chac mool: memória e diá-logo na obra de fuentes
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Este trabalho faz um estudo sobre a questão da memória no conto “Chac Mool” do escritor mexicano Carlos Fuentes. Trabalho apresentado no II Encontro da Hispanidade no CEFFET Nova Friburgo-RJ em 2009.TRANSCRIPT
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Chac Mool: Memória e Diá-logo na obra de Fuentes
Bruno da Cruz Faber
(bolsista de Iniciação Científica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Projeto: A Cidade e o Espaço Urbano
Programa de Pós-Graduação em Letras NeolatinasUFRJ / Faculdade de Letras
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Introdução
Estudo do conceito de memória e os demais termos a ele relacionado
Como corpus foi utilizado o conto Chac Mool (1972) do escritor mexicano Carlos Fuentes
As bases metodológicas para o presente estudo são as obras de Walter Benjamin e Antonio Jardim
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Oh memória, inimiga mortal do meu descanso!Miguel de Cervantes
a qualidade dos textos literários se fundamenta na capacidade de produzir algo que eles próprios não são.
Wolfgang Iser
A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta!
Fernando Pessoa
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Memória: compreensão atual
Dicionário Aurélio online: s.f. faculdade de reter ideias, sensações, impressões adquiridas anteriormente. / Efeito da faculdade de lembrar; a própria lembrança
Aspecto temporal: linear e uniderecional
Ou seja, a memória está presa ao conceito de tempo cronológico
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Memória: origem
Memória vem de Mnemósine, que é a personificação da memória e a mãe das musas.
As musas, enquanto filhas da memória, foram criadas por Zeus para atualizá-lo no tempo, para que não seja esquecido, isto é, a busca do des-esquecimento (memória).
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Tempo: caracterizações
Cronológico: iníco – meio – fim (duratividade)
Eterno: não há nem início, nem meio e nem fim (o eterno não dura, é)
Eviterno:“trata-se de uma duração que tem começo, tem sucessão, mas não tem fim” (KIRK & RAVEN, apud JARDIM, 2005: 135)
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Memória Poética
Não linear / continuum
A memória é uma atualização do ser
Ou seja, é um permente fundante
A memória é a possibilidade de estabelecimento da cultura
Ela é um constituidor do mundo
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Verdade
Origem grega: aletheia ( λήθεια) ἀ
Λήθε (lethe) = esquecimento / velar
(alfa privativo) = a / desἀ
A verdade então era assim compreendida como um des-esquecimento (memória) ou um des-velamento
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Identidade
Se estabelece na mediação/comparação
Portanto, é a definição por meio da comparação excludente
Está relacionada sempre a conceitos ou ideias abstratas
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Unidade
“no caso de duas ou mais coisas diferentes, nós passamos a ter uma unidade quando uma vez juntas essas unidades, se é incapaz de devolvê-las, por nenhum processo, a suas diferenças originais sem que com isso fique destruída a nova unidade composta por essas mesmas coisas.” (JARDIM, 2005: 50)
Unidade = Uno
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Memória, Unidade e Verdade
A memória, portanto, não é um recorte da realidade, ela é uma unidade dos invisíveis.
É o nexo do que é, do que já existe, ou do que ainda não existe.
A memória é a condição de possibilidade de se estabelecer um todo complexo temporal-espacial como unidade.
A memória, em última instância, aciona a própria dinâmica da verdade quando entendida originalmente como des-velamento (des-esquecimento).
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Sistematizando...
Memória
Passado Presente Futuro
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Diálogo
Todo ler pressupõe um diálogo
Todo diálogo é um questionamento
O diálogo em sua essência representa o homem no entre-ser, isto é, o homem na sua travessia.
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Diá-logo: origem
legein > logos/linguagem: expor, reunir (dar unidade) e mundificar (constituidor do mundo – memória)
Diá: através de, entre
A leitura como diálogo poético é assim compreendido como “entre duas reuniões”, isto é, o não-dito no dito. O diálogo poético (legein > logos / linguagem > diá-logo), assim como a memória é a realidade enquanto reunião (unidade) de sentido.
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Sistematizando...
Memória
Unidade VerdadeDiá-logo / Linguagem
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(Memória)
Quebra-Cabeça
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(Memória)
Rede
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(Memória)
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Chac Mool
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Personagens-Questões
Narrador
Filiberto Pepe
Chac Mool (Tláloc)
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Autor Obra de Arte Leitor
Contexto
Texto
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Leitor ObraE
entre/linguagem
Diá-logo: