como, quando e por que utilizar antitrombóticos na ccc · como, quando e por que utilizar...
TRANSCRIPT
Como, Quando E Por Que
Utilizar Antitrombóticos Na
CCC
Simpósio – Doença de Chagas
CBAC 2019
Salvador, 22 de novembro de 2019
Prof. Dr. Márcio Figueiredo
Disciplina de Cardiologia
UNICAMP
De acordo com a Norma 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e a
Resolução RDC 96/2008 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
declaro que:
Patrocínio de transporte e/ou hospedagem em Congressos: Daiichi-
Sankyo, Libbs
Ser conferencista/palestrante em eventos patrocinados pela indústria:
Abbott, Boehringer-Ingelheim, Daiichi-Sankyo, Libbs
Preparo de textos científicos em periódicos patrocinados pela
indústria: Libbs
Ter ações da indústria: Nenhuma
Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse
Dr. Márcio Figueiredo – CRM: 66935-SP
https://www.who.int/neglected_diseases/diseases/en/
http://gamapserver.who.int/mapLibrary/Files/Maps/Global_chagas_2009.png
http://anatpat.unicamp.br/pecascard31.html
N Engl J Med 2006;355:799-808
Desfecho: Morte
Anticoagulação?
FENÔMENOS EMBÓLICOS:
RISCO NEGLIGENCIADO EM
UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA?
Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene (2007) 101, 1075—1080
Rede Sarah
Brasília
Heart 2019;105:1325–1334
Anticoagulantes na IC:
não é tudo igual?
IC NÃO É TUDO IGUAL
CCC É DIFERENTE
Stroke. 2005;36:965-970
94 p com AVC e CCC, vs. 150 p sem CCC
CCC: mais jovens (56 vs. 61 a), mais embólico (56% vs. 9%)
Achados: Aneurisma apical, dilatação VE, trombo mural, ECG anormal
Rede Sarah
Brasília
Stroke. 2009;40:3691-3694
Estudo caso-controle
101p com AVC, 100p com SCA
Idade, sexo feminino, PAS, PAD,
AVC/AIT prévio, FA, sorologia +:
mais frequente nos pacientes com AVC
Análise multivariada: AVC/AIT prévio,
FA e sorologia +: associado com AVC
UFMG
Stroke. 2010;41:2477-2482
n=1398, >60a
1997-2007 (9740 pac-ano)
Chagas: 37,5%
Mortalidade 4,62/1000pac-ano
Morte por AVC: 2,36
BNP: preditor independente de AVC
BNP ↑ + FA no ECG: HR 11,49
UFMG
J Cardiac Fail 2014;20:931e938
8 estudos, n=4158
1528 (36,7%): CCC
Risco de AVC na CCC:
OR 2,10
Papel da ACO
na prevenção?
Estudo Fármaco Dose Desenho n CHADS Seguimento TTR
ReLy Dabigatrana 110 ou 150 mg, 2x/dAberto
(cego para D)18.113 2,1 2 64
Rocket-AF Rivaroxabana 20 (15) mg, 1x/d Duplo-cego 14.264 3,5 1,9 55
Aristotle Apixabana 5 (2,5) mg, 2x/d Duplo-cego 18.201 2,1 1,8 62
Engage AF Edoxabana 60 ou 30 (30 ou 15) mg, 1x/d Duplo-cego 21.105 2,8 2,8 65
Estudos Fase 3
ReLy: Connolly SJ et al.: N Engl J Med 2009;361:1139-51
Rocket AF: Patel MR et al. 2011: 10.1056/NEJMoa1009638
Aristotle: Granger CB et al. 2011: 10.1056/NEJMoa1107039
Engage AF: Giugliano RP et al. 2013: 10.1056/NEJMoa1310907
CHA2DS
2-VASc
Fator de Risco Points
ICC (Congestive heart failure/left ventricular dysfunction)*
+1
HAS (Hypertension) +1
Idade (Age) ≥75 anos +2
Diabetes mellitus +1
AVC/AIT/Embolia prévia (Stroke) +2
Doença Vascular (IAM, placa na aorta, doença vascular periférica)# +1
Idade (Age) 65–74 anos +1
Gênero feminino (Sex category) +1
Escore Máximo 9
*Fração de ejeção <40%; #Inclui revascularização prévia, amputação por doença arterial periférica, ou evidência
angiográfica de doença arterial periférica
Lip GY et al. Chest 2010;137:263–272; Camm AJ et al. Eur Heart J 2010;31:2369–2429
PERSPECTIVAS FUTURAS
Arq. Neuro-Psiquiatr. vol.76 no.1 São Paulo Jan. 2018
Univ. Fed. BA
n=42, CCC
Uso de ACO
Idade: 62,9
59,5% fem.
47,6% AVC
78,6% FA
69,7% IC
Descreve o uso
de ACO na CCC
Rivaroxabana
Apixabana
DIRETRIZES
Arq Bras Cardiol 2008; 91(5) : 306-310
n=1043;
1990-2003
Escore de risco
Tratamento:
n=52 W, n=104
AAS 200mg/d
Arq Bras Cardiol 2011; 97(2 supl.1): 1-48
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 25(núm. esp.): 7-86, 2016
Conclusões
• CCC: ainda um importante problema de
saúde pública (no mundo, e no Brasil em
especial)
• Complicações: cardíacas, TGI, embólicas
(negligenciadas?)
• CCC: risco de AVC maior quando
comparadas a outras cardiopatias
Conclusões
• Fonte emboligênica: FA, aneurisma apical, trombose mural
• Diretrizes: na FA, não difere do paciente não-chagásico
• Sem FA: anticoagulação indicada como prevenção secundária
• Estudos em prevenção primária, e NOACsem trombos no VE: necessários (CHADS-CHAGAS? Fica a dica...)