cerimonial fúnebre

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RITUAL UNIVERSAL DE SESSÃO MAGNA E PÚBLICA DE POMPA FÚNEBRE

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RITUAL UNIVERSAL

DE

SESSÃO MAGNA

E

PÚBLICA

DE

POMPA FÚNEBRE

(com convidados profanos)

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MATERIAL EXTRAORDINÁRIO E NECESSÁRIO

- Cenotáfio (Monumento fúnebre erigido em memória de alguém, mas que não lhe encerra o corpo).

- Caveira.

- Tíbias cruzadas.

- Urna funerária.

- Espada coberta de crepe preto.

- Uma cesta contendo folhas e pétalas de rosa.

- Um vaso com leite.

- Um vaso com vinho.

- Um vaso com água.

- Um aspersório (instrumento para aspergir líquidos)

- Estandarte da Loja.

-Um castiçal com uma vela para ser usado na cerimônia.

- Rolo Místico (de pergaminho ou cartolina branca).

- Um braseiro.

- Incenso.

-3 descansos de feltro para as batidas dos malhetes serem ensurdecidas.

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RITUAL DE POMPA FÚNEBRE

O Templo, em Câmara Ardente. Cenotáfio (monumento fúnebre erigido em memória de alguém, mas que não lhe encerra o corpo) no centro, em cima do qual se colocará uma urna funerária (cabeça voltada para o Oriente), uma caveira, tíbias cruzadas e o rolo místico; na parte inferior, perfumes e um braseiro para incenso. Terá ainda uma cesta de folhas e pétalas de rosas, três vasos, um com leite, outro com vinho e o terceiro com água e o respectivo aspersório. Na frente e aos pés da urna, uma cadeira vasia com um avental maçônico e uma espada coberta de crepe preto. Os trabalhos são abertos em grau de Aprendiz Maçom. Ao entrarem em Loja todos os Irmãos conservam-se de pé, sem entretanto estarem à ordem.

ABERTURA APENAS COM MAÇONS .

Ven M- (bate !) Em Loja, meus Irmãos (todos sentam-se). Irmão 1.º Vig, verificai se todos os presentes são Maçons.

1.º Vig- (bate !) De pé e à ordem, meus Irmãos.

(O 1.º Vig faz a verificação, depois do que diz:)

1.º Vig- Venerável Mestre, todos os presentes, pelo sinal que fazem, são Maçons.

Ven M- Também os do Oriente (bate !). Sentai-vos meus Irmãos. Ir1.º Vig a que horas os Maçons iniciam os seus trabalhos fúnebres?

1.º Vig - A meia-noite, Ven M.

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Ven M- Por que, meu Ir?

1.º Vig - Porque é nessa hora que as densas trevas estendem o seu manto de luto sobre a natureza, e esperam a volta do astro que a vivificará.

Ven M- Que horas são, Ir 2.º Vig?

2.º Vig- Meia-noite, Ven M.

Ven M- Já que é meia-noite, e sendo esta a hora em que os Maçons abrem seus trabalhos fúnebres, Irmãos 1.º e 2.º Vigilantes, anunciais em vossas colunas, como eu anuncio no Oriente, que vamos proceder à abertura dos trabalhos.

1.º Vig- Irmãos que condecorais a coluna do Norte, de ordem do Ven M eu vos anuncio que vamos proceder à abertura dos trabalhos.

2.º Vig - Irmãos que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de ordem do Venerável Mestre que vamos proceder à abertura dos trabalhos. (bate !) Está anunciado em minha coluna.

1.º Vig- (bate !) Está anunciado em ambas as colunas.

Ven M- Ir M de CCer, convidai o Ir Orad para abrir o Livro da Lei.

(O Ir Orad abre o Livro da Lei SEM FAZER A LEITURA DE QUALQUER TEXTO e volta ao seu lugar em Loja, como também o Ir M de CCer).

Ven M- (bate !).

1.º Vig- (bate !).

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2.º Vig- (bate !).

Ven M - (bate !) Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra de São João, nosso padroeiro, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil, e em virtude dos poderes de que me acho investido, declaro abertos os trabalhos desta Augusta e Respeitável Loja ............................... n.º ......., em Sessão Fúnebre.

Ven M - A mim, meus Irmãos, somente pelo Sinal, porque a solenidade deste dia e diante destes símbolos de luto, nos proíbe a bateria e a aclamação.

(Depois de executado, todos sentam-se).

Ven M- Desta hora em diante cessam todos os sinais maçônicos e recomendo aos Irmãos que observem o que deverão fazer nesta cerimônia, principalmente:

1) na cadeia de união não cruzar as mãos como se faz habitualmente, observando que a cadeia feita no início dos trabalhos ela é interrompida na coluna do Sul, deixando dois Irmãos de se darem as mãos, enquanto que a do final dos trabalhos, ela é normal e completa;

2) Serão feitas duas séries de 4 viagens. Na primeira série participam apenas o Ven M, os Vigilantes e o M de CCer em todas as quatro viagens. Na segunda série, sempre precedido do Ir Porta Estandarte com o Estandarte da Loja, devem participar: na primeira viagem o Orador, Secretário, Primeiro Diácono e eventuais Mestres que estejam trabalhando no Oriente; na segunda viagem o 1.º Vig mais 7 Irmãos da sua coluna; na terceira viagem o 2.º Vig mais 7 Irmãos da sua coluna e na quarta viagem o M de CCer mais

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parentes e amigos do falecido. Nas 3 primeiras viagens da segunda série, todos farão a aspersão, enquanto que na última todos depositarão folhas e pétalas de rosas.

ENTRADA DE CONVIDADOS E VISITANTES.

Ven M- Ir M de CCer, formai uma Comissão de 3 membros para dar ingresso aos visitantes, em primeiro lugar às senhoras e senhoritas, fazendo-as sentar na coluna da Beleza, depois os cavalheiros na coluna da Força e por último, se houver autoridade maçônica completai a Comissão para recebê-la.

(Depois de todos os visitantes estarem sentados:)

Ven M - Meus Irmãos, vamos segundo nossos costumes, formar a cadeia de união.

(A cadeia de união é formada por todos os Irmãos presentes e reunida em volta do catafalco, dando-se as mãos, sem, entretanto, cruzá-las, como usualmente. O Ven M no Oriente e no Sul o M de CCer ladeado pelos Vigilantes. A cadeia deve ficar interrompida na coluna Sul, deixando dois IIr de se darem as mãos, simulando a falta de um Irmão. O Ven M transmite e a palavra, que pode ser uma qualquer adequada à cerimônia, mas ao Sul, onde a cadeia é rompida, não é a palavra prosseguida.)

2.º Vig- Venerável Mestre, a cadeia está cortada e faltando um dos seus principais elos, pelo que foi a palavra perdida.

(Todos voltam aos seus lugares.)

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Ven M- Irmão Secretário, qual foi o Irmão que não respondeu ao nosso chamado?

Secr - Venerável Mestre, foi o nosso querido Irmão (....... cita o nome ......) que deixou a morada dos vivos.

Ven M - (com tristeza) – Meus Irmãos, que infelicidade! Nosso Irmão já não existe. Pranteemo-lo! Irmãos 1.º e 2.º Vigilantes, anunciai em vossas colunas esta dolorosa notícia.

1.º Vig - Irmãos que condecorais a coluna do Norte, de ordem do Ven M eu vos anuncio que o nosso querido Irmão (...... cita o nome ......) já não existe e vos convida a prantear tão dolorosa notícia.

2.º Vig- Irmãos que abrilhantais a coluna do Sul, de ordem do Ven M, eu vos anuncio que o nosso querido Irmão (...... cita o nome ......) já não existe e vos convida a prantear tão dolorosa notícia. Está anunciado na minha coluna, Ir 1.º Vig.

1.º Vig- Está anunciado em ambas as colunas, Venerável Mestre.

Ven M- Ir Orador, tendes a palavra.

(O Orador faz o necrológio do falecido.

Terminando, deve ser executada a Marcha Fúnebre, que é ouvida, em silêncio, por todos os presentes).

Ven M- Ir 1.º Vig, podereis dizer-nos onde se encontra, neste momento, o nosso falecido Irmão?

1.º Vig- Viajando nas trevas, Ven M.

Ven M- Poderíamos tirá-lo de lá, meu Ir?

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1.º Vig- Não, Ven M, porque as trevas que conhecia ele já não as reconhece, e neste momento elas nos são desconhecidas.

Ven M- Quem lhe poderá restituir a luz?

1.º Vig- O Grande Arquiteto do Universo, a quem a sua alma torna, porque é ela que o conduzirá ao imutável Templo da Verdade.

Ven M- Ir 2.º Vig, perdemos para sempre o nosso Respeitável Irmão?

2.º Vig- Suas formas materiais e visíveis desapareceram, porém seu nome, sua memória e suas obras permanecerão para sempre em nossos corações.

Ven M- Que devemos à alma do nosso Ir?

2.º Vig- A expressão dos nossos sentimentos, nossas orações ao Grande Arquiteto do Universo e o perfume das primeiras flores, símbolo da regeneração.

Ven M- E o que mais, meu Ir?

2.º Vig- Devemos também a aspersão do vinho, da água e do leite, símbolos da força, pureza e candura, em memória da inteligência a que serviram.

Ven M- Ir 1.º Vig, que faremos para render as nossas homenagens a essa inteligência?

1.º Vig- Queimar, com sentimento religioso, o incenso de uma piedosa e leal fraternidade.

Ven M- (bate !) De pé, meus Irmãos. À Glória do Grande Arquiteto do Universo, potência infinita, fogo sagrado que a tudo fecunda, ser misericordioso que

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pode ser concebido mas não definido, principio imutável de todas as transformações, em quem tudo vive e respira e para quem a luz e as trevas não têm diferença. Ó Grande Arquiteto do Universo que nos vedes tanto em nossos nascimentos como em nossas mortes e que conheceis os segredos do além-túmulo, permiti que o nosso Ir (...... dizer o nome .....) possa sempre estar convosco, como no nosso convívio que passou. Que a sua morte seja um ensinamento ao nosso preparo, para podermos alcançar em vosso seio paternal a verdadeira imortalidade.

(O Ven M desce e recebe do M de CCer um castiçal aceso. Os Irmãos Vigilantes se juntam ao Ven M)

Ven M- (levantando ao alto o castiçal aceso) Irmão (..... dizer o nome .....), teus Irmãos choram e te chamam. Responde-nos.

(Repete pela segunda vez:)

Ven M- Irmão (..... dizer o nome .....), teus Irmãos choram e te chamam. Responde-nos.

(Repete ainda pela terceira vez:)

Ven M- Irmão (..... dizer o nome .....), teus Irmãos choram e te chamam. Responde-nos.

(Pequena pausa).

Ven M- Meus Irmãos, o nosso Ir(...... dizer o nome ......) já não atende ao nosso chamado. Como esta chama, estava cheio de vida! Como ela, nos alumiava mostrando-nos que procurava a luz! Porém, bastou um

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sopro (apaga a vela) para que se extinguisse e fundisse nas trevas da morte. Chamamo-lo em vão, neste recinto. Já não ouviremos sua suave e sonora voz. Portanto, prestemos lhe nossos últimos deveres e que do seio da eternidade, onde viaja, seja sensível aos nossos dolorosos e fraternais sentimentos, neste momento em que cresce em nossos corações a recordação de um amigo, fazendo-nos compreender a crueldade de uma tal separação. (Entrega o castiçal ao M de CCer, que o coloca no seu devido lugar).

(Durante as viagens, desde a primeira até a ultima oração, será executada música sacra em surdina).

(O Ven M com os Vigilantes e o M de CCer, este com a cesta de flores, fazem a 1.ª viagem, girando em torno do cenotáfio. Ao terminar, o Ven M atira 3 punhados de folhas e pétalas de rosa sobre o ataúde.)

Ven M- (Aos assistentes) Meus Irmãos, à vista das cores sombrias que cobrem as nossas paredes e envolvem os nossos atributos: à vista da dor que nos acabrunha e dos lúgubres e silenciosos troféus da morte, lembremos, meus Irmãos, que do seio da corrupção nascem os perfumes e encantos da vida. A morte nada mais é do que a iniciação à vida eterna. Quem viveu honestamente nada tem a temer.

(Os Vigilantes vão buscar o rolo místico e o colocam diante do Ven M).

( O M de CCer traz o vaso de vinho.)

(Fazem a 2.ª viagem, girando em torno do cenotáfio).

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Ven M- (Ao terminar a viagem e após introduzir o aspersório no vinho, asperge 3 vezes o rolo místico e diz:) Que a força do reino vegetal que te alimentava, seja devolvida com teu corpo às fontes da vida material para servir aos sábios desígnios do Grande Arquiteto do Universo.

(O M de CCer substitui o vaso de vinho pelo de leite. Fazem a 3.ª viagem, igual as anteriores).

Ven M- (Ao terminar a viagem e após introduzir o aspersório no leite, asperge 3 vezes o rolo místico e diz:) Tens sido mais feliz do que nós, porque te livrastes dos laços das simulações, lisonjas, hipocrisias e mentiras. Que a verdade derrame sobre ti seus mais vivos resplendores e te console dos tristes erros da humanidade.

(O M de CCer substitui o vaso de leite pelo de água. Fazem a 4.ª viagem, igual as anteriores).

Ven M- (Terminada a viagem e após introduzir o aspersório na água, asperge 3 vezes o rolo místico e diz:) Sê purificado pela morte; que a lembrança de tuas fraquezas se afoguem nas águas da caridade, para que, ao levantarmos os nossos pensamentos à eterna morada de tua alma, sejam eles centralizados em tuas virtudes.

(O M de CCer com os Vigilantes colocam o rolo místico sobre a urna, ao lado Sul, onde será aspergido por todos os participantes das viagens seguintes).

Ven M- (Após lançar 3 punhados de incenso no braseiro ou acender 3 varetas de incenso e enquanto sobem as fumaças, diz:) Oremos, meus Irmãos, para

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que a alma de nosso Irmão suba à Pátria Celestial, do mesmo modo como os perfumes de incenso se dirigem para o Céu. Oremos, para que o Grande Arquiteto do Universo o receba com bondade e lhe conceda a recompensa dos justos. Oremos, meus Irmãos e rendamos à sua alma os últimos tributos maçônicos (Pausa).

(As viagens, que vão ser iniciadas, girando em torno do cenotáfio, serão sempre precedidas do Ir Porta Estandarte. O Orador inicia a 1.ª viagem, o 1.º Vig a 2.ª viagem, o 2.º Vig a 3.ª viagem e o M de CCer com os parentes e amigos do morto fará a 4.ª viagem).

(O M de CCer substituirá os vasos respectivos).

Ven M- Ir Orad, reuni a vós os IIr Secretário, Diácono, e demais Mestres do Or e vinde fazer a viagem misteriosa com a aspersão do vinho, rendendo, assim, as homenagens simbólicas à memória de nosso Irmão. (Todos farão a aspersão).

Ven M-(Terminada a 1.ª viagem) Irmão 1.º Vig, convidai sete Irmãos de vossa coluna e vinde fazer a 2.ª viagem misteriosa com a aspersão do leite, rendendo, assim, as homenagens simbólicas à memória do nosso Irmão (Todos farão a aspersão).

Ven M- (Terminada a 2.ª viagem) Irmão 2.º Vig, convidai sete Irmãos de vossa coluna e vinde fazer a 3.ª viagem misteriosa com a aspersão de água, rendendo, assim, as homenagens simbólicas à memória do nosso Irmão. (Todos farão a aspersão).

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Ven M- (Terminada a 3.ª viagem) Irmão Mestre de Cerimônias, convidai os parentes e amigos do nosso pranteado Irmão para render-lhe na 4.ª viagem, os mesmos tributos com a deposição de flores (nesta viagem não há aspersão e as flores são lançadas sobre a urna funerária).

(Terminada a última viagem e retomados os lugares, o M de CCer com os Vigilantes trazem o rolo místico e o entregam ao Ven M).

Ven M- (Com o rolo místico na mão, erguendo-o) Possa eu ter a morte de um justo! (Colocando o rolo místico sobre a urna funerária) Oh! Grande Arquiteto do Universo, em vossas mãos depositamos a alma do nosso querido Irmão.

(O Ven M, M de CCer e Vigilantes retomam seus lugares. Todos continuam de pé.)

Ven M- (No trono) Oh! Grande Arquiteto do Universo, Pai poderosíssimo, misericordioso e bom. Vós, que em vossa sabedoria, para consolar a virtude que sofre, libertar o oprimido e aterrorizar o criminoso, estabelecestes o término da vida terrena. Vós, que tudo consubstanciastes para que nada perecesse. Nosso corpo se transforma e nossa alma escapa ao aniquilamento. Graças vos sejam dadas. Oh! Pai dos homens, que idéias tão consoladoras nos inspirais, as quais acalmam a dor que este lúgubre aparato revela ao nosso espírito. Que a terra e os elementos utilizem, conforme vossos desígnios, os restos transformáveis de nosso Irmão (........ citar o nome ........), porém, nós vos rogamos, oh! Pai amantíssimo, que a sua alma imortal goze em vosso

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seio a Paz e a Alegria eternas pelo muito que fez nos trabalhos e investigações da Verdade.

Ven M- (bate !)

1.º Vig- (bate !)

2.º Vig- (bate !)

Ven M- Seja feita a vossa vontade, oh! Grande Arquiteto do Universo.

TODOS – Amém.

(É executado o Réquiem de Mozart. e após seu final:)

VenM- IrOrador, apresentai os agradecimentos aos visitantes e convidados, em nome de nossa Loja.

(Ao final da palavra do Orador:)

VenM- Ir Mde CCer, organizai e providenciai a saída dos visitantes e convidados, na ordem inversa de seu ingresso neste Templo. Depois verificai se todos os que aqui permaneceram são Irmãos Maçons.

(Acompanhados de Comissão de Honra, saem em primeiro lugar as autoridades maçônicas, depois os cavalheiros e por último as senhoras e senhoritas)

ENCERRAMENTOS APENAS COM MAÇONS.

M de CCer- (Depois de feita a verificação) Todos os presentes são Maçons, Ven M.

Ven M- Antes de finalizarmos os nossos trabalhos, vamos cumprir um dos nossos mais sagrados deveres.

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Honrando a memória dos que já se foram deste plano de existência e que não mais carecem das nossas dádivas, não devemos nos esquecer dos desvalidos que ainda aqui se encontram e que em nós confiam. Irmãos 1.º e 2.º Vigilantes, anunciai em vossas colunas, como eu anuncio no Oriente, que o nosso Ir Hospitaleiro vai solicitar dos Irmãos, em cumprimento ao nosso ato de caridade, um óbolo que se destina ... (ao Tronco de Solidariedade).

1.º Vig- Irmãos que condecorais a coluna do Norte, de ordem do Venerável Mestre eu vos anuncio que o nosso Ir Hospitaleiro vai solicitar dos Irmãos um óbolo que se destina ....... (ao Tronco de Solidariedade).

2.º Vig- Irmãos que abrilhantais a coluna do Sul, de ordem do Venerável Mestre eu vos anuncio que o nosso Ir Hospitaleiro vai solicitar dos Irmãos um óbolo que se destina ....... (ao Tronco de Solidariedade). Está anunciado na minha coluna, Ir 1.º Vig.

1.º Vig- Está anunciado em ambas as colunas, Venerável Mestre.

(O Ir Hospitaleiro vai colocar-se entre colunas.)

2.º Vig- Ir 1.º Vig, o Tronc de Benef está entre colunas.

1.º Vig- Ven M, o Tronc de Benef está entre colunas.

VenM- (bate !) Ir Hosp, cumpri o vosso dever.

(O Hosp faz circular o Tronc colocando-se, depois, entre colunas).

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2.º Vig- (bate !) Ir 1.º Vig, o Tronc de Benef fez o seu trajeto e está suspenso.

1.º Vig- (bate !) Ven M, o Tronc de Benef fez o seu giro e está suspenso.

Ven M - Ir Hosp, trazei os óbolos angariados ao Altar de nosso Ir Tesoureiro para que lhes seja dado o destino conveniente.

Ven M- Meus Irmãos, cumprimos com o nosso doloroso dever, celebrando as honras fúnebres em memória do nosso saudoso Irmão (..... citar o nome ....). Devemos, ainda, antes de nos separar, formar a cadeia de união e fazer circular a palavra de Paz e União.

(Formada a cadeia em redor do cenotáfio, idêntica à primeira, porém sem a interrupção nela havida, o Ven M faz circular a mesma palavra por ambos os lados, que depois será informada formalmente ao Ven M pelo M de CCer. Para isso ele se desliga provisoriamente da cadeia, fazendo juntar as mãos dos Vigilantes, voltando a ela em seguida à informação prestada. A cadeia deve continuar formada e a tríplice saudação final só será feita após o juramento).

Ven M- (Ainda na cadeia formada) Em presença dos piedosos emblemas de nossa dor e sentimento, sob esta fúnebre abóbada, testemunha muda das nossas homenagens religiosas à frente deste símbolo do nada do nosso ser e da imensidade do Eterno, façamos desaparecer todos os nossos pensamentos egoístas e rancorosos. Assim, meus Irmãos, eu vos convido a prestardes comigo o juramento de esquecer as injúrias e

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ofensas que cada um de nós possa ter recebido; que a paz e harmonia reinem entre nós, evitando as tolas questiúnculas; que os nossos pensamentos sejam unicamente em prol da Maçonaria, sem nos esquecermos de seus preceitos morais: - “Não faças a outrem o que não queres que te façam”. – “Procede para com os demais como desejas que eles procedam para contigo”. Juremos, meus Irmãos, a mais severa observância às leis da fraternidade.

TODOS – Eu o juro.

(Após a tríplice saudação feita em cadeia, todos voltam aos seus lugares em Loja, ficando em pé e à ordem.)

Ven M- Ir 1.º Vig, a que horas devemos encerrar os nossos trabalhos fúnebres?

1.º Vig- Ao amanhecer, Venerável Mestre.

Ven M- Por que, meu Irmão?

1.º Vig- Porque a entrada do sol no Templo da Natureza é para nós como a entrada da alma do nosso Irmão na Grande Loja Celestial, onde eternamente brilha uma luz sem sombra.

Ven M- Esta sombra simbólica tem alguma significação?

1.º Vig- Sim, Ven M. Assim como o sol nascente dissipa as trevas da noite, do mesmo modo a convicção que temos, de que o nosso Irmão esteja com os eleitos, ameniza a nossa dor.

Ven M- Que horas são, Ir2.º Vig?

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2.º Vig - É a hora em que o sol se mostra e derrama alegria sobre os seres vivos.

Ven M - Ir M de CCer, convidai o IrOrador para fechar o Livro da Lei.

(Fechada a Bíblia, todos voltam aos seus lugares.)

Ven M - (bate !)

1.º Vig - (bate !)

2.º Vig - (bate !)

Ven M - Ir 1.º Vig, sendo esta a hora de encerramento das honras fúnebres, tendes a minha permissão para fechar a Loja.

1.º Vig - (bate !) Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra a São João, nosso padroeiro, está fechada esta Loja de trabalhos fúnebres.

Ven M - Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e a nossa Loja fechada. Retiremo-nos em paz.

(A retirada se processa com as formalidades necessárias, porém na ordem inversa da entrada.)

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