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COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ANTONIO OLINTO 2010

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COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ANTONIO OLINTO

2010

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SUMÁRIO

1 ARTE.....................................................................................................................1

2 BIOLOGIA...........................................................................................................22

3 CIÊNCIAS ...........................................................................................................29

4 EDUCAÇÃO FÍSICA...........................................................................................39

5 ENSINO RELIGIOSO..........................................................................................57

6 FILOSOFIA .........................................................................................................61

7 FÍSICA.................................................................................................................76

8 GEOGRAFIA.......................................................................................................89

9 HISTÓRIA .........................................................................................................105

10 LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA – INGLÊS ............................................127

11 LÍNGUA PORTUGUESA ...............................................................................136

12 MATEMÁTICA ...............................................................................................146

13 QUÍMICA........................................................................................................165

14 SOCIOLOGIA ................................................................................................171

15 LÍNGUA ESPANHOLA – CELEM..................................................................189

16 PROJETO VIVA A ESCOLA .........................................................................200

17 CALENDÁRIO ESCOLAR.............................................................................204

18 MATRIZ CURRICULAR.................................................................................206

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1 ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As artes são uma das mais antigas manifestações do espírito humano, desde

sua gênese. O surgimento do gênero homo marca também o surgimento da arte,

mesmo que em sua forma mais simples e primitiva. O sujeito, por meio de suas

criações artísticas, amplia e enriquece a sua realidade. No ensino da arte, há

possibilidade de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos

reconheçam a importância de criar.

A arte tem suas origens desde as primeiras sociedades humanas, como

manifestação mítico-religiosa, em todas suas formas, arte utilitária, e por fim como

ferramenta para externar o belo, o perfeito. Na sociedade moderna ganha objetivos

consumistas com a arte industrial e dá forma às angústias e necessidades das

massas nos movimentos artísticos de caráter popular.

Da chegada ao Brasil dos primeiros padres jesuítas até o governo do

Marquês de Pombal e a expulsão da ordem do país, a arte foi administrada nas

escolas jesuítas para portugueses, africanos e índios com o intuito sacro, religioso.

Várias expressões artísticas foram usadas: o canto, a dança, o teatro, a escultura,

pintura, mas somente arte desenvolvida na Europa, por nobres, padres e burgueses.

Ocorre a mistura de influências, o início do amálgama étnico-cultural que hoje

chamamos cultura brasileira.

Durante o governo pombalino, a educação passou para as mãos de outras

ordens religiosas, sem mudanças significativas em qualquer disciplina.

Ocorrera uma grande transformação artística no país com a fuga da família

real portuguesa, o esforço de acomodar a corte portuguesa traz ao Brasil ares

renovadores, quer seja na economia, infra-estrutura e nas artes, pois datam dessa

época o teatro municipal do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico, além de vários

prédios hoje tombados como patrimônio histórico.

Como parte desse esforço chega ao Brasil a Missão Francesa, artistas

franceses da Academia de Belas Artes, de estilo neo-clássico, do encontro dos

estilos franceses e coloniais surgem expressões artísticas características do Brasil

como as obras de Aleijadinho e outros nomes do barroco brasileiro, artistas humildes

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e mestiços, saídos da população menos abastada, mas grandes artistas.

No Paraná é fundado o Liceu de Curitiba em 1846, seguindo ainda o estilo

deixado pela Missão Francesa, o academismo europeu. Apenas no século XIX, com

o advento da República e a predominância das idéias positivistas e liberais é que é

abandonado o estilo clássico: o barroco, o rococó, o romantismo e o gótico.

No currículo educacional, a arte é relegada a disciplina menor. O século XX

marcara uma revolução nas artes brasileiras com a Semana de Arte Moderna onde

pintores, músicos, escultores como Portinari, Tarsila do Amaral, Vila Lobos, Oswald

de Andrade, Mário de Andrade, Del Pichia, Anita Malfati encabeçam uma

transformação cultural. Uma nova pedagogia para arte era pensada, onde houvesse

espaço para a criatividade e expressão da criança. O governo de Getúlio Vargas era

o mecenas das artes nos anos 30 e 40 e a disciplina ganhará prestigio e espaço

como matéria obrigatória.

O Paraná acompanhara estas mudanças com seus próprios artistas como

Emma e Ricardo Koch, Bento Mossurunga, Alfredo Andersen, Guido Viaro e outros,

todos professores nos estabelecimentos culturais curitibanos onde destacamos a

Escola de Belas Artes e Indústria.

Os anos 60 foram um período conturbado e ativo para os artistas brasileiros.

Era época das Bienais, da Bossa Nova, dos Festivais Musicais, do teatro de Boal e

do cinema de Glauber Rocha. Após 1964 e o AI-5 (ato inconstitucional n° 5) toda e

qualquer expressão artística é classificada como subversiva, e com razão, pois o

objetivo último da arte é a expressão do espírito, da sensibilidade, algo

irrepreensível. Mesmo assim a Lei Federal 5992/71 mantêm a disciplina obrigatória

nos órgãos educacionais, só que seu conteúdo é focado nos aspectos técnicos,

objetos ao invés de dar vazão à criatividade, a estética do trabalho artístico.

A nova LDB 9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais apontaram

novos rumos para a Educação No Brasil, no Paraná. Mudança equivalente ocorreu

no Governo do Estado do Paraná de 2003 a 2006, valorizando a disciplina no

currículo escolar, com carga horária mínima de 2 aulas para o Ensino Fundamental

e 2 a 4 aulas semanais para o Ensino Médio, além de outros esforços como o FERA,

o lançamento do Caderno Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,

a seu incorporado em todas as disciplinas.

De acordo com a resolução CNE/CED nº 01/2006, de 31/01/2006, tratou

sobre a alteração de denominação de Educação Artística para Artes, constante no

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inciso IV, alínea B, do artigo 3º da resolução CNE/CED nº 2/98, de 07/04/1998, que

instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, dispostas

no parecer CNE/CED nº 22/98, de 29/01/1998 que utilizou a terminologia Educação

Artística.

Na sequência outro termo para análise contida no parecer CNE/CEB nº 22/05,

considerou o disposto no artigo LDB, que inclui a Arte (nota-se que não é “Artes”)

obrigatoriamente como componente curricular da base Nacional Comum, tanto para

o Ensino Fundamental,quanto para o Ensino Médio.

Diante das referências acima, entende-se que a alteração de denominação da

disciplina de Artes para Arte, unificando a terminologia na Educação Básica do

Paraná, nos níveis Fundamental e Médio.

Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir

dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná , a construção do

conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na

experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e

da contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses campos

conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os

aspectos do objeto de estudo.

A disciplina de Artes no Ensino Fundamental e Médio contempla as

linguagens das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro, cujos conteúdos

estruturantes estão articulados entre si, compreendendo aspectos significativos do

objeto de estudo e possibilitando a organização dos conteúdos específicos.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o Ensino

Fundamental são:

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e Períodos;

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OBJETIVO GERAL

Levar o aluno à apropriação do conhecimento em Arte, dentro de um

processo criador, que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o

mundo. Objetiva-se ainda ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos seus

conhecimentos, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas

diversas representações. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares

de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática Improvisação

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana Hino antoniolintense

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos eescalas musicais.

Teoria da música.

Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

RitmoMelodiaEscalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico

Música popular e étnica (ocidental e oriental) Hino antoniolintense

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Pesquisa da paisagem sonora.

Teorias da música.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

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DensidadeTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação

Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Hino antoniolintense

Homossexualidade

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

Teorias sobre música e indústria cultural.

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

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Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmonia

Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporânea

Percepção dos modos de fazer música e sua função social.

Teorias da Música.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da música como fator de transformação social.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-HistóricaArte antoniolintensehomossexualidade

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigurativa e fundoAbstrataPerspctivaGeométricasTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravuraGêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.

Arte indígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarrocoArte antoniolintenseHomossexualidade

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.

Teoria das Artes Visuais

Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo Visual

Técnicas: pintura, Grafite, performanceGêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.

RealismoVanguardasMuralismo e ArteLatino AmericanaHip-HopArte antoniolintenseHomossexualidade

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.

Teoria das artes visuais e mídias.

Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

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8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia

Técnica: Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.

Teorias das Artes Visuais.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Enrredo, roteiro.Espaço Cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara

Gênero: Tragédia, Comédia e circo.

Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro: Histórias Antoniolintense

Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação,Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, ArenaCaracterização

Técnicas: jogos dramáticos e teatrais,

Comédia dell' arteTeatro PopularTeatro Popular Brasileiro e ParanaenseTeatro AfricanoTeatro: Histórias Antoniolintense

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.

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Mímica, improvisação, formas animadas...

7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoTeatro: Histórias AntoniolintenseHomossexualidade

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.

Teorias da representação no teatro e mídias.

Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, DramaturgiaCenografiaSonoplastia

Teatro EngajadoTeatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Criação de trabalhos com os modos

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.

Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade

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EspaçoIluminaçãoFigurino

Teatro: Histórias AntoniolintenseHomossexualidade

de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

singular e social.

5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaEixoMovimentosArticularesFluxos(livre e interrompido)Rápido e LentoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoNíveis(alto médio e baixo)

Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança ClássicaDanças: Cultura Antoniolintense

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Movimento Corporal Ponto de Apoio

Dança PopularBrasileira

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas

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Tempo

Espaço

RotaçãoFormaçãoCoreografiaSalto e quedaNiveis (alto, médio e baixo)Lento, rápido e moderadoFluxo(livre, interrompido e conduzido)

ParanaenseAfricanaIndígenaDanças: Cultura Antoniolintense

espaços onde é elaborada e executada.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e deslocamentoDireções(frente e atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural,espetáculo

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaDança: Cultura Antoniolintensehomossexualidade

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

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8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinosferaPonto de apoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão(perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance moderna

VanguardasDança ModernaDança ContemporâneaDança: cultura antoniolintenseHomossexualidade

Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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CONTEÚDOS REFERENCIAIS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO

Ensino Médio - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-AmericanoHino Antoniolintense

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.

Teoria da Música.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Ensino Médio - ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Ponto BidimensionalTridimensional

Arte OcidentalArte Oriental

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e

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Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

FigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo Visual

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

Arte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaHino antoniolintense

diferentes culturas e mídias.

Teoria das artes visuais.

Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.

sua relação com a sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Ensino Médio - ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria Cultural

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.

Percepção dos modos de fazer

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

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Espaço dramáticaGêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Teatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro SimbolistaTeatro: Histórias Antoniolintense

teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais.

Ensino Médio - ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaFluxoPesoEixoSalto e quedaGiroRolamentoMovimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria Cultural

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.

Teorias da dança.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

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desaceleraçãoNíveis DeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, Industrial, cultura, étnica, folclórica, populares, salão.

Dança ModernavanguardasDança ContemporâneaDança: Cultura antoniolintense

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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METODOLOGIA

A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aliados

a práxis no ensino da arte, possibilita a apreensão dos contextos específicos da

disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se

para isso nos conteúdos estruturantes propostos por esta disciplina.

Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam

comunicação e interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que

cada cultura constrói através das manifestações/produções artísticas, concretizando-

se quando se utiliza de sons, de formas visuais, de movimentos corporais e de

representações cênicas.

A apropriação dos conhecimentos de Artes se dará a partir da realidade

cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações artísticas

abordadas pelo professor, que ira ampliar sua visão de mundo e compreender as

construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes às mais diversas realidades

culturais.

As quatro linguagens artísticas (artes visuais, dança, musica e teatro), têm

um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na escola em momentos

diferentes, porém, possuem a mesma importância como instrumentos educativos,

quando se pretende ampliar as possibilidades de apropriação dos conteúdos em

Arte durante o processo de ensino-aprendizagem.

Nas artes visuais, será explorado as visualidades em formato bidimensional,

tridimensional e virtual, sendo trabalhado as características específicas contidas na

estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no

espaço.

Em dança, os elementos básicos a serem estudados são o movimento,

conceitos a respeito do corpo e da própria dança, refletindo a realidade vivida.

Na linguagem musical, priorizará a escuta consciente dos sons percebidos,

bem como a identificação das suas propriedades, variações e as maneiras

intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura musical.

A linguagem teatral será explorada através de trabalhos de improvisação e

composição de personagens, espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas

que partam de textos literários ou dramáticos clássicos, quanto de narrativas orais e

cotidianas. Também se ocupará em tratar da montagem do espetáculo, a reflexão

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sobre cada um dos seus elementos formadores pelo conjunto de signos presentes.

AVALIAÇÃO

Pautada no Projeto Político Pedagógico do Colégio a avaliação dará

destaque a avaliação formativa sendo contínua e diagnóstica e também de acordo

com a LDBEN n° 9394/96, art. 24, inciso V e com a deliberação 07/99 do Conselho

Estadual de Educação (capítulo I, art. 8°), a avaliação em Arte deverá levar em

conta as relações estabelecidas tanto no processo, quanto na produção individual e

coletiva.

Ao se tratar da avaliação em Arte, referimo-nos ao conhecimento específico

das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto

conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao

aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

A avaliação em si permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais

para ir de encontro ao conhecimento objetivo do subjetivo.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de mediação da

apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre

alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua

própria produção. Dessa forma, considerará o desenvolvimento do pensamento

estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da

realidade dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,

acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/ produções.

O aluno será observado ao solucionar problemas apresentados e como se relaciona

com o colega nas discussões e consensos de grupo, e ainda, considerado como

sujeito desse processo, irá elaborar seus próprios registros de forma sistematizada.

As propostas poderão ser socializadas em sala, possibilitando ao aluno

oportunidades para apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem

perder de vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos

conteúdos das linguagens artísticas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento

da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos

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artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas.

Alunos do Fundamental (séries finais) e alunos do Ensino Médio serão todos

avaliados como descrito acima, o que difere ambos é a quantidade de avaliações

pois alunos do Fundamental são avaliados de maneira mais prática para que

possam assimilar melhor o conteúdo. Os alunos de Ensino Médio serão avaliados

com menos prática e mais teoria.

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, J. W. Magia e Técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1995.

Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

FISHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zabar, 1979.

I Caderno Temático de Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação, 2006.

OSINSKI, D.R.B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Curitiba: 1998.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2000.

PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica de Arte. Curitiba:SEED-PR,2008.

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2 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais

levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo, de seu papel enquanto

parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de

garantir a sobrevivência.

Assim os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no ensino

médio não representam os resultados da apreensão contemplativa da natureza em

si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que

representa o esforço para entender, explicar, utilizar, e manipular os recursos

naturais.

Na idade média (séc. V – XV) sob a influência do cristianismo, a igreja tornou-

se uma instituição poderosa não apenas do aspecto religioso mas também influindo

no aspecto na vida social e econômica.

O conhecimento do universo foi associado a Deus e oficializado a igreja

católica que transforma em dogmas institucionalizando o dogmatismo teocêntrico.

Essa visão teocêntrica repercutiu nas explicações sobre a natureza onde tudo

não podia ser explicado, havia uma razão divina; Deus era o responsável.

Sob a influência da igreja a necessidade de organizar, sistematizar e agrupar

o conhecimento produzido pelo homem criam-se as universidades medievais no

século XII que passaram a discutir o conhecimento de maneira distintas de que

ocorria nos cetros religiosos.

Mesmo sob a influência da igreja, dentro das universidades as divergências

relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de

pensamento dos que não se enquadravam à escolástica.

Ao romper com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico teológico

medieval os conceitos sobre homem passavam para o primeiro plano e a explicação

para tudo que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.

Na história da ciência na Renascença encontrava-se um período marcado por

contradições. Ao mesmo tempo que Leonardo da Vinci introduziu o pensamento

matemático que permite interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos

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botânicos eram realizados com perspectiva descritiva com observação direta de

fontes originais sem estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição

geográfica.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia

considerando a comparação das espécies em diferentes locais. Esta tendência

reflete a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo

da exploração empírica do mundo natural pautado por um método baseado na

descrição da natureza, caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento

mecanicista. Para entender o funcionamento da vida, a Biologia fracionou os

organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores procurando

compreender as relações causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas

partes.

No século XX a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de

Mendel provocando uma revolução conceitual da Biologia. Esta concepção

contribuiu para a construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos,

vinculando-os ao material genético marcando a influência do pensamento Biológico

Evolutivo.

Assim para a Biologia com o desenvolvimento da genética molecular, o

potencial de inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico

evolutivo sofre mudanças em virtude da manipulação genética.

Essas mudanças geram conflitos, filosófico, científico e social e põem em

discussão o fenômeno da vida. Surge então um novo modelo explicativo:

pensamento biológico da manipulação genética.

No Brasil a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao

que hoje chamamos de ensino médio foi a criação do Colégio D. Pedro II no Rio de

Janeiro em 1838, destinando poucas atividades didáticas as ciências como a

Biologia a história natural. Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios

do ensino de ciências ficaram reduzidos a transmissão de um único método

cientifico, consistente no conjunto de passos perfeitamente definidos e aplicado ao

modo mecanicista, ensinando o aluno a agir e pensar como cientista numa visão

positivista aplicada a elite cultural brasileira.

Os parâmetros curriculares nacionais (PCN), enfatizaram o desenvolvimento

de competências e habilidades em detrimento de uma abordagem profunda dos

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conteúdos. De forma aparente, o documento pareceu desenvolver os conteúdos

específicos de Biologia para compreensão do objeto de estudo desta área, mas

abordou temas e projetos considerando as necessidades para a vida do aluno. Na

tentativa de romper com as concepções teóricas anteriores a reformulação curricular

propiciou um retrocesso fortemente marcado pela concepção neoliberal

descaracterizando os conhecimentos historicamente constituídos.

Entretanto as mudanças ocorridas no cenário político nacional e em especial

em nosso estado, percebeu-se a importância da retomada do estudo da Biologia

com perspectivas positivistas de ensino pelas diretrizes. Essa retomada se deu a

partir da dimensão histórica da disciplina de Biologia, onde foram identificadas as

marcas conceituais da construção do pensamento biológico. Essas marcas foram

adotadas como critérios para escolha dos conteúdos estruturantes e dos

encaminhamentos metodológicos.

Tornou-se necessário uma abordagem empirista, relacionando-o ao

positivismo para compreendê-lo melhor. O método experimental é responsável pelos

avanços no campo da Biologia, por isso, recomenda-se a adoção do método

experimental como recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da

Biologia sem a preocupação na busca de resultados perfeitos, levando a um espaço

de organização, discussão e reflexão a partir de modelos que reproduzem o real.

Com objetivo de construir um Currículo que promova uma nova relação

professor- aluno-conhecimento foram organizados os conteúdos estruturantes,

saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os

campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para

compreensão de seu objeto de estudo e ensino e quando for o caso, de suas áreas

de estudo. Sendo organizado da seguinte forma: organização dos seres vivos,

mecanismos biológicos, biodiversidade, implicações dos avanços biológicos no

fenômeno vida.

OBJETIVO GERAL

Buscar respostas e interpretações para o que ocorre na natureza

preocupando-se com o pensamento crítico das pessoas que interagem nessa área.

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CONTEÚDOS

Conteúdos Básicos - BiologiaConteúdo

EstruturanteConteúdos básicos Abordagem Teórico metodológica Avaliação

Organização dos Seres

Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Organização dos

1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

3. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

4-Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados,

Espera-se que o aluno:

- Identifique e compare as características dos

diferentes grupos de seres vivos;

- Estabeleça as características específicas dos

microrganismos, dos organismos vegetais e animais,

e dos vírus;

- Classifique os seres vivos quanto ao número de

células (unicelular e pluricelular), tipo de

organização celular (procarionte e eucarionte), forma

de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e

tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

- Reconheça e compreenda a classificação

filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos

seres vivos.

- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e

embriologia dos sistemas biológicos (digestório,

reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,

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Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

5-Teorias evolutivas.

6-Transmissão das características hereditárias.

7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente.

8-Organismos Geneticamente Modificados.

partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do

muscular, esquelético, excretor, sensorial e

nervoso);

- Identifique a estrutura e o funcionamento das

organelas citoplasmáticas;

– Reconheça a importância e identifique os

mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem

no interior das células;

– Compreenda os mecanismos de funcionamento de

uma célula: digestão, reprodução, respiração,

excreção, sensorial, transporte de substâncias;

- Compare e estabelece diferenças morfológicas

entre os tipos celulares mais freqüentes nos

sistemas biológicos (histologia).

- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a

origem da vida e a evolução das espécies;

- Reconheça a importância da estrutura genética

para manutenção da diversidade dos seres vivos;

– Compreenda o processo de transmissão das

características hereditárias entre os seres vivos;

- Identifique os fatores bióticos e abióticos que

constituem os ecossistemas e as relações existentes

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conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.

entre estes;

– Compreenda a importância e valorize a

diversidade biológica para manutenção do equilíbrio

dos ecossistemas;

– Reconheça as relações de interdependência entre

os seres vivos e destes como meio em que vivem.

– Identifique algumas técnicas de manipulação do

material genético e os resultados decorrentes de sua

aplicação/utilização;

– Compreenda a evolução histórica da construção

dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à

melhoria da qualidade de vida da população e à

solução de problemas sócio-ambientais;

- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às

alterações produzidas pelo homem na diversidade

biológica;

– Analise e discuta interesses econômicos,

políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa

científica que envolvem a manipulação genética.

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METODOLOGIA

- Repasse de informações através de aulas explanativas sobre a área ou

tema trabalhado;

- Valorizar e incentivar a participação em todas as atividades, bem como

trabalhos e pesquisas em grupo ou individualmente e apresentações;

- Utilizar produtos audiovisuais e palestras sempre que possível;

- Elaborar exercícios e pesquisas a fim de aprimorar o conhecimento;

- Preparar cidadãos que possam compreender as várias formas de vida para

que respeitem sua existência e aceitem suas funções no ecossistema.

AVALIAÇÃO

Deve ser contínua e diagnóstica apontando as dificuldades, possibilitando

assim que a ação pedagógica aconteça a todo tempo priorizando o desenvolvimento

do aluno ao longo do ano letivo.

Tendo as seguintes alternativas:

- valorizar a participação em sala de aula;

- valorizar a realização de exercícios elaborados, trabalhos e pesquisas tanto

realizadas e apresentadas em grupo ou individual;

- aplicação de prova escrita, interpretativa ou subjetiva;

- perceber a assimilação de pensamento crítico e entendimento do tema

explanado.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Volume único. Ed. FTD

Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

Lopes, Sonia. Bio. Volume Único, 1ª ed. 1999 Ed. Saraiva.

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3 CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível,

intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as

relações sociais. Ela se ramifica em várias áreas do conhecimento, sejam químicos,

físicos e biológicos.

Ao se pensar em Ciência como construção humana é fundamental considerar

a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da

ciência se constrói.

A descoberta do fogo foi o marco da história da humanidade pois a partir dela,

o ser humano apresentou outras necessidades e devido a isso foram criados objetos

próprios para esse fim e descobertas formas de conservação dos alimentos, de

fermentação de tingimento e conservação de peles.

A partir da Revolução Industrial vem a consolidação da Ciência, evidenciando

as relações entre homem-homem e homem-natureza, pois o homem passa a

entender que pode, por meio da ciência interferir na natureza buscando melhores

condições de vida

As contribuições da Ciência para a humanidade são incontáveis e,

considerando os últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos.

Entretanto, teve momentos de efeitos negativos, ao incrementar as guerras e

influenciar a miséria de muitos. O desenvolvimento tecnológico movido pelos

avanços da Ciência, ou vice-versa, determina e é determinado por relações de poder

implícitos.

Nesse contexto, fica cada vez mais claro que a Ciência é uma construção

humana, tendo aplicações e estando diretamente relacionada com o avanço da

tecnologia e com as relações sociais.

A disciplina de Ciências foi inserida no Currículo a partir da Reforma

Francisco Campos, através do decreto 19890/31. A disciplina tinha a função de

preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, exercitar o método científico e

tomar decisões com base em informações e dados. Ao desenvolver o raciocínio

lógico e formar o cidadão, não se restringia apenas à preparação do futuro cientista.

Fatos históricos, nas décadas de 60 e 70, como a crescente degradação

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ambiental e, o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico às guerras

ampliaram as discussões sobre as interações entre a ciência e a tecnologia,

incluindo a sociedade, tendo em vista os efeitos provocados nela. Assim, as relações

entre a ciência e a tecnologia passam a ser analisadas criticamente.

Na década de 1980, o mundo se encontrava numa competição tecnológica,

enquanto o Brasil vivia uma transição política, com o fim da ditadura. Nesse período

marcado pela massificação da educação, a expansão da oferta não significou

qualidade de ensino.

Os anos 90 foram marcados por uma profunda crise econômica e social,

expressa no crescimento das desigualdades sociais. Nesse período a pedagogia

histórico-crítica fundamentou o paradigma educacional, por meio do qual a escola

deveria ser valorizada como espaço responsável pela apropriação do saber

sistematizado, e na qual os conteúdos passariam a ser indispensáveis à

compreensão da prática social, por desvelarem a realidade de forma crítica e

transformadora.

A partir de 1996, à luz de políticas públicas federais, o ensino de Ciências

teve objeto de estudo redimensionado. Seus conteúdos clássicos se esvaziaram em

decorrência da publicação e ampla distribuição dos PCNs.

Depois de 2003 iniciou-se um novo período na história da educação

paranaense. Isso se deve à reformulação da política educacional do Estado. Como

aspecto relevante dessa mudança destaca-se o descrédito a proposta neoliberal, o

resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos

específicos das disciplinas.

Alem de instituírem o currículo escolar como eixo fundante da escola, estas

diretrizes buscaram suscitar no professor a reflexão sobre a própria prática,

incentivar sua formação continuada e dar-lhe acesso a fundamentação teórico-

prática para que tivesse subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula.

As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na

formação dos alunos, porque oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo

humano, do universo, da tecnologia, da matéria, da energia, entre outros. Também

fornece subsídios para compreensão crítica e histórica do mundo natural (conteúdo

da Ciência), o mundo construído (tecnologia) e prática social (sociedade).

Os conteúdos estruturantes propostos são entendidos como saberes

fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da

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disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas áreas afins.

Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento

histórico, percebeu-se que seu desenvolvimento seguiu numa trajetória de acordo

com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando

assim, a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a

concepção do aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação,

contribuindo para a formação, em diferente épocas, de novos cientistas, de cidadãos

pensando lógica e criticamente de mão-de-obra qualificada para o mercado de

trabalho e, cidadãos críticos, participativos e transformadores.

OBJETIVO GERAL

Preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente; tomar decisões com

base em informações e dados, levando os conhecimentos às aplicações no seu

cotidiano utilizando-se o saber na tentativa de simplificar a realidade, permitindo ao

aluno estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdos de Ciências), o mundo

construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).

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CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

O professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:

ASTRONOMIA

UniversoSistema solar

Movimentos terrestresMovimentos celestes

O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.

O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas

A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organizaçãoCelular

1 O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza

2 A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

3 O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra.ENERGIA

Formas de energiaConversão de energia

Transmissão de energia O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos

como um todo integrado. O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular

como modelo de explicação da constituição dos organismos. O conhecimento dos níveis de organização celular; organismo,

sistemas, órgãos, tecidos, células, animais unicelulares e pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos.

A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação.

O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.

A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica,

térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção, condução.

O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

EcossistemaEvolução dos seres

vivos

A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.

Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciênciasnos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.

O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população.

Conhecimento a respeito da extinção de espécies.PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis,RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos.

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RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros, mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo, conservação dos aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo, tratamento de esgotos, reservas ambientais – APA, unidades de conservação, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção, ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de animais, panela de pressão, .ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios, poluição sonora,

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:

ASTRONOMIA

AstrosMovimentos terrestresMovimentos celestes

MATÉRIA Constituição da matéria

Entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia solar.

Compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.

Comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.

Reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

CélulaMorfologia e fisiologia

dos seres vivos

Entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.

Compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida.

Conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.

ENERGIA

Formas de energiaTransmissão de

energia

Conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares.

Compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia na célula.

Estabelecer relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.

BIODIVERSIDADEOrigem da vida

Organização dos seres vivosSistemática

A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.

Entendimento do conceito de energia luminosa. Entendimento da relação entre a energia luminosa solar

e sua importância para com os seres vivos. Identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a

radiação ultravioleta e infravermelha. Entendimento do conceito de calor como energia térmica

e suas relações com sistemas endotérmicos e ectotérmicos.

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Entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.

Conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia.

Entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.

Conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias a respeito da origem da vida, geração espontânea e biogênese.

PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)RELAÇÕES CONCEITUAIS: efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Ação humana nos ecossistemas, Espécies exóticas, desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, história da penicilina, a Amazônia e os frutos exóticos, aranha-marrom no Paraná, animais em extinção, proteção, preservação e conservação dos ecossistemas, história da ciência, institutos Oswaldo Cruz, Butantan, Pasteur, e outros, projeto Tamar, medicamentos, pasteurização.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:

ASTRONOMIAOrigem e

evolução do Universo

Conhecimento das teorias sobre a origem e a evolução do universo.

Estabelecimento de relações entre as teorias e sua evolução histórica.

Diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico.

MATÉRIAConstituição da

matéria Conhecimento sobre o conceito de matéria e sua

constituição, com base nos modelos atômicos. Conceituação de átomo, íons, elementos químicos,

substâncias, ligações químicas, reações químicas. Conhecimento das leis da conservação da massa. Conhecimento dos compostos orgânicos e relações

destes com a constituição dos organismos vivos. SISTEMAS BIOLÓGICOS

CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIAFormas de

energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.

Conhecer os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.

Conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.

Entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.

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Entendimento dos fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

Relacionamento dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).

Entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

Entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.

Entendimento das teorias evolutivas.

PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)

RELAÇÕES CONCEITUAIS: A ação de substâncias químicas no organismo, gases.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sangüíneos, transfusões e doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:

ASTRONOMIAAstros

Gravitação universal

Conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (Galáxias, Estrelas, Planetas, Asteróides, Meteoros, Meteoritos, entre outros).

Entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

Entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.

Interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

MATÉRIA Propriedades da matéria

Compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética Compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem

os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. Entendimento dos mecanismos de herança genética, os

cromossomos, genes, os processos de mitose e meiose.ENERGIA

Formas de energiaConservação de

energia

A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar as professoras e os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros. Compreensão dos sistemas conversores de energia, as

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BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

Entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)

RELAÇÕES CONCEITUAIS:, fontes de energia renováveis e não-renováveis, Ilhas de calor, máquinas simples– alavancas, polia, engrenagens.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, Pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito.

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METODOLOGIA

O ensino e a aprendizagem de Ciências traz, historicamente, um conjunto de

pressupostos teórico-metodológicos que caracterizam os modelos curriculares

adotados em cada momento, influenciando mudanças nas concepções de ciências.

O currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer relações entre o

mundo natural (conteúdo de Ciência), o mundo construído pelo homem (tecnologia)

e seu cotidiano (sociedade). Além disso, essa abordagem do currículo potencializará

a função social da disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos

alunos e, conseqüentemente, influi na tomada de decisões desses sujeitos como

agentes transformadores.

As concepções de Ciência adotadas ao largo da história interferem na

organização do currículo de Ciências. Utilizando-se de modelos na tentativa de

simplificar a realidade que é complexa e repleta de intenções.

Como meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que

não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o

conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a

movimentação social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as

idéias e os saberes previamente elaborados.

A partir dessa concepção, os conteúdos específicos poderão ser abordados

em suas inter-relações com outros conteúdos e disciplinas, considerando seus

aspectos conceituais, científicos, históricos, econômicos, políticos, os quais devem

ficar evidentes no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem de

forma contínua, não podendo estar centralizada em uma única atividade ou método

avaliativo, e considerando os alunos como sujeitos históricos do seu processo de

ensino e de aprendizagem. Com isso, o professor pode interpretar e analisar as

informações obtidas na avaliação, que deve ser formativa considerando as

concepções de ciência, tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de ensino

e de aprendizagem, contínua e diagnóstica do currículo de Ciências, adotadas

nestas diretrizes e, reestruturar o processo educativo. Essa reestruturação se dará

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com base em uma auto-avaliação, que orientará a continuidade da prática

pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes com os

objetivos previamente propostos para o ensino da disciplina.

A avaliação terá como instrumentos: provas individuais, trabalhos em grupos,

pesquisas, apresentação de trabalhos, questões reais, atividades em sala de aula,

escritas e verbais.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Wanderlley. Biologia em Foco. Volume único - São Paulo: FTD, 2002.

CRUZ, Daniel. Coleção 5ª a 8ª série Ed. Ática, 1999.

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho -2006.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, edição compacta, vol. 1. Ed. Ática.

VALLE, Cecília. Coleção 5ª a 8ª serie. Ed. Positivo. 1ª ed. 2004.

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4 EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Conforme o DCE, o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser

humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. As preocupações com o corpo e

com os significados que o mesmo assume na sociedade constituem um dos agentes

que precisam ser tratados no interior das aulas de Educação Física.

Ao analisarmos a constituição histórica da cultura corporal - fundamento dos

estudos e do ensino da Educação Física escolar – compreendemos que suas raízes

estão na relação homem – natureza. Esta relação possibilitou a constituição da

materialidade corpórea humana.

Ao situar a trajetória da Educação Física podemos retratar fatos ocorridos a

partir do século XIX, quando o Brasil passava por transformações, dentre elas, o fim

da exploração escrava e o incentivo à imigração com a formação de pequenas

cidades configurou-se um novo modo de viver, socialmente organizado.

Com a Proclamação da República veio a tona a discussão sobre as

instituições escolares e as políticas educacionais praticadas no antigo regime.

Ainda no século XIX, Rui Barbosa emitiu um projeto denominado reforma do

ensino primário entre outras conclusões, firmou a importância da ginástica para a

formação do cidadão, equiparando-a como demais disciplinas, tornando a Educação

Física componente obrigatório dos currículos escolares.

As práticas escolares foram fortemente influenciadas pela instituição militar e

pela medicina emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios sistematizados

pela instituição militar foram reelaborados pelo conhecimento médico numa

perspectiva pedagógica.

Para atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e reestabelecer a

saúde por meios dos exercícios físicos importados da Europa como modelo de

saúde e os sistemas ginásticos, objetivando construir corpos saudáveis e dóceis

para atender o processo produtivo da época.

As práticas escolares davam-se pelo método francês de ginástica adotados

pelas Forças Armadas, tornando-se obrigatória a partir de 1931. A Educação Física

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se consolidou no contexto escolar a partir da constituição de 1937, sendo utilizada

com o objetivo de doutrinação dominação e contenção dos ímpetos da classe

popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem.

Além desses objetivos a Educação Física seguiu os princípios higienista para

um corpo forte e saudável formando cidadão forte para defesa da família e da pátria.

Na década de 30, o esporte popularizou-se confundido com a Educação Física,

criou-se grandes centros esportivos e a importação de especialistas que

dominassem as técnicas de algumas modalidades esportivas.

As aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos do

rendimento, com competição, comparação de recordes, regulamentos rígidos e a

racionalização de meios e técnicas. Trata-se não mais do esporte da escola, mas

sim, do esporte na escola, isto é, os professores de Educação Física se

encarregaram de reproduzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com

a reflexão crítica desse conhecimento.

Em 1942 institui-se no ensino secundário um primeiro ciclo denominado

ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo ciclo de três anos com duas

opções: o clássico e o científico, ampliando a obrigatoriedade da Educação Física

até os 21 anos de idade, objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e

capacitada para o mercado de trabalho ampliando suas obrigações para com a

prática além da defesa da nação, seus deveres para com a economia.

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil,

dando atenção ao método tecnicista centrado na competição e no desempenho

priorizando os esportes olímpicos (vôlei, basquete, handebol e atletismo entre

outros) visando a formação de atletas de alto nível.

A partir da promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo 7º e pelo decreto

6945/71, a disciplina passou a ter legislação específica, integrada a disciplina com

atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do

sistema de ensino.

Na área pedagógica destacou-se a psicomotricidade com perspectiva teórico-

metodológica direcionada à automotização e ao rendimento motor, expressos no

modelo didático da desportivização da Educação Física. Dentre as correntes e

tendências progressistas destacam-se: Desenvolvimentistas, Construtivista, Crítico

superadora, Crítico emancipatória.

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No início a década de 90, no Estado do Paraná elaborou-se o Currículo

Básico. Seu processo deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e

resultou de um trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a educação

publica do Paraná, no sentido de responder às necessidades sociais e históricas da

educação brasileira no 1º Grau.

Atualmente embasada na pedagogia histórico-crítica da educação, tendência

denominada como Educação Física progressista, revolucionária e crítica, com

fundamentos teóricos pautados no materialismo histórico-dialético.

No mesmo período foi elaborado também o documento de Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de 2º Grau. Vislumbrava-se a perspectiva de

mudança e a transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais

para uma sociedade mais igualitária.

Todos esses avanços teóricos sofreram retrocesso na década de 90 quando

após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) apresentou-se a proposta dos parâmetros curriculares nacionais (PCN’S) para

a disciplina de Educação Física, priorizando uma abordagem psicológica e

sociológica dos conteúdos desenvolvendo pensamento crítico. Os parâmetros

curriculares nacionais da Educação Física do Ensino Fundamental buscaram romper

com as perspectivas da aptidão física, fundamentando aspectos técnicos e

fisiológicos, destacando-se dimensões culturais, sociais e políticas afetivas no

tratamento dos conteúdos baseada em concepções teóricas que discutem corpo em

movimento analisada por críticos como ecletismo teórico por basear-se na

pedagogia piagetiana, abordagem tecnicista também com perspectivas da saúde e

qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física. Portanto, os PCN’s trazem

uma proposta confusa e acritica aparentemente progressista, tendo interesse na

individualização e adaptação a sociedade, ao invés da construção e abordagens que

possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.

Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação

Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até

as mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem

estas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e

continua aplicando à Educação Física a função de treinar o corpo, sem qualquer

reflexão sobre o fazer corporal. Esta proposta curricular adota para o Ensino Médio

os conteúdos estruturantes: Esporte, Dança, Lutas e Jogos, entendendo que esses

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conteúdos estruturam o projeto educativo justamente devido a capacidade de

abstração de seus alunos e também, a quase completa construção de sua

expressividade cultural.

Na disciplina de Educação Física, a introdução dos temas transversais

acarretam, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina.

Temas como: ética, meio ambiente, saúde e educação sexual tornaram-se

prioridade no currículo, em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade, entendidos aqui como objeto

principal da Educação Física.

Tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito integral,

compreendendo a Educação Física como área que possibilite a formação da

personalidade e desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem enfatizando

a troca de experiências entre os demais através de atividades que não tenham um

cunho de aperfeiçoamento técnico, mas sim, em conhecimento amplo e relevante

para a formação humana, possibilitando a comunicação e interação entre os alunos,

transcendendo suas expectativas tornando cidadão ativo e crítico para a formação

de sua personalidade e da nossa futura sociedade.

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CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

SERIE: 5ª

conteúdo estruturante

conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativas de aprendizagem

esporte

4 Futebol5 Handebol6 Voleibol7 Basquetebol8 Atletismo9 Tênis de mesa10 Futsal

Origem/histórico dos esportes.Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.Fundamentos básicos.

Espera-se que o aluno possa conhecer, na origem dos diferentes esportes:- o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;- sua relação com jogos populares.Experimentar e vivenciar diferentes esportes com regras adaptadas.

jogos e brincadeiras

Brincadeiras de rua / populares Brinquedos Brincadeiras de roda Jogos de tabuleiro / Xadrez Jogos de estafetas Jogos dramáticos e de

interpretação

Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos.Construção dos Brinquedos.Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro

conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, se apropriar efetivamente das diferentes formas de jogar; Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos.

dança

Danças folclóricas Atividades de expressão

corporal Cantigas de roda História cultural afro-brasileira

e africana. História e cultura dos povos

Origem e histórico das danças.Contextualização da dança.Atividades de criação e adaptadosMovimentos de experimentação corporal ( seqüencia de movimentos)

Espera-se que conheçam a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros) das danças circulares;Tenham condições de experimentar, vivenciar, criar e adaptar tanto as cantigas de rodas

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indígenas. quanto diferentes seqüencias de movimentos.

ginástica

Ginástica artística Atividades circenses Ginástica natural

Origem e histórico da ginástica artística.Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda)Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas.Cultura do Circo.Consciência Corporal.

Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas corporais circenses;Experimentar e vivenciar os fundamentos básicos da ginástica: Saltar; Equilibrar; rolar/girar; trepar; balançar/embalar.Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos.

lutas Judô Karate Taekwondo Capoeira

Origem e histórico das lutasAtividades que utilizem materiais alternativos Jogos de oposiçãoMusicalizaçãoGinga, esquiva e golpes

Conhecer a história da esgrima e da capoeira;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

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SERIE: 6ª

conteúdo estruturante

conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem

esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Tênis de mesa Futsal Xadrez

Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história.Noções das regras e elementos básicos.Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Sentido da competição esportiva.

Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte relacionando-a com as mudanças do contexto histórico brasileiro.Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.Tenham noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.

jogos e brincadeiras

Brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de

interpretação Jogos de raquete e peteca Jogos cooperativos. Jogos de estafetas Jogos de tabuleiro Xadrez

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras.Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro. Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e brinquedos.Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

dança

Hip Hop: Break Dança folclórica Dança criativa

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas.Criação e adaptação de coreografias.Construção de instrumentos musicais.

Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, frevo e maracatu;Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da criação e adaptação de coreografias.Reconhecer as possibilidades de

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vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.

ginástica

Atividades circenses Ginástica rítmica Ginástica artística Ginástica natural

Aspectos históricos e culturais da ginástica.Noções de posturas e elementos ginásticos.Cultura do Circo.

Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos da GR como: saltos; piruetas; equilíbrios;

lutas Capoeira Judô Karate Taekwondo

Origem das lutas, mudanças no decorrer da históriajogos de oposiçãoGinga, esquiva e golpesRolamentos e quedas

Conhecer a história do judô e alguns movimentos básicos como as quedas e os rolamentos;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

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SERIE: 7ª

conteúdo estruturante

conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem

esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Futsal Tênis de mesa

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico.Esporte e mídia.Esporte: benefícios e malefícios à saúdePrática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Discutir e refletir noções de ética nas competições esportivas.

Entender que tais práticas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde.Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.Reconhecer os benefícios e os malefícios que as práticas esportivas proporcionam a seus praticantes.Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas.

jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos Jogos intelectivos Jogos de raquete e peteca Jogos de tabuleiro / Xadrez

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.FestivaisEstratégias de jogo

Desenvolver festivais a partir dos diferentes jogos sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro. Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.

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dança

Hip Hop Danças folclóricas Dança de rua Dança de salão

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, RAP E BREAK).Elementos e técnicas de dançaEsquetes (são pequenas sequências cômicas).

Conhecer e compreender os diferentes elementos do Hip-Hop a partir do contexto histórico.Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.Montar pequenas composições coreográficas

ginástica

Ginástica artistica Ginástica rítmica Ginástica geral Atividades circenses

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.Noções de postura e elementos ginásticos.Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos.Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.Movimentos acrobáticos

Manusear os diferentes elementos da GR como: corda; fita; bola; maças; arco.Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

lutas Capoeira Judô Karate Taekwondo

Roda de capoeiraProjeção e imobilizaçãoJogos de oposição

Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda.Conhecer as diferentes projeções e imobilizações do judô.

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SERIE: 8ª

conteúdo estruturante

conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem

esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Futsal Tenis de mesa Xadrez

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.Organização de festivais esportivosAnalise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Súmulas, noções e preenchimento.

Vivenciar festivais esportivos, trabalhando com arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento. Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.

jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos Jogos de tabuleiro

Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos

Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos: Visão do jogo; Objetivo; O outro; Relação; Resultado; Conseqüência; Motivação.

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dança

Dança de salão Dança Folclorica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Organização de festivais.Elementos e técnicas de dança

Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico.Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças africanas.Criar e vivenciar festivais de dança, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.

ginástica

Ginástica artistica Ginástica rítmica Ginástica de academia

Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.Construção de coreografias.Ginástica e a cultura de rua. (circo, malabares e acrobacias).Análise sobre o modismo.Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.Recursos ergogênicos (doping).

Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo.A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

lutas Taekwondo Capoeira Karate judo

Origens e aspectos históricos Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.

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ENSINO MÉDIO

conteúdo estruturante

conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem

esporte Futebol Futsal Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Tênis de mesa Xadrez

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.Esporte de rendimento X qualidade de vida.Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.Súmulas, noções e preenchimento.Scalt.Conhecimento popular X conhecimento científico.Relação Esporte e Lazer.Função social. Esporte e mídia.Esporte e ciência.Doping e recursos ergogênicos.Nutrição, saúde e prática esportiva.Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

Organizar e vivenciar festivais e campeonatos esportivos, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento. Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer.Compreender a função social do esporte.Reconhecer a influencia da mídia, da ciência e da indútria cultural no esporte.Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergogênicos utilizados e nutrição.

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jogos e brincadeiras

Jogos populares Jogos competitivos Jogos cooperativos Jogos de tabuleiro Jogos intelectivos

Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.Organização de eventos.Dinâmica de grupo.Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de superação.Organizar eventos e diferentes dinâmicas de grupos que possibilitem também uma aproximação maior entre os estudantes, considerando suas individualidades.

dança

Dança folclórica Dança de salão

Dança e expressão corporal ediversidade de culturas.Diversas manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.Interpretação e criação coreográfica.Alongamento, relaxamento e consciência corporal.Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.Diferentes tipos de dança.Org. Festival de Dança.

Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outrosReconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança.Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural.Vivenciar a organização e participação de festivais, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.

ginástica

Ginástica geral Ginástica de academia; Ginástica rítmica

Função social da ginástica.Fundamentos da ginástica.Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.Correções posturais.Grupos musculares, resistência

Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaboborados pelos alunos. Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas

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muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas.Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos.Festival de ginástica.Freqüência cardíaca.Fonte metabólica e gasto energético.Composição corporal.Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).Construção cultural do corpo.Desvios posturais.Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.

e fisiológicas que envolvem a ginásticas.Compreender a função social da ginástica.Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indútria cultural na ginástica.Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

lutas Taekwondo Karate

Kung fu Muay thai Boxe Greco romana Capoeira Jjiu-jitsu Judô Sumo

Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais.Lutas X Artes Marciais.Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais.Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança.Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela indústria cultural.Conhecer os diferentes ritmos golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros.Organizar um festival de

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demonstração, no qual os alunos apresentem as diferentes tipos de golpes .

OBS: Além dos conteúdos citados, serão abordados os seguintes temas: educação ambiental, enfrentamento à violência na escola, cidadania, direitos humanos.Educação Ambiental: Lei nº 9795/1999.Educação Fiscal e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas: Lei nº 11.525/2007.Direitos das Crianças e dos Adolescentes: Lei nº 11.645/2008.História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas Brasileiros.

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METODOLOGIA

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nas

Diretrizes, isto é, a cultura corporal por meio os conteúdos estruturantes propostos:

esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física tem a

função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e

refletir criticamente sobre as práticas corporais.

A metodologia de ensino da Educação Física permite ao educando ampliar

sua visão de mundo por meio da cultura corporal, levando-se em conta o momento

político, histórico, econômico e social em que está inserido.

Esta abordagem metodológica encontra sua referência na pedagogia

histórico-crítica estando centrada no principio de igualdade entre os seres humanos

em termos reais e não formais. Assim, os conteúdos devem oportunizar o

conhecimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem aprendidos pelo

aluno.

Essa percepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

da cultura corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportirização das práticas corporais.

A metodologia crítico-sup1eradora usa de estratégias de ensino onde através

da pratica social caracterizada como uma preparação do aluno, onde este terá um

contato inicial com o tema a ser estudado. Partindo desta prática acontecerá uma

problematização considerando o conteúdo a ser trabalhado, levando os educandos a

um desafio na busca do conhecimento pondo em questão a pratica social, que

através da instrumentalização coloca o aluno em contato com o conhecimento

sistematizado, historicamente construído, através dos instrumentos teóricos e

práticas necessárias fundamentais nesta fase, como por exemplo: TV Multimídia,

vídeos, som, etc. E através da catarse traduzir oralmente ou por escrito a

compreensão que tem durante todo o processo de trabalho, expressando sua nova

maneira de ver o conteúdo e a pratica social. Tendo como ponto de chegada do

processo pedagógico é o retorno a prática social onde professor e alunos modificam-

se intelectualmente e qualitativamente em relação as suas concepções sobre o

conteúdo.

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AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física será embasada nas

dificuldades e progressos dos alunos, priorizando a qualidade do ensino,

participando de trabalhos, atividades práticas e teóricas, pesquisas individuais e em

grupos, também em formas de debates, seminários, etc.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação terá critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e

o processo de ensino e aprendizagem, sendo continua, identificando dessa forma os

progressos do aluno durante o ano letivo. Será um processo continuo, permanente e

cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho

tendo no horizonte as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da

ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos refletirem e

a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma harmoniosa relação

com o mundo.

A avaliação será dividida por turmas, respeitando as regras que constam nas

Diretrizes, na avaliação de 5ª a 8ª séries e no Ensino Médio deverá ser através de

avaliações diárias, contínuas e com recuperação para que o aluno possa obter uma

melhor nota, se porventura for mal em uma avaliação.

REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Ceder, ano XIX, n°48, agosto/99.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo. Cortez, 1992.

DARIDO, S.C e Rangel, I.C.A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogar, 2005.

Diretrizes Curriculares de Educação Básica. Curitiba – PR. SEED, 2008.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

ESCOBAR, M.O. Cultura corporal na escola: tarefas da Educação Física. In: revista Motrivivência, n° 08, p. 91-100. Florianópolis. Ijuí, 1995.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.

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5 ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Conforme determinava a Constituição de 1824 o Ensino Religioso era o

ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império. A partir

da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina

na escola pública, porém, com matrícula facultativa.

Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 o Ensino Religioso foi mantido

como matéria do currículo de freqüência livre para o aluno e de caráter confessional

de acordo com o credo da família.

Na LDB 4024/61 no título “Disposições Gerais e Transitórias” o Ensino

Religioso foi citado no Art. 97 sendo marginalizado no contexto escolar, tendo o

Estado delegado responsabilidade sobre sua organização às diferentes tradições

religiosas, sendo nulos os avanços obtidos.

Durante o regime militar expresso pela Lei n° 5692/71, no Art. 7° parágrafo

único: “o Ensino Religioso de matrícula facultativa continuará nas escolas oficiais de

1° e 2° graus.

Em 1972 o Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar no Estado

do Paraná.

Em março de 1973 em Curitiba, aconteceram as primeiras reuniões com os

educadores das escolas municipais e estaduais, sendo adquiridos aparelhos de

rádio para o desenvolvimento do Ensino Religioso.

Em 1976, pela Resolução n° 754/76 foi autorizada a realização dos cursos de

Atualização Religiosa (conteúdos, Visão Global do Antigo e Novo Testamento).

No ano de 1981 realizou-se o I Simpósio de Educação Religiosa no Centro de

Treinamento de Professores no Estado do Paraná (CETEPAR). Nesse evento,

buscou-se definir o papel do Ensino Religioso no processo de escolarização.

No ano de 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia

Religiosa voltado à formação dos professores.

No processo de redemocratização do país nos anos 80 devido à Constituição

de 1988, as tradições religiosas asseguraram o direito à liberdade de culto e de

expressão religiosa, sendo que em 1990 o Estado do Paraná elaborou o Currículo

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Básico para a escola Pública e em 1992 foi publicado um caderno sob a

responsabilidade da ASSINTEC e SEED.

Os três projetos apresentados para a mudança do artigo 33 LDBEN 9394/96,

adotam o princípio de que o Ensino Religioso é parte integrante essencial na

formação do ser humano, como pessoa e cidadão.

Em 1995 os debates instaurados pelo FONAPER revisam aspectos da

matéria destacando-se a diversidade cultural e religiosa brasileira.

No período de 1995 e 2002 o Ensino Religioso foi praticamente extinto

mesmo diante da exigência legal da LDBEN 9394/96. Em 2002 o CEEP

regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas da gestão 2003-2006 a

SEED retoma a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da

disciplina.

No final de 2005 a SEED aprovou a Deliberação n° 01/06 visando novas

normas para o Ensino Religioso no Paraná. Os avanços são notáveis, como o

repensar do objeto da área, o compromisso com a formação docente entre outros.

Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas

diante da sociedade atual, esta disciplina requer uma nova forma de ser vista e

compreendida no currículo escolar.

Segundo Costella, “uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de

leitura da realidade e criar as condições para melhorar a convivência entre as

pessoas pelo conhecimento, isto é, construir os pressupostos para o diálogo”, (2004,

p.101). Para Costella, o fato religioso, como todos os fatos humanos, pertencem ao

universo da cultura e, portanto, tem uma relevância cultural... (2004, p.104), assim, o

Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender como os

grupos sociais se constituem culturalmente, também ajuda o aluno a compreender

os diferentes cultos religiosos dentro do contexto de sua sociedade, não há como

entendê-los se não houver um breve contexto histórico da vertente religiosa e do

histórico de seu povo.

Propor o respeito à diversidade cultural e religiosa e suas diferentes culturas

trabalhando a história das religiões, o sagrado e o símbolo, além de ampliar a

abordagem teórico-metodológica no que se refere à diversidade religiosa. Assim

define-se, como objeto de estudo, o sagrado, que entende-se como objeto de culto e

veneração, que inspira respeito religioso, que é digno de reverência.

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CONTEÚDOS

Compreende-se que o Ensino religioso deve ajudar o aluno minimizar e/ou extinguir seus pré-conceitos, assim durante as aulas

será trabalhado com a paisagem religiosa, universo simbólico religioso e textos sagrados, sempre ressaltando que a diversidade

religiosa deve ser respeitada. Para tanto deve ser levada em consideração as festas afro-brasileiras (São Gonzalo, Festa Iemanjá)

e as indígenas.

ConteúdosEstruturantes

Conteúdos Básicos

Abordagem Teórico-Metodológica Avaliação

Paisagem

Religiosa

Universo

Simbólico

Religioso

Textos Sagrados

5ª série

Organizações

religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados

orais ou escritos

Símbolos Religiosos

6ª série

Temporalidade

Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

Os Conteúdos Básicos devem ser tratados

sob a ótica dos três Conteúdos Estruturantes;

A linguagem utilizada deve ser a científica e

não a religiosa a fim de superar as

tradicionais aulas de religião;

É vedada toda e qualquer forma de

proselitismo e doutrinação, entendendo que

os conteúdos do Ensino Religioso devem ser

trabalhados enquanto conhecimento da

diversidade sócio-político e cultural;

Espera-se que o aluno:

Estabeleça discussões sobre

o Sagrado numa perspectiva

laica;

Desenvolva uma cultura de

Respeito à diversidade

religiosa e cultural;

Reconheça que o fenômeno

religioso é um dado de

cultura e de identidade de

cada grupo social

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METODOLOGIA

Dentre os desafios para o Ensino religioso na atualidade, é necessário a superação

das tradicionais aulas de religião trabalhando conteúdos referentes à disciplina através de

textos, debates, cartazes, pesquisas, visitas a templos religiosos e contato com a

natureza (panteísmo) para que o aluno conheça a história das religiões com símbolos, e

paisagens religiosas, onde encontraremos a presença do sagrado.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e analise dos conteúdos valorizarão aspectos

reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.

AVALIAÇÃO

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário

estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se

apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras

disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica

fundamentada fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e

religiosa, contribui para a transformação social.

O que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado

pelos alunos.

REFERÊNCIAS

COSTELLA, Domenico. O Ensino Religioso no Brasil. Champagnat, 2004.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

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6 FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Filosofia visa trabalhar com conteúdos estruturantes: Mito, Filosofia,

Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência, sendo

elaborados em vários períodos históricos como o antigo, o medieval, o moderno e o

Contemporâneo, recebendo tratamento diferenciado em cada um desses períodos. Com

isso, buscamos desenvolver o pensamento crítico, a resistência e a criação/recriação de

conceitos, tornando vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligencia,

buscando no dialogo e no embate diferenças a sua convivência e a construção da sua

história.

Na Filosofia Antiga, longe de querer reduzir à cosmologia, há cosmocentrismo

marcante na produção do conhecimento, ou seja, há uma tendência para explorar as

questões relativas à natureza.

Na Idade Média (século II ao XIV, diferentemente das histórias que a localizam

entre o século V e o XV, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,

pensamento que tem características bastante diferentes das que prevaleciam no período

anterior, sem que, entretanto, representasse uma ruptura total.

Na modernidade, os discursos abstratos sobre Deus e alma foram substituídos

paulatinamente pelo pensamento antropocêntrico, ou seja, há um esforço para superar o

complexo humano de inferioridade; a Filosofia declara sua autonomia diante da Teologia.

No pensamento contemporâneo, qualquer que seja a temática, esta recebe as mais

variadas interpretações.

O pensamento contemporâneo é resultado da preocupação do homem,

principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência

e antidognatismo.

Esse período da história da Filosofia, a partir do século XIX é marcado pelo

pluralismo filosófico, que permite pensar de maneira bastante específica cada um dos

conteúdos estruturantes.

No Brasil, a Filosofia enquanto disciplina figura nos currículos escolares desde o

ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, sob as leis do Ratio Studiorum.

Numa perspectiva, a Filosofia era entendida como instrumento de formação moral

e intelectual sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local.

Com a proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos

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oficiais, figurando até mesmo como disciplina obrigatória.

Com a Lei 4024/6, a Filosofia deixa de ser obrigatória, e, sobretudo, com a Lei

5692/71, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço para o ensino e

estudo da Filosofia, que desaparece totalmente dos currículos escolares do Segundo

Grau durante a ditadura, principalmente por não servir aos interesses econômicos e

técnicos do momento.

Para Geraldo Horn (2002), as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia

ao Ensino Médio (denominado 2° Grau na época) ocorreram a partir da década de 80 em

vários estados do Brasil. Na UFPR, professores ligados à Filosofia iniciaram um

movimento de resistência que contava com articulações políticas e organização de

eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação

tecnicista, oficializada pela Lei 5692/71.

Por iniciativa do Departamento de Ensino Médio (denominado em 1994

Departamento de Ensino de Segundo Grau), iniciaram-se discussões e estudos voltados

à elaboração de uma proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio,

que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.

Com a mudança de governo em 1995, a “Proposta Curricular de Filosofia para o

Ensino de Segundo Grau” caiu no esquecimento, deixando de ser aplicada nas escolas

do Estado do Paraná. Por oito anos uma opção neoliberal passou a orientar a

reestruturação do sistema público de ensino numa perspectiva curricular voltada à

competitividade e aos interesses do mercado.

A partir da LDB 9394/96 o ensino de Filosofia no nível médio começa a ser

discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais seja de manter a Filosofia

em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no art. 36, determina que, ao final do

Ensino Médio o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de sociologia

necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos

aparece com bastante clareza nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei

quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos mas sem a exigência da

introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de Ensino Médio.

As diretrizes curriculares desta disciplina apresentam os fundamentos teórico-

metodológicos, a partir dos quais se definem os rumos da mesma, seja no que se refere

ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos metodológicos e

avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de referencial bibliográfico.

Ao ler a história da disciplina de Filosofia percebem-se duas tendências. A primeira

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pela busca de afirmar-se como disciplina e garantir seu espaço nos currículos escolares,

sempre com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas diante da

insistente e pertinente pergunta: pra quê Filosofia? Vivemos ainda um momento de defesa

da disciplina na luta por seu lugar no currículo escolar. Não menos importante, a Segunda

tendência presente na história da disciplina refere-se à questão: Qual filosofia ensinar?

Ensinar Filosofia no Ensino Médio, no Brasil, na América Latina não é a mesma

coisa que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor um claro posicionamento em

relação aos sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que nos colocam como

país capitalista/subdesenvolvido, rico/explorado, consciente/alienado, etc, e em relação a

todas as contradições que perpassam nossa sociedade, pois:

“A filosofia aparece como […] lugar e instrumento de articulação. […] realiza o

trabalho de articulação cultural. Pensar e repensar a cultura não se confunde com

compatibilização de resultados; é uma atividade autônoma e crítica. Não devemos

entender que a Filosofia esta no currículo […] em função das outras disciplinas, quase

num papel de assessoria metodológica. […] A filosofia tem a função de articulação cultural

e, ao desempenhá-la, realiza também a articulação do indivíduo enquanto personagem

social, se entendermos que o autentico processo de socialização requer consciência e o

reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem-

mundo ( LEOPOLDO E SILVA, 1992, p.162 ).”

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CONTEÚDOS

CONTEÚDOS BÁSICOS DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

MITO E FILOSOFIA

Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e

Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia? História e cultura afro-

brasileira e africana. História e cultura dos

povos indígenas.

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento

O problema da verdade;

A questão do método; Conhecimento e

lógica; Trabalho: Divisão

social e territorial; Os guaranis e a

memória oral; a canoa do tempo;

Língua Guarani: fala e escrita.

Comercio de artesanato dos Guaranis da Ilha da Cotinga: trocas de significados com os não índios.

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

ÉTICA

Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e

vontade; Liberdade: autonomia

do sujeito e a necessidade das normas;

Direitos das crianças e dos adolescentes.

Cultura e identidade.

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Ética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

FILOSOFIAPOLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia; Esfera pública e

privada; Cidadania formal e/ou

participativa; Organização política,

movimentos sociais e cidadania;

Interdependência campo/cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura – a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia Política, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

FILOSOFIADA CIÊNCIA

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia; Ciência e ética; Astronomia indígena;

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia da Ciência, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICAAVALIAÇÃO

ESTÉTICA

Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas –

feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade;

A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

O educador de Filosofia ainda, deverá dentro de suas metodologias e conteúdos trabalhar em todas as séries do ensino

fundamental e médio aqueles assuntos específicos que visam contemplar a legislação vigente, assim como a realidade da escola e do

próprio aluno, segue:

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Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. Com relação à lei 10639 e a lei 11645/08 as quais tratam das temáticas

afro e indígena, justifica-se a necessidade de buscar informações que possam articular conteúdos específicos e ou metodologis

que articulem as temáticas. Os conteúdos podem estar relacionados a vencer preconceito bem como a ampliar conhecimentos

sobre estes povos.

Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. De acordo com a lei11645/08, que enfatiza no parágrafo segundo. (Os

conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.), a obrigatoriedade do ensino

da Hístória e Cultura Indígena, vem sendo projeto de construção conjunta de todos os professores do NRE de União da Vitória.

Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental

Resolução CNE/CEB nº 1 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e Resolução nº 2 de 28

(Diretrizes Complementares da Educação Básica do Campo).

Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo. ( Na medida que surgir oportunidade colocar como serão contemplados os eixos da

Ed. Do Campo como: Trabalho; divisão social e territorial, Cultura e Identidade, Interdependência campo-cidade, questão agrária

e desenvolvimento sustentável e Organização Política, movimentos sociais e cidadania. Para que haja a possibilidade de inter-

relação dos eixos temáticos da Educação do Campo com os conteúdos disciplinares é necessário uma organização escolar, com

espaços de investigação e discussão. Deve-se indagar nas nas diferentes disciplinas em quais conteúdos tais eixos podem ser

inseridos nos conteúdos específicos. Não podemos esquecer que os conteúdos disciplinares nas Escolas do Campo devem ser

os conteúdos historicamente acumulados, mas os eixos temáticos propostos nas diretrizes Curriculares da Educação do Campo,

levando em consideração o contexto local, mas sem reduzí-lo à realidade camponesa.

Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação

Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, prevenção ao uso Indevido de Drogas.

LDB9394/96

Lei 11525/2007 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Projeto Político Pedagógico.

Regimento Escolar.

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METODOLOGIA

Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos

currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na

perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico e

social, pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos.

A atividade filosófica, centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará o

entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão dos

enunciados e com o encadeamento, clareza das idéias e a busca da superação do caráter

fragmentário do conhecimento.

Propor problematizações, leituras filosóficas e análises de textos, organizar

debates, sugerir pesquisas e sistematizações.

Possibilitar os quatro momentos do ensino de filosofia: a mobilização para o

conhecimento, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de

uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música.

São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e

motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido. A isso se denomina, nessas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.

A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a

investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não

possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.

A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e

estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É

importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música,

textos e outros – podem ser retomados a qualquer momento do processo de

aprendizagem.

Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se

faz por meio da investigação, o que pode ser o primeiro passo para possibilitar a

experiência filosófica. É imprescindível recorrer a história da Filosofia e aos textos

clássicos dos filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófica,

co diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já

elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por

isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também

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com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua

própria realidade.

Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do

estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino

Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que

ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será

trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a

partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a elaborar

um texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos.

Após esse exercício, o estudante poderá perceber o que esta e o que não esta implícito

nas idéias, como ela se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico, de modo

que ele desenvolva a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios

lógicos, num pensar coerente e crítico.

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-

lhe um caráter dinâmico e participativo.

Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento

que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a

investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos.

Ao trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para

estudantes do Ensino Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e

possibilitar as mediações necessárias para realizar o processo de ensino proposto nestas

Diretrizes.

Nessa perspectiva, sabe-se de onde se parte no ensino de Filosofia e é possível se

surpreender com os resultados obtidos ao final do processo. O planejamento deve impedir

que as aulas caiam no vazio e nos prováveis desastres do expontaneísmo.

O Livro Didático Público de Filosofia, disponibilizado em meio impresso e eletrônico

a todos os professores e estudantes, desenvolve conteúdos básicos a partir de recortes

dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e possibilita o trabalho com

os quatro momentos do ensino de Filosofia: a mobilização para o conhecimento, a

problematização, a investigação e a criação de conceitos. Esse livro, que tem como

objetivo auxiliar professores e estudantes para que o ensino de Filosofia se faça com

conteúdo filosófico, foi concebido para ser um ponto de partida e nunca um fim em si

mesmo.

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Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para enriquecer a

investigação filosófica, como, por exemplo, a consulta ao acervo da Biblioteca do

Professor e à Antologia de Textos Filosóficos, disponíveis em todas as escolas de Ensino

Médio do Estado do Paraná, além de outras fontes. Ou, ainda, o professor poderá

pesquisar e explorar os recursos de estudo e pesquisas disponíveis no Portal dia a dia

Educação.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida na

sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação no processo ensino aprendizagem. Apesar de sua

inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a

perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou

nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele

tema.

O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois,

“[...] a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder a outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside a fecundidade, a atividade de 'produzir' a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao 'controle' […] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil (LANGON, 2003, p. 94).

A avaliação será diagnóstica, construída por professores e alunos e pela própria

instituição escolar, durante o transcorrer do processo ensino-aprendizagem; esta não se

sintetizará apenas no que o educando assimilou perante a história da Filosofia por

intermédio a análise de textos é reflexão à cerca de problemas com cunho filosófico ou

mesmo como tratá-los.

Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que se leva em conta é a capacidade de

argumentar e identificar os limites dessas posições. Considerar-se-á, também, a

capacidade de construir e tomar posições, de identificar os princípios e interesses

subjacentes dos temas (tópicos) em ênfase.

O início do processo de avaliação dar-se-á por meio da mobilização, coletando

pensamentos sobre a opinião do estudante em relação aos temas em questão, antes,

durante e após o processo ensino-aprendizagem o que nos faz lembrar de um processo

visto num todo e não em partes isoladas.

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Como instrumentos de avaliação serão utilizados: testes escritos que instiguem a

opinião crítica do educando, trabalhos de pesquisa bibliográfica com complemento ao

conteúdo debates, análises e relatórios de filmes, documentários, letras de músicas,

artigos de revistas ou jornais, etc.

REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2004.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Ser, Saber e Fazer. Elementos da História do Pensamento Ocidental. 9ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1994.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. SEED -Paraná, 2008.

Projeto Político Pedagógico (PPP) Colégio Estadual Duque de Caxias.

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7 FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física propõe o estudo da natureza no sentido da realidade material sensível. É

uma forma de se conhecer o universo, através de três conteúdos estruturantes:

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, determinadas pelas necessidades de

resolver problemas práticos e necessidades materiais em determinadas época,

constituindo em uma visão de mundo que se preocupa em representar o real sob a forma

de conceitos e definições, buscando descrever e explicar seus objetos de estudo,

amparando-se em teorias, mediante rigoroso processo de validação. Portanto os

conhecimentos físicos que possuímos hoje em relação ao mundo físico resultaram de um

longo processo histórico.

Na Idade Média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, onde o conhecimento

do universo foi associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica que o transforma em

dogmas, os quais não deveriam ser questionados; afastando assim os filósofos das

questões relativas ao estudo dos fenômenos naturais.

O surgimento de uma nova classe social: a burguesia favoreceu a ascensão de

mudanças políticas, econômicas e culturais, contribuindo para a queda do poder

arbitrário, abrindo caminho para as revoluções industriais do século XVIII e, para que a

ciência se desenvolvesse.

Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu

Galilei, no século XVI, com uma nova forma de se conhecer o universo, através da

descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu busca descrever um fenômeno

partindo de uma situação particular. Dessa forma, Galileu, ao aceitar a idéia defendida por

Copérnico de que o universo tinha um fogo central, propôs a matematização do universo,

causando uma revolução que contribuiu para o nascimento da Ciência Moderna. Com

isso abriu caminho para que Isaac Newton fizesse a primeira grande unificação da ciência

elevando a Física, no século XVIII, ao status de Ciência.

A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a idéia de

que o universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida como

mecanismo, e está alicerçada em dois pilares: a Matemática, como linguagem para

expressar leis, idéias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a

experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar idéias,

de testar novos modelos.

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O Iluminismo, movimento filosófico que serviu de sustentáculo teórico para a

Revolução Francesa, a Declaração da Independência e a Constituição Americana, foi um

movimento em oposição ao Absolutismo, e teve origem, do ponto de vista cientifico, em

Descartes e Newton, dos quais herdou suas idéias racionalistas e mecanicistas. Embora

a presença divina e a alquimia fossem muito fortes, os Iluministas se preocuparam

apenas em construir verdade a partir da matemática e experimentação, pois desejavam

uma sociedade pautada na razão.

Na segunda metade do século XVIII, o capitalismo consolidava a sua formação,

com a incorporação das máquinas à indústria, mudando a maneira de produzir bens e

dando inicio a grandes transformações sociais e tecnológicas, a partir do advento das

maquinas a vapor, inicialmente destinada ao trabalho nas minas de carvão. Essa primeira

Revolução Industrial se fez mais com conhecimento técnico do que com ciência, por

homens grandemente empíricos. Esta revolução na indústria transformou a vida social e

econômica, completando o que já se iniciara com o mercantilismo, quando os seres

humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou também a ser

matéria-prima. O poder antes centrado no domínio territorial, a partir de então passou a

ser, cada vez mais, definido pela capacidade de produzir mercadorias e de controlar

mercados.

O contexto social e econômico favoreceu o avanço do conhecimento físico e a

Termodinâmica evoluiu. A união entre técnicos e cientistas para o conhecimento da

ciência do calor indispensável para melhorar a potência das máquinas térmicas que

produziam muito calor com pouco rendimento, possibilitou o estabelecimento das leis da

termodinâmica e uma outra grande unificação da Física, passando o calor a ser

entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento.

Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino de Física é trazido para o

nosso país para atender a corte e os desejos da intelectualidade local. O ensino de Física

tem, então, a preocupação com a formação de engenheiros e médicos “de modo a formar

as elites dirigentes do país”. Portanto, não era para todos, visto que esse conhecimento

não fazia parte da grade curricular das poucas escolas primárias ou profissionais, as

quais as classes populares freqüentavam.

Os trabalhos dos diversos cientistas, que permitiram a Einstein sistematizar a

Teoria da Relatividade, abriram caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica. A

interpretação probabilística da matéria e descrição da natureza, em função de interações,

passa a nortear o desenvolvimento da Física no mundo.

No período entre guerras, a ascensão do nazismo na Alemanha e a solidificação do

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fascismo na Itália faziam com que muitos cientistas se transferissem para paises onde

podiam desenvolver suas pesquisas, especialmente os Estados Unidos. A conjuntura

favoreceu a criação no Brasil, em 1934, junto a Faculdade de Philosophia, Sciencias e

Letras da Universidade de São Paulo o curso de Sciencias Phisicas, destinado a formar

bacharéis e licenciados em Física, com a vinda ao Brasil de Gleb Wataghin, da

Universidade de Turin, um físico russo de nascimento, permitindo ao país que a Física,

como campo de pesquisa e criação de novos conhecimentos, começasse efetivamente.

A intensificação do processo de industrialização no país, a partir dos anos 1950,

tornou a Física no Brasil parte dos currículos do ensino secundário, hoje Ensino Médio.

Para um país cujas elites se inspiravam pelo positivismo, a crença na ciência como poder

e progresso, significava o segredo da tecnologia ocidental.

A revogação da obrigatoriedade de adoção dos programas oficiais do MEC, pela

Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 4.024, de 21 de dezembro de 1961, deu

liberdade às escolas na escolha dos conteúdos e, abriu caminho para o IBECC introduzir

os materiais já adotados em outros países, por ele produzido e publicados pelo convênio

Universidade de Brasília/USAID, nos nossos cursos colegiais. Iniciam-se investimentos

na aquisição de kits de materiais para aulas experimentais, através de convênios com

instituições e governos estrangeiros traduzidos os quais vem sempre acompanhado de

livros que serviam de roteiros-guia para as atividades dos professores, perpetuando,

desta forma, o modelo de ensino difundido nos programas.

Na década de 70, a corrida para o desenvolvimento e a modernidade leva à crença

de que a solução estaria, novamente, na Educação, em especial no ensino de Ciências.

No Plano Internacional, os programas de melhoria de ensino de Ciências, em diversos

países deram origem a projetos de ensino, o qual, no Brasil, aconteceu através do

Programa de Expansão e Melhoria do Ensino-PREMEN, criado em 1979.

Nos anos 80, o Grupo de Reelaboração do Ensino de Física-GREF, integrado por

professores da Rede Estadual Pública de São Paulo, coordenados pelo Instituto de Física

da USP, elaborou uma proposta de ensino de Física que propõe uma abordagem dos

conteúdos escolares a partir das contribuições dos alunos, e o universo de vivência de

professores e alunos. O GREF, além de cursos de formação e assessoria aos

professores paulistas, produziu uma coleção de três volumes, dirigida aos professores, e

as leituras em física, dirigida aos estudantes, disponíveis na Internet/USP.

No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e inícios dos anos

80, num contexto de euforia pelo fim da ditadura militar e a perspectiva de abertura

democrática e, por conseqüência , eleições diretas para presidência e estado, muitos

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tomam para si, através do discurso político, a defesa dos menos favorecidos, com

reflexos nos sistemas estaduais de educação. Assim, inicia-se a implantação da

pedagogia histórica-crítica, através das idéias do Professor Demerval Saviani,

inicialmente na Prefeitura de Curitiba e, depois, na rede estadual. Desse movimento,

nasceu o Currículo Básico, o embrião de uma reestruturação do ensino de 2º grau, hoje

Ensino Médio, inclusive na Física, que resultou numa proposta de conteúdos do ensino

de 2º Grau para a disciplina.

A proposta, publicada em 1993, busca propiciar ao aluno uma sólida educação

geral voltada para uma compreensão crítica da sociedade, de modo a enfrentar as

mudanças e atuar sobre elas, condição que seria indispensável sem a aquisição do

conhecimento científico. Além disso, o entendimento da relação ciência-tecnologia, do

processo de elaboração da ciência e sua aplicação à tecnologia, que evitaria a

apresentação da ciência como verdade absoluta, à margem da sociedade e contribuiria

para que o desenvolvimento da crítica dos estudantes.

A partir de 2003 as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná

passaram por um período de construção, onde foram realizados inúmeros seminários,

simpósios, reuniões técnicas e encontros descentralizados, com objetivo de favorecer a

participação dos educadores nas discussões que se deram ao longo de três anos de

intensos debates. Esse processo de formação continuada em torno das diretrizes

evidenciou a necessidade de nelas contemplar a especificidade dos níveis e modalidades

de ensino da Educação Básica, sem perder de vista a contribuição dos diferentes

componentes curriculares na formação integral dos alunos ao longo do processo de

escolarização.

Por meio da analise histórica das ciências de referencia e/ou disciplina escolar,

definiram-se também os conteúdos estruturantes das disciplinas, ou seja os saberes que

identificam e organizam os diferentes campos de estudo das disciplinas escolares. Os

conteúdos estruturantes são fundamentais para a compreensão do objeto de estudo das

referidas áreas do conhecimento.

A Física deve educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um

sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e

compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o

entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a

neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que

representam esses aspectos.

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OBJETIVOS GERAIS

Buscar construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias

capazes de levar, aos alunos, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a

perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.

Através da Física educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento

de um sujeito capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da

história e compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento para o

estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.

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CONTEÚDOS

Conteúdo estruturante: movimento

Conteúdos básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação

Momentum e inércia

Conservação de quantidade de movimento (momentum)

Variação da quantidade de movimento = Impulso

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano; - as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores, propõe-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecância, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a física clássica;- textos de divulgação científica, literários, etc.

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.

Espera-se que o estudante: formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final

do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente;

compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e, outros princípios (entre eles o da Incerteza);

perceba (do ponto de vista relativistico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como conseqüência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória;

compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica ligada a concepção de força entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e, o momentum como uma medida dessa resistência (translação);

compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e, a distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminução do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro, e vice-versa;

associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia;

entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes do referencial e, de natureza vetorial;

perceba em seu cotidiano movimentos simples que

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acontecem devido a conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear;

compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais;

perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais;

perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;

aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de Newton, e as noções de equilíbrio estável e instável.

reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

Gravidade

Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporâneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.

Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científca importante, pois unificou a compreensão dos fênomenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde que os primeiros estudos sobre a natureza, até Newton.

Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: associe a gravitação com as leis de Kepler; identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa

inercial, do ponto de vista clássico. compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano

tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.

Energia e o Princípio da Conservação da energia

Variação/transformação da energia de parte de

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;

Espera-se que o estudante perceba a idéia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo

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um sistema – trabalho e potência

- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc. - o campo teórico da física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;

da física, bem como outros campos externos à física.

Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: conceba a energia como uma entidade física que pode se

manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial gravitacional;

perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia;

compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.

Fluidos

A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.

O estudo dos fluídos e da mecância dos fluídos é importante para compreender a evolução das idéias que levaram a formulação do conceito de calor. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: identifique algumas propriedades físicas inerentes aos

materiais como a massa específica, a viscosidade e a tensão superficial, associando-as com as interações elétricas;

formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas;

entenda a densidade como uma medida relativa em relação a massa específica da água;

compreenda as relações entre volume, peso e empuxo e, entre densidade e empuxo.

A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada

Na natureza, muitos eventos apresentam, em algum momento ou aspecto, características ondulatórias o que torna seu estudo importante para a compreensão do universo físico.

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Oscilações

época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;-- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- que o estudo da ondulatória debe começar pelas ondas mecâncias, pois são mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano.No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato.

Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: conheça o modelo clássico de onda, seus limites e

possibilidades, percebendo as grandezas físicas identificaforas dos processos ondulatórios, ou seja, a velocidade, a freqüência e o comprimento da onda;

associe a produção de pulsos de onda a alguma forma de transferência ou transformação de energia, da fonte produtora para o meio de propagação da onda;

associe os fenômenos da refração, reflexão, difração e interferência ao movimento ondulatório;

compreenda fenômenos típicos ondulatórios como: efeito Doppler, ressonância e superposição de ondas;

identifique uma onda mecânica presente no cotidiano, explicando o seu comportamento;

entenda a natureza das oscilações, ou seja, diferencie as ondas mecânicas das eletromagnéticas;

perceba em alguns fenômenos luminosos características ondulatórias, compreendendo-os a partir da interação da luz com a matéria, o que envolve relação com o eletromagnetismo;

identifique, nos diversos materiais, propriedade mecância ligada a elasticidade, por exemplo a constante elástica de uma mola em um sistema massa-mola.

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Conteúdo Estruturante - Termodinâmica

Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica Avaliação

Leis da Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

3ª Lei da Termodinâmica

A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a utilização de textos originais traduzidos para o português (ou não) pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreessão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e idéias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; - utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e idéias;- textos de divulgação científica, literários, etc.

Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica composto por idéias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia.

Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele: entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas

propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e, fundamental para o desenvolvimento das idéias em termodinâmcia;

diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;

entenda o processo de construção das escalas termométricas, associando essas escalas as propriedades térmicas do material utilizado na sua construção;

compreeenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;

associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.

compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente;

identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e, b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia;

compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e, probabilidade;

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Conteúdo estruturante: eletromagnetismo

Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico Avaliação

Carga, corrente elétrica, campo

Força eletromagnética

Equações de Maxwell: (lei de Gauss ( lei de Coulomb para eletrostática), lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:- o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência –utilização de textos originais que contribuam para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.

Espera-se que o estudante

- compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que a fundamentam.

compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.

compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda esse conceito, uma entidade teórica criado para o eletromagnetismo, é bádico para a teoria e mediador da interação ente cargas;

compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenomênos eletromagnéticos;

entenda o campo como uma entidade física dotado de energia; apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu

movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por

exemplo, a resistividade e a condutividade; conheça as propriedades magnéticas dos materiais; entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem

associados ao campo; reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela

coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases;

compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica;

entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes;

conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear, a eólica, etc;

compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de

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um sistema elétrico; perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à

transformação/ variação de energia elétrica.

Óptica

O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:- o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência –utilização de textos originais que contribuam para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.

A partir da formulação das equações de Maxwell e, a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corcuspular da luz (os quanta).

Isso contribue para a apresentação da física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:

entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;

conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;

entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;

entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros, importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultâneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressae;

associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados;

compreenda a luz como energia quantizada, que ao interagir com a matéria apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;

extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.

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METODOLOGIA

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio do aluno, utilizando-se a partir disto de explanação de

conteúdos formulados e aplicados no cotidiano, com construção de exercícios

visando a melhor assimilação do mesmo. Trabalhar com aulas práticas através de

experiências e observação da natureza, em conjunto com projetos, pesquisas,

equipamentos audiovisuais, leituras e interpretações. Os conteúdos estruturantes

serão trabalhados visando interdisciplinaridade.

Os itens Programa de Prevenção, Promoção à Vida e Educação no Campo

serão desenvolvidos no decorrer no ano letivo. Sempre que possível estaremos

relacionando-os com conteúdos em estudo através de exemplos, análise e suas

aplicações no cotidiano.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos

os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um

texto, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; capacidade de

elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva

física; utilizando-se também de avaliação escrita para verificar seu nível de

assimilação.

REFERÊNCIAS

ANJOS, Ivan Gonçalves. Física. IBEP. São Paulo.

BONJORNO, Regina Azenha, e outros. Física Completa. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2001.

CHIQUTTO, Marcos José. Física, termologia, óptica, ondas. Volume 2. Ed. Scipione 1992.

Diretrizes Curriculares de Física o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED.Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

GUIMARÃES, Osvaldo. Física. vol. Único. 1ª ed. Ed. Moderna. São Paulo. 1999.

PARANÁ, Djalma Nunes. Física Mecânica, 2ª edição. Ed. Ática. 1993. São Paulo.

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8 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. A

presente ciência está pautada no espaço geográfico mundial, onde todos os seres

vivos habitam e modificam de alguma maneira seu próprio meio.

Na Antiguidade Clássica os saberes geográficos ampliaram em muito o

conhecimento sobre relações sociedade-natureza, extensão e características físicas

e humanas dos territórios imperiais. Também desenvolveram-se conhecimentos

como: elaboração de mapas, forma e tamanho da terra, distribuição das águas,

defesa da tese da esfericidade da terra, cálculo de diâmetro do planeta, latitude e

definição climática.

Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos constituídos

anteriormente foram abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a visão de

mundo imposta pelo poder político estabelecido.

A partir do século XII as questões de distribuição das águas e das terras

tomou pauta das discussões e de pesquisas, no contexto das Grandes Navegações.

No século XVI as expedições terrestres passaram a descrever mais detalhadamente

o espaço, as relações homem-natureza, com o levantamento de dados sobre os

territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos.

Os saberes geográficos nesse processo histórico passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas que buscam explicar

questões referentes ao espaço e a sociedade. Porém, até meados do século XIX

não havia sistematização da produção geográfica. Os estudos relativos a este

campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas, desde literárias até

relatórios administrativos, e, por isso, “os tempos geográficos estavam legitimamente

como questões relevantes, sobre as quais cabia dirigir indagações cientificas”.

Moraes (1987 p. 41).

No imperialismo do século XIX foram criadas diversas sociedades

geográficas, destacadamente a alemã e a francesa.

A escola alemã teve como precursores Humboldt (1769-1859), Ritter (1779-

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1859), mas foi a escola de Ratzel (1844-1904) que teve destaque fundador da

geografia sistematizada, por sua vez, a escola francesa teve como principal

representante Vidal de La Blache (1845-1918).

No Brasil, as ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar no século

XIX, e apareciam de forma indireta nas escolas, com o objetivo de enfatizar a

descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais. No entanto o objetivo

de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo

econômico. Essa abordagem do conhecimento geográfico perpetuou se, em boa

parte do século XX, ficando conhecida como Geografia Tradicional.

Após a Segunda Guerra Mundial, mudanças políticas, econômicas, sociais e

culturais interferiram no pensamento geográfico, originando novos enfoques para a

análise do espaço geográfico. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado

pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram há modificações no ensino de

Geografia e na organização curricular da escola.

O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os

setores, adequando a educação aos novos moldes vigentes, através da lei 5692/71

(Penteado, 1994) que afetam principalmente as disciplinas relacionadas as ciências

humanas.

O ensino da área de estudo fora transformada na disciplina de Estudos

Sociais, que não garantia a inter-relação entre os conteúdos da Geografia e História,

o que tornava essas disciplinas meramente ilustrativas e superficiais.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando ao desmembramento da

disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História.

No Paraná, em 1983, com o parecer 332/84 do Conselho Estadual de

Educação, permitiu que as escolas optassem pelo desmembramento ou não. O

desmembramento só ocorreu após a resolução n° 06 de 1986 do Conselho Federal

de Educação Penteado (1994), Martins (2002). Ainda nessa época, naquela década,

com o fim da ditadura militar as discussões teóricas centralizavam se em torno da

Geografia Crítica.

No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no

final da década de 80, quando a Secretaria de Estado da Educação publicou o

“Currículo Básico para a Escola Pública”.

No entanto a Geografia Crítica sofreu avanços e retrocessos em função do

contexto histórico e político, vinculados ao pensamento neoliberal que atingiram a

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educação nos anos 90, (LDB 9394/96) e os PCN (Parâmetros Curriculares

Nacionais).

A partir de 2003 o Estado do PR, retomou os estudos da disciplina de

formação do professor estimulando seu papel de pensador e pesquisador, com o

objetivo de garantir a correção da criação desordenada causada pelas políticas

anteriores. A instrução n° 04/2005 da SEED/SUED definiu as disciplinas de L.E.M

para o Ensino Fundamental e Ensino Médio e Filosofia e Sociologia no Ensino Médio

e os conteúdos de Geografia do Paraná devem ser contemplados na disciplina

matriz, neste caso Geografia.

As diretrizes curriculares apresentam se como documento norteador para um

repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia. Essa reflexão, por

sua vez, deverá ser ancorada num suporte teórico/crítico, que vincula o objeto da

Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens

metodológicos aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual

contexto histórico.

Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação

das localizações relacionais dos eventos (objetos e ações) em estudo, são próprios

do olhar geográfico sobre a realidade. Algumas perguntas orientam o pensamento

geográfico, tais como: Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não em outro

lugar? Como é este lugar? Por que este lugar é assim? Por que as coisas estão

dispostas desta maneira? Qual a significação deste ordenamento espacial? Quais as

consequências deste ordenamento espacial?

Para responder a estas questões, conforme a concepção de espaço

geográfico, adotada nestas Diretrizes, torna-se necessário compreender as escolhas

das localizações e as relações sócio-políticas e econômico-culturais que as

orientam. Assim, é preciso um referencial teórico (conceitos geográficos) que

sustentem esta reflexão.

Entende-se que para a formação de um aluno consciente das relações

sócio/espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro

conceitual das teorias críticas desta disciplina, que incorpora os conflitos e as

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um

determinado espaço.

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OBJETIVO GERAL

Despertar no educando uma preocupação econômica, política, cultural,

demográfica e socioambiental do espaço geográfico, embasado em ações

espontâneas, que o seu próprio pensar crítico o leve a questionar e opinar de

maneira natural aos acontecimentos do atual mundo global.

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CONTEÚDOS

Conteúdos Básicos – Geografia – 5ª Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Abordagem Teórico Metodológica Avaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfica

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental

do espaço

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção

A formação, localização e exploração dos recursos naturais

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.

Os conceitos fundamentais da Geografia -paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.

Para o entendimento do espaço geográfico se faz necessário o uso dos instrumentos de leitura cartográfica e gráfica compreendendo signos, legenda, escala e orientação.

A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e

Espera-se que o aluno:

Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.

Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas

Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.

Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.

Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.

Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade.

Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas.

Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos,

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geográfico diversidade cultural

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos

As diversas regionalizações do espaço geográfico

tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica -signos, escala, orientação.

A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.

naturais e econômicas.

Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial.

Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais

Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos – Geografia – 6a SérieConteúdos

EstruturantesConteúdos Básicos Abordagem Teórico

MetodológicaAvaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaçogeográfica

Dimensão cultural demográfica do

espaço geográfico

Formação território brasileira

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza

e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e

produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.

Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino

Espera-se que o aluno:

Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.

Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da leitura cartográfica.

Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território.

Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países.

Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.

Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a

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Dimensão socioambiental

do espaço geográfico

A mobilidade populacional e as manifestação socioespaciais da diversidade cultural

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos

Movimentos migratórios e suas motivações

O espaço rural e a modernização da agricultura

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço

O formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico

A circulação de mão-de- obra, das mercadorias e das informações

dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação

A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.

preservação dos recursos naturais.

Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos diferentes povos.

Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território.

Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro.

Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.

Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo.

Reconheça os movimentos sociais como forma de luta pelo direito ao espaço urbano e rural.

Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos.

Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização brasileira.

Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a dinâmica populacional e diversidade cultural.

Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais.

Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.

Reconheça a configuração do espaço de circulação de pessoas,

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mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.

Conteúdos Básicos – Geografia – 7ª SérieConteúdos

EstruturantesConteúdos Básicos Abordagem Teórico

MetodológicaAvaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfica

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental

As diversas regionalizações

do espaço geográfico

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração dos

territórios do continente americano

A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o papel

do Estado

O comércio em suas

implicações socioespaciais

A circulação de mão-de-

obra, do capital, das mercadorias e

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.

Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações

Espera-se que o aluno:

Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.

Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Diferencie as formas de regionalização da América nos diversos critérios adotados.

Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação dos paisagens mundiais.

Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do continente americano.

Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização do continente americano.

Identifique as diferenças de paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente Americano.

Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação da mercadorias , pessoas e informações na

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97

do espaço geográfico

informações

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

(re)organização do espaço

geográfico

As relações entre o campo

e a cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a

modernização da agricultura

A evolução demográfica da

população, sua distribuição

espacial e os indicadores

estatísticos

Os movimentos migratórios

e suas motivações

A mobilidade populacional e

as manifestações sociespaciais da

diversidade cultural;

A formação, o localização,

exploração dos recursos naturais

espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação.

A cultura afro-brasileira e indígena deverá serconsiderada no desenvolvimento dos conteúdos.

economia regional.

Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais.

Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.

Compreenda as inovações tecnológica , sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambiental e sociais.

Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais.

Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.

Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.

Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.

Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea.

Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.

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Conteúdos Básicos – Geografia – 8ª SérieConteúdos

EstruturantesConteúdos básicos Abordagem Teórico

metodológicaAvaliação

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental

do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação,

mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos

A mobilidade populacional e as

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.

Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos

Espera-se que o aluno:

Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedades, natureza, região.

Identifique a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização mundial.

Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações sociais, econômicas e políticas.

Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização.

Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas, também apresentam particularidades.

Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural.

Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas no processo de industrialização.

Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico.

Entenda a importância econômica, política e cultural do comércio mundial.

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manifestações sociespaciais da diversidade cultural

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico

A formação,

localização, exploração dos

recursos naturais;

A dinâmica da

natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de

exploração e produção

O espaço em rede:

produção, transporte e

comunicações na atual

configuração territorial

conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica -signos, escala, orientação.

A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.

Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais.

Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.

Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual distribuição de renda.

Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas demográficas adotadas nos diferentes espaços.

Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.

Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades produtivas.

Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.

Analise a formação, a localização e exploração dos recursos naturais e sua importância estratégica nas atividades produtivas.

Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia.

Entenda a importâncias das redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.

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Conteúdos Básicos – Geografia

Ensino Médio

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Abordagem Teórico Metodológica

Avaliação

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfica

Dimensão cultural

demográfica do espaço

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos;

Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica;

A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos

Espera-se que o aluno:

Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.

Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas, tabelas, gráficos e imagens.

Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.

Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.

Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividade produtivas.

Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada.

Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais.

Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias primas e a organização espacial

Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.

Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica.

Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua

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geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.

A evolução demográfica, a distribuição

conteúdos.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação,

A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.

importância política, estratégica e econômica.

Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da população.

Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo.

Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as industriais se instalam.

Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.

Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço.

Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário moderno.

Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a formação de cidades mundiais.

Reconheça a importância da circulação da mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações na organização espaço mundial

Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social.

Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas sociais e ambientais.

Reconheça as interdependência, econômicas e culturais, entre campo e cidade.

Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural

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espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

e urbano.

Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.

Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.

Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.

Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo e de produção.

Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.

Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais.

Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar.

Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.

Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas.

Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.

Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas.

Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do espaço mundial.

Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC para o comércio mundial

Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do

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espaço geográfico mundial.

Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.

Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial.

Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.

Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.

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METODOLOGIA

Os processos utilizados têm como base argumentos expositivos que visam à

possibilidade de interação entre o educador e o educando, por meio de diversos

questionamentos que existe sobre os conteúdos. A ciência geográfica para se tornar

compreensiva e participativa se utiliza de meios como: trabalho em equipe, leitura e

interpretação de mapas, livros, jornais, revistas, documentários, aulas de campo, etc.

AVALIAÇÃO

Deve ser processual e contínua baseada em aulas diferenciadas, podendo ainda

ser utilizados instrumentos tradicionais (prova), desde que não seja o único meio de

avaliação. O educador de Geografia pode cobrar relatórios de aulas de campo,

construções de maquetes como forma de interpretação, interpretação de jornais contendo

atualidades, trabalhos escritos ou apresentados, debates.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. C. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas. 1997. Coleção Horizontes: IBPE.

CORREIA, R. L. Região e Organização Espacial. São Paulo. Ática. 1986.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho -2006.

LIMA, Maria. Geografia. São Paulo. Ática. 2002.

SANTOS, M. Por uma Nova Geografia. São Paulo: Hucitec, 1986.

MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002.

PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994.

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105

9 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História em sua dimensão histórica passou por diversas alternâncias

e valorização. O ensino de História passou a ser obrigatório somente em 1837, onde

visava tão somente legitimar a História da Europa como colonizadora .

A partir de 1901 a História do Brasil passou a ficar em segundo plano, irmanando

assim a Historia Universal. No governo Getúlio Vargas voltou para o currículo a disciplina

de História do Brasil onde Getulio legitimava o nacionalismo (1942).

Em 1964 a disciplina de História continuou tendo como elementos principais falar

sobre heróis de governos, deixando de ser critica, sufocando a verdadeira história.

A lei nº 5692/71 separou o ensino de 1º Grau em 8 anos e 2º Grau

profissionalizante, ensino voltado para especializar mão-de-obra. Uma nova visão onde a

área das Ciências Humanas perdeu espaço nos currículos pois dentro de uma área

fragmentada surgiram novas disciplinas, OSPB (Organização Social e Política Brasileira)

e Educação Moral e Cívica. Com isso a liberdade de expressão era reprimida com o

controle ideológico do governo.

Nos anos 80, a disciplina Estudos Sociais foi contestada pelos professores, mas

somente a partir dos anos 90 foram analisadas novas propostas para o ensino de História

onde o governo já não reprimia tanto a opinião publica, dando espaço à elaboração de

materiais didáticos diversificados, onde começou a se preocupar em consolidar a

disciplina de História e veio a preocupação de organizar Leis e Diretrizes que pautassem

a disciplina e superassem os currículos já existentes ate o momento dando destaque ao

nacionalismo não esquecendo o global.

Entre os anos de 1997 a 1999 o Ministério da Educação instituiu os Parâmetros

Curriculares Nacionais, os PCN's. Nessa visão a disciplina de História foi apresentada de

forma pragmática com a função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno,

ressaltou a importância do contexto do educando, suas relações com o trabalho e com o

exercício da cidadania. Apesar dos PCN's apresentarem uma visão humanística, sua

principal intenção era preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. Essa prática

vigorou até o ano de 2002, quando a partir daí, iniciaram uma série de discussões

envolvendo professores da rede estadual com o objetivo de elaborar novas Diretrizes

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106

Curriculares Estaduais para o ensino de História no Paraná.

De acordo com as novas propostas das Diretrizes Curriculares Estaduais para o

ensino da História o conhecimento histórico vem sendo problematizado por alguns

teóricos , dentre os quais destacasse o historiados alemão Jorn Rusen que em seu

pensamento propõe uma matriz disciplinar da História para que se compreenda a

organização do pensamento histórico dos sujeitos. Dentro dessa concepção, a '' História

tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações

humanas praticadas no tempo'', bem como a respectiva significação atribuída pelos

sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

Segundo as DCE's o estudo de história tem por finalidade suprir as carências

humanas, ou seja, os mecanismos de exclusão social e de desrespeito aos direitos

humanos ligados à vida, à participação política, ao trabalho e a terra usando como

mecanismos a ação consciente dos sujeitos históricos.

O conhecimento histórico possui meios diferentes para explicar seu objeto de

estudo, nas DCE's , as correntes historiográficas apresentadas dialogam entre si e são

pautadas em uma nova racionalidade histórica: A Nova História, A Nova História Cultural

e a Nova Esquerda Inglesa,onde todas estas comungam da matriz proposta por Rusen.

Na corrente historiográfica nacional, destacam-se os trabalhos de Gilberto Freire, Caio

Prado Junior, Nelson Sodré, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.

O conhecimento histórico se faz importante enquanto disciplina escolar e para a

formação do conhecimento do estudante porque permite ao aluno uma racionalidade

histórica não linear e multi-temporal propondo a formação de uma consciência histórica.

De acordo com Rusen existem quatro tipos de consciência histórica: Tradicional,

Exemplar, Crítica e ontogenética.

Espera-se que ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma

verdade histórica única e sim que as verdades são produzidas a partir de evidências que

organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo

a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada

momento histórico.

De acordo com a legislação vigente, os temas cultura afro-brasileira e história da

África- Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas- Lei 11645/08, os desafios

nacionais contemporâneos e a política nacional de educação ambiental- Lei 9795/99, os

direitos e deveres das crianças e adolescentes - Lei 11525/07 bem como a diversidade

cultural, serão abordados de acordo com a conveniência dos temas trabalhados em sala

de aula.

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107

CONTEÚDOS BÁSICOS HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico

Avaliação

1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)

O local e o Brasil A relação com o Mundo

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais- o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo)

- a formação do pensamento histórico- os vestígios humanos: os documentos históricos- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços públicos, privados, sagrados- as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriaisas formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos,etc.

Os conteúdos básicos da 5ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir dos sujeitos históricos no tempo. Pretende fazer com que os jovens alunos percebam que são sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas que com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

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2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis- colonizadores portugueses e suas culturas na Amé rica e no território paranaense- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná- os imigrantes europeus easiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná

- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias- as sociedades matriarcais- as sociedades patriarcais- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas

3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história

O local e o Brasil A relação com o Mundo

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- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense

- pensamento científico: a antigüidade grega e Europa moderna- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica

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6ª SÉRIE - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMACAO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico

Avaliação

1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no Paranáa família e os espaço privado: a sociedade patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasila reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos

a constituição do espaço público da antigüidade na pólis grega e na sociedade romanaa reforma agrária na antigüidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

O local e o Brasil A relação com o Mundo

Os conteúdos básicos da 6ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Osconteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio denarrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os mundos do campo e da cidade suas relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer com que os alunos compreendam que as relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

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as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipaiso engenho coloniala conquista do sertãoas missões jesuíticasa Belle Époque tropical modernização das cidades cidades africanas e pré-colombianas

as cidades na antigüidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicasa ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeua constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental)as transformações no feudalismo europeuo crescimento comercial e urbano na Europa

3) As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

as cidades mineradorasas cidades e o tropeirismo no Paranáos engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto

relações campo – cidade no Orienteas feiras medievaiso comércio com o Orienteos cercamentos na Inglaterra modernao inicio da industrialização na Europaa reforma agrária na América Latina no século XX

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

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a relação entre senhores e escravoso sincretismo religioso(formas de resistê ncia afro-brasileira)as cidades e as doençasa aquisição da terra e da casa própriao MST e outros movimentos pela terraos movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI

a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntricaas manifestações culturais na América Latina África e Ásiaas resistências no campo e na cidades América Latina e continente africanoa história da mulheres orientais, africanas e outras

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7ª SÉRIE - O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico

Avaliação

1) História das relações da humanidade com o trabalho

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-o trabalho nas sociedades indígenas-Sociedade patriarcal e escravocrata-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia-Remanescentes de quilombos

- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita- o trabalho assalariado

2) O trabalho e a vida em sociedade

O local e o Brasil A relação com o Mundo

A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império A busca pela cidadania no Brasil

Os significados do trabalho na Antigüidade Oriental e Antigüidade Clássica As três ordens do

3) O mundo do trabalho

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- a desvalorização do trabalho- o latifúndio no Paraná e no Brasil - a sociedade oligárquico-latifundiária- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as- contradições da

- a produção e a organização social capitalista- a ética e moral capitalista

Os conteúdos básicos da 7ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as ações políticas, sociais, trabalhistas que os sujeitos históricos promovem em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de aprendizagem fazer com que os alunos compreendam a produção das várias formações sociais, tais como o a escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente,verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

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4) As resistências e as conquistas de direito

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- o movimento sufragista feminino- a discriminação racial e lingüística (o caipira no contexto do capital)- As congadas como resistência cultural- A consciência negra e o combate ao racismo- Movimentos sociais e emancipacionistas- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná

- o movimento sufragista feminino- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão- o Luddismo- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadoresos homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo

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8ª SÉRIE - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico

Avaliação

1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasila Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesaas irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasila formação dos sindicatos no Brasilas associações e clubes esportivos no Brasil

a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicasas guildas e as corporações de ofício na Europa medievalo surgimento dos bancos, escolas e universidades medievaisa organização do poder entre os povos africanosa formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)

2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado

O local e o Brasil A relação com o Mundo

Os conteúdos básicos da 8ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricaspróprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas que os sujeitos históricos promovem em relação às lutas pela participação no poder. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras instituições sociais e dos movimentos sociais que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.

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-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro -as constituições do Brasil imperial e republicano-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul

-o surgimento da monarquia nas sociedades da antigüidade no Crescente Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias-a constituição dos dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos

3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais

O local e o Brasil A relação com o Mundo

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-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)

-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebéias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes

sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas

Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado

O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas

As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos mundos do trabalho que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Urbanização e industrialização

As cidades na História: cidades neolíticas, da

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas

Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais

Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços

contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação da urbanização e da industrialização que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

3. O Estado e as relações de poder

Os Estados teocráticos Os Estados na Antiguidade Clássica O Estado e a Igreja medievais A formação dos Estados Nacionais As metrópoles européias, as relações de

poder sobre as colônias e a expansão do capitalismo

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado e suas relações de poder que foram instituídos por

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

O Paraná no contexto da sua emancipação O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo,

socialismo, positivismo) O nacionalismo nos Estados ocidentais O populismo e as ditaduras na América Latina Os sistemas capitalista e socialista Estados da América Latina e o neoliberalismo

considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos

Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma

Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes

Relações de resistência na sociedade ocidental moderna

As revoltas indígenas, africanA realidade atual

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam as ações dos sujeitos a partir das revoltas e revoluções que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente,

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

é que a História precisa ser reestruturada, pois continua com um tradicionalismo que sempre teve. É necessário se adequar a novos parâmetros que venham a atender às necessidades de ensino moderno pautado em aulas dinâmicas, onde levem nossos alunos a refletir sobre aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e também as relações entre a disciplina de História com a produção do conhecimento histórico.

as na América portuguesa Os quilombos e comunidades quilombolas no

território brasileiro As revoltas sociais na América portuguesa

simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

5 . Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)

Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do sindicalismo

A América portuguesa e as revoltas pela independência

As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano

As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria

As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina

Os movimentos de resistência no contexto

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos movimentos sociais, guerras e revoluções contemporâneos que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

das ditaduras da América Latina Os Estados africanos e as guerras étnicas A luta pela terra e a organização de

movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina

A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas

básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

6. Cultura e religiosidade

A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo

os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo

Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista

Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais

O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais,

políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas

manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas,

cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos

Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos movimentos culturais e religiosos que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

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124

METODOLOGIA

A concepção de História abordada nas DCEs defende o diálogo com várias

vertentes teóricas contribuindo em especial as correntes historiográficas: Nova

História, Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa, sendo que todas essas

apareceram por meio da matriz disciplinar proposta por Rüsen.

Para Rüsen a consciência histórica é a condição da existência do

pensamento humano, pois os sujeitos se constituem a partir de suas relações

sociais em qualquer período e local do processo histórico (p. 330).

Dentro dessa perspectiva “...a aprendizagem histórica é uma das dimensões

e manifestações da consciência histórica e esta se dá quando os professores e

alunos investigam as idéias históricas, sendo a narrativa histórica o princípio

organizador dessas idéias.

“Narrar a História é compreender o Outro no tempo” (DCEs, p.332).

De acordo com a proposta apresentada espera-se que a prática do professor

contribua para a formação da consciência histórica nos alunos a partir de uma

racionalidade histórica não-linear e multitemporal.

O ensino da História proposto pelos DCEs e que incorporamos em nossa

PPC é baseado na história temática. O estudo das ações e das relações humanas

do passado deve partir de problematizações feitas no presente por meio de

expectativas de futuro.

“Assim, a partir da temática proposta pela problematização, o professor e o

aluno determinam o período que define os marcos temporais que balizam seu

estudo” (DCEs, p.336).

O contexto temporal e espacial a ser estudado será definido pela

problematização entre historiadores, professores e alunos.

De acordo com as DCEs, para os anos finais do Ensino Fundamental, propõe-

se que os conteúdos temáticos priorizes as histórias locais e do Brasil,

estabelecendo-se relações e comparações com a história mundial. Para o Ensino

Médio propõe-se um Ensino Médio propõe-se um ensino por temas históricos que

tem por finalidade a discussão e a busca de solução para um tema/ problema

previamente proposto.

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AVALIAÇÃO

O processo avaliativo discutido nas DCE's aponta que essa deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos , refutando-se as práticas avaliativas

que priorizam o caráter classificatório e autoritário desvinculados da função da

aprendizagem.

No processo avaliativo baseado em Luckesi , a avaliação assume um caráter

diagnóstico, que permite identificar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos;

formativo que tem por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para a

partir destes identificar a aprendizagem alcançada desde o início até o momento

avaliado; e somando que permite ao professor tomar uma amostragem de objetivos

propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com perfil

dos alunos e com

os encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.

De acordo com as DCEs a avaliação em História deve considerar três

aspectos:

A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

A compreensão das relações da vida humana (conteúdos estruturantes);

O aprendizado dos conteúdos básico/ temas históricos e específicos;

Os critérios utilizados nas avaliações deverão ocorrer de acordo com a

atividade proposta visando possibilitar ao aluno a demonstração da apreensão das

idéias históricas em relação ao tema abordado, a capacidade de síntese e redação

de uma narrativa histórica, o desenvolvimento de idéias e conceitos históricos, a

capacidade de leitura e interpretação de diversos documentos, etc.

Os instrumentos utilizados pelo professor deverão ser diversificados, visto que

a prática avaliativa não visa a memorização. Dessa forma sugere-se o uso de:

Pesquisas, Seminários, provas objetivas, trabalhos em grupos, debates, etc.

O uso da recuperação concomitante far-se-á por meio de metodologia

diferenciada da aplicada antes da avaliação, visando a apreensão do conteúdo por

parte do aluno, prevalecendo sempre a nota maior.

REFERÊNCIAS

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense, 2004.

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126

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000,

BARROS, José D’Assunção. O campo da historia: especialidades e abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol 01. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BITTENCOURT, Circe. (org.). O saber histórico na sala de aula. Ed. Contexto, 2005.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da história, Campinas: Campus, 1997.

CERRI, Luis Fernando (org.). O ensino de história e ditadura militar. Curitiba: Aos quatro ventos, 2003.

Diretrizes Curriculares Estaduais de História. Governo do Estado do Paraná -

SEED. Paraná, 2008.

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus, 2003.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere, vol I a VI. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

HORN, Geraldo Balduino. O ensino de historia: teoria currículo e método. Curitiba: Livro de areia, 2003.

KARNAL, Leandro. (org) História na sala de aula: conceitos, praticas e propostas, ed. Contexto, 2005.

SANTOS, Jose Luis dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004.

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127

10 LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA – INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna, conforme as DCE, em sala de

aula terá como conteúdo estruturante o discurso, entendido como prática social sob

os seus vários gêneros, analisando os elementos linguísticos-discursivos, sem levar

em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas os fins educativos, assuntos

polêmicos, adequados à faixa etária, que interessem aos alunos, com abordagem

dos diversos gêneros discursivos e com diferentes graus de complexidade da

estrutura linguística.

Na Educação Básica, o ensino da LEM, a língua, objeto de estudo dessa

disciplina, contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade,

fazendo com que os alunos analisem as questões da nova ordem global, suas

implicações para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do papel

das línguas na sociedade, com uma visão de mundo mais amplo.

Estudos e pesquisas têm analisado a função da Língua Estrangeira visando a

um ensino que contribua a reduzir desigualdades sociais, fazendo com que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas.

No decorrer da história, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sofreu

constante interferência da organização social e escolar. A ascensão e o declínio do

prestígio da LEM nas escolas está relacionada às razões sociais, econômicas e

políticas.

O ensino e o currículo são constantemente estimulados a atender as

expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.

A LEM valorizou-se com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em

1808. Tendo ganhado um novo impulso em 1837 com a fundação da primeira escola

pública de nível médio no Brasil, o Colégio Pedro II, em cujo programa constavam

sete anos de francês, cinco de inglês, funcionando como modelo para as demais

escolas secundárias do país, por quase um século.

Em 1931, a reforma intitulada Francisco Campos, trouxe um diferencial no

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qual, pela primeira vez, um método de Língua Estrangeira foi oficialmente

estabelecido: o Método Direto, que consistia em induzir o aprendiz ao acesso direto

dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente

na língua estrangeira.

Com a reforma Capanema e após a Segunda Guerra Mundial, com a

dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, a

necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Falar inglês passou a ser

um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais

espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês.

Com a Lei de Diretrizes e Bases n° 4024/61, estabeleceram-se os Conselhos

Estaduais, aos quais cabia a decisão acerca da inclusão ou não da LE nos

currículos. Essa lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino da LE no

colegial e instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos

cursos clássico e científico. Identificou-se a valorização da língua inglesa, devido às

demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.

Com a lei n° 5692/71, centrada na habilitação profissional, desobrigava a

inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1° e 2° graus, alegando que a

escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de

impregnação cultural estrangeira.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira volta a ser valorizado com a sua

obrigatoriedade apenas no 2° grau, não perdendo o caráter de recomendação para o

1° grau, desde que em condições favoráveis na escola.

Já com a LDB n° 9394/96, há o registro da obrigatoriedade do ensino da

Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª série, de pelo menos uma

língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar.

Referindo-se ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua

estrangeira moderna, como disciplina obrigatória e uma segunda em caráter

optativo.

Em 1980 surge uma abordagem comunicativa, englobando as quatro

habilidades: ouvir, falar, ler e escrever; baseada na gramática. A partir da década de

90 esse método começou a ser criticado, evidenciando a língua numa perspectiva

interativa (a língua como prática social), partilhando conhecimentos através de

diversos textos (gêneros textuais) para leitura, escrita, expressão verbal e

compreensão auditiva. Considerando a escola como espaço de conhecimento, cuja

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função é formar para a cidadania, sujeitos alunos, com uma consciência crítica da

aprendizagem ao longo da educação básica.

Para Bakhtin (1988) “a palavra esta sempre carregada de um conteúdo ou de

um sentido ideológico ou vivencial.” Sendo assim, a língua como objeto de estudo da

LEM, envolve a “cultura, o sujeito, e a identidade” (DCE 2008, pág. 55). Com essa

visão, o ensino de línguas envolve esse sujeito num “mundo” amplo, levando a

perceber e analisar situações de forma crítica ; inclusive tendo o papel de inclusão

social e respeito às diferentes culturas.

OBJETIVO GERAL

O ensino da Língua Estrangeira Moderna, na educação básica, não tem

somente objetivos linguísticos, mas também deve ser entendido como um

instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, e também

proporcionar diferentes possibilidades de ver e perceber o mundo e de construir

significados. O conhecimento de uma LEM deverá colaborar para a formação de um

sujeito consciente da própria identidade, histórico e socialmente constituído,

tornando-o assim, um indivíduo crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo

à sua volta.

Segundo as DCE (2008), “ensinar e aprender línguas é também ensinar e

aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos”, aprendendo assim

em situações significativas; proporcionando uma consciência do potencial desse

conhecimento na interação humana expandindo suas capacidades interativas e

cognitivas; oportunizando a inserção dos alunos à sociedade como participantes

ativos, capacitados a interagir com outras comunidades.

Sendo assim, espera-se que os alunos usem a língua que estão aprendendo

em situações significativas de comunicação oral e escrita; vivenciem, na aula de

Língua Estrangeira, formas de participação que lhes possibilitem estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas; compreendam que os significados são

sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na

prática social; tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país, percebendo-se como integrantes

da sociedade e participantes ativos do mundo, tornando-se capazes de delinear um

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contorno para a própria identidade.

CONTEÚDOS

O ensino da Língua Estrangeira Moderna em sala de aula terá como conteúdo

estruturante o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros,

o que garantirá o trabalho significativo e simultâneo das práticas de leitura, escrita,

oralidade e compreensão, dará ao aluno condições de exercer uma atitude crítica,

transformadora enquanto sujeito pertencente a um ambiente sócio-histórico e

ideológico.

Para atender as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino

dos conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Cultura

dos Povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade),

as questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais

Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº9795/99, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e

Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA

Lei de nº11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o

PEP – Prontidão Escolar Preventiva, serão contemplados em todas as séries, na

medida em que serão trabalhados os gêneros discursivos. Propõe-se que esses

temas sejam abordados de forma contextualizada, articulados com os respectivos

objetos de estudo dessa disciplina e sob o rigor de seus referenciais teórico-

conceituais.

Ensino Fundamental e Ensino Médio

Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.

Gêneros textuais que serão trabalhados:

- Cotidiana: piadas, anedotas, cartão postal, convites, receitas, quadrinhas,

exposição oral (diálogo), diário, fotos, músicas, cartas, bilhetes, lista de

compras, avisos, provérbios, álbum de família, Curriculum Vitae, relatos de

experiências vividas.

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- Literária/artística: histórias em quadrinhos, letras de músicas, poemas,

narrativas, autobiografia, biografia, fábulas, contos, crônicas, lendas, letras de

músicas.

- Científica: relato histórico, pesquisas, palestra, verbetes.

- Escolar: cartazes, exposição oral, diálogos, relatos de experiências, resumo,

texto argumentativo, texto de opinião.

- Imprensa: fotos, charges, horóscopo, sinopses de filmes, tiras, entrevista

(oral e escrita), notícias, cartum, reportagens, artigos de opinião,

- Publicitária: comercial, propaganda, músicas, slogan, anúncio, e-mail, fotos,

folder, cartazes, reportagem (oral, escrita).

- Política: carta de emprego, debate, panfleto.

- Jurídica: requerimentos, regulamentos.

- Produção e consumo: bulas, manual técnico, texto argumentativo, texto de

opinião.

- Midiática: e-mail, filmes, blog, entrevistas.

Conteúdos básicos/específicos das temáticas, elementos composicionais e

análise linguística dentro das práticas de oralidade, leitura e escrita.

LEITURA

- Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

- Linguagem não verbal;

- Realização de leitura não linear dos diversos textos;

- As particularidades do texto em registro formal e informal;

- Finalidades do texto;

- Estética do texto literário.

ORALIDADE

- Variedades linguísticas;

- Intencionalidade do texto;

- Exemplos e particularidades de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada

em diferentes países;

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- Finalidade do texto oral;

- Elementos extralinguísticos, entonação, pausas e gestos.

ESCRITA

- Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas;

- Clareza de ideias.

- Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

- Paragrafação.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

- Coesão e coerência;

- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, advérbios,

locuções adverbiais, substantivos (contáveis e incontáveis), preposições, conjunções,

verbos, concordância verbal e nominal, discurso direto e indireto, vozes verbais,

verbos modais, orações condicionais, phrasal verbs, question tags, falsos cognatos e

outras categorias como elementos do texto.

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

- Vocabulário.

METODOLOGIA

A escola precisa ser um espaço que promova o interesse dos alunos pelo

idioma através da diversidade de textos (gêneros) para que o aluno se envolva nas

práticas de uso da língua (leitura, oralidade, escrita e compreensão), proporcionando

assim ao educando a prática, a discussão, a leitura (jornalística, literária,

publicitária,...) utilizando diferentes suportes disponíveis na escola (TV,internet,

cartazes, pen-drive, vídeos, livros didáticos, paradidáticos, dicionários).

Algumas atividades podem ser realizadas como: leitura, interpretação,

reflexão, análise, comparação, sendo que os encaminhamentos metodológicos

serão definidos conforme o conteúdo do planejamento (PTD) do professor. Através

do envolvimento dos alunos em situações reais ou o mais próximas do real possível,

deixando de lado estereótipos, levando à sala de aula os mais diversos gêneros

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textuais preferencialmente em seus suportes originais, na LEM em que se propõe a

estudar, explorando o máximo possível, motivando os alunos a criar a partir destes.

O texto, significativo e em diferentes níveis de complexidade linguística, que

pode tanto ser escrito, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua

estrangeira. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a

busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que

desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos

linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas

presentes num discurso, no qual se revele o respeito às diferentes culturas, crenças

e valores, sendo abordadas não só questões linguísticas, mas também as sócio-

pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua –

leitura, escrita e oralidade.

O trabalho com a leitura vai além daquela superficial, linear, possibilitará

construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor,

valorizando as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo. A não

linearidade permite o estabelecimento das relações do texto com o conhecimento já

adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a

reflexão.

Em relação aos textos literários, deve-se propor atividades que colaborem

para que o aluno analise os textos e os perceba como prática social de uma

sociedade em um determinado contexto sociocultural.

O papel do estudo gramatical nas aulas de LEM será importante na medida

em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. Deve-se estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as

reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos

alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois darão suporte para o

aluno interagir com os textos, que serão trabalhados de forma diferenciada,

dependendo do grau de conhecimento dos alunos.

A abordagem da cultura será de maneira não monolítica, possibilitando aos

alunos o conhecimento da diversidade de valores culturais existentes.

A proposta para o trabalho com a pratica da oralidade é mais do que o uso

funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo

que com limitações, adequando a variedade linguística às diferentes situações.

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Também é importante a familiarização com os sons específicos da língua que está

aprendendo.

O encaminhamento para a prática da escrita será de forma sociointeracional,

ou seja, significativa, um processo dialógico, ininterrupto, no qual se escreve sempre

para alguém de quem se constrói uma representação, em situações reais de uso.

Prevê-se também um trabalho interdisciplinar articulado com as demais

disciplinas do currículo de modo que o aluno perceba que alguns conteúdos de

disciplinas distintas podem estar relacionadas com a Língua Estrangeira.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém, em

diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. O

professor proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura, o contato

e a interação com outras línguas e culturas, desse encontro, espera-se que possa

surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio

linguístico.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve superar a

concepção de mero instrumento da apreensão de conteúdos. Precisa ser parte

integrante da aprendizagem e contribuir para a construção de saberes, deverá ser

contínua e cumulativa com os aspectos qualitativos prevalecendo sobre os

quantitativos.

A oralidade será avaliada considerando a utilização pelo aluno da linguagem

oral, com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e situações comunicativas

conforme as instâncias de uso da linguagem, ou seja, para defender pontos de vista,

narrar, relatar, expor, intervir, formular questões, etc., tendo em vista o atendimento

à natureza da informação ou do conteúdo veiculado e adequação ao nível de

linguagem.

A leitura será avaliada considerando os processos utilizados pelos alunos

para a construção do sentido do texto de forma colaborativa. Esses processos são:

produção de inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio,

leitura de mundo, intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo

e da interação.

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A escrita será avaliada considerando o entendimento, a natureza da

informação ou do conteúdo veiculado, a adequação ao nível da linguagem, a

coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa, observando a relação

entre os participantes.

A análise linguística será realizada e avaliada de acordo com a série. A

unidade privilegiada será o texto e a concepção de língua entendida como ação

interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes, optando-se por questões

abertas e atividades de pesquisas, que exigem comparação e reflexão sobre

adequação e efeitos de sentido.

É importante que o professor considere todo o processo avaliativo, desde o

desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua efetivação, observando os

critérios pré-estabelecidos em seu PTD e baseadas nesta Proposta Pedagógica

Curricular. Poderão ser utilizados instrumentos de avaliação como: testes, exercícios

individuais e em grupos, pesquisas, leitura, produção de textos curtos entre outros.

O processo de avaliação de uma Língua Estrangeira Moderna será útil para a

verificação da aprendizagem dos alunos. Também deverá levar o professor a

repensar a sua metodologia e a planejar as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos, percebendo assim quais são os conhecimentos -

lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura,

escrita ou oralidade - que ainda não foram suficientemente assimilados e que

precisam ser abordados novamente. Essa abordagem será realizada através da

recuperação permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem,

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados como prevê o Regimento Escolar e, dessa maneira,

garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em Língua Estrangeira

Moderna.

REFERÊNCIAS

Colégio Estadual Duque de Caxias. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.

Colégio Estadual Duque de Caxias. Regimento Escolar. Antonio Olinto, 2009.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

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11 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Língua Portuguesa / Literatura deverá ser orientada por

conteúdos estruturantes: oralidade, leitura e escrita, vivenciando experiências com a

Língua em uso, concretizados em atividades de leitura, produção de textos e

reflexões com e sobre a Língua, norteada por uma concepção teórica que vê a

Língua em permanente constituição na interação entre sujeitos históricos e

socialmente situados.

O objeto de estudo da disciplina é a língua viva, dialógica, em constante

movimentação, permanente, reflexiva e produtiva. Dá ênfase e viabiliza a construção

e reconstrução verbal e a socialização dos conhecimentos, considerando a relação

dialógica e o contexto da produção. Na linguagem, o homem interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe seu papel

como participante da sociedade, cujos conhecimentos suscitarão novos caminhos

para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova

abordagem para o ensino da Língua.

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, com a

chegada dos conquistadores europeus.

Nos primeiros tempos da colônia, não havia uma educação em moldes

institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização. Depois de

institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao

ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais

prolongada.

Em meados do século XVIII, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no

currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, tornando-se

obrigatório o uso da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Somente no século

XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, mantendo a sua

característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou um processo de

“democratização” do ensino com o fim dos testes de admissão, havendo ampliação

de vagas e surgindo, com isso, a necessidade de novas propostas pedagógicas.

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Nesse contexto, se intensificou o processo de desvalorização do profissional

docente, houve a necessidade de recrutamento mais amplo e menos seletivos de

professores, conduzindo ao rebaixamento salarial, a precárias condições de

trabalho, surgindo o livro didático, um facilitador da atividade docente.

Com o processo de industrialização, surge uma educação voltada para o

trabalho sob uma concepção tecnicista. A partir da década de 70, com a lei 5692/71,

a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e

Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas

quatro últimas séries) do 1° grau.

O ensino da Literatura tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua,

constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores

religiosos, morais e cívicos. A partir dos anos 70, o ensino da mesma restringiu-se

ao então 2°grau com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário,

sem nenhum estímulo à reflexão crítica. Atualmente, há a busca da superação do

ensino normativo e historiográfico que só recentemente tem alcançado os estudos

curriculares.

A partir dos anos 80, no Brasil, com o início dos estudos sociológicos da

linguagem sócio-interacionista de Bakhtin, a língua configura um espaço de

interação entre sujeitos que se constituem pelo seu uso.

Os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o

repensar sobre o ensino da Língua Materna e para a reflexão sobre os trabalhos

realizados nas salas de aula. No Paraná, essas reflexões fizeram-se presentes nos

programas de reestruturação do ensino do 2°grau.

Na década de 90, com a proposta do Currículo Básico do Paraná,

fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da

linguagem, para fazer frente ao ensino tradicional. Pretendia-se uma prática

pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma

perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de

textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.

Com o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, no final da década

de 90, fundamentou-se a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas

concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos

da linguagem oral e escrita, e apresentando assim, a leitura de forma utilitarista.

Os fundamentos teóricos que embasam a discussão e a reflexão sobre o

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ensino de Língua e Literatura, de acordo com as DCE, requerem novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica

dessas práticas ou pelo envolvimento direto dos professores na construção de

alternativas.

Sendo assim, a escola tem como tarefa possibilitar que seus alunos

participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a

oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação,

possibilitando a sua inserção em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais,

religiosos e políticos de forma ativa.

OBJETIVO GERAL

O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura tem por objetivo a

difusão do pensamento, o aprimoramento da expressão oral e escrita, da leitura

crítica, bem como da compreensão do fenômeno estético no âmbito da literatura, de

maneira a contribuir tanto na constituição da identidade dos sujeitos, quanto com a

sua formação para o efetivo exercício da cidadania.

CONTEÚDOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas

da Educação Básica.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística

serão adotados os conteúdos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá

ao professor ampliar e selecionar os gêneros e conteúdos a serem trabalhados de

acordo com a organização curricular de cada estabelecimento de ensino, não se

prendendo à quantidade, mas sim, preocupando-se com a qualidade do

encaminhamento, com a compreensão do uso do gênero e de sua esfera de

circulação.

6º ano (5ª série)

Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.

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Gêneros textuais que serão trabalhados:

Literários/artísticos: contos de fadas, lendas, causos e fábulas, história

em quadrinhos, poema, cantigas, parlendas, trovas e trava-línguas;

Argumentativos: comentários, carta do leitor, propaganda;

Prescritivos: regras de jogos, verbetes de dicionário, receita culinária;

Correspondência: carta pessoal, e-mail, cartão postal, aviso, bilhete.

Imprensa/midiática: notícia, classificados.

7º ano (6ª série)

Literários/artísticos: contos fantásticos, provérbios, poema, contra-

fábulas, não verbais, memórias;

Argumentativos: resenha de filme, enquete, assembleia;

Prescritivos: bula de remédio, manual de inscrição, mapas.

Correspondência: carta comercial, panfletos, folder;

Imprensa/midiática: reportagem, manchete, notícia.

8º ano (7ª série)

Narrativos/literários: crônica, dramáticos, contos de aventuras, fábula

moderna, música;

Argumentativos: depoimento, carta ao leitor, carta de reclamação:

Prescritivos: estatutos, regulamentos;

Publicitários: comercial televisivo, propaganda, slogan;

Imprensa/midiática: reportagem televisiva, entrevista, vídeo clip,

infográfico;

Outros: resumo.

9º ano (8ª série)

Narrativos/literários: romance, fábulas contemporâneas, cordel,

pinturas, crônica;

Argumentativos: editorial, debate regrado, júri simulado, resenha de

artigo de opinião;

Prescritivos/jurídicos: leis, regimentos;

Científicos: relato histórico, artigos científicos, verbetes de enciclopédias,

pesquisa;

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Imprensa/midiática: sinopse de filmes e livros, Cartum, entrevista;

Outros: resumo, seminário, ata.

ENSINO MÉDIO

Primeira série:

Literários: crônica, fábulas contemporâneas, biografia, letras de músicas,

contos;

Argumentativos: resenha crítica de filmes e documentários;

Científicos: relatório, relato de experiências, seminário, pesquisa;

Jurídicos: ofício, requerimentos, procuração;

Midiáticos: reportagem televisiva, blog, fotoblog.

Segunda série:

Literários: contos contemporâneos, romance, música, pintura, poema;

Argumentativos: artigo de opinião, debate regrado, júri simulado;

Científicos: resenha de textos, filmes e livros, seminário, palestra,

pesquisa;

Jurídicos: contrato, petição, procuração, leis;

Midiáticos: filmes, telenovelas, vídeo clip, documentários.

Terceira série:

Literários: romance, dramáticos, música, poemas, crônica;

Argumentativos: artigo de opinião, editorial, carta ao leitor;

Científicos: resenha, seminário, pesquisa;

Jurídicos: leis, decretos, edital, artigos, emenda;

Midiáticos/imprensa: caricatura, charge, mesa redonda, infográficos.

Conteúdos básicos/específicos dentro das práticas de oralidade, leitura,

escrita, análise linguística e literatura:

Tema do texto;

Finalidade;

Intencionalidade;

Interlocutor;

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Intertextualidade;

Situacionalidade;

Aceitabilidade;

Condições de produção;

Vozes sociais presentes nos textos;

Informatividade;

Elementos semânticos, linguísticos e extralinguísticos;

Variedade linguística;

Léxico, ortografia, acentuação e pontuação;

Coesão e coerência;

Processo de formação das palavras;

Turnos de fala;

Concordância verbal e nominal;

Tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;

Polissemia;

Relação entre as partes do texto;

Aspectos estéticos nos textos literários;

Inferências.

METODOLOGIA

O conteúdo estruturante que é o conjunto de saberes e conhecimentos de

grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar, da

disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental e Médio abordará o

discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

O ensino de Língua Portuguesa estará pautado nas orientações das Diretrizes

Curriculares, as quais definem o processo para o desenvolvimento das atividades. O

ensino de Língua Portuguesa, em uma visão contemporânea, precisa ser realizado

de forma que proporcione aos alunos e alunas a maior compreensão sobre as

práticas de leitura, oralidade, escrita, análise linguística e literatura. A sala de aula,

então, será um espaço de exercer a leitura e reflexão dos gêneros trabalhados, bem

como de produção oral e escrita.

A escola precisa ser um espaço que promova, por meio de uma gama de

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textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se

envolva nas práticas de uso da língua - sejam de leitura, oralidade e escrita. O

professor deverá propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos

das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital,etc.). Defende-

se que as práticas discursivas contemplem, além dos textos escritos e falados, a

integração da linguagem verbal com outras linguagens utilizando diferentes suportes

tecnológicos.

Leitura: as atividades devem considerar a formação do leitor e isso implica

não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,

consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com

o texto.

Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a

incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam - implícitos, pressupostos,

subentendidos - que devem ser preenchidos pelo leitor.

Oralidade: as possibilidades de trabalho são muito ricas e nos apontam

diferentes caminhos. Além disso, é preciso analisar a linguagem em uso e no que

concerne à literatura oral cabe considerar a potencialidade dos textos literários

como arte, produzindo a necessidade de observar seus estatutos, sua dimensão

estética e suas forças políticas particulares.

Escrita: produzir textos, quaisquer que possam ser os gêneros, que voltados

a uma intenção e a uma situação, possibilite o estudante posicionar- se como sujeito

daquele texto, daquele discurso, naquela esfera de atuação, e para que ele perceba

seu texto como elo de interação, também pleno de expectativa, de atitudes

responsivas, ativas por parte de seus possíveis leitores.

Análise Linguística: é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita a

reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que

perpassam os usos linguísticos.

Literatura: o leitor nem sempre teve seu papel respeitado na leitura, pois o

texto e o autor eram considerados apenas numa perspectiva formalista e

estruturalista. Com o surgimento do método recepcional, sugerido pela DCE para se

trabalhar com a literatura, o sujeito é visto como ativo, tendo voz em seu contexto,

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proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao

aluno a ampliação dos seus horizontes e expectativas.

Para atender as leis nº10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino

dos conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Cultura

dos Povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade),

as questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais

Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº9795/99, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e

Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA

Lei de nº11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o

PEP – Prontidão Escolar Preventiva, serão contemplados em todas as séries, na

medida em que serão trabalhados os gêneros textuais como: contos africanos,

lendas indígenas, escritores (as) negros (as); reportagens sobre o português falado

em alguns países do continente africano; artigo de opinião sobre preconceito e

discriminação, autores como Castro Alves, Machado de Assis, Dalton Trevisan

(questões de gênero), gráficos estatísticos, leis, mapas (educação ambiental),

notícias, filmes, músicas e poemas dentre outros gêneros que abordem estas

questões.

O trabalho pedagógico com a história da Cultura Afro-brasileira e Africana,

dos Povos Indígenas e da Política Nacional de Educação Ambiental tem sido

incorporados ao currículo escolar como Desafios Contemporâneos à disciplina.

Propõe-se que esses temas sejam abordados de forma contextualizada, articulados

com os respectivos objetos de estudo dessa disciplina e sob o rigor de seus

referenciais teórico-conceituais.

Embora tenha um curso planejado pelo professor, estará aberta a mudanças

súbitas do seu rumo, atendendo às reações do alunado, incorporando suas idéias e

as relações textuais por eles estabelecidas. Assim ela partirá do(s) texto(s)

selecionados pelo professor que colocará o aluno em face de textos literários

integrais ao invés de resumos ou sinopses, aceitará no seu desenvolvimento os

textos sugeridos pelos alunos como ponto de lançamento para a leitura de outros

textos num contínuo texto-puxa-texto que leve o aluno à reflexão, ao aprimoramento

do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo que ele terá de suas habilidades de

falante, leitor e escritor.

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AVALIAÇÃO

A avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens

diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as

dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando

os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem

decisões.

A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,

numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa contação de histórias, as

exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa

análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário também que o aluno se

posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos

políticos, programas televisivos, etc.) e de sua própria fala, mais ou menos formais,

tendo em vista o resultado esperado.

A leitura será avaliada considerando as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto, sua reflexão e sua

resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as

diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

A escrita será avaliada nos seus aspectos textuais e gramaticais de acordo

com o que determina a adequação do texto escrito, ou seja, as circunstâncias de

sua produção e o resultado dessa ação. Tal como na oralidade, o aluno precisa,

posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeia quanto do seu próprio

texto.

A análise linguística será avaliada como uma prática reflexiva e

contextualizada que lhes possibilitem compreender os elementos linguísticos no

interior do texto.

Na literatura será avaliado o leitor como um sujeito ativo no processo de

leitura, tendo voz em seu contexto, e sua participação em momentos de debates,

reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes

de expectativas.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é

essencial para que ele adquira autonomia. O professor, em lugar de apenas avaliar

por meio de provas, deverá usar a observação diária e instrumentos variados,

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selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo, respeitará as diferenças e

promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos.

REFERÊNCIAS

COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.

COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS. Regimento Escolar . Antonio Olinto, 2009.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, Ensino Médio; 1ª, 2ª e 3ª série.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

SARMENTO, Leila Lauar. Português: leitura, produção, gramática, 5ª a 8ª séries.

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12 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História

da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros

que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras

considerações que a humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de

simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer

configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.

Esse período demarca o nascimento da Matemática. Contudo, como ciência, a

Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.c. É

com a civilização grega que regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram

registrados. É também na Grécia, através dos pitagóricos, que ocorrem as

preocupações iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na

formação das pessoas. Com os platônicos, se buscava, pela Matemática,

principalmente a aritmética, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento

do homem. Esta concepção arquitetou as interpretações, o pensamento matemático

e o ensino de Matemática que, até hoje, exercem influências na prática docente.

Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais

industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática..

As produções matemáticas do século XVI, a geometria analítica e geometria

projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria ds equações

diferenciais, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um novo

período de sistematização. As descobertas matemáticas desse período contribuíram

para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na

construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos.

No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa

que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Estes elementos

caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.

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O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este

momento marcou o início da intervenção estatal na educação. Com estes novos

moldes da economia e da política capitalista, a pesquisa Matemática se direcionou a

atender aos processos da industrialização. Assim, cresce a importância de colocar à

prova as teorias matemáticas criadas, ou seja, havia a necessidade do rigor dos

métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos diferentes ramos da

atividade humana

No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico com o

objetivo de preparar os estudantes para as academias militares, influenciado pelos

acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do

século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra

e trigonometria, destinava-se ao domínio de técnicas com objetivo de formar

engenheiros, geógrafos e topógrafos para trabalhar em minas, abertura de estradas,

construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a

prática da guerra.

O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num

contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, do

desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos e

das idéias que agitavam o cenário político internacional após a primeira guerra

mundial.

Até o final dos anos 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da

Matemática no Brasil foi a Formalista Clássica. Esta tendência baseava-se no

"modelo euclidiano e na concepção platónica de Matemática", as quais se

caracterizam pela sistematização lógica e pela visão estática histórica e dogmática

do conhecimento matemático.

Após a década de 1950, observou-se a tendência Formalista Moderna, que

valorizava os desenvolvimentos lógico estruturais das idéias matemáticas com a

reformulação e modernização do currículo escolar através do Movimento da

Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma abordagem internalista da

Matemática.

O regime militar brasileiro, instaurado em 1964, oficializou a tendência

pedagógica Tecnicista. Fiorentini (1995) afirmou que a escola, na concepção

tecnicista, tinha a função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista,

cujo objetivo era a preparação do indivíduo para ser útil e servir ao sistema. O

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desenvolvimento do caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi

marcante no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado

era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de

manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A

pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante mas, sim, nos

objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram

organizados por especialistas, muitas vezes em kits de ensino, e ficavam disponíveis

em livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos, recursos audiovisuais e

computacionais.

A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e

1970, e se estabeleceu como objeto da discussão na Educação Matemática na

década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações

interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.

Outra tendência pedagógica que surgiu a partir da discussão sobre a

ineficiência do Movimento Modernista foi a Sócio-etno-cultural. Essa tendência

valorizou aspectos sócio-culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica

e prática na Etnomatemática. O conhecimento matemático passou a ser visto como

um saber prático, relativo, não-universal e dinâmico, produzido histórico-

culturalmente nas diferentes práticas sociais, podendo aparecer sistematizado ou

não.

O auge das discussões da tendência histórico-crítica aconteceu num

momento de abertura política no país. É nesse cenário político que o Estado do

Paraná, através da Secretaria Estadual de Educação - SEED, iniciou, em 1987,

discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaboração de

propostas para seu sistema de ensino. A reestruturação do ensino de Segundo Grau

é concluída em 1988. Em tal proposta, “a questão central reside em repensar o

ensino de Segundo Grau como condição para ampliar as oportunidades de acesso

ao conhecimento e, portanto, de participação social mais ampla do cidadão”.

Também no final da década de 1980 e início da década de 1990, o Estado do

Paraná fez um movimento no sentido de produzir um documento de referência

curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática teve

como fundamentação teórica uma forte influência da tendência histórico-crítica. Na

leitura do texto são evidentes as idéias da Educação Matemática que começavam a

se firmar no Brasil. Este documento foi distribuído para os professores da rede em

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1991, quando iniciou-se um processo de formação continuada, baseada no texto do

currículo.

A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394 de

20/12/96 - LDBEN, insere novas interpretações sobre ensino, entre os quais, o

ensino da Matemática. Nesse contexto e a partir da interpretação desta LDBEN, as

escolas passaram a trabalhar com certa autonomia em relação ao Projeto Político

Pedagógico e, por conseqüência, autonomia na definição curricular tanto na oferta

de disciplinas na parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas

da Base Nacional Comum. As conseqüências dessa postura para a Educação

Matemática foram de diversas ordens. No que diz respeito a oferta de disciplinas,

foram criadas nas escolas, disciplinas que são, na verdade, campos do

conhecimento da Matemática como, por exemplo, geometria, desenho geométrico,

álgebra etc.

Na concepção de Ribnikov (1987), o objeto matemático é composto pelas

formas espaciais e as quantidades.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica

da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das

tecnologias.

Nesta perspectiva, a Educação Matemática dá condições ao professor de

Matemática para desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre sua

prática, além de tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencia sua

própria formação continuada.

Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de

suas teorias, mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Dessa forma, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante

criticar questões sociais, políticas e históricas.

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Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudo

de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreensão de seu

objeto de ensino.

Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual os conteúdos

estruturantes são: Números, Operações, Álgebra, Medidas, Geometria e Tratamento

da Informação.

Para o Ensino Médio os conteúdos estruturantes são: Números, Álgebra,

Geometria, Funções e Tratamento da Informação.

OBJETIVO GERAL

Dominar a própria matemática, aceita com um conjunto de resultados e

procedimentos, construindo através do conhecimento matemático, valores e atitudes

de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, principalmente

do cidadão, levando-o a ter consciência de que o conhecimento adquirido deverá

partir do cotidiano, não perdendo seu caráter científico.

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CONTEÚDOS

PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA: Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental poderão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes a disciplina de Matemática.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os contéudos propostos neste nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivencias dos alunos, poderão ser aproveitados, aprofundados e sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e generalizando-os. No contexto; a abordagem fará articulação a mediação junto a legislação: história e cultura afro-brasileira e africana; história e cultura dos povos indígenas; política nacional de educação ambiental a os desafios educacionais contemporâneos serão contempladas; pontuando: cidadania, educação fiscal, educação em/para os direitos humanos,educação ambiental, volência na escola e prevenção ao uso de drogas.

SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos Básicos

AvaliaçãoNa 5ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

5ª NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Sistemas de Numeração;- Números Naturais;- Múltiplos e divisores;- Potenciação e radiciação;- Números Fracionários;- Números decimais.

- Conheça os diferentes sistemas de numeração; - Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; - Realize as operações fundamentais com números naturais; - Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam as operações; - Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto;- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; - Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;- Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e geométricos.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento;- Medidas de massa;- Medidas de área;- Medidas de volume; - Medidas de tempo;- Medidas de ângulos;- Sistema Monetário.

- Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; - Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;- Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;- Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida padronizadas; - Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;- Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida de tempo;- Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);- Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais.- Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada

GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial.

- Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;- Determine perímetro de figuras planas;- Calcule área de figuras planas;- Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;- Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando seus elementos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.

- Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; - Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.

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SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos Básicos

Metodologia da DisciplinaQuanto aos Conteúdos /Legislação e

Desafios Contemporâneos

AvaliaçãoNa 6ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Inteiros- Números Racionais- Equações do 1º grau- Razão e proporção

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Sistema Monetário- Medidas área e volume- Medidas de ângulos- Medidas de Temperatura

GEOMETRIAS- Geometria Plana- Geometria Espacial

- Incentivar a prática de trabalho em grupo (estudo);- Desenvolver atividades nas quais o discente tenha a oportunidade de levantar e analisar dados coletados;- Refletir sobre as informações que já receberam e utilizá-las para tomar decisões seguras para suas vidas;- Identificar conceitos pertinentes à sexualidade ao uso Indevido de Drogas, repensarem valores, atitudes internalizadas e ações que se exteriorizam no contexto sociocultural (Cultura afro-brasileira e africana, povos indígenas, educação ambiental, direitos das crianças e dos

- Interprete os conteúdos a partir de seu conhecimento e procure explicá-lo, por meio de suas experiências;- Envolva-se com o fazer matemático, com o criar hipótese, com o conjecturar e o investigar, formalizando, assim, a necessidade de uma nova forma de comunicar-se;- Compreenda possível modificação da realidade e, sobretudo, que estruture a maneira de pensar e de agir no interior de contextos sociais específicos;- Construa conceitos matemáticos por meio de situações problema que estimulem a curiosidade matemática, a investigação e a exploração de novos conceitos;

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TRATAMENTODE

INFORMAÇÕES

- Pesquisa Estatística- Média Aritmética- Tabelas e Gráficos

adolescentes); - Reconhecer valores em si e nos outros (educação em/para os Direitos humanos);- Aprofundar a percepção de si mesmo; perceber as motivações que interferem nos pensamentos, sentimentos e ações;- Visualizar vídeos contendo informações sobre conteúdos, legislação e desafios educacionais;- Utilizar dinâmicas de grupo na interação de conteúdos e aprendizagens a serem discutidos pelos alunos;- Realizar debates; estimular os alunos a uma reflexão sobre os conteúdos propostos;- Propor uma seqüência de exercícios, ordenados dos mais simples para os mais complexos, principalmente no que diz respeito às novas habilidades de cálculo adquiridas;- Orientar os alunos a complementarem a aprendizagem com o estudo a domicílio; e indicar ao aluno outras fontes bibliográficas, pertinentes ao assunto estudado; - Mediar à utilização das experiências de vida dos alunos;- Desenvolver atitudes responsáveis e o cuidado pela sua Cidadania; Meio Ambiente, Saúde, Educação Fiscal e outros...- Identificar no adolescente os fatores internos favoráveis e os desfavoráveis ao uso de drogas.

- Valorize e identifique a matemática, informalmente, por meio de suas experiências, fora do contexto escolar e que seja utilizada em contextos formais de ensino;- Faça a relação entre Etnomatemática e a História da Matemática entendendo a matemática como bem cultural, utilizada como resposta a situações problemas impostas pela realidade;- Adquira nas atividades o desenvolvimento de habilidades tais como: raciocínio, observação, concentração e generalização, necessárias ao pensamento científico;- Aproveite os recursos tecnológicos, como fonte de investigação e de exploração matemática; - Reconheça o caráter formativo, instrumental, científico, ético e tecnológico da matemática.

SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos Básicos

AvaliaçãoNa 7ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

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NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis.

- Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números inteiros, dos números racionais e irracionais;- Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;- Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;- Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial;- Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;- Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medida de comprimento;- Medida de área;- Medidas de ângulos.

Calcule o comprimento da circunferência; Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo. Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal;

GEOMETRIAS

- Geometria Plana- Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-Euclidiana.

- Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos, bem dos polígonos regulares; - Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de paralelismo;- Realize cálculo de superfície e volume de poliedros; - Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e ordenada);- Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Gráfico e Informação;- População e amostra.

- Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;- Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

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SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos Básicos

AvaliaçãoNa 8ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Reais; - Propriedades dos radicais;- Equação do 2º grau;- Teorema de Pitágoras;- Equações Irracionais;- Equações Biquadradas;- Regra de Três Composta.

- Opere com expoentes fracionários;- Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;- Extraia uma raiz usando fatoração;- Identifique uma equações do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;- Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; - Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;- Identifique equações Irracionais; - Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;- Utilize a regra de três composta em situações-problema.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;- Trigonometria no Triângulo Retângulo;

- Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;- Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo.

FUNÇÕES

- Noção intuitiva de Função Afim .- Noção intuitiva de Função Quadrática.

- Expresse a dependência de uma variável em relação a outra;- Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;- Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;- Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;- Analise graficamente as funções afins;- Analise graficamente as funções quadráticas.

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GEOMETRIAS

- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometria Analítica;- Geometria Não-Euclidiana.

- Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;- Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situação-problemas;- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; - Aplique o Teorema de Tales em situação-problemas;- Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;- Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade;- Estatística;- Juros Composto.

- Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo.- Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório; - Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento;- Resolva situação-problemas na qual envolvam cálculos de juros compostos.

PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICAENSINO MÉDIO

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA: Os conteúdos de Matemática no Ensino Médio, poderão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os contéudos propostos neste nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas.

Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor poderá garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.

Em relação as abordagens, destaca-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas não somente pertinentes a ciência matemática mas como nas demais ciências que em determinados momentos fazem uso da matemática. O contexto histórico e socio-cultural desde a antiguidade até a atualidade.

Destaca-se também os conteúdos Básicos: Medidas e grandezas vetoriais; de Energia e de Informática, tendo como objetivo a

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complementação e o entendimento dos demais conteúdos.Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Avaliação

No Ensino Médio é importante que o aluno:

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

- Amplie a idéia de conjuntos numéricos e o transponha em diferentes contextos;- Compreenda os números complexos e suas operações; - Conceitue e interprete Matrizes e suas operações; - Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; - Identifique e realize operações com polinômios; - Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas; - Compreenda a relações matemáticas existentes nas unidades de medida de diversas grandezas; - Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo qualquer para determinar elementos desconhecidos.

FUNÇÕES

- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

- Identifique diferentes funções;- Realize cálculos envolvendo diferentes funções;- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; - Realize análise gráfica de diferentes funções;- Reconheça nas seqüências numéricas, particularidades que remetem ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; - Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.

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GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias Não- Euclidianas.

- Amplie aprofunde nos conceitos geométricos em um nível abstrato mais complexo;- Realize análise dos elementos que estruturam as geometrias;- Perceba a necessidade das geometrias não-Euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;- Compreenda a necessidade das geometrias não-Euclidianas para o avanço das teorias científicas;- Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;- Conheça os conceitos básicos da Geometria Eliptica, da Geometria Hiperbólica e da Geometria Fractal.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Analise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades; - Estatística;- Matemática Financeira.

- Manuseie dados desde sua coleta até os cálculos que permitirão tirar conclusões e a formulação de opiniões;- Domine os conceitos do conteúdo Binômio de Newton;- Saiba tratar a informações e compreenda a idéia de probabilidade;- Realize estimativas, conjecturas à respeito de dados e informações estatísiticas;- Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;- Perceba, através da leitura, construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

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METODOLOGIA

As discussões entre educadores matemáticos do início do século XX já

apontam para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da

Matemática, de forma que se demonstrasse, nos currículos escolares, uma postura

que possibilitasse aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas,

apropriação de conceitos e formulação de idéias.

Os procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de

conteúdos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos específicos

de um conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de outros conteúdos

estruturantes, de forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e

intercomunicadas. Essas articulações podem ocorrer em diferentes momentos,

sempre que novas situações de aprendizagem possibilitem, pode ser retomada e

aprofundada.

As tendências metodológicas que compõem o campo de estudo da Educação

Matemática têm grande importância similar entre si e complementam umas às

outras. Tais tendências devem ser entendidas como meio que fundamentará

metodologia para as práticas docentes.

O professor deve fazer uso das práticas metodológicas para resolução de

problemas, os quais tornam as aulas mais dinâmicas, e não restringem o ensino de

Matemática a modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A

resolução de problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e

ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser aprendido pelos sujeitos do

processo de ensino-aprendizagem.

A Etnomatemática busca uma organização da soci edade que permite o

exercício da crítica e análise da realidade. É uma importante fonte de investigação

da Educação Matemática, que prioriza um ensino que valoriza a história dos

estudantes pelo reconhecimento e respeito às suas raízes culturais.

A modelagem matemática consiste na arte de transformar problemas reais

com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na

linguagem do mundo real.

Os recursos tecnológicos, sejam eles software, a televisão, as calculadoras,

os aplicativos da internet, entre outros têm favorecido as experimentações

matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.

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A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e

discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

O ensino de Matemática será realizado com práticas contextualizadas, ou

seja, partindo-se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações apontem

para o conhecimento elaborado cientificamente. Bem como será estudada a

educação fiscal, educação do campo e cultura afro. Serão trabalhados os temas

escolhidos através de diversas maneiras, com aulas expositivas, confecção de

cartazes, pesquisas em jornais, revistas, internet, livros didáticos, coleta de dados,

construção de gráficos, cálculos envolvendo porcentagem, elaboração e resolução

de problemas, visitas à instituições.

AVALIAÇÃO

Na disciplina de Matemática cabe ao professor conceituar que o

conhecimento matemático seja uma construção humana, social, cultural e histórica.

Que ele não é estático, mas criado e recriado de acordo com nossos anseios,

necessidades, questionamentos e inquietações. E, quanto mais crescemos e

avançamos no pensamento matemático, mais fundamentação e sustentação teórica

adquirimos para embasar novas formulações.

Apontar que o aprendizado humano pressupõe natureza individual e social,

uma indissociável da outra. Admitir que social e natural interajam desde o início da

ontogênese, pois o homem não pode ser entendido isolado de um contexto social.

Promover análise da finalidade, do “para quê” da avaliação na ação educativa e a

distinção entre as várias funções, do “por que” se avalia; acreditar, capturar ou pelo

menos nos aproximar, através dela, das concepções dos sujeitos no exercício

docente.

O professor deve perceber a finalidade que diz respeito a ações de médio e

longo prazo e enuncia intenções, em termos de resultados esperados em relação a

todo o processo em andamento, no projeto educativo. É imprescindível avaliar

nesse novo paradigma; é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, sob

acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao seu aluno em

seu processo de aprendizado reflexões acerca do mundo, formando seres críticos,

participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas (HOFMANN,

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1998). A avaliação do desempenho dos alunos em Matemática, portanto, deve ir

muito além da apreciação de sua capacidade de memorização de símbolos e da

reprodução de técnicas. Deve aferir sua capacidade de encontrar padrões, buscar

regularidades, ler tabelas e gráficos, relacionar dados, montar esquemas, elaborar

procedimentos (Valente 2010). Embora a predominância dos aspectos quantitativos

na avaliação escolar seja uma realidade, de acordo com a Lei de Diretrizes e Base

da Educação Nacional, a Lei 9.394/96, a verificação do rendimento escolar observa

a avaliação cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre

eventuais provas finais. Assim, a avaliação em Matemática abrange aspectos

abrangentes como o direcionamento dos conteúdos e as práticas pedagógicas;

devendo o professor:

- Avaliar se o aluno compreendeu os conceitos, os procedimentos e se

desenvolveu atitudes positivas em relação à Matemática.

- Avaliar o processo e o grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno.

- Encarar a avaliação como parte integrante do processo de ensino.

- Focalizar uma grande variedade de tarefas matemáticas e adotar uma visão

global da Matemática.

- Propor situações-problema que envolva aplicações de conjunto de ideias

matemáticas.

- Propor situações abertas que tenham mais que uma solução.

- Propor que o aluno invente, formule problemas e resolva-os.

- Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes,

trabalhos, auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais) e

as de demonstração de materiais pedagógicos.

Sendo assim, os aspectos de maior ênfase irão oportunizar uma avaliação

voltada para aprendizagem no sentido de gerar a problematização, o debate, a

exposição interativa dialogada e tornar o ambiente escolar mais democrático. Uma

escola em que o aluno tenha direito e acesso aos bens culturais, ao conhecimento

produzido historicamente e possa transformar esses conteúdos no contexto social.

Na perspectiva atual encontra respaldo onde o conhecimento é construído e se

estrutura através do pensamento, da ação e da linguagem do sujeito em sua

interação com o real e a aprendizagem resulta da interação entre as estruturas do

pensamento e o meio. Repousa em um tripé: o sujeito (quem aprende), o objeto (o

que se aprende) e o social (o outro e o meio). A avaliação nesta concepção

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considera o professor como co-responsável pelos resultados obtidos pelo aluno,

fornecendo-lhe várias informações sobre o processo educativo, permitindo-lhe emitir

análise sobre o desenrolar da seqüência e de acordo com essa análise, imprimir as

modificações pertinentes para ajustá-las às características, capacidades e

necessidades dos alunos, possibilitando fazer e refazer novos caminhos em sua

trajetória cognitiva para uma aprendizagem mais significativa. Passando o

conhecimento matemático pelo respeito aos processos de pensamento do aluno,

pela adequação do conteúdo à vivência do educando, pela possibilidade de o aluno

errar e poder encontrar a resposta correta pela sua própria ação, pelo

encorajamento a decisões que o aluno tenha que tomar em face de um problema e

pela explicitação de suas próprias ideias. Nossa base teórica revela a posição por

uma concepção de Avaliação, pautada na concepção construtivista de educação,

concebida de forma mais dinâmica e significativa, sendo que a formação de

professores deve suscitar a estes, a necessidade de rever as próprias concepções e

adotar novas posturas nas formas de avaliar, com a finalidade de se integrar ao

trabalho pedagógico que assegure a aprendizagem os alunos, em busca da

superação das práticas tradicionais de ensino; enumerando para a diversificação de

técnicas e instrumentos na avaliação do poder matemático dos alunos, sugerindo a

utilização da observação, entrevistas, tarefas abertas, problemas, investigações,

portfólios e testes com diferentes características. O uso variado de instrumentos de

forma integrada no ensino permite, por um lado, a existência de uma avaliação

consistente com o ensino e aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento de

sua função reguladora; e, por outro lado, permite reunir um conjunto significativo de

evidências daquilo que o aluno melhor consegue fazer em diferentes tarefas e em

diferentes contextos de trabalho. Esta diversidade permite ao professor conhecer

melhor o aluno, uma vez que um conjunto de informação consistente assume maior

confiabilidade. O professor também assegurará ao aluno de forma imediata, como

recuperação contínua ou paralela, tão logo diagnosticadas as dificuldades de

aprendizagem, como um mecanismo que busca desenvolver e/ou resgatar as

competências e as habilidades necessárias à interação do aluno com os conteúdos

do currículo para aqueles alunos que necessitam, temporariamente, de um trabalho

de recuperação. A Recuperação Paralela é um dos mecanismos que a escola

possui para atender à diversidade de características e ritmos de aprendizagem dos

alunos com o atendimento de recuperação contínua e registrada.

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REFERÊNCIAS

DANTE, Luis Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ed. Ática, 2008.

DANTE, Matemática, Contexto e Aplicações. Volume Único. Ensino médio. 2ª Ed. Ática, 2007

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2008.

GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANNI Jr.; A Conquista da Matemática – 9º Ano: Ensino Fundamental – Edição Renovada. São Paulo: FTD, 2007.

GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; GIOVANNI JR, José Ruy. A Conquista da Matemática. São Paulo: 1998.

IEZZI, Gelson e outros. Fundamentos da matemática elementar. Atual.

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo. Matemática. Volume Único. Ensino médio. 4ª Ed. Atual, 2007.

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e Realidade –5ª Edição. 9º Ano: Ensino Fundamental – São Paulo: Atual Editora, 2005.

MELLO, José Luiz Pastore. Matemática construção e significado. Volume Único. Ensino médio. Moderna, 2005.

MIANI, Marcos; Matemática no Plural – 8ª Série (9º ano): Ensino Fundamental – 1ª Edição. São Paulo: Editora IBEP, 2006.

PAIVA, Manoel. Matemática. Vol. 2. Moderna.

RIBEIRO, Jackson. Matemática Ciência e Linguagem. Volume Único. Ensino médio. Scipione, 2007

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13 QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química é uma ciência vinculada às investigações sobre os fenômenos

naturais e artificiais, que busca explicações sobre os fatos do cotidiano, relacionados

com a sociedade no período de tempo em que ela vive. Esta ciência sofre

frequentes transformações e está presente nos processos sociais, políticos e

econômicos, desvendando a composição, as propriedades e transformações que

ocorrem com as substâncias e com os materiais através dos conteúdos

estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.

Considera-se essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do

conhecimento químico. Na cultura ocidental, os gregos da época clássica foram os

primeiros a teorizar sobre a composição da matéria, através dos filósofos Leucipo e

Demócrito (400 A.C).

Do século III da era cristã, até o final da idade média a Alquimia, um misto de

ciência, religião e magia desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios,

gregos e chineses.

No final do século XIV e início do século XV, devido às aglomerações urbanas

emergentes, devido aos problemas sociais como as péssimas condições sanitárias a

fome e as pestes houve a necessidade de estudo sobre substâncias minerais para a

cura de doenças.

Na transição dos séculos XV – XVI, através do suíço Phillipus Auredus

Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, (Paracelso) surgiu a Iatroquímica, na

mesma época, cientistas eram condenados pela igreja acusados de realizar práticas

satânicas.

No século XVII ocorreu a revolução química, onde a alquimia deu lugar à

ciência.

Em 1828 Friedrich Wohler sintetizou a uréia.

O primeiro Congresso Mundial de Química foi realizado em 1860 em

Karslsruche, na Alemanha, onde participaram 140 químicos.

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No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,

surgiram a partir do século XIX, realizando-se no ano de 1922, no Rio de Janeiro, o

primeiro Congresso Brasileiro de Química, tendo como resultados a Fundação da

Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade Brasileira de educação e o

movimento de Modernização para o ensino Brasileiro. A disciplina de Química passa

a ser ministrada de forma regular no currículo do ensino secundário no Brasil a partir

de 1931 com a Reforma Francisco Campos.

Hoje, a abordagem no ensino da Química é baseada nas Diretrizes

Curriculares da Rede Publica da Educação Básica do Estado do Paraná, as quais

são fundamentadas em teóricos como: CHASSOT, MORTIMER, MALDANER e

BERNARDELLI, pela construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos, vinculada a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e

culturais.

Destaca-se que o conhecimento químico, assim como todos os demais, não é

algo pronto, acabado e inquestionável, mas, em constante transformação.

OBJETIVOS GERAIS

- Formar alunos que se apropriem dos conhecimentos químicos e sejam

capazes de refletir criticamente sobre o período histórico atual. Direcionando-se à

construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos

contextos históricos, políticos, sociais e culturais.

- Compreensão e apropriação do conhecimento químico através do contato

com o objeto de estudo (estudo da matéria e suas transformações) realizando-se no

sentido da organização do conhecimento científico.

- Criar situações que levem o aluno a pensar criticamente sobre o mundo,

principalmente sobre problemas ambientais causados pelo homem. Esses fatos

podem desencadear críticas precipitadas que condenem a química enquanto

ciência, mas também não sendo ela a resolução para todos os problemas.

CONTEÚDOS

1ª série:

ESTUDO DA MATÉRIA (Matéria e sua Natureza e Biogeoquímica).

- estrutura da matéria

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- estados de agregação da matéria

- substâncias

- propriedades da matéria

- misturas - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- método de separação - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

MODELOS ATÔMICOS (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química

Sintética)

- fenômenos físicos e químicos

- estrutura atômica

- radioatividade

- tabela periódica

LIGACÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química

Sintética).

- ligações iônicas

- ligações covalentes

- ligações metálicas

FUNÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS (Matéria e sua Natureza,

Biogeoquímica, Química Sintética).

- função ácido

- função base

- função sal

- função óxido

2ª série:

ESTUDO DOS GASES (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica).

- variáveis de estado de um gás

- transformações gasosas

- equação dos gases perfeitos

SOLUÇÕES (Matéria e sua Natureza e Biogeoquímica).

- soluções - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- solubilidade - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- concentrações - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- diluições - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- titulação

- propriedades coligativas

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TERMOQUÍMICA (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química

Sintética).

- termoquímica

- reações endotérmicas e exotérmicas

- variação de entalpia

- equações termoquímicas

- lei de Hess.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza,

Biogeoquímica).

- velocidade de reação

- condições para ocorrência de reações químicas

- fatores influentes na velocidade das reações

- lei da velocidade

- equilíbrio químico

- reações reversíveis e irreversíveis

- deslocamento de equilíbrio

RADIOTIVIDADE (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica).

- elementos radioativos

- emissões radioativas

- fenômenos radioativos

OXIDAÇÃO E REDUÇÃO (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química

Sintética).

- número de oxidação

- balanceamento das equações

3ª série:

QUÍMICA DO CARBONO (Matéria e sua Natureza e Química Sintética).

- hidrocarbonetos

FUNÇÕES OXIGENADAS (Matéria e sua Natureza e Química Sintética).

- álcoois

- aldeídos

- cetonas

- ácidos carboxílicos - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)

- éteres

- derivados de ácidos carboxílicos (ésteres)

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FUNÇÕES NITROGENADAS (Matéria e sua Natureza, Química Sintética).

- aminas

- amidas

- nitrilas

ISOMERIA (Matéria e sua Natureza, Química Sintética).

- isomeria plana

METODOLOGIA

Os conceitos que o estudante adquire no seu dia-a-dia provém de sua

interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência.

Os conhecimentos que ele já possui são muito importantes em sala de aula,

por isso utilizaremos diferentes metodologias, com objetivo de uniformizar a

aprendizagem. Será utilizada uma linguagem acessível ao aluno para

contextualização do conhecimento científico.

Os conteúdos estruturantes serão trabalhados visando interdisciplinaridade.

As aulas experimentais servirão para desenvolver a compreensão de

conceitos e a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula,

propiciando aos alunos uma reflexão entre teoria e prática, ao mesmo tempo

permitirão que o professor perceba as dúvidas dos alunos.

As temáticas: Meio Ambiente, Educação no Campo, Cultura Indígena (Lei

Federal 9.394/1996), Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal 10.639/2003),

Sexualidade (Leis Estaduais 11.733/1997 e 11.734/1997) e Prevenção do Uso de

Drogas serão trabalhados durante todo ano nas três séries do Ensino Médio, sempre

que o conteúdo se encaixe no tema, complementando com textos sobre o assunto.

AVALIAÇÃO

A partir da Lei e Diretrizes e Bases, n°9394/96, a proposta de uma avaliação

formativa e processual, como uma forma de questionamento, passa a ser mais

adequada para o processo educativo. A avaliação não possui uma finalidade em si

mesma, mas deve subsidiar e mesmo redimensionar o curso de ação do professor

no processo ensino-aprendizagem tendo em vista garantir a qualidade do processo

educativo desenvolvido no coletivo da escola. Esse processo ocorre por meio de

interações recíprocas no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de

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170

modo pontual, portanto, sujeito a alterações no seu desenvolvimento. A avaliação

será realizada através de:

- participação efetiva dos alunos em todas as atividades;

- resolução de exercícios em grupos;

- resolução de exercícios individuais;

- relatórios de aulas práticas;

- produção de textos.

- prova escrita.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, A. Apostila Química. IBEP

COVRE, G. J. Química total, volume único. São Paulo, FTD, 2001.

Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Governo do Estado do

Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.

MACEDO, M. U e CARVALHO, A. Química – coleção horizonte, IBEP

SARDELLA, A. Química – volume único. São Paulo. Ática. 2002

TITO E CANTO. Química no cotidiano. Moderna. SP.

UTIMURA, Teruko Y. Química fundamental. São Paulo: FTD, 1998.

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171

14 SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Sociologia visa trabalhar os conteúdos estruturantes: Surgimento

da Sociologia e Teorias Sociológicas; Instituições Sociais, Cultura e Indústria

Cultural; Trabalho, Produção e Classes Sociais; Poder, Política e Ideologia; Direito,

Cidadania e Movimentos Sociais, compreendidos em diferentes idades históricas

(antiga, medieval, moderna e contemporânea).

A sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a explicação da

sociedade compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a

inquietação da Sociologia desde o início de sua consolidação como ciência da

sociedade no final do século XIX. Neste período, o capitalismo se configurava como

uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de

trabalho. Essas mudanças levaram aos pensadores da sociedade da época a

indagações e a elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob

diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, tem sido a principal

preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os

mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder,

institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor

exploração ou igualdade.

A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por

meio de tão diversas faces que tornou-se impossível à ciência sociológica, ou

mesmo à qualquer outra ciência, responder ou explicar a toda problemática social

que se apresenta hoje, sem correr o risco de cair em simplificações banais, portanto,

é preciso ter humildade para perceber que a amplitude das transformações sociais,

políticas, culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão

vivendo, não nos permite explicações reduzidas ou sectárias com pretensões de

apropriar-se da verdade.

Por outro lado, pensamos que a complexidade e a amplitude que

caracterizam as sociedades contemporâneas também não devem nos intimidar ou

amedrontar, mas sim, nos desafiar para o estudo, para a pesquisa e para uma

melhor compreensão e atuação política no mundo em que vivemos, às vezes

“tomando a história nas mãos”, em outras “tornando-se sujeitos desta história”.

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Tendo como objetivos do ensino a desnaturalização das ações que se estabelecem

na sociedade; percepção de que a realidade social é histórica e socialmente

construída; explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,

desconstruindo pré-noções e preconceitos e proporcionar questionamentos quanto a

existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do cotidiano, ou na

constituição da ciência.

Em busca dessa compreensão baseia-se em apontamentos teórico-

sociológicos de nomes como: Karl Marx (1818-1883), Augusto Comte (1798-1857),

Émile Durkheim (1858-1917), Antônio Gramsci (1891-1937), Silvio Romero (1851-

1914), Euclides da Cunha (1866-1909), Oliveira Vianna (1883-1951), estes oriundos

de um período histórico antes e pós Instalação da República no Brasil, merecem

destaque, também, nomes como: Gilberto Freyre (1900-1987), Fernando Azevedo

(1894-1974), Caio Prado Júnior(1907-1980), Sérgio Buarque de Holanda (1902-

1982), Florestan Fernandes (1920-1995), Otávio Ianni (1926-2004), etc... cada um

atento a abordar um aspecto da sociedade, tentando explicá-lo a sua maneira.

Retomar a trajetória histórica do ensino da Sociologia no Brasil significa

percorrer um caminho marcado por intervalos. As idas e vindas da disciplina às

grades curriculares das escolas de ensino secundário (atual Ensino Médio)

demonstram a dificuldade em firmar-se como área do conhecimento fundamental

para formação humana e seu atrelamento a interesses e vontades políticas.

A adoção da disciplina nos cursos secundários ocorreu no início da República

(1891), vinculada à disciplina de Moral, embora ainda não existissem cursos de

formação de professores em nível superior nessa área. Em 1901 o Decreto nº 3890,

de 1º de janeiro, retirou a disciplina oficialmente dos currículos escolares. O retorno

ocorreria somente em 1925, na escola secundária Colégio Pedro II, no Rio de

Janeiro, e em 1928 passaria a ser ministrada nas escolas de formação de

professores e no chamado ciclo complementar para quem desejasse freqüentar

cursos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e Arquitetura.

Os anos de 1930 foram de fundamental importância para a história do ensino

da Sociologia no Brasil. A criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na

Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo e da própria Universidade de São

Paulo possibilitou não apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, mas

também, a conseqüente formação de quadros intelectuais e técnicos para pensar o

país e para dar suporte às políticas públicas em expansão, durante o Estado Novo.

Possibilitou, ainda à formação de professores para o Ensino Secundário, o que veio

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a colaborar para a consolidação da Sociologia como disciplina.

Na década de 1930, também ocorreu uma explosão no mercado editorial

brasileiro, especificamente, na área da Sociologia, sobretudo na região Sudeste e no

estado de Pernambuco, com autores que procuravam fazer uma síntese explicativa

sobre o país. Contudo um dos motivos centrais da força que a Sociologia ganhou

nesse período foi sua maciça introdução nos cursos de formação de professores. A

intenção do ensino de Sociologia era que a disciplina se “livrasse” de seu traço de

tradição bacharelesca.

É importante ressaltar que após a instalação do Estado Novo, no governo de

Getúlio Vargas, várias medidas foram tomadas para reforçar as idéias de

nacionalismo, dentre elas a Reforma de Capanema (1942) que extraía das escolas

de ensino secundário a obrigatoriedade do ensino da Sociologia, que quase

desapareceu do currículo escolar. Essa dúvida de ensinar ou não esta disciplina foi

pertinente por muito tempo no Brasil. Somente na década de 1950, início da década

de 1960 é que este tumulto normalizou-se, pois foram criadas Faculdades de

Filosofia, Ciências e Letras pelo Brasil, de modo que a Sociologia, passou a ser

parte integrante dos currículos de alguns cursos como Ciências Sociais e Ciências

Humanas; ampliou-se a formação para o Ensino Médio, entretanto, ela ainda não

estava presente constantemente nos currículos secundários. No período da ditadura

militar (década de 70) a Sociologia continuou excluída das grades curriculares dos

cursos secundários e permaneceu apenas nos cursos de formação para magistério

e constantemente substituída pela disciplina de Fundamentos da Educação.

Nos programas de políticas públicas educacionais implementados no mesmo

período pela Lei 5692/71 que instituía a obrigatoriedade do ensino profissional no

chamado 2º grau, criaram-se outras disciplinas: Educação Moral e Cívica,

Organização Social e Política Brasileira e Ensino Religioso, as quais eram marcadas

por uma acentuação de caráter moral e disciplinador.

A partir de 1982, com o início do processo de redemocratização de alguns

estados brasileiros (SP, MG, RJ, RGS, etc...) iniciaram os movimentos pela inclusão

da Sociologia no Ensino Médio. Porém, com a promulgação das novas constituições

dos estados brasileiros, a expectativa dos defensores do ensino desta disciplina

como obrigatória nos currículos escolares frustrou-se.

A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu

novas perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez

que dita no art. 36§1º, inciso III, a importância do domínio dos conhecimentos de

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Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”, porém durante a

regulamentação desta alterou-se profundamente seu sentido, pois as Diretrizes

Curriculares do Ensino Médio apresentaram como proposta o tratamento

interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia exaurindo sua especificidade e

obrigatoriedade, assunto este que originou debate em inúmeros lugares, na tentativa

de reverter o caos e garantir a obrigatoriedade do ensino desta disciplina.

Na realidade contemporânea em meados do século XIX, não havia mais

espaço para discussões neutras, foi então que em meio a tantas complexidades

elaboraram um mapa minucioso das classes sociais buscando, assim, interpretar

teoricamente a sociedade, as forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento

industrial desenfreado entre outros, e que se desencadeavam na lógica neoliberal da

destruição social e planetária incumbindo a escola, e mais especificamente a

disciplina de Sociologia a tarefa da inclusão de novos valores éticos e novas práticas

que indiquem a possibilidade da construção de novas relações sociais as quais

orientam-se mutuamente nos campos de ação política e por efeito de ação

educacional.

O objetivo geral é contribuir para que o sujeito envolvido no contexto do

processo pedagógico tenha recursos para desconstruir e desnaturalizar conceitos

tomados historicamente como irrefutáveis, de maneira que melhorem seu senso

crítico e também possam transformar a realidade e conquistar mais participação

ativa na sociedade.

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CONTEÚDOS

SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos básicos Abordagem teórico-

metodológicaAvaliação

1. Processo de Socialização e as

Instituições Sociais

Processo de Socialização; Grupos sociais; Instituições sociais:

Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.;

Instituições de reinserção.

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a

Espera-se que os estudantes: Identifiquem-se como seres

eminentemente sociais; Compreendam a organização e a

influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo;

Reflitam sobre suas ações individuais e que as ações em sociedade são interdependentes;

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pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

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SérieConteúdo

EstruturanteConteúdos Básicos Abordagem teórico-

metodológicaAvaliação

2. Cultura e Indústria Cultural

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

diversidade cultura; identidade; industria cultural; Meios de comunicação de

massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Preconceito; Questões de gênero; Cultura afro brasileira e

africana; Cultura indígena; Globalização; Neoliberalismo;

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de

Espera-se que os estudantes: Identifiquem e compreendam a

diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades

Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea;

Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;

Entendam o consumismo como um dos produto de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.

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maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

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Série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica

Avaliação

3. Trabalho, Produção e

Classes Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização; Relações de trabalho; Neoliberalismo; Trabalho no Brasil;

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de

Espera-se que os estudantes compreendam de forma crítica:

A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história

A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela.

As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;

Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”. Variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política;

As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização;

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maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

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Série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica

Avaliação

4. Poder, Política e Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo

Estado no Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e

legitimidade; As expressões da violência

nas sociedades contemporâneas.

Autoritarismo. Direitos humanos. Ideologia.

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quandoviável, deve ser proposta de

Espera-se que os estudantes: Possam analisar e compreender

de forma crítica o desenvolvimento do Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

Possam analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades.

Possam compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais.

Possam compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades.

possam perceber criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na sociedade brasileira.

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maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

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Série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica

Avaliação

5. Direito, Cidadania e Movimentos

Sociais

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Conceito de Movimentos

Sociais; Movimentos Sociais urbanos e

rurais; Movimentos Sociais no Brasil; Movimentos ambientalistas; ONG's;

Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de

Espera-se que os estudantes: Compreendam o contexto

histórico da conquista de direitos, e sua relação com a cidadania;

Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;

Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.

Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades.

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maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.

O educador de Sociologia ainda, deverá dentro de suas metodologias e conteúdos trabalhar em todas as séries do ensino

fundamental e médio aqueles assuntos específicos que visam contemplar a legislação vigente, assim como a realidade da escola e do

próprio aluno, segue:

Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. Com relação à lei 10639 e a lei 11645/08 as quais tratam das temáticas

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afro e indígena, justifica-se a necessidade de buscar informações que possam articular conteúdos específicos e ou metodologis

que articulem as temáticas. Os conteúdos podem estar relacionados a vencer preconceito bem como a ampliar conhecimentos

sobre estes povos.

Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. De acordo com a lei11645/08, que enfatiza no parágrafo segundo. (Os

conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.), a obrigatoriedade do ensino

da Hístória e Cultura Indígena, vem sendo projeto de construção conjunta de todos os professores do NRE de União da Vitória.

Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental

Resolução CNE/CEB nº 1 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e Resolução nº 2 de 28

(Diretrizes Complementares da Educação Básica do Campo).

Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo. ( Na medida que surgir oportunidade colocar como serão contemplados os eixos da

Ed. Do Campo como: Trabalho; divisão social e territorial, Cultura e Identidade, Interdependência campo-cidade, questão agrária

e desenvolvimento sustentável e Organização Política, movimentos sociais e cidadania. Para que haja a possibilidade de inter-

relação dos eixos temáticos da Educação do Campo com os conteúdos disciplinares é necessário uma organização escolar, com

espaços de investigação e discussão. Deve-se indagar nas nas diferentes disciplinas em quais conteúdos tais eixos podem ser

inseridos nos conteúdos específicos. Não podemos esquecer que os conteúdos disciplinares nas Escolas do Campo devem ser

os conteúdos historicamente acumulados, mas os eixos temáticos propostos nas diretrizes Curriculares da Educação do Campo,

levando em consideração o contexto local, mas sem reduzí-lo à realidade camponesa.

Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação

Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, prevenção ao uso Indevido de Drogas.

LDB9394/96

Lei 11525/2007 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar.

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METODOLOGIA

Desde a sua contribuição como conhecimento sistematizado a Sociologia tem

contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de

vida e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e

alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem

muitos problemas da vida social.

“A abordagem dos conteúdos estarão relacionados à Sociologia crítica, caracterizadapor posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.DCE SOCIOLOGIA, 2009.”

A abordagem dos conteúdos estarão relacionadas à Sociologia sabendo que

seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das

diversas formas pelas quais só seres humanos vivem em grupo, bem como as

relações internas destes de modo individual e coletivo, procura-se tratar os

conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e sustenta-se em teorias

originárias de diferentes tradições sociológicas cada uma em seu potencial

explicativo utilizando-se de recursos audiovisuais como TV multimídia, laboratório de

informática, pen drive , data show, pesquisa de campo, etc.

“O Ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como

sujeito de seu aprendizado, instigado a relacionar a teoria com o vivido, a rever

conhecimentos prévios e reconstruir saberes. DCE SOCIOLOGIA, 2009.”

Enquanto disciplina escolar é chamada a acolher particularmente as

diferentes tradições recusar qualquer espécie de síntese teórica e/ou

encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor, e também

esclarecer questionamentos pertencentes ao sistema capitalista social de maneira

crítica e com base científica, pois: “...consideradas no passado, as ciências

libertaram o espírito humano da tutela exercida sobre ele pela teologia e pela

metafísica, e que, indispensável à sua infância, tendia a prolongá-la indefinidamente.

Através de aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituição

quando possível; exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras

de textos: clássico-teóricos, teóricos comtemporâneoas, temáticos, didáticos,

literários e jornalísticos; debates e seminários de temas relevantes fundamentados

em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; análises criticas:

de filmes, documentários,músicas,propagandas de TV; análise crítica de imagens.

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Consideradas no presente, elas devem servir, seja pelos seus métodos, seja

por seus resultados gerais para determinar a reorganização das teorias sociais.

Consideradas no futuro, serão, uma vez sistematizadas, a base espiritual

permanente da ordem social, enquanto dure a atividade da nossa espécie no

planeta”.

AVALIAÇÃO

Avaliar a aprendizagem está profundamente relacionado com o processo de

ensino e, portanto, deve ser conduzido como mais um momento que o aluno

aprende. Pode-se tornar um momento privilegiado, porque diante de tudo o que a

tradição vem associando à prova, o aluno coloca suas energias em busca do

sucesso, normalmente associado a uma boa nota. E se esta é a cultura

estabelecida, porque não aproveitá-la e transformar em mais um momento de

construção do conhecimento desnaturalizando conceitos tomados historicamente

como incontestáveis, aprimorar o senso crítico e a conquista de uma maior

participação da sociedade.

A avaliação do ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades

relacionadas a disciplinas e ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por

todos os envolvidos no processo didático (professores, alunos e toda a instituição

escolar).

As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de

ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,

acompanhados de texto ou filmes, pesquisa de campo, produção de texto que

demonstre a capacidade de articulação entre teoria e prática, testes de reflexão

orais e/ou escritos, questões discursivas e questões objetivas, palestras,

apresentação oral, trabalho em grupo, seminário, atividades compreensivas de

textos e pesquisa bibliográfica, enfim várias formas de avaliação. Cabe ao professor

previamente selecioná-las, verificando a clareza dos objetivos que se pretende

atingir no sentido de: apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Pode-se avaliar através da apreensão dos conceitos básicos da ciência,

articuladores com a prática social analisando a capacidade de argumentação

fundamentada teoricamente a clareza e a coerência na exposição das ideias

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sociológicas obtendo mudança na forma de olhar e compreender os problemas

sociais.

A avaliação incide também, sobre a recuperação de conteúdos. É importante

considerar que por uma questão pedagógica todos os alunos tem direito a

recuperação concomitante. A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo para garantir no mínimo, a possibilidade de aprendizagem. A recuperação

da nota é apenas uma decorrência.

REFERÊNCIAS

______________. Vários Autores. Sociologia – Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2006.

ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. 6ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Secretaria de Estado da Educação / SEED. Curitiba, 2008.

SZTOMPKA, Priotr. A Sociologia da Mudança Social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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15 LÍNGUA ESPANHOLA – CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna, conforme as DCE, em sala de

aula terá o discurso como conteúdo estruturante, entendido como prática social a

partir do qual se abordam os vários gêneros textuais que são os conteúdos

específicos da disciplina, analisando os elementos linguísticos-discursivos, sem

levar em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas os fins educativos,

assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, que interessem aos alunos, com

abordagem dos diversos gêneros discursivos e com diferentes graus de

complexidade da estrutura linguística.

Na Educação Básica, o ensino da LEM tem a língua como objeto de estudo,

sendo assim, contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a

identidade, fazendo com que os alunos analisem as questões da nova ordem global,

suas implicações para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do

papel das línguas na sociedade, com uma visão de mundo mais amplo.

Estudos e pesquisas têm analisado a função da Língua Estrangeira visando a

um ensino que contribua a reduzir desigualdades sociais, fazendo com que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas.

No decorrer da história, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sofreu

constante interferência da organização social e escolar. A ascensão e o declínio do

prestígio da LEM nas escolas está relacionada às razões sociais, econômicas e

políticas.

O ensino e o currículo são constantemente estimulados à atender as

expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.

A LEM valorizou-se com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em

1808. Tendo ganhado um novo impulso em 1837 com a fundação da primeira escola

pública de nível médio no Brasil, o Colégio Pedro II, em cujo programa constava de

sete anos de francês, cinco de inglês, funcionando como modelo para as demais

escolas secundárias do país, por quase um século.

Em 1931, a reforma intitulada Francisco Campos, trouxe um diferencial no

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qual, pela primeira vez, um método de Língua Estrangeira foi oficialmente

estabelecido: o Método Direto, que consistia em induzir o aprendiz ao acesso direto

dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente

na língua estrangeira.

Com a reforma Capanema e após a Segunda Guerra Mundial, com a

dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, a

necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Falar inglês passou a ser

um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais

espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês.

Com a Lei de Diretrizes e Bases n° 4024/61, estabeleceram-se os Conselhos

Estaduais, aos quais cabia a decisão acerca da inclusão ou não da LE nos

currículos. Essa lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino da LE no

colegial e instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos

cursos clássico e científico. Identificou-se a valorização da língua inglesa, devido as

demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.

Com a lei n° 5692/71, centrada na habilitação profissional, desobrigava a

inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1° e 2° graus, alegando que a

escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de

impregnação cultural estrangeira.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira volta a ser valorizado com a sua

obrigatoriedade apenas no 2° grau, não perdendo o caráter de recomendação para

o 1° grau, desde que em condições favoráveis na escola.

Já com a LDB n° 9394/96,há o registro da obrigatoriedade do ensino da

Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª série, de pelo menos uma

língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar.

Referindo-se ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua

estrangeira moderna, como disciplina obrigatória e uma segunda em caráter

optativo.

A partir da publicação dos PCN, o qual está fundamentado em uma

abordagem comunicativa, o ensino da LEM apresenta uma concepção de língua

como prática social, em que prioriza-se o ensino da leitura em detrimento da

oralidade e da escrita, uma vez que há poucas oportunidades de uso efetivo da

oralidade pelos alunos na rede pública de ensino, com a justificativa de que a prática

da leitura atenderia às necessidades da educação formal, sendo a habilidade que o

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aluno usaria com mais frequência no seu contexto social imediato.

Este argumento pragmático para seleção de saberes implica numa prática

excludente, pois contribuiria na manutenção das desigualdades sociais e

desconsidera a escola como espaço de conhecimento, cuja função é formar para

a cidadania, alunos participativos, com uma consciência crítica da aprendizagem

ao longo da educação básica.

A Lei 11.161/2005, traz a implantação obrigatória da Língua Espanhola, tanto

na Rede Pública como na Privada, e segundo o art. 3o desta lei, o presidente

decreta que “os sistemas públicos de ensino implantarão Centros de Ensino de

Língua Estrangeira, cuja programação incluirá, necessariamente, a oferta de língua

espanhola obrigatória”, tendo cinco anos para sua implementação.

Neste contexto e suas implicações estabelece-se como relevante a oferta do

curso de Língua Espanhola pelo CELEM para os alunos/professores e comunidade

deste estabelecimento , visto que são 21 países que tem a Língua Espanhola como

oficial, e que a grande maioria é “nosso vizinho” e conhecimento da mesma

possibilita uma interação mais eficaz com o mundo, através do uso dos recursos

tecnológicos disponíveis, contato pessoal com estrangeiros e acesso a textos na

Língua Espanhola.

O CELEM, Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, surgiu em 15 de

agosto de 1986 no Paraná para alunos, funcionários e comunidade deste Estado

ofertando diversas opções de Língua Estrangeira (Espanhol, Inglês, Alemão,

Japonês, Polonês, Italiano, Francês, Ucraniano e Mandarim), conforme a

necessidade da localidade. Segundo as DCE (2008), o CELEM nasceu “como forma

de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história

paranaense”.

O Curso Básico de Língua Espanhola oferecido do CELEM tem duração 4h

aulas semanais, sendo que em Antonio Olinto, estas aulas serão num mesmo dia,

visto que, tratam-se de alunos do campo, dependentes de ônibus para

deslocamento e ficariam grande tempo ociosos. O curso terá duração de 2 anos,

gratuito, ou seja, sem nenhum tipo de mensalidade, onde os alunos matriculados

deverão ter 75% de frequência e média 6,0 para aprovação. Os alunos terão suas

notas registradas no histórico escolar, bem como direito ao certificado expedido pelo

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DELE (Diploma de Espanõl como Lengua Extranjera).

Assim sendo, o objetivo da aprendizagem é usar a língua em situações de

comunicação oral e escrita, compreendendo que os significados são sociais e

historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social,

além de propiciar aos alunos maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e cultural, seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país e se percebam integrantes da

sociedade e participantes ativos da mesma.

Para Bakhtin (1988) “a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de

um sentido ideológico ou vivencial.” Sendo assim, a língua como objeto de estudo da

LEM, envolve a “cultura, o sujeito, e a identidade” (DCE, 2008, pág. 55). Com essa

visão, o ensino de línguas envolve o sujeito num “mundo” amplo, levando a

perceber e analisar situações de forma crítica ; inclusive tendo o papel de inclusão

social e respeito às diferentes culturas, considerando assim as diferenças regionais.

OBJETIVO GERAL

O ensino da Língua Estrangeira Moderna, na educação básica, não tem

somente objetivos linguísticos, mas também deve ser entendido como um

instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, e também

proporcionar diferentes possibilidades de ver e perceber o mundo e de construir

significados. O conhecimento de uma LEM deverá colaborar para a formação de um

sujeito consciente da própria identidade, histórico e socialmente constituído,

tornando-o assim, um indivíduo crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo

à sua volta.

Segundo as DCE (2008), “ensinar e aprender línguas é também ensinar e

aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos”, aprendendo assim

em situações significativas; proporcionando uma consciência do potencial desse

conhecimento na interação humana expandindo suas capacidades interativas e

cognitivas; oportunizando à inserção dos alunos à sociedade como participantes

ativos, capacitados a interagir com outras comunidades.

Sendo assim, espera-se que o aluno utilize-se da língua aprendida em

situações orais e escrita; que o mesmo possa participar nas aulas de forma

individual e coletiva; que compreenda que os sentidos de um fato ou opinião podem

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mudar, visto que são passíveis de transformação, pois a língua não é estática; que

valorize a cada dia, o papel das línguas na sociedade; que reconheça e compreenda

a diversidade lingüística e cultural do país.

Busca-se também que, através de situações significativas, o aprendiz faça

uso do que está aprendendo, para que assim, esse aprendizado ganhe muito mais

valor para sua vida, ao invés de exercícios meramente repetitivos e

descontextualizados, os quais por desuso seriam facilmente esquecidos. Tem-se por

objetivo ainda, valorizar as leituras de mundo que o aluno traz para a escola,

levando-os à ampliá-las, bem como despertá-los como integrantes e participantes

ativos da sociedade, capazes de melhorar suas vidas através do aprendizado e do

senso crítico.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICO

O ensino da Língua Estrangeira Moderna em sala de aula terá como

conteúdo estruturante o discurso, entendido como prática social sob os seus vários

gêneros, o que garantirá o trabalho significativo e simultâneo das práticas de leitura,

escrita, oralidade e compreensão, dará ao aluno condições de exercer uma atitude

crítica, transformadora enquanto sujeito pertencente a um ambiente sócio-histórico e

ideológico.

Conteúdos básicos – P1

Com base nas esferas de circulação de cada gênero, podem ser

abordados os seguintes gêneros:

Esfera Cotidiana: letra de música, receita culinária, lista de compras,

bilhete, carta pessoal, convite, cartão felicitações, cartão postal

Esfera Literária: conto, crônica, fábula, história em quadrinhos, poema,

lenda.

Esfera Publicitária: anúncio, folder, slogan, paródia, publicidade comercial.

Esfera Jornalística: classificados, Cartum, charge, entrevista, horóscopo,

reportagem, sinopse de filme.

Esfera Artística: autobiografia, biografia.

Esfera Escolar: cartaz, diálogo, exposição oral, resumo.

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Esfera Midiática: correio eletrônico (e-mail), mensagem de texto (SMS),

telejornal, telenovela, videoclipe.

Quanto à escolha do gênero a ser trabalhado, sempre será levado em

consideração as diferentes esferas sociais de circulação de cada gênero devendo

buscar desenvolver no aluno as práticas de leitura, escrita e oralidade, as quais por

sua vez, devem ser trabalhadas sempre juntas e não separadamente. A diversidade

de gêneros discursivos deve ser contemplada, levando-se em conta:

Leitura: Elementos composicionais e conteúdo temático do gênero;

Situacionalidade e intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência;

Conhecimento de mundo.

Escrita: Informatividade e finalidade do texto;

Propriedades estilísticas e condições de produção do gênero;

Papel do locutor e interlocutor;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Partículas conectivas básicas do texto;

Ortografia.

Oralidade: O tema, finalidade, informatividade, intencionalidade e conteúdo temático

do texto;

Os elementos extralinguísticos;

Variações linguísticas;

Adequação da fala ao contexto (formal/informal);

Diferenças e semelhanças entre discurso oral ou escrito.

Conteúdos básicos – P2

Seguindo as esferas de circulação apresentadas em P1, e adicionando a

esfera de produção de circulação e a esfera jurídica de circulação, serão abordados

os seguintes gêneros:

Cotidiana: ficha de inscrição, curriculum vitae, comunicado, piada,

telefonema, lista de compras.

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Publicitária: anúncio, comercial para televisão, propaganda, slogan,

publicidade institucional, inscrições em muro.

Esfera de produção: instrução de montagem, instrução de uso, manual

técnico, regulamento, regra de jogo.

Jornalística: artigo de opinião, carta ao leitor, notícia, obituário,

reportagem, entrevista.

Jurídica: boletim de ocorrência, contrato, ofício, procuração, requerimento.

Escolar: texto de opinião, palestra, resenha, ata de reunião, aula em

vídeo.

Literária: contação de histórias, peça de teatro, fábulas, sarau de poemas,

conto.

Midiática: correio eletrônico (e-mail), mensagem de texto (SMS), aula

virtual, conversação chat.

Os gêneros supracitados serão abordados nas práticas discursivas da leitura,

oralidade e escrita.

Leitura: Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais e conteúdo temático do gênero;

Situacionalidade e intencionalidade do texto;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Relações semânticas;

Conhecimento de mundo;

Referência textual.

Escrita: Informatividade e finalidade do texto;

Propriedades estilísticas e condições de produção do gênero;

Papel do locutor e interlocutor;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Concordância verbal e nominal;

Oralidade: O tema, aceitabilidade, finalidade, informatividade, intencionalidade,

situacionalidade e conteúdo temático do texto;

Os elementos extralinguísticos;

Turnos de fala e variação linguísticas;

Adequação da fala ao contexto (formal/informal);

Diferenças e semelhanças entre discurso oral ou escrito.

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Para atender as leis nº 10.639/2003 e 11.645/208, que determinam o ensino dos

conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Cultura dos povos

Indígenas, a Educação do Campo, as questões de Gênero e Diversidade Sexual,

os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº 9795/99,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento à violência na Escola,

Cidadania e Direitos Humanos e Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos

Adolescentes conforme prevê o ECA Lei nº 11525/2007, bem como os conteúdos

que possam ser relacionados com o PET – Prontidão Escolar Preventiva, serão

trabalhados tanto no P1 quanto no P2, na medida em que serão trabalhados os

gêneros discursivos

METODOLOGIA

O ensino de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) estará pautado nas

DCE, as quais definem o processo para o desenvolvimento das atividades. O ensino

de LEM em uma visão contemporânea que concebe a língua como discurso e não

apenas como estrutura, precisa ser realizado de forma que proporcione ao alunado

a maior compreensão sobre as práticas de leitura, oralidade e escrita. A sala de aula

será um espaço de construção de significados, de exercer a leitura, reflexão e

produção oral e escrita dos gêneros trabalhados.

O ponto de partida das aulas de LEM será o texto verbal e não verbal, como

unidade de uso, levando os alunos a refletir sobre o tema proposto, bem como

considerar o contexto de uso e seus interlocutores.

O encaminhamento das temáticas se realizará através de uma

problematização e a busca por sua solução que deverá despertar o interesse dos

alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus

conhecimentos lingüísticos-culturais e percebam as aplicações sociais, hitóricas e

ideológicas presentes num discurso no qual se revele o respeito às diferenças

culturais, crenças e valores.

O trabalho com a leitura é de grande importância em sala de aula, visto que

nesse momento mágico, os alunos e professora faz inferências, possibilitando

construir novos conhecimentos, valorizando a memória de cada um e fazendo

trocas de conhecimentos, ampliando assim, as possibilidades de construção de

sentidos. Sendo assim, o trabalho com leitura é de suma importância, desde que

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não só se busque uma leitura linear, mas que vá muito além disso, fazendo

reflexões e leve-os à reconstrução da argumentação ou até rejeitá-los por não haver

sentido, ou coerência.

Em relação aos textos literários, propomos atividades que colaborem para

que os alunos analisem os textos e os perceba como prática social de uma

sociedade em um determinado contexto sociocultural.

O papel do estudo gramatical, segundo as DCE, relaciona-se com o

entendimento, como uma medida de construção de significados possíveis na Língua

Estrangeira, ou seja, não deve-se levar a gramática de forma descontextualizada,

mas a partir de textos, sempre que necessário ou na “hora certa”, quando as

dúvidas chegam.

A abordagem da cultura será feita com escolha cautelosa de textos, visando

não uma forma monolítica nem este estereotipada, mas valorizando e levando os

estudantes de uma segunda língua a conhecer, comparar e valorizar a cultura

estudada.

A proposta para o trabalho com a prática da oralidade é expor os alunos a

textos orais, pertencente aos diferentes discursos, levando-os à expressar ideias,

mesmo que com limitações, usando de estratégias como gravações de falantes da

língua espanhola, músicas e filmes para que nessa caminhada vão se familiarizando

com a “nova língua”.

O encaminhamento para a prática da escrita será de suma importância, onde

a professora deve programar pedidos de produção textual que faça algum sentido

na vida dos alunos, que os mesmos percebam qual seria a oportunidade de uso de

um determinado diálogo, por exemplo. Assim a produção textual deve ter objetivo

claro, para que a produção seja coerente.

Prevê-se também um trabalho interdisciplinar, ou seja, envolver o trabalho de

Língua Estrangeira com conteúdos de várias disciplinas,

O professor proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura,

o contato e a interação com outras línguas e culturas, desse encontro espera-se que

possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio

lingüístico.

Através do envolvimento dos alunos em situações reais ou o mais próximas

do real possível, deixando de lado estereótipos, levando à sala de aula aos mais

diversos gêneros textuais preferencialmente em seus suportes originais, na LEM em

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que se propõe a estudar, explorando o máximo possível, motivando os alunos a criar

a partir destes.

O texto, significativo e em diferentes níveis de complexidade lingüística, que

pode tanto ser escrito, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua

estrangeira, sendo abordadas não só questões lingüísticas, mas também as sócio-

pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua –

leitura, escrita e oralidade.

Os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois darão suporte para o

aluno interagir com os textos, que serão trabalhados de forma diferenciada,

dependendo do grau de conhecimento dos alunos.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve superar a

concepção de mero instrumento da apreensão de conteúdos. Precisa ser parte

integrante da aprendizagem e contribuir para a construção de saberes, deverá ser

contínua e cumulativa com os aspectos qualitativos prevalecendo sobre os

quantitativos.

Na prática da oralidade deve-se observar a utilização pelo aluno da

linguagem oral, com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e situações

comunicativas conforme as instâncias de uso da linguagem, ou seja, para defender

pontos de vista, narrar, relatar, expor, intervir, formular questões, etc. tendo em vista

o atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado e adequação ao

nível de linguagem.

Na leitura, observar os processos utilizados pelos alunos para a construção

do sentido do texto de forma, colaborativa. Esses processos são: produção de

inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo,

intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação.

A avaliação do processo da prática da escrita priorizará: o entendimento, a

natureza da informação ou do conteúdo veiculado, a adequação ao nível da

linguagem, a coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa,

observando a relação entre os participantes.

É importante que o professor considere todo o processo avaliativo, desde o

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desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua efetivação, observando os

critérios pré-estabelecidos em seu PTD. Poderão ser utilizados instrumentos de

avaliação como: testes, exercícios individuais e em grupos, pesquisas, leitura,

produção de textos curtos entre outros.

No processo de avaliação de uma Língua Estrangeira Moderna será útil para

a verificação da aprendizagem dos alunos, bem como, deverá levar o professor a

repensar a sua metodologia e a planejar as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos, percebendo assim quais são os conhecimentos -

lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura,

escrita ou oralidade – que ainda não foram suficientemente assimilados e que

precisam ser abordados novamente para garantir a efetiva interação do aluno com

os discursos em Língua Estrangeira Moderna.

Segundo o Regimento Escolar desse estabelecimento de ensino, art.119, a

Recuperação Concomitante será realizada com os alunos que não atingirem a

média 6.0, sendo facultativo ao aluno que atingir a média, prevalescendo a nota

maior, para efeito de computar a média bimestral. Ainda no parágrafo único, está

afirmado que os alunos que atingirem nota acima da média, e optarem por não fazer

a avaliação de recuperação, deverão permanecer na sala de aula, fazendo

atividades pertinentes à disciplina.

REFERÊNCIAS

Colégio Estadual Duque de Caxias. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.

Colégio Estadual Duque de Caxias. Regimento Escolar. Antonio Olinto, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

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16 PROJETO VIVA A ESCOLA

PREPARANDO PARA O VESTIBULAR

PROPOSTA PEDAGÓGICA

JUSTIFICATIVA

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um

número cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir

essa função, intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o papel

do ensino básico no projeto da sociedade que se quer para o país. Nas Diretrizes

Curriculares, assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como

lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é

especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que

têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do

conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte. O presente

projeto, embasado na DCE, visa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua

condição social econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis

necessidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola

ensinar, para todos.

CONTÉUDOS

Serão trabalhados os conteúdos da Base Nacional Comum com exceção da

Filosofia, Sociologia, Arte e Educação Física, matérias menos exigidas nos

vestibulares.

Na abordagem dos conteúdos de todas as disciplinas serão abordados,

procurando estabelecer relações intradisciplinares e interdisciplinares, sendo assim,

serão respeitados:

Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende

ensinar.

O nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das

possibilidades de aprendizagem.

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Além disso, será dado ênfase àqueles conteúdos que não foram trabalhados

em sala de aula, mas são importantes em provas de vestibulares, ENEM e OBMEP.

OBJETIVOS

Despertar nos alunos do Ensino Médio o gosto e o hábito de leitura.

Habituar os alunos a resolver questões de múltipla escolha e somatória, para

melhor prepará-los para o vestibular e ENEM.

Estimular os alunos o hábito de estudo fora do horário de aula para exercitar

os conteúdos aprendidos em sala de aula.

Possibilitar aos egressos a retomada de conteúdos que são cobrados em

provas de vestibulares.

Construir textos usando a linguagem culta e a nova ortografia.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Desenvolvimento de aulas expositivas, textos e utilização de recursos

tecnológicos como TV multimídia, internet e TV Paulo Freire.

Aproveitar sempre o conhecimento trazido pelo aluno formando grupo de

estudos para aprimorar a aprendizagem e sanar dúvidas.

Utilizar o livro didático público, Eureka, simulados do ENEM, vestibulares e

provas de matérias da OBMEP para trabalhar exercícios de múltipla escolha.

Incentivar a leitura de textos diversos encontrados em revistas de circulação

como Veja, IstoÉ e jornais para se inteirar de assuntos e notícias do momento.

INFRAESTRUTURA

Colégio, período da noite.

Para as aulas expositivas, o espaço utilizado será a sala de aula onde haverá

espaço suficiente para essas atividades.

Para o encaminhamento das pesquisas na Internet e acesso a sites será

usado o laboratório de Informática.

A divulgação do programa na escola acontecerá através de cartazes nos

comércios da cidade, nas salas de aula, nas igrejas.

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RESULTADOS ESPERADOS

Aumentar a auto-estima dos nossos alunos, conscientizando-os da

importância do estudo como ler livros, contar histórias do dia-a-dia.

Melhorar o desempenho escolar dos alunos do Ensino Médio, fazer grupo de

estudos para ajudar na aprendizagem.

Prepará-los para os exames como: ENEM, vestibulares e concursos.

Motivar a escolher uma profissão, despertando o interesse deles em cursar

uma universidade.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Será dada a oportunidade considerando as necessidades sócio educacionais

dos alunos participantes e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.

Poderão participar alunos que cursam a 3ª série do Ensino Médio e egressos

que ainda não tiveram oportunidade de prestar vestibular.

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Primeiro Semestre: Os conteúdos e disciplinas que serão estudados no

primeiro semestre:

Química: Substâncias, Misturas e Análise Imediata; Átomo; Tabela Periódica

e Propriedades Periódicas; Soluções e Cinética Química. Atividades da apostila,

resumo retirado da Internet e comentário e discussões sobre os assuntos discutidos.

Português: Pronomes demonstrativos, figuras de linguagem, pronomes

relativos. Atividades, exercícios extras, simulados do ENEM, livros do Eureka.

Filosofia: Platão e Maquiavel. Comentário sobre o assunto e atividades de

outros textos.

Geografia: Cartografia e Escalas. Atividades. Testes retirados de livros e

internet.

Redação: Introdução geral; descrição, narração, dissertação, tipologias

textuais. Os modelos básicos da redação, construção de uma narração, tema e

argumentos da dissertação; desenvolvimento dos argumentos, trabalho com tipos

textuais.

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História: História da Grécia e de Roma; Idade Média e o Feudalismo; As

grandes conquistas; Idade Moderna na Europa Ocidental e Revoluções Burguesas.

Atividades das apostilas e conteúdos retirados do Eureka e Internet.

Física: Introdução ao estudo da Física; Movimento Uniforme; MRU/MRV;

Lançamentos verticais; Movimentos Circular Uniforme; Composição de Movimentos.

Atividades das apostilas, exercícios do livro didático público e outras atividades

como forma de pesquisa.

Matemática: Sequências e sucessões-progressão aritmética e progressão

geométrica; Funções de primeiro grau e do segundo grau; Geometria plana.

Atividades retirados da Internet, das apostilas, discussões do DVD, outras atividades

com ajuda de professores da matéria.

Literatura: A Literatura de Informação-1500-1601. O teatro e a Poesia;

Literatura dos Jesuítas no século XVI; Arcadismo; Romantismo; Realismo;

Parnasianismo e Naturalismo. Leitura da apostila e discussão, atividades.

Biologia: Introdução à Biologia. Origem da Vida. Genética; Ecologia; Célula;

Envoltórios Celulares; Metabolismo Celular. Atividades da apostila e dos livros

didáticos.

Inglês: Personal Pronouns; Possessives, Present continuous. Resolução de

atividades, pesquisa de pronomes.

Espanhol: Artículos; Conjunción, Pronombres Personales. Atividades da

apostila.

As atividades serão feitas das apostilas que os alunos receberam do Viva a

Escola, (Eureka) e também outros materiais de apoio. Todos esses conteúdos serão

repassados através de DVD, gravados da TV Paulo Freire, ou programas gravados

do portal diaadia em pen-drive. Após as aulas expositivas, os alunos irão resolver as

atividades e, se houver dúvida, a professora orientadora tentará sanar as mesmas,

não conseguindo, pedirá ajuda aos professores da área para auxiliá-las. Nas

avaliações desse semestre serão cobradas as atividades já estudadas para servir de

revisão.

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17 CALENDÁRIO ESCOLAR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS-EFM

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

ANTONIO OLINTO - PARANÁJaneiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 22

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31311 Dia Mundial da Paz 19 - Padroeiro

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 1 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 22

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 31

2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

8 - 1ª fase OBMEP21 Tiradentes 5 - Feira do Conhecimento

25 - Reunião PedagógicaJulho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

4 5 6 7 8 9 10 10 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7 Independência30 Dia de luta e luto 11- 2ª fase OBMEP

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 20 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 15

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

12 N. S. Aparecida 2 Finados 8 - Feriado Municipal

11 Dia do Professor 15 Proclamação da República25Natal

16 - Corrida Rústica 20 Dia Nacional da Consciência 19 Emancipação Política do PR

negra

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Calendário Escolar 2010 Férias Discentes Férias/Reces/Docentes

Feriado Municipal 2 dias janeiro 31 janeiro / férias 30Cons. de Classe sábados fevereiro 7 julho/agosto/reces. 23NRE Itinerante 3 dias julho 28 dez/reces. 9Dias letivos 201 dias dezembro 9

Total 75 Total 62

Início/Término Conselho de Classe/Reunião pedagógicaPlanejamento/Replanejamento FERA COM CIÊNCIA/ Semana Cultural

Férias NRE Itinerante

Formação Continuada Reunião Pedagógica

Feriado Municipal

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18 MATRIZ CURRICULAR

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