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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA
MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO LOCAL
SANDRA REGINA SILVA DIAS
USOS DE FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET PARA O
PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DO INGLÊS
Belo Horizonte
2015
SANDRA REGINA SILVA DIAS
USOS DE FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET PARA O
PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DO INGLÊS
Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário UNA, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre.
Área de concentração: Inovações Sociais e desenvolvimento local
Linha de pesquisa: Educação e desenvolvimento local
Orientadora: Profa. Drª. Adilene Gonçalves Quaresma
Belo Horizonte
2015
D541u Dias, Sandra Regina Silva
Usos de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino- aprendizagem
do inglês. / Sandra Regina Silva Dias. – 2015.
158f.
Orientadora: Profa. Dra. Adilene Gonçalves Quaresma.
Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário UNA, 2015. Programa de Pós-graduação
em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local.
Inclui bibliografia.
1. Educação. 2. Ensino médio 3. Língua inglesa. 4. Desenvolvimento social. I. Quaresma,
Adilene Gonçalves. II. Centro Universitário UNA. III. Título.
CDU: 658.114.8
Ficha catalográfica desenvolvida pela Biblioteca UNA campus Guajajaras
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e
nenhuma substitui a outra. Cada um, que passa em nossa vida, passa sozinho, mas,
quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um
pouco de si mesmo...”
(Khalil Gibran)
DEDICATÓRIA
À minha família, aos meus pais, amigos e colegas pelo incentivo e apoio.
AGRADECIMENTOS
À Professora Drª Adilene Gonçalves Quaresma, pela orientação, dedicação e
paciência, durante todo este percurso.
Aos professores Drª Lucília Regina de Souza Machado e Dr. Cláudio Márcio
Magalhães, pelas contribuições no exame de qualificação.
A todos os professores e colegas do curso de Mestrado Profissional em Gestão
Social, Educação e Desenvolvimento Local, pelos momentos de compartilhamento
de informações e crescimento profissional.
Aos professores que se disponibilizaram em participar da pesquisa.
À Secretaria de Desenvolvimento da Educação Básica de Minas Gerais.
RESUMO
A dissertação apresenta resultados da pesquisa sobre usos de ferramentas de acesso livre na internet para o ensino-aprendizagem do Inglês. Por meio de uma pesquisa qualitativa, procurou-se investigar o uso pedagógico das ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem do Inglês, tendo em vista o desenvolvimento da contribuição técnica na área da educação voltada ao desenvolvimento local e com características de inovação social. O uso dos recursos digitais como Webquest, Youtube, Podcasts, Mapas conceituais e Blogs favorecem o desenvolvimento da competência comunicativa, habilidades de leitura, escrita e compreensão oral, empoderam os sujeitos, tornando-os mais autônomos na busca e produção de conhecimentos com relação ao idioma estudado, contribuindo para a melhoria da educação e o desenvolvimento local. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados questionários e entrevistas direcionadas a dez professores de Língua Inglesa, de cinco escolas estaduais do município de Santa Luzia, Minas gerais. A pesquisa empírica apontou o uso de algumas ferramentas de acesso livre na internet para o processo ensino-aprendizagem do inglês, como dicionários, jogos e sites de músicas no ambiente escolar. Constataram-se também algumas dificuldades, envolvendo infraestrutura adequada para o trabalho com as ferramentas digitais e a necessidade de maior preparação dos docentes com foco no ensino mediado por computador para o ensino do inglês. Como produto técnico, atendendo à exigência do mestrado profissional, foi proposto um guia de ferramentas de acesso livre na internet para o ensino-aprendizagem do Inglês, direcionado aos professores de Inglês do Ensino Médio. O objetivo do guia é propor ao corpo docente um referencial para que possa desenvolver atividades em sala com foco no uso pedagógico de ferramentas digitais, de forma a contribuir para uma exploração mais adequada e eficaz da internet nas aulas de Inglês.
Palavras-chave: Educação. Desenvolvimento local. Ensino Médio. Ferramentas de acesso livre na internet. Inglês.
ABSTRACT
The dissertation presents research results on open access tools uses the Internet for English teaching and learning. Through a qualitative research, we sought to investigate the pedagogical use of free access tools on the internet to the English teaching-learning process in view of the development of technical contribution in education focused on local development and characteristics Social innovation. The use of digital resources such as Webquest, Youtube, Podcasts, conceptual maps and Blogs favor the development of communication skills, reading skills, writing, and listening skills, empower the subjects, making them more autonomous in search and production of knowledge regarding studied the language, contributing to the improvement of education and local development. As data collection instruments were used questionnaires and interviews directed to ten English language teachers, five state schools in the municipality of Santa Luzia, Minas Gerais. The empirical survey showed the use of some open-access tools on the internet for teaching - learning English as dictionaries, games and music at school sites. It is found also some challenges, involving adequate infrastructure to work with digital tools and the need for greater preparation of teachers to focus on teaching mediated by computer to the teaching of English. As a technical product, given the requirement of professional master, it was proposed a guide to free access tools on the Internet for teaching and learning of English, directed to English teachers of high school. The purpose of the guide is to propose the faculty a reference so you can develop room in activities focused on the use of digital tools in order to contribute to a more appropriate and efficient operation of the Internet in English classes.
Keywords: Education. Local development. High School. Free access tools. English.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Categorias de análise dos questionários............................... 55
Quadro 2: Categorias de análise das entrevistas................................... 67
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Tela de criação de webquest no google sites ............................................. 111
Figura 2 - Tela de abertura da ferramenta Webquest ................................................ 112
Figura 3 - Tela de apresentação da Webquest - Inglês Britânico X Norte Americano...
..............................................................................................................................................112
Figura 4 - Tela de navegação do youtube .................................................................... 113
Figura 5 - Tela de apresentação da música “Someone like you” ............................. 113
Figura 6 - Tela de dowload do podcast Audacy ........................................................ 114
Figura 7- Tela de criação e publicação do podcast podomatic ................................ 114
Figura 8 - Tela de apresentação do podcast “Personal Pronouns ............................ 115
Figura 9 - Tela de criação do Blogger ...................................................................... .....116
Figura 10 - Tela de apresentação do blog. ................................................................... 116
Figura 11 - Tela de criação do mapa conceitual no Bubbl.us..................................... 117
LISTAS DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Experiência com o uso do computador e internet............................. 57
Gráfico 2 - Participação e frequência em cursos de capacitação..................... 59
Gráfico 3 - Participação em capacitações na própria escola............................. 60
Gráfico 4- Resistência em incorporar ferramentas de acesso na Internet na prática
pedagógica........................................................................................................... 61
Gráfico 5 - Habilidades para utilizar ferramentas de acesso livre na internet em suas
práticas em sala de aula...................................................................................... 62
Gráfico 6 - Situação atual de sua escola quanto à conexão à internet................ 62
Gráfico 7 - Espaço físico de sua escola atual....................................................... 63
Gráfico 8 - Avaliação dos recursos tecnológicos atuais da escola....................... 64
Gráfico 9 – Dificuldades para utilização de ferramentas de acesso livre na internet
.................................................................................................................................. 65
LISTAS DE SIGLAS
CBC – Currículo Básico Comum
EDUCOM- Projeto da década de 1980 destinado a promover o uso do
computador na escola.
ELMC- Ensino de Línguas mediado por computador
FAE/UFMG - Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
FALE/UFMG – Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais
MAGISTRA - Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores de Minas
MEC - Ministério da Educação e Cultura
MG - Estado de Minas Gerais
OCEM – Orientações Curriculares do Ensino Médio
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais
PCNEM – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
PROINFO - Programa Nacional de Informática na Educação
SEEMG – Secretaria do Estado de Educação de Minas gerais
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
TIC– Tecnologias de Comunicação e informação
UCA - Um computador por aluno.
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
Plano de capítulos .................................................................................................... 19
1. CAPÍTULO 1 - As ferramentas de acesso livre na internet e o Inglês no Ensino
Médio ........................................................................................................................ 20
2. CAPÍTULO 2 - Potencialidades e desafios no uso de ferramentas de acesso livre
na internet para o processo de ensino-aprendizagem do Inglês no Ensino Médio. .. 47
3. CAPÍTULO 3 - Guia de ferramentas de acesso livre na internet para o Ensino-
aprendizagem do Inglês.. .......................................................................................... 77
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.. .............................................................................. 104
5. REFERÊNCIAS.. ................................................................................................. 106
6. APÊNDICES.. ..................................................................................................... 111
6.1. Apêndice A -.Ilustrações da Webquests.. ......................................................... 111
6.2. Apêndice B - Ilustrações do youtube ................................................................ 112
6.3. Apêndice C - Ilustrações dos Podcasts ........................................................... 113
6.4. Apêndice D - Ilustrações do Blog ..................................................................... 116
6.5. Apêndice E - Ilustrações dos Mapa Conceituais ............................................. 117
6.6. Apêndice F - Questionário para professores de Língua Inglesa ...................... 118
6.7. Apêndice G - Roteiro de entrevista semiestruturada ....................................... 124
6.8. Apêndice H - Modelo do guia a ser impresso e disponibilizado ...................... 126
7. ANEXOS ............................................................................................................ 156
7.1. Anexo A - Parecer Consubstanciado Comitê de Ética em Pesquisa ............... 158
15
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como tema os usos de ferramentas de acesso livre na internet
para o processo de ensino - aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio.
O problema da investigação surgiu a partir da inquietude da pesquisadora com
relação ás dificuldades do corpo docente na integração das ferramentas de acesso
livre na internet no Ensino Médio em suas práticas educativas. As ferramentas de
acesso livre na internet usadas por professores de Língua Inglesa compreendem:
Blogs, Wikis, Podcasts, Youtube, Mapas conceituais, Webquest, Glogster, revistas
em quadrinhos, sites, dentre outras.
Podem-se enumerar alguns aspectos críticos dessa inquietude, como o despreparo
dos professores quanto ao uso das tecnologias de comunicação e informação (TIC),
e a pouca participação de professores em cursos voltados para o ensino mediado
por computador, a resistência por parte de alguns profissionais nessa incorporação e
a infraestrutura insuficiente das escolas.
A pesquisa realizada teve como objeto investigar as dificuldades dos professores do
Ensino Médio com relação ao uso de ferramentas de acesso livre na internet em
apoio às aulas de Língua Inglesa, sendo que a questão central que orientou a
pesquisa foi: O que pode ser feito em escolas do município de Santa Luzia para que
os professores superem as dificuldades com relação ao uso de ferramentas de
acesso livre na internet no processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa no
Ensino Médio?
Com relação ao objetivo geral, a pesquisa teve como objetivo investigar o uso
pedagógico das ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-
aprendizagem do Inglês, tendo em vista o desenvolvimento da contribuição técnica
na área da educação voltada para o desenvolvimento local com características de
inovação social.
Quanto aos objetivos específicos, a pesquisa buscou analisar como a literatura
pedagógica vem discutindo a incorporação do uso de ferramentas de acesso livre na
16
internet em sala de aula para potencializar o processo de ensino-aprendizagem da
Língua Inglesa; identificar dificuldades com relação ao uso de ferramentas de
acesso livre na internet pelos professores de Língua Inglesa em suas práticas
docentes; e apresentar, tendo em vista a exigência no Mestrado profissional, o
desenvolvimento de um produto técnico, um guia com ferramentas de acesso livre
na internet para o ensino do Inglês, para a formação continuada de professores.
O estudo realizado buscou contribuir para o uso de ferramentas de acesso livre na
Internet nas aulas de Inglês, produção de conhecimentos na área e desenvolvimento
de contribuição técnica direcionada a professores de Língua Inglesa em serviço ou
em formação.
Assim, a pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Gestão Social,
Educação e Desenvolvimento local, do Centro Universitário Una, surgiu a partir da
hipótese de que as dificuldades mencionadas pelos professores na utilização das
ferramentas de acesso livre na internet podem indicar como promover estratégias
pedagógicas para o processo de ensino–aprendizagem do Inglês mediado por
computador, tendo em vista a formação docente e capacitação em serviço.
O tema da pesquisa faz parte da realidade vivenciada pelos profissionais de
educação, dos seus desafios e buscas por um ensino-aprendizagem mais eficaz na
disciplina de Língua Inglesa, possibilitado a integração da informática educativa no
espaço escolar.
O assunto abordado também tem sido alvo de estudos e capacitações em serviço da
pesquisadora, tendo em vista as novas exigências profissionais, como o uso de
ferramentas de acesso livre na internet, em apoio às aulas de Língua Inglesa,
tornando o ensino mais significativo, uma vez que a tecnologia e a internet já fazem
parte da realidade dos alunos do Ensino Médio.
Salienta-se, também, a importância da inserção dos alunos do Ensino Médio no
processo de aprender, interagindo com ferramentas na produção de conhecimentos,
compartilhando informações, tendo acesso a novas culturas, possibilitados pelo
meio virtual.
Com relação à tecnologia na prática docente, ressaltam-se a necessidade e
empenho dos professores em participarem de capacitações, tendo em vista a
17
integração das TIC em suas práticas de ensino, contribuindo para a superação das
dificuldades encontradas em serviço.
Quanto à contribuição da pesquisa para a linha Educação e Desenvolvimento Local,
a investigação mostrou que uma vez ocorrendo uma melhoria na prática
pedagógica, proporcionada pelo uso dos recursos da Internet em sala de aula, tanto
professores quanto alunos estarão inseridos no novo contexto educacional
tecnológico.
Segundo Dowbor (2007)
[...] O que visamos é uma escola um pouco menos lecionadora, e um pouco mais articuladora dos diversos espaços do conhecimento que existem em cada localidade, em cada região; e educar os alunos de forma que se sintam familiarizados e inseridos nessa realidade. (DOWBOR, 2007, p.83)
Assim, com o uso do computador e internet no espaço escolar, ampliam-se as
possibilidades de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa no meio virtual,
contribuindo para a inclusão digital e Letramento dos alunos. O termo Letramento
refere-se às práticas sociais de leitura e escrita.( COSCARELLI,2005); RIBEIRO,
2012).
O mesmo autor ainda alerta para “um dos paradoxos que enfrentamos com relação
ao contraste entre a profundidade das mudanças das tecnologias do conhecimento e
o pouco que mudaram os procedimentos pedagógicos” (DOWBOR, 2007, p.75).
Sendo assim, o autor defende a incorporação de novas tecnologias ao ensino.
Os resultados da pesquisa e desenvolvimento de contribuição técnica poderão
nortear o futuro trabalho docente, tendo em vista a possibilidade de uso de
ferramentas de acesso livre na Internet, como forma de potencializar e aperfeiçoar o
ensino-aprendizagem de Língua Inglesa em um ambiente escolar público.
Acredita-se, também, que o assunto abordado no estudo seja de relevância para o
aperfeiçoamento profissional de professores em serviço nas Escolas Estaduais de
Minas Gerais, tendo em vista o desenvolvimento da contribuição técnica (área de
educação) a ser realizada a partir da pesquisa realizada.
A escolha da pesquisa em escolas estaduais deve-se ao fato de a pesquisadora
fazer parte do quadro de professores da referida rede de ensino.
18
Entende-se que a aprendizagem de uma segunda língua no Ensino Médio busca a
inclusão social do aluno, como forma de prepará-lo para inserção no mercado de
trabalho, possibilitando novas experiências de comunicação diferentes de sua língua
materna, tendo em vista atender diversificados propósitos como: viagens a negócios,
turismo, comércio eletrônico, acesso a literaturas especializadas e a outros canais
de informação. Salientam-se também os benefícios de se dominar um idioma
estrangeiro face ao mundo globalizado do século XXI.
Acredita-se também na relevância da pesquisa para a experiência profissional ou
acadêmica da pesquisadora, tendo em vista as dificuldades encontradas em serviço
com relação ao trabalho com as novas propostas educacionais, como a Proposta
Curricular de Língua Inglesa( MINAS GERAIS, 2008) , que sugere o uso das novas
tecnologias da informação e comunicação no ensino de Língua Inglesa.
Assim, o desenvolvimento da pesquisa e da contribuição técnica também contribuirá
para a experiência profissional e acadêmica da pesquisadora, uma vez que o
processo de ensinar com as novas tecnologias requer novas práticas pedagógicas,
habilidades, competências, estando a pesquisadora também inserida nesse
processo de mudanças.
Para a coleta de dados da pesquisa foram utilizados questionários e entrevistas
semiestruturadas direcionadas a dez professores de Inglês pertencentes a cinco
escolas da rede estadual, do Município de Santa Luzia, Minas Gerais. Adotou-se a
abordagem qualitativa e para a interpretação dos dados a análise de Conteúdo de
Bardin (2010).
Tendo em vista a nova estrutura do trabalho de conclusão de curso recomendada
pelo Colegiado do Programa de Mestrado em Gestão Social, Educação e
Desenvolvimento Local, a dissertação estrutura-se em três capítulos, com
características de artigo. O primeiro capítulo/artigo trata do referencial teórico
referente aos usos das ferramentas de acesso livre na internet para o processo de
ensino–aprendizagem do Inglês no Ensino Médio; o segundo capítulo/artigo relata a
pesquisa realizada; o terceiro capítulo/artigo aborda o produto técnico derivado da
revisão teórica e da pesquisa realizada, que se constitui em um guia de ferramentas
de acesso livre na internet para o ensino do Inglês direcionado a professores do
19
Ensino Médio; e, por último, as considerações finais acerca das conclusões obtidas
com base na revisão teórica e análise dos dados.
20
ARTIGO 1- AS FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET E O INGLÊS
NO ENSINO MÉDIO.
DIAS, Sandra Regina Silva1
QUARESMA, Adilene Gonçalves2
RESUMO
Este artigo apresenta a revisão bibliográfica da pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una, que teve como tema “Os usos de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino – aprendizagem do Inglês”. Os estudos encontrados apontam para o uso de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem de Inglês, como blogs, youtube, webquest, mapas conceituais e podcasts, bem como potencialidades e desafios na incorporação desses recursos em sala de aula. O uso de ferramentas específicas para o ensino de Inglês favorece o desenvolvimento da competência comunicativa, habilidades de leitura, escrita, e compreensão oral, empoderam os sujeitos, tornando-os mais autônomos na busca e produção de conhecimentos com relação ao idioma estudado, contribuindo para a melhoria da educação e o desenvolvimento local. Ressalta-se a importância do professor conhecer os recursos digitais como forma de proporcionar aos alunos novas experiências de aprendizagem e de interação, possibilitadas pelo meio virtual, inserindo-os no novo contexto tecnológico, mediando este processo.
Palavras-chave: Ensino de Inglês. Ensino Médio. Ferramentas de acesso livre na internet. Desenvolvimento Local.
ABSTRACT
This article presents a literature review of the research conducted at the Graduate Program in Social Management, Education and Local Development University Center One, whose theme was "The free access tools uses the Internet for teaching - learning process of English. " Studies have found point to the use of free access tools on the Internet for teaching and learning English process, such as blogs, youtube, webquest, concept maps and podcasts, as well as potential and challenges for teachers in incorporating these living resources class. The use of specific tools for teaching English favors the development of communication skills, reading skills, writing, and listening skills, empower the subjects, making them more autonomous in search and production of knowledge regarding the studied language, contributing to improving education and local development. It emphasizes the importance of the teacher know the digital resources as a way to provide students with new learning experiences and interaction made possible by virtual means, inserting them in the new technological context, mediating this process.
Keywords: Teaching English. High School. Free access tools on the internet. Local development.
1 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento local do Centro
Universitário Una e professora de Inglês da rede pública estadual 2 Doutora em Educação pela FaE/UFMG e professora do Programa de Pós-graduação em Gestão Social,
Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una.
21
1 INTRODUÇÃO
O uso de novas tecnologias, em especial, a internet, vem sendo incorporado ao
ensino. Diante do contexto educacional do século XXI, pensa-se em uma escola
conectada em rede, tendo em vista investimentos e projetos governamentais,
envolvendo a inclusão digital de professores e alunos, como lembra Pretto ( 2012).
Muitas ferramentas de acesso livre na internet, como blogs, youtube, dentre outras
não foram criadas a princípio com propósito pedagógico, mas vêm conquistando
vários adeptos, principalmente, pesquisadores e professores do ensino de Línguas.
Para que esses recursos disponibilizados possam ser utilizados de forma
pedagógica e eficaz, o professor necessita de conhecê-los, para planejar suas aulas
e ter uma formação inicial e continuada focada nas mudanças que estão ocorrendo
a sua volta, uma vez que os usuários, muitas vezes, têm dificuldades para
acompanhar esse processo, devido à velocidade que as tecnologias emergem ou
ficam obsoletas.
Acrescenta-se também toda infraestrutura necessária para a implementação de
projetos, envolvendo as tecnologias digitais, como internet de boa qualidade, prática
no uso de diversificadas ferramentas e reconhecimento por parte dos professores e
instituições de seu potencial para o desenvolvimento do letramento digital docente e
discente.
Na busca por maior fundamentação para essas questões, apresenta-se uma breve
revisão teórica da trajetória do ensino de Línguas no Brasil na educação básica e do
uso da internet nas aulas de Inglês, tendo como referência a base de dados do
IBICT, Scielo e literatura especializada no assunto.
2 O ENSINO DE INGLÊS NO BRASIL: breve histórico sobre o ensino de inglês
antes da Lei 9394/96
O ensino oficial de Línguas estrangeiras no Brasil teve seus primeiros registros no
Império com a criação do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, em 1837. Nessa
22
época, o ensino de Línguas estrangeiras era integrado ao currículo juntamente com
outras disciplinas clássicas e dispunha de uma carga horária representativa (LEFFA,
1999; PAIVA, 2003).
De acordo com Machado, Campos e Saunders (2007), o Decreto 20.833, de 21 de
dezembro de 1931, instituiu o “Método Direto” como método oficial a ser adotado no
ensino das línguas vivas estrangeiras no Brasil
Art. 1.o – O ensino das línguas vivas estrangeiras (francês, inglês e alemão), no Colégio Pedro II e estabelecimentos de ensino secundário a que este serve de padrão terá caráter eminentemente prático e será ministrado na própria língua que se deseja ensinar, adotando-se o método direto desde a primeira aula. Assim compreendido, tem por fim dotar os jovens brasileiros de três instrumentos práticos e eficientes, destinados não somente a estender o campo da sua cultura literária e de seus conhecimentos científicos, como também a colocá-los em situação de usar para fins utilitários, da expressão falada e escrita dessas línguas.
Parágrafo único – O ensino direto fica, nos primeiros anos, a cargo de professores denominados Auxiliares, e, no último, de um professor denominado Dirigente, para cada língua em cada uma das casas do Colégio, ao qual incumbirá também a função de orientar e fiscalizar o trabalho dos Auxiliares. (MACHADO; CAMPOS; SAUNDERS, 2007)
Segundo Paiva (2003), com a reforma Capanema, em 1942, o ensino de línguas
passou a integrar o ginasial, compreendendo 3 anos de estudo.
Leffa (1999) destaca a importância dada ao ensino de Línguas durante a vigência da
Reforma Capanema
Os alunos, desde o ginásio até o científico ou clássico, estudavam latim, francês, inglês e espanhol. Muitos terminavam o ensino médio lendo, desde as éclogas de Virgílio até os romances de Hemingway. Visto de uma perspectiva histórica, as décadas de 40 e 50, sob a Reforma Capanema, formam os anos dourados das línguas estrangeiras no Brasil. (LEFFA,1999, p.18)
Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, o
ensino de Língua estrangeira no Ensino Médio passa a não ser obrigatório, ficando s
ob a responsabilidade dos estados a sua opção de inclusão ou não como disciplina
do currículo (PAIVA, 2003).
Segundo Paiva (2003, p. 54), a LDB de 1971 substituiu a LDB de 1961.
23
Leffa (1999) destaca a importância dada ao ensino de Línguas durante a vigência da
Reforma Capanema
Os alunos, desde o ginásio até o científico ou clássico, estudavam latim, francês, inglês e espanhol. Muitos terminavam o ensino médio lendo, desde as éclogas de Virgílio até os romances de Hemingway. Visto de uma perspectiva histórica, as décadas de 40 e 50, sob a Reforma Capanema, formam os anos dourados das línguas estrangeiras no Brasil. (LEFFA,1999, p.18)
Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, o
ensino de Língua estrangeira no Ensino Médio passa a não ser obrigatório, ficando
sob a responsabilidade dos estados a sua opção de inclusão ou não como disciplina
do currículo (PAIVA, 2003).
Segundo Paiva (2003, p. 54), a LDB de 1971 substituiu a LDB de 1961.
A lei 5.692 de 11 de agosto de 1971 trouxe, como novidade, a introdução do núcleo comum para os currículos de ensino de 1º e 2º graus em todo o país. Esse núcleo comum, fixado e definido na resolução nº 8 de 1º de dezembro de 1971, estabelecia que o ensino abrangeria as seguintes matérias: comunicação e expressão, estudos sociais e ciências. Em Comunicação e Expressão, o único conteúdo obrigatório é a Língua Portuguesa com a seguinte recomendação no artigo 7º:
Recomenda-se que em Comunicação e Expressão, a título de acréscimo, se inclua uma Língua Estrangeira Moderna, quando tenha o estabelecimento condições para ministrá-la com eficiência. (PAIVA, 2003, p.54)
A mesma autora salienta que as LDBs, citadas anteriormente, retiram a
obrigatoriedade do ensino de Línguas, mantendo apenas a título de recomendação,
como é o caso do documento de 1971, ignorando também “a importância das
línguas estrangeiras ao deixar de incluí-las dentre as disciplinas obrigatórias:
Português, Matemática, Geografia, História e Ciências” (PAIVA, 2003, p. 55).
Com a Segunda Guerra Mundial, o Francês foi desprestigiado, dando lugar ao
ensino do Inglês, idioma pertencente à potência econômica dos Estados Unidos
(PAIVA, 2003).
Durante a trajetória do ensino de Línguas (contexto nacional), observou-se uma
preocupação com relação à busca de um método ideal de aprendizagem (BRASIL,
24
1998). A seguir apresentam-se alguns métodos e abordagens utilizados no ensino
de Línguas Estrangeiras:
O método de tradução-gramatical foi implantado com a reforma curricular
educacional de 1868, com foco na leitura e escrita, porém de forma mecânica, O
método direto (1935) dava ênfase à prática da língua (contato direto). O
Audiolingual, surgido nas décadas de 1950 e 1960, tinha ênfase na repetição e
imitação, influência behaviorista. A abordagem comunicativa adotada no final dos
anos 70 baseava-se na interação em sala de aula e no “uso da língua em situações
reais de comunicação “(MINAS GERAIS, 2008 p. 13) com ênfase na prática social e
materiais autênticos (BALADELI, 2012; BRASIL,1998; LEFFA, 1999; 2012).
De acordo com Paiva (2003), com a nova LDB 9.394/96, o ensino de Língua
Estrangeira passa a ser obrigatório a partir da quinta série do ensino fundamental.
Com base também na referida lei, tornou-se obrigatória uma Língua Estrangeira
Moderna no Ensino Médio, sendo facultativo outro idioma em caráter opcional
(PAIVA, 2003).
Paiva (2003, p. 53) afirma: “a LDB de 1996 introduz a obrigatoriedade do ensino de
LE, mas nas políticas educacionais o espírito que as conduz é, ainda, a da LDB de
1961 que coloca como obrigatórias apenas as disciplinas: Português, Matemática,
Geografia, História e Ciências”.
Paiva (2003) acrescenta que a integração das línguas estrangeiras modernas na
parte diversificada do currículo escolar da educação básica apresenta-se como um
retrocesso com relação à importância dada durante a reforma Capanema.
Os princípios e objetivos que orientam o ensino de Língua Inglesa na educação
básica ancoram-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) de
Língua Inglesa, Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (BRASIL, 2000),
Orientações Curriculares do Ensino Médio (BRASIL, 2006) e Proposta Curricular de
Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008).
De acordo com os PCNEM (2000)
25
[...] a comunicação é entendida como ferramenta imprescindível, no mundo moderno, com vistas a formação profissional, acadêmica ou pessoal e deve ser a grande meta da aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio. (BRASIL, 2000, p.31).
Assim, a aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio tem como meta a
“comunicação” com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal do aluno.
Quanto ao ensino da Língua Inglesa, privilegia-se o desenvolvimento de habilidades
comunicativas como ler escrever, ouvir (compreensão oral) e falar, “num trabalho
integrado entre formas linguísticas e funções comunicativas da linguagem” (BRASIL,
2006, p.32), que são trabalhadas mediante estratégias pedagógicas e atividades que
podem tornar o processo de aprender mais eficiente.
Com relação à aprendizagem de Língua Inglesa, “[...] tende-se a explicar a
aprendizagem de Língua Inglesa como um fenômeno sociointeracional” (BRASIL,
1998, p.57), tendo como foco a interação social, uma vez que “aprender é uma
forma de estar no mundo com alguém” (BRASIL,1998 p.57).
Assim, a Proposta Curricular de Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008) não faz
referência a um método de ensino de Inglês para a educação básica, mas
recomendam a adoção da abordagem comunicativa "com ênfase no
desenvolvimento de habilidades para o uso da língua estrangeira em situações
reais de comunicação” (MINAS GERAIS, 2008, p.11).
As Orientações Curriculares do Ensino Médio (BRASIL, 2006) enfatizam a prática de
ensino de Língua Inglesa, com ênfase em teorias linguísticas como Letramentos,
Multiletramentos, Multimodalidade, Hipertexto e uso de novas tecnologias digitais.
Quanto ao que é proposto pelas OCEM (BRASIL, 2006), percebe-se a necessidade
de avanços com relação ao uso das ferramentas de acesso livre na internet, uma
vez que requerem toda uma infraestrutura.
26
3 O ENSINO MEDIADO POR COMPUTADOR NAS AULAS DE INGLÊS
Segundo Castell (2011), “a primeira rede de computadores, denominada ARPANET,
entrou em funcionamento em 1969”. (CASTELL, 2011, p.87).
A partir de 1990, “um novo salto tecnológico permitiu a difusão da internet na
sociedade em geral: a criação de um novo aplicativo a teia: World Wide Web, que
organizava os sítios da internet por informação” (CASTELL, 2011 p.87 - 88).
Segundo Toschi (2011, p.195 apud CASTELL, 2003, p.255), “a internet é mais que
uma tecnologia, um meio de comunicação, de interação e de organização social”,
bem diferente de quando havia sido criada inicialmente atendendo a fins militares.
Com relação aos conceitos de internet, pode-se inferir que se evoluiu em termos
técnicos, envolvendo a rede, conexões, englobando também a parte multimídia,
referindo-se também a seus serviços.
O uso da informática na educação no Brasil e nos Estados Unidos iniciou-se no ano
de 1970, em universidades (VALENTE, 1999).
No Brasil, pode-se destacar os Projetos EDUCOM 3(1984), PROINFO4 (1997), UCA
5(2007), como forma de inclusão digital de professores e alunos ( SANTOS, 2012).
3 Projeto brasileiro implantado em 1984 que teve como objetivo promover o uso do computador na
escola.(SANTOS,2012). 4 Programa Nacional de Informática na educação instituído em 1997 com o objetivo de fomentar a
introdução das Tic nas escolas públicas de ensino fundamental e Médio. 5 Projeto piloto, um computador por aluno , Iniciado em 2007, que têm como objetivo promover a
inclusão digital nas escolas brasileiras,” por meio de um pequeno laptop e da tecnologia .Wiress ( sem fio”(SANTOS,2012,p. ).
27
3.1 O contexto educacional e as Inovações tecnológicas – a política de inclusão
digital da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
Vive-se atualmente em uma sociedade conectada em rede (CASTELL, 2011), porém
a inclusão digital e o acesso à banda larga de qualidade ainda são desafios a serem
superados com a ampliação de políticas públicas, que assegurem esse direito a todo
cidadão brasileiro (PRETTO, 2012), assim a escola não pode ficar de fora desse
novo cenário.
Segundo Coscarelli (2005)
[..] O computador tem muito a contribuir como fonte de informação e como meio de comunicação, mas para realmente ser útil como tal, os usuários, alunos e professores, devem saber digitar, bem como lidar com mecanismo de busca, de exploração das informações e com novas formas de interação como email, blogs, sites, entre outras. (COSCARELLI, 2005, p.40).
A autora salienta a importância e a necessidade da incorporação das novas
tecnologias pelo corpo docente e discente, permitindo-se uma efetiva participação
no processo. O professor com a função de organizador do conhecimento e facilitador
da aprendizagem e o aluno interagindo com as variadas ferramentas possibilitadas
pelo ensino mediado pelo computador e internet.
A mesma autora (2005) salienta
[...] a fim de tornar nossos alunos usuários familiarizados com recursos disponíveis nos computadores eles precisam usar a informática e não ter aula de informática. Em muitas escolas, a informática passou a ser mais uma matéria que em nada se relaciona com as demais ou contribui para as atividades realizadas nelas (COSCARELLI, 2005, p.32).
A autora reforça a ideia de que a informática e internet precisam ser utilizadas de
forma pedagógica e inovadora no espaço escolar, aproveitando todas as
potencialidades das ferramentas.
Segundo Prata-Linhares (2012), a internet, quando aplicada à educação, transcende
as aprendizagens dos currículos, a tradicional sala de aula, abrindo novos espaços
de interação e colaboração possibilitados pelo meio virtual.
28
Prata-Linhares (2012, p.101) afirma que “[...] são inúmeros os recursos e as
possibilidades que a internet pode proporcionar para o ensino e aprendizagem”, mas
também alerta que
[...] é necessário chamar a atenção para algo fundamental que é a maneira, e o como todas essas tecnologias serão usadas. A maneira de usá-las é que será fundamental para que se promova a inovação na sala de aula [...]. (PRATA-LINHARES, 2012, p.101)
Para se ter uma ideia dos desafios que ainda se encontram para integração das
tecnologias em sala de aula, Marcelo (2013) esclarece que, de acordo com o
recente relatório da Universidade da Catalunha (UOC)6 realizado em colaboração
com a Telefônica, apontaram-se várias razões para o não uso das TIC pelos
professores, dentre elas pode-se destacar a falta da tecnologia e competências
necessárias.
Relatórios de outros países, quando comparados a este, apresentam os mesmos
resultados, ou seja, mostram as dificuldades dos professores nessa integração.
Marcelo (2013) ainda alerta que os resultados dos relatórios analisados são
preocupantes em decorrência dos grandes investimentos econômicos e humanos
realizados na tentativa de melhorar a qualidade de ensino dos alunos.
Com relação ao ensino de Línguas, a pesquisadora Baladeli (2013) também indicou
desafios na integração das novas tecnologias no ambiente escolar, bem como a
emergência de criação de espaços formativos para o uso da internet.
Assim, com o intuito de capacitar o corpo docente para os novos desafios
educacionais, pode-se destacar a criação da recente Escola Magistra, Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, que vem
oferecendo cursos, parcerias voltadas para o uso das tecnologias na sala de aula.
Outra ação importante é a participação das escolas estaduais de Minas Gerais (MG)
no Pro-info (Programa Nacional de Informática na Educação),
projeto do Ministério da Cultura, iniciado em 1997, que vem sendo realizado de
6 A pesquisa refere-se a integração das tecnologias no ensino pelos professores, cerca de de 28,5 % não
utilizam as Tics, 30% fazem uso ocasional, e 41,5% faz uso regular e sistemático., em graus diferentes de
intensidade(MARCELO, 2013,p.18)
29
forma gradativa, podendo acelerar os processos de mudanças com relação ao uso
das novas tecnologias de comunicação (TIC), contribuindo para o Letramento digital
docente e discente. O termo letramento digital refere-se às práticas sociais de leitura
e escrita também possibilitadas pelo meio digital e pelo uso de novas tecnologias.
Observa-se que a divulgação dos cursos e a participação dos professores nas
capacitações ainda são tímidas, não atendendo toda a demanda ou objetivos
propostos e os projetos envolvendo a integração das ferramentas tecnológicas no
ensino-aprendizagem apresentam fraca sustentabilidade, conforme lembra Marcelo
(2013, p.4, tradução nossa).
[...] as inovações podem surgir dentro da escola ou fora dela, mas para mantê-las é necessário dar algumas condições e que a inovação pode surgir com alguma facilidade, mas a falta de recursos, a decepção, a crise interna do equipamento, a falta de reconhecimento continuam as ameaças à sua sustentabilidade.
Ainda com relação à formação e capacitação profissional de professores, destacam-
se iniciativas de alguns estabelecimentos de Educação Superior, como a Faculdade
de Letras da Universidade Federal de Minas gerais (FALE/UFMG), com seu projeto
“Taba Eletrônica” e a Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas
Gerais (FAE/UFMG), que, através de seu núcleo de Pesquisa Praxis, oferece
oficinas para o corpo docente voltadas para o uso de ferramentas de acesso livre na
internet. Dentre elas, podem-se citar: O blog7 na Educação; o Prezi 8 na Educação;
as tecnologias na Escola e no Twitter, O uso pedagógico dos Mapas conceituais, 9;
A utilização e gerenciamento do Google Doc’s; e As noções para extração e edição
de vídeo. As ferramentas de acesso livre na internet exploradas, respectivamente,
nessas oficinas são: Blog (Blogger e Impress e Twitter, Mapas conceituais , Google
Docs, Editor de Vídeo.
7 Espaço de interação virtual, recurso e estratégia pedagógica(COSCARELLI,2005; Gonçalves(2009)
8 Editor on line utilizado para apresentações
9 Ferramenta que organiza o conhecimento e facilita a compreensão da leitura.(DIAS,2011).
30
3.2 Ensino mediado pelo computador e ferramentas de acesso livre na internet para
o ensino-aprendizagem de Língua Inglesa
Há muito tempo o homem vem utilizando-se de instrumentos e ferramentas no intuito
de “suprir suas necessidades, físicas, biológicas, emocionais e intelectuais
Há muito tempo o homem vem utilizando-se de instrumentos e ferramentas no intuito
de “suprir suas necessidades, físicas, biológicas, emocionais e intelectuais”
(JULIANO, 2006, p.28). Essas ferramentas são consideradas extensões do corpo
humano. O computador é uma ferramenta imprescindível em nossa sociedade e
está sendo muito utilizado na educação.
A prática pedagógica pressupõe técnicas de ensino e Luckesi ( 2011) afirma que
“[...] ensinar é uma forma técnica de possibilitar aos alunos a apropriação da cultura
elaborada da melhor e mais eficaz forma possível” (LUCKESI, 2011, p.146).
A Proposta Curricular de Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008) para o Ensino
fundamental e o Médio para as escolas estaduais de Minas Gerais sugere a
ampliação do uso dos computadores nas escolas públicas da rede estadual de
Minas Gerais, junto com a possibilidade de conexão em rede por meio da internet e
abre espaços de interação, colaboração e pesquisa on-line, de modo a criar novas
oportunidades para o aprendizado de Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008, p.15).
O mesmo documento (MINAS GERAIS, 2008) enfatiza o uso do computador e da
Internet no ensino de Língua Inglesa e aponta a necessidade das escolas estarem
preparadas para as novas demandas educacionais.
As ferramentas de acesso livre na internet podem potencializar o ensino e Filatro
(2008) ancora-se na teoria construtivista social de Vygotsky, baseada em “conceitos,
descoberta individual, apoiada pelo ambiente social e ambientes colaborativos”
(FILATRO, 2008, p.15), na tentativa de explicar como as pessoas aprendem no meio
virtual.
Filatro (2008) esclarece que o aprendizado eletrônico requer diversificados tipos de
tecnologias, visando atender a organização do conhecimento e as necessidades
31
educacionais. O mesmo autor (2008, p.16) agrupa as tecnologias de informação e
comunicação em três categorias com diferentes aplicações educacionais:
- Distributivas: do tipo um-para-muitos, pressupõem um aluno passivo diante de um
ensino mais diretivo. As tecnologias distributivas são muito empregadas quando o
objetivo é a aquisição de informações. Por exemplo: rádio, televisão, podcasting.
- Interativas: do tipo um-para-um, Pressupõem um aluno mais ativo que aprende, no
entanto, de forma isolada. As tecnologias interativas são bastante usadas quando o
objetivo é o desenvolvimento de habilidades. Por exemplo: multimídia interativa,
jogos eletrônicos de exploração individual.
- Colaborativas: do tipo muitos-para-muitos, pressupõem a participação de vários
alunos que interajam entre si. As tecnologias colaborativas são apropriadas quando
o objetivo é a formação de novos esquemas mentais. Por exemplo: salas de bate-
papo, fóruns, editores colaborativos de texto.
Filatro (2008, p.16) ainda complementa com a possibilidade do uso da web 2.0, que
é caracterizada pelos seguintes fatores:
• Conteúdo aberto (open content): universidades e outras instituições de ensino
disponibilizam on-line, gratuitamente, seu material acadêmico e didático para
qualquer pessoa utilizar.
• Código livre (free source): além de uma arquitetura de software aberta baseada em
padrões, trata-se de uma filosofia de acoplar e desacoplar facilmente ferramentas
produzidas por diferentes fornecedores e configuradas de modos diferentes para
diferentes contextos de uso.
• Aproveitamento da inteligência coletiva: os usuários deixam de ser meros
consumidores e passam a ser produtores individuais e coletivos por meio da criação
dinâmica de conteúdos via blogs, wikis e softwares de relacionamento.
• Compartilhamento: os usuários consultam repositórios de informação para
compartilhar experiências, boas práticas e expertise acumulada por meio de upload
e download de conteúdos, ferramentas e componentes.O uso da internet no ensino-
aprendizagem tem sido alvo de estudo de autores e pesquisadores. Autores como
Richardson (2009), Ribeiro (2012), Coscarelli (2005) sugerem o uso de várias
32
tecnologias, ferramentas como blogs, wikis10, google docs, como novas formas de
ler e escrever.
O uso da internet no ensino-aprendizagem tem sido alvo de estudo de autores e
pesquisadores. Autores como Richardson (2009), Ribeiro (2012), Coscarelli (2005)
sugerem o uso de várias tecnologias, ferramentas como blogs, wikis, google docs,
como novas formas de ler e escrever.
Com relação também ao ensino mediado por computador e internet, Dias (2008)
também sugere a integração das TICs ao ensino e aprendizagem de língua
estrangeira, como”blogs, wikis, os e-mails, os e-groups (conjuntos de e-mails dos
alunos administrados pelo próprio professor), por exemplo, e as Webquests e
destaca a importância do uso dessas ferramentas para o desenvolvimento da
autonomia do aprendiz de Língua Inglesa.
Pesquisadores como Rozenfeld; Gabrielli; e Soto (2010) defendem o uso de fóruns
on line no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. Para eles,
[...] o fórum de discussão virtual é uma ferramenta para páginas de internet que têm como objetivo principal promover debates abordando uma mesma questão, permitindo a ocorrência de discussões e interações por meio de trocas de mensagens.( ROZENFELD; GABRIELLI; SOTO, 2010, p.262)
Rozenfeld, Gabriele e Soto (2010) realizaram análises de dois cursos (língua
espanhola e alemã) à distância, envolvendo o uso do fórum de discussões. Os
autores ressaltam o grande potencial das TIC na “promoção de aprendizagem
colaborativa, interação entre alunos, aproximação entre participantes e professores”
(ROZENFELD; GABRIELLI; SOTO, 2010, p. 263), mas também observam algumas
dificuldades no uso dos fóruns, como, por exemplo, a falta de respostas dos
usuários (pen-pals), 11para que a ferramenta seja aproveitada em todo o seu
potencial.
Araujo e Pereira (2010, p.271) investigaram o uso da “comunidade de
relacionamento e aprendizagem Live Mocha”, no ensino de Língua Estrangeira.
Como resultado, verificaram-se algumas contribuições para o aprimoramento de
Línguas estrangeiras, como, por exemplo, a interação entre usuários e nativos, a
10
Texto colaborativo on line(RIBEIRO,2012). 11
Intercâmbio entre pessoas de diferentes partes do mundo via web (CAMPOS, 2009, p.24).
33
aprendizagem colaborativa através do meio virtual, e como limitações, a falta de
acompanhamento de um profissional especializado, mediando o processo ensino-
aprendizagem.
A partir do levantamento da produção de artigos científicos com a temática “uso da
internet nas aulas de Inglês”, tendo como referência o site do www.scielo.br, não
foram encontradas produções versando sobre o assunto, porém, quando a busca foi
realizada utilizando os nomes de algumas ferramentas, encontraram-se três artigos
envolvendo experiências com o uso de ferramentas, como mapas conceituais,
webquest e blogs.
Dias (2011) relatou uma experiência com foco no uso de mapas conceituais,
utilizando a ferramenta CMap Tool em uma turma de alunos de graduação
matriculados em um curso de Inglês instrumental ofertado pela Faculdade de Letras
da UFMG. A partir da pesquisa-ação, verificou-se uma melhoria na produção dos
mapas e, consequentemente, na compreensão dos textos em Língua Inglesa.
Dias (2012) também relatou uma pesquisa empírica desenvolvida a partir de um
estudo de caso, envolvendo o uso da ferramenta Webquest, tendo como
participantes professores em formação continuada, em um curso de especialização
em ensino de Inglês ofertado pela Faculdade de Letras da UFMG.
Como resultado, evidenciou-se a motivação dos cursistas para o uso da ferramenta,
a partir da produção dos trabalhos realizados, bem como a expectativa da
incorporação da Webquest em sala de aula.
Jara (2012) relatou uma experiência empírica, envolvendo alunos espanhóis de uma
escola na Bolívia, em fase inicial de proficiência em Inglês. Alunos na faixa de 10 a
13 anos. O pesquisador/professor implementou um blog como recurso pedagógico
para o desenvolvimento da escrita, com foco no uso de adjetivos em Língua Inglesa.
Concluiu-se que os resultados foram positivos, os alunos mostraram-se motivados,
constatando-se uma melhora na qualidade das descrições.
Ainda, com a entrada dos termos “uso da internet nas aulas de Inglês” na base de
dados do IBICT registraram-se 23 ocorrências com foco no tema. Assim, a partir da
análise das dissertações e teses do IBICT, verificou-se o uso de ferramentas de
34
acesso livre na internet nas aulas de Inglês, como sites com foco em interações via
email, podcast, blogs e webquests.
Paula (2006) relatou uma pesquisa exploratória com o uso de site Kidlink com foco
em interações via email, envolvendo alunos de uma turma dos anos finais do ensino
fundamental A pesquisadora salienta a importância do uso da Língua Inglesa em
situações reais de comunicação, aponta dificuldades encontradas nas interações,
apenas uma professora norte-americana respondeu as mensagens e alerta para a
necessidade do planejamento das aulas com uso da internet.de uma escola da rede
pública e pen-pal estrangeiros.
Campos (2008) apresentou resultados de uma experiência envolvendo o uso de
podcast 12, áudios com foco em materiais autênticos para o desenvolvimento de
habilidades de compreensão oral, em um curso de Língua Inglesa. Segundo o
pesquisador, a ferramenta mostrou grande contribuição para o aprimoramento do
idioma dos alunos de nível mais avançado.
Gonçalves (2009) relatou uma experiência envolvendo o uso do blog em uma turma
do curso de Letras em uma Universidade pública de Goiás. Segundo o autor, o uso
da ferramenta pode contribuir para a autonomia e motivação dos alunos.
Santos (2012) também relatou uma experiência exploratória de aplicação de uma
Webquest em uma turma de 8º ano do ensino fundamental em uma escola
particular. Segundo pesquisadora, o uso da ferramenta favorece o trabalho
colaborativo, cooperativo e a motivação dos alunos e apresenta desafios, como o
tempo de aula de 50 para o desenvolvimento do trabalho, envolvendo o uso de
tecnologias.
Ainda com relação ao uso da internet nas aulas de Inglês, pesquisadores como
Marchini (2008) e Paiva (2012) também defendem o uso de ferramentas de acesso
livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem do Inglês.
Marchini (2008) aponta algumas razões para o uso da internet nas aulas de Inglês
como: comunicação com nativos e falantes do idioma Inglês; navegação não linear
permitida pelo uso de hipertextos; realização de pesquisas individuais; trabalhos
12
Áudios, acessados via internet (Campos, 2008).
35
colaborativos; e aprendizagens através do meio virtual, além do aluno sentir-se
motivado a utilizar o computador.
Paiva (2012) relatou experiências de ensino de Língua Inglesa com o uso de
ferramentas de acesso livre na internet como: Glogster13, Wallwisher,14 Wiki no
decorrer da disciplina “Fundamentos Metodológicos do Ensino de Inglês” (PAIVA,
2012, p. 158) ofertada pela Faculdade de Letras da UFMG, direcionada a alunos do
curso de Letras.
Paiva (2012, p.161) define Glogster “como um portal na web que oferece uma
ferramenta gratuita para criação, publicação e compartilhamento de pôsters ou
cartazes virtuais multimídia interativos.” A autora afirma que “[...] a melhor forma de
se aprender a usar uma ferramenta é usando-a com um propósito comunicativo”
(PAIVA, 2012, p.158).
Concordando com as ideias da autora, pode-se dizer que o aluno aprende com o
auxílio de ferramentas digitais inserido em uma comunidade de prática, tendo em
vista os mesmos interesses e objetivos.
A mesma autora aponta várias vantagens para se utilizar a ferramenta Glogster:
“[...] é ecológico, dispensa o papel e possibilita a integração de som e movimento. [...] pode ser compartilhado com outras pessoas, o que aumenta a motivação e o empenho em fazer um trabalho bem feito, pois ficará exposto na Web”. (PAIVA, 2012, p.165)
Como atividades propostas, os alunos foram solicitados a trabalharem em grupo na
produção de um “glossário ilustrado” (PAIVA, 2012, p. 159), com auxílio da
ferramenta Glogster, versão gratuita acessada através do link:
“<http:edu.glogster.com./what-is-glogster-edu#three>” (PAIVA, 2012, p.160), com
posterior publicação em um blog, ou outra ferramenta.
13
Ferramenta para compartilhamento de pôsters ou cartazes virtuais multimídia interativos.(PAIVA,2010). 14
O Wallwisher ( http://www.wallwisher.com/ é ” um tipo de quadro de avisos digital.”(PAIVA,2010,p.159).
36
A ferramenta Wallwisher foi utilizada para postagens de informações, e a Wiki, na
produção de um texto colaborativo (PAIVA, 2012).
Segundo Paiva:
[...] Após o término da disciplina, constatei que a autora de um dos glogs continuava produzindo material para seus próprios alunos, como se pode ver no link http://www.glogster.com/anecarol/myglogster, o que demonstra que ela incorporou a novidade às suas atividades de professora. (PAIVA, 2012, p.164)
Com relação aos comentários da autora, pode-se concluir que o resultado da
investigação apresentou contribuição para o ensino de Língua Inglesa.
Sendo assim, as principais ferramentas de acesso livre na internet que podem ser
usadas de forma pedagógica nas aulas de inglês no Ensino Médio são: Webquest
(APÊNDICE A), Youtube (APÊNDICE B), Blogs (APÊNDICE C), e Mapas conceituais
(APÊNDICE D).
3.2.1 Webquest
Dias (2012) define a ferramenta WebQuests como “ambientes multimodais de
aprendizagem colaborativa que incentivam os participantes a interagir no processo
de desenvolvimento de projetos on-line pelo uso da web e de seus recursos” (DIAS,
2012, p. 866-867).
A partir da ideias da autora, pode-se inferir que a ferramenta centra-se na pesquisa
on-line colaborativa e na utilização dos recursos da Web.
Dias (2010 apud DIAS, 2012) descreve o trabalho com a ferramenta Webquest.
Uma WebQuest compõe-se de seis blocos ou componentes: (1) uma introdução concisa que fornece informações relevantes, esclarecendo o que vai ser desenvolvido em colaboração entre os participantes; (2) uma tarefa factível e desafiadora para captar o interesse dos que trabalham em coautoria para alcançar objetivos comuns; (3) o processo que será vivenciado pela equipe de participantes por meio de uma descrição passo a passo do que deve ser feito; (4) os recursos necessários para o cumprimento da tarefa, como, por exemplo, as fontes de pesquisa on-line; (5) uma rubrica com os itens de avaliação; (6) uma conclusão que revê o
37
que foi feito e que incentiva trabalhos futuros (DIAS, 2010 apud DIAS,
2012).
A autora esclarece que a ferramenta Webquest apresenta-se como um projeto on-
line orientado passo a passo pelo professor, incluindo informações, fontes de
pesquisas e recursos da Web a serem utilizados, estimulando e desafiando os
alunos para execução da tarefa ou resolução de um problema, de forma
colaborativa.
3.2.2 Youtube
Segundo Delega-Lúcio e Ferreira (2012), a criação do youtube, em 2005, tinha como
os objetivo o compartilhamento de vídeos de várias pessoas do mundo. Segundo os
mesmos autores, o youtube foi comprado pelo Google em 2006 e continua sendo o
site mais acessado e utilizado para publicação de vídeos. (DELEGA-LÚCIO;
FERREIRA, 2012).
Dutra e Pinto (2012) sugerem o trabalho com letras de músicas; Pinto (2012)
recomenda o uso de filmes e séries, Sardinha (2012) o uso de jogos e videogames
no ensino de Línguas, que podem ser acessados via youtube.
3.2.3 Podcasts
Os podcasts são áudios disponibilizados na internet, que são acessados com
variados propósitos, como a busca de informações, notícias, entretenimento,
instruções, ensino de idiomas (SOUZA, 2012).
Uma das vantagens oferecida pelo uso da ferramenta, segundo Souza (2012, p.99),
é que “traz para a sala de aula, a realidade da Língua tal como é usada por seus
falantes, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de compreensão oral,
Listening” (SOUZA, 2012).
38
3.2.4 Blogs
Gonçalves (2010, p.179) define blog “como um recurso tecnológico disponibilizado
pela internet que possibilita não só o registro de textos escritos, mas também a
inserção de imagem, som, vídeo e links diversos, organizados, por uma cronologia
invertida”.
Segundo Gonçalves (2010), o uso de blogs no ensino de Língua Inglesa pode
desenvolver as habilidades de leitura e escrita, a interação e a colaboração no meio
virtual.
3.4.5 Mapas conceituais
Os mapas conceituais “representam a estrutura de significados e relações em um
domínio do conhecimento” (FILATRO, 2008, p.112).
Segundo DIAS ( 2011, p.900) os mapas conceituais “são imagens de compreensão
de algo”, e favorecem a compreensão da leitura.
A mesma autora (2011, p.900), conceitua mapa conceitual como a “ representação
de um conhecimento organizado, composto por conceitos ligados ao vincular
palavras para formar proposições”, que podem ser utilizados no ensino-
aprendizagem de Língua Inglesa.
O uso do mapa conceitual pode “aumentar o nível da compreensão escrita” em
Inglês( DIAS (2011, p. 2, tradução nossa), uma vez que facilita o trabalho com
textos mais extensos, contribuindo para a organização e a estruturação dos
conhecimentos de forma mais eficiente.
4 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO LOCAL
39
Dowbor (2007) afirma, em relação à educação para o desenvolvimento local, que
a ideia da educação para o desenvolvimento local está diretamente vinculada a essa compreensão e à necessidade de se formarem pessoas que amanhã possam participar de forma ativa das iniciativas capazes de transformar o seu entorno, de gerar dinâmicas construtivas. (DOWBOR,
2007, p.76)
O autor aponta a necessidade da participação social como forma de transformar a
realidade local. Assim, pode-se inferir que as tecnologias de informação e
comunicação e o trabalho em Língua Inglesa com as ferramentas de acesso livre na
internet podem contribuir para a formação pessoal, acadêmica e profissional do
aluno do Ensino Médio, tendo em vista a nossa sociedade globalizada, uma vez que
esse aluno faz uso do meio virtual para aprender um idioma, acessar
conhecimentos, interagir ou relacionar com pessoas de outras culturas.
Com relação ao ensino de Línguas, mediado por computador e internet, Dowbor
(2007) defende o uso das TIC na educação ao afirmar que
[...] a era do conhecimento exige muito mais conhecimento atualizado e inserido nos significados locais e regionais, e ao mesmo tempo as tecnologias da informação e comunicação tornam o acesso a esse conhecimento muito mais viável. A educação precisa, de certa forma, organizar essa transição, e preparar as crianças para o mundo realmente existente. (DOWBOR, 2007, p.86)
O mesmo autor destaca a importância do uso das TIC no ensino-aprendizagem
como forma de inclusão social dos alunos, inserindo-os no novo contexto
tecnológico educacional, possibilitado pela conectividade, bem como gerando “a
oportunidade radical de democratização do acesso ao conhecimento” (DOWBOR,
2007, p.86).
Entende-se que as políticas públicas de inclusão digital podem potencializar o
ensino, levando-se em conta todos os recursos necessários e contextos sociais
específicos, como lembra Trigueiro (2008), de forma que o acesso às novas
40
tecnologias, realizado de forma democrática, contribui para a melhoria da educação
e seu entorno, tendo em vista o desenvolvimento local (DOWBOR, 2006).
Como lembra Bairral (2010), não basta ter acesso à internet e à familiaridade com o
equipamento, é necessária a interação, o uso e a produção de conhecimentos, para
que o usuário se sinta realmente incluído digitalmente. O professor com a tarefa de
“transformar a realidade escolar utilizando as novas TIC, como recursos para
aprimorar e motivar a busca do conhecimento” (ARAÚJO; YOSHIDA, 2010, p. 3
apud SILVA, 2011, p. 40), e o aluno fazendo uso de ferramentas digitais no intuito de
ampliar seus conhecimentos com relação ao idioma estudado, interagindo em
diferentes formatos e espaços de comunicação (BALADELI, 2013).
Segundo Dias (2012)
As tecnologias digitais, especialmente as ferramentas da web 2.0, empoderam o cidadão do século XXI para assumir uma voz globalmente conectada e ainda facilitam a comunicação e a colaboração entre pessoas do mundo inteiro por meio de múltiplas linguagens - a verbal, a imagética, a gestual, a sonora e a espacial, por exemplo. (DIAS, 2012, p. 862)
Concordando com as ideias de Dias (2012), considera-se que o acesso a diferentes
linguagens midiáticas empoderam o indivíduo a partir de suas “práticas produzidas
por meio do contexto em que estão inseridos” (MEIRELLES; INGRASSIA, 2006, p.
3).
Amora (2008) também defende o apoderamento dos meios de comunicação, em
especial a internet, como forma dos alunos produzirem conhecimentos sob a
mediação dos professores, tornando-se “indivíduos mais cientes de suas
responsabilidades não só na escola, mas também com toda sociedade em volta
dela. Passam a ser criadores e propagadores da cultura local” (AMORA, 2008, p.
29).
Leffa (2009) salienta a importância das novas tecnologias para o ensino do Inglês,
ampliando o seu acesso possibilitado pelo meio virtual, como forma de diminuição
da exclusão linguística.
41
[...] ainda que a exclusão digital seja uma realidade, ela é certamente menor do que a exclusão linguística; há muito mais gente sem acesso a uma língua estrangeira do que à internet. Usar os recursos digitais para ensinar a língua é uma maneira de diminuir a exclusão tanto de um lado como do outro. O acesso à língua estrangeira pode aumentar o acesso à rede, que por sua vez, pode facilitar a aprendizagem da língua. Se for, verdade que cada vez que se introduz uma nova tecnologia cria-se uma nova legião de excluídos também é verdade que com as novas tecnologias criam-se novas formas de inclusão. (LEFFA, 2009, p.122)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como resultado do estudo verificou-se a ocorrência de usos de ferramentas de
acesso livre na internet em experiências exploratórias em sala de aula, envolvendo a
formação inicial e continuada de professores e a educação básica, além de
potencialidades e alguns impedimentos no uso das TIC no ensino de Língua Inglesa.
O uso da internet nos cursos de formação inicial pode sinalizar avanços, uma vez
que os futuros professores estarão mais familiarizados com as novas propostas
educacionais.
Assim, pode-se concluir que a literatura especializada aponta para uma variedade
de ferramentas que podem ser utilizadas para potencializar o ensino-aprendizagem
do Inglês, cabendo ao professor de Língua Inglesa conhecer e selecionar as
ferramentas que melhor atendam o seu contexto específico de ensino, como forma
de contribuir para melhoria da educação e desenvolvimento local.
42
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47
ARTIGO 2 - POTENCIALIDADES E DESAFIOS NO USO DE FERRAMENTAS DE
ACESSO LIVRE NA INTERNET PARA O PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DO INGLÊS NO ENSINO MÉDIO.
DIAS, Sandra Regina Silva 15
QUARESMA, Adilene Gonçalves16
R E S U M O O artigo apresenta a análise de dados da pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e desenvolvimento local do Centro Universitário Una sobre o uso de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem do Inglês no Ensino Médio. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados questionários e entrevistas semiestruturadas direcionadas a dez professores de Inglês atuantes no Ensino Médio em cinco escolas da rede pública estadual de Minas Gerais. Os resultados da pesquisa empírica apontam para o uso de algumas ferramentas de acesso livre na internet para o processo ensino-aprendizagem do inglês, como dicionários, jogos e sites de músicas. Constataram-se também algumas dificuldades, envolvendo infraestrutura adequada para o trabalho com as ferramentas digitais e necessidade de maior preparação dos docentes com foco no ensino mediado por computador para o ensino do inglês. Ressalta-se também o reconhecimento por parte de alguns entrevistados das potencialidades do uso de dispositivos móveis como celular conectado à internet, aplicado ao ensino como forma de ampliar e aperfeiçoar o idioma estudado. Conclui-se que, embora os participantes da pesquisa reconheçam a importância dos recursos da internet para o letramento discente e docente, a sua incorporação ainda vem ocorrendo de forma tímida no ambiente escolar. Palavras-chave: Ferramentas de acesso livre. Internet. Ensino. Inglês.
ABSTRACT
This article aims to present the data analysis in a Professional Master's research in Social Management, Education and local development, Una University Center, about the use of free access tools on the Internet for the teaching-learning process English in high school. Were used as data collection tools, questionnaires and semi-structured interviews directed to ten English teachers, active in high school in five schools of public state of Minas Gerais .The interpretation of the data was based on Bardin (2008). The results of empirical research point to the use of some free access tools on the internet for English-learning process as dictionaries, games and music sites. It was also some difficulties involving adequate infrastructure to work with digital tools and need for greater preparation of teachers to focus on teaching computer mediated for the teaching of English. Also points up the recognition by some respondents of the potential use of mobile devices like cell connected to the internet, applied to education. as a way to extend and enhance the language studied. It follows that although the survey participants recognize the importance of internet resources for literacy students and teachers, their incorporation is still occurring timidly at school.
Keywords: Free access tools. Internet. Education. English
15
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento local do Centro Universitário Una e professora de Inglês da rede pública estadual 16
Doutora em Educação pela FaE/UFMG e professora do Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una
48
1 INTRODUÇÃO
A incorporação das novas tecnologias em nossa sociedade, como a internet, vem
trazendo impactos e mudanças em todas as áreas da atividade humana, em
especial, a educacional.
Assim, instituições de ensino necessitam acompanhar o desenvolvimento
tecnológico, ou seja, estarem inseridas dentro deste novo cenário (DOBOW, 2007).
A inovação no processo educativo requer mudanças na infraestrutura das escolas,
nas formas de ensinar e aprender , e com as novas tecnologias digitais, faz-se
necessário o desenvolvimento de novas competências, habilidades docentes,
técnicas de ensino (LUCKESKI, 2011; COSCARELLI, 2005; MARCELO, 2012),
tendo em vista o ensino mediado por computador e internet.
Diversas ferramentas gratuitas da internet podem ser utilizadas pelos professores de
Inglês em suas práticas educativas em busca da melhoria da qualidade do ensino,
porém percebem-se desafios nessa incorporação. As ferramentas de acesso livre na
internet compreendem: Blogs, Wikis, Podcasts, Youtube, Mapas conceituais,
Glogster, Revistas em quadrinhos, sites, dentre outras.
Em relação ao uso dessas ferramentas pelos professores de inglês, podem-se
enumerar alguns aspectos dificultadores, como despreparo desses profissionais
quanto ao uso de ferramentas digitais, pouca oferta de cursos ou participação em
capacitações voltada para o ensino mediado por computador, resistência na
incorporação das TIC, infraestrutura nem sempre adequada das escolas ou
insuficiente.
Nesse sentido, a pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Gestão
Social, Educação e desenvolvimento local, do Centro Universitário Una surgiu a
partir da hipótese de que as dificuldades mencionadas pelos professores na
utilização das ferramentas de acesso livre na internet podem indicar como
proporcionar a formação docente e capacitação em serviço estratégias
pedagógicas para o processo de ensino – aprendizagem do Inglês mediado por
computador.
49
Quanto aos objetivos, o objetivo geral foi investigar o uso pedagógico das
ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem do
Inglês no ensino Médio, tendo em vista o desenvolvimento da contribuição técnica
na área da educação voltada para o desenvolvimento local e com características de
inovação social; e os objetivos específicos foram: analisar como a literatura
pedagógica vem discutindo a incorporação do uso de ferramentas de acesso livre na
internet em sala de aula para potencializar o processo de ensino-aprendizagem da
Língua Inglesa; identificar dificuldades com relação ao uso de ferramentas de
acesso livre na internet pelos professores de Língua Inglesa em suas práticas
docentes; e, ao final, apresentar, tendo em vista a exigência no Mestrado
profissional de um produto técnico, um guia com ferramentas de acesso livre na
internet para o ensino do Inglês.
Quanto à sua relevância, a pesquisa mostrou contribuição para a linha de pesquisa
Educação e desenvolvimento local, prática (educação) e experiência profissional e
acadêmica da pesquisadora, uma vez que os estudos realizados poderão nortear e
aperfeiçoar o trabalho docente, pois, ocorrendo uma melhoria na prática pedagógica,
proporcionada pelo uso dos recursos da Internet em sala de aula, tanto professores
quanto alunos estarão inseridos no novo contexto educacional tecnológico.
O texto está estruturado nos seguintes eixos: introdução; discussão teórica;
procedimentos metodológicos; apresentação e discussão dos dados; e
considerações finais.
Percebe-se assim que em meio a tantas possibilidades pedagógicas, muitos
docentes ainda não se familiarizaram com as novas TIC, vêm realizando sua
incorporação de forma tímida, ou não eficaz, e deparando-se com desafios para a
integração de ferramentas de acesso livre ambiente escolar, como lembra Marcelo
(2013).
50
2 DISCUSSÃO TEÓRICA
O ensino oficial de Línguas estrangeiras no Brasil iniciou-se, em 1837, na época do
Império, com a criação do Colégio Dom Pedro II (LEFFA, 1999; PAIVA, 2003). E
com a Reforma Capanema, em 1942, o ensino do idioma passou a integrar o
*ginasial.
Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961 e de
1971, a Língua Estrangeira perde a sua obrigatoriedade, só retornando aos
currículos a partir da 5ª série (Ensino Fundamental), incluindo o Ensino Médio, com
a nova LDB de 9394/96.
A trajetória do ensino de Línguas passou por vários métodos. O método de
tradução-gramatical (1868), Método direto (1935), Audiolingual (1950-1960) e
abordagem comunicativa, a partir de 1970 (BALADELI, 2012).
No contexto da educação básica, a Proposta Curricular de Língua Inglesa, MINAS
GERAIS, 2008) para as escolas estaduais de Minas recomenda, em seu documento,
o uso de novas tecnologias, em especial, a internet, como estratégias para aprimorar
o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.
Há ainda que se considerar que as novas tecnologias empoderam os indivíduos a
partir de suas práticas no meio virtual, por meio das variadas linguagens, bem como
contribuem para a diminuição da exclusão linguística, ampliando o acesso á língua
estrangeira, possibilitado pelo uso da internet (DIAS, 2012; AMORA, 2008; LEFFA,
2012).
Assim sendo as principais ferramentas de acesso livre na internet que podem ser
usadas nas aulas de inglês no Ensino Médio são: Webquest, Youtube, Podcasts,
Blogs e Mapas conceituais.
Dias (2012) define a ferramenta WebQuests como “ambientes multimodais de
aprendizagem colaborativa que incentivam os participantes a interagirem no
processo de desenvolvimento de projetos on-line pelo uso da web e de seus
recursos” (DIAS, 2012, p. 866-867).
51
Segundo a mesma autora (2012), a ferramenta Webquest foi idealizada nos
Estados Unidos pelos pesquisadores Bernie Dodge e Tom March , e é descrita
como um projeto orientado e colaborativo on line , utilizando-se dos recursos da
Web. As partes básicas de uma Webquest são: Introdução, Tarefa, Processo,
Recursos, Avaliação e Conclusão. A introdução apresenta as informações básicas
referente ao tema, geralmente relevante e desafiador ; o processo , os passos a
serem seguidos, como detalhamento das atividades a serem executadas; os
recursos, fontes de pesquisa a serem consultadas para o desenvolvimento da
pesquisa; avaliação , itens na serem avaliados e uma conclusão que refere-se a
revisão do que foi feito, incentivando a realização de futuros trabalhos.
Segundo Delega-Lúcio e Ferreira (2012), a criação do youtube em 2005 tinha como
objetivo o compartilhamento de vídeos de várias pessoas do mundo. Segundo os
mesmos autores, o youtube foi comprado pelo Google em 2006 e continua sendo o
site mais acessado e utilizado para publicação de vídeos. (DELEGA-LÚCIO;
FERREIRA, 2012).
Uma das vantagens do uso do youtube no ensino-aprendizagem é a publicação de
materiais autênticos e diversificados que podem ser utilizados pelo professor como
ferramenta pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento da competência
comunicativa do aluno (DELEGA-LÚCIO; FERREIRA, 2012; CBC, 2008).
Dutra e Pinto (2012) sugerem o trabalho com letras de músicas. Pinto (2012)
recomenda uso de filmes e séries, Sardinha (2012) o uso de jogos e videogames no
ensino de Línguas, que podem ser acessados via youtube.
Os podcasts são áudios disponibilizados na internet, que são acessados com
variados propósitos como a busca de informações, notícias, entretenimento,
instruções, ensino de idiomas (SOUZA, 2012).
Uma das vantagens oferecidas pelo uso da ferramenta, segundo Souza (2012,
p.99), é que “traz para a sala de aula, a realidade da Língua tal como é usada por
seus falantes, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de compreensão
oral, Listening (SOUZA, 2012).
52
Souza (2012) ainda alerta para alguns cuidados para o uso do podcast no ensino
como a adequação à faixa etária dos alunos, seleção dos conteúdos e tema, foco
em materiais autênticos.
Os mapas conceituais “representam a estrutura de significados e relações em um
domínio do conhecimento” (FILATRO, 2008, P.112) e facilitam a compreensão da
leitura (DIAS, 2011).
O uso do mapa conceitual pode “aumentar o nível da compreensão escrita” em
Inglês ( DIAS (2011, p. 2, tradução nossa), uma vez que facilita o trabalho com
textos mais extensos, contribuindo para a organização e a estruturação dos
conhecimentos de forma mais eficiente.
Com o desenvolvimento da web 2.0, muitos usuários passam a contribuir para a
produção do conhecimento e a interagirem na rede.
Gonçalves (2010, p.179) conceitua blog “como um recurso tecnológico
disponibilizado pela internet que possibilita não só o registro de textos escritos, mas
também a inserção de imagem, som, vídeo e links diversos, organizados por uma
cronologia invertida”.
O primeiro blog foi criado em 2005, passando a ser denominados webblog em 2007,
e vem sendo utilizado, em especial, na área da educação, como recurso e estratégia
pedagógica (GOMES, 2005).
Segundo Gonçalves (2010), o uso de blogs no ensino de Língua Inglesa pode
desenvolver as habilidades de leitura e escrita, interação e colaboração no meio
virtual.
Muito se tem discutido sobre o grande potencial das novas tecnologias para o
ensino, em especial, o uso da internet.
Autores como Ribeiro (2012), Coscarelli (2005), (Dias, 2012) sugerem o uso de
várias ferramentas como google docs, blogs, Webquest como novas formas de ler e
escrever.
Pesquisadores como Paiva (2012) e Dias (2011) realizaram experiências
exploratórias em cursos de formação de professores, envolvendo tecnologias como
53
Glogster e Mapas conceituais; Jara (2012) e Gonçalves (2009), com o uso do blog
na educação básica. Campos (2008) apresentou resultados de uma experiência de
uso de podcast, áudios, em um curso de Língua Inglesa e Araújo e Pereira (2010)
investigaram o uso da “comunidade de relacionamento e aprendizagem Live Mocha”
(2010, p.274) no ensino de língua estrangeira.
Apresenta-se a seguir os resultados da pesquisa empírica referente aos “Usos de
ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-aprendizagem do
Inglês”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação
e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem desta pesquisa constituiu-se em abordagem qualitativa, que conforme
Bauer e Gaskel (2000), tem a finalidade real de explorar o espectro de opiniões, as
diferentes representações sobre o assunto em questão.
Quanto ao delineamento, este estudo constituiu-se em exploratório e descritivo,
considerando sua aproximação com a finalidade no desenvolvimento,
esclarecimento e modificação de conceitos, ideias e práticas acerca de um
determinado fato, atrelado à descrição e estudo das características de uma
determinada população ou fenômeno (GIL, 2010).
O local da coleta de dados compreendeu cinco estabelecimentos de ensino da rede
pública estadual do município de Santa Luzia. As escolas foram selecionadas
obedecendo aos seguintes critérios: oferecer o Ensino Médio em pelo menos um
turno; possuir dois professores de Língua Inglesa, atuando em sala de aula no
Ensino Médio, tendo em vista a possibilidade de se conhecer as realidades
diversificadas que cada uma possui, envolvendo as dificuldades dos professores na
utilização de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino-
aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio.
A coleta de dados foi realizada com base nos seguintes instrumentos: a) Pesquisa
Bibliográfica em livros e artigos sobre o tema: o uso de ferramentas de acesso livre
54
na internet para o processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino
Médio; b) Pesquisa Documental nas escolas sobre as orientações oficiais e
procedimentos referentes ao Ensino de Língua Inglesa e estrutura curricular no
Ensino médio; c) Pesquisa empírica com dez professores de Língua Inglesa através
da aplicação de questionário impresso e entrevistas. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de ética do Centro Universitário Una sob o parecer CAA:
36171414.90000.5098 ( ANEXO A).
Para a pesquisa documental foram consultados os seguintes documentos: Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394/96 (BRASIL,1996),
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Inglesa (BRASIL,1998), Parâmetros
Curriculares do Ensino Médio ((BRASIL, 2000), Orientações Curriculares do Ensino
Médio(BRASIL, 2006), Proposta Curricular de Língua Inglesa(BRASIL, 2008).
Para a organização e apresentação dos dados, foi utilizada a planilha do Excel e
gráficos; e para o tratamento das informações coletadas, a técnica da análise de
conteúdo, proposta por Bardin (2010).
O eixo norteador desta pesquisa baseou-se na seguinte questão: o que pode ser
feito em escolas do município de Santa Luzia para que os professores superem as
dificuldades em relação ao uso de ferramentas de acesso livre na internet para o
processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio?
Com o objetivo de identificar o perfil dos entrevistados e dificuldades dos
professores, envolvendo o ensino mediado por computador e uso de ferramentas de
acesso livre na internet nas aulas de Inglês, analisaram-se os dados dos
questionários e da entrevista semiestruturada, apresentados a seguir.
A população da pesquisa foi composta por dez professores de Inglês, atuando em
sala de aula no Ensino Médio, sendo 4 (Quatro) do sexo masculino e 6 (cinco) do
sexo feminino, pertencentes a cinco escolas estaduais localizadas no município de
Santa Luzia, MG. A faixa etária dos entrevistados variou entre 22 e 58 anos.
Quanto à carga horária semanal, esta variou entre 10 horas/aula a 32 horas/aulas
trabalhadas na disciplina, possuindo de 01 a 20 anos no exercício da função.
55
Como forma de preservar a identidade dos professores, adotaram-se as seguintes
representações: Professor (1), Professor (2), Professor (3), Professor (4), Professor
(5), Professor (6), Professor (7), Professor (8), Professor (9), Professor (10). Na
seção seguinte, apresentam-se, analisam-se e discutem-se os dados da pesquisa.
4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os dados dos questionários analisados resultaram em 10 categorias, apresentadas
a seguir.
Quadro 1: Categorias de análise dos Questionários
Categorias de Análise Questão
1- Formação Acadêmica. 1- Formação acadêmica.
2- Formação voltada para o ensino mediado pelo
computador.
2- Possui alguma formação voltada para o ensino
mediado pelo computador?
3 - Experiências com o uso do computador e ferramentas
de acesso livre na internet.
3- Marque suas experiências com o uso do computador e
ferramentas de acesso livre na internet.
4- Participação e classificação das capacitações em
serviço voltadas para a integração de ferramentas de
acesso livre da internet em suas práticas.
4 - Você já participou de capacitações em serviço voltada
para a integração de ferramentas de acesso livre da
internet em suas práticas?
5 - Como você classificaria as capacitações em serviço
com foco no ensino mediado pelo computador?
6- Já houve alguma oferta de cursos, oficinas, por
iniciativa de sua escola para sanar as dificuldades dos
professores em integrar as ferramentas de acesso livre
na internet em suas práticas pedagógicas?
5 - Resistência em incorporar ferramentas de acesso livre
na internet em suas práticas pedagógicas.
7- Você apresenta resistência em incorporar ferramentas
de acesso livre na internet em suas práticas
pedagógicas ?
6 - Habilidade para utilizar ferramentas de acesso livre na
internet em suas práticas em sala de aula.
8- Você se considera totalmente apto a utilizar
ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas
em sala de aula?
7- Situação atual de sua escola quanto à conexão da
internet, tendo em vista a possibilidade de utilização das
ferramentas de acesso livre na internet para o processo
de ensino- aprendizagem do Inglês.
9 - Avalie a situação atual de sua escola quanto à
conexão da internet, tendo em vista a possibilidade de
utilização das ferramentas gratuitas da internet no
processo de ensino- aprendizagem de Língua Inglesa?
8 - Avaliação do espaço físico da escola atual, quanto à
possiblidade do ensino – aprendizagem de Língua
Inglesa ser mediado por computador.
10 - Avalie o espaço físico de sua escola atual quanto à
possibilidade do ensino- aprendizagem de Língua Inglesa
ser mediado por computador.
9 - Avaliação dos recursos tecnológicos atuais da escola
quanto à possibilidade do ensino-aprendizagem de
Língua Inglesa ser mediado por computador.
11- Avalie os recursos tecnológicos atuais de sua escola
quanto à possibilidade do ensino- aprendizagem de
Língua Inglesa ser mediado por computador.
10 - Dificuldade para a utilização de ferramentas de
acesso livre na internet em suas práticas pedagógicas.
12- Você tem dificuldade na utilização de ferramentas de
acesso livre na internet em suas práticas pedagógicas?
Fonte: Dados da pesquisa.
56
Categoria 1 - Formação acadêmica
No que se refere à formação acadêmica dos professores, predominou o nível de
especialização, ou seja, dos 10 professores participantes, 04 apresentaram o título
de graduação; 05 de especialização; e 01 com graduação em andamento, o que
leva a inferir que um número considerável de entrevistados frequentou cursos de
aperfeiçoamento, o que se configura como um dado importante, uma vez que a
formação continuada é importante para o acesso à carreira e para a atualização
profissional (BALADELI, 2012).
Categoria 2 - Formação voltada para o ensino mediado pelo computador.
A categoria 2 apresenta o perfil dos entrevistados em relação à formação para o uso
do computador em sala de aula.
Dos 10 entrevistados, apenas 04 apontaram possuir formação para o ensino
mediado por computador, assim percebe-se a necessidade de capacitações
voltadas para o uso das novas tecnologias, como lembra Baladeli (2012).
Categoria 3 - Experiências com o uso do computador e ferramentas de acesso
livre na internet
A categoria 3 apresenta as experiências dos entrevistados com o uso do
computador, em especial, a sua familiaridade com ferramentas de acesso livre na
internet (Letramento e inclusão digital) do corpo docente.
GRÁFICO 1: Experiência com o uso do computador e internet
57
Fonte: Dados da pesquisa.
Com base no GRÁF. 1, pode-se constatar que o e-mail é a ferramenta mais utilizada
pelos entrevistados, favorecendo a interação pessoal ou pedagógica (COSCARELLI,
2005).
A segunda mais apontada é o Facebook (04 entrevistados mencionaram fazer uso),
concorrendo com os aplicativos do Google, sites de acesso livre, Moodle, conforme
dados tabulados. O uso de vídeos da internet aparece em terceiro lugar. Outras
ferramentas aparecem com menor intensidade: blog (1), Podcast (1), Slideshare(1).
Cabe destacar que 03 dos entrevistados responderam não fazer uso de ferramentas,
o que é um dado preocupante, uma vez que hoje a tecnologia encontra-se inserida
em nosso cotidiano (DOBOW, 2007; VALENTE, 1999; COSCARELLI, 2005, 2006;
RIBEIRO, 2012; MARCELO, 2012), em especial, no ambiente escolar.
Três entrevistados citaram o item Outras ferramentas, mas não fizeram a sua
identificação.
Quanto ao nível de autoria, evidenciou-se a familiaridade com as seguintes
ferramentas por parte dos entrevistados: Power point (04), Movie Maker (02),
Podcast (01), Blog(03), Mapa conceitual (01), Avatar (01), História em Quadrinhos
(02).
0246
8
AUTORIA (CRIAÇÃO) USO
58
A análise das respostas referentes à questão aponta para o uso do computador e de
algumas ferramentas de acesso livre, podendo sinalizar avanços quanto ao
Letramento e inclusão digital de professores (COSCARELLI, 2005; DOBOW, 2007).
Categoria 4 - Participação e classificação das capacitações em serviço
voltadas para a integração de ferramentas de acesso livre da internet na
prática pedagógica.
A categoria 4 apresenta dados referentes às questões 4, 5 e 6 sobre a participação
em capacitações em serviço voltadas para a integração de ferramentas de acesso
livre da internet na prática pedagógica oferecidas pela rede de ensino e pela escola
e classificação dessas capacitações.
GRÁFICO 2 : Participação e frequência em cursos em capacitação em serviço
Fonte: Dados da pesquisa.- 2014
Conforme os dados do GRÁF. 2, 70% dos respondentes declararam nunca ter
participado de capacitações em serviço. Percebe-se a necessidade da criação de
30%
70%
Sim
Não
59
mecanismos, estratégias, intervenções, parcerias que garantam maior adesão e
oferta de cursos (BALADELI, 2012; DOBOW, 2006).
Em relação às percepções dos entrevistados com relação à qualidade das
capacitações que vêm sendo ofertadas dentro da rede de ensino, os respondentes
consideram as capacitações em serviço de boa qualidade, o que sinaliza indícios de
investimentos em políticas públicas para a formação de professores (SANTOS,
2012).
O GRÁF. 3 mostra os resultados sobre a participação em capacitações oferecidas
pela escola para sanar as dificuldades dos professores em integrar as ferramentas
de acesso livre na internet em suas práticas pedagógicas.
GRÁFICO 3: Participação em capacitações na própria escola
Fonte: Dados da pesquisa.- 2014
Conforme análise dos dados, 70% dos respondentes mencionaram não ter
participado de capacitações na escola com o objetivo de integrar as ferramentas de
acesso livre na internet nas aulas de Inglês. Esses resultados apontam para a
necessidade de políticas públicas mais focadas em contextos mais específicos de
ensino, tendo em vista a possibilidade de parcerias com instituições de ensino
10%
70%
20%
Sim
Não
Não responderam
60
(DOBOW, 2007; TRIGUEIRO, 2008), como forma de contribuir para a melhoria da
educação e desenvolvimento local.
Categoria 5- Resistência em incorporar ferramentas de acesso livre na internet
em suas práticas pedagógicas.
GRÁFICO 4 : Resistência em incorporar ferramentas de acesso livre na internet à
prática pedagógica
Fonte: Dados da pesquisa.
De acordo com os dados da pesquisa, 70% dos entrevistados não apresentam
resistência em utilizar ferramentas de acesso livre em suas práticas pedagógicas, o
que configura um dado importante, uma vez que as tecnologias digitais podem
potencializar o ensino (VALENTE,1999; COSCARELLI, 2005), sendo consideradas
como aliadas na preparação e dinamização das aulas como lembra Ribeiro (2012).
Em contrapartida, 30% dos respondentes ainda apontam resistência nessa
incorporação, o que ainda representa um desafio para as políticas educacionais.
Categoria 8 - Habilidade para utilizar ferramentas de acesso livre na internet
em suas práticas em sala de aula.
30%
70%
Sim
Não
61
GRÁFICO 5: Habilidades para o uso de ferramentas de acesso livre na internet
Fonte: Dados da pesquisa.
A categoria 8 apresenta as percepções dos entrevistados em relação às suas
habilidades para o uso de ferramentas de acesso livre na internet nas aulas de
Inglês.
Conforme os dados tabulados, 60% dos respondentes consideram--se familiarizados
com as ferramentas de acesso livre, sendo que 40% dos entrevistados apontam
desafios. Percebe-se, assim, a necessidade de qualificação do corpo docente para o
uso da internet de forma pedagógica, como lembra Baladeli (2013).
Categoria 9 - Situação atual de sua escola quanto à conexão à internet, tendo
em vista a possibilidade de utilização das ferramentas de acesso livre na
internet para o processo de ensino-aprendizagem do Inglês.
GRÁFICO 6 : Situação atual de sua escola quanto à conexão á internet
60%
40%
Sim
Não
62
Fonte: Dados da pesquisa.
A categoria 9 apresenta as percepções dos participantes da pesquisa em relação à
conexão à internet, tendo em vista a possibilidade de utilização das ferramentas de
acesso livre na internet no processo de ensino-aprendizagem do Inglês.
Conforme os dados, 40% dos entrevistados considera à conexão à internet de boa
qualidade. Cabe ressaltar a importância de banda larga de qualidade para o trabalho
em sala, como lembra Pretto (2012).
Categoria 10 – Avaliação do espaço físico de sua escola atual, quanto à
possibilidade do ensino–aprendizagem de Língua Inglesa ser mediado por
computador.
GRÁFICO 7: Espaço físico de sua escola atual
30%
10% 40%
20%
0% 0% Insuficiente
Regular
Bom
Muito Bom
Excelente
Inexistente
63
Fonte: Dados da pesquisa.
Essa categoria apresenta as percepções dos entrevistados com relação à
infraestrutura (espaço físico) das escolas participantes da pesquisa em relação à
possibilidade do ensino–aprendizagem de Língua Inglesa ser mediado por
computador.
Conforme os dados, 40% dos respondentes consideram o espaço físico de boa
qualidade. Cabe ressaltar a importância de avanços quanto à infraestrutura
adequada para o trabalho, envolvendo tecnologias (BRASIl, 2008), conforme sinaliza
o GRÁF. 7.
Categoria 11 – Avaliação dos recursos tecnológicos atuais da escola quanto à
possibilidade do ensino ser mediado por computador.
GRÁFICO 8: Avaliação dos recursos tecnológicos atuais da escola
20%
20%
40%
10% 10%
0%
Insufuciente
Regular
Bom
Muito Bom
Excelente
Inexistente
64
Fonte: Dados da pesquisa.
Conforme dados do GRÁF. 8, a maioria dos entrevistados, 60%, considera os
recursos tecnológicos de qualidade regular, ressaltando-se assim a necessidade de
ampliar e aperfeiçoar a infraestrutura das escolas para o desenvolvimento de
projetos com foco no ensino mediado por computador e internet (CBC, 2008;
MARCELO, 2013).
Categoria 12 – Dificuldades para a utilização de ferramentas de acesso livre na
internet em suas práticas pedagógicas
GRÁFICO 09: Dificuldades para a utilização de ferramentas de acesso livre na
internet
20%
60%
10% 10%
0% 0%
Insufuciente
Regular
Bom
Muito Bom
Excelente
Inexistente
65
Fonte: Dados da pesquisa.
Conforme os dados da pesquisa, 50% dos entrevistados apresentam dificuldades
no uso de ferramentas de acesso livre nas aulas de inglês, o que vai ao encontro
dos dados do relatório da Universidade de UOC (apud MARCELO, 2013), que
também apontou impedimentos para a integração das TIC no ambiente escolar.
Vale também ressaltar que há indícios que metade dos entrevistados, 50%, vem
procurando adequar-se às novas propostas educacionais, conforme sinaliza o
GRÁF. 9, uma vez que uma boa parte dos respondentes não indicou impedimentos.
Comparando o percentual dos entrevistados que apontam dificuldades em relação
aos dados sobre habilidades (GRÁF. 5) ao dos respondentes que não se
consideram familiarizados com as ferramentas de acesso livre, ou seja, 40%, nota-
se uma aproximação entre os percentuais, indicando também a necessidade de
avanços.
50% 50%
Sim
Não
66
A análise das entrevistas semiestruturadas resultou em 06 categorias, apresentadas
a seguir:
QUADRO 2 : Categorias de análise das entrevistas
Categorias de análise Questão
1- Contribuição das ferramentas de acesso livre
na internet para a melhoria das aulas de Língua
Inglesa.
1- Você acha que o ensino mediado por
computador, em especial, o uso de ferramentas
de acesso livre na internet pode potencializar as
aulas de Língua Inglesa?
2- Formas de utilização das ferramentas de
acesso livre na internet nas aulas de Inglês.
2- Você utiliza alguma ferramenta de acesso livre
na internet em sala de aula? Descreva.
3- Sobre a resistência por parte de alguns
professores de Língua Inglesa em integrar o uso
de ferramentas de acesso livre na internet em
sala de aula.
3- Você acredita que há resistência por parte de
alguns professores de Língua Inglesa em
integrar o uso de ferramentas de acesso livre na
internet em suas práticas? Sim? Não? Justifique.
4- Gerenciamento do processo de ensino-
aprendizagem de Língua Inglesa mediado por
computador na Escola, segundo os professores.
4- Como está sendo gerenciado o processo de
ensino-aprendizagem de Língua Inglesa
mediado por computador em sua Escola?
Descreva.
5- Dificuldades de incorporação do uso de
ferramentas de acesso livre na internet na
prática pedagógica
5 - Quais as dificuldades que os professores de
Língua Inglesa vêm encontrando quando
buscam fazer a incorporação do uso de
ferramentas de acesso livre na internet em suas
práticas educativas?
6- Você tem dificuldades? Descreva.
6- Sugestões para sanar as dificuldades que os
professores de Língua Inglesa encontram
quando buscam fazer a incorporação do uso de
ferramentas de acesso livre na internet em suas
práticas educativas .
7- Que sugestões você apresentaria para sanar
as dificuldades dos professores de Língua
Inglesa em relação ao uso de ferramentas de
acesso livre na internet em suas práticas?
Fonte: Dados da pesquisa.
67
Categoria 1: Contribuição das ferramentas de acesso livre na internet para a
melhoria das aulas de Língua Inglesa
A categoria 1 apresenta as percepções dos entrevistados com relação à contribuição
das ferramentas de acesso livre na internet para a melhoria das aulas de Língua
Inglesa.
Conforme análise dos dados, a maioria dos entrevistados reconhece as
contribuições das ferramentas de acesso livre na internet para a melhoria das aulas
de Língua Inglesa, pelas seguintes razões: amplia o conhecimento do aluno (P-2),
desperta o interesse (P1 e P5), motiva (P3). .
Já os professores (P4 e P7) em seus dizeres, destacam:
- Sim, devemos acompanhar as novas tecnologias. (P4)
- Sim, já que estamos totalmente envolvidos nos avanços tecnológico, nada melhor que ajustarmos os nossos conhecimentos aos dos alunos. (P7)
Nos dois depoimentos acima, percebe-se a ênfase dada ao novo paradigma
tecnológico, que remete à necessidade da inclusão digital docente e discente, como
lembra Coscarelli (2005) e Dobow (2007).
Categoria 2- Formas de utilização de ferramentas de acesso livre nas aulas de
Inglês.
No que se refere à categoria 2, apresentam-se as formas de utilização de
ferramentas de acesso livre nas aulas de Inglês.
Dos 10 entrevistados, apenas 03 declararam fazer uso de ferramentas de acesso
livre na internet em suas práticas pedagógicas.
- Peço aos alunos para acessarem a internet do celular, para pesquisar o significado de palavras no dicionário on-line. (P2)
- Sim, música, jogos. (P3)
Sim, utilizo o Power point para produzir diálogos, textos,com imagem, sites de músicas. (P6)
68
Com base na análise dos dados, pode-se dizer que as ferramentas de acesso livre
na internet mais utilizadas pelos entrevistados são: dicionários on-line, sites de
música e jogos.
O uso do editor Power Point também foi citado pelo P6, não deixando de ser um
dado importante, mas, por tratar-se de uma ferramenta off-line, não foi considerada
nesta pesquisa.
Categoria 3 - Resistência por parte de alguns professores de Língua Inglesa
em integrar o uso de ferramentas de acesso livre na internet em sala de aula
A categoria 3 apresenta as percepções dos entrevistados com relação à resistência
por parte de alguns professores de Língua Inglesa em integrar o uso de ferramentas
de acesso livre na internet em sala de aula.
Conforme os depoimentos, a maioria dos entrevistados considera que há
resistência na integração de ferramentas de acesso livre na internet por várias
razões, o que revela ser um dado preocupante, uma vez que o professor necessita
adequar-se as novas propostas educacionais (DOBOW, 2007)
.
- Sim, por causa da dificuldade do planejamento constante requerido. (P9)
- Sim, pois muitos professores ainda não estão preparados para o uso da internet. (P3)
- Sim, por falta de capacitações e conhecimento sobre ferramentas de acesso livre. (P1)
- Sim, pois ás vezes não há o preparo necessário por parte dos professores e nem estrutura adequada nas escolas. (P8)
- Não, quando se refere ao avanço tecnológico, somos favoráveis. (P7).
Baladeli (2013, p.79) também relatou em seus estudos a resistência de um grupo
de colaboradores(professores de Inglês) em relação “ á reflexão e ao uso da
69
Internet como ferramenta pedagógica”, em uma pesquisa ação , envolvendo uma
capacitação para o uso da internet nas aulas de Inglês.
A mesma autora ressalta a importância do professor “compreender que a formação
continuada representa uma oportunidade para o seu engajamento intelectual e
desenvolvimento profissional”( BALADELI, 2013, p.84) .
Assim , percebe-se a necessidade do professor conhecer as potencialidades das
ferramentas digitais de forma a refletir sobre sua prática pedagógica.
Categoria 4- Gerenciamento do processo de ensino-aprendizagem de Língua
Inglesa mediado por computador na Escola, segundo os professores.
Por meio da categoria 4, objetivou-se compreender como vem sendo gerenciado o
processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa mediado por computador na
Escola.
Segundo os depoimentos dos entrevistados, alguns fatores favorecem e dificultam o
uso de ferramentas de acesso livre no ambiente escolar.
- A escola possui laboratório de informática, sala de multimeios, biblioteca, que pode ser usada com os computadores. (P1)
-Olha, a escola possui uma sala de informática, mas não está sendo utilizada no turno. (P5)
- Não há este processo em curso na escola. (P9)
- Levo meu notebook para a sala e faço apresentações de músicas tiradas do youtube e utilizo para enfatizar a pronúncia. (P6)
A Proposta Curricular de Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008) ressalta a
importância do uso das novas tecnologias para potencializar o ensino, caso as
escolas venham a ser equipadas com os recursos necessários:
[...] A ampliação do uso dos computadores nas escolas públicas da rede estadual de Minas Gerais, junto com as possibilidades de conexão em rede por meio da internet, abrem espaços de interação, colaboração e pesquisa on-line, de modo a criar novas oportunidades para o aprendizado de Língua Inglesa. (MINAS GERAIS, 2008,p. 15)
70
Atende-se também que o uso das novas tecnologias, em especial, a internet
empoderam os sujeitos, como afirma Dias (2012)
As tecnologias digitais, especialmente as ferramentas da web 2.0, empoderam o cidadão do século XXI para assumir uma voz globalmente conectada e ainda facilitam a comunicação e a colaboração entre pessoas do mundo inteiro por meio de múltiplas linguagens - a verbal, a imagética, a gestual, a sonora e a espacial, por exemplo. ( DIAS, 2012, p. 862)
Categoria 5 – Dificuldades na incorporação das ferramentas de acesso livre na
internet na prática pedagógica.
A categoria 5 reúne as questões relativas ás dificuldades que os entrevistados
percebem na incorporação das ferramentas de acesso livre na prática pedagógica
dos professores e a descrição das suas dificuldades.
Dentre os principais desafios mencionados pelos entrevistados para a integração do
uso de ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas pedagógicas,
destacam-se, em primeiro lugar, a necessidade de capacitação do corpo docente, ou
seja, a obtenção de maior familiaridade com o uso de ferramentas; em segundo,
infraestrutura inadequada para o trabalho, como descreve os depoimentos de
alguns dos entrevistados:
- Acesso insuficiente à rede. (P9)
- Falta de computadores, internet (boa qualidade). e disponibilidade mesmo dos professores em trabalhar com essas ferramentas. (P3) - Há internet na escola, mas como eu nunca utilizei, eu não tenho conhecimentos se há possibilidade do uso com os alunos. (P5)
Para Dobow (2007), as práticas pedagógicas não vêm acompanhando o
desenvolvimento das tecnologias do conhecimento, o que dificulta a inclusão do
corpo docente e discente.
71
Em relação ás dificuldades que os professores entrevistados têm para incorporar o
uso de ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas educativas, as falas
de alguns professores são
- Eu tenho, devido ao pouco uso do computador, eu precisaria de atualizar os meus conhecimentos nesta área. (P7)
- Sim, ás vezes, por falta de computadores disponíveis e sinais de internet. (P3).
- Sim, por falta de domínio de algumas ferramentas. (P1)
- Sim, não há sinal de internet em todas as salas. (P9)
De acordo com os depoimentos dos entrevistados, há indícios de alguns
impedimentos para o uso das TICs no ambiente escolar, como lembra Baladeli
(2013).
Categoria 6: Sugestões para sanar as dificuldades que os professores de
Língua Inglesa encontram quando buscam fazer a incorporação do uso de
ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas educativas .
A categoria 6 apresenta as sugestões dos entrevistados para sanar as dificuldades
que os professores de Língua Inglesa encontram, quando buscam fazer a
incorporação do uso de ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas
educativas.
Grande parte dos entrevistados apontou a necessidade de avanços quanto à
infraestrutura necessária para o ensino mediado por computador.
- Uma maior divulgação de oferecimentos de cursos de capacitação e participação de professores. (P1)
- Cursos, entrevistas, experiência e dedicação nesta área. (P7)
- Internet de banda larga de alta velocidade, aparelhos repetidores de sinal em toda a escola. (P9)
- Uma sala de informática com 40 computadores. (P5)
72
No que tange às capacitações em serviço, a análise de dados vem ao encontro da
pesquisa de Baladeli (2013) que também apontou para a emergência da criação de
espaços formativos para o uso da internet nas aulas de Inglês.
Com relação à infraestrutura adequada para o trabalho com as novas tecnologias,
em especial, a internet, Santos (2012) cita o Projeto UCA (Um computador por
aluno):
O projeto UCA, como indica sua nomenclatura, consiste em uma política federal, que pressupõe que cada aluno da educação básica disponha de seu próprio computador – no caso, um pequeno laptop- conectado à internet por meio de tecnologia wireless (sem fio) e, especialmente para o uso no ambiente escolar. (SANTOS, 2012, p.153)
Segundo o mesmo autor, o teste piloto do UCA no Brasil foi iniciado em 2007, “em
cinco escolas públicas, nos estados do Rio de janeiro, Rio Grande do Sul, São
Paulo, Tocantis e no Distrito Federal” (SANTOS, 2012, p.154), o que pode sinalizar
avanços para a inclusão digital de professores e alunos.
Com relação às políticas públicas de inclusão digital no ambiente escolar, Pretto
(2012) salienta que “a escola conectada com banda larga de qualidade é condição
básica para que possamos superar a perspectiva de consumo de informações”
(PRETTO, 2012, p.190), bem como um desafio para o ensino mediado por
computador.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na análise dos dados, pode-se concluir que, embora a pesquisa sinalize
indício de investimentos em políticas públicas de formação de professores e inclusão
digital, o uso das ferramentas de acesso livre na internet vem sendo pouco
explorado nas aulas de Inglês, pelas seguintes razões: falta de familiaridade com as
ferramentas e de capacitação do corpo docente e alguns impedimentos, envolvendo
infraestrutura necessária para o desenvolvimento de projetos com foco no ensino
mediado por computador e internet. Como sugestões apresentadas pelo corpo
73
docente destacam-se a necessidade de ampliação de ofertas de cursos, maior
número de computadores em sala com acesso à banda larga de qualidade.
Cabe ressaltar, também, o reconhecimento por parte de alguns professores das
potencialidades do uso de dispositivos móveis, como celular conectado à internet,
aplicado ao ensino, facilitando e otimizando o acesso a dicionários e jogos on-line; e
o uso de músicas, que pode contribuir para a motivação e interesse do aluno em
relação à busca e produção do conhecimento como forma de ampliar e aperfeiçoar o
idioma estudado, possibilitando também a interação com outras culturas,
ultrapassando os limites físicos da sala de aula, favorecendo a inclusão social e
digital dos alunos do Ensino Médio, contribuindo para a qualidade da educação e o
desenvolvimento local.
Como contribuição técnica, elaborou-se um guia com ferramentas de acesso livre na
internet para o ensino-aprendizagem do Inglês, com sugestões para o trabalho em
sala, um referencial para o corpo docente, como forma de potencializar as aulas e
tornar o ensino mais eficaz.
74
REFERÊNCIAS
AMORA, D. Professor, você está preparado para ser dono de um meio de
comunicação de massa? In: FREIRE, W. (Org.) Tecnologias e educação: As mídias
na prática docente. Rio de Janeiro: Wak editora, 2008.
,ARAÚJO, J. C; PEREIRA, R. S. Café e idiomas na Web: O live Mocha na
aprendizagem de línguas estrangeiras: In: RIBEIRO, Ana Elisa et al
(Orgs).Linguagem, tecnologia e educação. São Paulo: Petrópolis, 2010. p 273-289.
BALADELI, A. P. D.. Desafios na Formação continuada de Professores de Inglês para o uso pedagógico da internet. Jundiaí: Paco Editorial, 2013. 100 p.
BARDIN, L.. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.
BAUER, M. W.; GASKEL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2000
BÉRTOLI-DUTRA, P. ;PINTO, M. V. Música. In SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.46 -68.
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77
ARTIGO 3: GUIA DE FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET PARA
O ENSINO – APRENDIZAGEM DO INGLÊS
DIAS, Sandra Regina Silva17
QUARESMA, Adilene Gonçalves18
RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar o produto técnico derivado da dissertação “Usos de ferramentas de acesso livre na internet para o processo ensino-aprendizagem do Inglês, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una. Os resultados da pesquisa realizada apontaram como principais desafios para o uso da internet nas aulas de Inglês a pouca familiaridade com as tecnologias e participação de professores em cursos voltados para o ensino mediado por computador e alguns impedimentos, envolvendo a infraestrutura necessária para o trabalho com as TIC. O objetivo principal deste guia é propor ao corpo docente um referencial para que se possam desenvolver atividades em sala de aula, com foco no uso de ferramentas digitais, de forma a contribuir para uma exploração mais adequada e eficaz da internet nas aulas de Inglês, potencializando o ensino. A proposta deste guia é oferecer sugestões de atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula por professores que estejam atuando na educação básica, contribuindo para o aprimoramento das habilidades de leitura e escrita no ensino-aprendizagem do Inglês, melhorias na educação e desenvolvimento local.
Palavras-chave: Guia. Ferramentas de acesso livre. Inglês. Ensino.
ABSTRACT
The objective of this paper is to present the technical product derived from the dissertation "Uses of free access tools on the internet to the English teaching-learning process, developed at the Graduate Program in Social Management, Education and Local Development University Center Una. The results of the survey showed the main challengers in the use of internet in English classes, the lack of familiarity with the technologies and participation of teachers in courses aimed at teaching computer mediated and some impediments involving infrastructure necessary to work with the TIC.The main purpose of this guide is to propose the faculty a reference so you can develop activities in the classroom, focusing on the use of digital tools in order to contribute to a more appropriate and efficient operation of the Internet, in English classes, enhancing teaching. The purpose of this guide is to offer suggestions for activities that can be worked in the classroom by teachers who are working in basic education, contributing to the improvement of reading and writing skills in the teaching of English, improvements in education and local development.
Keywords: Guide. Livre.Inglês access tools. Education.
17
Mestranda em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento local e professora de Inglês da rede pública
estadual. 18
Doutora em Educação pela FaE/UFMG e professora no Programa de Pós-graduação em Gestão Social,
Educação e Desenvolvimento Local do Centro Universitário Una.
78
1 INTRODUÇÃO
Neste artigo, apresenta-se um guia de atividades com ferramentas de acesso livre
na internet para o ensino-aprendizagem do Inglês no Ensino Médio.
Trata-se de um produto técnico derivado da pesquisa realizada no Programa de
Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local do Centro
Universitário Una sobre “Usos de ferramentas de acesso livre na internet para o
processo-aprendizagem do Inglês”.
A pesquisa realizada teve como objeto de pesquisa investigar as dificuldades dos
professores do Ensino Médio com relação ao uso de ferramentas de acesso livre na
internet para o processo de ensino – aprendizagem do Inglês.
Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados questionários e entrevistas
semiestruturas direcionadas a dez professores de Inglês pertencentes a cinco
escolas da rede estadual de Minas Gerais, do Município de Santa Luzia, Minas
Gerais. Adotou-se a abordagem qualitativa e, para a interpretação dos dados, a
análise de Conteúdo de Bardin (2010).
A pesquisa apontou como principais desafios para o uso da internet nas aulas de
Inglês, a pouca familiaridade com as tecnologias digitais, a pequena participação de
professores em cursos voltados para o ensino mediado por computador e alguns
impedimentos. envolvendo infraestrutura necessária para o trabalho com as TIC.
A revisão da literatura e resultados da pesquisa serviram como base para a
elaboração do produto técnico.
O guia tem como propósito orientar o trabalho docente com relação ao uso de
ferramentas de acesso livre na internet para o ensino-aprendizagem do Inglês. O
artigo divide-se em introdução, discussão teórica e contextualização do produto
técnico, descrição detalhada do produto técnico e considerações finais.
79
1.1 Discussão teórica para apresentação e contextualização do produto
técnico
Segundo Coscarelli (2005) e Dobow (2006), é importante inserir o corpo docente e
discente dentro do contexto tecnológico atual, contribuindo para a melhoria da
educação e desenvolvimento local.
Dias (2012) defende o apoderamento das novas tecnologias, como forma de acesso
a informações, produção de conhecimento a partir das interaçoes realizadas no meio
virtual.
Na elaboração do guia de ferramentas, buscou-se embasamento na dissertação
“Usos de ferramentas de acesso livre para o processo de ensino-aprendizagem do
Inglês” e aporte teórico em Dowbor (2007), Coscarelli (2005), Filatro (2008), Dias
(2011; 2012), dentre outros
Assim, o professor necessita refletir sobre sua prática em sala de aula de forma a
mediar este processo, utilizando-se dos recursos da internet para aprimorar o
trabalho docente.(MINAS GERAIS, 2008); BALADELI, 2012).
Na elaboração do guia de ferramentas, buscou-se embasamento na dissertação
“Usos de ferramentas de acesso livre para o processo de ensino-aprendizagem do
Inglês” e aporte teórico em Dowbor (2007), Coscarelli (2005), Filatro (2008), Dias
(2011; 2012), dentre outros.
Os documentos legais e consultados para embasamento deste trabalho ancoram-se
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394/96
(BRASIL,1996), Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Inglesa
(BRASIL,1998), Parâmetros Curriculares do Ensino Médio ((BRASIL, 2000),
Orientações Curriculares do Ensino Médio (BRASIL, 2006), Proposta Curricular de
Língua Inglesa (MINAS GERAIS, 2008).
80
Com relação ao ensino da Língua Inglesa, privilegia-se o desenvolvimento de
habilidades comunicativas como ler, escrever, escutar e falar, “num trabalho
integrado entre formas linguísticas e funções comunicativas da linguagem” (MINAS
GERAIS, 2008, p.32), que são trabalhadas mediante estratégias pedagógicas e
atividades que podem tornar o processo de aprender mais eficiente.
Com relação ao ensino da Língua Inglesa, privilegia-se o desenvolvimento de
habilidades comunicativas como ler, escrever, escutar e falar, “num trabalho
integrado entre formas linguísticas e funções comunicativas da linguagem.”( MINAS
GERAIS, 2008, p.32), que são trabalhadas mediante estratégias pedagógicas e
atividades que podem tornar o processo de aprender mais eficiente.
O guia de ferramentas tem como propósito orientar o professor de Língua Inglesa
com relação ao planejamento de atividades com o apoio de ferramentas de acesso
livre na internet e, ao mesmo tempo, oportunizar ao aluno uma nova forma de
aprender, possibilitada pelo ambiente virtual.
Coscarelli (2005, p.40) destaca a contribuição do computador e internet no
ambiente escolar como “fonte de busca de informações e meio de comunicação”,
e salienta a importância dos docentes estarem preparados para essa nova
realidade, aproveitando as potencialidades dessas ferramentas.
Espera-se que este guia ofereça subsídios aos professores de Língua Inglesa para
que utilizem as ferramentas de acesso livre no ambiente escolar.
1.2 Detalhamento do produto técnico
Tendo em vista a necessidade de contribuir para a melhoria das aulas de Inglês,
apresenta-se o produto técnico derivado da dissertação: Guia de ferramentas de
acesso livre na internet para o ensino-aprendizagem do Inglês.
81
Trata-se de um guia com sugestões de atividades com foco no uso de ferramentas
de acesso livre na internet para o ensino do Inglês no Ensino Médio.
Segundo Filatro (2008, 48), as atividades de aprendizagem “envolvem um conjunto
de ações que os alunos realizarão para chegar aos objetivos propostos”, sob a
mediação dos professores e ferramentas digitais.
Filatro (2008) esclarece que o trabalho com as novas tecnologias e ferramentas da
internet requererem um planejamento por parte do professor, como selecionar as
ferramentas que melhor atendam as propostas de ensino e implementar os recursos
necessários para o desenvolvimento das atividades, para que os objetivos da
aprendizagem sejam atingidos.
Dentre as variadas ferramentas de acesso livre disponibilizadas na internet,
selecionaram-se algumas para o trabalho em sala de aula como Webquest,
Youtube, Podcasts, Mapas conceituais e Blogs, que podem ser utilizadas em apoio
ao ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, desenvolvimento de habilidades de
leitura e escrita, competência comunicativa, conforme orienta a Proposta Curricular
de língua Inglesa (MINAS GERAIS,2008).
2 FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET E ATIVIDADES
PEDAGÓGICAS
2.1 Webquest
A Webquest foi criada nos Estados Unidos pelos pesquisadores Bernie Dodge e
Tom March (DIAS, 2012).
Dias (2012) define a ferramenta WebQuests como “ambientes multimodais de
aprendizagem colaborativa que incentivam os participantes a interagirem no
processo de desenvolvimento de projetos on-line pelo uso da web e de seus
recursos” (DIAS, 2012, p. 866-867).
82
Santos (2012) também relatou uma experiência exploratória de aplicação de uma
Webquest em uma turma de 8º ano do ensino fundamental em uma escola
particular. Segundo a pesquisadora, o uso da ferramenta favorece o trabalho
colaborativo, cooperativo e a motivação dos alunos e apresenta desafios, como o
tempo de aula de 50 minutos para o desenvolvimento do trabalho, envolvendo o uso
de tecnologias.
2.1.1 Uso da Webquest
Atividade 1
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 - Tema: Pluralidade Cultural
Conteúdo: Inglês Britânico x Norte Americano
Ferramenta utilizada: Webquest
Link para acesso: http://zunal.com/webquest.php?w=7727519
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de compreensão escrita (leitura) e produção escrita.
Objetivos específicos:
19
Ferramenta criada pela pesquisadora durante o Curso de Especialização em Ensino de Línguas mediado por
computador, 2011, UFMG.
83
retirar informações dos sites visitados;
aprender a ler e interpretar informações;
identificar as diferenças entre o Inglês britânico e o americano;
produzir um quadro comparativo, contendo diferenças entre o Inglês britânico
e o americano.
Carga horária: 2 aulas de 50 minutos.
Metodologia
Primeira etapa:
Dividir a sala em grupos de 04 alunos para realização da pesquisa com a ferramenta
Webquest, obedecendo as orientações apresentadas no link de acesso:
http://zunal.com/webquest.php?w=77275.
Segunda etapa:
O grupos deverão apresentar em sala o quadro comparativo, contendo diferenças
entre o Inglês britânico e o americano a partir da pesquisa realizada.
Avaliação: Será avaliada pelo professor a qualidade do trabalho.
Atividade 2
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Criação de podcast
Conteúdo: Produção de podcasts para uma rádio on-line.
Ferramenta utilizada: Webquest e blog
84
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de compreensão escrita (leitura), produção oral
e de escuta.
Objetivos específicos:
• conhecer as características de uma webquest;
• aprender a produzir podcasts para uma radio on-line;
• desenvolver habilidades de escuta;
• desenvolver habilidades de produção oral.
Duração da aula: 3 horários de 50 minutos
Metodologia
Primeira etapa:
Dividir a sala em grupos de 04 alunos para realização da pesquisa com a ferramenta
Webquest, obedecendo às orientações apresentadas no link de acesso:
<http://www.vanessarodrigues.net/webquest/tarefas.html>.
Segunda etapa:
Cada grupo, após acessar a webquest para conhecer os passos para a criação dos
podcasts para uma rádio on-line, deverá produzir podcasts em Inglês com os
seguintes temas:
Grupo 1 - Numerais até 30
Grupo 2 - Dias da semana
85
Grupo 3 - Meses do ano
Grupo 4 - Estações do ano.
Como material de apoio, os grupos poderão utilizar o google, disponível em
<https://translate.google.com.br/>para treinar a pronúncia dos conteúdos solicitados.
C- Publicar os podcasts no Podomatic, disponível em <https://www.podomatic> e
posteriormente disponibilizá-los no blog http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/,
página Home-Arquivo de blog - 2013(2).
Avaliação: Será avaliada pelo professor a criação dos podcasts.
2.2 Youtube
Segundo Delega-Lúcio e Ferreira (2012), a criação do youtube, em 2005, tinha como
objetivo o compartilhamento de vídeos de várias pessoas do mundo. Segundo os
mesmos autores, o youtube foi comprado pelo Google em 2006 e continua sendo o
site mais acessado e utilizado para publicação de vídeos (DELEGA-LÚCIO;
FERREIRA, 2012).
Uma das vantagens do uso do youtube no ensino-aprendizagem é a publicação de
materiais autênticos e diversificados que podem ser utilizados pelo professor como
ferramenta pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento da competência
comunicativa do aluno (DELEGA- LÚCIO; FERREIRA, 2012; CBC, 2008).
Dutra e Pinto (2012) sugerem o trabalho com letras de músicas. Pinto (2012)
recomenda uso de filmes e séries. Sardinha (2012) o uso de jogos e videogames no
ensino de Línguas, que podem ser acessados via youtube.
2.2.1 Uso do youtube
86
Atividade 1
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Gênero digital: Música: “Someone like you ” (by Adele).
Conteúdo: Revisão: Imperativo e Simple Future (Futuro).
Ferramentas utilizadas: Vídeos do youtube:
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura, de escuta e produção escrita.
Objetivos específicos:
• Identificar o tema da música;
• conhecer as palavras chaves da música;
• treinar a pronúncia;
• rever o tempo verbal futuro (Simple Future) e Imperativo.
Carga horária: 2 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
87
Os alunos deverão assistir ao vídeo (2 vezes) “Someone like you” (by Adele), com a
letra em Inglês, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AbXnLn5-7MA e
responder às questões:
A - Qual o tema da música?
B - Retirar do refrão:
- Uma frase no imperativo
- Uma frase com o tempo verbal no futuro (Simple Future).
C - Ouvir a música “Someone like you” (by Adele) sem legendas, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=hLQl3WQQoQ0 e completar o refrão com as
palavras faltosas .
Refrão:
Never mind, I' ll __ someone ---- you
I wish nothing ___ the best for you too
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in l___, but sometimes it hurts instead"
Avaliação: Será avaliada pelo professor a atividade realizada
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Tema: Meio Ambiente
Conteúdo: Salve o Planeta.
Ferramentas utilizadas: Vídeo do youtube.
88
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura e produção escrita.
Objetivos específicos:
• identificar o tema do vídeo;
• inferir sobre o sentido do vídeo;
• produzir slogans em Inglês.
Carga horária: 2 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos.
Segunda etapa:
O grupo deverá acessar o vídeo: Salve o planeta, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=je2P3x12Vho> e responder às seguintes
questões:
A - O que vocês entenderam do vídeo?
B - Como vocês podem contribuir para a preservação do nosso Planeta?
C - Escreva um slogan em Inglês sobre o tema do Vídeo.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
89
2.3 Mapas conceituais
Dias (2011, p.900) conceitua mapa conceitual como a “ representação de um
conhecimento organizado, composto por conceitos ligados ao vincular palavras para
formar proposições”, que podem ser utilizados no ensino-aprendizagem de Língua
Inglesa.
Dias (2011) relatou uma experiência com foco no uso de mapas conceituais,
utilizando a ferramenta CMap Tool em uma turma de alunos de graduação
matriculados em um curso de Inglês instrumental ofertado pela Faculdade de Letras
da UFMG.
Segundo a autora, a ferramenta pode “aumentar o nível da compreensão escrita.”
(DIAS, 2011, p. 2, tradução nossa) em Inglês, uma vez que facilita o trabalho com
textos mais extensos, contribuindo para a organização e estruturação dos
conhecimentos de forma mais eficiente. A partir da pesquisa-ação, verificou-se uma
melhoria na produção dos mapas e, consequentemente, na compreensão dos textos
em Língua Inglesa.
2.3.1 – Uso do Mapa conceitual
Atividade 1
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do gênero mapa conceitual
Conteúdo: Dicas para economizar água
90
Ferramentas utilizadas: Vídeo do youtube e mapa conceitual on-line
Material de apoio: Mapas conceituais disponíveis em
www.cead.ufjf.br/media/biblioteca/mapas_conceituais.pdf.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver as habilidades de compreensão escrita (leitura) e produção escrita e
familiarizar-se com a ferramenta mapa conceitual.
Objetivos específicos:
retirar Informações do vídeo;
conhecer e produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base no vídeo:
Dicas legais: como economizar água.
.
Carga horária: 2 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a sala em grupos de 04 alunos para realização da tarefa e assistir ao vídeo:
Dicas Legais para economizar água, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=6nWSHo2Ld_0> e produzir um texto sobre o
tema: Economia de água.
Segunda etapa:
91
Cada grupo deverá produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base na
produção do texto realizada.
Acessar o tutorial para criação do mapa conceitual on-line, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=TeC0NTwHGhs> e o link de acesso para
produção do mapa < https://bubbl.us/>.
O coordenador do grupo ficará encarregado da apresentação do trabalho em sala.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do gênero mapa conceitual.
Conteúdo: Tema: Entretenimento – Informações turísticas.
Ferramentas utilizadas: Mapa conceitual on-line (Cacoo) e site.
Recursos necessários: Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver as habilidades de compreensão escrita (leitura).
Objetivos específicos:
• retirar Informações do site;
92
• produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base nas atrações turísticas da
cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Carga horária: 2 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a sala em 04 grupos para a realização da tarefa.
Segunda etapa:
A - Acessar o link: http://www.pantanaltours.com/rio_de_janeiro.html e ler o texto
informativo sobre a cidade do Rio de Janeiro em Inglês. Os componentes do grupo
deverão identificar as atrações turísticas disponibilizadas no texto (informativo
turístico) e produzir um mapa conceitual relativo ao assunto. Os alunos deverão
pesquisar imagens free no google e ilustrar o mapa conceitual.
B - O coordenador do grupo deverá acessar o tutorial para criação do mapa
conceitual disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=JTijAOJYrsk> e o link
https://cacoo.com, para criar uma conta e elaborar o mapa conceitual on-line. O
coordenador do grupo ficará encarregado da apresentação do trabalho em sala.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
2.4 Podcast
Os podcasts são áudios disponibilizados na internet, que são acessados com
variados propósitos como a busca de informações, notícias, entretenimento,
instruções, ensino de idiomas (SOUZA, 2012).
93
Uma das vantagens oferecida pelo uso da ferramenta, segundo Souza (2012, p.99),
é que “traz para a sala de aula a realidade e Língua tal como é usada por seus
falantes, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de compreensão oral,
Listening (SOUZA, 2012).
Souza (2012) ainda alerta para alguns cuidados com o uso do podcast no ensino
como a adequação à faixa etária dos alunos, a seleção dos conteúdos e tema, o
foco em materiais autênticos.
Campos (2008) apresentou resultados de uma experiência de uso de podcast,
áudios, com foco em materiais autênticos para o desenvolvimento de habilidades de
compreensão oral, em um curso de Língua Inglesa. Segundo o pesquisador, a
ferramenta mostrou contribuição para o aprimoramento do idioma dos alunos de
nível mais avançado.
2.4.1 Uso do podcast
Atividade 1:
Unidade 1: Uso do podcast
Conteúdo: Introdução dos Pronomes pessoais e verbo to be (Simple Presente).
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: Podcast - Link para acesso: <
sandrar.podOmatic.com/entry/2009-10-13T09_23_04-07_00.20> ou também
20
O podcast foi criado pela pesquisadora, durante o Curso de especialização na UFMG “Ensino de línguas Mediado por
computador” (2011).
94
disponível em http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de
blog- 2013(2) – Dicas de gramática.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de compreensão oral e de produção escrita através do
gênero digital podcast.
Objetivos específicos:
• buscar informações sobre os Pronomes Pessoais e o tempo verbal (to be -
Simple presente);
• treinar a pronúncia.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Acessar o podcast disponível em < http://sandrar.podOmatic.com/entry/2009-10-
13T09_23_04-07_00.> ou também disponível em
http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog - 2013(2)
– Dicas de gramática. Responder às questões:
1- Relacione os pronomes
1- They ( ) ele/ela – objetos e animais
2- We ( ) eles ou elas
3- She ( ) nós
95
4- It ( ) ela
2- Escreva em Inglês
A - Eu sou uma professora.
B - Eles estão na sala de aula.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do podcast
Ferramenta utilizada:
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de compreensão oral, escrita e de escuta.
Objetivos específicos:
• desenvolver habilidades de escuta (listening);
• identificar o assunto tratado no podcast;
• identificar palavras conhecidas;
• inferir sentido ao que está sendo ouvido.
96
Duração da aula: 2 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeiro passo:
A - Acessar o podcast: http://www.podcastsinenglish.com/listen/level1/amazon.mp3
para realizar as atividades propostas.
B - Os componentes do grupo deverão ouvir todo o áudio em Inglês (2 vezes) e
identificar 4 palavras em Inglês que são transparentes, ou seja, que são
semelhantes quanto à escrita em Português. Deverão também anotar 4 palavras
conhecidas pelo grupo com a sua respectiva tradução.
C - Cada grupo deverá comentar sobre o tema do podcast.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
2.5 Blog
Com o desenvolvimento da web 2.0, muitos usuários passam a contribuir para a
produção do conhecimento e a interagirem na rede. Gonçalves (2010, p.179) define
blog “como um recurso tecnológico disponibilizado pela internet que possibilita não
só o registro de textos escritos, mas também a inserção de imagem, som, vídeo e
links diversos, organizados, por uma cronologia invertida”.
O primeiro blog foi criado em 2005, passando a ser denominado webblog em 2007,
e vem sendo utilizado, em especial na área da educação, como recurso e estratégia
pedagógica (GOMES,2005).
Segundo Gonçalves (2010), o uso de blogs no ensino de Língua Inglesa pode
desenvolver as habilidades de leitura e escrita, interação e colaboração no meio
virtual.
97
Jara (2012) relatou uma experiência empírica, envolvendo alunos espanhóis de uma
escola na Bolívia, em fase inicial de proficiência em Inglês, alunos na faixa de 10 a
13 anos. O pesquisador/professor implementou um blog como recurso pedagógico
para o desenvolvimento da escrita, com foco no uso de adjetivos em Língua Inglesa.
Gonçalves (2009) relatou uma experiência envolvendo o uso do blog em uma turma
do curso de Letras em uma Universidade pública de Goiás.
Segundo o autor, o uso da ferramenta pode contribuir para a autonomia e
motivação dos alunos.
2.5.1 Uso do blog
Atividade 1
Unidade 1 – Uso do blog
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: Blog - http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, 21página
Home- Arquivo de blog- 2013(2) – Dicas de gramática.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura e escrita no meio eletrônico com o uso do blog. Blog criado pela pesquisadora durante o Curso de Especialização em Mídias na Educação na UFJF (2013).
98
Objetivos específicos:
desenvolver práticas discursivas por meio dos comentários do blog;
inferir sentido ao texto.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos. Os alunos deverão acessar o blog
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home- Arquivo de blog- 2013(2)
– Dicas de gramática. Comentar no blog sobre os quadrinhos “Hot Dog”.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade das discussões.
Atividade 2
Unidade 1 - Grau dos adjetivos em Inglês
Conteúdo - Comparativo de igualdade, Superioridade e Superlativo.
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: blog e vídeo do youtube
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
99
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura e escrita no meio eletrônico com o uso de blogs.
Objetivo específico:
• desenvolver práticas discursivas por meio dos comentários do blog;
• conhecer os graus dos adjetivos;
• rever alguns adjetivos.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos alunos. Os alunos deverão acessar o blog
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home- Arquivo de blog- 2013(2)
– Dicas de gramática> e assistir ao vídeo “Graus dos adjetivos”.
Segunda etapa:
Os alunos deverão responder às seguintes questões abaixo:
I - Match the column:
1- young ( ) baixo, curto
2- old ( ) jovem
3- tall ( ) velho
4- Short ( ) alto
Terceira etapa:
100
Os alunos deverão fazer comentários sobre o que entenderam do vídeo. Os
comentários deverão ser postados por dois alunos de cada grupo no blog.
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog - 2013.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
2 – Sugestões de links com ferramentas de acesso livre na internet
http://professorasandraregina.blogspot.com
http://leffa.pro.br/elo/repositorio/ingles.html
www.pixton. com
http://edu.glogster.com/
https://cacoo.com
http://www.elo.pro.br/cloud
http://www.webnode.com.br/
http:://www.voki.com/
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A integração das novas tecnologias no ensino ainda apresenta-se como um desafio
para as políticas públicas educacionais, em especial, quanto à infraestrutura
necessária e à capacitação de professores para o ensino mediado por computador,
conforme sinalizam os resultados da pesquisa realizada.
O professor tem um papel fundamental como mediador nesse processo, inserindo
os alunos no novo contexto tecnológico, mas, para que isso ocorra, necessita
conhecer as possibilidades pedagógicas das ferramentas de acesso livre na internet
para o processo ensino-aprendizagem do Inglês.
101
Espera-se, com a elaboração deste guia, que os docentes de Língua Inglesa
explorem de forma mais adequada e eficaz o uso da internet em suas práticas
pedagógicas e que o mesmo seja uma referência, um ponto de partida para o
aprimoramento do ensino-aprendizagem do Inglês na educação básica, contribuindo
para a qualidade da educação e o desenvolvimento local.
102
REFERÊNCIAS
BALADELI, A. P. D.. Desafios na Formação continuada de Professores de Inglês para o uso pedagógico da internet. Jundiaí: Paco Editorial, 2013. 100 p.
BARDIN, L.. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.
BÉRTOLI-DUTRA, P.;PINTO, M. V.. Música. In SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.46-68.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, disponível em< http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>, acesso em: 09 set. 2013.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 120 p.
BRASIL.. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf> Acesso em: 09 nov. 2013.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Língua Estrangeira e Língua Espanhola. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 2006. p. 87-165. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf.> Acesso em: 09 nov. 2013.
COSCARELLI, Carla Viana. Alfabetização e Letramento Digital. In: COSCARELLI, C. V; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs). Letramento Digital aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005
DELEGÁ-LÚCIO, P.; Denise; FERREIRA, Tema de. L. S. B.. O youtube no ensino. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.109–113.
DIAS, R.. Proposta Curricular de Língua Inglesa (CBC) para a Rede Pública de Minas Gerais. Belo Horizonte. Disponível em <http:// crv.educação.mg.gov.br>, Acesso em: 20 dez. 2013
DIAS, Reinildes. Concept Maps powered by computer software: a strategy for enhancing reading comprehension in English for Specific Purposes. Rev. bras. linguist. apl. Belo Horizonte, v. 11, n. 4, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982011000400006&lng=en&nrm=iso>. > Acesso em: 10 out. 2014.
DIAS, Reinildes. WebQuests: tecnologias, multiletramentos e a formação do professor de inglês para a era do ciberespaço. Rev. bras. linguist. apl. [online]. v.12, n.4, p. 861-882, 2012, Epub 06-Nov-2012. ISSN 1984-6398. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbla/v12n4/aop1212.pdf. Acesso em: 10 out. 2014.
103
DOWBOR, Ladislau. Educação e apropriação da realidade local. Estudos Avançados. [S.l.], v. 21, n. 60, p. 75-90, ago. 2007. ISSN 1806-9592. Disponível em: 40142007000200006&script=sci_arttext>. Acesso em: 24 ago. 2013.
FILATRO, Andrea. Designer Instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.
GOMES, M. J.. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. 2005. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf. Acesso em: 30 set. 2014.
GONÇALVES, M. R.. O uso de blogs nas aulas de Língua Inglesa. Revista EntreLetras - Revista do Curso de Mestrado em Ensino de Língua e Literatura da UFT – n. 1 – 2010/II , Disponível em
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GONÇALVES, Rejane Maria. Você já blogou hoje? Um estudo de caso sobre o uso
de blogs na aula de Língua Inglesa. 2009. 167 f. Dissertação (Mestrado)
Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Letras, 2009.
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/2444/1/Dissertacao%20-
%20part%201.pdf Acesso em: 30 mar. 2014.
JARA, Omar J. L.. Using a Blog to Guide Beginner Students to Use Adjectives Appropriately When Writing Descriptions in English. Profile, Bogotá, v. 14, n. 1, abr. 2012. Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-07902012000100013&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 out. 2014.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. 3. ed., São Paulo: Cortez, 2011.
MARCELO, Carlos. Las tecnologías para la innovación y la práctica docente. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 18, n. 52, mar., 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782013000100003&lng=pt&tlng=es Acesso em: 02 out. 2014
RIBEIRO, Ana Elisa. Novas tecnologias para ler e escrever – algumas idéias sobre
ambientes e ferramentas digitais na sala de aula. 1 ed., Belo Horizonte: RHJ, 2012.
136p.
SOUZA, Renata Candi de. Podcast na sala de aula. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas". 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012.
104
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização das novas tecnologias em todo o seu potencial ainda apresenta-se como
um desafio para as políticas públicas educacionais.
Muitos docentes ainda não se familiarizaram com as novas TICs, ou vem
deparando-se com dificuldades para a sua integração. Salienta-se a importância do
corpo docente e discente estarem inseridos dentro do contexto tecnológico atual .
A pesquisa realizada teve como objeto investigar as dificuldades dos professores
com relação ao uso das ferramentas de acesso livre na internet em suas práticas
pedagógicas, tendo em vista o desenvolvimento da contribuição técnica na área da
educação, com características de inovação social.
Por meio da revisão teórica, possibilitou-se conhecer as ferramentas de acesso livre
na internet que vem sendo utilizadas por pesquisadores em experiências
exploratórias envolvendo o ensino-aprendizagem do Inglês, na educação básica,
formação inicial e continuada de professores, bem como dificuldades na
incorporação de ferramentas digitais como forma de potencializar as aulas de
Línguas.
Os resultados da pesquisa realizada apontaram para a pouca exploração da internet
nas aulas de Inglês, pequena participação de professores em cursos voltados para o
ensino mediado por computador e impedimentos com relação à infraestrutura
adequada para o trabalho com as TIC, envolvendo banda larga de qualidade,
número suficiente de computadores em sala e familiaridade com as ferramentas
digitais.
Com base na análise dos dados, podem-se identificar as dificuldades encontradas
em serviço e sugestões para melhorias das aulas de Inglês.
Tendo em vista as dificuldades com relação ao uso das ferramentas de acesso livre
na internet nas aulas de Inglês, salienta-se a importância de avanços quanto às
105
capacitações com foco no ensino mediado por computador, acesso à banda larga de
qualidade e maior número de computadores em sala, contribuindo para a qualidade
da educação e desenvolvimento local.
A partir da pesquisa realizada, elaborou-se um guia de ferramentas para o processo
de ensino-aprendizagem do inglês, de acesso livre na internet, com sugestões de
atividades, direcionado ao corpo docente de forma a contribuir para o uso mais
adequado e eficaz da internet nas aulas de Inglês.
106
REFERÊNCIAS
ACUNSO, C. M; BOSCARIOL-BERTOLINO; SARDINHA, T. B.. Jogos e videogames. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas". 1.ed., São Paulo: Macmillian, 2012.
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aprendizagem de línguas estrangeiras: In: RIBEIRO, Ana Elisa et al
(Orgs).Linguagem, tecnologia e educação. São Paulo: Petrópolis, 2010. p 273-289.
BAIRRAL, M. A. (Org.). Tecnologias informáticas, sala de aula e aprendizagens matemáticas. Rio de Janeiro: Ed. da UFRRJ, 2010.
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BARDIN, L.. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.
BAUER, M. W.; GASKEL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2000
BÉRTOLI-DUTRA, P.; PINTO, M. V.. Música. In SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.46-68.
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CASTELL, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
107
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DELEGÁ-LÚCIO, Denise; FERREIRA, Tema de. L. S. B.. O youtube no ensino. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.109–113.
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GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Ed. Atlas,S. A., 2010.
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SILVA, A. S.. A Tecnologia como Nova Prática Pedagógica. Vila Velha, 50f. Monografia (Especialista em Supervisão Escolar). Pós-Graduação Lato Sensu, Escola Superior Aberta do Brasil. 2011.
SOUZA, Renata Candi de. Podcast na sala de aula. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas". 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012.
110
TABA ELETRÔNICA. Disponível em http://www.tabaeletronica.org/ Acesso em: 04 set. 2013.
TOSCHI, Mirza Seabra. Internet na educação: a escola como espaço híbrido. In GALAN, J. G.; SANTOS, G. L.. (Orgs). Informática e Telemática na educação. Brasília : Liber Livros, 2012. p.195-217.
TRIGUEIRO, Michelangelo Giotto Santoro. A prática tecnológica. Teoria & Pesquisa, v. 17, p. 85-96, 2008. Disponível em: http://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/137/102 Acesso em: 10 jan. 2014.
VALENTE, J. A.. O computador na sociedade do conhecimento/Valente. São Paulo: UNICAMP/NIED, 1999.
111
APÊNDICE A: Ilustrações da Webquest.
Figura 1- Tela de criação de webquest no google sites.
Fonte:<http:// sites.google.com/sites>. Acesso em: 09 nov 2014.
Figura 2 – Tela de abertura da ferramenta Webquest
Fonte: <http://zunal.com>.Acesso em 09 nov. 2014.
112
Figura 3 – Tela de Apresentação da Webquest – Inglês Britânico X Norte
Americano
Fonte:<http:zunal.com/webquest.php?w=77275. Acesso em 06 marc.2015>.
APÊNDICE B – Ilustrações do Youtube
Figura 4 – Tela de navegação do youtube
113
Fonte< https://www.youtube.com/> Acesso em 09 nov. 2014.
Figura 5 – Tela de apresentação da música “Someone like you”.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=AbXnLn5-7MA>. Acesso em 08 mar. 2015.
APÊNDICE C - Ilustrações dos podcasts
114
Figura 6 – Tela de dowload do podcast audacy.
Fonte:< http://audacity.sourceforge.net/> Acesso em 09 nov. 2014.
Figura 7 - Tela de criação e publicação do podcast podomatic
-
Fonte: < https://www.podomatic.com> Acesso em 09 nov. 2014.
Figura 8- Tela de apresentação do podcast “Personal pronouns”. > Acesso em 08 mar. 2015.
115
Fonte: < http://sandrar.podomatic.com/entry/2009-10-13T09_23_04-07_00> Acesso em 08 mar.
2015
116
APÊNDICE D – Ilustrações do Blog
Figura 9 – Tela de criação do Blogger
Fonte: http://www.blogger.com. Acesso em 09 nov. 2014.
Figura 10 – Tela de apresentação do Blog
Fonte:< http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home- Arquivo de blog- 2013(2) – Dicas
de gramática. Acesso em 08 mar. 2015.
117
APÊNDICE E - Ilustração do Mapa conceitual
Figura 11- Tela de criação do mapa conceitual no Bubbl.us
. Fonte: <http: // Bubbl.us>.. Acesso em 08 mar. 2015.
118
APÊNDICE F: Questionário para professores de Língua Inglesa
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO LOCAL
Projeto de Pesquisa
Usos de ferramentas de acesso livre na internet para o processo de ensino –
aprendizagem do Inglês.
Caro colega professor,
Este questionário integra uma pesquisa para fins de conclusão de meu curso de
Mestrado, que está sendo realizado no Centro Universitário UNA, em Belo
Horizonte, sob a orientação da professora Drª Adilene Gonçalves Quaresma. Você
não precisa identificar-se. Como contrapartida e em agradecimento à sua
inestimável colaboração, proponho-me a disponibilizar para você os resultados desta
pesquisa.
Agradeço desde já a colaboração.
Profª: Sandra Regina Silva Dias
I Identificação e situação funcional:
Nome: ___________________________ (Opcional)
Idade: ____________________________
119
Sexo: _____________________________
Cargo:_________________________(efetivo) (contratado)
Disciplina: _________________________
Experiência na Disciplina: ____________
Carga horária: _______________
Grau de Ensino: _____________
Turmas: _________________
II. Marque com um X a sua resposta em cada questão abaixo:
1. Formação acadêmica
( ) graduação
( ) especialização
( ) mestrado
( ) doutorado
( ) pós-doutorado
2- Possui alguma formação voltada para o ensino mediado pelo computador?
( ) ] Sim ( ) Não
3 - Marque suas experiências com o uso do computador e ferramentas de acesso
livre na internet .
( ) elabora apresentações no Power point.
( ) utiliza a ferramenta slideshare.
( ) utiliza a ferramenta Prezi.
( ) sabe criar um blog.
120
( ) utiliza um blog.
( ) utiliza o ambiente moodle.
( ) utiliza algum aplicativo do google.
( ) utiliza um site de hospedagem gratuita.
( ) produz vídeos utilizando o movie maker.
( ) produz vídeos e publica no youtube.
( ) utiliza vídeos da internet.
( ) sabe criar um podcast.
( ) utiliza podcasts em suas práticas.
( ) sabe criar mapas conceituais.
( ) sabe criar avatar.
( ) sabe criar estórias em quadrinhos on-line.
( ) Possui um email.
( ) utiliza o facebook.
( ) nenhuma.
( ) outras ____________________________
4 Há quanto tempo participou de capacitações em serviço voltadas para a
integração de ferramentas de acesso livre da internet em suas práticas?
( ) menos de 1 ano.
( ) 2 anos.
( ) 2 a 5 anos.
121
( ) 6 e mais anos.
( ) Nunca participei.
5- Como você classificaria as capacitações em serviço com foco no ensino mediado
pelo computador?
( ) Insuficiente
( ) Regular
( ) Bom
( ) Muito boa
( ) Excelente
6 - Já houve alguma oferta de cursos, oficinas, por iniciativa de sua escola, para
sanar as dificuldades dos professores em integrar as ferramentas pedagógicas
gratuitas da internet em suas práticas pedagógicas?
( ) Sim ( ) Não
7- Você apresenta resistência em incorporar ferramentas de acesso livre na internet
em suas práticas pedagógicas ?
( ) Sim ( ) Não
8- Você se considera totalmente apto a utilizar ferramentas de acesso livre na
internet em suas práticas em sala de aula?
( ) Sim ( ) Não
122
9 - Avalie a situação atual de sua escola quanto à conexão da internet, tendo em
vista a possibilidade de utilização das ferramentas gratuitas da internet no processo
de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa?
( )Insuficiente
( )Regular
( ) Bom
( ) Muito boa
( ) Excelente
( ) Inexistente
10- Avalie o espaço físico de sua escola atual, quanto à possibilidade do ensino–
aprendizagem de Língua Inglesa ser mediado por computador:
( ) Insuficiente
( ) Regular
( ) Bom
( ) Muito bom
( ) Excelente
( ) Inexistente
11- Avalie os recursos tecnológicos atuais de sua escola quanto à possibilidade do
ensino–aprendizagem de Língua Inglesa ser mediado por computador:
( ) Insuficiente
( ) Regular
123
( ) Bom
( ) Muito bom
( )Excelente
( ) Inexistente
12- Você tem dificuldade na utilização de ferramentas de acesso livre na internet
em suas práticas pedagógicas?
( ) Sim ( ) Não
124
APÊNDICE G : Roteiro de entrevistas
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL
Roteiro de entrevista semiestruturada para Professores de Língua Inglesa
1- Você acha que o ensino mediado por computador, em especial, o uso de
ferramentas de acesso livre na internet pode potencializar as aulas de
Língua Inglesa?
2- Você utiliza alguma ferramenta de acesso livre na internet em sala de aula?
Descreva:
3- Você acredita que há resistência por parte de alguns professores de Língua
Inglesa em integrar o uso de ferramentas de acesso livre na internet em suas
práticas? Sim? Não? Justifique.
4- Como está sendo gerenciado o processo de ensino-aprendizagem de Língua
Inglesa mediado por computador em sua Escola? Descreva.
5- Quais as dificuldades que os professores de Língua Inglesa vêm
encontrando quando buscam fazer a incorporação do uso de ferramentas de
acesso livre na internet em suas práticas educativas?
6- Você tem dificuldades? Descreva:.
125
7- Que sugestões você apresentaria para sanar as dificuldades dos professores
de Língua Inglesa em relação ao uso de ferramentas de acesso livre na
internet em suas práticas?
126
APÊNDICE H - Modelo do Guia de ferramentas de acesso livre na internet para
o ensino-aprendizagem do Inglês a ser impresso e disponibilizado
127
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 03
1.1. Discussão teórica e contextualização do produto técnico............................. 04
1.2. Detalhamento do produto técnico................................................................... 06
2 FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET E ATIVIDADES........... 06
3. LINKS COM FERRAMENTAS DE.................................................................... 29
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 29
5. REFERÊNCIAS................................................................................................ 30
1 INTRODUÇÃO
O guia de ferramentas de acesso livre na internet para o ensino-aprendizagem do
Inglês trata-se de um produto técnico derivado da pesquisa realizada no Programa
de Pós-graduação em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, do Centro
Universitário Una sobre “Usos de ferramentas de acesso livre na internet para o
processo de ensino- aprendizagem do Inglês”.
A pesquisa realizada teve como objeto de pesquisa investigar as dificuldades dos
professores do Ensino Médio com relação ao uso de ferramentas de acesso livre
para o processo-ensino-aprendizagem do Inglês
Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados questionários e entrevistas
semiestruturadas direcionadas a dez professores de Inglês pertencentes a cinco
escolas da rede estadual de Minas Gerais, do Município de Santa Luzia, Minas
Gerais. Adotou-se a abordagem qualitativa e, para a interpretação dos dados, a
análise de Conteúdo de Bardin (2010).
A pesquisa apontou como principais dificuldades para o uso da internet nas aulas de
Inglês a pouca familiaridade com as tecnologias digitais e a pequena participação de
professores em cursos voltados para o ensino mediado por computador e alguns
impedimentos, envolvendo a infraestrutura necessária para o trabalho com as TICs.
A revisão da literatura e resultados da pesquisa serviram como base para a
elaboração do produto técnico. O guia tem como propósito orientar o trabalho
docente com relação ao uso de ferramentas de acesso livre na internet para o
ensino-aprendizagem do Inglês.
Assim, o guia divide-se em introdução; discussão teórica e contextualização do
produto técnico; descrição detalhada do produto técnico; e considerações finais.
2 DISCUSSÃO TEÓRICA PARA APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO
PRODUTO TÉCNICO
Segundo Coscarelli (2005) e Dobow (2006), é importante inserir o corpo docente e
discente dentro do contexto tecnológico atual, contribuindo para a melhoria da
educação e desenvolvimento local.
Dias (2012) defende o apoderamento das novas tecnologias, como forma de acesso
a informações e produção de conhecimento a partir da interaçoes realizadas no
meio virtual.
Assim, o professor necessita de refletir sobre sua prática em sala de aula de forma a
mediar esse processo, utilizando-se dos recursos da internet para aprimorar o
trabalho docente (MINAS GERAIS, 2008 ; BALADELI, 2012).
Na elaboração no guia de ferramentas, buscou-se embasamento na dissertação
“Usos de ferramentas de acesso livre para o processo de ensino-aprendizagem do
Inglês” e aporte teórico em Dowbor (2007), Coscarelli (2005), Filatro (2008), Dias
(2011; 2012), dentre outros.
Os documentos legais e consultados para embasamento deste trabalho ancoram-se
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394/96
(BRASIL,1996), Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Inglesa
(BRASIL,1998), Parâmetros Curriculares do Ensino Médio ((BRASIL, 2000),
Com relação ao ensino da Língua Inglesa, privilegia-se o desenvolvimento de
habilidades comunicativas, como ler, escrever, escutar e falar, “num trabalho
integrado entre formas linguísticas e funções comunicativas da linguagem” (MINAS
GERAIS, 2008, p. 32), que são trabalhadas mediante estratégias pedagógicas e
atividades que podem tornar o processo de aprender mais eficiente.
Quanto à aprendizagem de Língua Inglesa no Ensino Médio, “[...] tende-se a explicar
a aprendizagem de Língua Inglesa como um fenômeno sociointeracional.” (BRASIL,
1998, p. 57), tendo como foco a interação social, uma vez que “aprender é uma
forma de estar no mundo com alguém” (BRASIL, 1998, p. 57).
O Guia de ferramentas tem como propósito orientar o professor de Língua Inglesa
com relação ao planejamento de atividades com o apoio de ferramentas de acesso
livre na internet e, ao mesmo tempo, oportunizar ao aluno uma nova forma de
aprender, possibilitada pelo ambiente virtual.
Coscarelli (2005, p.40) destaca a contribuição do computador e internet no
ambiente escolar como “fonte de busca de informações e meio de comunicação”,
e salienta a importância dos docentes estarem preparados para essa nova
realidade, aproveitando as potencialidades dessas ferramentas
Espera-se que este guia ofereça subsídios aos professores de Língua Inglesa para
que utilizem as ferramentas de acesso livre no ambiente escolar.
3 DETALHAMENTO DO PRODUTO TÉCNICO
Tendo em vista a necessidade de contribuir para a melhoria das aulas de Inglês,
apresenta-se o produto técnico derivado da dissertação: Guia de ferramentas de
acesso livre na internet para o ensino do Inglês.
Trata-se de um guia com sugestões de atividades com foco no uso de ferramentas
de acesso livre na internet para o ensino do Inglês no Ensino Médio.
Segundo Filatro (2008, p. 48), as atividades de aprendizagem “envolvem um
conjunto de ações que os alunos realizarão para chegar aos objetivos propostos”,
sob a mediação dos professores e ferramentas digitais.
Filatro (2008) esclarece que o trabalho com as novas tecnologias e ferramentas da
internet requererem um planejamento por parte do professor, como selecionar as
ferramentas que melhor atendam as propostas de ensino e implementação dos
recursos necessários para o desenvolvimento das atividades, para que os objetivos
da aprendizagem sejam atingidos.
Dentre as variadas ferramentas de acesso livre disponibilizadas na internet,
selecionaram-se algumas para o trabalho em sala de aula, como Webquest,
Youtube, Podcasts, Mapas conceituais e Blogs, que podem ser utilizadas em apoio
ao ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, desenvolvimento de habilidades de
leitura e escrita e competência comunicativa, conforme orienta o CBC (2008).
4 FERRAMENTAS DE ACESSO LIVRE NA INTERNET E ATIVIDADES
PEDAGÓGICAS
4.1 Webquest
Figura 1- Tela de criação de webquest no google sites
Fonte: <http:// sites.google.com/sites -Acesso em: 09 nov. 2014.
A Webquest foi criada nos Estados Unidos pelos pesquisadores Bernie Dodge e
Tom March (DIAS, 2012).
Dias (2012) define a ferramenta Webquest como “ambientes multimodais de
aprendizagem colaborativa que incentivam os participantes a interagir no processo
de desenvolvimento de projetos on-line pelo uso da web e de seus recursos” (DIAS,
2012, p. 866-867).
Santos (2012) também relatou uma experiência exploratória de aplicação de uma
Webquest em uma turma de 8º ano do ensino fundamental em uma escola
particular. Segundo a pesquisadora, o uso da ferramenta favorece o trabalho
colaborativo, cooperativo e a motivação dos alunos e apresenta desafios, como o
tempo de aula de 50 minutos para o desenvolvimento do trabalho, envolvendo o uso
de tecnologias.
4.1.1 Uso da Webquest
Atividade 1
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 - Tema: Pluralidade Cultural
Conteúdo: Inglês Britânico x Norte Americano
Ferramenta utilizada: Webquest
Link para acesso: http://zunal.com/webquest.php?w=7727522
Recursos necessários:
22
Ferramenta criada pela pesquisadora durante o Curso de Especialização em Ensino de Línguas
mediado por computador, 2011, UFMG.
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
desenvolver habilidades de compreensão escrita (leitura) e produção escrita.
Objetivos específicos:
retirar informações dos sites visitados;
aprender a ler e interpretar informações;
identificar as diferenças entre o Inglês britânico e o americano.
produzir um quadro comparativo, contendo diferenças entre o Inglês britânico
e o americano.
Duração da aula: 02 aulas de 50 minutos
Metodologia
Primeira etapa:
Dividir a sala em grupo de 04 alunos para a realização da pesquisa com a
ferramenta Webquest, obedecendo as orientações apresentadas no link de acesso:
http://zunal.com/webquest.php?w=77275.
Segunda etapa:
Os grupos deverão apresentar em sala o quadro comparativo, contendo diferenças
entre o Inglês britânico e o americano a partir da pesquisa realizada.
Avaliação: Será avaliada pelo professor a qualidade do trabalho.
Atividade 2
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Criação de podcast
Conteúdo: Produção de podcasts para uma rádio on- line.
Ferramenta utilizada: Webquest e blog
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver as habilidades de compreensão escrita (leitura), produção oral e
de escuta.
Objetivos específicos:
• Conhecer as características de uma webquest;
• aprender a produzir podcasts para uma rádio on-line;
• desenvolver habilidades de escuta;
• desenvolver habilidades de produção oral.
Duração da aula: 03 horários de 50 minutos
Metodologia
Primeira etapa:
a - Dividir a sala em grupo de 04 alunos para a realização da pesquisa com a
ferramenta Webquest, obedecendo as orientações apresentadas no link de acesso:
<http://www.vanessarodrigues.net/webquest/tarefas.html>.
Segunda etapa:
b - Cada grupo, após acessar a webquest, para conhecer os passos para a criação
dos podcasts para uma rádio on-line, deverá produzir podcasts em Inglês com os
seguintes temas:
Grupo 1- Numerais até 30.
Grupo 2- Dias da semana.
Grupo 3- Meses do ano.
Grupo 4- Estações do ano.
Como material de apoio, os grupos poderão utilizar o google, disponível em
https://translate.google.com.br/, para treinar a pronúncia dos conteúdos solicitados.
C- Publicar os podcasts no Podomatic, disponível em <https://www.podomatic> e,
posteriormente, disponibilizá-los no blog http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/,
página Home- Arquivo de blog- 2013(2).
Avaliação: Será avaliada pelo professor a criação dos podcasts.
4.2 Youtube
Figura 2: Tela de navegação do youtube
Fonte: https://www.youtube.com/ - Acesso em: 09 nov 2014.
Segundo Delega-Lúcio e Ferreira (2012), a criação do youtube, em 2005, tinha como
objetivo o compartilhamento de vídeos de várias pessoas do mundo.
Segundo os mesmos autores, o youtube foi comprado pelo Google, em 2006, e
continua sendo o site mais acessado e utilizado para a publicação de vídeos
(DELEGA- LÚCIO; FERREIRA, 2012).
Uma das vantagens do uso do youtube no ensino-aprendizagem é a publicação de
materiais autênticos e diversificados, que podem ser utilizados pelo professor como
ferramenta pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento da competência
comunicativa do aluno (DELEGA- LÚCIO; FERREIRA, 2012; CBC, 2008).
Dutra e Pinto (2012) sugerem o trabalho com letras de músicas; Pinto (2012)
recomenda uso de filmes e séries, Sardinha (2012), o uso de jogos e videogames no
ensino de línguas, que podem ser acessados via youtube.
4.2.1 Uso do youtube
Atividade 1
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Gênero digital: Música: “Someone like you ” (by Adele).
Conteúdo: Revisão: Imperativo e Simple Future (Futuro).
Ferramentas utilizadas: Vídeos do youtube:
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral:
Desenvolver as habilidades de leitura, de escuta e produção escrita.
Objetivos específicos:
• identificar o tema da música;
• conhecer as palavras chaves da música;
• treinar a pronúncia;
• rever o tempo verbal futuro (Simple Future) e Imperativo.
Carga horária: 02 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Os alunos deverão assistir ao vídeo (2 vezes) - Someone like you (by Adele), com a
letra em Inglês, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AbXnLn5-7MA e
responder às questões :
a - Qual o tema da música ?
b - Retirar do refrão:
- Uma frase no imperativo.
- Uma frase com o tempo verbal no futuro (Simple Future).
C- Ouvir a música “Someone like you” (by Adele) sem legendas, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=hLQl3WQQoQ0 e completar o refrão com as
palavras faltosas.
Refrão:
Never mind, I' ll __ someone ---- you
I wish nothing ___ the best for you too
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in l___, but sometimes it hurts instead"
Avaliação: Será avaliada pelo professor a atividade realizada.
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Tema: Meio Ambiente
Conteúdo: Salve o Planeta:
Ferramentas utilizadas: Vídeo do youtube:
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral:
Desenvolver habilidades de leitura, e produção escrita.
Objetivos específicos:
• identificar o tema do vídeo;
• inferir sobre o sentido do vídeo;
• produzir slogans em Inglês.
Carga horária: 02 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos.
Segunda etapa:
O grupo deverá acessar o vídeo: Salve o planeta, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=je2P3x12Vho> e responder às seguintes
questões:
a- O que vocês entenderam do vídeo?
b- Como vocês podem contribuir para a preservação do nosso Planeta?
c- Escreva um slogan em Inglês sobre o tema do vídeo.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
4.3 Mapas conceituais
Figura 3 - Tela de criação do mapa conceitual no Bubbl.us
Fonte: <https://bubbl.us/.>Acesso: 08 mar. 2015.
Os mapas conceituais “representam a estrutura de significados e relações em um
domínio do conhecimento” ( FILATRO, 2008, p.112) e facilitam a compreensão da
leitura (DIAS, 2011).
Dias (2011) relatou uma experiência com foco no uso de mapas conceituais,
utilizando a ferramenta CMap Tool, em uma turma de alunos de graduação
matriculados em um curso de Inglês instrumental ofertado pela Faculdade de Letras
da UFMG.
Segundo a autora, a ferramenta pode “aumentar o nível da compreensão escrita”
(DIAS, 2011, p.2, tradução nossa) em Inglês, uma vez que facilita o trabalho com
textos mais extensos, contribuindo para a organização e estruturação dos
conhecimentos de forma mais eficiente. A partir da pesquisa-ação, verificou-se uma
melhoria na produção dos mapas e, consequentemente, na compreensão dos textos
em Língua Inglesa.
4.3.1 Uso do Mapa conceitual
Atividade 1
Público Alvo: alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do gênero mapa conceitual
Conteúdo: Dicas para economizar água
Ferramentas utilizadas: Vídeo do youtube e mapa conceitual on-line.
Material de apoio: Mapas conceituais, disponível em
www.cead.ufjf.br/media/biblioteca/mapas_conceituais.pdf
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
desenvolver as habilidades de compreensão escrita (leitura) e produção escrita;
Objetivos específicos:
retirar Informações do vídeo
conhecer e produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base no vídeo:
Dicas legais : como economizar água.
.
Carga horária: 02 aulas de 50 minutos.
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a sala em grupo de 04 alunos para a realização da tarefa e assistir ao vídeo:
Dicas Legais para economizar água, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=6nWSHo2Ld_0> e produzir um texto sobre o
tema : Economia de água.
Segunda etapa:
Cada grupo deverá produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base na
produção do texto realizada.
Acessar o tutorial para criação do mapa conceitual on-line, disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=TeC0NTwHGhs> e o link de acesso para
produção do mapa < https://bubbl.us/>.
O coordenador do grupo ficará encarregado da apresentação do trabalho em sala.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do gênero mapa conceitual
Conteúdo: Tema: Entretenimento – Informações turísticas
Ferramentas utilizadas: Mapa conceitual on-line (Cacoo) e site.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
• desenvolver as habilidades de compreensão escrita (leitura) e produção de mapas
conceituais.
Objetivos específicos:
• retirar Informações do site;
• produzir um mapa conceitual on-line em Inglês com base nas atrações turísticas da
cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Carga horária: 02 aulas de 50 minutos.
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a sala em 04 grupos para a realização da tarefa.
Segunda etapa:
A - Acessar o link: http://www.pantanaltours.com/rio_de_janeiro.html e ler o texto
informativo sobre a cidade do Rio de Janeiro em Inglês. Os componentes do grupo
deverão identificar as atrações turísticas disponibilizadas no texto (informativo
turístico) e produzir um mapa conceitual relativo ao assunto. Os alunos deverão
pesquisar imagens free, no google, e ilustrar o mapa conceitual.
b- O coordenador do grupo deverá acessar o tutorial para criação do mapa
conceitual disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=JTijAOJYrsk> e o link
https://cacoo.com, para criar uma conta e elaborar o mapa conceitual on-line. O
coordenador do grupo ficará encarregado da apresentação do trabalho em sala.
Avaliação: A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
4.4Podcast
Figura 4 – Tela de dowload do podcast audacy.
Fonte: < http://audacity.sourceforge.net/> Acesso em 09 nov 2014
Os podcasts são áudios disponibilizados na internet, que são acessados com
variados propósitos, como busca de informações, notícias, entretenimento,
instruções, ensino de idiomas (SOUZA, 2012).
Uma das vantagens oferecida pelo uso da ferramenta, segundo Souza (2012, p. 99),
é que “traz para a sala de aula, a realidade da língua tal como é usada por seus
falantes, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de compreensão oral,
Listening” (SOUZA, 2012).
Souza (2012) ainda alerta para alguns cuidados com o uso do podcast no ensino,
como a adequação à faixa etária dos alunos, seleção dos conteúdos e tema, foco
em materiais autênticos.
Campos (2008) apresentou resultados de uma experiência de uso de podcast,
áudios, com foco em materiais autênticos para o desenvolvimento de habilidades de
compreensão oral, em um curso de Língua Inglesa. Segundo o pesquisador, a
ferramenta mostrou grande contribuição para o aprimoramento do idioma dos alunos
de nível mais avançado.
4.4.1 Uso do podcast
Atividade 1
Unidade 1: Uso do podcast
Conteúdo: Introdução dos Pronomes pessoais e verbo to be (Simple Presente).
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: Podcast - Link para acesso:<
sandrar.podOmatic.com/entry/2009-10-13T09_23_04-07_00.23> ou também
disponível em http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de
blog - 2013(2) – Dicas de gramática.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
23
O podcast foi criado pela pesquisadora, durante o Curso de especialização “Ensino de línguas Mediado por computador, 2011) na UFMG.
Desenvolver habilidades de compreensão oral e produção escrita através do gênero
digital podcast.
Objetivos específicos:
• buscar informações sobre os Pronomes Pessoais e o tempo verbal (to be -
Simple Presente);
• treinar a pronúncia.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Acessar o podcast disponível em < http://sandrar.podOmatic.com/entry/2009-10-
13T09_23_04-07_00.> ou também disponível em
http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog - 2013(2)
– Dicas de gramática e responder às questões:
1- Relacione os pronomes
5- They ( ) ele/ela – objetos e animais
6- We ( ) eles ou elas
7- She ( ) nós
8- It ( ) ela
2- Escreva em Inglês:
a- Eu sou uma professora.
b- Eles estão na sala de aula.
Avaliação:
A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
Atividade 2
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Unidade 1 – Uso do podcast
Ferramenta utilizada: Podcast
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de compreensão oral, escrita e de escuta.
Objetivos específicos:
• desenvolver habilidades de escuta (listening);
• identificar o assunto tratado no podcast;
• identificar palavras conhecidas;
• inferir sentido ao que está sendo ouvido.
Duração da aula: 02 aulas de 50 minutos
Metodologia:
Primeiro passo:
a - Acessar o podcast: http://www.podcastsinenglish.com/listen/level1/amazon.mp3,
para realizar as atividades propostas.
b- Os componentes do grupo deverão ouvir todo o áudio em Inglês (2 vezes) e
identificar 4 palavras em Inglês que são transparentes, ou seja, que são
semelhantes quanto à escrita em Português. Deverão também anotar 4 palavras
conhecidas pelo grupo com a sua respectiva tradução.
b - Cada grupo deverá comentar sobre o tema do podcast.
Avaliação:
A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
4.5 Blog
Figura 4 - Tela de apresentação do blog
.
Fonte:< http://temaeducacaonline.blogspot.com.br.> Acesso: 08 mar. 2015
Com o desenvolvimento da web.2.0, muitos usuários passam a contribuir para a
produção do conhecimento e a interagirem na rede. Assim Gonçalves (2010, p.179)
define blog “como um recurso tecnológico disponibilizado pela internet que
possibilita não só o registro de textos escritos, mas também a inserção de imagem,
som, vídeo e links diversos, organizados por uma cronologia invertida”.
O primeiro blog foi criado em 2005, passando a ser denominado webblog em 2007,
e vem sendo utilizado, em especial, na área da educação, como recurso e estratégia
pedagógica (GOMES, 2005).
Segundo Gonçalves (2010), o uso de blogs no ensino de Língua Inglesa pode
desenvolver as habilidades de leitura e escrita, interação e colaboração no meio
virtual.
Jara (2012) relatou uma experiência empírica, envolvendo alunos espanhóis de uma
escola na Bolívia, em fase inicial de proficiência em Inglês, alunos na faixa de 10 a
13 anos. O pesquisador/professor implementou um blog como recurso pedagógico
para o desenvolvimento da escrita, com foco no uso de adjetivos em Língua Inglesa.
Gonçalves (2009) relatou uma experiência envolvendo o uso do blog em uma turma
do curso de Letras em uma Universidade pública de Goiás. Segundo o autor, o uso
da ferramenta pode contribuir para a autonomia e motivação dos alunos.
4.5.1 Uso do blog
Atividade 1
Unidade 1 – Uso do blog
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: blog - http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/,24página
Home - Arquivo de blog - 2013(2) – Dicas de gramática.
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura e escrita no meio eletrônico com o uso do blog.
Objetivos específicos:
desenvolver práticas discursivas por meio dos comentários do blog;
inferir sentido ao texto.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos. Os alunos deverão acessar o blog
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog -
2013(2) – Dicas de gramática e comentar no blog sobre os quadrinhos “Hot Dog”.
Avaliação:
A avaliação terá como base a qualidade das discussões.
Atividade 2
Blog criado pela pesquisadora durante o Curso de Especialização em Mídias na Educação, 2013, UFJF.
Unidade 1 - Graus dos adjetivos em Inglês
Conteúdo - Comparativo de igualdade, Superioridade e Superlativo
Público Alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Disciplina: Língua Inglesa
Ferramenta utilizada: blog e vídeo do youtube
Recursos necessários:
Computador com acesso à internet ou celular.
Objetivo geral da aula:
Desenvolver habilidades de leitura e escrita no meio eletrônico com o uso de blogs.
Objetivos específicos:
• desenvolver práticas discursivas por meio dos comentários do blog;
• conhecer os graus dos adjetivos;
• rever alguns adjetivos.
Duração da aula: 50 minutos
Metodologia:
Primeira etapa:
Dividir a turma em 4 grupos alunos. Os alunos deverão acessar o blog
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog -
2013(2) – Dicas de gramática> e assistir ao vídeo “Graus dos adjetivos”.
Segunda etapa:
Os alunos deverão responder às seguintes questões abaixo:
I - Match the column:
5- Young ( ) baixo, curto
6- old ( ) jovem
7- tall ( ) velho
8- Short ( ) alto
Terceira etapa:
Os alunos deverão fazer comentários sobre o que entenderam do vídeo. Os
comentários deverão ser postados por dois alunos de cada grupo no blog
<http://temaeducacaonline.blogspot.com.br/, página Home - Arquivo de blog - 2013.
Avaliação:
A avaliação terá como base a qualidade do trabalho apresentado.
3 – Sugestões de links com ferramentas de acesso livre na internet
http://professorasandraregina.blogspot.com
http://leffa.pro.br/elo/repositorio/ingles.html
www.pixton.com
http://edu.glogster.com/
https://cacoo.com
http://www.elo.pro.br/cloud
http://www.webnode.com.br/
http:://www.voki.com/
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A integração das novas tecnologias no ensino ainda apresenta-se como um desafio
para as políticas públicas educacionais, em especial, quanto à infraestrutura
necessária e a capacitação de professores para o ensino mediado por computador,
conforme sinalizam os resultados da pesquisa realizada.
O professor tem um papel fundamental como mediador nesse processo, inserindo
os alunos no novo contexto tecnológico, mas, para que isso ocorra, necessita
conhecer as possibilidades pedagógicas das ferramentas de acesso livre na internet
para o processo ensino-aprendizagem do Inglês.
Espera-se, com a elaboração deste guia, que os docentes de Língua Inglesa
explorem de forma mais adequada e eficaz, o uso da internet, em suas práticas
pedagógicas, e que o mesmo seja uma referência, um ponto de partida para o
aprimoramento do ensino-aprendizagem do Inglês na educação básica, contribuindo
para a qualidade da educação e desenvolvimento local.
REFERÊNCIAS
BALADELI, A. P. D.. Desafios na Formação continuada de Professores de Inglês para o uso pedagógico da internet. Jundiaí: Paco Editorial, 2013. 100 p.
BARDIN, L.. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.
BÉRTOLI-DUTRA, P.;PINTO, M. V.. Música. In SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.46-68.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, disponível em< http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>, acesso em: 09 set. 2013.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 120 p.
BRASIL.. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf> Acesso em: 09 nov. 2013.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Língua Estrangeira e Língua Espanhola. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 2006. p. 87-165. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf.> Acesso em: 09 nov. 2013.
COSCARELLI, Carla Viana. Alfabetização e Letramento Digital. In: COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs). Letramento Digital aspectos sociais e possiblidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
DELEGÁ-LÚCIO, Denise; FERREIRA, Tema de. L. S. B.. O youtube no ensino. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas", 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012. p.109–113.
DIAS, R.. Proposta Curricular de Língua Inglesa (CBC) para a Rede Pública de Minas Gerais. Belo Horizonte. Disponível em <http:// crv.educação.mg.gov.br>, Acesso em: 20 dez. 2013
DIAS, Reinildes. Concept Maps powered by computer software: a strategy for enhancing reading comprehension in English for Specific Purposes. Rev. bras. linguist. apl. Belo Horizonte, v. 11, n. 4, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982011000400006&lng=en&nrm=iso>. > Acesso em: 10 out. 2014.
DIAS, Reinildes. WebQuests: tecnologias, multiletramentos e a formação do professor de inglês para a era do ciberespaço. Rev. bras. linguist. apl. [online]. v.12, n.4, p. 861-882, 2012, Epub 06-Nov-2012. ISSN 1984-6398. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbla/v12n4/aop1212.pdf. Acesso em: 10 out. 2014.
DOWBOR, Ladislau. Educação e apropriação da realidade local. Estudos Avançados. [S.l.], v. 21, n. 60, p. 75-90, ago. 2007. ISSN 1806-9592. Disponível em: 40142007000200006&script=sci_arttext>. Acesso em: 24 ago. 2013.
FILATRO, Andrea. Designer Instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.
GOMES, M.J. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. 2005. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf. Acesso em: 30 set. 2014.
GONÇALVES, M. R.. O uso de blogs nas aulas de Língua Inglesa. Revista EntreLetras - Revista do Curso de Mestrado em Ensino de Língua e Literatura da UFT – n. 1 – 2010/II , Disponível em
<www.uft.edu.br/pgletras/revista/capitulos/texto_9.pdf.> Acesso em: 01 mar. 2015.
GONÇALVES, Rejane Maria. Você já blogou hoje? Um estudo de caso sobre o uso
de blogs na aula de Língua Inglesa. 2009. 167 f. Dissertação (Mestrado)
Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Letras, 2009.
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/2444/1/Dissertacao%20-
%20part%201.pdf Acesso em: 30 mar. 2014.
JARA, Omar J. L.. Using a Blog to Guide Beginner Students to Use Adjectives Appropriately When Writing Descriptions in English. Profile, Bogotá, v. 14, n. 1, abr. 2012. Disponível em <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-07902012000100013&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 out. 2014.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. 3. ed., São Paulo: Cortez, 2011.
MARCELO, Carlos. Las tecnologías para la innovación y la práctica docente. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 18, n. 52, mar., 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782013000100003&lng=pt&tlng=es Acesso em: 02 out. 2014
RIBEIRO, Ana Elisa. Novas tecnologias para ler e escrever – algumas idéias sobre
ambientes e ferramentas digitais na sala de aula. 1 ed., Belo Horizonte: RHJ, 2012.
136p.
SOUZA, Renata Candi de. Podcast na sala de aula. In: SARDINHA et al. (Orgs) Tecnologias & Mídias no Ensino de Inglês: O Corpus nas "Receitas". 1. ed., São Paulo: Macmillian, 2012.
ANEXO A – Parecer do CEP