carlos neves - portfolio de arquitectura

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Page 1: Carlos Neves - portfolio de arquitectura
Page 2: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

PORTFÓLIO DE ARQUITECTURA

Dados

Morada

Contactos

Formação

Software

Experiência

Sobre

Carlos Filipe Pinho Neves11-11-89 Rua da Fronteira 8704505-687 Caldas de S. Jorge [email protected] Integrado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2007-2014)Programa ERASMUS na Universidade Técnica de Praga (2011-2012)Curso de Iniciação Pedagógica (pelo CNE) | Curso de Primeiros Socorros (pela ProfiForma)

Autocad; Archicad; 3DS Max (motor v-ray); Sketchup Pro (motor v-ray), Adobe Illustrator, Photoshop e Indesign; CorelDraw, Microsoft Office

(2014-presente) ERESERV - Urban Solutions: desenvolvimento de produtos e projetos relacionados com espaços e mobiliário urbanos, implantação e manutenção de infraestruturas. Contacto directo com regimes de concursos públicos e adjudicações, bem como os processos de planeamento, orçamentação, execução e instalação das soluções.(2015-presente) PATORRA: consultoria de projeto e assistência de produção de estruturas, revestimentos e equipamentos.Considero-me alguém fiel aos princípios, com capacidade de previsão de problemas, sem medo de arriscar, e através da arquitectura pretendo marcar a diferença com um percurso pautado pela sustentabilidade, no verdadeiro sentido do termo, integralmente trabalhada no projecto. Sou bastante pragmático nas abordagens criativas e adquiri uma vasta experiência em trabalho e liderança de grupos, pedagogia, resolução de conflitos e contribuição para uma ambiente de trabalho estimulante e motivado. Os meus principais interesses são a reabilitação, sistemas construtivos (flexibilidade, ecologia e high-tech-lowtech) habitação e softwares de projecto inteligentes.

Page 3: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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Residência de Investigadores Construção da Casa Burguesa do Porto Bloco de habitação colectiva

Centro do Conhecimento

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36“Intervir no Património Industrial”Cliff House

Modelação 3D / Montagem Fotografia

Page 4: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

A concepção de uma solução para o último lote sul da frente marítima da freguesia da Foz do Douro através de uma residência para investigadores e um centro de dia previu-se da maior dificuldade quer pela forma, quer pelo programa. Este projeto resulta numa diferenciação do ritmo de lotes na envolvente e de uma total integração no arranjo urbano feito em toda a envolvente do forte de S. João Baptista e do jardim do Passeio Alegre, unificados por uma linguagem homogénea. Houve uma forte exploração da forma do topo sul deste edifício, com referências obvias, de modo a não fazer um corte abruto da vista sobre o mar, marcar a entrada do edifício e permitir o acesso público e livre a uma interessante zona coberta. A residência localiza-se no piso 1 e superiores, onde os quartos de viram unicamente para o mar, e o centro de dia no piso 0 (marginal) debaixo da rampa que resolve as cotas entre as duas ruas e que facilita as acessibilidades.

RESIDÊNCIA DE INVESTIGADORESFoz do Douro 2009 > Projecto II FAUP > prof. Madalena Pinto da Silva, Manuel Montenegro

vistas geral da implantação

vistas geral em maquete

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Page 5: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

alçado sul

piso 0 piso 1 piso 2 piso 3

alçado da rua da Senhora da Luz

alçado da Marginal

secção A

AAA A

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vistas de maquete

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Page 7: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

desenhos de apresentação

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Page 8: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

CASA BURGUESA DO PORTOFoz do Douro 2009 > Construção I FAUP > prof. Nuno Valentim, António Neves

O exercício de estudar aprofundadamente um exemplar da tipologia portuense do séc XIX revelou-se extraordinariamente enriquecedora para a compreensão da construção na Arquitectura e decisivo na vontade de investigar o património e reconhecer a importância da preservação. O edifício em estudo é uma casa unifamiliar na rua Padre Luís Cabral, na Foz do Douro, com uma interessante implantação em gaveto com cotas díspares e com uma diversidade de soluções estruturais que serviram de mostra para a riqueza da arquitetura da habitação corrente do Porto no séc. XIX

alçado da rua Padre Luís Cabral

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Page 9: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

alçado do tardoz

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Page 10: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

pormenor secção a:1. ripa 2. telha de marselha 3. vara 4. rincão5.caleira 6. guarnição exterior 7. contra frechal 8. viga 9. tabuado 10. soleto de ardosia 11. barrote 12. argamassa de saibro 13. fasquio 14. estuque 15. rufo em chapa de zinco 16. calço 17. aro do caixilho 18. mata-juntas 19. travessa superior da folha fixa 20. alizare 21. travessa de peito

pormenor da secção secção da fachada

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Page 11: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

alçado, secção e planta de porta exterior com portada:

1. couceira 2. batente mata-juntas 3. almofada 4. couceira intermédia 5.travessa superior do caixilho da bandeira 6. travessa da bandeira 7. travessa superior do caixilho móvel 8. pinázio 9. vidro 10. travessa intermédia 11. travessa inferior

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secção da parede do sobrado

pormenor da piso sobre o vão das escadas

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alça

do d

a ru

a do

Par

aíso

da

Foz

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Page 14: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

BLOCO DE HABITAÇÃO COLECTIVAAldoar 2010 > Projecto III, Construção II e Teoria II FAUP > prof. Luís Viegas, António Madureira, Eliseu Gonçalves, Manuel Mendes

Esta proposta de habitação colectiva em acesso directo, muito mais direcionada para o sistema do que para a resolução da implantação em si, resultou do desenvolvimento prático e teórico da flexibilidade como ferramenta de projecto. A galeria pode desenvolver-se a partir de um ou mais acessos verticais, e permite que os fogos se articulam de forma totalmente modular. A composição da fachada homogeniza os conteúdos funcionais para que, independentemente do número de blocos, dimensões, disposição e escala, o diálogo da linguagem saia reforçado. A franca simplificação estrutural permite que todos os elementos técnicos sejam colocados pelo exterior também por forma a que a volumetria seja completamente regular, e para que a profundidade dos vãos, de dimensão única, criem uma composição marcante. A flexibilidade é também pensada na vida útil dos materiais e da esturura, já que os vários níveis são o mais independentes possíveis para que as intervenções possam decorrer da forma mais simples e económica possível.

maquete t3 - piso inferior

vistas da maquete do bloco

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Page 15: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

planta do bloco - piso 3

planta do bloco - piso 2

planta do bloco - piso 1

vistas da rua vistas geral da implantação

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Page 16: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Local

Estrutura

Espaço

Infraestruturas

loteamento tipologia de galeriahorizontal e verticalcontinuidade e adaptabilidade a

diferentes orientações e desníveis

separação funcional de habitação e serviços

paredes portantes perímetro do módulo

sequencial open space

espaços amplos e regulares livre disposição dos objectos (pelo habitante)

acessos percursos simples liberdade de usos no mesmo espaço

independência da modulação

Pele vão único opacidade tipológica e funcional

modular na composição

Módulot2t3t1t4

entre acessos - duas frentes>

>

mesma hierarquia compartimental topo da galeria - tres frentes

Expansão

Conversão

Multifuncionalidade

Diversidade

Polivalência

unidade da linguagem independentemente das dimensões

A galeria e a modulação dos fogos permitem a adaptação dos blocos de habitação aos diferentes arruamentos, a dispô-los paralela ou perpendicularmente à rua, adaptá-los a qualquer comprimento ou cércea, mantendo sempre a mesma lógica de funcionamento.

As paredes portantes no perimetro do módulo dão liberdade para que no interior deste possom decorrer modificações antes, durante e depois a contrução. As infra-estruturas organiza-se de forma a não forçar qualquer obrigatoriedade compartimental, e consequentemente, permite a reconversão, agregação ou subdivisão dos espaços em usos diversificados no que toca à função de habitação, ou mesmo na conversão desta.

O posicionamento dos acessos permite a colocação de funções diferentes ao longo da galeria, sepados com a mínima privacidade. Tal como na conversão, não prejudica o funcionamento geral pois os módulos são autónomos.

A exploração da inclusão do máximo de tipologias de habitaçãp correspondeu necessariamente à modulação estrutural. Os sistemas de acesso e as infraestruturas permitem uma modulação livre, onde o único elemento estrutural diferenciador são as caixas de escadas nos duplex. As quatro tipologias atendem à diversidade das necessidades e respondem com o maior rigor e economia possíveis.

Os espaços da habitação têm em comum um carácter sóbrio e liguagem depurada, pelo que não indicam usos específicos ou disposições dos objectos. Podem também servir diferentes usos, o que afasta em certa medida a necessidade de recorrer à conversão.

maquete t3 - piso superior

esquema - camadas construtivas e ferramentas de flexibilidade

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Legenda1 - capacete de zinco2 - chapa de zinco3 - isolamento térmico4 - tela asfáltica5 - regularização6 - platibanda de betão7 - substracto vegetal8 - manta geotêxtil9 - tela anti-raízes10 - laje de betão armado11 - caleira12 - placa de GRC13 - fixador de GRC14 - guarnição de GRC15 - ardósia16 - argamassa cerezitada17 - betão leve18 - soleira de GRC19 - reboco acrílico delgado20 - rodapé de ardósia21 - rufo de plástico22 - lajeta de granito

23 - sistema de recolha de água tipo "aquadrein"24 - caixa de areia25 - cubo de granito 5 cm26 - pendural27 - cantoneira metálica28 - tecto falso chapa metálica29 - reboco30 - manta geotêxtil31 - tela asfáltica32 - dreno33 - microbetão34 - betão de limpeza35 - tela betonítica

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CARLOS FILIPE PINHO NEVES

12 DE JULHO 2009

FAUP5/6TURMA B PROJECTO III

legenda secção c:1. capacete de zinco 2. chapa de zinco 3. isolamento térmico 4. tela asfáltica 5. regularização 6. platibanda de betão 7. substracto vegetal 8. manta geotêxtil 9. tela anti-raízes 10. laje de betão armado 11. caleira 12. placa de GRC 13. fixador de GRC 14. padieira de GRC 15. pavimento de ardósia 16. argamassa cerezitada 17. betão leve 18. soleira de GRC 19. reboco acrílico delgado 20. rodapé de ardósia 21. rufo de plástico 22. lajeta de granito 23. sistema de recolha de água “aquadrein” 24. caixa de areia 25. cubo de granito 40mm 26. pendural 27. cantoneira de alumínio 28. placa de gesso cartonado 29. reboco 30. manta geotêxtil 31. tela asfáltica 32. dreno 33. microbetão 34. betão de limpeza 35. tela bentonítica

secção a

secção c - detalhe construtivo

secção b

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Page 18: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

CARLOS FILIPE PINHO NEVES

TURMA C

3a fase centro do conhecimento

FAUP

PROJECTO IV

13 JUNHO 2011

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ALÇADO RIO 1/200

PLANTA IMPLANTAÇÃO 1/500

ESM

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CENTRO DO CONHECIMENTOCampo Alegre 2011 > Projecto IV FAUP > prof. Fancisco Vieira de Campos

alçado sul

vista superior - implantação

O Centro do Conhecimento é um elogio à topografia do Porto e aos seus muros. Eles organizam as cotas, os percursos e conduzem aos espaços. A manutenção das espécies arbóreas não invasoras organizou desde logo o programa e volumetrias, o núcleo de choupos altos determinou o espaço central e as restantes árvores um cuidado enquadramento na paisagem, com o qual o interior do edificio está em constante comunicação A grande rampa até ao pátio central organiza o terreno transversalmente, permite que o planalto seja usado corno espaço polivalente em anfiteatro natural, e eleva a importância histórica dos caminhos antigos da Pena e do Gólgota, a nascente do terreno. A implantação a meia cota, em que grande parte das coberturas são percorríveis, permite a permanência dos grandes muros junto à estrada, e uma grande interacção com todos os espaços do terreno, uma multiplicidade de percursos e acessos que se quer aproximar do promenade arquitectural presente na arquitectura do Arq. Álvaro Siza. O diálogo entre a linguagem pétrea e transparente pretende reforçar a ideia entre o edifício muro e o momento em que ele se solta, resultando num rasgo volumétrico que forma esse mesmo espaço central.

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Page 19: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

CARLOS FILIPE PINHO NEVES

TURMA C

3a fase centro do conhecimento

FAUP

13 JUNHO 2011

PROJECTO IV 4/5

arquivo

área de arquivo

área expositiva

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sala plana

backstage

descargas

estacionamento reservado

loja

maquinas

estacionamento

arrumoswc serviços

bengaleiro

recepçãogabinete

gabinete

gabinete

gabinete

planta estacionamento 1/200

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1/100

1/100 1/100

1/100

planta piso 1 1/200

CARLOS FILIPE PINHO NEVES

TURMA C

3a fase centro do conhecimento

FAUP

13 JUNHO 2011

PROJECTO IV 4/5

arquivo

área de arquivo

área expositiva

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sala plana

backstage

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estacionamento reservado

loja

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recepçãogabinete

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planta estacionamento 1/200

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planta piso 1 1/200

secção a

vista sudoeste

vista este

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vista nordeste

vista sudoeste

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secção b

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Page 20: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

planta - piso -1

planta - piso 0

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Page 21: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

3a fase centro do conhecimento

CARLOS FILIPE PINHO NEVES

13 JUNHO 2011

FAUPTURMA C PROJECTO IV

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Legenda porta interiora - parede de betãob - reboco e regularizaçãoc - guarnição lateral da portad - dobradiçae - folha móvel maciça c/ vidrof - folha móvel maciça s/ vidrog - puxadorh - guarnição superiori - soleiraj - betão leve

Secção - Detalhes Fachada1 - guarda metálica2 - betão absorvente3 - manta geotextil4 - extracto vegetal5 - caleira6 - chapa zinco7 - brise metálica8 - capa metálica9 - tela asfástica10 - pre-aro metálico11 - caixilho superior alumínio12 - laje de cobertura em betão armado13 - pilar (vista)14 - fixador de brises (vista)15 - bolo de argamassa16 - barrote de madeira17 - pavimento madeira18 - caixilho inferiror19 - poliestireno extrudido20 - regularização21 - pavimento granito polido22 - grelha de ventilação23 - guia granito24 - pavimento cubo granito 5x525 - caixa de recolha de águas26 - conduta ventilação inferior27 - betão leve28 - banco de areia29 - massame de betão30 - dreno31 - cascalho32 - manta betonítica33 - betão de limpeza34 - lajeta de granito35 - fixador de GRC36 - tabuleiro de fachada de GRC37 - parede de betão armado38 - placagem de GRC39 - pendural40 - blackout escuro motorizado41 - calha de aço galvanizado42 - gesso cartonado43 - suporte metálico

Plantas1 - caixilho lateral2 - parede de betão armado3 - fixador de GRC4 - tabuleiro de GRC5 - ombreira de madeira6 - regularização e reboco7 - pilar de betão armado8 - brise metálica9 - fixador brises10 - lâmina metálica 12mm11 - vidro duplo

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porta - planta 1/2

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pormenores construtivos - fundações fachada cobertura - perfil 1/10

vão - planta 1/10 pormenor de fachada - planta 1/10

porta - perfil 1/2

porta - planta 1/2

5/5secção - detalhe construtivo

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Page 22: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

CLIFF HOUSEHlubočepy, Praga 2012 > SPA.CZ Competition > patrocínio Molab Sudio

vista da lagoa

O Vale Prokopske é uma zona industrial desactivada no meio de uma área florestal, com uma pequena pedreira desactivada, um complexo fabril, e a linha ferroviária que a servia. O desafio era o de trazer uma mais -valia ao vale através da criação livre de uma pequena estrutura que complementasse a oferta turística crescente e o futuro empreendimento habitacional que irá substituir a fábrica. Esta proposta é um exercício de síntese comprometida com a tradição da Escola do Porto, onde o local e as vicissitudes da encomenda determinam integralmente o desenvolvimento do projecto. A vivência e estudo do local permitiu descobrir um espaço interessante, a falha na encosta da pedreira debruçada sobre o lago, por onde era retirada a pedra, e cujo abandono foi progressivamente devolvendo esta paisagem à natureza. A força deste espaço fez surgir com presteza o desenho de um volume simples que tira partido da multiplicidade de precursos, as diferença de cotas por entre paredes rochosas, e a vista deslumbrante em redor. A materialização foi feita com recurso às travessas dos caminhos de ferroque se encontravam obsoletas, empilhadas às centenas junto à linha que por ali passa, e que permitem uma expressividade tectónica com um carácter único. O reaproveitamento deste recurso natural e de elevada qualidade materializa uma proposta que dá pistas sobre a história daquele vale industrial, onde a Natureza voltou a dominar o que o Homem modificou, tornando-se uma síntese de sustentabilidade numa arquitetura para todos.

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Page 23: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

vista sul vista este

vista norte

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Page 24: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

maquete

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Page 25: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

vista interior

vista interior

entrada oeste

vista superior

vista do vão

vista interior

pormenor encaixe da madeira

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Page 26: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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percursos exist. estrada urbanização 1 5

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percursos exist. estrada urbanização 1 5

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percursos exist. estrada urbanização

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percursos exist. estrada urbanização secção a

secção csecção b

planta nível +1 planta nível +3 planta nível +91 4m

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Page 27: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

platforma

abrigo

terraço

fixação através de varão roscado quetrava várias travessas

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travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte

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acessibilidades

trilhosexistente:

estradaautocarrocomboio

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detalhemontagem

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remover árvoresescavar 50 cm

primeiro o edifíciodepois a plataforma

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implantação unidades de madeira

cons

truç

ãoen

quad

ram

ento

que material?a forma espaço que conforto?

travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque

extremamente resistentematerial local: poupança de recursos

resistentenatural

económicalocal

confortávelecológica

espaço comumtoda a gente se vê

simples sólidapermanente

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madeira

local pedreira desactivada - fenda na ravina

estratégia tranquilo vista privilegiada acessível

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hipó

tese

furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas

platforma

abrigo

terraço

fixação através de varão roscado quetrava várias travessas

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travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte

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acessibilidades

trilhosexistente:

estradaautocarrocomboio

ciclovia

Envolvente

manutenção zero

um castelo passeio refúgio esconderijo

detalhemontagem

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remover árvoresescavar 50 cm

primeiro o edifíciodepois a plataforma

rasgo de 25cmnas laterais

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que material?a forma espaço que conforto?

travessas da ferrovia junto a linha de comboio no parque

extremamente resistentematerial local: poupança de recursos

resistentenatural

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espaço comumtoda a gente se vê

simples sólidapermanente

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local pedreira desactivada - fenda na ravina

estratégia tranquilo vista privilegiada acessível

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furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas

platforma

abrigo

terraço

fixação através de varão roscado quetrava várias travessas

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travessas rectas para seccionaraplicar proteção nas faces após corte

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acessibilidades

trilhosexistente:

estradaautocarrocomboio

ciclovia

Envolvente

manutenção zero

um castelo passeio refúgio esconderijo

detalhemontagem

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remover árvoresescavar 50 cm

primeiro o edifíciodepois a plataforma

rasgo de 25cmnas laterais

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extremamente resistentematerial local: poupança de recursos

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trilhosexistente:

estradaautocarrocomboio

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furo de 2cm segundo esquema para modelação dos encaixes e fixação independentemente da posição das travessas

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“INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIALO caso da Guimarães 2012”, 2013-14 > Dissertação de Mestrado 2014 FAUP > orientação prof. Eliseu Gonçalves

Preambulo da prova:

“Esta dissertação surge da vontade de aprofundar um tema ligado à sustentabilidade na arquitetura, tendo a firme crença de que é contraproducente, e em última análise inútil, enveredar por práticas dentro da disciplina sem estar completamente inerente a todas elas o facto de o grande desafio deste século ser precisamente o da preservação ambiental. A partir da Revolução Industrial mudaram radicalmente as formas de construir, dois séculos e meio foram suficientes para transformar radicalmente os estilos de vida e um impacto da presença humana no planeta tal, que devia estar no primeiro plano de discussão de todas as áreas, mudar a nossa forma de agir, e nomeadamente a nossa forma de construir. Prevê-se que em poucas décadas 75% da população mundial viva em cidades. Este crescimento acelerado das áreas urbanas está à mercê de ritmos e fatores externos que aceleram a renovação das estruturas e a expansão da área construída, regradas pela especulação, o que tem significado uma desestruturação e destruição generalizada do território, dos recursos, e da sua identidade. A cidade como manifestação construída de uma civilização tem na sua construção um denominador torpe do surgimento do problema em mãos, e não podem de forma alguma ficar alheias ao facto de ter que garantir, em primeiro lugar, a própria sustentabilidade. A hierarquia das necessidades humanas, descritas por Abraham Maslow em 1943, facilmente se transporta para o sentido de prioridade que tem que haver na própria arquitetura, isto se o objetivo for o da posteridade. De nada servirá exaltar a riqueza das cidades, das grandes obras “de arquitetura da humanidade e dos grandes mestres, se só os transportarmos no futuro para um número limitado de gerações. A sustentabilidade da sua construção corresponderá necessariamente à base dessa pirâmide. Por outro lado, a desindustrialização ocidental levou a que muitos dos edifícios ficassem devolutos e mais uma vez, se criasse um fenómeno de desaproveitamento agravado. A preservação de muitas delas pode ser vista segundo uma política dos 3 R’s aplicada ao urbanismo, neste caso a reutilização para a qual a arquitetura tem a responsabilidade de conjugar esforços, lançar o debate e apresentar soluções que recuperem a sua importância patrimonial. Assim sendo, e querendo dissipar algum eventual pessimismo aparente neste discurso, vejo a intervenção em edifícios e estruturas industriais como uma oportunidade tão pragmática como simbólica do nosso tempo para reorganizar as prioridades do desenvolvimento urbano e da preservação dos valores culturais, se quisermos uma arquitetura como ferramenta transformadora e de verdadeira responsabilidade social.”

INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

Img.17 Implantações dos casos de estudo

Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

0 100m50

INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

Img.17 Implantações dos casos de estudo

Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

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Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

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Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

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Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

Img.17 Implantações dos casos de estudo

Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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INTERVIR NO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL: UM ESTUDO DO CASO GUIMARÃES 2012

Img.17 Implantações dos casos de estudo

Fábrica Asa Intituto do Design

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada

Casa da Memória Laboratório de Paisagem

Fábrica Asa CAAA

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Fábrica ASA Casa da Memória

Centro A. de Formação Pós-Graduada C.A.A.A. C. Ciência Viva

Instituto do Design Laboratório de Paisagem

implantações na mesma escala das sete fábricas

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Page 29: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Esta prova de dissertação compreende o estudo dos processos e práticas associadas à intervenção em edifícios industriais devolutos, ameaçados ou em ruína, com interesse patrimonial, apoiado no caso das sete intervenções levadas a cabo em Guimarães no contexto da Capital Europeia da Cultura em 2012. Num primeiro momento é feita uma abordagem à industrialização da própria cidade, tendo em conta a sua inserção no Vale do Ave, e as transformações territoriais e da arquitetura ligada à indústria. Na sequência disso, os aspetos da desindustrialização ocidental e da região em foco são fundamentais para perceber os movimentos de valorização dos testemunhos da história da indústria e a necessidade os preservar, compreendendo os problemas inerentes à sua intervenção. Recorre-se à análise de três exemplos internacionais de movimentos culturais em cidades nas quais a indústria teve uma importância fundamental e também atravessaram complicados processos de desindustrialização. Na segunda parte introduz-se o contexto da Capital Europeia da Cultura como momento de viragem importante na renovação do tecido urbano e industrial da cidade, e a relação com as sete intervenções em causa. A história das produções e o processo de reconversão dão o mote para a análise detalhada dos projetos e o estudo das consequências das mesmas na arquitetura industrial e na relação urbana.

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Page 30: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Fábrica ASA - antes e depois

Ricardo Rodrigues, Centro Ciência Viva - antes e depois

N.A.A.A. Arquitectos, C.A.A.A. - antes e depois

José Manuel Soares / Fase, Instituto do Design - antes e depois

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Page 31: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Miguel Guedes, Casa da Memória - antes e depois

Pitágoras Arquitectos, Casa da Memória - antes e depois

Cannatà e Fernandes, Laboratório de Paisagem - antes e depois

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Page 32: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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Contexto urbano

Usuários

Conteúdo

Estratégia de intervenção

Diagrama de associações

Relação de Apreensão

Logica de adaptabilidade

Impacto ambiental

Difuso

Privado

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Reocupação

Fechado

Diversidade

Conteúdos

Consolidado

CAAAFábrica Asa

CAAAFábrica Asa

Lab. PaisagemFábrica AsaC. Ciência Viva

Fábrica AsaCentro Avançado

Fábrica AsaCasa da Memória

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Lab. PaisagemFábrica Asa

Instituto DesignCentro Avançado

Instituto DesignCentro Avançado

Instituto DesignCentro Avançado

Instituto DesignCasa da MemóriaC. Ciência Viva

Instituto DesignCasa da MemóriaC. Ciência VivaLab. Paisagem

Instituto DesignCentro AvançadoLab. Paisagem

Casa da MemóriaLab. PaisagemC. Ciência Viva

Casa da MemóriaLab. PaisagemC. Ciência Viva

Casa da MemóriaLab. Paisagem

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Casa daMemóriaC. Ciência Viva

C. Ciência VivaInstituto DesignCentro AvançadoCasa da MemóriaCAAA

Institucional

Conhecimento

Fusão

Atravessamento

Transformação

Estrutural

Público

Identidade

Renovação

Transparência

Abrabgência

Formal

diagrama de associações para análise dos casos de estudo

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Page 33: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Muitos dos testemunhos industriais representam importantes avanços históricos e sublimes exemplos das tipologias, estruturas, materiais, e implantação urbana a cada tempo. O interesse em preservá-los terá que ver com os valores em si contidos, o que significa transportá-los para o presente e como os integrar na cidade de hoje. Na perspetiva pós-moderna da relação da arquitetura com o passado, a memória, o contexto presente, o entendimento da reutilização industrial tem-se mostrado cada vez mais um campo aberto de experiências, necessário para o diálogo entre novo e velho, a consequente aceitação da sua mútua importância, a diversidade e uso dos espaços, e a leitura contínua das evoluções a que estes estão sujeitos, para perceber como a sua arquitetura, nunca definitiva, lhes pode responder. A musealização dos espaços industriais tem sido um recurso valioso nos exemplares mais excecionais, mas não se mostra suficiente para responder a todas as necessidades. A reintrodução da função original e génese do espaço, a própria produção industrial, não parece ser uma solução, até porque foi a primeira causa do abandono. Os novos e contrastantes usos que vão, com relativa facilidade, dando resposta aos espaços, são pontos de rotura necessários ao diálogo cada vez mais alargado sobre o futuro do património industrial, mas derivado dessa condescendência, mostram-se igualmente dúbios, e até perigosos. Na perspetiva prática, as vantagens do edifício industrial têm evidenciado o sentido de oportunidade pela economia inerente a estes espaços. Têm recorrentemente a capacidade para acolher mudanças que outras tipologias não terão, quer pela sua escala, feito para ser rentável e adaptável, quer pelo maior sentido de reprodutibilidade material e formal. O problema fundamental de intervir, e nomeadamente quando se reconverte um espaço industrial, será o de garantir o equilíbrio no diálogo entre o espaço de carácter patrimonial e os novos elementos. A reutilização para fins culturais foi o primeiro movimento na reconversão destes espaços e tem sido a mais mediática e recorrente, compreensível pelo reconhecimento e maior sensibilização do valor da indústria. É propícia a uma intervenção focada na relação do espaço com o meio urbano e sociológico, e tem funcionado como primeiro catalisador da regeneração urbana. Mas naturalmente as cidades não têm capacidade de destinar tantos espaços a esse fim, e outros usos mais ordinários têm surgido, como o comércio, serviços, a habitação. Esta última é absolutamente central na consolidação do espaço urbano. O grau de reversibilidade da intervenção, tal como em outros tipos de património arquitetónico, mostra-se como ferramenta imprescindível em contextos urbanos e espaços nos quais esta é mais delicada ou urgente, quer pela especificidade, quer pela quantidade. Os arquitetos terão uma responsabilidade e instrumentos diferentes do passado. Tornou-se também claro que é preciso haver critério no que preservar, e como preservar, quer no próprio espaço industrial, quer nos seus conjuntos edificados. “Uma cidade que se constrói é, ao mesmo tempo, uma cidade que se destrói (...) que essa destruição não seja senão uma readaptação inteligente às novas exigências” (GOITIA, Fernando Chueca,1992, p.189) em que a indústria tem agora um papel diferente na renovação urbana, e mantém as suas marcas integrada no espaço e tempo urbanos, ou vai desaparecendo, qual destruição criadora aplicada ao urbanismo. Mas em Guimarães e no Ave não se fala de património arquitetónico da mesma maneira que histórico, simbólico e sentimental. Não existe uma importância considerável nas arquiteturas anónimas da indústria, mas sim em todo um movimento, uma poeira industrial feita de acumulação, da economia dos materiais e formas austeras, que de maneira singular foi criando e transformando o espaço urbano. Nos próprios conjuntos recuperados não havia uma excecional qualidade, para além da morfologia urbana e técnicas construtivas tradicionais das fábricas de Couros, nenhum dos casos apresentava características espacialmente singulares, tipologias únicas, avanços construtivos e de engenharia, composição ou valores estéticos superiores, quanto mais alguma aproximação aos movimentos do início do séc. XX. Assumem o valor patrimonial através do seu papel perante a história da cidade, onde a comunidade revê os lugares das atividades produtivas tradicionais, do quotidiano e do coletivo, não pelos espaços singulares em si, mas como representativos de toda a glória industrial de uma região. É precisamente esse sentido que os torna importantes para uma consolidação e transformação urbana fundada na comunidade, mas não houve até há poucas décadas nenhum plano ordenador do território, ou neste caso para a indústria.O crescimento urbano e capacidade de renovação não se mostraram direcionados, nem havia tal consciência até há poucos anos, para absorver naturalmente estes espaços num tecido nem sempre consolidado. As ferramentas de preservação e regeneração que têm sido aplicadas ao centro histórico nas últimas décadas têm reinterpretadas para os núcleos industriais, e essa dificuldade têm-se refletido no estado em que se encontram os vestígios da indústria. Contudo, esse espírito de valorização, com resultados comprovados tem-se vindo a alastrar às restantes partes da cidade. Este caso evidenciou que acontecimentos importantes e excecionais como a CEC são alavancas importantes para o movimento de recuperação e a consciencialização acerca da situação do património, mas não podem ser um simples ponto de partida, já que esse terá de ser um aspeto natural e inerente ao ato de a construir e transformar a cidade. Os espaços industriais renovados podem constituir exemplos icónicos e comprovados da vantagem económica, ecológica e social da regeneração urbana, enquanto favorece o enraizamento da identidade e se torna espaço para o encontro social com os seus valores e história. Trata-se de perceber como é que a arquitetura pode responder, com a mesma energia do Movimento Moderno, aos desafios do seu tempo, e garantir cada vez mais a qualidade de vida para toda a sociedade sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

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Page 34: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

MODELAÇÃO 3D / MONTAGEM

Museu do Pescador - TGOE 2008

E-Learning Café - CAAD 2010

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Page 35: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

Renovação Urbana Smíchov - Projeto V 2012

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Page 36: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

FOTOGRAFIAFotografia analógica 32mm com Canon A1 e Zenit E

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Page 37: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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Page 38: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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Page 39: Carlos Neves - portfolio de arquitectura

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