. Nas estatísticas oficiais, o Estado mineiro continua à frente, com 170 cooperativas participan-tes (nível PP) do programa desde o seu início.

Minas Gerais também tem participação expres-siva no Prêmio Sescoop Excelência de Gestão: em 2013, oito das 28 iniciativas reconhecidas foram mi-neiras. Já em 2015, o Estado ficou com 11 das 32 pre-miações oferecidas pelo Sistema OCB.

Parabenizando as organizações que optaram pelo PDGC, Ronaldo Scucato, presidente do Sistema Ocemg, frisa que “os dirigentes mineiros estão pre-ocupados com gestão, com liderança, com gente. O cooperativismo mineiro tem de continuar sendo referência para o cooperativismo nacional e para a sociedade brasileira. Existimos para fazer o bem”.

O Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro – principal fonte de pes-quisa do segmento em Minas Gerais – mostra que o PDGC tem ajudado as cooperativas a aprimorarem os seus processos de gestão e, como consequência, alcançarem melhor posicionamento no mercado.

Entre as cooperativas está a Cooperativa Agrária Machado (Coopama), que em 2013 iniciou dois pro-

MINAS GERAIS É DESTAQUE NACIONALperíodo com crescimento 16% superior ao ano anterior, com R$ 182,5 milhões em sobras totais e um volume de ativos de R$ 5,2 bilhões, acréscimo de 24% em comparação a 2015. Outro número que confirma o progresso do Sistema Cecred em 2016 tem relação com a evolução nos depósitos totais, na casa dos 24%, atin-gindo a marca de R$ 3,7 bilhões.

SEGUROS E PREVIDÊNCIA

A Quanta Previdência – braço do Sistema Unicred – começou 2017 co-memorando a marca dos R$ 2 bilhões em recursos administrados através de seus planos, que reúnem mais de 57 mil participantes e 45 instituidores em todo o País. Criada em 2004 e nacionalizada em 2012, a Quanta chega a essa con-quista de maneira histórica, reafirman-do seu destaque no cenário nacional, no qual seu Plano Precaver foi reconhecido como o maior plano previdenciário insti-tuído do Brasil.

De 2013 a 2016, a Quanta cresceu 179% (37% em 2016). No ano passado, a rentabilidade do Plano Precaver atingiu 103% do seu índice de referência (IPCA + 4% ao ano) e, em 2016, alcançou 118% do índice de referência. Outra grande demonstração de evolução está no mon-tante de R$ 126 milhões em portabilida-des de entrada, apenas no ano passado, reforçando a aceleração do crescimento da entidade ao longo do tempo.

Outra organização que comemora os resultados é o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, que encerrou 2016 com lucro líquido de R$ 2 bi e total em prêmios emitidos de R$ 15,8 bilhões, mantendo a liderança no ranking entre as empresas do setor de seguros nos segmentos em que opera. O excelente desempenho fica por conta dos negócios

no segmento agrícola, que atualmente representa 17,3% de todos os negócios do Grupo. O índice combinado do Grupo Segurador foi de 88,7%, 0,9 ponto per-centual acima do observado em 2015. As despesas administrativas foram de 8,0%, 0,3 ponto percentual melhor em relação a 2015.

Mesmo assim, o resultado sofreu retração de 7,8 % em relação a 2015, principalmente pelo incremento da si-nistralidade nas carteiras de automóvel e transporte e pelo decréscimo das ven-das do prestamista e automóvel. Outro ponto positivo é que apesar de o desem-penho ter-se situado pouco abaixo ao observado em 2015, o grupo segurador encontra-se como uma das empresas do setor com melhor taxa de retorno sobre o patrimônio, de 36,5% (41,4% em 2015).

um relatório com os pontos fortes e as oportunidades de sua melho-ria. O documento é completo e muito didático. Com ele em mãos, a cooperativa descobre o nível de maturidade da organização e o que fazer para alcançar a excelên-cia de gestão. Além disso, recebe diversos subsídios para elaborar o planejamento estratégico e o pla-

no de ação da sua cooperativa”.Além do assessoramento do

Sescoop, as cooperativas parti-cipantes do PDGC têm oportuni-dade de serem reconhecidas pela adoção de boas práticas de ges-tão e governança. Isso acontece a cada dois anos, pelo Prêmio Sesco-op Excelência de Gestão.

gramas: um sistema de pós-venda para avaliação de atendimento, produtos, serviços e preços da coope-rativa e um planejamento de marketing para a expan-são da marca. Como resultado, em dois anos, saiu da 26ª posição e assumiu a 19ª colocação no ranking das 20 maiores do ramo agropecuário de Minas Gerais em número de associados, com 1.934 cooperados.

A Unimed-BH é outro exemplo: com o PDGC, a cooperativa de trabalho médico sistematizou o processo de padronização e controle de seus pro-cessos principais, o gerenciamento de projetos para melhor orientação das atividades e a definição de informações necessárias para a operacionaliza-ção cooperativa. Esforços que fazem a diferença. Como consequência, destacou-se nas duas últimas edições do anuário como primeiro lugar em patri-mônio líquido (R$ 988.673.018,42) e em número de associados no ramo saúde (5.540), além de atingir a primeira colocação com o maior número emprega-dos no ramo saúde (4.001).

Usando como referência o Índice Sescoop de Sus-tentabilidade (ISSC), o desempenho das cooperati-vas mineiras, de 2013 a 2016, saltou de 62,21% para 66,90%, sendo que a média nacional no ano passado foi de 59,61%.

GESTÃO

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Unicred começa 2017 com novidades

Em assembleia realizada em 26 de janeiro, a Unicred do Brasil elegeu Paulo Barcellos, da Central Rio Grande do Sul, como novo presidente do Conselho, em substituição a Leo Trombka, que se afastou por motivos pessoais. Na mesma data, efetivou

Fernando Fagundes no cargo de CEO do sistema. Até abril, novos executivos deverão ser anunciados, principalmente para a área de Tecnologia e Operações, que ficou vaga com a ascensão de Fagundes.

Entre as metas da nova Diretoria está a continuidade dos investimentos em tecnologia bancária – fundamentalmente mobile, internet banking, ATM e caixas – no crescimento or-gânico e na maior agilidade no atendimento às centrais e às cooperativas. Entre as novidades que em breve devem entrar em operações, Fagundes cita solução que permitirá ao associado à cooperativa fazer sua operação alternando entre os canais disponíveis, sem perder as informações já inseridas no sistema.

As centrais Unicred, neste momento, segundo o atual CEO, trabalham “na elaboração de seus planejamentos estratégi-cos, sendo que algumas estão analisando a possibilidade de migrar para livre admissão”.

Para Fagundes, o estabelecimento de parcerias é caminho para acelerar produtos e serviços. Nesse sentido, a Federação está buscando alternativas viáveis para novas soluções.

Sicredi, Mapfre e Icatu, juntas, patrocinam Copa do Brasil

Pelo terceiro ano consecutivo, o Sicredi renova o contrato de patrocínio à Copa do Brasil, uma das principais competições de futebol do País. O patrocínio ocorre em parceria com as seguradoras Icatu Seguros e

Mapfre. Criada pela Interbrand, a maior consultoria de branding do mundo, a nova marca do Sicredi estará presente na comunicação visual dos estádios e arenas durante os jogos da competição,

em painéis estáticos e de LED. Além da competição, o Sicredi também marca presença nos campos de futebol como patrocinador de campeonatos estaduais e de clubes locais, por meio

de suas Centrais regionais e Cooperativas de Crédito. A Copa do Brasil é organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e contará com 91 equipes de todo o País, sendo 80

deles somente na primeira fase. A final da competição acontece dia 12 de outubro de 2017.

PROGRAMA TRATOR SOLIDÁRIO: PREMIAÇÃOO agricultor Roberto Antonio Arsego, associado à Sicredi Iguaçu PR/SC/

SP, em 24 de fevereiro, recebeu as chaves do novo trator New Holland, que foi financiado pelo Programa Trator Solidário, da Secretaria da Agricultura e

Abastecimento com apoio do Sicredi como agente financeiro conveniado.

CRESOL, SEAD E UNICAFES DIALOGAMEm atividade organizada pela Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário/SEAD, em 23 de fevereiro, Sistema Cresol de Coope-rativas de Crédito Rural e as Unicafes dos Esta-dos do Sul iniciaram conversações com a Sead visando a melhorar o acesso das cooperativas de produção agropecuária familiares às li-nhas oficiais de crédito rural ao amparo de Pronaf.

EMPRESA CIDADÃ: HOMENAGEMA Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) concedeu à Cooperativa Sicredi Noroeste SP a menção de Empresa Cidadã. O reconhecimento comprova a responsa-bilidade social de empresas privadas em parceria com o Rotary Club local.

A Central Cresol Sicoper, em 3 de fevereiro, celebrou mais uma importante conquista, repassando aos seus cooperados a primeira liberação de crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Através desta liberação, mais de R$ 3 milhões chegam a 150 associados, que terão a oportunidade de investir nas suas propriedades.

Central Cresol Sicoper libera R$ 3 mi via BNDES

REPRESENTATIVIDADEBalançoDeste montante, pouco mais de R$ 1 milhão será

destinado a 55 contratos de custeio agrícola e R$ 1,9 milhão para 95 contratos de custeio pecuário. Assim, a parceria entre Cresol e BNDES se fortalece cada vez mais, demonstrando o compromisso que possuem com o desenvolvimento do País e, em especial, de homens e mulheres que acreditam na força do cooperativismo de crédito.

Sipag avança no mercado brasileiroComprometido em prover soluções e produtos financeiros para seus coope-

rados, especialmente aquelas que compõem a carteira de pessoas jurídicas, o Sicoob – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil – tem como aposta para este público em 2017 sua máquina de cartões, a Sipag.

Fatores como mensalidade até 60% inferior àquelas cobradas por outras marcas, antecipação de recebíveis em condições mais favoráveis ao lojista e a não cobrança de taxa de adesão, garantiram ao produto uma grande aceitação por parte dos comerciantes em todo o Brasil. Para se ter uma ideia, somente em 2016 o Sistema contabilizou mais de 100 mil lojistas utilizando a Sipag, repre-sentando aumento superior a 200% em relação ao ano anterior. No mês de dezem-bro, em mais de 41% (2.300 cidades) dos municípios brasileiros, em todas as unidades da federação, lojistas optaram pela maquininha das cooperativas, a Sipag, para realizar suas vendas com cartões. Já em 2017, as cooperativas trabalham para levar os benefícios da Sipag para um número ainda maior de usuários.

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Gestão e estratégias exigem mudanças, sinaliza pesquisa do Obscoop

Éindiscutível a ra-zão para a criação de uma coope-rativa de crédito. Todavia, o motivo para que ela con-tinue existindo é tema de debate. “As melhorias no processo regula-

tório feitas pelo Banco Central tor-naram o segmento financeiro mais competitivo”, comenta Davi Rogerio de Moura Costa – Professor Doutor da Faculdade de Economia, Admi-nistração e Contabilidade da Uni-versidade de São Paulo–FEARP/USP e diretor do Observatório Na-cional de Cooperativas (Obscoop) – e explica: “Se antes a cooperativa tinha uma razão clara para existir – digamos oferecer crédito mais ba-rato – hoje, este modelo de negócio não é, em si só, sustentável. O total de cooperativas liquidadas é uma evidência da necessidade de mu-dança na gestão e estratégias”.

Fonte: dados do Banco Central do Brasil (BCB), elaborados por Obscoop (2016)

Tabela 1

Região Encerramento das atividades

Total %

Norte 46 8,4Nordeste 83 15,2Centro-Oeste 49 8,9Sudeste 274 50,2Sul 93 17

Brasil 545

Tipos de encerramento

Incorporação 70%Dissolução voluntária 17%Outros 13%

Tabela 2

Região Frequência das cooperativas liquidadas abaixo do índice médio

ROA Custo Adm Liquidez Geral

Norte 71,43% 100% 57,14%Nordeste 81,82% 100% 72,73%Centro-Oeste 80% 100% 40%Sudeste 69,57% 100% 34,78%Sul 68,75% 100% 68,75%

Brasil 72,58% 100% 53,23%

Pesquisa realizada pelo Obs-coop, de 2006 a 2014 – realizada em parceria com o Banco Central do Brasil e que será apresentada em julho na Escócia – sinaliza que cerca de 545 cooperativas singu-lares foram liquidadas no período, número que equivale a 44% do total médio de cooperativas existentes no período (ver tabela abaixo, onde é apresentada a distribuição das li-quidações e suas motivações).

O Sudeste e o Sul, por concentra-rem a maior parte das cooperativas, foram as regiões aonde ocorreu a maior taxa de liquidação das coo-perativas. Portanto, constata Mou-ra Costa, “aparentemente, não é um problema regional e, sim, referente ao processo de gestão e estratégias”.

Outra observação feita pelo pes-quisador envolve o reflexo nos indi-cadores de desempenho da eficiên-cia dos gestores e das estratégias. A segunda tabela demonstra que “a porcentagem de cooperativas com

atividades encerradas – ín-dice médio calculado para os três anos que antecederam a paralização das atividades – é menor do que o índice médio das cooperativas que

continuavam operando”, afirma.

A rentabilidade dos ativos (ROA) e o custo com pessoal (Custo Adm) geram, respectivamente, informa-ções sobre a efetividade das es-tratégias adotadas e eficiência dos gestores em lidar com os recursos limitantes da cooperativa. Já o índice de liquidez sinaliza a possibilidade de as dificuldades terem origem em problemas econômicos gerados no mercado de atuação. (Vide tabelas)

“O número de incorporações – 70% do total liquidado foram in-corporados por outra cooperativa – comprova que não foi um problema de liquidez que levou a cooperativa a encerrar suas atividades. Entre-tanto, os dados apresentam indícios sobre a grande dificuldade de os gestores reduzirem os custos com pessoal”, comenta o diretor do Obs-coop, citando como exemplo a redu-ção da folha de pagamento para se ajustar ao cenário mais restritivo. A dedução é a de que, “de forma simi-lar, os gestores tinham problemas com a criação de estratégias que tornam o ativo mais rentável. Apa-rentemente, os gestores preferem criar operações que não coloquem sua capacidade de gestão à prova”.

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A Cooperativa da Agri-cultura Familiar de Juruti (Cooafajur) registrou em

2016 avanços significativos com o aumento de 30% no faturamento, atingindo R$ 86.957,38 em 2016. Com o aprendizado de novas técni-cas de cultivo, a diversifica-

ção da produção e a melhoria logística com a aquisição de minicarretas para escoamen-to da produção, os coope-rados também entraram em

novos mercados.A Cooafajur resulta do

Programa de Apoio à Pro-dução Familiar, dos Planos

de Controle Ambiental (PCA) da Alcoa, que possui em-

preendimento de mineração de bauxita no município de Juruti, oeste do Pará. Para

sua organização contou com consultoria técnica do Institu-

to Vitória Régia (IVR).

ALCOA E COOAFAJUR: PARCERIA ELEVA

FATURAMENTO DA COOPERATIVA EM 30%

PMCSOLUÇÕES PARAPEQUENAS E MÉDIASCOOPERATIVAS

No início de 2017, vários membros reunidos em coo-perativas comemoram equipamentos recebidos através de programas coordenados por governos estaduais, municipais e até empresas privadas. Entre elas estão as cooperativas catarinenses Vida Nova e Coopervida, além da Coomade, de Rondonia.

No caso das cooperativas catarinenses, os equipa-mentos foram adquiridos com recursos do SC Rural, um programa coordenado pela Secretaria da Agricultura e da Pesca, e somaram investimentos de R$ 745 mil.

A Vida Nova – formada por 56 famílias que plantam 240 hectares de banana orgânica em quatro municípios – injetou R$ 550 mil – sendo R$ 258 mil via SC Rural – na construção de casas de embalagens e na aquisição de maquinário para pulverização de óleo mineral e de um distribuidor de adubo líquido.

A Feira do Empreendedor 2017, promovida pelo Sebrae-SP entre 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão Anhembi Parque, na capital paulista, reuniu mais de 150 mil visitantes, em busca de dicas de negócios da equipe do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

O Sicredi foi uma das marcas patrocinadoras do evento e, no último dia, pro-moveu palestras ministradas pelo gerente de desenvolvimento de negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adilson Felix de Sá, sobre “Como cooperativas de crédito podem auxiliar a gestão financeira de empreendedores”, e por Eduardo Goni, do Banco Cooperativo Sicredi, com o tema “Mercado de cartões no Brasil: oportunidade para empreendedores”.

A BASF aproveitou o evento para apresentar o programa de gestão e acele-ração de startups focadas no agronegócio AgroStart. A participação da empresa global aconteceu no segundo dia, com a presença do gerente de Marketing Digi-tal para a América Latina da BASF, Almir Araújo.

Feira do Empreendedor: orientação personalizada, crédito e palestras

Em operação desde julho de 2016, a Associação de Agroindústrias Alimentícias de Santa Catarina (ASAASC), proprietária da marca Sabo-rense, comemora os resultados e define os próximos passos. Desenvolvi-da com apoio do Sebrae/SC e do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS), a Central de Negócios uniu ao redor de 20 pequenos frigoríficos do grande oeste catarinense que abatem suínos, bovinos e ovinos e, juntos, faturam mais de R$ 50 milhões ao ano.

Com sede em Concórdia (SC), a estrutura consiste em um Centro de Distribui-ção, onde os produtos adquiridos são faturados diretamente aos associados, sem incremento de valor e com menor custo de frete, pois é utilizado o sistema de trans-porte das próprias agroindústrias. Os negócios ultrapassam a casa dos R$ 150 mil ao mês com valores que vão de 5% a 50% de ganho na operação para associados.

Em fevereiro, foi iniciado o processo de qualificação do setor para colocar a marca Saborense efetivamente no mercado.

Central de Negócios amplia poder de compra de PMCO Mapa do Turismo Brasileiro, que norteia muitas das ações do Ministério do Turismo

no desenvolvimento de políticas públicas, está sendo atualizado em atendimento à Portaria Nº. 268, de 2016, que estabelece atualização bienalmente, respeitando o primeiro ano de mandato dos prefeitos municipais e dos governadores estaduais e do Distrito Federal.

Até 31 de maio deve acontecer a mobilização dos gestores municipais, assim como a coleta de documentos comprobatórios e a realização das oficinas regionais e estaduais, coordenadas por cada Órgão Estadual de Turismo de cada UF. De 1 de junho a 31 de julho,

será feita a inserção dos documentos no Sistema de Informações do Pro-grama de Regionalização do Turismo

e validação das Regiões Turísticas junto aos Fóruns e/ou Conselhos Estaduais de Turismo.

Mapa do Turismo em fase de atualização

Cooperativas recebem equipamentosJá a Coopervida, de Praia Grande, investiu R$ 190 mil (R$

95 mil oriundos do SC Rural) em um caminhão para transporte de banana orgânica, beneficiando as 22 famílias cooperadas que somam mais de 100 hectares plantados.

Rondonia - A Cooperativa do Agroextrativismo do Médio e Baixo Madeira (Coomade) responde pela Agroindústria de Processamento de Frutas de Cujubim Grande, líder estadual na produção de polpas de goiaba, cajá, caju, cupuaçu e açaí sem a adição de água e com selo de inspeção federal emiti-do pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Em fevereiro, a Coomade recebeu da Santo Antônio Energia um trator equipado com carreta agrícola. A meta é usar o equipamento para elevar a produção a mais de três toneladas de polpas por dia e expandir a comercialização a grandes supermercados de Porto Velho, além das feiras e que já participa.

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capa

DIVERSIDADE DE PÚBLICO: PROBLEMA A SER EQUACIONADO PELAS COOPERATIVAS

or mais que as cooperativas digam que investem na in-

formação e formação de associados e funcio-nários, os resultados

são pouco expressivos e dificultam o reconhecimento dos diferenciais até pelo público interno

“Falamos para nós mesmos. É ne-cessário começar a falar para quem está de fora da cooperativa e do co-operativismo”. Com variações semân-ticas e com textos mais ou menos elaborados, essa é uma afirmação co-mum quando se fala na difusão das ideais cooperativas e da doutrina que permeia a atividade.

Monique Leroux, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), e Maxwell Haywood, ponto fo-cal da Organização das Nações Unidas (ONU) para as cooperativas, somam-se ao coro e pedem para as cooperativas serem menos tímidas e se divulguem mais e melhor, destacando diferen-ciais e benefícios para a sociedade e para seus membros, afinal, as coope-rativas objetivam a construção de um mundo melhor e estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sus-tentável da ONU (ODS), que formam a Agenda 2030.

Comunicação também está direta-mente presente no quinto e no sétimo princípios que norteiam a doutrina cooperativista (educação, formação e informação e preocupação com a comunidade, respectivamente). Mas essa é a teoria, e a prática mostra grandes dificuldades, mesmo quando o tema é comunicação interna, ou seja, para associados e funcionários.

No dia a dia, é usual os coopera-dos não saberem explicar o que é uma cooperativa e pouco se sentirem mo-tivados a participar dos rumos e das decisões, basta conferir o percentual de associados que se fazem presen-tes às assembleias, sejam ordinárias ou extraordinárias. Por outro lado, os funcionários das cooperativas nem sempre sabem as diferenças entre uma cooperativa e uma organização focada no capital.

Teóricos situam a comunicação empresarial como uma ferramenta estratégica da organização, que deve gerar desenvolvimento e expansão das empresas e a colocam como con-sequência da evolução dos modos de gestão organizacional. Sua importân-cia crescente está ligada às caracte-rísticas da economia de mercado, e ao novo papel que as organizações desempenham hoje na sociedade.

Essas posições acadêmicas condu-zem a algumas perguntas e reflexões, e uma delas está diretamente vincu-lada à forma como as cooperativas são historicamente geridas: por pes-soas não obrigatoriamente formadas para isso, mas que são eleitas por seus pares e, como precisam dar conta do

recado, saem à busca de formação e de informação. Nada contra os pro-cedimentos usuais, mas hoje há fer-ramentas que podem favorecer – e muito – a gestão e colocar as coope-rativas no mesmo patamar gerencial de empresas globais. Exemplo, é o de-senvolvimento do Plano de Desenvol-vimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) pelo Sistema OCB que, junto com suas unidades estaduais, busca estimular a adesão das cooperativas, com sucesso ainda insipiente.

Mas também há teóricos em co-municação nas cooperativas. Um de-les é Homero M. Franco, autor do livro Comunicação e educação cooperati-vista, para quem, no caso do coope-rativismo a efetividade da comunica-ção pode ser medida pelo número de associados que consegue incentivar a participar dos processos e das de-cisões da instituição, permitindo que desenvolvam sentimento de pertenci-mento e se reconheçam como dono do próprio negócio.

CONHECIMENTO E FIDELIDADEConcordando que as cooperativas

têm deixado um pouco de lado o tra-balho de conscientização dos mem-

COMUNICAÇÃOINTERNA

MONIQUE LEROUX, PRESIDENTE DA ALIANÇA COOPERATIVA

INTERNACIONAL (ACI)

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CAPA C APA

bros do quadro social, Rogério Recco – fundador de uma empresa de co-municação empresarial (Flamma) fru-to de um processo de terceirização da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá (PR) – cobra a contrapar-tida dos associados. “Nem sempre o cooperado compreende, e essa é uma comunicação que precisa evoluir, tornar-se mais simples, clara e objeti-va. Mas o cooperado tem a obrigação de, pelo menos, informar-se sobre os princípios que regem o cooperati-vismo e qual é, como associado, sua função, direitos e obrigações. Se o cooperado tiver consciência do que o cooperativismo representa para ele, o sistema vai deslanchar. Por não co-nhecer bem, é comum o cooperado deixar de participar ativamente ou, pelo menos, de defender a sua orga-nização quando ouve algum comen-tário”, convida.

E é esse assessor de imprensa com amplo conhecimento do dia a dia de cooperativa do agronegócio quem coloca na pauta um tema complexo, que torna a comunicação ainda mais prioritária: “há muitos cooperados que trabalham com a sua organiza-

ção, mas também com a concorrên-cia, o que não faz sentido. A coopera-tiva pode ser uma empresa, mas uma empresa jamais conseguirá ser igual a uma cooperativa. O sistema coope-rativista é bonito e não tem nada de romântico, como alguns possam pen-sar. Exemplo disso é a admirável or-ganização cooperativista do Paraná, cujo conjunto cresceu quase 20% em faturamento no ano de 2016, compa-rando com 2015”.

TEMAS RECORRENTESNesse sentido, as cooperativas não

podem relegar seus objetivos de aju-da mútua e alternativa à mudança do meio econômico e social em que se inserem, prestando serviços aos seus associados e à sociedade. E aqui nova reflexão: a cooperativa que é eficien-te em sua comunicação com seus públicos, que forma, informa e educa seus associados e funcionários, pode

contribuir de forma mais efetiva no entorno? Será que ela facilita a aplicação dos valores cooperativistas pelos seus membros e parceiros? Essa cooperativa terá mais facilida-de em estabelecer parcerias, favorecendo a intercoopera-ção? A resposta natural é “Sim”. Mas, então, se tudo isso é real, porque não acontece?

E profissionais responsáveis pelas áreas de comunica-ção em cooperativas concordam com isso. “O crescimento do setor só é possível se existir uma relação de confiança entre cooperado e cooperativa. E só é possível construir essa relação de confiança se houver uma comunicação eficiente e transparente. As ferramentas de comunica-ção devem facilitar o trabalho de quem está na linha de frente, atendendo o cooperado. Quando isso ocorre, o impacto no econômico é muito perceptível”, afirma Luiz Gustavo Leite Souza, gerente de Marketing na Cooperati-va dos Cafeicultores da Região de Lajinha – Coocafé.

Reconhecendo a comunicação como fundamental ao cooperativismo, inclusive pelo fato de que “muita gente no Brasil ainda desconhece a doutrina cooperativista, e precisamos mostrar os benefícios de fazer parte de uma cooperativa, fazendo uma conexão entre os próprios prin-cípios cooperativistas e os resultados práticos das ações fundamentadas na doutrina cooperativista”, Souza desta-ca o desafio de trabalhar o público interno e reconhece: “a partir do momento em que esse público passa a entender a importância da comunicação, ele se torna o maior difu-sor do cooperativismo”.

Kátia Okumura Oliveira, gerente de Comunicação da Central Nacional Unimed (CNU), ao situar o cooperativis-mo como “doutrina viva, que se desenvolve e aperfeiçoa continuamente”, concorda que, embora tenha surgido no século XIX, o cooperativismo “ainda não é tão conhecido e bem compreendido pela maioria da população brasileira. Não se discute tanto esta via cooperativista, democrática e transparente, que congrega liberdade de empreendi-mento com divisão mais justa do trabalho e da renda”.

Às dificuldades e aos gargalos comuns a todos, a gestora da comunicação da CNU agrega as especi-ficidades do mercado de saúde suplementar, que geram “grande confusão no País, inclusive nos meios de comunicação, entre saúde pública e privada, ainda mais quando é prestada por um sistema cooperativista”.

O principal benefício tanto para o coope-rado quanto para o funcionário, na visão do assessor da imprensa da Cocamar, “é saber a que mundo ele pertence. E, inserindo-se nesse contexto, ser também um provoca-dor, ajudando a impulsionar essa roda de prosperidade, que é o cooperativismo. Em resumo: entender que cooperar é

Na Coocafé, trabalhamos de forma sistemática com uma diver-sidade de canais jornal impresso, informativo digital, mensagens via celular, reuniões periódicas); fazemos campanhas pontuais; ex-ploramos o conhecimento coleti-vo, criando quadros técnicos com

dicas relacionadas à cafeicultura e à pe-cuária, por exemplo; mantemos parcerias

com instituições cooperativistas e empre-sas estratégicas, que nos enviam conteúdo de qualidade.

Há algum tempo fizemos um estudo em nossa região de atua-ção, onde identificamos que 80% dos produtores rurais da região escutam rádio pelo menos uma vez por semana, com a maioria absoluta utilizando este veículo mais de três vezes por semana. Essa constatação levou ao fortalecimento da parceria mantida com a Rádio Mania FM, que atuava com a Coocafé em eventos

Programa de rádio: destaque na relação com o agricultor

Luiz Gustavo Leite Souza, gerente de Marketing na Coocafé

“Implantação de marketing ou definição de comunicação não tem regra específica. Cada organização deve consul-tar uma assessoria direcionada para delimitar os passos a serem seguidos. Mas deixo como ideia quatro passos para iniciar aplicação de marketing em uma cooperativa”, afirma Hayane A. Ramos de Souza, editora publicitária de Vilhena (RO) e membro da Idea de Marketing, ao indicar quatro passos para iniciar aplicação de marketing e/ou comunicação em uma cooperativa.

Concentrar reflexão sobre especificidades de seu produto/serviço;

Efetuar pesquisa de mercado para obter visão clara do campo de atuação;

Estabelecer objetivos e metas a atingir;

Escolher estratégias adequadas a seu tipo de serviço, não se esquecendo da especificidade de seu público.

Para uma adequada avaliação de comunicação, o ca-minho para equacionamento de ações, levantamento de dúvidas a serem sanadas, melhorias a serem feitas e resultados atingidos, direcionando a organização para o

próximo passo, a publicitária sugere três fases:

Anotação de dados básicos (como fazer, onde atuar, para quem direcionar)

Anotação de dados in-termediários (o que foi

feito, quem fez, quem acatou, quem atingiu - gráficos)

Anotação de dados resultan-tes (qual efeito

resultou, como podemos melhorar e qual o próximo

passo).

KÁTIA OKUMURA OLIVEIRA, GERENTE DE COMUNICAÇÃO DA CENTRAL NACIONAL UNIMED (CNU)

Análise da situação e avaliação da comunicação

como Coocafest, Feira de Negócios e ações pontuais. O resultado foi a elaboração do Projeto Alvorada

Sertaneja Coocafé, um programa de rádio diário, de 5h30 às 8h, justamente o horário de maior audiência do público que pretendíamos atingir, que estreou em 22 de junho de 2015. No programa divulgamos infor-mações técnicas, cotações (café, leite, fruticultura etc.), análises de mercado, responsabilidade socioambiental, aniversariantes e entrevistas.

O programa contribuiu para o fortalecimento das marcas e favoreceu o maior aumento do número de no-vos cooperados em um único ano, além da evolução do próprio faturamento, 27%. Os parceiros também come-moraram o sucesso do programa; eles apresentaram em média, 55% de crescimento em vendas após a participa-ção no programa.

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CAPA

fazer o bem”. Além disso, “um públi-co consciente será mais participativo. Com isso, a cooperativa será forta-lecida. Bom para a maior segurança tanto do cooperado em sua atividade, quanto do colaborador, em seu traba-lho”, conclui Recco.

VARIEDADE E ESPECIFICIDADESA abundância de ferramentas de

comunicação existentes na atualida-de leva as pessoas a serem bombarde-adas por todo o tipo de informação, criando o maior desafio: conseguir atingir seu público, superando garga-los de infraestrutura tecnológica de-ficiente em áreas rurais, onde o aces-so à internet é inexistente. A receita para o gerente de Marketing da co-operativa mineira, parte da segmen-tação da comunicação, utilizando um meio diferente para cada público, levando informações relevantes em

A Central Nacional Unimed é operadora nacional da marca e interage com todo o Sistema Unimed via singulares e federações, pois essas cooperativas atendem os clientes da CNU em suas áreas geográficas de atuação. A Central também atua diretamente, com rede credenciada, em Salvador, Brasília, São Luís e São Paulo.

A comunicação aproxima as cooperativas Unimed, informa, esclarece dúvidas, diverte e amplia o conhecimento sobre cooperativismo. Para atendi-mento de nossos públicos-alvo, optamos pela segmentação das publicações impressas e on-line para dirigentes das Unimeds, técnicos, clientes, presta-dores e colaboradores da CNU. Para isso, mantemos cinco portais de serviços (beneficiários, prestadores, corretoras, Unimeds empresas); a revista Vem Viver, desde 2014, para todos os públicos; a Rede Social Corporativa, desde 2016, em substituição à Intranet, para comunicação entre colaboradores, gestores e dirigentes da operadora; um cronograma de eventos para diversos públicos do Sistema Unimed, com o apoio da Unimed do Brasil; as postagens nas redes sociais; e a Campanha Plano de Saúde sem Dúvida.

A intercooperação e o intercâmbio promovidos pela Central com suas coir-mãs – com as quais partilha informações sobre legislação, normas da agência reguladora, mercado e cooperativismo – fortalecem a doutrina cooperativista e a troca de serviços entre as Unimeds.

Pesquisa com dirigentes das Unimeds, realizada em 2016, apurou que 81% estavam muito satisfeitos com a comunicação da CNU com as associadas por meio do Boletim Central, do Boletim Central On-line e do site.

Interação e troca com singularese centrais: meta da CNU

Kátia Okumura Oliveira, gerente de Comunicação da Central Nacional Unimed

conteúdo de qualidade. Para equa-cionar o gargalo tecnológico, propõe reuniões comunitárias, “quando leva-mos informações sobre a cooperativa e sobre o sistema cooperativista até esses associados”.

No caso da CNU, a opção foi por ressaltar, “em nossos comunicados e publicações os princípios coopera-tivas, direta ou indiretamente”, co-menta a gerente de Comunicação da central, listando os veículos utili-zados: Boletim Central impresso, tri-mestral, voltado para lideranças das Unimeds, e o Boletim Central On-li-ne, semanal, que também tem como alvo alguns técnicos das cooperativas da marca, avanços e conquistas são debatidos e divulgados pela comuni-cação da CNU.

“Em termos gerais, defendemos que o cooperativismo seja mais dis-cutido nas escolas e em todos os tipos

de instituições públicas e privadas, como as universidades, para que os jovens percebam as oportunidades de empreendedorismo cooperativista. Hoje, muitos concluem o curso supe-rior e não veem, no mercado, onde nem como exercer suas profissões. Cooperativas seriam grandes opções para estes jovens profissionais, como o são para 114 mil médicos brasilei-ros, cooperados das 349 cooperativas Unimed”, defende Kátia Oliveira.

O diretor da Flamma Comunica-ção Empresarial coloca como prio-ridade da área de comunicação o desenvolvimento, nos associados às cooperativas, da sensação de per-tencimento a uma sociedade, pois “o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro depende do grau de cons-cientização e da participação dos cooperados. Sem isso, não há como avançar. O cooperado precisa estar consciente de que é o senhor da sua cooperativa”.

MÃO DUPLAA definição de uma programação

contínua de treinamentos específicos para os colaboradores e cooperados, no sentido de que conheçam o coo-perativismo e se empolguem com ele, também é destacada por Recco. “Eles precisam ter orgulho de pertencer ao mundo cooperativista, que é mara-vilhoso. Basta ver as conquistas e as realizações do setor mesmo em anos de profunda crise brasileira”, enfatiza.

Qualquer que seja a ação, Recco destaca que é preciso criar ativida-des para o envolvimento dos cola-boradores e dos cooperados. “Muitas vezes, a organização está focada em iniciativas para desenvolver o coo-perado, mas se esquece de falar de cooperativismo. É fundamental, antes de tudo, entender a importância da cooperativa. Sem ela, os associados do ramo agropecuário possivelmente não sobreviveriam em seus negócios”, comenta, ressaltando o trabalho de-senvolvido pelo Serviço Nacional de

Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), com treinamentos, cur-sos e uma série de outras iniciativas, “como a certificação dos conselheiros, que se tornou uma prioridade entre as cooperativas do Paraná”.

COERÊNCIA E CLAREZA“O primeiro público a ser infor-

mado sobre qualquer movimentação deve ser o interno. Sem negociação sobre esse ponto”, frisa Lucia Faria, diretora agência de comunicação corporativa que leva seu nome. Natu-ralmente, em organizações pulveriza-das – em cooperativas usualmente os associados estão fisicamente distan-tes uns dos outros e da própria sede da cooperativa – isso é mais difícil, e a alternativa é investir em tecnologia.

“Temos ferramentas de comuni-cação importantes que podem ajudar

uma comunicação eficiente. Se a em-presa enxergar a comunicação como valor estratégico, ótimo. Se ela não souber o que fazer direito, mesmo in-vestindo nas ferramentas de comuni-cação, o ideal é que dê uma revisada nos seus propósitos. Assim evita-se o desperdício do investimento”.

A mesma linha de raciocínio é se-guida pela editora publicitária Haya-ne A. Ramos de Souza, da cidade de Vilhena (RO), que em 2012 estagiou em uma cooperativa de crédito no setor de Marketing. Diferenciando entre uma boa mensagem – aquela que alguém entende – e uma ótima mensagem – aquela que todos enten-dem – lembra que “uma organização pulverizada precisa emitir uma co-municação que cause efeito de união, que lembre parceria, que incentive conjunção de ideias e foco no mesmo ideal. Uma cooperativa de crédito, por exemplo, pode emitir mensagens que foquem no incentivo cultural da so-ciedade, unindo forças para um bem comum (projetos solidários, eventos esportivos), pois assim será lembrada por todos da mesma maneira”.

Uma das necessidades básicas da comunicação para essas organizações é o incentivo à cultura. “Quem inves-te em cultura ou fomenta trabalhos sociais tem como retorno a satisfa-ção de uma comunidade que visa a esse tipo de apoio como chave para um primeiro contato com essas orga-nizações e assim passam a acreditar no serviço ou produto oferecido, e também a indicá-lo”, garante Hayane Souza. “O entendimento traz oferta de serviços de qualidade, desenvolvi-mento da comunidade em que atua, admissão de membros e parceiros, melhoria da linha de produtos. Au-mentando assim participação de mercado e fazendo com que os coo-perados e colaboradores migrem seus pensamentos para a sustentabilidade econômica, agindo de forma funcio-nal e organizacional”, conclui.

no processo, como transmissão onli-ne para treinamentos, transmissão de mensagens a diferentes grupos, ca-pacitação de equipes ao mesmo tem-po em todo o País. O primeiro passo é fazer um diagnóstico do perfil da empresa e dos funcionários, pois se a empresa tem uma postura conser-vadora ou está defasada tecnologi-camente, fica complicado pensar em algo muito avançado para essa co-municação com as equipes”, comen-ta Faria, garantindo que, em caso de públicos com características muito diversas, “os mecanismos para atin-gir os diferentes públicos devem ser distintos. Os canais mudam, a mensa-gem pode ser a mesma”.

A experiência de 17 anos na co-municação corporativa, leva Lucia Fa-ria a recomendar “coerência e expec-tativas claras do que se pretende com

LUCIA FARIA: COERÊNCIA E EXPECTATIVAS CLARAS DO QUE SE PRETENDE COM UMA COMUNICAÇÃO EFICIENTE

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PES SOASPESSOAS

Por mais que o cooperativismo defenda a igualdade entre todos os membros, quando o assunto é gestão em coo-perativas e em organizações

do sistema, a presença feminina ainda é pouco expressiva.

Tomando como base a Organização das Cooperativas Brasileiras e seus bra-ços estaduais, apenas uma mulher está à frente de uma OCE. Trata-se de Aurelia-na Rodrigues Luz, presidente do Sistema OCB-Sescoop/MA que, em maio de 2016, tornou-se a primeira mulher a ascender ao mais alto cargo na organização do co-operativismo em um Estado.

Assistente Social e cooperativista há mais de 20 anos, é vinculada ao Sicoob e relaciona, em sua folha de serviços pres-tados ao movimento, a criação de duas cooperativas: uma de pescadores e ma-risqueiros e outra de trabalhos e serviços. No sistema que preside há quase um ano, Aureliana Luz exerceu inúmeros cargos, tendo passado pelo Conselho Fiscal, in-cluindo a coordenação, e pelo Conselho de Administração.

Aureliana Luz entende que “a cada dia, a mulher toma mais espaço e vai tomando o lugar que deve ocupar na sociedade. Muitas ainda precisam tirar as vendas dos olhos, o véu, e assumir a

sua posição de fato e de direito, o lugar dela que está lá, à disposição”. Pede às mulheres “que acordem e se coloquem mais à frente do cooperativismo”.

“Mulheres tem de galgar posições de comando e caminhar junto com os homens”, comenta, citando seu exem-plo, que sempre trabalhou lado a lado com Marlo Aguiar, presidente que a an-tecedeu e que hoje é o superintendente do Sistema OCB-Sescoop/MA.

BASE DO MOVIMENTO

Quanto mais próximo à base no or-ganograma do cooperativismo brasilei-ro, maior é a presença da mulher, mas usualmente como membro de Diretoria e não à frente.

Na aparência, o Ramo Crédito e o Ramo Saúde destacam-se na inserção das mulheres na gestão de cooperativas e também como cooperadas, mas não há estatísticas oficiais, com exceção de levantamento feito pelo Banco Central do Brasil sobre a presença das mulheres como associadas ao sistema financeiro cooperativo brasileiro. Os dados mais recentes desse Censo de Cooperados são de fevereiro de 2016 e mostram que 41% do universo é composto por mu-lheres, o que corresponde a pouco mais de 2,8 milhões de um total de cerca de

A presença da mulher no Agronegócio é caminho natural e evolui cons-tantemente. Há, ainda dificuldades a serem enfrentadas para podermos exercer nossos direitos ou realizar com eficácia o trabalho. Acredito muito no aprendizado constante, participando de cursos, seminários etc. Isso nos dará cada vez mais segurança. Sou uma entusiasta do agrupamento em sindicatos e cooperativas para troca de experiência, aprendi-zado e fortalecimento mútuo.

A maior conquista, no entanto, é termos a convicção de que podemos estar e sermos o que decidirmos nas nossas vidas, é estarmos à vontade e seguras da nossa profissão ou atuação nos negócios próprios.

A Sociedade Rural Brasileira, fundada há 98 anos ele-geu nova Diretoria (triênio 2017-2020), e fui convidada a para participar. Começo desenvolvendo o Comitê de Pecuária, e quero convidar várias mulheres para juntas coordenarmos esse projeto inovador.

O ano de 2017 começou com o meu desafio pes-soal de estar com as mulheres de alguns Estados do Brasil organizadas em cooperativas e asso-ciações e falar sobre o que valorizamos na vida e como planejar o futuro com responsabilida-de e competência. A primeira palestra foi na Cooperativa Mista Sul Rio Grandense (Cam-sul), em Santa Maria (RS), e outras virão.

TERESA VENDRAMINI - DIRETORA DA SRB

é elevar a autoestima das mulheres para que despertem o potencial pessoal e pro-fissional, proporcionando atividades que possibilitem a independência financeira, construindo a autoconfiança com refle-xos na qualidade de vida.

As cooperativas agropecuárias tam-bém contribuem para ampliar a presença das mulheres no movimento, a partir dos Núcleos Femininos.

REPRESENTANTE ELEITA

A Cooperativa Agropecuária de Ja-cinto Machado iniciou os trabalhos com os Núcleos Femininos em 2011, nas co-munidades de Tenente e Pinheirinhos, em Jacinto Machado. Associadas, espo-sas e filhas de sócio, com idade superior a 25 anos, podem participar. E o interes-se é crescente, garante Elisabete Biz dos Santos, coordenadora social da Cooper-ja. “Começamos com 35 participantes e hoje temos 65 mulheres. Elas conquista-ram mais espaço relacionado a atuação feminina na cooperativa, passaram a opinar”, relata.

O desenvolvimento desses grupos le-vou a Cooperja a criar um Comitê dos Núcleos Femininos e, neste ano, uma novidade: foi eleita uma represente do núcleo para o conselho administrativo da cooperativa.

“Estamos trabalhando a liderança da mulher e valorizando sua autoestima e seu potencial profissional, abrindo no-vas perspectivas para a mulher agricul-tora, levando-a a perceber que pode ser mais atuante no contexto cooperativo em que está inserida. O núcleo feminino mostra à mulher que ela tem autonomia e pode participar das decisões em casa, na comunidade ou na cooperativa”, fala Elisabete dos Santos, resumindo as ativi-dades e os objetivos desses grupos. E re-conhece: “Há muito ainda a ser trabalha-do, mas, sem pressa, vamos conseguindo fazer com que a mulher perceba que ela é uma administradora do lar, da família, e têm força e aptidão para abrir os hori-zontes almejados”.

MUITO A COMEMORAR

Em 2015, a Cooperativa Regional Itaipu recebeu a confirmação do Sescoop

Mulheres e cooperativas

MULHERES no Cooperativismo / Por Região - PESSOA FISICA

Região Cooperadas %CENTRO-OESTE 272.446 40NORDESTE 134.252 45NORTE 38.217 38SUDESTE 765.835 38SUL 1.674.496 43Total Geral 2.885.246 41

para a realização da primeira turma do Programa de Mulheres Cooperativistas. “Surgiu, então, o desafio da mobiliza-ção. Após convite, formamos um grupo com 38 participantes, pertencentes aos municípios de Pinhalzinho, Saudades, Bom Jesus do Oeste, Modelo, Serra Alta, Saltinho e Sul Brasil”, recorda a comunicadora da cooperativa, Gilda Schmidt Valente.

O trabalho teve início com forma-ção, sensibilização e estímulo a conhe-cimento, habilidades e atitudes para melhor atuação feminina no quadro social da cooperativa, com carga horá-ria de 104 horas.

Um ano se passou e – garante Gil-da Valente – “estamos celebrando a conquista de nossos objetivos, que só foram alcançados devido ao apoio dos familiares dessas mulheres, que deposi-taram confiança e não mediram esfor-ços para que elas conseguissem chegar até o final de uma caminhada marcada por muito aprendizado, autovaloriza-ção e mudanças de atitudes”.

Maio marcará o início do segundo

7 milhões de associados”.Mas é no Ramo Agropecuário que as

mulheres têm espaço garantido. Ênfase para o Estado de Santa Catarina que, em 2016, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) – órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catari-na (Faesc) – capacitou 994 mulheres no programa “Com Licença Vou à Luta (CLVL)”, voltado à gestão de negócios agropecuários com enfoque no empre-endedorismo e na liderança.

“As mulheres têm um papel fun-damental, tanto na família como na propriedade rural. O CLVL foi criado es-pecialmente para que, a partir das no-ções de gestão, elas contribuam com a melhoria da administração das proprie-dades rurais”, observa Gilmar Antônio Zanluchi, superintendente do Senar/SC, lembrando que o intuito do programa

grupo – que envolverá apenas esposas e mulheres associadas do município de Pinhalzinho – mas as atividades já fo-ram iniciadas.

“Estamos convidando cerca de 40 mulheres para participarem da capa-citação, e a cooperativa objetiva, no futuro, formar um Núcleo Feminino em cada município de sua área de atu-ação”, informa a comunicadora, des-tacando que entre as concretizações está a elaboração do novo Regimento Interno, resultado de estudos e deba-tes entre as componentes do próprio Núcleo. Hoje, o regimento está no se-tor jurídico da Cooperitaipu e poste-riormente irá para o Conselho de Ad-ministração da cooperativa.

A cooperativa também inova ao co-locar, todos os anos, na programação do Itaipu Rural Show, um dia voltado a elas, com salão de beleza, palestras e informativos sobre saúde da Mulher e um horto com mais de 120 variedades de plantas medicinais, que serve de mo-delo para região no repasse de mudas e informações sobre as plantas.

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MAR / ABR 2017

PATROCÍNIO

agrocoopCOOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO

CADERNO ESPECIAL DA REVISTA MUNDOCOOP PARA O COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Agro+ e Agrofácil SPmodernização como meta

CAFÉ SOLÚVELMercado mundial deve crescer 30% até 2020

RAMO AGRODevido à importância das cooperativas agropecuárias, o Observatório do Cooperativismo as estuda para compreender sua evolução

CAMPUS PARTY: INDÚSTRIAS DO AGRO MARCAM PRESENÇA

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MyLucy é o nome de uma plataforma que une comunicação e mobilidade, dispensando a internet para conexões, inclusive internacionais e interurbanas. Presente em mais de 100 países, a empresa provê serviços de telefonia fixa e móvel a preços abaixo dos de mercado.

O aplicativo, disponível para Andoid, oferece pacotes de minutos pré-pagos ou pós-pagos para toda a base atendida pela empresa e sem data de expiração e a custos mais baixos, inclusive para quem não fez o download.

Há duas formas de realizar as chamadas: através de um consumo ínfimo de dados/Wi-Fi apenas para que se forme uma conexão, ou via SMS, enviado pelo próprio sistema automaticamente. Dessa forma a internet não se torna necessária para completar uma ligação. As próprias chamadas utilizam rede de voz, o que garante alta qualidade e impede ruídos.

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Self Checkout, da VR Software, é um posto de autoatendimento para o varejo que permite maior rentabilidade aos estabelecimentos comer-ciais e maior rapidez e comodidade aos consumidores, que podem, eles mesmos, sem o auxílio de operadores de caixa, posicionarem o código de barras de seu produto no leitor do posto de autoatendimento para o registro do valor da mercadoria. Feito isso, basta finalizar a compra e efetuar o pagamento no cartão de débito ou crédito.

A solução integra-se à retaguarda, pois conta com software que cuida das questões administrativas, dispensando outro programa.

Varejo: fim das filas?

Desde 9 de fevereiro, 67 famílias rurais associadas à cooperativa de geração e distribuição de energia elétrica Creral estão contando com serviços de internet via fibra óptica. A rede já conta com 52 km de extensão e, na fase inicial, atenderá famílias das comunidades gaúchas de Santuário, Bom Conselho, São Caetano, Vila Paraíso e Boa Vista, independentemente de serem associadas à cooperativa. Há planos de ampliar o Programa Internet Rural para as comunidades Progresso, São Domingos, São Francisco e Gaúcho, assim como para Erechim, Getúlio Vargas, Ipiranga do Sul, Entre Rios do Sul, Estação e Erebango.

Pelo programa, o custo fixo para a instalação é de R$ 2.000,00, sendo que, no caso dos associados, a Creral participa com R$ 500,00 e o associado com os R$ 1.500,00 restantes, que depois serão reembolsados através de desconto na mensalidade. Alderi do Prado, presidente da Creral informa que foi criada uma linha de crédito específica pela Cresol e pelo Sicredi para financiar as famílias.

Internet via fibra óptica para produtores rurais gaúchos

SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL

DISPENSAM A INTERNET

Criada com a finalidade de manter a contabilidade de uma empresa do segmento da prestação de serviços, sem funcionários e optante pelo Simples Nacional, totalmente regularizada e a mais transparente possível, a plataforma Contador Amigo permite ao microempresário, autonomia no que tange aos cuidados com as obrigações fiscais da PJ, além de agilidade.

Obrigações fiscais

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Desburocratização e modernização na ordem do dia

Em evento realizado em 20 de feve-reiro, na capital paulista, governos federal e estadual apresentaram pro-gramas visando à modernização e agi-lização dos procedimentos relativos ao agronegócio: Agro+ e Agrofácil SP, respectivamente.

O Programa de Modernização e Desburocratiza-ção da Agricultura - Agrofácil SP – foi apresentado pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, acompanhado do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, ao presidente Mi-chel Temer e ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que, por sua vez, falou sobre o Agro+.

A G R O FÁ C I L S P

Reunindo novas medidas e outras já em execu-ção, o Agrofácil SP busca facilitar a vida do produ-tor rural e facilitar o desenvolvimento do setor pro-dutivo com ações como a emissão online de guias, permissões e declarações; simplificação do licen-ciamento ambiental da aquicultura e demais ativi-dades; compra com pagamento por meio eletrônico da produção do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Secretaria; suporte eletrônico para fa-cilitar o acesso de agricultores familiares aos editais de compras públicas de alimentos; simplificação do acesso a linhas de crédito rural pelo Fundo de Ex-pansão do Agronegócio Paulista (Feap) e às linhas de

financiamentos e a programas como o Projeto de Desen-volvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, executado via Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati); entre outros benefícios.

Os avanços se estendem à aquicultura, por meio de uma parceria entre o Instituto de Pesca (IP) e a Fundação Florestal para normatizar os parques aquícolas; fortale-cem a pecuária de leite no Estado; agilizam o controle de pragas e doenças, simplificam transporte de mudas e sementes, com o sistema eletrônico permitindo o con-trole dos agroquímicos produzidos; e atuam na área de sanidade de caprinos, ovinos e peixes.

A G R O +

Elaborado pelo Mapa a partir da consulta a 88 enti-dades representativas do setor, que geraram mais 300 propostas de medidas – das quais 40 estão sendo imple-mentadas – o Agro+ tem a meta de reduzir a burocracia e o tempo necessário à tomada de decisões, tornando a sistemática mais ágil, eficiente e econômica e favorecen-do que, a médio prazo, ocorra a duplicação da produção agrícola brasileira.

Entre as ações propostas estão a abertura de con-sultas públicas ao setor produtivo para editar regras e padrões mais representativos, modernização da norma que estabelecem o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), regulamentação de fiscalização de produtos vete-rinários e revisão dos procedimentos técnicos e adminis-trativos em portos, aeroportos e postos de fronteira, para agilizar a exportação de produtos agropecuários.

Campus Party

ERP aumenta produtividade do agronegócio“É o momento de investir em melhorias de processos e fazer a empresa funcionar

de uma maneira mais fácil. Um bom software de gestão (ERP) pode aumentar nitidamente a produtividade e eficiência da operação do setor”, garante Ricardo

Araújo, diretor da Cigam IC Planejamento, frisando que, com um sistema de gestão adequado às necessidades, é possível aumentar a produção, diminuir custos de

insumos, manutenção e logística, tudo isso com sustentabilidade.

Agro+ e Agrofácil SP

Listada entre os principais eventos tecnológicos do País e conhecida como o maior festival do mundo em inovação, criatividade e empreendedorismo digital, a Campus Party Brasil recebeu a visita de mais de 80 mil pessoas e teve, en-tre os expositores, empresas que se destacam no agronegó-cio brasileiro: Basf e John Deere.

No caso da Basf, presente na Open Campus – área gratui-ta e mais movimentada do evento – o gerente de Marketing Digital para a América Latina da BASF, Almir Araújo, partici-pou do Workshop Startups & Makers - Ideias para empreen-der. Na ocasião, apresentou o AgroStart, programa desenvol-vido em parceria com a ACE, que faz gestão e aceleração de startups focadas em soluções para o agronegócio.

“Cada vez mais os players da cadeia agrícola utilizam fer-ramentas digitais que auxiliam na tomada de decisão. É uma

Indústrias do agro marcam presença

Agro+ e Agrofácil SP: modernização e agilização como meta

Evolução genética na piscicultura

Fundada em 2012, em Alfenas (MG), a AquaAmérica nasceu com o objetivo de fornecer à piscicultura brasileira matrizes de Tilápia do Nilo de alta qualidade genética e superior desempenho nas condições de cultivo do País. Desenvolvendo a 4ª geração de matrizes, a empresa, segundo seu diretor Jorge Vieira Barbosa, está investindo em genômi-ca para trabalhar com o melhoramento de características específicas, como resistência a doenças e coloração.

grande satisfação fazer parte de um festival que impulsiona a revolução tecnológica para jovens empreendedores. A partici-pação da Basf no Campus Party, além de ressaltar o programa AgroStart, enfatizou a nossa preocupação em sempre oferecer inovações que contribuam de forma positiva o mercado”, afir-mou Almir Araújo.

“Como a expectativa é que a população mundial atinja 9,5 bilhões de pessoas até 2050, o papel da tecnologia agrícola se faz fundamental para o aumento de produção no campo e preservação do meio ambiente. Neste sentido abre-se uma oportunidade para que o Brasil amplie significativamente o seu papel como fornecedor global de alimentos”, explica Al-fredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos da John Deere para América Latina ao falar sobre a presença no Cam-pus Party com estande que primou pela interatividade.

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Recorde na comercialização de touros Nelore A Agro-Pecuária CFM, em 2016, comercializou mais de 1.500 touros

Nelore CEIP. Com isso, aproximou-se da marca dos 39 mil touros da raça produzidos desde o início de 1980, quando começou seu programa de

melhoramento genético. São touros suficientes para cobrir cerca de 1 milhão de matrizes. E mais: nos últimos dez anos, a CFM atendeu mais de 850 clientes,

em mais de 480 municípios, em 19 estados brasileiros, além do Paraguai.

SRB

Em 8 de fevereiro, o produtor e administrador de empresas agrícolas Mar-celo Vieira foi eleito e empossado pelo Conselho Superior da Sociedade Rural Brasileira (SRB) como presidente da entidade, para mandato de três anos. In-dicação de seu antecessor no cargo, Gustavo Diniz Junqueira (gestão 2014-2017), Vieira é membro do Conselho da SRB desde 2014, período em que tam-bém esteve como vice-presidente.

Com vínculo de mais de 40 anos com o agronegócio – em especial com as culturas de café, cana-de-açúcar e pecuária – Vieira transita nas principais entidades do setor, ajudou a fundar e dirigiu várias associações e, entre 2005 e 2014, foi o principal executivo da argentina Adecoagro no Brasil, empresa que se destaca na produção de alimentos e energia renovável da América Latina.

Entre as metas do novo presidente estão a participação ativa dos produ-tores rurais nos comitês da SRB e o aprofundamento da atuação da SRB em grandes e importantes temas da agenda do setor, como as discussões com o Governo Federal e o Congresso Nacional sobre a regulação das atividades do agronegócio, as políticas de apoio ao desenvolvimento do setor e a estrutura-ção de novos modelos de financiamento que viabilizem a expansão da produ-ção para atender à crescente demanda mundial.

A Diretoria para o triênio 2017-2020 conta ainda com Pedro de Camargo Neto, Jayme da Silva Tel-les e Francisco de Godoy Bueno, como vice-pre-sidentes; e João Adrien, Bento Mineiro, Joaquim Pereira Leite, Guilherme Nastari, Teresa Cristina Vendramini e Frederico D’Avila, como diretores.

Marcelo Vieira eleito para triênio 2017-2020

Abacaxi

Cultura da Cooperação é o programa que o Sebrae Minas Gerais – com apoio da Emater, do Sicoob Frutal e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) – desenvolveu por 18 meses, capacitando 25 agricultores familiares da região de Frutal (MG) à ampliação da capacidade e à promoção de ações coletivas capazes de reduzir custos, como compras cole-tivas, visitas técnicas em cooperativas de produtores de frutas nas cidades de São Gotardo e Jaíba (MG), e a realização da Feira Regional de Agronegócios do Abacaxi.

Como resultado, foi criada a Cooperativa de Produtores de Aparecida de Minas, distri-to de Frutal. Com 160 agricultores e 1.260 hectares de produção da fruta, Aparecida de Minas responde por 80% da produção total do Estado e conta com 2.000 hectares de área em formação, destinada ao processo de florescimento do abacaxizeiro. Minas Gerais situa--se em terceiro lugar na produção de abacaxi no Brasil, com a região do Triângulo Mineiro respondendo por 95% da produção estadual (82,8 mil toneladas na safra 2014/2015).

Cooperativismo para produtores mineiros

Abag

Em cinco anos, o “Pecuária do Conhe-cimento” promoveu 80 cursos, reunindo mais de 1.600 participantes, incluindo equipes de 40 indústrias de nutrição ani-mal, seis consultorias, seis associações de produtores e seis grupos de pecuaris-tas líderes de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Ron-dônia e São Paulo. O programa foi ideali-zado pela equipe de pecuária da Phibro Saúde Animal em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), unidade de Colina (SP).

A meta é fomentar a educação, levar tecnologias ao campo e disseminar co-nhecimento aplicado para aumento da eficiência produtiva na cadeia da pecu-ária via aulas teóricas e práticas, sempre buscando a promoção das boas práticas para a obtenção de melhores índices de eficiência produtiva e econômica dos projetos pecuários.

Pecuária do Conhecimento completa cinco anos

Atualizações do CAR e PRA: funda-mentais à regularização ambiental CADASTRO

Até dezembro de 2017 é possível fazer a inscrição de proprieda-des rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Apesar de o Boletim do Serviço Florestal Brasileiro mostrar que até janeiro desse ano a área cadastrada no sistema superou o total de área passível de cadastro, em diversos Estados ainda há propriedades que devem ser cadastradas. A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) ressalta que a validação dos cadastros, que já acontece em alguns Esta-dos – como Mato Grosso e Pará por exemplo – é muito importante para dar continuidade ao trabalho de regularização ambiental das propriedades rurais.

O proprietário que tiver passivo ambiental na sua proprieda-de pode se regularizar por meio dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs), desenvolvidos pelos Estados, que deve definir como será a validação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e como deve ser o processo de compensação de Reserva Legal (RL). Nem todos os estados tem seu PRA definido, mas espera-se que a re-gulamentação desses programas avance para que o produtor possa se adequar ao Código Florestal.

Senar Minas e Cooxupé: mais de 1.000 cursos em parceriaO Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar Minas) e a

Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé mantém parceria desde 2011 e preveem, para 2017, investimento de R$ 950 mil para as regionais de Lavras,

Patos de Minas e Passos. Ao longo desses seis anos, já foram realizados mais de 1.000 cursos na região de atuação da cooperativa.

ABMRA

Até maio, será finalizada a 7ª edição da Pesquisa Há-bitos do Produtor Rural ABMRA, o maior e mais completo levantamento do País sobre o perfil dos produtores, seus hábitos e preferências de mídia e comportamento de com-pra nacional, formação profissional, expectativas de inves-timentos e demais dados úteis dos públicos-alvo. A inciati-va envolve mais de 2.800 entrevistas com produtores rurais em todo o País e acompanha a evolução história de várias informações e indicadores, que dão a exata dimensão do movimento positivo do agronegócio em relação à tecnolo-gia, hábitos de comunicação e boas práticas.

A 7ª edição traz novidades, como o espaço dedicado às

Pesquisa favorece definição de estratégias para o agronegócio

novas ferramentas de comunicação, como as mídias sociais, e inclui levantamento de todas as regiões do país e das princi-pais atividades produtivas. A nova edição contará com mais informações sobre o MATOPIBA, região de cerca de 30 milhões de hectares que compreende o Tocantins e parte dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia).

“A pesquisa da ABMRA é uma ferramenta indispensável para as empresas do agronegócio tomarem suas decisões com base em dados reais do mercado e dos seus clientes. Num pe-ríodo de turbulência, esse material é ainda mais indispensável e pode fazer a diferença para sua empresa em relação aos con-correntes”, destaca Ricardo Nicodemos, diretor da associação.

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Genômica na produção de bovinos de corteA Casa Branca Agroindustrial, em Careaçu (MG),

mantém programa de seleção de Angus, Brahman e Si-mental. Buscando intensificar o melhoramento genéti-co e proporcionar máxima garantia de qualidade e con-fiabilidade dos animais em termos de funcionalidade, produtividade, eficiência e adaptabilidade – além de parceria com equipe da Universidade Federal de Lavras (UFLA), liderada pela profa. Sara Meirelles, para análi-se de fenótipo do gado – inicia a genotipagem de seu plantel de 1.200 animais Angus e Simental sul-africano.

O novo projeto está sendo realizado em conjunto com o professor José Fernando Garcia, da Universidade Estadual do Estado de São Paulo (UNESP) – campus Ara-çatuba, e envolverá a análise de 50 mil informações de cada animal. Na segunda fase, o programa incluirá mais 800 animais por ano e inserirá a raça Brahman.

Suco de Uva AgrocoopO suco de uva 100% integral Agrocoop é um

lançamento nacional, feito de uvas Izabel, magma e cora produzidas nas montanhas capixabas.

Destaque

Em quatro dias de interação, 40 horas no campo, mais de 1.500 participantes do Brasil inteiro e mais duas edições do Fundação MT em Campo, realizados em 26 e 27 de janei-ro e 2 e 3 de fevereiro, em Nova Mutum e Rondonópolis, respectivamente, aconteceram 21 estações com ensaios que envolvem manejo do solo, doenças, pragas, genética, tecnologias para a agricultura, adubação, tudo de forma integrada, como no cubo mágico aplicado no conceito do

evento, que demonstra a necessi-dade da sincronia entre todas

as práticas realizadas o ano inteiro, desde o planeja-

mento até a colheita. Os eventos contaram com patrocínio de Arysta, Basf, Bayer, Dow, Du Pont, Jacto, Kleffmann

Group, Mosaic, Nu-farm, Syngenta, TMG, UPL e Vale, além do apoio da Aprosoja/MT.

Fundação MT em Campo 2017: resultados inéditos e exclusivos

O pesquisador Jorge Lara assumiu a Chefia-Geral da Embrapa Pantanal em 21 de fevereiro, ocasião em que listou entre os principais desafios e oportunidades para a instituição “a integração do bioma de forma sistêmi-ca. Além da pecuária como matriz econômica, temos muitas oportunidades pontuais que podem ser explo-radas – o agroecoturismo, o mel do Pantanal e as raças naturalizadas como o cavalo e o bovino pantaneiro, por exemplo”. O novo gestor também objetiva fazer da uni-dade um fórum de discussão neutro a serviço da socie-dade. “Chegar a esse consenso é o desafio do século para o Pantanal”, garantiu Lara em sua posse.

Embrapa Pantanal sob nova direção

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Devido à importância das cooperativas agrope-cuárias, o Observatório do Cooperativismo as estuda para compreen-der sua evolução e, re-centemente, Davi R. de

Moura Costa – Prof. Dr. da Faculdade de Economia, Administração e Con-tabilidade da Universidade de São Paulo (FEARP/USP) e diretor do Obs-coop – estabeleceu alguns insights sobre o futuro, apontando desafios a serem transpostos. Para isso, fez uso de dados fornecidos pela OCB, referentes ao total de cooperativas, total de sócios por cooperativa e número de funcionários nas diferen-tes regiões do Brasil, no período de 2010 a 2015, e do levantamento de informações coletadas em conjunto com pesquisadores da University of Missouri, junto a conselheiros e ges-tores de cooperativas das diversas regiões brasileiras.

Cresol Central faz intercâmbio na FrançaRepresentantes da Cresol Central SC/RS interessados na raça Montbeliarde – bovinos de leite e carne – em maio, participam de intercâmbio com a França durante a Feira Nacional da raça naquele país. A ação

envolve visitas às propriedades que trabalham com essa raça para troca de conhecimentos.

Castrolanda incorpora Cervejaria Bier HoffO dia 31 de janeiro de 2017 marca a aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, da incorporação da cervejaria artesanal paranaense Bier Hoff, fundada em 2002, com

restaurantes franqueados em shoppings, sendo três em Curitiba, um em Londrina e outro em Ponta Grossa, além de restaurante em Joinville (SC).

Douglas Silva Domingues, especialista em biologia molecular de plantas da Unesp em Rio Claro e autor do artigo “Perfil bioquímico de diterpenos e análise transcricional de genes P450 em folhas, raízes, flores e frutos de café arábica”, apresenta o trabalho comentado na revista Science por mostrar a relevância de outros compostos, além da cafeína, no aroma e sabor do café.

Produção acadêmica em destaque

AGROCOOP/ COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO É PARTE INTEGRANTE DA REVISTA MUNDOCOOP - CONTEÚDO EDITORIAL FORNECIDO POR NOSSOS PARCEIROS

6,13% no total de sócios por coope-rativa e, no Norte, ocorreu queda de -4,42% ao ano.

Os resultados sugerem que “há um movimento de consolidação do cooperativismo no Sul do País, com redução no total de unidades e au-mento no quadro de sócios. No Nor-te, é possível inferir que há criação de cooperativas com número menor de associados. Já para o Centro-Oes-te, é factível apontar como a região mais dinâmica: cresceu o número de cooperativas e de produtores coo-perados. Além disso, as cooperativas da região Sul são maiores em núme-ro de membros e em atividade eco-nômica (vide gráfico), enquanto no Centro-Oeste o dinamismo não se reflete em atividade econômica que demande quantidade significativa de mão-de-obra”, resume o diretor do Obscoop.

E qual será o futuro que decorre desse quadro? Na visão do pesqui-

sador, a questão tem dois aspectos: o porte das cooperativas do Centro--Oeste e do Norte e a possibilidade de migração das maiores cooperati-vas da região Sul atrás da produção de grãos.

Considerando as diferenças es-tatísticas das cooperativas das duas regiões e do perfil do produtor, ele aponta para a possibilidade “de cria-ção de estruturas que trabalham com a ação coletiva, sem que seja ne-cessariamente uma cooperativa. Por exemplo, condomínios de armazena-gem e consórcios produtivos tal qual o Consórcio Cooperativo Agropecu-ário Brasileiro (CCAB) já existentes na região. Além disso, o processo de consolidação do cooperativismo da região Sul invariavelmente vai elevar o nível de competição entre as coo-perativas que atuam com commodi-ties (grãos e carnes), mercado que demanda inovação constante para ganhos de economia de escala”.

Pesquisa do Obscoop gera insights sobre o Ramo Agro

Observatório do Cooperativismo

Entre as consequências do acir-ramento da competição poderá surgir práticas predatórias como opção para aumento do market share na região. A solução de curto prazo, segundo a visão de Moura Costa, envolve a abertura de unida-des destas cooperativas em outros Estados. “Esta estratégia já está sendo adotada pelas cooperativas do Paraná, por exemplo, abrindo filias no Mato Grosso do Sul e São Paulo. Portanto, espera-se que as grandes cooperativas da região Sul migrem para locais cada vez mais distantes, atrás da produção de grãos”, informa o diretor do Obs-coop, lembrando a necessidade de vencer três desafios básicos: os im-pedimentos legais estatutários que vedam as cooperativas migrarem para outras regiões; o perfil cultu-ral do associado que não gosta de

Região Total de Cooperativas (%) Associados por Cooperativa (%)Sudeste 025 0,91Sul -4,67 6,13Centro-Oeste 3,10 2,91Nordeste -3,06 0,03Norte 6,51 -4,42Brasil 0,08 1,18

assumir riscos; e aversão ao risco dos seus gestores, que não estão familiarizados com as questões lo-gísticas desafiadoras destas novas regiões.

A possível chegada das coope-rativas do Sul às regiões Centro--Oeste e Norte leva ao aprofun-damento da reflexão, pois – frisa Moura Costa – é preciso detectar se “os produtores da região continua-rão a optar por estruturas menores ou se vão se associar aos grandes complexos cooperativos”.

Independentemente da respos-ta, o diretor do Obscoop problema-tiza ao inserir no cenário atual mais um elemento: “as maiores coopera-tivas do mundo, como a americana CHS e a japonesa Zen-Noh, já estão entre nós originando soja e recur-sos para seus cooperados nos paí-ses de origem”.

Café solúvel: mercado mundial deve crescer 30% até 2020 PESQUISA

As análises e as prospecções mais recentes da cafeicultura em nível mundial realizadas pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café apontam, entre outros destaques, crescimento do consumo de café solúvel na Ásia e Oriente Médio no último ano. De acordo com o Bureau, citando dados de uma empresa de pesquisa, o mercado mundial de café solúvel é atualmente estimado em US$ 28 bilhões, com possibilidade de crescimento em torno de 30% até 2020.

Fonte: dados da OCB, elaboradas pelo Observatório do Cooperativismo (2017)

Taxas de crescimento do total de cooperativas agropecuárias e sua atratividade ao produtor, 2010 a 2015

Os números apon-taram para um cresci-mento anual do total de cooperativas no Norte e Centro-Oeste (res-pectivamente 6,51% e 3,10%), enquanto Sul e Nordeste tiveram re-dução anual, cerca de -4,67% e -3,06%, res-pectivamente. Por ou-tro lado, na região Sul houve crescimento de

quantidade de funcionários por cooperativas agropecuárias

Para fins de adequação de escala, os números estão representados em logarítimo neperiano. Portanto, os números não representam diretamente o dado de interesse

2010 2011 2012 2013 2014 2015

7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

-

Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 4948

Setor

Acapital paulista no período de 6 e 7 de março sediou dois eventos muito importantes para o coope-rativismo em âmbito estadual, na-cional e internacional.

Em 6 de março – antece-dendo a reunião da Diretoria da

Aliança Cooperativa Internacional (ACI) realizada nos dias 7 e 8 – aconteceu seminário internacio-nal “O Cooperativismo e os Objetivos de Desen-volvimento Sustentável – Combinando Impacto Econômico e Social por um Futuro Melhor”, que reuniu representantes de 30 países e da Organi-zação das Nações Unidas (ONU), além da Direto-ria do Sistema OCB e gestores das organizações de 20 Estados, autoridades e políticos.

No dia 7 de março, foi o momento escolhido pelo Sescoop/SP para o lançamento do Dia C de 2017. O evento estadual – denominado Painel de Desenvolvimento Sustentável: Cooperativas e ONU pela transformação do mundo – contou

ESTE PROJETO TEM O APOIO

com participação de representantes de 14 uni-dades do Sescoop. O ponto alto foi palestra de Maxwell Haywood, diretor de Assuntos Sociais da ONU e ponto focal daquela organização para relacionamento com as cooperativas.

Seminario Promovido pela OCB, Ocesp e Sistema Unimed, com o apoio da Aliança Coope-rativa Internacional, o seminário teve por objetivo discutir um plano de ação que o setor cooperati-vista deve colocar em prática nos próximos anos, a fim de contribuir com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

“Temos de nos engajar na proposta da ONU com os ODS. Isso está em nosso DNA, afinal as cooperativas sempre praticaram esses prin-cípios. O que acontece é que não estamos sa-bendo mostrar isso ao mundo. As Nações Uni-das estão propondo as metas. Está na hora de as cooperativas, por menores que sejam e res-peitando suas características, praticarem e faze-

A SUSTENTABILIDADE NO COOPERATIVISMO

SustentAÇÃO objetiva elaborar e colocar em prática

os princípios básicos da sustentabilidade:

Ecologicamente Correto, Economicamente Viável, Culturalmente Diverso e

Socialmente Justo.

SUSTENTACAOrem barulho para a população saber o que é uma cooperativa”. Com esta declaração, Márcio Lopes de Freitas deu início ao evento, sediado pela Unimed do Brasil.

A presidente da ACI, Monique Le-roux, também falou sobre a importân-cia da comunicação e da interação das cooperativas com a sociedade. “Somos mais de 3 milhões de coope-rativas no mundo, geramos mais de 250 milhões de empregos e alcança-mos resultados econômicos de US$3 trilhões. Ficamos muito silenciosos ao anunciar o impacto das nossas ativi-dades na sociedade, mas precisamos anunciar ao mundo o que fazemos e faremos pelos Objetivos de Desenvol-vimento Sustentável”, preconizou.

De acordo com o senador Aloysio Nunes (empossado no dia seguinte como ministro das Relações Exterio-res), há uma nova dinâmica que faz com que as relações internacionais que antes se restringiam ao Estado tenham uma crescente participação da sociedade civil por meio de entida-des, cooperativas, organizações não--governamentais (ONG) e empresas: “queremos a presença de outros paí-ses, mas que haja também a contra-partida, com a abertura dos mercados agrícolas, de serviços e de compras governamentais. O cooperativismo brasileiro, nesse novo contexto, é um fator importante dessa inserção mun-dial”, disse.

Para Edivaldo Del Grande, presi-dente da Ocesp, é fundamental “apoiar aqueles que nos ajudam a continuar proporcionando um movimento forte e pujante, focado na melhoria da vida das pessoas”.

Com a apresentação de casos de sucesso de 10 países, o seminário debateu temas como o cooperativis-mo como resposta às desigualdades sociais, como o setor pode propor-cionar uma nova sociedade, além de estabelecer o debate para a criação de um plano de ação de uma década para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Durante mais de 9 horas, mais de 200 presentes interagiram e se dedi-caram ao debate sobre os caminhos do cooperativismo para cumprimen-to dos ODS. Destacaram-se ainda as participações de Ramon Imperial,

presidente da ACI Américas, e auto-ridades da política nacional, como o secretário de Agricultura e Abasteci-mento do Estado de São Paulo, Ar-naldo Jardim, e o deputado federal Lelo Coimbra (ES).

Reuniao mundial da ACINos dois dias seguintes ao semi-

nário, a ACI realizou uma das suas quatro reuniões de board anuais, com a presença de representantes de 30 países.

Anfitrião, Eudes Freitas de Aquino, presidente da Unimed do Brasil e re-presentante do cooperativismo brasi-leiro na ACI, ressaltou o ineditismo da reunião no Brasil. “Essa é a primeira vez que essa reunião é realizada no Brasil e será uma ex-periência muito rica para todos nós. Ao falar de sus-tentabilidade dá para enfo-car todos os aspectos do cooperativis-mo”, afirmou.

Para ele, o cooperat iv ismo se impõe como fer-ramenta extremamente útil à sustentabilidade, um conjunto de iniciativas que precisam ser tomadas de forma coletiva para garantir a sobrevida da população. “Precisamos continuar buscando alternativas para aumentar a quanti-dade de pessoas mobilizadas, sensi-bilizadas e habilitadas para esse pro-jeto de recuperação do meio em que vivemos”, conclamou os presentes.

Dia C Para auxiliar as cooperativas no melhor entendimento dos ODS e no desenvolvimento de iniciativas cada vez mais alinhadas às metas propostas, o Sescoop/SP promoveu painel com o diretor de Assuntos Sociais da ONU, Maxwell Haywood, que apresentou a palestra “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sob a Perspectiva do Setor Cooperativista”, na Casa do Coo-perativismo Paulista.

Programado para reunir gestores cul-turais, empreendedores sociais, artistas, parceiros, as equipes de cooperativas e de núcleos de esporte e saúde e pro-moção social do Estado de São Paulo, o painel contou com a presença de re-presentantes de 14 unidades estaduais

do Sescoop.Além da palestra de Haywood, Mário César

Ralise falou sobre o Departamento de Promoção Social do Sescoop/SP do qual é geren-te; Geâne Nazaré Ferreira, gerente do Departamen-

to de Promoção Social do Sescoop

Nacional, apresentou o Dia C; secundada por Sueli

Gonçalves, coordenadora do Núcleo de Projetos Culturais do Sesco-op/SP, que discorreu sobre o Dia C 2016 em âmbito estadual. A abertura foi feita pelo gerente de Marketing do Sistema Ocesp – Nelson Claro – e pelo assessor Américo Utumi, ficando a cargo de Silvia Rodrigues e Paulo Belchior, analistas do Núcleo de Projetos Culturais do Sesco-op/SP, o encerramento do evento.

cooperativista DEBATE ODS

COM ONU E ACI

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AGlobal Challenges Foundation anunciou premia-ção no valor de US$ 5 milhões para novos mode-los de cooperação global capazes de lidar com as mais sérias ameaças à humanidade, incluindo mu-dança climática, armas de destruição em massa e pobreza extrema. Trata-se do Global Challenges Prize 2017: A New Shape.

Com inscrições abertas até 30 de setembro de 2017, a pre-miação parte da premissa de que o atual sistema de governança global é insuficiente para lidar com os riscos do século XXI, carac-terizados pelo fato de transcenderem fronteiras nacionais e po-derem afetar populações em qualquer parte do mundo.

Os projetos inscritos se-rão avaliados por um grupo de especialistas acadêmi-cos. As melhores propostas serão julgadas por um júri internacional de alto nível composto por respeitadas figuras de estatura global. A premiação será realizada em novembro de 2017.

Para divulgar a premia-ção no Brasil, a Global Chal-lenges Foundation – criada em 2012 e sediada em Es-tocolmo, na Suécia – em parceria com a área de Sustentabi-lidade da Fundação Getúlio Vargas, promoveu mesa redonda para debater governança internacional e rumos para economia verde no Brasil. Realizado em São Paulo (SP), o evento con-tou com a presença de Mats Andersson, membro do conselho da fundação, que, nos últimos 10 anos, atuou como CEO do Quarto Fundo de Pensões Nacional da Suécia, envolvendo-se principalmente em questões globais do meio ambiente e mais recentemente trabalhou com as Nações Unidas. Em 2015, foi eleito a Personalidade do Ano por trabalhar ativamente na Co-alição de Descarbonização de Portfólio (PDC), que visa reduzir significativamente a intensidade e divulgar a pegada de carbono de US$ 500 bilhões de investimentos pela cúpula climática de Paris, em dezembro de 2016.

Na ocasião, além de falar sobre governança global, Anders-son informou que até aquele momento, o New Shape Prize so-mava 6.000 registros, de 8.000 cidadãos, em 166 países. Frisou, ainda, que a primeira fase “envolve apenas a inscrição. A apre-sentação dos projetos será realizada em uma segunda fase”.

para projetos que enfrentem os desafios e as ameaças da humanidade

Goias Solar tem linha especialde financiamento

US$5 mi

Parceria entre a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e o Governo

de Goiás criou o Programa Goiás Solar, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento da fonte

solar fotovoltaica no estado goiano.Microempresas, empresas de pequeno porte

e empreendedores individuais podem contar com linha Crédito Produtivo Energia Solar”,

especial do GoiásFomento para aquisição de equipamentos de geração de energia solar fotovoltaica.

O programa é viabilizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos

Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).

Trabalhar+

Coportamento +Trabalho e aposentadoria

Saúde e Bem-estar +O que é a doença de Alzheimer

+ Vida em família

+ Férias

+ Saúde e Bem Estar

+ Solidariedade

+ Culinária

6ªEDIÇÃO

O cooperativista no seu dia a dia

momentocooperar

OPORTUNIDADESE DESAFIOS

em casa

Agroecologia alternativa ribeirinha

Os moradores Área de Preservação Ambiental (APA) Baía Negra em Ladário (MS),

sob coordenação de pesquisadores da Embrapa Pantanal, estão integrando espécies arbóreas

e de lavoura em um mesmo espaço (livre de defensivos ou outros produtos químicos agrícolas), usando Quintal Agroecológico Sucessional, implando em maio do ano

passado. A grande variedade de plantas oferece alternativas alimentares à população que

sobrevive, tradicionalmente, por meio da pesca. São plantados batata doce, mandioca, inhame, gengibre, abóbora, melancia e melão, milho e

feijão de corda, banana, acerola, manga, goiaba, caju, bocaiuva, tarumã e seriguela, entre outras.

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Todavia, a vida é como uma pe-dra de amolar, desgasta-nos ou afia--nos, conforme o metal que fomos feitos. No livro da vida, as respostas não estão no verso. Leve do altar do passado o fogo, não as cinzas. Uma boa vida é aquela inspirada pelo amor e guiada pelo conhecimento.

É feliz e senhor de si mesmo quem ao final do dia, pode dizer: eu vivi! Quem deixa para depois o que pode fazer logo, perde o que nun-ca mais encontrará: o tempo. Antes dos relógios existirem, todos tinham tempo. Hoje, todos têm relógio. Pro-cure ser você, com autenticidade.

Até pouco tempo atrás, o au-mento da longevidade era visto como risco – uma bomba capaz de destruir as finanças públicas de qualquer país – e não como uma mudança positiva. As pessoas não estão apenas vivendo mais, estão vivendo melhor, e isso gera oportunidades. Para alguns es-tudiosos, com os incentivos corretos, os países podem ganhar novo divi-dendo demográfico.

Isto acontece quando a popula-ção acima dos sessenta e cinco anos cresce mais que a média. Em lugar de ficar jogando baralho, dama ou domi-nó, continuam trabalhando, pagando impostos, gerando insumos e contri-buindo para a economia.

Estima-se que apenas com traba-lho voluntario os idosos contribuam anualmente com cerca de 200 bilhões de dólares para a economia dos Esta-dos Unidos e do Reino Unido.

Quatro capitais devem ser acumu-lados ao longo da vida e mantidos para aposentadoria, segundo o médico Ale-xandre Kalache, especialista em enve-lhecimento. São eles:

CAPITAL FINANCEIROÉ dificílimo ter qualquer um dos itens

anteriores, sem ter acumulado boa reserva financeira para aposentadoria.

Especialistas recomendam ter uma poupança equivalente a nove salários mínimos anuais na hora de se aposen-tar. Uma pesquisa mostra que a maior parte da população de baixa renda não tem nem um mês de salário investido.

CAPITAL INTELECTUALQue pretende ou acredita que preci-

sará trabalhar por muitos anos, e deve estudar para se atualizar, defendendo

no caso preparar-se para mudar de carreira. Sabe-se que na última déca-da novas profissões surgiram e outras

desapareceram.

CAPITAL SOCIALTer amigos e uma boa relação com a fa-mília passa a ser mais importante, quan-

do os filhos saem de casa e a jornada de trabalho diminui. Isto recomenda

cultivar relacionamento de longa vida. Idosos, com doenças graves, dependem

mais de parentes e cuidadores.

No dia 4 de novembro de 1906, Alois Alzheimer apresentou um caso raro que daria origem a um dos maiores desa-

fios da Medicina do mundo moderno e que tinha como título: “Uma Doen-ça peculiar dos neurônios do córtex cerebral”. Alguns anos depois, esta doença recebeu o nome de Doença de Alzheimer.

Como define Gustavo Alves An-drade dos Santos – farmacêutico--bioquímico, Doutor em Biotecnolo-gia pela Universidade Anhanguera, Mestre em Farmácia, professor uni-versitário e pesquisador em Doença de Alzheimer, entre outros títulos – esta doença é caracterizada por “um transtorno neurogenerativo, progressivo e fatal manifestado por deterioração cognitiva e da memória, com comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiqui-átricos e de alterações do compor-tamento. Esta doença interfere di-retamente na qualidade de vida das pessoas, tornando-as extremamente dependentes, com profundas altera-ções do comportamento, dependen-do do estágio em que se encontra. Um dos maiores desafios da ciência nos últimos anos, tem sido a busca de

O que é a Doença de

S A Ú D E E B E M - E S T A R

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tratamentos e diagnósticos precisos e precoces para esta doença”.

A Academia Americana de Neurologia lista algumas comor-bidades na DA, como depressão, deficiência de Vitamina B12 e o Hi-potireoidismo, informa o pesquisa-dor, explicando que exames como a Tomografia Computadorizada (TC) ou a Ressonância Magnética (RM), excluem lesões estruturais capazes de contribuir para a demência. No entanto, “o exame de história fa-miliar, avaliação clínica, avaliações cognitivas como o Mini Exame do estado mental (MEEM) e alguns exa-mes laboratoriais são fundamentais para um diagnóstico um pouco mais preciso, embora ainda não exato, já que a identificação inequívoca e con-clusiva desta doença, só seja possível através de necropsia”, garante.

Há 2 anos, com a coordenação do Professor Doutor Paulo Celso Pardi, no programa de Doutorado em Biotecnologia da Universidade Anhanguera de São Paulo, “desen-volvemos estudos sobre a detecção precoce da doença de Alzheimer através dos níveis de alguns biomar-cadores na saliva, urina e sangue de pacientes acometidos pela doença”, relembra o pesquisador – que tam-bém é consultor em Farmácia e dire-tor do site www.farmaciahospitalar.com – comemorando os resultados “muito promissores e apresentados na Conferência Internacional de Al-zheimer, em Toronto no Canadá, em julho de 2016”.

Confiante nos estudos em anda-mento, o pesquisador frisa que “ter Alzheimer hoje em dia não significa o fim da vida. Espera--se, em breve, encontrar formas mais eficientes de diagnóstico, além de medicamentos capazes de frear o avanço ou até mes-mo impedir que a doença se manifeste”.

+ VOCÊ SABIA QUE...No mundo, há quase 7.000 tipos de doenças raras que afetam 420 milhões de

pessoas, 13 milhões das quais apenas no Brasil. O número representa de 6% a 8% da população mundial, ou, em termos práticos, a mesma quantidade de habitantes

da América Latina, informa Thomas Gierse, gerente geral da Sanofi Genzyme.

TRABALHO E APOSENTADORIAQuem não ama a vida, não a merece - Leonardo da Vinci

Alzheimer?CAPITAL DE SAÚDE

Os determinantes sociais da saúde, onde a pessoa coma, viva, divirta--se, etc., que responde por cerca de 80% do estado de saúde do

indivíduo na aposentadoria.

Pesquisas do Instituto do En-velhecimento da Universidade de Oxford, com 1.500 brasileiros, entre 40 e 49 anos, mostram que 48% dos entrevistados, não estão preocupa-dos em sobreviver financeiramente na aposentadoria. Para eles a renda na velhice deverá vir do Governo.

As desvantagens do capitalis-mo é a desigual distribuição das riquezas; as desvantagens do so-cialismo é a igual distribuição das misérias, assim pensou Churchill.

É impossível ao pobre ser feliz com uma aposentadoria sofrível. Se a juventude soubesse, se a velhice pudesse e a aposentadoria permi-tisse... Haveria felicidade ampla!

*Aucélio Gusmão é médico anestesiologista

cooperado da Unimed João Pessoa, cooperativa que presidiu

C O M P O R T A M E N T O

Gustavo Alves Andrade dos Santos – farmacêutico--bioquímico, Doutor em Biotecnologia pela Universidade

Anhanguera, Mestre em Farmácia, professor universitário e pesquisador em Doença de Alzheimer

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T U R I S M O

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T R A B A L H O

Onovo relatório ”Trabalhando a qualquer hora, em qualquer lugar: os efeitos no mundo do trabalho” sintetiza uma pesquisa com 15 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, Índia, Japão e dez Estados-membros da União Europeia: Bélgica, França, Fin-lândia, Alemanha, Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido. Realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e

pelo Eurofound, o estudo identifica vários tipos de funcionários que utilizam novas tecnologias para trabalhar a distância, ou seja, fora das instalações de seus empregadores. As subcategorias desse gru-po incluem pessoas que trabalham de casa regular-mente, pessoas que trabalham de casa ocasional-mente e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência.

Em termos quantitativos, entre 2% e 40% dos trabalhadores, de-pendendo do país, ocupação, se-tor e frequência com que eles se envolvem nesse tipo de traba-lho, trabalham a distância. Se-gundo a OIT, em toda a União Europeia, são cerca de 17% dos trabalhadores trabalham a dis-tância, mas na maioria dos paí-ses, proporções maiores de traba-lhadores trabalham a distância apenas ocasionalmente, e não de maneira regular.

R e c o m e n d a ç õ e sO relatório traça distinções claras entre pessoas

que trabalham de casa e parecem desfrutar de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pesso-al e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência, mas correm um risco maior de sofrer resultados negativos em termos de saúde e bem-es-tar. Fornece, ainda, recomendações para lidar com essa disparidade, como a promoção do trabalho a distância formal em tempo parcial, com o objetivo de ajudar as pessoas que trabalham em casa ou em

outros lugares a manter vínculos com seus colegas de tra-balho e melhorar seu bem-estar, e restringir o trabalho a distância informal e suplementar envolvendo longas horas de trabalho.

Atualmente, apenas a União Europeia possui um acor-do para regular a mudança digital relacionada ao trabalho a distância (European Framework Agreement on Telework). No entanto, a maioria das iniciativas existentes está relacio-nada com o trabalho a distância formal, baseado no domi-cílio, enquanto os problemas parecem ser mais recorrentes com o trabalho a distância informal e ocasional.

À medida que o trabalho a distância se torna mais proe-minente, também aumenta a necessidade de se desconectar para separar o trabalho remunerado da vida pessoal. Fran-ça e Alemanha já começaram a analisar acordos negociados dentro das empresas e a legislação, tanto existente quanto nova, como o “direito de se desconectar” na revisão mais recente do Código de Trabalho francês.

No futuro, isso pode resultar em medidas concretas para tornar a vida profissional

menos difusa, como desligar servi-dores de computadores fora do

horário de trabalho para evitar e-mails durante os períodos de descanso e feriados, o que já está acontecendo em algumas empresas, sinaliza o relatório

da OIT e do Eurofound.

IRACEMINHA: LAZER NOS CAMPOS CATARINENSES

Tranquilidade, con-forto, diversidade gastronômica e bele-za são algumas das características das diversas opções de

lazer, em meio aos recursos natu-rais, da Rota do Campo de Irace-minha. Situada no extremo oeste catarinense, a 100 km de Chapecó e a 740 km de Florianópolis, o muni-cípio conta com aproximadamente 4.500 habitantes e se destaca com a promoção de festas e eventos, pro-dução de vinho, cachaça, frangos, suínos, leite e cereais.

A iniciativa é resultado do Pro-jeto de Desenvolvimento Territorial (DET) com foco para o turismo, im-plementado no município pela Pre-feitura em parceria com o Sebrae/SC por meio da Coordenadoria Re-gional do Extremo Oeste.

Em 2009, quando tudo começou – segundo Roni Rodrigues de Brito, consultor credenciado ao Sebrae/SC – estavam envolvidas 13 famílias com propriedades rurais e uma empresa. Em 2011, foi recepcionado o primeiro grupo de turismo na Rota, formado por estudantes da Celer Faculdades. A partir disso, foram recepcionados vários grupos de turistas de Campos Novos, Guaraciaba, São Miguel do Oeste, Itapiranga, Xanxerê e Mara-vilha. Desde 2015, uma parceria com o Sesc permite organizar viagens aos alunos, professores e clientes.

Hoje, participam do projeto 17 fa-mílias e três empresas. Desde 2009, foram realizados cursos de capacita-ções e ações de sensibilização da co-munidade para o turismo, Gestão e Empreendedorismo Rural, além de palestras sobre a importância do desenvolvimento do turismo.

+ ATRATIVOS DA ROTACooperagir: a Cooperativa Industrial de Iraceminha está localizada na Linha Vila Nova e produz suco natural e doce de uva, mantendo a produção local e interestadual. Essa cooperativa forma uma rede

juntamente com outros cooperados da região.

C U L I N Á R I A

INGREDIENTES • 4 ovos • 2 xícaras de leite • 1 xícara de óleo • 1 xícara de queijo ralado • 1 colher de Royal • sal à gosto • 2 xícaras de farinha de trigo Itaipu ou Trial • Margarina para untar

RECHEIOÀ gosto, pode ser frango, carne moída entre outros.

MODO DE PREPARONo liquidificador, bata os ingre-dientes acrescentando-os pela ordem.

Adicione a farinha aos poucos e, por último, o fermento.

Em seguida unte as forminhas de empada com a margarina e polvilhe com farinha.

Coloque 1 colher de massa em cada forminha, 1 colher de recheio e mais 1 colher de massa. Assar em forno pré-aquecido.

Receita elaborada por Neusa Kammler, do Grupo da sede, do município de Modelo (SC), premiada no terceiro lugar entre os salgados inscritos para o 4° Concurso de Receitas Doces e Salgadas da Coperitaipu com as farinhas Itaipu, Trial e Tribella, que contou com o apoio do Centro de Referência de Assistência Social-CRAS e Epagri.

EMPADINHA

Novo relatório da OIT destaca oportunidades e desafios na expansão do trabalho a distância

Home office

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C U L T U R A E L A Z E R

Novidades no setorAtrações culturais, indicação de leituras e sugestões de lazer de cooperativas para cooperados.

Documentários parainspirar o empreendedor

Marcus Marques, mentor de pequenas e médias empresas, listou alguns documentários disponíveis no Netflix que todo empreendedor deve assistir para se inspirar! As dicas são:

Steve Jobs - The Billion Dollar Hippy (O hippie de bilhões de dólares) -Mostra características da per-sonalidade que apenas funcionários e parceiros co-nheceram de perto e altos e baixos que enfrentou até conquistar o status de um dos maiores gênios dos tempos atuais.

Senna - Discorre sobre a carreira e vida do campeão Ayrton Senna, como ele se tornou um ídolo mundial e um dos maiores ícones do esporte brasileiro de todos os tempos.

Last Chance (Última Chance) - Apresenta o dia a dia de times de futebol americano e os desafios e pressões dos jogadores da liga universitária.

O Segredo - Inspirado nas filosofias de grandes pensadores, mostra como é o mindset de uma pes-soa vitoriosa e como contribui para o sucesso em todos os sentidos.

Tony Robbins - Eu não sou seu guru - A história desse norte-americano que se comunica e envolve a plateia de forma ímpar, capta os sentimentos dos seus ouvintes e os motiva a superar crenças limitan-tes na vida pessoal e profissional.

Sicoob faz parceria

com cinemasAssociados do Sicoob

podem usufruir de desconto na compra de ingressos de cinema. Nos cinemas

Lumière, de Goiânia (GO), o associado paga meia entrada ao apresentar seu Sicoobcard.

Já na rede Cinemark, quem possui Sicoobcard com

bandeira Mastercard pode comprar um ingresso em

todo o País e ganhar o segundo trocando 10 pontos

no programa Mastercard Surpreenda.

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DICAS

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“Entre nós”E X P O S I Ç Ã O

Com edição de Beto Novaes e Cleisson Vidal e realização da Universidade do Rio de

Janeiro, o vídeo ”As sementes”, em pouco mais de 30 min, apresenta quatro mulheres de diferentes Estados que

promovem ações pautadas na economia solidária, do

cooperativismo, do feminismo, da agroecologia. O vídeo

está disponível no canal da VideoSaúde Distribuidora da

Fiocruz no YouTube

(https://www.youtube.com/user/VIDEOSAUDEFIO)

“As sementes” une

cooperativismo, agroecologia e feminismo

Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasí-lia recebem, nessa ordem, a exposi-

ção “ENTRE NÓS – A fi-gura humana no acervo do MASP”, uma ação inédita com o acervo de um dos maiores museus da Amé-rica Latina para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), patrocinada pelo Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre.

São mais de 100 obras que contam a história e a representação do homem e da sociedade ao longo dos séculos, confeccionadas por artistas de renome, como Paul Cézanne, Pablo Picas-so, Amadeo Modigliani, Vi-cent van Gogh, Anita Mal-fatti, Cândido Portinari e outros mestres. A curadoria é de Rodrigo Moura e Lu-ciano Migliaccio, ambos da equipe do MASP. A entrada é gratuita.

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LUIS CLÁUDIO GOUVEIA DA SILVA Diretor da Revista MundoCoop

Sob a lente

Em 2017, a MundoCoop entra em seu 16º ano de existência como único veículo independente e privado que vê o cooperativismo como o presente na implanta-

ção da justiça econômica e social. A meta é contribuir para a expansão do movimento e para a intercooperação, assim como pela educação do cooperado e dos jovens, para viver o cooperativismo de forma cada vez mais natural e ampla, levando formação, ca-pacitação, integração e desenvolvimento aos profissionais, aos gestores e à sociedade.

A doutrina cooperativista orienta as pautas e a postura da equipe da MundoCoop que busca trabalhar de forma colaborativa com as instituições que organizam o sistema e as cooperativas desde o início, em 2001. Temas como sustentabilidade, governança, planejamento estratégico, transparência, gestão democrática, valorização das pessoas,

diálogo, cooperação, participação, compro-misso com o social, entre outros conceitos, como instrumentos de evolução e fortalecimento das or-ganizações e cooperativas, norteiam todas as ações.

Ao longo dos anos, o investimento na marca e na evolução do produto foi contínuo. Hoje, MundoCoop é uma plataforma composta por um site atualizado várias vezes ao dia e um boletim semanal, a revista impressa, um aplicativo para celular e tablet (InfoCoop), uma agenda anual do cooperativismo (Coo-pPlanning).

À essa plataforma soma-se o Momento Co-operar, um site e uma revista que levam infor-mações para o cooperado e sua família, sobre qualidade de vida, sustentabilidade, lazer etc. Com esse título, a MundoCoop trabalha pela informação das pessoas inseridas no processo, fortalecendo a postura como única mídia in-dependente e, por isso mesmo, de abrangência nacional no sistema cooperativista.

O reconhecimento ao trabalho realizado pode ser percebido de várias formas, mas a representatividade e seriedade que caracteri-zam a ação da MundoCoop no meio coopera-tivista nacional levam-na a ser veículo oficial de alguns eventos de destaque no cenário, como o World Coop Management e o Fórum das Cooperativas Agropecuárias. Além disso, a cada dia que passa, cooperativas e empre-sas comerciais – inclusive de presença global – buscam a MundoCoop como veículo de divulgação de suas atividades.

Muito mais poderia ser feito. Os planos de desenvolvimento são ambiciosos e têm a meta de manter a MundoCoop na vanguarda.

Mas, para que o futuro se materialize, a lente usada pelo Sistema Cooperativo Bra-sileiro para o presente precisa do grau da reciprocidade. É importante, também, que os princípios do cooperativismo – em especial o sétimo, que preconiza a preocupação com a comunidade – sejam praticados pelo siste-ma em relação à MundoCoop, inserindo a plataforma em seus planos e planejamentos, fortalecendo-a para que prossiga por muitos anos mais, levando informação, contribuindo para a formação e o desenvolvimento das co-operativas e seus cooperados e colaboradores.

A MundoCoop acredita no Sistema Coo-perativo Brasileiro e continuará trabalhando pelo seu fortalecimento. A única coisa que se faz necessária é a reciprocidade.

do presente

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