“citações” - memória da eletricidade · resumo analisa a utilização do setor elétrico...

23
Citações Trabalhos disponíveis na web com citações à Memória da Eletricidade - referências, links e resumos.

Upload: lamdan

Post on 02-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

“Citações”Trabalhos disponíveis na web com citações à Memória da Eletricidade - referências, links e resumos.

“Citações”

Trabalhos disponíveis na web com citações à Memória de Eletricidade.

Referências, links e resumos.

Rio de Janeiro2014

Centro da Memória da Eletricidade no BrasilMemória da Eletricidade

Membros InstituidoresEletrobras (holding)Eletrobras EletronorteEletrobras EletrosulEletrobras ChesfEletrobras FurnasEletrobras CepelLight Serviços de Eletricidade S.A.Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica – ABCEAssociação das Empresas Distribuidoras de Eletricidade do Norte, Nordeste e Centro-Oeste - Aedenne (extinta)Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (extinta)Acesa – Associação Nacional das Empresas Estaduais de Energia Elétrica (extinta)

Membros MantenedoresEletrobras (holding)Eletrobras EletronorteEletrobras EletrosulEletrobras ChesfEletrobras FurnasLight Serviços de Eletricidade S.A.Centrais Elétricas de Minas Gerais - Cemig

Conselho de AdministraçãoPresidente - Mario Fernando de Melo SantosEletrobras (holding) – Maria Antonieta Rossatto MartinsEletrobras Eletronorte – Antonio Rodrigues Bayma JúniorEletrobras Eletrosul – Antonio Waldir VittoriEletrobras Chesf – Elizabeth Dubourcq Fonseca LimaEletrobras Furnas – Ana Cláudia GesteiraEletrobras Cepel – Jorge da Motta e SilvaLight - Luiz Otávio Ziza Mota ValadaresABCE - Alexei Macorin Vivan

Conselho ConsultivoMario Fernando de Melo SantosAntonio Dias Leite JúniorGuy Maria Villela PaschoalJosé Luiz Alquéres

Centro da Memória da Eletricidade no BrasilMemória da Eletricidade

“Citações”

Trabalhos disponíveis na web com citações à Memória de Eletricidade.

Referências, links e resumos.

ApResenTAção

Uma das inspirações para as atividades desenvolvidas pela Memória da Eletricidade é oferecer informação confiável e de qualidade a todos os interessados na história do setor de energia elétrica no Brasil. A esta altura, constatamos com grande satisfação que assumimos o posto de referência incontornável para este público.

A ideia da publicação que agora apresentamos surgiu no momento em que a instituição refletia sobre suas realizações, buscando os melhores caminhos a trilhar no futuro. Uma espécie de balanço que marcou o início dos preparativos para as comemorações, em 2016, de trinta anos de atividades ininterruptas, em favor da preservação da memória do setor de energia elétrica.

Trata-se de compilação inédita de uma série de trabalhos disponíveis na web, a maioria de cunho acadêmico, que cita, entre suas fontes, os livros de responsabilidade da Memória da Eletricidade.

Atentos ao espírito de nosso tempo e à própria natureza do material reunido, esta edição foi preparada, inicialmente, para ser veiculada na web, a partir de nosso site, sob a forma de e-book.

Com a realização deste levantamento tivemos a chance de comprovar um fato que intuíamos: o amplo e crescente alcance da produção da Memória da Eletricidade ao longo do tempo.

O público que tem usufruído de nossos produtos tem feição variada e está espalhado por todo o país e até mesmo por outros países. São estudantes, professores, engenheiros, administradores, jornalistas, historiadores, colaboradores e dirigentes de concessionárias de energia elétrica,

1

Centro da Memória da Eletricidade no BrasilMemória da EletricidadeCopyright © 2014

Presidente | Mario Fernando de Melo SantosDiretora-Executiva | Liliana Neves Cordeiro de Mello (interina)

Coordenadoria do Centro de Referência | Leila Lobo de MendonçaCoordenadoria de Pesquisa | Ligia Maria Martins CabralCoordenadoria de Comunicação | Márcia Simões Flores VianaCoordenadoria de Administração | Rosâna Maria de Almeida Viana

Coordenação | Ligia Maria Martins Cabral

Pesquisa e organização | Ligia Maria Martins Cabral

Normatização bibliográfica | Leandro Pacheco de Melo

Ficha catalográfica | Leandro Pacheco de Melo

Revisão textos | Márcia Simões Flores Viana

Programação visual | Felipe Gomes de Botton

C581 Citações: trabalhos disponíveis na web com citações à Memória da Eletricidade: referências, links e resumos / [coordenação] Ligia Maria Martins Cabral. – Rio de Janeiro: Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, 2014. 40 p. ll. color. ; 26 cm.

ISBN 978-85-85147-88-4 1. Guia de citações. 2. Memória da Eletricidade. I. Cabral, Ligia Maria Martins. II.Centro da Memória da Eletricidade no Brasil. III. Título. CDD 001.4

A partir do final da década de 1980, a produção do Centro da Memória da Eletricidade no Brasil foi paulatinamente conquistando reconhecimento. Atualmente, esta produção é uma referência relevante para todos os interessados na história do setor de energia elétrica do país.

O público que utiliza as publicações da instituição como fonte de informação abalizada é bem variado. Abriga, por exemplo, técnicos e dirigentes de concessionárias de energia elétrica, estudantes de graduação e pós-graduação de áreas diversas, técnicos de entidades governamentais e não-governamentais e profissionais de veículos de comunicação.

Uma das formas de demonstrar de maneira objetiva esse fato é identificar e apresentar o universo de trabalhos publicados e acessíveis na web que, comprovadamente, consultaram as publicações elaboradas pela Memória da Eletricidade.

Com este objetivo a Coordenadoria de Pesquisa da Memória da Eletricidade efetuou um primeiro levantamento que reuniu 86 referências, aqui apresentadas em ordem alfabética de autor. Foram localizados, entre outros, artigos de periódicos, papers, trabalhos apresentados em eventos, trabalhos de conclusão de cursos, dissertações de mestrado e teses de doutorado de autores e instituições de todo o país e, também, alguns do exterior.

No universo pesquisado, atestando o amplo espectro alcançado pela produção da Memória da Eletricidade, foram encontrados trabalhos em 14 diferentes áreas de conhecimento.

O maior número de publicações concentrou-se nas áreas de Engenharia (30,2%), História (17,4%), Economia (15,1%), Ciências Sociais (9,3%) e Administração (5,8%). Estão presentes ainda publicações de Direito, Urbanismo, Relações Internacionais, Geografia, Ciência Ambiental, Comunicação, Serviço Social, Psicologia e Matemática.

InTRoDUção

Publicaçõespor tipo

técnicos e autoridades governamentais e integrantes de instituições multilaterais, entre outros. Neste universo, cabem profissionais e especialistas de várias áreas de conhecimento, das ciências exatas às ciências humanas.

As necessidades de informação são muitas e o esforço para atendê-las, da melhor maneira possível, é grande. Não há dúvida que nosso trabalho é cada vez mais relevante e útil. Graças ao empenho de uma equipe qualificada e comprometida com a missão e os valores da entidade, somos reconhecidos por ocupar com propriedade um espaço cada vez mais reputado e valorizado.

Mário Fernando de Melo SantosPresidente da Memória da Eletricidade

Quanto ao local de origem das publicações, todas as regiões do país registraram trabalhos, em 11 estados e no Distrito Federal. A região Sudeste teve destaque, com pouco mais da metade do total (51,1%), seguida pelas regiões Sul (23,2%), Centro-Oeste (9,3%), Norte (2,3%) e Nordeste (2,3%). De origem internacional foram 6,9% das publicações, entre norte-americanas, mexicanas, argentinas e inglesas.

Neste levantamento, os trabalhos mais antigos são datados de meados dos anos 1990. A partir da década seguinte, com a expansão vertiginosa da web, a disseminação de periódicos e repositórios eletrônicos disparou, tendo se multiplicado, também, as publicações que identificamos, cujo número chegou à média de mais de seis publicações anuais.

4

Publicaçõespor estado

Brasil

Publicações

Publicações

por região - Brasil

por ano

por década

por país - Exterior

5

Como o acesso eletrônico às publicações aumenta o número de leitores e a rapidez no fornecimento da informação, pode-se afirmar que a produção institucional ganhou crescente visibilidade, contribuindo para uma maior evidência, por extensão, dos temas e agentes do setor de energia elétrica.

Este primeiro conjunto que estamos divulgando ajuda a responder a uma pergunta, muitas vezes formulada, tanto pelos profissionais envolvidos com as atividades de produção de conhecimento e preservação de memória, quanto pelos responsáveis e corresponsáveis pela sustentabilidade e perenidade da entidade: para que serve o trabalho da Memória da Eletricidade?

Ligia CabralCoordenadoria de Pesquisa

Centro da Memória da Eletricidade no Brasil

Publicaçõespor área de

conhecimento

ALVES, Job de Figueiredo Silvério. A utilização do setor elétrico como instrumento de implementação de políticas públicas e os reflexos para a sociedade brasileira (1995-2004). 2006. 203 f. Dissertação (Mestrado em História Social das Relações Políticas) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2006. Disponível em:<http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_3407_Job_de_Figueiredo_S._Alves.pdf>

Acesso em: 29/set/2014 RESuMO

Analisa a utilização do setor elétrico brasileiro pelo Estado como instrumento de implementação de políticas públicas, no período de 1995 a 2004, quando foram instaurados no país diferentes modelos institucionais-regulatórios que oscilaram de uma defesa das virtudes do livre mercado até a retomada de espaços para a presença estatal. Pretende-se evidenciar os problemas intrínsecos à conformação das estratégias do Estado na indução ou coordenação do desenvolvimento socioeconômico, bem como os reflexos negativos produzidos para a sociedade, a partir da leitura da evolução dos serviços públicos de energia elétrica no Brasil e das especificidades do ciclo político. As ações estatais, explorando o potencial do setor elétrico brasileiro na implementação de políticas públicas, são questionadas em função dos meios da qual se valem, da submissão dos princípios técnicos a variáveis de ordem político-econômico-ideológicas, dos resultados que logram alcançar e da falta de transparência de seus princípios básicos. As relações estabelecidas em torno do uso e da produção da energia elétrica, dado seu duplo caráter econômico-social, são propícias para a representação das múltiplas instâncias de exercício do poder político, por meio de uma perspectiva que cumpre o propósito de romper a oposição entre Estado e sociedade, realçando a complementaridade entre ambos.

“ ”

ALVES, Josias Manoel. Processo de eletrificação em Goiás e no Distrito Federal: retrospectiva e análise dos problemas políticos e

sociais na era da privatização. 2005. 288 f. Tese (Doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em:<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000384050>

Acesso em: 07/set/2014 RESuMO

Introduz, no estudo do processo de eletrificação, o conceito de politização dos serviços de energia elétrica. O texto, inicialmente, discute a noção de indústria de energia elétrica e ao mesmo tempo coloca em relevância alguns temas centrais do recente processo de privatização e desregulamentação dessa indústria no Brasil. Além do mais, informa os métodos que são utilizados para pesquisar os problemas políticos e sociais na era da reestruturação da indústria de eletricidade. Em seguida, são feitas duas retrospectivas: a primeira recai sobre a singular história de Goiás, ressaltando a construção das modernas cidades, Goiânia, a nova capital do Estado (nos anos 1930), e Brasília, a da República (nos anos 1950). Cabe também destaque à criação do Estado do Tocantins em 1988 e a recomposição do quadro político regional pós-regime militar até os dias atuais. A segunda reconstitui o processo de implantação de usinas, das linhas de transmissão e de distribuição de eletricidade em Goiás e no Distrito Federal ao longo do século XX. Neste processo, destaca-se a criação das empresas pioneiras de eletricidade, a ação dos grupos estrangeiros Light e Amforp, a intervenção dos governos estadual e federal através da criação da Celg e da CEB, além de Furnas, da Cemig, da Eletrobras e da Eletronorte. Esta retrospectiva alcança o recente processo de desregulamentação dos negócios da indústria de energia, procurando introduzir a discussão sobre as licitações do patrimônio elétrico e dos novos projetos hidrelétricos a serem instalados. Os resultados das pesquisas de campo, das consultas realizadas no Ministério Público Estadual e Federal, das visitas periódicas às bibliotecas e das participações em congressos e seminários são apresentados nos três últimos capítulos. No conjunto, esta investigação enfoca a composição e o conflito de interesses capitalistas pelos novos projetos hidrelétricos recentemente licitados pela Aneel. São analisados os projetos hidrelétricos

10Alves - Alves

localizados nos rios Araguaia, Claro, Verde, São Marcos e o processo de instalação do empreendimento de Corumbá IV. Por último, o foco analítico recai sobre poderosos grupos econômicos nacionais e estrangeiros que disputam atualmente o mercado e o patrimônio de energia elétrica em Goiás. Nesta análise, relevam-se os problemas do passivo social e ambiental das obras já instaladas das usinas de Cachoeira Dourada, de Serra da Mesa e de Cana Brava. Conclui-se este trabalho afirmando-se que o processo de mercantilização dos serviços públicos de eletricidade fez da vasta maioria da população a sua vítima e não a sua beneficiária. A continuidade desta lógica provoca rapidamente o esgotamento dos recursos naturais, além da expropriação das terras dos pequenos proprietários ribeirinhos.

“ ”

ARAÚJO, João Lizardo de. A questão do investimento no setor elétrico brasileiro: reforma e crise. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 77-96, jul. 2001. Disponível em:<http://www.anpec.org.br/encontro2001/artigos/200104187.pdf>

Acesso em: 29/set/2014 RESuMO

Informa que o Brasil está passando por sua pior crise de suprimento de eletricidade nos últimos cinquenta anos. Esta ocorre após sete anos de esforços de reformas orientadas para o mercado, e levanta a questão inevitável de se o desenho e o ritmo da reforma foram corretos. As raízes da crise atual estão num longo período de sub-investimento a partir dos anos oitenta; as reformas do setor visaram corrigir esta situação, mas têm sido mal-sucedidas até o presente momento. Este artigo discute as causas deste insucesso e tenta buscar uma saída para os atuais problemas. A crise atual requer uma resposta de emergência, mas também uma política de longo prazo. Essa política deve basear-se no reconhecimento de que a demanda de eletricidade no Brasil tende a crescer rapidamente no futuro previsível e que a reforma deve centrar- se no investimento e na eficiência dinâmica ao invés da eficiência estática. Mais ainda, o grande sistema hidrelétrico do Brasil precisa de tratamento especial para se ter investimentos em plantas hidráulicas e térmicas.

“ ”

BARBOSA, Nair Palhano. Setor elétrico e meio ambiente: a institucionalização da “questão ambiental”. 2001. 240 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:<http://raceadmv3.nuca.ie.ufrj.br/BuscaRace/Docs/npbarbosa_1.pdf>

Acesso em: 08/set/2014RESuMO

Aborda a trajetória da questão ambiental no planejamento das políticas governamentais. Para isso, resgatou o processo histórico de emergência e institucionalização do debate sobre o meio ambiente no setor elétrico, observando, principalmente, as mudanças ocorridas no âmbito de sua estrutura organizacional e do planejamento de seus empreendimentos. Como setor elétrico, compreende-se a rede de interesses e relações sociais que sustenta o conjunto de políticas que tem como eixo a geração, transmissão e distribuição de energia, rede essa que pode extrapolar ou não os contornos de sua estrutura institucional. Ao longo dos estudos realizados para a elaboração desta tese, a questão ambiental foi entendida, ao menos liminarmente, como o conjunto de problemas, diagnósticos, situações, planos, programas e ações de um modo geral, assim como formas institucionais que, explicitamente, referem o meio ambiente como seu objeto, causa ou objetivo de constituição ou justificativa. A pesquisa que subsidiou o trabalho aqui apresentado foi orientada por procedimentos metodológicos característicos das análises institucionais e dos estudos sobre representações, e utilizou como fonte de informação a documentação disponível sobre o setor elétrico, e por ele produzida, e as informações obtidas através da realização de entrevistas e questionários com pessoas direta ou indiretamente envolvidas com o tema. Esse procedimento permitiu observar que o tratamento da questão ambiental no setor elétrico experimentou momentos que variaram segundo seu grau de internalização nas diferentes etapas dos empreendimentos do setor, bem como, na formulação de sua política institucional.

“ ”

BARDELIN, Cesar Endrigo Alves. Os efeitos do racionamento de energia elétrica ocorrido no Brasil em 2001 e 2002 com ênfase no consumo de energia elétrica. 2004. 113 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004. Disponível em:<http://www.pea.usp.br/grupos/gepea/dissertacao_cesarendrigo_gestaodeenergia.pdf>

Acesso em: 07/set/2014RESuMO

Mostra que a energia elétrica no Brasil entrou no foco das atenções com o racionamento de energia elétrica ocorrido de junho de 2001 a fevereiro de 2002, podendo o mesmo ser considerado um divisor de águas para o setor elétrico. O racionamento de energia elétrica

11Araújo - Bardelin

“Citações”

não foi a primeira crise no setor elétrico, sendo que ocorreram anteriormente outras crises no Brasil e em outros países. A causa do déficit, que gerou o racionamento, foi que o crescimento do parque gerador brasileiro não acompanhou o crescimento do consumo da forma adequada. O racionamento produziu impacto no consumo de energia elétrica de forma singular, provocando redução no consumo brasileiro em torno de 24%, influenciando até onde não houve racionamento e mantendo efeitos no consumo mesmo após o seu término. Foram calculadas as consequências do racionamento no consumo de energia elétrica por região, por setor, na demanda e em casos específicos. Os métodos de cálculos foram empregados considerando o crescimento no consumo em 2001, no período pré-crise de energia levando em consideração a sazonalidade dos períodos. As influências do racionamento não ficaram restritas ao consumo de energia elétrica, tendo efeitos no setor elétrico, na indústria, no comércio, na economia, na política nacional e na vida das pessoas em geral.

“ ”

BARRETO, William de Miranda. Eletrobras: o embate por trás de sua criação. 2010. 102 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/7686/CPDOC-WILLIAM%20DE%20MIRANDA%20BARRETO.pdf?sequence=1>

Acesso em: 01/set/2014RESuMO

Analisa a crise do setor de energia elétrica brasileiro no início dos anos 1950 e os projetos de caráter nacionalistas elaboradas pela Assessoria de Getúlio Vargas para solucionar a crise de abastecimento de energia elétrica. Dentre eles, um dos mais debatidos foi o que propunha a criação da Eletrobras, empresa estatal que seria responsável pelos investimentos dos recursos públicos na construção de novas usinas hidrelétricas, que levou oito anos para ser aprovado, que ganhou forte oposição de grupos presentes em diversos segmentos da sociedade que, baseados em pressupostos liberais, eram contrários à intervenção do Estado na economia. A pesquisa analisa a atuação de alguns atores que estiveram envolvidos no debate do projeto, a insatisfação da população e as consequências do racionamento ocorridos no período do segundo governo Vargas, a atuação do grupo estrangeiro Light no setor e seus esforços para a manutenção do monopólio natural do setor, a atuação das empresas estaduais de energia elétrica, bem como as emendas e propostas de projetos alternativos ao que propunha a criação da Eletrobras.

“ ”

BASTOS, Pedro Paulo Zahluth. A construção do nacional-desenvolvimentismo de Getúlio Vargas e a dinâmica de interação entre Estado e mercado nos setores de base. Economia, Selecta, Brasília (DF), v.7, n. 4, p. 239–275, dez. 2006. Disponível em:<https://anpec.org.br/revista/vol7/vol7n4p239_275.pdf>

Acesso em: 25/set/2014RESuMO

Alega que a defesa do desenvolvimento econômico orientado pelo Estado nacional foi um aspecto central da ideologia política de Getúlio Vargas, mas que as formas específicas do nacional-desenvolvimentismo de Vargas não nasceram prontas em 1930, definindo ao longo do tempo, com tentativas e erros, seus objetivos parciais, meios de implementação de políticas e as esferas de atuação do Estado e do mercado, particularmente empresas estatais, filiais estrangeiras e companhias privadas brasileiras. No caso dos ramos básicos para o desenvolvimento industrial-urbano – siderurgia, petróleo e energia elétrica –, uma mesma dinâmica histórica pode ser identificada: depois de, inicialmente, buscar induzir filiais estrangeiras para um novo estilo de desenvolvimento capitalista que rompia com a tradição liberal e com a especialização agroexportadora, Vargas tentou obter fundos públicos externos e, conseguindo-os ou não, recorreu ̀ a formação de fundos financeiros locais destinados a empresas estatais, como a Petrobras e a Eletrobras, sem as quais já não mais considerava possível superar estrangulamentos estruturais ao desenvolvimento. Esta dinâmica é estudada com foco especial no ramo de energia elétrica, onde, ao contrário dos demais, já se encontravam filiais estrangeiras operando em larga escala, antes de 1930. Conclui-se, alegando que três características permaneceram centrais ao nacional-desenvolvimentismo de Vargas: o anti-liberalismo, o oportunismo nacionalista, e a capacidade de adaptação a circunstâncias históricas cambiantes.

“ ”

CABALLERO, Álvaro José Agramonte. Adaptação organizacional estratégica e evolução financeira no setor elétrico: o caso das Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc. 2002. 236 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/82606/186661.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

12

Acesso em: 29/set/2014RESuMO

Estuda o processo de adaptação organizacional estratégica e a evolução financeira de empresa pertencente ao setor elétrico: a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, desde sua criação em 1955, até 2001. O estudo obedece ao modelo teórico de Pettigrew (1987) que sugere estudar processos de mudança histórico-longitudinais, em termos de conteúdo, contexto e processo. Evidencia a importância das questões financeiras no processo de adaptação organizacional abordadas através de análise longitudinal no Balanço Patrimonial, DRE e Doar da empresa. A dissertação adota orientação global de pesquisa qualitativa, porém de natureza descritiva, configurada em estudo de caso interpretativo simples. Adotado o referencial teórico e metodológico, recupera-se a história da empresa, assim como aspectos do seu contexto externo. Na análise da informação utiliza-se a técnica da Direct Research (Mintzberg e McHugh, 1985) que sugere dividir o estudo, inferindo períodos de análise. São inferidos seis períodos de análise. No primeiro (1955-1960), a Celesc é criada e inicia suas atividades. O segundo (1961-1970) caracteriza-se pelo lançamento da Celesc como empresa motora do desenvolvimento elétrico no Estado, experimentando significativo crescimento de suas operações, alavancado principalmente com recursos setoriais. No terceiro (1971-1982), a empresa consolida suas estruturas administrativa e operacional, continuando a experimentar significativas taxas de crescimento. Inicialmente o crescimento foi alavancado com base em recursos setoriais; posteriormente, com o fim do realismo tarifário, a empresa eleva seus níveis de endividamento. No final do período, deflagra-se crise financeira no setor elétrico como um todo. O quarto período (1983-1986) caracteriza-se pela instabilidade na gestão da empresa, causada por fatores políticos, trabalhistas e financeiros. O quinto (1987-1992), caracteriza-se pela implantação do modelo da Gestão Participativa e a contestação do mesmo. As condições financeiras continuam sendo adversas. No sexto (1993-2001), a empresa busca o melhor ajuste às novas condições resultantes do processo de reestruturação do ambiente institucional do setor, processo que ainda se encontra em andamento. No entanto, o amplo programa de investimentos empreendido, ajustes econômico-financeiros praticados, assim como os efeitos da crise energética de 2001, conduzem a empresa a apresentar altos níveis de endividamento a curto e longo prazos, nos últimos anos deste estudo. Ressalta-se que a variável investimento foi o principal nexo do estudo do processo de adaptação organizacional e da evolução financeira.

“ ”

CARDOSO, Flávia Aparecida Reitz. Análise da qualidade no setor de serviços segundo o método de avaliação Servqual. 2004. 200 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004. Disponível em:<http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/187/Disserta%3F%3Fo%20de%20mestradoFL%3FVIA%20APARECIDA%20REITZ%20CARDOSO.pdf?sequence=2>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Mostra que a busca pela qualidade na realização dos serviços tem sido uma constante em qualquer instituição organizacional. O controle da qualidade através de estudos da capacidade dos processos, da inspeção por amostragem e do planejamento de experimentos forma um conjunto de ferramentas muito importante na sua aplicação, manutenção e melhoria. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi medir a qualidade dos serviços prestados pela Companhia Paranaense de Energia – Copel, Agência Campo Mourão a partir da perspectiva do modelo Servqual, desenvolvido por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), mas com algumas adaptações para a linguagem dos serviços prestados pela companhia. Realizada no primeiro semestre de 2004, a pesquisa contou com a participação de 2.450 clientes distribuídos nos 98 bairros do município e já familiarizados com os serviços prestados, uma vez que, no estado do Paraná, essa companhia é, no momento, a única concessionária de energia elétrica a atender a população. Para a análise da pesquisa foram consideradas dimensões relacionadas a Acesso, Eficiência, Receptividade, Facilidade de entendimento, Flexibilidade, Customização, Privacidade, Espera no atendimento, Confiança e Segurança. De modo geral, a avaliação da qualidade percebida para esses serviços foi considerada média para praticamente todas as dimensões, sendo que as relacionadas ao Acesso e à Customização foram as pior avaliadas e à Confiança e Flexibilidade foram as melhor avaliadas. Não obstante esses fatores, este estudo também apresenta um comparativo entre as dez dimensões avaliadas e o método das componentes principais da análise fatorial, responsável pela extração de cinco novas dimensões: Confiança na empresa, Flexibilidade para prestar serviço, Facilidade no auto-atendimento, Segurança e Rapidez. E, mesmo que essas novas dimensões tenham reduzido significativamente o número inicial de variáveis analisadas, não houve nenhuma perda em relação à importância dos serviços prestados pela Copel. Embora os serviços prestados pela companhia façam parte do dia-a-dia dos clientes, os maiores níveis de exigência de qualidade são os das dimensões relacionadas à Espera no atendimento e Receptividade. Esses fatores estão relacionados diretamente ao tempo disponível e ao contato pessoal com a companhia. Assim, o modelo de avaliação da qualidade dos

13Barreto - Caballero Cardoso

serviços mostrou que ainda existe muito a se fazer para atingir o objetivo principal das instituições organizacionais, que é a satisfação de seus clientes.

“ ”

CARNEIRO, Ricardo. Estado, mercado e o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro. 2000. 409 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2000. Disponível em:<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Dissertacao_Ricardo_Carneiro.pdf>

Acesso em: 02/set/2014.RESuMO

Analisa a evolução da prestação dos serviços de eletricidade no Brasil, de suas origens nos anos finais de século XIX aos dias atuais, Enfatizando as transformações que se processam em seus arranjos organizacionais ao longo do tempo. Sustenta que o desenvolvimento setorial espelha a dinâmica das relações que se estabelecem entre os agentes Atuantes na área, de um lado, e o arcabouço regulatório da atividade, de outro, onde intervêm aspectos relevantes do contexto, cuja influência incide tanto sobre as necessidades potenciais e efetivas de suprimento de energia elétrica quanto sobre as possibilidades de mobilização de recursos com tal finalidade. Salienta que a trajetória percorrida é marcada por determinadas inflexões de rota, que guardam estreita relação com mudanças ocorridas na forma e no conteúdo da atuação do estado no setor. Identifica e descreve quatro períodos com características distintas em termos da configuração objetiva assumida pela atividade. O setor se organiza originalmente em torno da concessão da prestação do serviço à iniciativa privada, com baixo grau de regulação e de controle estatal, sob responsabilidade das instâncias administrativas locais e regionais. Sofre, a seguir, uma mudança no sentido da centralização do poder concedente, conjugada com a introdução da prática do controle tarifário, levando à retração dos investimentos privados e à formação e expansão de concessionárias públicas. A etapa subsequente se traduz no progressivo alargamento e na intensificação da intervenção pública na área, culminando na plena estatização do setor. Por fim, há uma espécie de retorno às origens do processo, com a reinserção da iniciativa privada na atividade, tendo como principais vetores ações articuladas de desregulamentação e privatização.

“ ”

CASSIANO, Célia Maria. Cultura popular: da tradição oral às novas tecnologias no processo de transmissão cultural. Disponível em:<http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/973dddc1b443ae8f2bc2f7b8e4f86639.pdf>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Levanta uma reflexão sobre o lugar das artes e culturas populares no mundo moderno, utilizando como estudo de caso alguns grupos da Folias de Reis atuantes em Campinas, interior do Estado de São Paulo. Sinaliza que, nesses grupos, o que chama a atenção dos pesquisadores de cultura popular é a grande ocorrência de registros sonoros, fotográficos e videográficos produzidos por eles durante o ritual da Folia dos Reis. Mostra a crítica dos teóricos sobre a indústria cultural e faz reflexões históricas da não participação do povo nas culturas das classes dominantes, contrapondo com o modelo da indústria técnica e econômica, onde alguns grupos dominam as comunicações de massa e decidem a produção que vai ser consumida.

“ ”

CIMA, Fernando Monteiro. Utilização de indicadores energéticos no planejamento energético integrado. 2006. 195 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Planejamento Energético) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em:<http://www.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/fmcima.pdf>

Acesso em: 10/set/2014.RESuMO

Aborda a utilização de uma base consolidada de indicadores energéticos como ferramenta analítica para a proposição de políticas públicas no âmbito de um Planejamento Energético Integrado para o Brasil. O conjunto de indicadores apresentados neste trabalho deriva de uma base internacional de indicadores energéticos (ISED – Indicators for Sustainable Energy Development), desenvolvida pela Agência Internacional de Energia Atômica, em conjunto com outras organizações internacionais, para o estabelecimento de uma metodologia de análise das três dimensões do desenvolvimento energético sustentável (econômica, social e ambiental). A partir da aplicação da base de indicadores para o sistema energético brasileiro, são propostas políticas energéticas com o objetivo de impactar positivamente, e de maneira integrada, a estrutura de indicadores energéticos.

“ ”

CORRÊA, Maria Letícia. Contribuição para uma história da regulação do setor de energia elétrica no Brasil: o Código de Águas de 1934 e o Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica. Política & Sociedade. Revista de Sociologia Política, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, v. 4, n. 6, p. 255-291, abr. 2005. Disponível em:<https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/1955>

Acesso em: 30/set/2014.RESuMO

Trata da história da regulamentação do setor de energia elétrica brasileiro, a partir do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (Cnaee), entre 1939 e 1954. O Cnaee tinha o objetivo de cumprir o Código de Águas de 1934 – ato legislativo que significou a afirmação da autoridade pública federal sobre recursos considerados estratégicos, definindo a demarcação interna de competências, direitos e responsabilidades sobre eles – e assumiu funções de regulamentação e normatização. O estudo se insere no quadro das discussões sobre o processo histórico do desenvolvimento do capitalismo no Brasil e a constituição do Estado, permitindo apreender, com relação ao quadro político-institucional, as estratégias e os instrumentos para a canalização das demandas elaboradas pelos diferentes grupos e frações de classes do período, diferentes das práticas de concessão de recursos e benefícios que haviam predominado ao longo da Primeira República (1889-1930).

“ ”

COSTA, Mônica Accioly da. Metodologia para implantação da gestão baseada em atividades (ABM): uma aplicação em área de engenharia da Celesc. 1999. 135 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1999. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/81000/141976.pdf?sequence=1>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Relata que o setor elétrico brasileiro, da mesma forma que toda a economia nacional, vem sofrendo substanciais transformações nos últimos anos, o que obriga as empresas do setor a adotar modernas formas de gestão de seus negócios, para atingir a eficiência e a competitividade necessárias à sua permanência no mercado. Este trabalho propõe uma metodologia para implantação da Gestão Baseada em Atividades (ABM), ferramenta gerencial que promove o aperfeiçoamento contínuo dos processos, através da compreensão das atividades desenvolvidas e da dinâmica dos custos, baseada nas informações geradas pelo Método de Custeio Baseado em

Atividades (ABC). Com fins de avaliar a metodologia proposta é desenvolvida uma aplicação em área de engenharia das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc), empresa distribuidora de energia elétrica. Neste trabalho, portanto, pode-se conhecer uma metodologia para implantação da ABM, avaliá-la através da descrição da aplicação realizada na Celesc, e compreender seus principais passos, benefícios, dificuldades e resultados.

“ ”

COSTA, Zeila. Tekohá Añetete: o reassentamento de um grupo indígena Avá-Guarani atingido pela construção da UHE Itaipu Binacional. 2002. 58 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em Ciências Sociais) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. Disponível em:<http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d15-zcosta.pdf>

Acesso em: 09/set/2014.RESuMO

Destaca que a UHE Binacional Itaipu localiza-se no Oeste paranaense, junto ao rio Paraná. Sua construção é consequência da primeira crise internacional do petróleo, na década de 70. A construção da UHE Binacional Itaipu afetou milhares de pessoas, entre elas o grupo Avá-Guarani do Ocoí/Jacutinga, que passou por um longo processo de luta para terem respeitados seus direitos. Após quase vinte anos, o grupo vê atendidas as suas reivindicações, recebendo da UHE Binacional Itaipu 1.744 ha de terras no município de Diamante d’Oeste/PR. Estão nessa terra desde 1977, em 2002 eram 232 pessoas construindo um novo tekohá, o Tekohá Añetete. As expectativas dos diversos atores sociais envolvidos nesse processo são grandes, vários projetos econômicos, de saúde e educacionais já estão em andamento. A proposta dessa pesquisa é descrever o processo de construção desse novo tekohá, suas conquistas e dificuldades.

“ ”

DANTAS, Maria de Lourdes Lucena. Um olhar sobre um mundo quase trevas: estudo de caso no Assentamento Imbiras II, município de Massaranduba (PA), onde não existe energia elétrica. 2001. 110 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Sociedade) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2001. Disponível em:<http://bdtd.uepb.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=382>

Acesso em: 09/set/2014.

14 15Carneiro - Cima Corrêa - Dantas

RESuMOTrata das condições de vida no Assentamento Imbiras II, uma comunidade rural do município de Massaranduba, no estado da Paraíba, desapropriada pelo Incra desde 1996, e onde 64 famílias viviam sem energia elétrica, à espera de que os políticos cumprissem promessas de campanha ou de que fosse executado o projeto de eletrificação elaborado pela Companhia Energética da Borborema (Celb), desde 1998. Como vivem, o que fazem, quais as suas perspectivas para o futuro, qual a sua relação com as políticas públicas foram algumas questões que se buscou responder, num estudo de caso feito por meio de uma pesquisa participativa, entre julho de 1998 e setembro de 2000, em que foram utilizados um formulário e entrevistas gravadas. Como ponto de partida e fio condutor para orientar as discussões teóricas, buscou-se subsídio em Antonio Cândido, especialmente, na obra Os parceiros do Rio Bonito, uma pesquisa realizada também numa comunidade rural, por se tratar de um estudo de base sociológica e antropológica, o mesmo que se pretendia para este trabalho. A ausência de energia elétrica não impede que os habitantes tenham acesso aos meios de comunicação de massa como a televisão, que há tempos é usada por muitos deles, graças ao sistema de bateria. Mas o fato de terem acesso a um veículo de grande penetração como a televisão não garante àquelas pessoas informações que podem modificar o seu cotidiano, principalmente, no que diz respeito às mulheres, que em geral têm muitos filhos, não têm o hábito de ir ao médico e nenhuma noção de como se prevenir de doenças. A perspectiva de contar com a energia leva alguns dos moradores a fazer projetos para o futuro, incluindo a aquisição de equipamentos para facilitar o trabalho no campo ou de aparelhos eletrodomésticos. Embora sendo uma área desapropriada pelo Incra, a quem caberia orientar os trabalhadores sobre o melhor aproveitamento da terra, os assentados não têm qualquer apoio nesse sentido, não contam com assistência técnica para desenvolver a produção agrícola, e por isso não usaram a verba de custeio do Banco do Nordeste do Brasil para esse fim, empregando-a na aquisição de móveis e eletrodomésticos. Os resultados não surpreendem quem tiver um olhar atento para a situação do homem do campo no Brasil, especialmente, os camponeses do Nordeste. Mas, mostram uma dura realidade, que angustia e que instiga a se apontarem caminhos, especialmente, porque sequer o órgão responsável pela desapropriação vem cumprindo seu papel, numa prova inequívoca de que de nada adianta tornar os camponeses proprietários, se não se lhes forem oferecidas as condições necessárias para produzir e assegurar a sua cidadania.

“ ”

DIAS, Glauco Gonçalves; SILVA, Rui Pires da. Dificuldades e medidas de controle no gerenciamento da manutenção civil das pequenas e médias centrais hidrelétricas na Cemig gt. In: Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas - Comitê Brasileiro de Barragens. 6., 21-25 de abril de 2008, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2008. Disponível em:<http://www.cerpch.unifei.edu.br/arquivos/artigos/e2a156e4c28aaf35cff45d771d9d18a8.pdf>

Acesso em: 02/set/2014.RESuMO

Informa que frente ao incentivo à construção de PCHs, é necessário levar em consideração como estas instalações serão operadas e mantidas ao fim da fase construtiva. As tendências mundiais de administração apontam para o gerenciamento cada vez mais racionalizado e restrições econômicas mais severas para o sucesso dos empreendimentos. Tal realidade tem forçado a engenharia de manutenção a uma adequação, passando por mudanças de conceitos e métodos. Neste contexto, a Cemig enfrenta desafios ainda maiores decorrentes de sua organização física e econômica. O presente artigo relata as dificuldades enfrentadas e medidas adotadas pela Cemig GT para o gerenciamento da manutenção civil, com o objetivo de que tais experiências sejam compartilhadas e sirvam a outras empresas.

“ ”

DOMICIANO, José Antonio. Um modelo de definição de tarifa de energia elétrica baseada no custo marginal: estudo de caso na Ceron. 2002. 91 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/83989/193477.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

Acesso em: 09/set/2014.RESuMO

Sinaliza que o atual ambiente competitivo do setor elétrico requere que empresas como a Ceron tenham conhecimento e maiores condições de propor tarifas que dão uma correta sinalização aos consumidores. Assim, busca-se avaliar um modelo de definição de tarifa de energia elétrica baseada no custo marginal mediante um estudo de caso na Ceron. Desenvolve-se uma investigação de um modelo de definição de tarifas de energia elétrica a partir do estudo de caso na Ceron; em seguida, analisa-se sua estrutura tarifária. Com a aplicação do modelo de sinalização tarifária, pode-se mensurar o grau de afastamento das tarifas, propor novas modalidades tarifárias alternativas que oferecem condições

para refletir de forma mais real os custos impostos pelos clientes que formam os subgrupos tarifários da Ceron. Oferece, com os resultados finais, parâmetros para se traçar importantes estratégias para a empresa. O modelo dá condições de se identificar e quantificar os subsídios dentro da estrutura tarifária. É uma base à qual se permite criar alternativas para solucionar as distorções tarifárias. Permite um melhor conhecimento de quais categorias de consumo poderão ser mais vulneráveis aos apelos de uma futura concorrente, pois consumidores livres tenderão a buscar empresas com tarifas que reflitam realmente seus custos.

“ ”

DOMINGuES, Paulo Cesar Magalhães. A interconexão elétrica dos sistemas isolados da Amazônia ao sistema interligado nacional. 2003. 149 f. Dissertação (Mestrado Engenharia de Produção e Gestão de Negócios) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, 2003. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/86488/234738.pdf?sequence=1>

Acesso em: 26/set/2014.RESuMO

Mostra que devido à sua forma de organização econômica e geográfica, grande parte da Amazônia é suprida eletricamente por diversos sistemas isolados. O custo da energia elétrica produzida nesses sistemas é extremamente elevado, por ser ela, predominantemente, de origem térmica. Não obstante, o mecanismo de cobertura dos gastos com combustíveis para geração de energia elétrica, as concessionárias da Amazônia se deparam com uma situação de bastante dificuldade, já que as tarifas praticadas não chegam a cobrir estes custos. Por outro lado, no Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia elétrica é produzida, majoritariamente, por usinas hidrelétricas, implicando custos de produção bem abaixo dos verificados nos sistemas isolados. Dentro desse contexto, o objetivo desta dissertação é o estudo e a proposição de alternativas que possibilitam a interligação elétrica entre os sistemas isolados da Amazônia e o SIN. O estudo demonstra que a maioria dos sistemas isolados da Amazônia não proporciona possibilidades de receitas e/ou redução de despesas que promovam a recuperação do capital investido em obras de interligação elétrica, à exceção dos sistemas que atendem às capitais dos estados do Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia e Roraima. Os projetos de interligação elétrica desses sistemas ao SIN, além de apresentarem viabilidade econômica, através da economia com combustível evitado e com dispêndios com a CCC, permitem o compartilhamento das reservas operativas e da

capacidade instalada, evitando, assim, investimentos adicionais em infraestrutura, melhoram a confiabilidade no suprimento de energia elétrica aos estados amazônicos, aumentam a competitividade da região, permitem o desenvolvimento de outros recursos energéticos, como o gás natural de urucu e estimulam o desenvolvimento econômico. Estes projetos constituem-se, portanto, em importantes instrumentos de desenvolvimento regional, uma vez que possibilitará a integração da Região Amazônica ao processo de desenvolvimento nacional.

“ ”

DuTRA, Marcelo; BORNIA, Antônio Cezar. Gestão estratégica dos custos invisíveis: o caso das empresas estatais transmissoras de energia elétrica do Brasil. ABCustos, Associação Brasileira de Custos, v. 4, n. 2, p. 80-102, mai./ago. 2009. Disponível em:<http://www.unisinos.br/abcustos/_pdf/158.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Apresenta a gestão estratégica dos custos invisíveis, focada na maximização de resultados, em empresas estatais transmissoras de energia elétrica do Brasil. Para atingir o objetivo proposto, apresenta-se, inicialmente, um estudo de caso realizado com a empresa Eletrosul, desenvolvido por intermédio de fontes documentais e da aplicação de entrevistas não estruturadas. Em seguida, através de raciocínio indutivo (do específico para o geral), após a exposição do case (específico), é arquitetado um constructo teórico, com base em duas assertivas fundamentadas, em que se propõe a gestão estratégica dos custos invisíveis como uma possível alternativa para as empresas estatais transmissoras de energia (geral), levando em conta suas características de ineficiência na gestão econômica e, em contrassenso, a eminente necessidade de maximização dos resultados.

“ ”

ESPOSITO NETO, Tomaz. Um panorama da literatura relevante sobre Itaipu. Boletim Meridiano 47, Brasília, DF, v. 14, n. 138, p. 37-44, jul./ago. 2013. Disponível em:<http://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/9233/7023>

Acesso em: 10/set/2014.RESuMO

Mostra que a hidroelétrica brasileiro-paraguaia de Itaipu é considerada um marco relevante nas relações entre Brasil e Paraguai, pois criou um vínculo permanente entre os dois países.

16 17Dias - Domiciano Domingues - Esposito

Ainda nos dias atuais, Itaipu é uma das maiores geradoras de energia do mundo, responsável por mais de 25 por cento da energia gerada no Brasil e cerca de 95 por cento da eletricidade consumida no Paraguai. Os diversos reflexos da construção de Itaipu, em especial as mudanças na estrutura de poder no Cone Sul, são fenômenos muito estudados, e existe uma multiplicidade de interpretações sobre o tema. O presente trabalho objetiva traçar um panorama da literatura relevante sobre Itaipu.

“ ”

FIGuEIREDO, Miriam Beatriz Collares. Da Memória dos trabalhadores à Memória Petrobras: a história de um projeto. 2009. 109 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2705/CPDOC2009MiriamBeatrizCollaresFigueiredo.pdf?sequence=1>

Acesso em: 09/set/2014.RESuMO

Mostra como reflexo de um movimento mundial onde a memória se tornou um valor nas sociedades contemporâneas, também as empresas estão investindo na organização e preservação de suas memórias e um sem número de iniciativas materializou-se na publicação de livros, exposições, criação de “museus virtuais” e fundação de Centros de Documentação ou de Memória. Neste trabalho analisamos como a história das empresas vem sendo organizada com base na experiência do programa Memória Petrobras. Ao longo de seis anos, a estatal implementou um amplo conjunto de iniciativas voltadas para a recuperação dos marcos históricos da empresa, ordenação de dados, coleta de depoimentos e preparação de um suporte de pesquisa e divulgação materializado em um museu virtual. Discutimos a relevância desta proposta no conjunto de outras iniciativas semelhantes, no âmbito da história das empresas.

“ ”

FuGIMOTO. Sérgio Kynia. A universalização do serviço de energia elétrica: acesso e uso contínuo. 2005. 289 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em:<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Dissertacao_Sergio_Fugimoto.pdf>

Acesso em: 10/set/2014.

RESuMORelata que, com base nos dados do IBGE, estima-se que aproximadamente 2,4 milhões de domicílios brasileiros não têm acesso ao serviço de energia elétrica. Ainda, projeções da Aneel indicam que, após a alteração dos critérios determinados pela Lei nº 10.438/2002, o número de unidades consumidoras classificadas na subclasse residencial baixa renda passou de oito para 14 milhões. Conforme estimativas atuais, são necessários recursos da ordem de R$ 7,3 bilhões para equacionar o acesso à energia elétrica daqueles domicílios, bem como de, aproximadamente, R$ 1 bilhão por ano, para compensar as distribuidoras pela perda de receita decorrente do aumento do número de consumidores baixa renda. Os dois aspectos são complementares na conceituação da universalização, na visão do autor. Desse modo, este estudo apresenta uma visão sistêmica sobre ambos os aspectos da universalização: a garantia do acesso físico e do uso contínuo; sendo este último, considerado como as condições para a manutenção do acesso ao serviço de eletricidade por meio de uma tarifa social ou de programas compensatórios. O objetivo principal dessa dissertação é, então, avaliar e analisar as normas legais e os regulamentos que norteiam as políticas públicas de universalização dos serviços de energia elétrica, como, também, dos que indiretamente, interferem nessas ações, buscando identificar eventuais necessidades de sua complementação ou mesmo de sua alteração. Para isso, mostra-se a evolução recente das ações do Estado, da legislação pertinente e da regulamentação promovida pela Aneel para cada uma das duas vertentes da universalização. Apresenta-se, também, a dimensão dos recursos financeiros envolvidos, identificando os possíveis impactos decorrentes da nova regulamentação da subclasse residencial baixa renda e, também, do programa de universalização Luz para Todos.

“ ”

GOMES, João Paulo Pombeiro. O campo de energia elétrica no Brasil – de 1880 a 2002. 2005. 182 f. Dissertação (Mestrado Executivo em Gestão Empresarial) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/3782/Joao-Paulo.pdf?sequence=1>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Analisa a evolução dos fatores históricos e institucionais que contribuíram para a formação e estruturação do setor elétrico brasileiro, desde o surgimento da energia elétrica no Brasil, em 1880, até ao final do ano de 2002. Esta análise se faz, a partir

da descrição histórica linear, com cortes nos fatos determinantes, denominados incidentes críticos, quando são detalhados e analisados os principais atores sociais presentes no campo de energia elétrica, naquela data. Neste estudo utiliza-se um modelo analítico baseado no referencial teórico proposto pela Teoria Institucional, mas ressaltando os elementos que possam compreender o fenômeno, dentro de uma ambiência de um país em desenvolvimento, onde está inserido o setor elétrico brasileiro. Nesse sentido, são apresentados, ao longo do período abrangido por este trabalho, os campos organizacionais nas datas definidas pelos principais incidentes críticos, bem como são identificados os recursos de poder utilizados pelos principais atores sociais envolvidos e quais seus principais interesses e graus de influência. Foi adotada uma metodologia qualitativa, e a pesquisa utilizou o método de análise de diversos documentos e de entrevistas em profundidade, semi-estruturadas, realizadas com dirigentes do setor que participaram desta história, com a finalidade de fornecer a necessária confiabilidade e a credibilidade aos fenômenos estudados. Finalmente, o estudo demonstra os principais elementos, que, ao longo da história do setor elétrico brasileiro, determinaram sua modelagem institucional, caracterizando o ambiente externo, como o principal fator que vem influenciando e determinando a trajetória do setor elétrico brasileiro, nomeadamente, quanto à disponibilidade dos recursos financeiros a serem investidos neste setor. Anualmente, a sociedade e o desenvolvimento econômico do país demandam mais disponibilidade de energia elétrica que se reflete nas altas taxas de crescimento de consumo. Esta situação acarreta a necessidade de permanentes investimentos para atender às necessidades do país. Em contrapartida, a falta de investimentos no setor pode tornar-se um fator limitador, já que sem energia disponível o desenvolvimento do país fica comprometido, ou até, como já aconteceu no passado, houve a necessidade de realizar racionamento de energia elétrica.

“ ”

GOuLARTI FILHO, Alcides. O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 26, n. 1, p. 627-660, jun. 2005. Disponível em:<http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/2096/2478>

Acesso em: 06/set/2014. RESuMO

Discute as políticas de desenvolvimento em Santa Catarina, por meio do planejamento estadual, a partir de 1955 até 2002. O texto está dividido em quatro partes. Inicialmente, é feita uma introdução

discorrendo sobre o novo padrão de crescimento que emerge em Santa Catarina, a partir de 1962, comandado pelo grande capital industrial e agroindustrial e pelo Estado; em segundo lugar, apontam-se as deficiências estruturais que estrangulavam a indústria catarinense nos anos 50; em seguida, analisam-se os planos de governo de 1955 a 2002, abordando os investimentos em transporte, energia, telefonia e no sistema de crédito, divididos em quatro períodos: aproximação à política de desenvolvimento (1955-60), política de desenvolvimento (1961-78), continuação de uma época (1979-90) e o regresso liberal (pós 1990). E, por último, faz-se uma análise geral da política de desenvolvimento em Santa Catarina.

“ ”

GRINGS, Alice. A terceirização na Eletrosul: a percepção dos trabalhadores e seus vínculos de trabalho. 2009. 75 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/120167/284119.pdf?sequence=1>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Mostra a visão que os empregados terceirizados que prestam serviços ao Prédio-Sede da Eletrosul Centrais Elétricas S/A possuem de sua posição. A pesquisa, de caráter qualitativa e de caráter exploratória, ocorreu no âmbito do Programa Terceira de Primeira – 3 D 1 desenvolvido pela Divisão de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional – DVSS, da qual o Serviço Social faz parte. O referido Programa é direcionado a todos os empregados terceirizados que prestam serviços à Eletrosul. Para tanto, entrevistamos um universo de 12 empregados terceirizados que prestam serviços a Eletrosul, em diversas áreas, tais como: recepção, jardinagem, limpeza, manutenção de máquina de impressão e reprodução, mensageiro, remanejamento de materiais, copa, técnico de sonorização e manutenção áudiovisual, auxiliar na gestão de contratos de poços e serviços, manutenção civil, e vigilância. A pesquisa apresentou dados que trazem a trajetória/experiência laboral dos trabalhadores terceirizados, bem como, a trajetória laboral na prestação de serviços a Eletrosul. Os dados obtidos por meio da pesquisa demonstram que a inserção dos empregados terceirizados no mercado de trabalho é repleto de angústias e incertezas relacionadas com o futuro profissional. Essa questão está presente devido a natureza do mesmo, por ser um trabalho que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial com o intuito de transferir as atividades auxiliares para terceiros, e posteriormente,

18 19Figueiredo - Gomes Goularti - Grings

na década de 1990, teve seu auge com a implementação de uma política neoliberal que instituiu uma flexibilização e uma tentativa de desmonte dos direitos trabalhistas, o que significa a precarização do trabalho. Outro dado demonstra que a maioria dos empregados terceirizados gostam das atividades que realizam, e para isso o ambiente de trabalho e os colegas contribuem. Por outro lado, observamos que a maioria dos empregados entrevistados não vinculam as atividades desenvolvidas ao Programa 3 D 1, ou ainda, não reconhecem o Programa. Por outro lado, a pesquisa mostrou a opinião dos trabalhadores terceirizados, que vincularam essa posição a inferioridade, menos qualidade profissional, a dificuldade de se manter no mercado de trabalho devido a fragilidade dos laços contratuais. E por fim, demonstra possível atuação do Serviço Social por meio do Programa 3 D 1.

“ ”

GuEDES, Clélia Fabiana Bueno. An overview of the network or research and development (R&D) on public policy of the Brazilian electricity sector. Washington, DC: The George Washington University, 2011. 40 p. (Minerva Papers). Disponível em:<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Artigo_Clelia_Guedes.pdf>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

A public policy consists of an intentional course of action that is implemented in order to achieve a goal. On the other hand, public policy networks are a relatively stable set of independent relationships, which bind a variety of actors who share common interests in reference to a policy. The Law 9,991/2000 established the regulatory framework of public policy on R&D in the energy sector, delegating the responsibility for implementing this policy to Aneel and to Finep. In order to implement this public policy two sub-networks were formed under the coordination to Aneel and Finep and the conjunction of their actions constitute a larger R&D network addressed to promote the development of the Brazilian electricity sector. Thus, the target of this paper is to present an overview of the network of public policy on R&D of the Brazilian electricity sector and identify some of its dimensions, such as the number and type of actors, structure and degree of institutionalization, and role and type of relationship predominate among its participants. As a result of the analysis one can conclude that there was a notable mobilization of actors and financial resources in this network. However, the R&D Program network regulated by Aneel is more efficient than the CT-Energ network, despite equal resources earmarked by law for both because of differences in how the

two institutions coordinate investments. One explanation for the low investment in CT-Energ could be due to the Brazilian Federal Government expenditure restrictions, which were imposed to facilitate primary surplus targets. It is also important to highlight that network coordination by Aneel generated mostly incremental innovations in the process, what it may find explanation in the degree of the technological maturity of the electricity sector. Note also that the network for R & D policy, especially the Program regulated by Aneel, has sought to encourage the involvement of industry in the innovation process, aimed at enhancing the generation of product innovations and consequently to increase the quantity of Brazilian patents. Data prove that the actions of the network for R&D of the electricity sector have been meaningful. However, it is observed that CT-Energ needs to broaden its actions. Furthermore, the actions of both networks (R&D Program regulated by Aneel and CT-Energ) should be more integrated in order to avoid redundancies and gaps in policy.

“ ”

HANSEN, Cláudia Regina Salgado de Oliveira. Eletricidade no Brasil da Primeira República: A Companhia Brasileira de Energia Elétrica e os Guinle no Distrito Federal (1904-1923). 2012. 285f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012. Disponível em:<http://www.historia.uff.br/stricto/td/1384.pdf>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Trata das estratégias usadas pelos dirigentes da Companhia Brasileira de Energia Elétrica na conquista do mercado de eletricidade do Distrito Federal, na Primeira República. Partindo de uma reflexão acerca da conjuntura favorável ao surgimento de empresas de eletricidade, no Brasil, e do crescimento e fortalecimento do mercado de eletricidade do Distrito federal, são analisados os investimentos dos Guinle no setor elétrico brasileiro, especialmente, a Companhia Brasileira de Energia Elétrica. À análise da fundação e organização da Companhia Brasileira de Energia Elétrica - que representou a consolidação dos interesses dos Guinle no setor elétrico brasileiro -, articula-se uma investigação acerca dos seus aspectos econômico-financeiros. Em seguida, procurando investigar sobre as estratégias utilizadas pelos dirigentes da Companhia Brasileira de Energia Elétrica para a conquista do mercado de eletricidade do Distrito Federal, são analisadas a presença e participação de membros da família Guinle e seus parceiros na Associação Comercial do Rio de Janeiro, no Clube de Engenharia e no Centro Industrial do Brasil, assim como

suas articulações com ocupantes de cargos públicos diretamente vinculados às concessões dos serviços públicos e particulares de eletricidade do Distrito Federal. Por fim, foi feita uma análise essencialmente quantitativa acerca da posição tomada por alguns periódicos cariocas na disputa travada entre os Guinle e os dirigentes da empresa canadense The Rio de Janeiro Tramway Light and Power, pelo mercado carioca de eletricidade.

“ ”

HANSEN, Cláudia Regina Salgado de Oliveira. Guinle&Cia e CBEE: os Guinle no setor de eletricidade brasileiro do século XX. In: Encontro Regional da Associação Nacional de História - Anphu-Rio – Memória e Patrimônio. 16., 2009, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Anpuh, 2010. 9 p. Disponível em:<http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276735864_ARQUIVO_Anpuh20101.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Apresenta resultados de investigação sobre o grupo econômico fundado e liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle, que investiu no setor brasileiro de eletricidade em fins do século XIX e início do XX. São analisadas em especial as ações “dos Guinle” relacionadas às tentativas de articulação com o grupo estrangeiro fundador da Rio Light, bem como os investimentos feitos pelos Guinle para a atuação no setor de eletricidade. O estudo parte do princípio de que esses negociantes não eram meros objetos das transformações econômicas porque passava o Brasil daquele período.

“ ”

HANSEN, Cláudia Regina Salgado de Oliveira. “Os Guinle” como agentes do Clube de Engenharia. In: Simpósio Nacional de História, 25., 2009, Fortaleza. Anais eletrônicos... Fortaleza: ANPUH, 2009. 11 p. Disponível em:<http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0821.pdf>

Acesso em: 07/set/2014. RESuMO

Analisa a participação do “Grupo Guinle” no Grupo Dirigente do Clube de Engenharia, agremiação de engenheiros e industriais fundada no Brasil em fins do século XIX, mediante a ocupação de cargos e envolvimento nas discussões temáticas. Apoiando-nos nas reflexões de Gramsci sobre o Estado, apreendemos o Clube

de Engenharia como “partido” já que essa agremiação defendia questões específicas das frações de classe que procurava representar, e como unificava interesses e também difundia visões de mundo, atuava como dirigente, tornando possível a inserção dessas frações em diferentes esferas de poder. E o “Grupo Guinle”, tal como constatamos, a partir da leitura das Atas do Conselho Diretor e da Revista da agremiação, especialmente Gabriel Osório de Almeida, foi parte integrante significativa do grupo de agentes do Clube de Engenharia.

“ ”

HANSEN, Cláudia Regina Salgado de Oliveira; SAES, Alexandre Macchione. Poder municipal e as concessões de serviços públicos no Brasil no início do século XX. História Econômica & História de Empresas, Rio de Janeiro, v. 10. n. 1, p. 49-81, 2007. Disponível em:<http://www.revistaabphe.uff.br/index.php?journal=rabphe&pa-ge=article&op=view&path%5B%5D=74&path%5B%5D=40>

Acesso em: 07/set/2014.RESuMO

Mapeia a evolução política e econômica da Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE) nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, identificando os entraves e êxitos da empresa na aquisição de concessões municipais. Avaliando as relações políticas no âmbito municipal é possível compreender os arranjos políticos e os principais grupos de interesse existentes no período. Por mais respeitáveis que fossem as decisões estaduais e federais, não existia um projeto nacional sobre as concessões dos serviços públicos naquele momento. Logo, as decisões sobre os serviços de eletricidade estavam à mercê dos arranjos políticos na Câmara Municipal e das relações entre empresários e vereadores.

“ ”

LAMARÃO, Sergio Tadeu de Niemeyer. A energia elétrica como campo de pesquisa historiográfica no Brasil. América Latina em la Historia Económica, Ciudad de México, n. 8, p. 39-49, jul./dez. 1997.Disponível em:<http://alhe.mora.edu.mx/index.php/ALHE/article/viewFile/87/82>

Acesso em: 25/set/2014.RESuMO

Apresenta a eletricidade no Brasil, suas influências decorrentes das inovações técnico-científicas e industriais observadas nas três últimas décadas do século XIX que afetaram de modo determinante a esfera da produção, a estrutura social e a vida

20 21Guedes - Hansen Hansen - Lamarão

cotidiana. Aborda fatos históricos, configurações e evolução tecnológica e perspectivas sobre o seu uso e reutilização. Mostra também a criação do Centro da Memória da Eletricidade no Brasil – Memória da Eletricidade, como grande integrador dos esforços do setor em reunir e preservar sua memória, totalmente voltado para a história do fenômeno elétrico no Brasil. Cita os primeiros projetos de pesquisa da Memória da Eletricidade dentro da temática e o alinhamento feito junto às organizações parceiras para que estudos técnico-históricos pudessem retratar as ações pioneiras das empresas do setor elétrico no país.

“ ”

LAMARÃO, Sérgio Tadeu de Niemeyer. Capital privado, poder pú-blico e espaço urbano: a disputa pela implantação dos serviços de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro (1905-1915). Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 1, n. 29, p. 75-96, 2002. Disponível em:<ht tp ://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/ar ticle/view/2151/1290>

Acesso em 29/set/2014. RESuMO

Investiga a disputa, que se estendeu de 1905 a 1915, entre a empresa canadense Rio de Janeiro Light and Power e o grupo Guinle, de capital nacional, pela oferta de energia elétrica ao mercado da cidade do Rio de Janeiro. O embate, que teve como pano de fundo a expansão imperialista na América Latina, envolveu diretamente as diferentes instâncias do poder público e chegou ao fim com a vitória definitiva dos interesses estrangeiros.

“ ”

LEITÃO, Célia Regina Alberti. Uma análise comparada da gestão governamental da crise de energia de 2001 em relação a uma meto-dologia de eventos críticos. 2005. 225 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Gestão Ambiental) – Universidade Católica de Brasí-lia, Brasília, 2005. Disponível em:<http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArqui-vo=551>

Acesso em: 10/set/2014.RESuMO

Analisa o processo de gestão da crise de energia elétrica pelo Governo Federal ocorrida no Brasil em 2001, comparativamente a uma metodologia de gestão de eventos críticos, provocado pelas variações de clima, buscando analisar a capacidade do Estado em responder a um evento crítico provocado por essa variabilidade.

Em recursos hídricos são considerados eventos estremos tanto a ocorrência de cheias e inundações, como de secas, cuja previsibilidade se torna muito difícil pois envolve condicionantes naturais do globo terrestre. A escolha do tema gestão de crise de energia, deve-se ao fato de que a geração de energia elétrica no Brasil é ainda predominantemente hídrica, cujas condições climáticas desfavoráveis resultariam em condicionantes críticos ao desenvolvimento econômico brasileiro e que, se sua geração depende fundamentalmente da disponibilidade de água dos rios e reservatórios, leve em consideração a gestão de eventos críticos de secas e enchentes, a fim de enfrentar esses aspectos e minimizar as perdas econômicas que muitas vezes abalam a nação.

“ ”

LEITE, Andréa Pereira. Modelagem de fazendas eólicas para es-tudos de confiabilidade. 2005. 159 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Engenharia Elétrica) -- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:<http://www.pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2005042601.pdf>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Desenvolve um modelo computacional de representação probabilística da geração de fazendas eólicas para estudos de confiabilidade. Além disso, pode fornecer a estimativa anual da energia produzida e indicadores de desempenho, que podem ser usados na análise de viabilidade de implantação das fazendas. O modelo alia as características estatísticas da velocidade do vento às informações físicas de geradores, utilizadas em estudos de confiabilidade, tais como as taxas de falha e de reparo, representando a usina por um processo de Markov. Foram feitas simulações com séries reais de velocidade de vento de regiões do Brasil e os resultados reproduziram com sucesso o comportamento de todos os componentes presentes no modelo.

“ ”

LEMOS, Chélen Fischer de. O Processo sociotécnico de eletrificação na Amazônia: articulações e contradições entre Estado, capital e terri-tório (1890 a 1990). 2007. 342 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:<http://www.ippur.ufrj.br/download/pub/ChelenFischerDeLemos.pdf>

Acessado em: 06/set/2014.

RESuMOApresenta a recuperação e análise da história da eletrificação na Amazônia, desde sua constituição nos anos 1890, até o início dos anos 1990. Por meio da investigação das articulações entre as dimensões sociotécnicas do processo de eletrificação e o planejamento territorial, procurou-se desvendar o papel da energia elétrica nas dinâmicas sócio-espaciais e no desenvolvimento da região. Partindo do pressuposto de que os sistemas tecnológicos fazem parte das práticas sociais, e que variam ao longo da história e de uma cultura para outra, a abordagem contextualista foi usada para situar o ambiente sociocultural e histórico em que se configuraram os sistemas elétricos amazônicos, ao longo do período estudado. A análise dos fatos e eventos narrados na tese, levou à conclusão de que, no processo de expansão de sua ação na região, o setor elétrico investiu na construção e consolidação do mercado consumidor intensivo para a energia da Amazônia, ao mesmo tempo em que reconfigurou região como “vocacionada” para a exportação de energia.

“ ”

LEMOS JÚNIOR, Clésio Barbosa. A implantação da usina hidrelé-trica de Furnas (MG) e suas repercussões: estudo sobre a territoria-lização de políticas públicas. In: Encontro Latinoamericano Ciências Sociais e Barragens - Impactos Territoriais e Ambientais, 3., 2010, Belém/Pará. Anais... Belém, 2010. Disponível em:<http://www.ecsbarragens.ufpa.br/site/cd/ARQUIVOS/GT7-9-6-20101027164429.pdf>

Acesso em: 26/set/2014.RESuMO

Traz de maneira sucinta as informações encerradas no estudo cujo objetivo foi analisar as repercussões causadas pela implantação da Usina Hidrelétrica de Furnas (MG), sejam elas territoriais, quando do processo de des/re/territorialização, sejam turísticas, quando da formação do lago artificial criado pelo represamento das águas. Estruturamos o corpo deste trabalho da seguinte maneira: Introdução, onde contextualizamos o tema pesquisado, apresentamos e delimitamos o objetivo pretendido, o objeto de estudo e a estrutura metodológica da dissertação. Na seção Repercussões apresentamos as contribuições teóricas utilizadas na investigação, para tanto fizemos uma revisão bibliográfica que perpassa as definições de território e seus desdobramentos, assim como, o conceito de turismo e sua relação com os recursos hídricos. Diante da característica descritiva do trabalho apresentamos também alguns resultados da coleta de dados, obtidos por meio de entrevistas, com o intuito de responder algumas indagações

propostas. Finalmente, nas Conclusões, relacionamos as ideias desenvolvidas no texto e salientamos alguns desdobramentos trazidos pela pesquisa.

“ ”

LIPSCOMB, Molly; MOBARAK, Ahmed Mushfiq; BARHAM, Tania. Development effects of electrification: evidence from the geologic pla-cement of hydropower plants in Brazil. June 2011. London (UK), Centre of Economic Policy Research, Discussion Paper N. DP8427. Disponível em:<http://sticerd.lse.ac.uk/seminarpapers/dg10102011.pdf>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

We estimate the development effects of electrification across Brazil over the period 1960- 2000. Brazil relies almost exclusively on hydropower, which requires intercepting water at high velocity. We build an engineering model which takes as inputs only geography (river gradient, water flow and Amazon) and simulates a time series of hypothetical electricity grids for Brazil that show how the grid would have evolved had infrastructure investments been made based solely on geologic cost considerations, ignoring all demand-side concerns. Using the model as an instrument, we document large positive effects of electrification on development that are underestimated when one fails to account for the political allocation of infrastructure projects or its targeting to under-developed areas. Broad-based improvement in labor productivity across sectors and areas rather than general equilibrium re-sorting (in-migration to electrified counties) appears to be the likely mechanism by which these development gains are realized.

“ ”

LIPSCOMB, Molly; MOBARAK, Ahmed Mushfiq; BARHAM, Tania. Returns to electricity: evidence from the quasi-random placement of hydropower plants in Brazil. (Preliminary draft, not for general circula-tion: this version 30/07/2008). Disponível em:<http://www.learningace.com/doc/638392/ae48c21230835584cc-4683fca166c928/seminar100308>

Acesso em: 08/set/2014.RESuMO

We exploit quasi-random variation in hydro-power generation and transmission in Brazil in order to isolate of the causal effects of electricity grid expansion on changes in population density and GDP. Since hydro-power generation requires intercepting water at

22 23Lamarão - Lemos Lemos - Lipscomb

high velocity, there is a random component to households’ access to electricity in a country that relies heavily on hydro-power, as that access depends on the household’s proximity to rivers with a gradient suitable for hydro-electricity generation. We predict hydropower plant placement based on exogenous geologic characteristics (river gradient and water flow) of locations throughout Brazil (while simultaneously controlling for land slope in surrounding areas), and then develop a cost-minimizing “engineering model” to predict the expansions of transmission lines from each of those predicted hypothetical stations every decade. We then examine the effects of electricity availability using only the portion of availability that is attributable to purely supply-side geology-driven cost considerations. We find that in the cross-section, grid expansions strongly induce people to move to areas suitable for hydropower dam construction, although this may be driven by a cross-sectional correlation between population density and water. In fixed effect regressions, this effect of electricity on density is much smaller, and fixed effects IV estimates show that even that smaller effect is likely a result of electricity grid expansions following population projections. Electricity is estimated to increase GDP per capita under the fixed effects IV. This is probably due to a true causal effect of electricity on some aspect of productivity, since the population density results suggest that some other ‘general equilibrium’ effect such as changes in the composition of population and skills following inmigration to electrified areas might not be such a big part of this story once location fixed effects and the endogenous expansions of the electricity grid are accounted for.

“ ”

LORENZO, Helena Carvalho de. O setor elétrico brasileiro: passado e futuro. Perspectivas, São Paulo, v. 24/25. p. 147-170, 2001/2002. Disponível em:<http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/406/291>

Acesso em: 08/set/2014.RESuMO

Analisa as possibilidades de uma estratégia nacional da política energética com visão de longo prazo, que sinalize, tanto para as agências do governo quanto para a iniciativa privada, o rumo que se deseja seguir e que garanta as responsabilidades e o atendimento à sociedade. Por isso, retoma as características da formação e do desenvolvimento inicial do setor elétrico brasileiro, destacando a montagem de um eficiente modelo institucional estatal que garantiu, durante décadas, o crescimento econômico e o atendimento à população. Em seguida analisa, resumidamente, as crises que caracterizavam o setor e as empresas, a partir dos anos

70, e seus desdobramentos que desembocaram na organização de uma reforma institucional privilegiando a participação da iniciativa privada no setor. A parte final do artigo analisa diversos problemas, tendências e questões ainda em aberto decorrentes da marcha da transição rumo ao novo modelo institucional e da crise de energia elétrica mais recente. Destaca a importância das decisões da administração pública na transição e da revisão de conceitos relativos à reforma do Estado, no caso os limites do estado mínimo e dos mercados competitivos, na elaboração de uma estratégia de longo prazo para o setor.

“ ”

MAGALHÃES, Gildo; TOMIYOSHI, Luiz. Electricity in Brazil - Part 1. Industry Appications Magazine, IEEE, p. 8-12, mar./apr. 2011. Dispo-nível em:<http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?arnumber=5711613>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Apresenta a trajetória do desenvolvimento da eletricidade no Brasil e retrata historicamente os bloqueios de forças políticas, sociais e técnicas. Cita que, embora tenha havido um debate público sobre a industrialização do país, quando o Brasil declarou sua independência em 1822 e Dom Pedro I abdicou do trono Português para mudar para o Brasil, a maioria dos políticos proprietários de terra consideraram a ausência de indústrias como resultado de uma ordem natural. Fala que o Brasil é dotado de uma natureza que impulsionou uma forte economia agrícola com as exportações, especialmente açúcar e algodão e que as exportações podiam ser trocadas por produtos manufaturados. Destaca que industrialização era de pouco interesse e sem industrialização, havia pouca demanda por energia elétrica. Mostra que o cenário só muda com Dom Pedro II, que passa a estimular o desenvolvimento da energia elétrica no Brasil.

“ ”

MAGALHÃES, Gildo; TOMIYOSHI, Luiz. Electricity in Brazil - Part 2. Industry Appications Magazine, IEEE, p. 8-11, 69, may/jun. 2011. Disponível em:<http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?arnumber=5746595>

Acesso em: 01/set/2014.

RESuMOAborda que no período após a Segunda Guerra Mundial houve um aumento considerável na demanda por energia elétrica em todo o Brasil. As regiões de São Paulo e Rio de Janeiro enfrentaram uma grave escassez de energia elétrica e por muitas razões, as empresas de energia não conseguiam atender a essa demanda. Problemas como a depressão da década de 1930, que estimulou um baixo investimento em geração de energia elétrica e a turbulência internacional na fabricação/produção, durante a Segunda Guerra Mundial, dificultaram a importação de equipamentos para o setor de energia. Destaca que falhas de energia refletiram o esgotamento do modelo anterior de coexistência entre um menor capital nacional local e empresas estrangeiras de maior porte, que juntas constituíam sistemas isolados em termos de técnica e planejamento, o que resultou na incapacidade de atendimento com o aumento da demanda que estava além da capacidade.

“ ”

MARTINS, Douglas de Araújo; MENDES, Alessandro Aurélio da Cunha. Novo aplicativo para a avaliação multicritério de projetos de geração para atendimento a comunidades isoladas. 2009. 101 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2009. Disponível em:<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/908/1/2009_DouglasMar-tins_AlessandroMendes.pdf>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Relata que a distribuição de energia elétrica a comunidades isoladas enfrenta grandes barreiras, quando se imagina que a relação custo/benefício não é nada atraente do ponto de vista econômico. No entanto, todos os efeitos sentidos por estas comunidades vão além do aspecto monetário. O modelo atual na escolha dos projetos de energia elétrica nem sempre considera os impactos ambientais e sociais, por muitas vezes não serem disponibilizadas formas objetivas de se considerarem esses aspectos. Este trabalho, que trata do desenvolvimento de uma metodologia multicritério, com o consequente aprimoramento de um aplicativo, visa contribuir com a escolha do melhor projeto de geração de energia capaz de atender a comunidades isoladas. A metodologia e o aplicativo fornecem, sistematicamente, uma forma de se considerar os aspectos econômicos, sociais, ambientais e técnicos, tornando-se uma grande ferramenta capaz de auxiliar os investidores. O aplicativo foi desenvolvido na plataforma Excel 2007 com o auxílio da programação Visual Basic for Aplication. Este ambiente foi escolhido pela excelente interface gráfica proporcionada, além da

facilidade de trabalho. É uma ferramenta capaz de comparar as alternativas de geração por meio das notas e pesos atribuídos aos diversos critérios, fornecendo uma classificação final que indica a melhor forma de geração de energia elétrica.

“ ”

MATOS FILHO, Afrânio B. de Alencar. Uma visão sobre a formação profissional nas empresas do novo setor de energia elétrica brasileiro: ameaças e oportunidades. 2001. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (MBA em Energia Elétrica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:<http://www.eletrobras.com/ELB/data/documents/storedDocument-s/%7B8560E99F-A6A6-428C-965E-619167F03yy211%7D/%7B0651F-DC0-2895-4E42-A6C5-4FBE75199434%7D/afranio.pdf>

Acesso em: 10/set/2014.RESuMO

Aborda as novas qualificações e habilidades necessárias ao profissional do setor elétrico, para que sua atuação seja eficaz perante as profundas mudanças que ocorrerão no mercado de energia no Brasil. Expõe uma retrospectiva da história do setor elétrico, a partir de sua Estatização, procurando descrever o seu funcionamento institucional e empresarial. Reflete a partir do referencial teórico os principais aspectos levantados no que diz respeito a fatos, objetivos, seus desafios, ameaças e oportunidades.

“ ”

MELLO, Marina Figueira de. Os impasses da privatização do setor elétrico. Texto para discussão, Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro, n. 365, dez. 1996. Disponível em:<http://www.econ.puc-rio.br/pdf/TD365.pdf>

Acesso em: 10/se/2014.RESuMO

This paper contains an analysis of the reasons for the slow implementation of the Brazilian privatization program. Though focusing on the electricity sector, the article indicates the three main factors that hinder privatizations in the country: I) The necessity of collaboration between federal and several state governments with conflicting interests; II) The complexity involved in the designing of the new regulatory framework, and; the little fiscal impact due to the specific institutional characteristics of our state enterprises. The paper also presents a description and evaluation of the first sales made by federal government in the electricity sector.

24 25Lorenzo - Magalhães Martins - Mello

“ ”

MESQuITA, Rafael Pimenta; SOuZA, Teófilo Miguel de, GASTAL-DI, André Fava. Comparativo entre energia solar fotovoltaica versus extensão de rede, aplicado em caso concreto de uma comunidade carente e remota. In: Encontro de Energia no Meio Rural, 5., 2004, Campinas (SP). Proceedings online..., 2004. Disponível em:<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MS-C0000000022004000100040&script=sci_arttext>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Retrata uma comunidade rural carente e desprovida de energia elétrica. Foram analisados e comparados dois métodos de levar energia a esta população: energia solar fotovoltaica e extensão das linhas de transmissão da concessionária. Realizou-se um estudo sobre o sistema fotovoltaico bem como tipos de baterias elétricas, controladores de cargas, painéis fotovoltaicos e inversores. Houve também um levantamento sobre os custos de aquisição, instalação e manutenção do sistema fotovoltaico e do sistema convencional (extensão da rede da concessionária de energia). Por fim comparou os dois sistemas com relação aos custos.

“ ”

MIYAMOTO, Shiguenoli. O Brasil e a América Latina: opções políti-cas e integração regional. Cadernos Prolam/USP, São Paulo, ano 8, v. 1, p. 89-110, nov. 2009. Disponível em:<http://www.usp.br/prolam/downloads/2009_1_6.pdf>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Examina o papel da integração e da América do Sul na agenda da política externa do Brasil. Esses dois itens sempre fizeram parte das preocupações brasileiras, independentemente do tempo, dos governantes e dos regimes políticos. Procuramos, ao longo do artigo, mostrar os interesses e as prioridades estabelecidas pelas autoridades brasileiras, por meio da instância responsável pelas relações exteriores, aos diversos itens que compõem a agenda nacional, sobretudo no que diz respeito à atuação regional. Fazemos algumas digressões tanto no plano diplomático quanto no estratégico-militar, dando ênfase às últimas décadas, quando a integração passou a ocupar espaço importante na pauta brasileira e na dos demais países sul-americanos, a partir da criação da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc). Nossa

preocupação não é, contudo, analisar detidamente qualquer uma das iniciativas em particular, mas, sim, as prioridades globais do governo brasileiro nos diversos momentos.

“ ”

MORAES, Leonardo de Almeida Matos. Consideração dos con-tratos de fornecimento de gás natural com cláusulas take-or-pay no planejamento energético a médio prazo. 2007. 136 f. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada – IMPA, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:<http://www.impa.br/opencms/pt/ensino/downloads/dissertaco-es_de_mestrado/dissertacoes_2007/Leonardo_de_Almeida_Ma-tos_Moraes.pdf>

Acesso em: 30/set/2014.RESuMO

Apresenta que em geral, no planejamento da operação energética brasileira a médio prazo, o despacho das usinas térmicas varia ao longo do ano. Esta variação se deve, essencialmente, à predominância do parque hidráulico no atendimento à demanda de energia elétrica do sistema. Devido a este fato, sem medidas preventivas, um fluxo de caixa altamente irregular ocorre para os fornecedores de gás natural (GN) das usinas termelétricas. De maneira a se obter uma maior regularidade para o fluxo de caixa dos fornecedores de GN, os contratos de fornecimento deste recurso para geração de energia elétrica possuem, normalmente, cláusulas especiais, denominadas take-or-pay (ToP). Estas cláusulas forçam os geradores elétricos a pagar mensalmente uma quantidade financeira mínima, mesmo que a utilização efetiva de GN neste período seja menor do que a quantidade paga. Sem que se represente explicitamente as cláusulas ToP, o modelo brasileiro atual é forçado a despachar as usinas térmicas a GN numa quantidade mínima, equivalente ao limite ¯financeiro inferior requerido pelo contrato. A consideração explícita das cláusulas ToP nos modelos de despacho hidrotérmico leva a uma melhor aplicação do GN e um menor custo esperado de operação para o sistema como um todo, por introduzir uma maior flexibilidade na decisão de compra de GN e de sua utilização. De acordo com resultados obtidos, esta flexibilidade resulta na diminuição do vertimento de água em períodos de hidrologia favorável. A metodologia apresentada neste trabalho leva em consideração as características dos contratos ToP no planejamento da operação energética brasileira a longo prazo e se diferencia das outras encontradas na literatura pelo fato de visar a um menor custo de operação para o sistema interligado nacional (SIN), já que trata os contratos do ponto de vista do operador do SIN. Este trabalho

apresenta o processo de inclusão dos contratos de GN no modelo brasileiro de planejamento da operação energética a médio prazo (modelo Newave), desenvolvido pelo Cepel, através de sua formulação matemática, impactos e resultados obtidos para casos reais de operação.

“ ”

NASSAR, Paulo. A comunicação organizacional na contemporanei-dade (entrevista). Novos Olhares (Revista de Estudos Sobre Práticas de Recepção a Produtos Midiáticos, publicação semestral on-line, do Programa de Pós Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (PPGMPA) da Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo), n. 17, p. 33-40, 1º semestre 2006. Disponível em:<http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/novosolhares/article/viewFile/8176/7541>

Acesso em: 25/set/2014.RESuMO

Apresenta uma entrevista com Paulo Nassar, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP onde é professor e pesquisador. Possui longa experiência no campo da comunicação organizacional e também é diretor da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Ele responde questões no campo da comunicação nas organizações, tais como a definição e identidade atual da comunicação organizacional e empresarial que vão além da esfera da produção/consumo. Correlaciona a relação de trabalho com as relações humanas, esclarecendo que por mais conflituoso que possa ser este convívio, o processo de gestão da comunicação interna precisa acontecer. Responde também questões sobre as novas tecnologias e seus usos na comunicação interna e externa, criando um ciberespaço favorável ao fluxo de informações dentro e fora das empresas.

“ ”

OLIVEIRA, Luciano Marcelo de. Contratos de concessão e usinas hidrelétricas: peculiaridades e possibilidades de prorrogação. 2010. 100 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Direito) -- Uni-versidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2010. Disponível em:<http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/07/CONTRA-TOS-DE-CONCESSAO-DE-USINAS-HIDRELETRICAS-PECULIARIDA-DES-E-POSSIBILIDADES-DE-PRORROGACAO.pdf>

Acesso em: 2/out/2014.

RESuMOPermite a análise e reflexão das regras atuais que permeiam os contratos de concessão de usinas hidrelétricas, de forma a analisar a possibilidade de prorrogação das concessões que terão seu termo final a partir de 2015, tendo em vista que já usufruíram de uma primeira prorrogação. No Setor Elétrico Brasileiro, o assunto renovação das concessões, tem causado grande receio aos agentes concessionários de geração de energia, gerando um ambiente de incertezas. O estudo é relevante em que pese a Lei nº 10.848/04 implementar uma nova sistemática de gestão do setor elétrico, formando um paradigma quanto aos critérios de estabelecimento dos prazos de concessão, critérios estes que são objeto de preocupação entre os concessionários.

“ ”

PECI, Alketa. O impacto de reestruturação e privatização na gestão integrada do setor de energia elétrica: análise do setor a partir da abordagem de redes. 2000. 156 f. Dissertação (Mestrado em Admi-nistração Pública) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/hand-le/10438/3338/Alketa.PDF?sequence=1>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Sinaliza que o setor de energia elétrica brasileiro vem passando por profundas transformações. A restruturação caracteriza-se principalmente pela passagem de um sistema verticalizado e coordenado centralmente pelo Estado, para um sistema horizontal, com características de uma rede, na qual organizações como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - o novo órgão regulador - , o Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), Eletrobrás e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) são designadas como os principais integradores do sistema. O objetivo do presente trabalho foi analisar a influência dos processos de reestruturação e privatização na integração do sistema brasileiro de energia elétrica. Buscou-se construir a análise a partir de instrumentos oferecidos pela própria abordagem de redes. Os resultados da pesquisa mostram que o setor brasileiro de energia elétrica ainda não pode ser considerado como uma rede altamente integrada. Na nova configuração horizontalizada do setor, os atores sociais estão afirmando seus papéis, funções e objetivos, enquanto as organizações-chave como Aneel, ONS, MAE, Eletrobras, e BNDES estão se estruturando para fortalecer seu papel integrador.

26 27Mesquita - Moraes Nassar - Peci

PINELLI, Ana Lúcia de Lucena. Contribuição de experiências internacionais à reestruturação do setor elétrico brasileiro. 2002. 177 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Energia) – Universidade Federal de Itajubá, Itajubá (MG), 2002. Disponível em:<http://saturno.unifei.edu.br/bim/0031128.pdf>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Informe que em diversos países, as últimas décadas têm mostrado transformações que estão sendo introduzidas através de reformas que objetivam aumentar a eficiência econômica do setor elétrico, minimizando os efeitos ambientais incorridos a essa atividade econômica. Variando de acordo com a necessidade de cada país, é possível perceber semelhanças nos estilos de política regulatória implementadas no setor elétrico de alguns países, dando destaque à mudança do papel do Estado, que passa a ter um caráter mais regulatório e indireto. A partir de 1995, o processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro tem evoluído no sentido de permitir a liberalização completa do mercado de energia elétrica, pressupondo a criação de um ambiente concorrencial. Esta dissertação descreve algumas contribuições de experiências internacionais ao modelo elétrico brasileiro, que ainda não foi totalmente implementado.

“ ”

PINHEIRO, Daniele de Carvalho. Reestruturação do setor elétrico no Brasil e suas consequências no tratamento de questões sociais e ambientais: o caso da Usina Hidrelétrica de Cana Brava, GO. 2006. 113 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Dis-ponível em:<http://www.ippur.ufrj.br/download/pub/DanieleDeCarvalhoPinheiro.pdf>

Acesso em: 07/set/2014.RESuMO

Discute os efeitos do recente processo de reestruturação experimentado do setor elétrico brasileiro sobre o tratamento dado às questões sociais e ambientais decorrentes de seus empreendimentos. Seu objetivo é identificar de que forma esses efeitos traduzem-se ou não em mudanças nas formas de atuação dos diferentes agentes envolvidos no processo de construção e operação de barragens. A partir do estudo do conflito deflagrado pela implantação da Usina Hidrelétrica de Cana

Brava, no rio Tocantins, no Estado de Goiás, buscou-se observar as estratégias e táticas das quais se utilizaram, de um lado, os empreendedores e financiadores, representantes do interesse do empreendimento e, de outro, a organização e o movimento de resistência, representantes do interesse da população atingida. As transformações incorridas no Setor Elétrico na última década tiveram como uma de suas consequências a mudança de foco das responsabilidades sobre os efeitos decorrentes da implantação de grandes empreendimentos. Antes do recente reestruturação havia a clara definição dos responsáveis, em geral materializados nas empresas estatais regionais – Eletrosul, Eletronorte, Furnas, Chesf. Considera-se aqui que, após alguns anos de atuação e aprendizado em relação ao trato com as questões sociais e ambientais na implantação de hidrelétricas, consolidaram-se, de alguma forma, nas empresas do Setor, um modo de atuar. Do mesmo modo, a vontade de participação, acompanhada de uma rápida qualificação político-técnica de organizações populares e ONGs, fez com que movimentos de resistência, por seu lado, questionassem o modelo de desenvolvimento socialmente injusto e ambientalmente irresponsável e, também eles, desenvolvessem uma forma de atuação e de enfrentamento, cujo opositor era facilmente identificado – as empresas estatais e, em última instância, o próprio Estado. As implicações sociais e ambientais do novo modelo podem estar sinalizando uma vontade de relegar ao passado as experiências de negociação, fazendo da privatização um meio de limitar a participação e o controle sociais nos processos de decisão. É necessário examinar se o processo em curso tende a favorecer o recrudescimento de um tratamento insensível e irresponsável dos impactos sociais e ambientais de grandes barragens. A escolha do caso da Usina Hidrelétrica de Cana Brava (UHE Cana Brava) justifica-se por dois motivos. O primeiro, de caráter mais geral, é contribuir no acréscimo de informações referentes aos efeitos de empreendimentos dessa natureza sobre a sociedade e o meio ambiente, bem como o tratamento a eles dispensados. O segundo, de caráter peculiar, por tratar-se da primeira grande barragem construída integralmente por uma empresa privada, conforme o novo marco institucional e regulamentar para o Setor Elétrico, possibilitando um laboratório, a partir do qual é possível verificar o tratamento dado às questões sociais e ambientais no novo ambiente privado do Setor.

“ ”

PINTO, Cláudio Plaza; WALTER, Arnaldo. The potential contribution of thermo power plants in the Brazilian electric sector. In: Internatio-nal Conference on Efficiency, Cost, Optimization Simulation and Envi-

ronmental Impact of Energy Systems, 22., 2009, Foz do Iguaçu. Anais eletrônicos... Foz do Iguaçu: ABCM, 2009. Disponível em:<http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/estudos/pinto28.pdf>

Acesso em: 09/set/2014.RESuMO

This paper aims at analyzing particularities of the Brazilian electric system and at evaluating the potential contribution of thermal power plants targeting at its higher reliability. In special, the aim is at analyzing the potential contribution of thermal power production from residual sugarcane biomass, comparing this option with other options of thermal power production, in the actual peculiar context in which hydroplants start to be built in the Amazon area with little reservoir capacity. An analysis of the energy inflows behavior and Brazilian hydro power system regularization capacity is conducted in order to emphazise the need for having a good quality thermal power expansion. The focus on power production from sugarcane residues is explained due to the existing untapped potential (3-4 times higher than the installed capacity, considering the current availability of biomass) and the existing window opportunity due to the expansion of sugarcane industry in Brazil (mostly for ethanol production).

“ ”

PINTO, Roberto José. Aplicação de processamento paralelo ao pro-blema de planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos base-ado em cluster de computadores. 2011. 312 f. Tese (Doutorado em Engenharia elétrica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:<http://www.pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2011091601.pdf>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Trata do desenvolvimento de uma estratégia de paralelização aplicada ao problema de planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos. Esse problema foi resolvido por programação dinâmica dual estocástica, com a determinação de um plano de operação para cada usina, minimizando o valor esperado do custo total da operação do sistema ao longo do horizonte de planejamento. A cada estágio e para cada estado do sistema (nível de armazenamento e afluências nos meses anteriores), o problema de operação hidrotérmica é modelado como um problema de programação linear e as variáveis duais associadas à sua solução são utilizadas para a construção dos cortes de Benders. O plano de operação é representado pela função de custo futuro (FCF), que é aproximada através de uma função linear por partes, construída iterativamente por estes cortes. No processo de construção da FCF

é aplicada uma estratégia de paralelização, pois, em cada estágio e estado do sistema, são resolvidos tantos problemas de despacho de operação quantos forem os cenários de afluência para o período e estes problemas são independentes entre si. A estratégia de paralelização proposta utiliza as funções da biblioteca MPI para a comunicação entre os processadores, além de possuir um balanceamento dinâmico, de forma a minimizar o tempo ocioso dos processadores. Além disto, diversos procedimentos foram executados de forma a tornar a eficiência final a melhor possível.

“ ”

PIOVESAN. Filipe da Silva. Monitoramento de informações do am-biente externo na gestão de contratos administrativos da Eletrosul. 2011. 195 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) -- Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2011. Dis-ponível em:<http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo. php?codArquivo=2457>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Mostra que atualmente a informação é fundamental para que as organizações alcancem níveis superiores de desempenho que lhes garantam o sucesso e a sobrevivência. Circundadas por um ambiente cada vez mais complexo e dinâmico, as organizações necessitam se voltar para as informações do ambientes para desenvolver estratégias e ações alinhadas com as demandas ambientais. Nesse contexto, o monitoramento de informações surge como uma forma de instrumentalizar este alinhamento, porquanto contempla a sistematização do fluxo informacional iniciado no ambiente externo e finalizado na tomada de decisão que indicará as ações a serem perseguidas pelas corporações. O presente estudo teve por objetivo analisar como ocorre o processo de monitoramento de informações do ambiente externo no gerenciamento de contratos administrativos da Eletrosul. A revisão teórica contemplou os temas de ambiente externo, o monitoramento de informações do ambiente externo e a gestão de contratos administrativos. Considerando o objetivo da pesquisa, optou-se pela utilização da abordagem qualitativa, com a complementação da abordagem quantitativa, instrumentalizada por meio do método do estudo de caso único. A unidade de análise consistiu no processo de gestão de contrato, sendo todos os participantes da pesquisa gestores. Os dados foram coletados a partir de três fontes de evidência – documentos, entrevistas e questionários – propiciando triangulação com a presença dos dados qualitativos e quantitativos. Os resultados apontaram para a existência de dois modos de monitoramento concomitantes – modo

“ ”

28 29Pinelli - Pinto Pinto - Piovesan

visão condicionada e o modo pesquisa formal. Sobre o processo de monitoramento, percebeu-se que todas as etapas são executadas pelos gestores de contratos, embora concretizadas a partir das particularidades inerentes a um processo administrativo de caráter público. As propostas apresentadas almejaram fortalecer e padronizar cada uma das etapas do processo de monitoramento, definindo as necessidades informacionais, ampliando as fontes de informação, dando maiores condições para a coleta ativa, centralizando a armazenagem, fortalecendo e agilizando a disseminação e flexibilizando os níveis de competência para a tomada de decisão mais rápida. As conclusões apontaram para o cumprimento do objetivo de pesquisa proposto, que contemplou a análise do processo de monitoramento em uma organização pública, bem como para o alcance das contribuições teóricas e práticas que justificaram o desenvolvimento do estudo, como a ampliação do escopo de análise e da abordagem nos estudos sobre monitoramento. Além disso, o trabalho propiciou à Eletrosul conhecer a realidade atual do gerenciamento de contratos e do monitoramento realizado neste e viabilizou a criação de ações de aperfeiçoamento de ambos os processos.

“ ”

PIRES, Lorena Fornari de Ary. Gestão ambiental da implantação de sistemas de transmissão de energia elétrica estudo de caso: interli-gação Norte/Sul I. 2005. 143 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2005. Dispo-nível em:<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/trabalhos/trabalhos/Disserta-cao_Lorena_Pires.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Informa que a energia elétrica é fator essencial para alavancar o crescimento econômico, necessário à melhoria de vida de grande parte da população mundial. A disponibilização da energia elétrica ao consumidor final exige a implantação de empreendimentos de geração, transmissão e distribuição, os quais inerentemente interferem com a natureza, modificando-a, fato esse que evidencia a importância do Setor Elétrico na manutenção da saúde do planeta, por ser ele o responsável por implantar tais empreendimentos. Para que o crescimento econômico e a proteção ambiental não estejam dissociados, é necessário o seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável e com a busca e aperfeiçoamento de instrumentos para alcançá-lo. A Gestão Ambiental é um dos instrumentos preferenciais para promover esse desenvolvimento. A pesquisa objeto desta dissertação enfoca a problemática da

Gestão Ambiental, dentro do Setor Elétrico Brasileiro, diretamente relacionada à implantação de sistemas de transmissão, empreendimentos lineares com características de interferência ambiental muito peculiares. O design da pesquisa selecionado foi o de Estudo de Caso e para sua efetivação foi selecionada a Interligação Norte/Sul I, empreendimento de transmissão com cerca de 1276 km de extensão, que atravessa vários estados brasileiros, com diferentes característica socioambientais. Isso exigiu complexas estratégias de gestão, desde o seu planejamento até a sua entrada em operação. Para embasar a análise foi montado um referencial teórico e conceitual. As diretrizes e políticas que se traduzem em Gestão Ambiental, tanto em nível internacional como nacional, compõem esse referencial. Por se tratar de um setor muito específico, notadamente o brasileiro, foi necessário apresentar na dissertação suas características gerais, ambientais e as implicações institucionais e legais que regem sua atuação, cabendo destaque para o contexto estratégico da sua reestruturação político/institucional, as profundas mudanças que ela acarretou e seus rebatimentos na Gestão Ambiental. Inter-relacionando o referencial teórico-conceitual e as especificidades do Setor Elétrico com as práticas gerenciais observadas na implantação da Interligação Norte/Sul I, procedeu-se a avaliação final. Como conclusão, são apresentadas propostas estratégicas que auxiliarão no posterior desenvolvimento de modelo de Gestão Ambiental para a implantação de sistemas de transmissão, sintonizado com o novo panorama político/institucional do Setor Elétrico Brasileiro.

“ ”

PORTO, Márcio Antônio Arantes. Planejamento e gestão de empre-endimentos – relato. In: Seminário Nacional de Grandes Barragens, 27., 2007. Anais eletrônicos... Belém: Comitê Brasileiro de barragens, 2007. Disponível em:<http://www.cbdb.org.br/seminario/belem/rel102.pdf>

Acesso em: 07/set/2014. RESuMO

Apresenta a história recente do setor elétrico brasileiro que passou por profundas alterações de ordem estrutural, que geraram a entrada de agentes oriundos de diversas atividades econômicas. O setor elétrico brasileiro estruturara-se de maneira que os parques gerador e transmissor pertenciam quase que exclusivamente ao poder público (federal e estadual, principalmente). Aborda o modelo de gestão e implantação de empreendimentos, atualmente em uso nos negócios de geração de energia no Brasil, e que necessita passar por uma reflexão no que tange aos produtos que estão sendo gerados.

“ ”

RAuPP, Sabrina Weiss. Análise da implementação da gestão estra-tégica de custos na percepção dos gestores e colaboradores em uma empresa estatal de energia elétrica. 2010. 203 f. Dissertação (Mes-trado em Administração) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/hand-le/123456789/94381/282552.pdf?sequence=1>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Investiga o nível de aderência do modelo de Gestão Estratégica de Custos - GEC praticado em uma estatal de energia elétrica ao modelo proposto por Shank e Govindarajan, sob a ótica dos empregados e gestores da organização. Foram considerados dez fatores, internos e externos à organização, fundamentados no modelo para implementação da GEC, composto da combinação de três temas: análise da cadeia de valor, análise do posicionamento estratégico e análise dos direcionadores de custos. Focalizou-se na caracterização da gestão estratégica de custos praticada atualmente, identificou-se a percepção dos três níveis hierárquicos de acordo com os fatores intervenientes identificados e realizou-se a confrontação das percepções dos entrevistados para os diversos fatores intervenientes. A metodologia adotada é caracterizada como descritiva, de natureza qualitativa, estudo de caso e coleta de dados com utilização de entrevistas semi-estruturadas. O estudo foi realizado na Eletrosul Centrais Elétricas S.A., com as áreas de gestão envolvidas com o processo de GEC. A amostra é não probabilística intencional. Para análise e interpretação dos dados, foi realizada a análise de conteúdo das informações levantadas nos documentos formais e comparadas com o efetivamente praticado e compartilhado, identificado na entrevista. Concluiu-se que o modelo de GEC já foi implementado parcialmente na Empresa e existe certo consenso entre os entrevistados dos três níveis hierárquicos de que análise da cadeia de valor concentra fatores que facilitam e que dificultam a implementação do modelo, a análise do posicionamento estratégico concentra os fatores que estão mais estruturados na Empresa e a análise dos direcionadores de custos concentra os fatores que mais dificultam.

“ ”

RECH, Hélvio. Regulação dos serviços públicos de energia elétrica: descentralização e controle social. 2004. 125 f. Dissertação (Mes-

trado em Energia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em:<http://www.iee.usp.br/biblioteca/producao/2004/Teses/Disserta-cao-HelvioRech.pdf>

Acesso em: 08/set/2014. RESuMO

Apresenta como ponto de partida a ideia de que, para compreender e aperfeiçoar o sistema regulatório do setor elétrico brasileiro é necessário resgatar os conceitos que regem os serviços públicos, através da releitura da experiência histórica do setor sob a ótica do bem público. Analisa o desenvolvimento das propostas e práticas de regulação desde o século passado e desenvolve uma crítica ao atual modelo político e institucional do setor, especialmente de seu arcabouço regulatório: destaca a importância de se considerar as experiências de regulação vividas pelo Brasil nos períodos anteriores. Propõe-se, também, a exemplo de outras áreas públicas brasileiras, uma série de princípios de participação democrática, que podem orientar a evolução das agências reguladoras no sentido de virem a constituir o “locus” da regulação eficiente e que levem em conta os interesses do conjunto da sociedade.

“ ”

REINALDO, Helen Cássia. Hidrelétrica Serra do Facão no rio São Marcos: tramas e dramas sobre Davinópolis (GO). 2012. 142 f. Dis-sertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2012. Disponível em:<http://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/394/1/Disserta-cao%20Helen%20%20Geografica%20CAtalao.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Mostra que a construção de Aproveitamentos Hidrelétricos nas áreas de Cerrado tem potencializado a exclusão e desapropriação do campesinato, além de gerar uma série de outros efeitos sob a organização social e espacial dos municípios atingidos. A temática aqui proposta parte de vários projetos e publicações que foram desenvolvidos por pesquisadores vinculados ao GETeM – Núcleo de Pesquisa: Geografia, Trabalho e Movimentos Sociais, os quais desde 2002 têm se preocupado com os efeitos sociais e ambientais da implantação de hidrelétricas, especialmente a Aproveitamento Hidrelétrico Serra do Facão, construída no Rio São Marcos na bacia do Alto Paraná. Nos seus 214 km2, o lago da usina atingiu seis municípios. Em razão da amplitude da área atingida pelo barramento, a pesquisa propõe uma discussão sobre a priorização do modelo energético brasileiro à hidroeletricidade, e a privatização do mesmo, buscando compreender a implantação da

30 31Pires - Porto Raupp - Reinaldo

barragem Serra do Facão, no Sudeste Goiano, e os seus efeitos na dinâmica socioespacial de Davinópolis (GO). Para a execução desse trabalho, foi realizada uma revisão teórico-conceitual da literatura pertinente à temática e, ainda, levantamento, sistematização, e análise de informações de fontes primárias e secundárias. A pesquisa de campo foi realizada entre os anos de 2010 e 2011, sendo efetuadas 51 entrevistas com autoridades, funcionários públicos e com a população diretamente ou indiretamente atingida. A opção por delimitar empiricamente Davinópolis (GO) se deve ao fato da proximidade da sede municipal (cerca de 28 quilômetros) ao canteiro de obras da hidrelétrica Serra do Facão, conferindo à área efeitos singulares. Enquanto o setor elétrico encontra espaços na mídia para propagar seus discursos desenvolvimentistas, as consequências da construção de hidrelétricas são camufladas, ou consideradas malefícios toleráveis perante a necessidade de produção de energia para o desenvolvimento econômico.

“ ”

REIS, Maria José. Projetos de grande escala e campos sociais de conflito: considerações sobre as implicações socioambientais e políti-cas da instalação de hidrelétricas. INTERthesis, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 96-126, jan./jun. 2012. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n1p96>

Acesso em: 07/set/2014. RESuMO

Apresenta uma retrospectiva histórica sobre a intervenção estatal na formação e atuação do setor elétrico brasileiro, bem como identifico efeitos socioambientais decorrentes da instalação de hidrelétricas, e analiso o encaminhamento de reivindicações de populações locais e regionais ocupantes dos espaços requeridos para a instalação destas usinas. Essas reivindicações, objeto de lutas e negociações, têm sido encaminhadas como “direitos”, que vêm sendo negociados através do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), iniciado na Bacia do Rio Uruguai (SC/RS) no final da década de 1970, contando atualmente com projeção nacional e internacional. Concluo constatando que as populações locais e regionais afetadas pelos processos de reestruturação territorial em face da instalação de hidrelétricas, a partir da privatização de parte do setor elétrico brasileiro, na década de 1990, têm enfrentado novos desafios decorrentes da atuação dos consórcios e instituições governamentais responsáveis, de um modo ou de outro, pelos referidos empreendimentos – incluindo a identificação e mitigação das questões socioambientais. Esses desafios, apontados em recentes trabalhos acadêmicos, têm sido avaliados como um significativo retrocesso no que concerne às negociações e soluções para as questões socioambientais decorrentes da instalação das obras em questão.

“ ”

RESENDE, João David. Alternativas para a competitividade tarifária do complexo hidrelétrico de Belo Monte. 2004. 157 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2004. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/hand-le/123456789/87656/223653.pdf?sequence=1>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Informa que em todas as fases da história do setor elétrico brasileiro, verifica-se a correlação direta entre crescimento econômico e aumento da capacidade de geração de energia elétrica, o que nos mostra a importância da expansão da geração eletricidade como indutora do desenvolvimento nacional. Nesse sentido, a determinação de que empreendimentos sejam construídos sempre será uma decisão fundamental para que a sociedade aloque adequadamente seus recursos econômicos de forma a otimizar o crescimento da economia. Assim, o objetivo central desta dissertação é propor alternativas para melhorar a competitividade tarifária do Complexo Hidroelétrico de Belo Monte - CHE, a ser construído no Rio Xingu, no Estado do Pará. Para atingir esse objetivo, utilizou-se dos conceitos sobre a análise de investimentos e criação de um modelo de análise de viabilidade econômico-financeira de projetos. Dois casos base são definidos, contemplando os dados originais de estudos realizados pela Eletrobrás, ajustados à nova realidade encontrada no ano de 2003. Seus resultados, então, são comparados com as duas alternativas propostas que consistem, basicamente, na retirada de investimentos de transmissão associados à usina e migrados para Rede Básica, seja repassando esses custos para todos os agentes usuários desse sistema através da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão - TUST, seja pela recuperação pela usina desses investimentos via receita de conexão a ser paga pelas distribuidoras que se beneficiarem com esse sistema de transmissão. O estudo demonstra que, a cada alternativa proposta, a tarifa de equilíbrio da usina se torna mais competitiva, em relação às demais fontes de geração disponíveis no país. Os resultados demonstram que o CHE Belo Monte é altamente competitivo e necessário para atendimento às necessidades do mercado de energia elétrica na próxima década, bem como, fazer frente ao crescimento econômico projetado para o país.

“ ”

RIBEIRO, Maria de Fátima Bento. Itaipu, a dança das águas: his-tórias e memórias de 1966 a 1984. 2006. 269 f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. Disponível em:<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=-vtls000387095>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Mostra que Itaipu fez parte de um projeto edificado sobre as águas do rio Paraná. As águas do violento rio alimentaram o sonho do Brasil potência, do Brasil grande, durante a ditadura militar. As águas e a sua importância fazem parte da história do país, movem projetos de desenvolvimento. Narrativas históricas e literárias remetem a pensar a construção da nação em que o rio serve de referência, as águas movem projetos políticos. Os impactos ocasionados pela execução do projeto de Itaipu certamente foram marcantes, o desaparecimento das Sete Quedas e as desapropriações são exemplos emblemáticos. Na história de Itaipu há um espetáculo de luz e outro de morte. São representações utilizadas para construção de uma memória. Itaipu é um projeto marcado pelo conflito, dualidade e binacionalidade, temática esta que pauta as reflexões do presente estudo.

“ ”

ROCHA, Thadeu Figueiredo. Estado, mercado e burocracia no setor elétrico: trajetória e perspectivas das Centrais Elétricas Brasileiras S/A (1954-2010). 2011. 128 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:<http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/54/TDE-2013-07-16T065255Z-3825/Publico/Thadeu%20Figueiredo%20Rochaok.pdf>

Acesso em: 08/set/2014. RESuMO

Analisa a atuação das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras sob a luz dos pressupostos teóricos do institucionalismo histórico. A constituição das Centrais Elétricas Brasileiras em 1962 representou um passo fundamental para a centralização da gestão governamental e para o fortalecimento da presença do Estado no setor de energia elétrica. Vale enfatizar que a empresa, tendo a União como acionista majoritária, detém atualmente uma parcela representativa da capacidade instalada de geração de energia elétrica no Brasil, das linhas de transmissão que interligam o país e a concessão dos serviços de distribuição de uma extensa área do território nacional. O estudo de caso se propõe a averiguar as diversas etapas de consolidação da empresa, as especificidades

do ambiente político doméstico e internacional que interferem na linha de atuação da empresa, a trajetória dos ocupantes dos dois principais cargos de comando do setor elétrico nacional (Ministério de Minas e Energia e Presidência da Eletrobras) e as aptidões de sua burocracia.

“ ”

ROSA, Victor Hugo da Silva. Energia elétrica renovável em peque-nas comunidades do Brasil: em busca de um modelo sustentável. 2007. 400 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2007. Disponível em:<http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?-codArquivo=2106>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Fala sobre a gestão de sistemas de energia elétrica renovável em pequenas comunidades isoladas, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Seu objetivo principal é a concepção de um modelo sustentável para planejar e gerir esses sistemas. Para tanto, foram identificados erros comuns, boas práticas e aspectos relevantes a serem considerados e fez-se, também, um levantamento do contexto legal e regulatório das fontes de energia elétrica renovável e do processo de universalização da eletricidade no país. A hipótese principal, que resultou comprovada, é de que os projetos malsucedidos não contemplaram, adequadamente, a gestão para um horizonte de tempo muito além da fase de implantação e de operação inicial, nem comprometeram com a sua continuidade as comunidades beneficiadas. Os procedimentos metodológicos usados foram pesquisa bibliográfica e documental, levantamento, por meio de entrevistas semidiretivas e formulários padronizados, e estudos de caso. Estes foram realizados em seis sistemas – quatro no Pará, um na Bahia e um no Amazonas -, em diferentes situações – implantação, operação, revitalização e desativação - e tipos de fontes de eletricidade – gaseificação de resíduos de açaí, óleo de palma (dendê) in natura, híbrido solar-eólico-diesel, solar fotovoltaico e óleo de andiroba in natura. Disso resultou a identificação das boas e más técnicas de planejamento e gestão; a constatação de aspectos sociais, culturais, tecnológicos, econômicos, políticos e demográficos a serem observados; e a análise de questões normativas e de viabilidade econômica. Concebeu-se, então, o modelo de gestão, representado por um macroprocesso circular com quatro etapas – estudos, planejamento, implantação (estas três no ciclo iniciador) e assunção (esta última nos ciclos equilíbrio dinâmico) - as quais incluem, respectivamente, os onze processos seguintes:

32 33Reis - Resende Ribeiro - Rosa

diagnóstico, tecnologia; concatenação, planejamento participativo; capacitação, pertencimento, patrocínio, relações exógenas, legalidade; autonomização e gestão e monitoramento. Subjazem ao modelo os conceitos de autonomia, auto-organização e identidade – com foco nas inter-relações -, resiliência, capacidade de evolução e perpetuação, liderança e governança. Por fim, simulou-se a aplicação do modelo em uma das comunidades estudadas e fez-se uma proposta de aprimoramento legal para criação do autodistribuidor de energia elétrica nessas comunidades, em complementação à legislação sobre cooperativas de eletrificação rural.

“ ”

SAES, Alexandre Macchione; LANCIOTTI, Norma Silvana. La re-gulación de los servicios de electricidad em Argentina y Brasil (1890-1962). Economia e Sociedade, Campinas, v. 21, n. 2, p. 409-447, ago. 2012. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/ecos/v21n2/a08v21n2>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Analiza la evolución de la regulación del sector eléctrico en Argentina y Brasil entre 1890 y 1960. Desde la instalación de las primeras usinas eléctricas a fines del siglo diecinueve hasta los años treinta, el control de las empresas concesionarias estuvo a cargo de las autoridades municipales en ambos países. No obstante, la similar estructura de los sistemas eléctricos en Argentina y en Brasil, la participación del estado en la regulación de este sector estratégico para el desarrollo económico, se produjo en diferentes coyunturas. Como resultado de la crisis de 1930, el gobierno brasileño transformó los principios jurídicos que reglamentaban la gestión de la electricidad aplicando um criterio de regulación discrecional; mientras que el estado argentino intervino una década más tarde, nacionalizando las empresas. Mediante la comparación de las trayectorias regulatorias en ambos países, se identifican las divergencias en las políticas eléctricas y su impacto en los sistemas eléctricos en los años de la segunda posguerra.

“ ”

SAES, Alexandre Macchione. Modernização e concentração do transporte urbano em Salvador (1849-1930). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 27, n. 54, p. 219-238, 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbh/v27n54/a12v2754.pdf>

Acesso em: 08/set/2014.

RESuMORecupera a história da formação das empresas de transporte urbano da cidade de Salvador entre os anos de 1849 e 1930.A proclamação da República marcou a fase inicial de modernização das empresas de transporte, em que a fusão de companhias e a incorporação de capitais estrangeiros possibilitaram a introdução dos bondes elétricos na capital baiana. Foi nesse contexto que dois grupos rivais iniciaram mais uma batalha no Brasil, agora pelos mercados de Salvador: de um lado, o grupo nacional da Companhia Brasileira de Energia Elétrica, e de outro lado, o grupo estrangeiro Light, liderado em Salvador pelo empresário norte-americano Percival Farquhar. Diante desse cenário de concorrência, o artigo analisa a relação entre as empresas e a Câmara Municipal de Salvador, instituição responsável por distribuir as concessões de transporte na cidade.

“ ”

SAES, Alexandre Macchione; SASSE, Carla Muller. A Amforp e o setor elétrico brasileiro (1926-1964). Anuário - Centro de Estudios Económicos de la Empresa y el Desarrollo CEEED (Faculdade de Ciên-cias Econômicas da Universidade de Buenos Aires), Buenos Aires, ano 4, n. 4, p. 111 – 148, 2012. Disponível em:<http://home.econ.uba.ar/economicas/sites/default/files/CEEED%20AMforp.pdf>

Acesso em: 25/set/2014. RESuMO

Trata da trajetória da empresa norte-americana American Foreign and Power (Amforp) no Brasil. Respondendo ao aumento da participação dos investimentos norte-americanos no mundo pós-Primeira Guerra Mundial, a empresa havia alcançado 11 países da América Latina e Central, além das concessões na Índia e China, adquirindo suas primeiras concessões no Brasil em 1926. O Brasil tornou-se, juntamente com Cuba, o mercado mais importante na composição das receitas do grupo Amforp, e por isso, adquiriu um papel central na estratégia da empresa. O argumento de nosso artigo é de que os interesses da Amforp no Brasil se misturavam com os interesses de construção de uma área de influência dos Estados Unidos na América Latina, de maneira que a trajetória da empresa foi sempre pautada por relações diplomáticas, desde sua chegada até sua encampação na década de 1960.

“ ”

SALDANHA, Maisa Machado. Energia elétrica e meio ambiente: um novo paradigma para o desenvolvimento. Direito em Debate. Revista do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Re-gional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, Ijuí, ano 21, n. 38, p. 123-150, jul./dez. 2012. Disponível em:<https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdeba-te/article/view/517/765>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Aborda que a expansão do setor elétrico é fundamental para o desenvolvimento econômico e social e para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, ao mesmo tempo em que a situação do meio ambiente ocupa lugar de destaque em todo o mundo. Desta forma, considerando que a mesma sociedade que demanda a expansão do setor elétrico é a que questiona os impactos ambientais desta atividade, procura-se entender de que forma o Estado pode compatibilizar esses interesses. Neste sentido, este trabalho pretende analisar a história do setor elétrico brasileiro bem como o modelo proposto pelo poder concedente e, a partir disso, verificar a importância da energia elétrica para o desenvolvimento da sociedade e de que forma é possível compatibilizar o crescimento econômico e social com a proteção ambiental pro¬posta pelo texto constitucional. Assim, este texto analisará os paradoxos existentes entre crescimento econômico e proteção ambiental, entre desenvolvimento e sustentabilidade, buscando analisar possíveis formas de compatibilização desses interesses.

“ ”

SILVA FILHO, Antonio Luiz Macêdo e. Técnica e cultura material na cidade de Fortaleza (1945-1965). Projeto História, São Paulo, n. 40, p. 293-317, jun. 2010. Disponível em:<http://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/6133/4455>

Acesso em: 08/set/2014.RESuMO

Propõe por meio da abordagem da cultura material, uma reflexão sobre alguns aspectos da vida cotidiana dos habitantes da cidade de Fortaleza, entre 1945 e 1965. Analisando anúncios de refrigeradores, pode-se compreender melhor o conjunto de expectativas e receios, valores e gestos que uma determinada sociedade produz, e que tem nos objetos técnicos seu prolongamento concreto.

“ ”

SILVA, João Luiz Maximo da. Transformações no espaço doméstico: o fogão a gás e a cozinha paulistana, 1870-1930. Anais do Museu Pau-lista, São Paulo, v. 15. n. 2., p. 197-220, jul./dez. 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v15n2/a18v15n2.pdf>

Acesso em: 09/set/2014.RESuMO

Estuda algumas das transformações na cozinha paulistana, produzidas entre o último quartel do século XIX e as três primeiras décadas do século XX, pela introdução de novas premissas sanitárias, levadas a cabo por autoridades médicas e pela municipalidade. Além disso, procuramos discutir o papel das principais empresas de energia, como a The San Paulo Gas Company e, mais tarde, a The São Paulo Tramway Light and Power Company, na promoção da tecnologia do gás, e principalmente do fogão a gás – que elas oporão aos fogões a lenha e carvão. Estas empresas tiveram um importante papel na circulação de novas ideias de racionalização e higiene, contribuindo para a renovação do espaço doméstico que, pela tecnologia, passa a depender de um “sistema” de infraestrutura destinado a articular, de uma forma inédita, o espaço privado ao espaço público.

“ ”

SILVA, Marcelo Squinca da. Atraso ou progresso: embates acerca do Código de Águas – 1944/1954. In: Seminário Nacional de História da Ciência e da Técnica - SBHC, 13., 2012, São Paulo/SP. Anais ..., 2012. Disponível em:<http://www.sbhc.org.br/resources/anais/10/1344457306_ARQUI-VO_Textointegral-Sem13SBHC-12-mss.pdf>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Reflete sobre o embate intenso que tomou conta de diversos segmentos da sociedade brasileira, no intuito de entender as razões que haviam levado o país a mergulhar na crise do setor elétrico, no início da década de 1950. No centro desses embates se encontrava o papel da legislação reguladora do setor de energia elétrica, consubstanciada no Código de Águas. Em outras palavras, debatia-se com posições concordantes e discordantes o seguinte: em primeiro lugar, o Código de Águas era o responsável pela situação verificada no país? E, em segundo lugar, caso a responsabilidade do Código na crise do setor realmente fosse um fato, em que medida se dava? Através de artigos em revistas especializadas, bem como de depoimentos concedidos por personalidades intimamente ligadas à história do setor elétrico, resgataremos o referido embate. Devido à crise do setor elétrico, verificada desde os fins da década de 30 do século passado e aprofundada pelo início da Segunda Guerra

34 35Saes - Saes Saldanha - Silva

Mundial e todas as restrições impostas pela guerra, o setor elétrico viveu, as primeiras medidas de racionamento. Destarte, o debate em torno das razões que o haviam levado à crise tomou proporções significativas nos diversos setores da sociedade brasileira no início da década de 1940. Um elucidativo exemplo se deu nas discussões realizadas pelo empresariado, acerca do tema, no Congresso Brasileiro da Indústria, realizado em São Paulo em dezembro de 1944. Outro exemplo desse debate se deu em maio de 1945, quando realizou-se em Teresopólis, no Estado do Rio de Janeiro, o I Congresso das Classes Produtoras. Buscar-se-á demonstrar a discussão acerca do Código de Águas e seus princípios durante as décadas de 40 e 50 do século passado dentro e fora da esfera governamental. Patentearemos ainda as posições expressas em tal embate – atraso ou progresso – e qual a função social que as decisões políticas daí extraídas cumpriu, isto é, a de perpetuar o desenvolvimento subordinado.

“ ”

SOBRINHO, Mauro de Oliveira. O enfoque da qualidade aplicado à prestação de serviços de distribuição de energia elétrica no Bra-sil. 2004. 109 f. Tese (Doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004. Disponível em:<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=-vtls000322283>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Apresenta uma abordagem do enfoque da qualidade aplicado à prestação de serviços de distribuição de energia elétrica no Brasil. Analisa, por meio de um estudo de caso, os impactos das ações de qualidade e os resultados decorrentes na atuação da Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL. Entende-se no trabalho como ações de qualidade as resultantes da sistematização, padronização e controle dos processos vinculados aos sistemas de gestão da qualidade. Através de comparação de resultados de períodos distintos da gestão da empresa, anterior e posterior à certificação, analisa resultados e indicadores que monitoram seu desempenho. Sugere a implantação dos sistemas de gestão da qualidade como um método adequado para auxiliar a obtenção da melhoria na qualidade dos serviços, sendo uma ferramenta que possibilita, por meio de auditorias de processos, que os mesmos sejam periodicamente reavaliados e aperfeiçoados. Os ganhos obtidos da estabilização dos processos potencializam a empresa a estar mais preparada a um melhor relacionamento com o órgão regulador e seus clientes. A implantação do sistema de gestão da

qualidade deve partir de uma decisão superior e sua manutenção estar associada ao patrocínio da alta direção. O reconhecimento associado à certificação de qualidade agrega valor ao negócio à medida que valoriza a imagem da empresa no setor elétrico nacional e funciona como mais um diferencial competitivo no mercado.

“ ”

SOuZA, Edson Belo Clemente de. Contextualização política da construção da barragem de Itaipu. Perspectiva geográfica, Unioeste – Colegiado de Geografia, Cascavel (PR), n. 1, p. 25-47, 2005. Dispo-nível em:<http://e-revista.unioeste.br/index.php/pgeografica/article/viewFi-le/5/5>

Acesso em: 30/set/2014.RESuMO

Mostra que as circunstâncias históricas da construção da barragem da Itaipu estão inseridas no contexto político do capitalismo brasileiro. As estratégias da política econômica dos governos militares estabeleceram prioridades de desenvolvimento, através de planos desenvolvimentistas. O projeto Itaipu insere-se na orientação política que havia decidido pelo aproveitamento máximo dos recursos hídricos para a produção de energia.

“ ”

SOuZA, Rafael Morais de. Exportações e consumo de energia elétri-ca: uma análise baseada na integração de modelos econométrico e de insumo-produto inter-regional para Minas Gerais e o restante do Brasil. 2008. 115 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) – Universi-dade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2008. Disponível em:<http://www.ufjf.br/poseconomia/files/2009/12/dissertacao_rafa-el_morais_de_souza.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Mensura os impactos setoriais, regionais e totais do consumo de energia elétrica, resultantes da variação do componente exportação da demanda final de Minas Gerais e do restante do Brasil por meio da integração de modelos econométricos de séries temporais com modelos de insumo-produto. Em outras palavras, o objetivo é fornecer um melhor entendimento do consumo de energia elétrica. Com a finalidade de atingir tal objetivo foi construído um modelo econométrico para caracterizar as exportações de Minas Gerais e do restante do Brasil, o que deu suporte para realizar

a projeção do crescimento das mesmas para os anos de 2007 a 2010. Posteriormente, essas projeções foram integradas ao modelo de insumo-produto inter-regional híbrido para a verificação dos impactos totais e setoriais no consumo de energia elétrica. Para isso, foram realizadas atualizações de matrizes de insumo-produto inter-regional para Minas Gerais x restante do Brasil para os anos de 1997 a 2003. Os dados utilizados são a matriz de insumo-produto Minas Gerais x restante do Brasil (BDMG e Fipe, 2002) referente ao ano de 1996, dados das contas nacionais e contas regionais disponibilizados pelo IBGE (2007) e as matrizes de insumo-produto estimadas por Guilhoto e Sesso Filho (2005) para o Brasil. A presente dissertação consiste em uma contribuição para referida metodologia e sua aplicação permitiu evidenciar quais são os setores que consomem maior quantidade de energia elétrica de forma intra e inter-regional, além de constatar que todos os setores da economia devem sempre consumir maiores níveis de energia elétrica com o passar dos anos.

“ ”

SOuZA, Rinaldo Irineu de. Estratégia de educação corporativa para o setor elétrico utilizando o e-learning. 2004. 168 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. Disponível em:<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/hand-le/123456789/87490/224650.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

Acesso em: 02/set/2014.RESuMO

Destaca que o setor elétrico brasileiro tem passado por mudanças estruturais, especialmente a partir dos anos noventa, advindas das políticas governamentais como o racionamento de energia elétrica, da privatização, da terceirização e do conjunto de características da sociedade do conhecimento. Tais transformações têm afetado as estratégias de educação da área de capacitação e desenvolvimento das empresas do setor elétrico. O presente trabalho tem o intuito de propor novas estratégias de educação corporativa para essas organizações, especificamente para a Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc, utilizada como objeto de estudo. A partir das informações adquiridas no levantamento com uma parcela dos empregados desta empresa, lotados nas Agências Regionais do estado catarinense, foram obtidos dados relevantes para a pesquisa, como: identificação do trabalhador quanto a posto de trabalho, escolaridade, grupo ocupacional, avaliação da quantidade e qualidade da capacitação oferecida, obstáculos para participação de cursos, acesso ao computador, Internet/Intranet, e-mail, preferência por modalidade de ensino (e-learning,

presencial e misto) e áreas de conhecimento de seu interesse. Com base na pesquisa bibliográfica e nesses dados, foi proposta uma nova estratégia de capacitação profissional utilizando o e-learning e enfatizando a geração e difusão de conhecimento. A proposta contempla os seguintes aspectos: as novas metodologias de e-learning; arquitetura do aprendizado; infra-estrutura de capacitação; cultura do aprendizado, propriedade do gerenciamento e gerenciamento da mudança; caso comercial sólido; reinvenção da empresa de treinamento; objetos do conhecimento; avaliação dos cursos e os resultados esperados.

“ ”

SOuZA, Zilmar José de. Geração de energia elétrica excedente no setor sucroalcooleiro: entraves estruturais e custos de transação. 2003. 279 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Univer-sidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2003. Disponível em:<http://www.nuca.ie.ufrj.br/infosucro/biblioteca/bim_Souza_Gera-caoExcedente.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.RESuMO

Considera um potencial estimado de geração de energia elétrica da ordem de 18 mil MW e a necessidade de expandir a capacidade nacional instalada de geração, bem como, de diversificá-la, a tese investigou os motivos para o baixo desempenho no aproveitamento das oportunidades de investimento presentes na geração de excedentes comercializáveis de energia elétrica pelo setor sucroalcooleiro. Para tanto, a pesquisa apresenta um diagnóstico dos principais entraves estruturais e custos de transação presentes na atividade de geração de excedentes de energia elétrica, mostrando a importância das instituições na decisão de expansão da atividade pelo setor sucroalcooleiro. Os resultados obtidos foram confrontados com a proposta de política setorial governamental para incentivo à atividade em pesquisa. Verificou-se a necessidade de aprimoramento do Ambiente Institucional proposto, conforme estipulado na hipótese central do trabalho. As diretrizes para políticas setoriais governamentais, propostas por esta tese, enfocam o financiamento à expansão da atividade; a comercialização dos excedentes; o incentivo tributário; e a concessão de subsídios diretos à expansão da atividade. Especificamente, as diretrizes apresentadas quanto ao aspecto de financiamento foram: linhas oficiais diferenciadas por tecnologia empregada, por índice de mecanização e por porte de empresa; a Formação de Fundo Ético para o setor; e projects finance envolvendo Certificados de Redução de Emissões. No enfoque da comercialização, as diretrizes foram: subvenção às tarifas de

36 37Sobrinho - Souza Souza - Souza

transporte; a extensão do universo de consumidores potencialmente livres; a formação de um pool de usinas sucroalcooleiras e inclusão no Mecanismo de Realocação de Energia; a inserção da energia sucroalcooleira na composição do Fator X e na Reserva Nacional de Energia; alterações na questão do auto-suprimento das distribuidoras; e o incentivo à comercialização de excedentes de energia e de Certificados de Redução de Emissões. Foram também apresentadas diretrizes quanto ao incentivo tributário à atividade. Com relação ao aspecto de subsídios diretos, as diretrizes apresentadas abordam a utilização dos recursos advindos do Uso do Bem Público e da Conta de Consumo de Combustíveis para estímulo à expansão da atividade de comercialização de excedentes.

“ ”

SROuR, Sandra. A reforma do Estado e a crise no setor de energia elétrica: uma visão crítica do caso brasileiro. 2005. 136f. Disserta-ção (Mestrado em Administração Pública) – Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/hand-le/10438/3354/Dissertacao_Sandra.pdf?sequence=1>

Acesso em: 29/set/2014.RESuMO

Procura descrever a reforma do Estado brasileiro no setor de energia elétrica e como a crise de energia de 2001 influenciou este processo. Com esse intuito foram realizados dois tipos de pesquisas: a bibliográfica e a de campo. A bibliográfica recorreu a diferentes autores, visando analisar a atuação do Estado no setor de eletricidade brasileiro, bem como a reforma gerencial do Estado, o modelo privatizante do setor de 1998, modelos internacionais, a crise da falta de suprimento de energia elétrica de 2001, a mudança política e o atual modelo. Já a pesquisa de campo contou com entrevistas semi-estruturadas com nove especialistas da área e foi útil para ratificar características positivas e negativas dos dois modelos estudados. A pesquisa de campo também possibilitou verificar as diferentes opiniões sobre as causas da crise e, principalmente, o papel do Estado no setor de energia elétrica do Brasil. Este estudo constatou que o Estado deve buscar um tamanho ótimo, que não deve ser muito pequeno como no modelo de 1998, no qual faltou a figura do agente planejador do setor; nem muito grande, posto que o Estado não tem recursos suficientes para os investimentos requeridos pelo sistema de energia elétrica.

“ ”

TONELLI, Anderson Vitor Pereira. Modelo computacional para ges-tão de riscos na comercialização de energia elétrica. 2005. 149 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Energia) -- Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2005. Disponível em:<http://saturno.unifei.edu.br/bim/0033440.pdf>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Sinaliza que com a evolução do mercado brasileiro de energia elétrica, a atividade de comercialização vem se tornando cada dia mais complexa, devido à variedade de produtos e formas contratuais resultantes das negociações. Esta diversidade de produtos é resultante da necessidade de se atender às demandas do mercado, através de produtos com maior valor agregado, frente a crescente competição do setor. Sendo energia elétrica um produto padronizado, sem possibilidade de agregação de valor por fatores qualitativos, faz-se necessária a criação de produtos carregados de flexibilidades quantitativas, financeiras e contratuais, de forma a possibilitar o atendimento personalizado de cada cliente. As flexibilidades concedidas representam riscos assumidos pelo agente comercializador, causando volatilidade nos balanços quantitativos e nos resultados financeiros. O gerenciamento destes riscos de forma manual se torna complexo e de difícil realização devido ao número de combinações possíveis de situações resultantes destas flexibilidades. Neste contexto, procurou-se desenvolver um modelo computacional capaz de manipular os mais variados tipos de contratos de compra e venda de energia e seus derivados, possibilitando, desta forma, elaborar simulações com o objetivo de mensurar e gerenciar os riscos.

“ ”

TREVISAN, Mario Luiz. Sensibilidade de fatores para valoração do ambiente com o uso de avaliação multicritério e geoprocessamento digital. 2008. 165 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) – Uni-versidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008. Disponível em:<http://cascavel.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArqui-vo=2255>

Acesso em: 08/set/2014.RESuMO

Trata da sensibilidade em fatores adotados para avaliação multicritério ambiental na análise de favorabilidade ou restrições na seleção de locais para implantação de obras de infraestrutura hídrica no contexto de bacias hidrográficas. A tecnologia do geoprocessamento aliada às propriedades da análise multicritério são o enfoque geral deste estudo. Na revisão bibliográfica foram considerados temas fundamentais: gestão de recursos hídricos;

geoprocessamento digital; análise multicritério como auxílio à gestão de recursos hídricos e uma breve filosofia sobre escolhas. Tomando como estudo de caso o relatório “Análise de fragilidades ambientais da bacia hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava, situada na região hidrográfica do rio Uruguai” (UFSM/Fepam, 2005), classificada no estado do Rio Grande do Sul como Bacia U010, foi feita uma variação regular nos pesos dos critérios para compor novos cenários. Após esta variação dos pesos nos mapas, utilizou-se o coeficiente estatístico matricial V de Cramer, indicador da similaridade entre as imagens. Os valores de V de Cramer foram tabulados como matrizes quadradas calculando-se as distâncias matriciais para realizar o Teste de Mantel, que dá a correlação entre as matrizes. A partir desses coeficientes foi possível realizar a análise da sensibilidade consistindo na comparação entre as matrizes pesadas em termos de similaridade e correlação. A sensibilidade foi efetuada em dois níveis: básico (ou em cada bloco de fatores temáticos) e superior (ou geral, entre os grandes blocos). Foi possível discriminar quais os pesos mais e menos significantes na composição cenográfica da avaliação multicritério. Relativizados os pesos em forma de intervalos, a fase seguinte consistiu em otimizá-los matematicamente. Os resultados foram comparados com o método de Saaty e com os pesos do relatório de origem. Com o conjunto de pesos atualizado, processa-se novo cenário, agora otimizado, a fim de ser rediscutido e/ou aceito. A inclusão do teste de sensibilidade no equacionamento multicritério mostrou-se potencialmente valioso para comparação de relevância entre mapas de fatores geoprocessados, proporcionando maior embasamento para os tomadores de decisão.

“ ”

TuSSI, Matheus Gazzola. Cooperação internacional e recursos hídri-cos: a formação de um regime internacional para o aqüífero Guarani. 2008. 163 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Pontifí-cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1176>

Acesso em: 01/set/2014.RESuMO

Aborda a cooperação internacional para o Sistema Aqüífero Guarani, objetivando buscar elementos que indiquem a possível formação de um regime internacional para a sua gestão. Os regimes internacionais são instituições com regras explícitas, acordadas entre os Estados, voltadas a uma área temática específica. Buscou-se saber, no caso do Aqüífero Guarani, se havia a existência de uma área temática delimitada, indícios

de formalização de regras e convergência de expectativas dos atores estatais envolvidos, especialmente através do “Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani”. Em curso desde o ano 2000, com previsão de término para 2009, este Projeto envolve Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai através do financiamento do GEF e execução da OEA, tendo como núcleo a elaboração de um marco de gestão para o aqüífero, contendo aspectos legais, institucionais e técnicos, a ser disponibilizado aos países ao final de sua execução. Os resultados alcançados permitem inferir que se está em uma fase de formação da agenda de um regime internacional para o Aqüífero Guarani, fase em que já houve a emergência do tema mas que ele ainda não é um item prioritário da agenda regional a ponto das expectativas convergirem para a escolha de instituições para a sua gestão.

“ ”

VELOSO, Vitor Lanza. A natureza jurídica da atividade de coorde-nação e controle da operação do Sistema Interligado Nacional - SIN: uma análise à luz da Constituição de 1988. 2011. 103 f. Monografia (Conclusão de curso de graduação em Direito) – Universidade de Bra-sília, Brasília/DF, 2011. Disponível em: <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1978/1/TCC%20-%20Vitor%20Lanza%20Veloso.pdf>

Acesso em: 26/set/2014.RESuMO

Esclarece que o setor elétrico brasileiro é constituído por um complexo de geração de base hidrotérmica interligado por uma extensa malha de transmissão. Este conjunto, o Sistema Interligado Nacional – SIN, depende, para o seu correto e pleno funcionamento, do desempenho da atividade de coordenação e controle de sua operação. O presente estudo visa oferecer uma abordagem jurídica da atividade, perquirindo-se, à luza da Constituição de 1988 e da história normativa setorial, a sua qualificação como serviço de energia elétrica autônomo – competência econômica pública prestacional reservada à União.

“ ”

VIEIRA, Isabela Sales. Expansão do sistema de transmissão de energia elétrica no Brasil. 2009. 84 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) -- Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2009. Disponível em:<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/4034/1/2009_Isabela-SalesVieira.pdf>

Acesso em: 03/set/2014.

38 39Srour - Trevisan Tussi - Vieira

RESuMOMostra que o sistema de transmissão de energia elétrica no Brasil tem grande importância para o atendimento às cargas e para a confiabilidade do sistema elétrico nacional. A grande extensão do país exige um sistema de transmissão de grande dimensão, capaz de interligar a geração e a carga das diversas regiões geográficas, otimizando a operação do sistema. Este trabalho apresenta um estudo sobre a expansão do sistema de transmissão e a análise econômica desta expansão, especialmente quanto às interligações inter-regionais, devido à importância de tais instalações para o Sistema Interligado Nacional – SIN. As interligações inter-regionais integram os subsistemas do SIN, possibilitando o melhor aproveitamento da capacidade de geração, e representam mais de 25% da Receita Anual Permitida – RAP associada às instalações de transmissão. O custo médio das interligações inter-regionais, em R$/MWh, e o Índice Custo-Benefício apresentados neste trabalho foram utilizados para avaliar a viabilidade econômica destas instalações de transmissão. O trabalho também apresenta a evolução da RAP entre os anos 2000 e 2008, a qual aumentou cerca de 370%, influenciada por fatores como a correção monetária pelo Índice Geral de Preços ao Mercado – IGP-M e a diferença entre os valores de receita associados às instalações antigas e a RAP associada às novas instalações de transmissão.

“ ”

WERNER, Deborah. Intervenção regional dos grandes projetos hi-drelétricos: os casos de Sobradinho e Itaparica e reflexões sobre o período recente. Leituras de Economia Política, Campinas, n. 18, p. 25-71, jul. 2011. Disponível em:<http://www.revistalep.com.br/index.php/lep/article/view/80/75>

Acesso em: 06/set/2014.RESuMO

Discute a partir da constituição do setor elétrico, se o modo de inserção regional do setor no recente período de expansão das hidrelétricas rompe com o processo de desestruturação socioambiental, de modo a articular os grandes projetos ao desenvolvimento das regiões onde se inserem.

“ ”

ZAMBONI, Jésio; BARROS, Maria Elizabeth Barros de. Paradoxo do motorista de ônibus como passageiro: subjetividade, atividade, vi-deografia. ECOS - Estudos Contemporâneos da Subjetividade, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 319-331, 2012. Disponível em:<http://www.uff.br/periodicoshumanas/index.php/ecos/article/view/760/724>

Acesso em: 07/set/2014.RESuMO

Explica que esse ensaio teórico configura-se como uma experimentação analítica dos processos de trabalho do motorista de ônibus coletivo urbano pela produção videográfica. Trata-se de uma abordagem em que as dimensões da subjetividade e da atividade revelam-se intrínsecas uma à outra pela situação produtiva concreta, perspectivada como paradoxo a viver. O paradoxo que se toma como mote para esse estudo é o do motorista como primeiro passageiro, que nos indica que o transporte se constrói pela relação de trabalho essencial entre motorista e passageiro. A análise videográfica desde o olhar de passageiro desenha o espectador como expectante ativo de outras maneiras de fazer pesquisa sobre subjetividade e atividade, pelo paradigma transdisciplinar, e de outros modos de construir políticas públicas de transporte coletivo urbano, considerando como crucial os problemas da atividade produtiva concreta nessa construção.

“ ”

40Werner - Zamboni

(...) a Memória da Eletricidade tem um papel fundamental no futuro do setor elétrico brasileiro, porque o que vocês têm hoje de história catalogada, editada, disponibilizada é uma riqueza.

Paulo Roberto Ribeiro PintoPresidente da Light - Serviços de Eletricidade

“ ”

O Centro da Memória da Eletricidade no Brasil tem tido uma competência muito grande na elaboração desses registros históricos. É um papel muito importante, nós resgatarmos toda essa memória do setor de energia elétrica brasileiro.

Altino Ventura FilhoSecretário de Planejamento e Desenvolvimento

Energético do Ministério das Minas e Energia

A criação em 1986 pela Eletrobras do Centro da Memória da Eletricidade do Brasil no Rio de Janeiro foi um passo importante para a preservação dos registros do setor elétrico em todo o país, assim como por meio de uma extensa produção bibliográfica de referência para a história da energia elétrica no Brasil (...). Ao lançar, em 1988, o livro Panorama do setor de energia elétrica no Brasil a Memória da Eletricidade criou o primeiro “manual” para esse tema em nossa historiografia, ao sistematizar de maneira bastante abrangente o conhecimento do processo de eletrificação de todas as regiões do Brasil até aquele momento.

Renato de Oliveira DinizHistoriador, em artigo publicado na revista Labor &

Engenho, da Universidade Estadual de Campinas

“Citações”

www.memoriadaeletricidade.com.br