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Capacitação em Saúde da Pessoa Idosa 1 CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA Módulo Promoção de Saúde e Prevenção no Envelhecimento Unidade Promoção da Qualidade de Vida do Idoso Tópico 01 Promoção da Saúde Os objetivos dessa unidade são: Conhecer os cuidados preventivos em relação às doenças crônicas; Atuar de forma a estimular o resgate e/ou manutenção da independência e autonomia; Prevenir, atuar e mobilizar recursos que reduzam riscos à saúde e sociais; Identificar riscos ambientais; Promover ambiente seguro.

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Capacitação em Saúde da Pessoa Idosa

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CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Módulo Promoção de Saúde e Prevenção no Envelhecimento

Unidade Promoção da Qualidade de Vida do Idoso

Tópico 01 Promoção da Saúde

Os objetivos dessa unidade são:

Conhecer os cuidados preventivos em relação às doenças crônicas;

Atuar de forma a estimular o resgate e/ou manutenção da independência e autonomia;

Prevenir, atuar e mobilizar recursos que reduzam riscos à saúde e sociais;

Identificar riscos ambientais; Promover ambiente seguro.

Capacitação em Saúde da Pessoa Idosa

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Você já parou para pensar que estamos envelhecendo a cada dia que passa?

Desde o nosso nascimento damos início ao processo de envelhecimento natural que passa pela

fase da infância e da adolescência, a adulta e, finalmente, chega à chamada velhice. Envelhecer

é um processo natural vivenciado pelo ser humano. Todavia, este período da vida não é,

necessariamente, caracterizado por doenças e limitações como muitas pessoas pensam. É

possível envelhecer com saúde. Acontece que a grande maioria das pessoas apenas se dá conta

disso quando já está na fase do envelhecimento propriamente considerado pela sociedade, ou

seja, a partir dos 60 anos.

Neste tópico iremos aprender as características principais do processo de promoção da saúde

na terceira idade com destaque para as ações relacionadas ao envelhecimento ativo que

tornará possível vivenciar esta fase da vida com saúde e bem-estar.

Promoção da saúde

Sempre foi comum olhar as doenças como o resultado de um único fator. Com o passar do

tempo e os estudos na área da saúde, fomos percebendo que as doenças são causadas por

múltiplos fatores. Esta complexidade dos problemas de saúde tornou necessária uma nova

forma de combater as doenças que não focasse apenas nos aspectos biológicos das doenças e

nos seus sintomas (WESTPHAL, 2006).

Assim, em 1986, durante a 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde promovida

pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Canadá, foi elaborada a Carta de Ottawa. Este

documento propôs uma nova forma de combater as doenças.

Entende-se por promoção da saúde como uma forma de proporcionar às pessoas e

comunidades os meios necessários para melhorar sua saúde (DEMARZO, 2008). Este processo

envolve a combinação das políticas públicas de saúde, das ações da comunidade e dos próprios

indivíduos (SANTOS et al., 2008).

De acordo com Westphal (2006) os princípios da promoção da saúde atualmente são:

Concepção holística de saúde: Este princípio objetiva olhar o indivíduo como um todo. Orienta as ações de promoção da saúde para as causas dos problemas e não apenas seus

sintomas, como o incentivo à saúde física, mental, social e espiritual. Por exemplo: sabemos que para combater a hipertensão não podemos apenas distribuir medicamentos para pressão

alta, precisamos focar nas causas, como a alimentação inadequada e a baixa prática de exercícios físicos.

Equidade: Garantia de acesso universal à saúde. Objetiva a construção de espaços de vida

saudável voltados principalmente para aquelas pessoas que mais necessitam.

Intersetorialidade: Todas as entidades que formam o sistema de saúde precisam trabalhar

em conjunto em prol da promoção da saúde.

Participação social: Participação direta dos cidadãos no planejamento, execução e avaliação

dos projetos de promoção da saúde. É preciso criar mecanismos de participação da

comunidade, como os conselhos e conferencias de saúde. Este princípio engloba o famoso termo “empoderamento”, ou seja, os usuários devem participar do controle dos fatores

determinantes da saúde.

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Promoção da saúde

Além de seguir os princípios citados anteriormente, as ações de promoção da saúde planejadas

e desenvolvidas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família em conjunto com as equipes do

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) também devem ser norteadas e estar em

consonância com a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). São prioridades da PNPS

(BRASIL, 2006):

Alimentação saudável;

Prática corporal/atividade física;

Prevenção e controle do tabagismo;

Redução do número de doenças e mortalidade relacionada ao uso abusivo de álcool e outras drogas e por acidentes de trânsito;

Prevenção da violência e cultura de paz;

Promoção do desenvolvimento Sustentável.

A promoção da saúde é a base para o modelo de atenção dos sistemas públicos universais de

saúde e é de fundamental importância no processo do envelhecimento ativo e saudável

considerando o grande crescimento da população acima de 60 anos no mundo inteiro. A

promoção do envelhecimento ativo e saudável está entre as diretrizes preconizadas na Política

Nacional do Idoso.

Envelhecimento ativo nada mais é que envelhecer mantendo-se capaz de desempenhar suas

atividades diárias normais sem depender de outras pessoas. Tem como objetivo principal

melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. A palavra “ativo”

refere-se à participação contínua dos idosos nas questões sociais, econômicas, culturais,

espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar bem fisicamente ou ser capaz de

trabalhar (OMS, 2005).

Sabe-se que para atuar junto aos idosos na Estratégia Saúde da Família (ESF) é preciso

conhecer a população que se está atendendo. A ESF atua em um território delimitado,

responsabilizando-se por determinada população e analisa a situação de saúde considerando

diversos aspectos (sociais, culturais, econômicos, demográficos e epidemiológicos).

A partir deste diagnóstico a equipe deve lançar mão de estratégias e dispositivos para

desenvolver as ações de promoção da saúde que devem estar focadas não só na educação da

pessoa idosa, mas também de cuidadores, familiares e demais membros da comunidade. As

ações a serem desenvolvidas deverão ser escolhidas a partir das necessidades detectadas

durante o diagnóstico da população.

Para a promoção da saúde da pessoa idosa, os documentos das conferências internacionais

destacam que deve ser realizada:

1. A educação sobre os principais problemas de saúde e os métodos para sua prevenção;

2. A promoção da alimentação e nutrição adequada;

3. Abastecimento de água potável e saneamento básico;

4. Imunização para prevenção das doenças infecciosas mais comuns;

5. Prevenção e controle de doenças endêmicas;

6. Tratamento adequado das doenças comuns e das consequências de acidentes;

7. Acesso a medicamentos essenciais;

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8. Presença de recursos sociais como grupos de convivência e universidades abertas à

terceira idade;

9. Atenção às capacidades físicas dos idosos.

Nesse processo, destacam-se como recursos indispensáveis para a atuação das equipes da ESF

e das equipes NASF o desenvolvimento de atividades de grupo. O trabalho em grupo com os

idosos possibilita a abordagem e o desenvolvimento de ações educativas de modo a favorecer a

participação das pessoas idosas na identificação e análise da sua situação de saúde, com vistas

a sua transformação e aumento da qualidade de vida.

Grupo pode ser definido como um conjunto de pessoas unidas entre si com objetivos comuns.

Eles funcionam como um espaço privilegiado para discussões de situações vivenciadas no dia-a-

dia. Assim, torna-se possível identificar e atuar sobre as principais dificuldades enfrentadas

pelos idosos.

Os grupos também funcionam como espaços de ressocialização e isto é muito importante para

os idosos. Eles gostam muito de interagir em grupo (MARTINS, 2007). Este fator também é

apontado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) que destaca que os trabalhos em grupos

promovem socialização, o que por si só pode representar novas perspectivas para a pessoa

idosa.

É preciso ter muito cuidado na hora de desenvolver atividades em grupos com idosos, pois ao invés de promover saúde muitos profissionais acabam associando o envelhecimento à doença

e isto não pode acontecer.

A seguir, apresentamos algumas diretrizes básicas para organizar os grupos com as pessoas

idosas nas equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2006):

Planejamento

O planejamento do grupo deve incluir toda equipe de Saúde da família e do NASF. É no

planejamento que será identificado o melhor local para realização das atividades,

aquele que tem o acesso mais fácil para os idosos. Ao mesmo tempo, o planejamento

serve para escolher a melhor forma de convidar os idosos para as atividades. O Agente

Comunitário de Saúde tem papel fundamental na divulgação do grupo durante as

visitas domiciliares.

Definições

Será definido o responsável ou facilitador do grupo. Ele será muito importante para a

organização dos encontros. Qualquer membro da equipe pode ser o responsável.

Encontro Inicial

No encontro inicial se fazem necessárias discussões acerca da expectativa das pessoas

idosas participantes, bem como apresentação da proposta de trabalho, além de

pactuações de melhor dia para realização, frequência e duração dos encontros.

Metodologia

A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento dos grupos com os idosos deve ser

ativa e problematizadora, ou seja, deverão ser abordados os problemas vivenciados

pelos idosos no seu dia-a-dia. Desta forma, os temas e as necessidades a serem

trabalhado vão surgindo dos próprios idosos, a partir das situações por eles vividas no

andar da vida. Todos os participantes estão sujeitos aos problemas discutidos no grupo,

assim eles tornam-se mais motivados em aprender como combatê-los. Outras

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abordagens metodológicas também podem ser utilizadas pelos profissionais da equipe

de Saúde da Família com o apoio do NASF visando a promoção da saúde e o aumento

da qualidade de vida dos idosos.

Tópico 02 Prevenção de doenças

Inicialmente é importante entender a diferença entre prevenção de doenças e promoção da

saúde. A promoção da saúde, como você estudou, visa aumentar a qualidade de vida e saúde

da população de forma mais abrangente, atuando na identificação e enfrentamento dos fatores

que contribuem para o adoecimento, promovendo mudanças nas condições de vida e de

trabalho bem como facilitando o acesso às escolhas mais saudáveis (DERMAZO, 2008). Por

outro lado, a prevenção atua diretamente na proteção a doenças específicas, com o objetivo

final de evitar a ocorrência das doenças.

As metas da prevenção são as seguintes:

1. Promover o envelhecimento ativo e saudável;

2. Reduzir o adoecimento;

3. Reduzir os números de idosos dependentes; 4. Reduzir os números de idosos com baixa capacidade funcional.

A prevenção pode ser dividida da seguinte forma:

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A seguir daremos destaque a prevenção primária, tendo em vista que este é o único tipo de

prevenção no qual as ações são realizadas ANTES da ocorrência das doenças.

Existem muitas ações que podem prevenir doenças e são consideradas primárias. Dentre estas

se destacam a imunização, a quimioproteção e o uso de hormônios.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta a utilização de três vacinas na população idosa:

contra Influenza, infecções pneumocócicas e tétano-difteria. Veja o calendário de vacinação

para adultos e idosos (Disponível no material complementar)

Importante

1) Pessoas com idade superior aos 60 anos tem mais chance de contrair a gripe? 2) Os profissionais de saúde e cuidadores de idosos também tem mais chance,

pois mantém contato constante com pessoas com alto risco?

3) Mais de 90% das mortes atribuídas à influenza e suas complicações ocorreram em pessoas com 65 anos ou mais?

4) Não há como a vacina provocar gripe, pois não contém vírus vivos?

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Quimioproteção

Quimioproteção refere-se ao uso de substâncias químicas visando proteção do organismo

contra doenças. As substâncias mais utilizadas na quimioproteção são as vitaminas, cálcio e

ômega 3. Estas substâncias só podem ser utilizadas por prescrição médica, pois a sua utilização

indiscriminada pode causar mais danos do que benefícios.

Quimioprotetor Benefícios Fonte Observações

importantes

Vitamina A

Proteção ocular. Reduz o risco de

perda de visão.

Alimentos de origem animal

Em fumantes é aconselhável

acompanhamento cuidadoso pelo

aumento de

incidência de câncer.

Vitamina C

Em fumantes é

aconselhável acompanhamento

cuidadoso pelo aumento de

incidência de câncer.

Frutas cítricas,

brócolis, couve, etc.

* Não há.

Vitaminas do Complexo B

Redução da incidência de câncer.

Carnes vermelhas, fígado, legumes,

cereais, leite e ovos.

A deficiência de vitamina B12 pode

causar grande variedade de

sintomas cognitivos,

neurológicos e psiquiátricos

Vitamina B12 Não há estudos que demonstrem

benefícios na

prevenção com o uso de Vitamina B12.

Alimentos de origem animal.

A deficiência de vitamina B12 pode

causar grande

variedade de sintomas cognitivos,

neurológicos e psiquiátricos.

Vitamina D Redução na incidência de

fraturas.

Óleos de peixes e alimentos derivados

do leite, como

manteiga e queijos.

A vitamina D funciona como hormônio e tem

como principal função

a regulação óssea e do cálcio.

Cálcio Redução do risco de fraturas, da

osteoporose,

hipertensão e câncer de colón.

Derivados do leite e verduras de coloração

verde escuro.

* Não há.

Ômega 3 Diminui risco de doença coronariana.

Peixes, folhas verdes, legumes, óleos de

canola, linhaça e soja.

Suplementação: 1 porção de salmão ou

sardinha, por exemplo.

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Tópico 03 Fatores de riscos

Queda, por definição, é a condução não intencional do corpo para um nível inferior à posição

inicial. Isso ocorre sem que o indivíduo consiga contornar a situação em tempo hábil, o que

pode ser determinado por condições multifatoriais, comprometendo a estabilidade.

É a principal causa de morte entre os indivíduos maiores de 65 anos. Quanto mais idoso é o

indivíduo, maior o risco de quedas. Por este motivo, as quedas representam um problema de

saúde pública. O Governo investe todos os anos dinheiro tanto em programas de prevenção a

acidentes domésticos e quedas em idosos, quanto em internamentos, remédios e cirurgias por

suas consequências. As quedas são o acidente doméstico mais comum entre os idosos.

Também é considerado o mais grave, pois traz sérias consequências para a sua saúde. Estas

consequências podem ser a dependência funcional, a imobilidade e a mortalidade pós-cirúrgica.

Fatores de Riscos Intrínsecos

Vamos conhecer agora os fatos de risco a quedas que são intrínsecos a pessoa idosa.

Histórico

Histórico de quedas anteriores – Quando o idoso cai uma ou mais vezes no ano, o risco

de cair novamente aumenta, seja pelas consequências das quedas anteriores ou pelo

déficit funcional próprio da idade.

Idade

A quantidade de quedas aumenta de acordo com a idade. Quanto mais idoso, maior o

risco de cair.

Sexo

Sexo feminino – Nas faixas etárias mais avançadas da população, a prevalência de

quedas em mulheres é maior que em homens, assim como o risco para fraturas.

Medicamentos

Medicamentos – A utilização de alguns medicamentos é predisponente para o risco de

quedas por trazer alteração de equilíbrio, pressão arterial, percepção, entre outros. São

exemplos: As drogas psicoativas, as de efeitos no sistema cardiovascular, como

diuréticos, antiarrítmicos, vasodilatadores e glicosídeo cardíaco. Uso de vários remédios

simultaneamente também é um fator de risco importante.

Psicológico

Estado psicológico – O medo de cair, a depressão e a ansiedade, por exemplo, são

fatores que podem precipitar quedas.

Sedentarismo

Sedentarismo – pode causar uma acentuada diminuição da massa muscular, e da

atividade, aumentando a dependência e o desequilíbrio, fatores que predispõem ao

risco de quedas.

Outro fator de risco intrínseco para o qual devemos atentar são as alterações visuais, pois a

perda da acuidade visual, diminuição do campo visual, glaucoma, catarata, estão relacionadas

com o aumento do risco de quedas. Outros fatores que podem contribuir para as quedas em

idosos, são: alterações auditivas; sarcopenia; alterações posturais; diminuição do equilíbrio;

alteração da marcha; déficit nutricional e deformidade nos pés. Esses são os fatores intrínsecos

a pessoa idosa que podem aumentar a probabilidade das quedas.

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Casa Preventiva

Medidas Preventivas

As medidas preventivas são extremamente importantes no que diz respeito às quedas em

idosos, pois muitas das quedas são evitáveis. A prevenção das quedas deve ser realizada tanto

fazendo adaptações na casa, quanto mudanças no estilo de vida do idoso. Vimos na casa

interativa algumas delas, aqui veremos seu complemento.

Deve ser feita a organização do ambiente em que o idoso costuma frequentar, de modo que este seja o mais seguro possível;

Utilização preferencial de rampas;

A colocação dos objetos de uso frequente em locais de fácil acesso;

Melhora do suporte nutricional;

Barras de seguranças, sempre que necessário, especialmente no banheiro e escadas;

Atentar para órteses mal ajustadas ou sem manutenção.

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A realização de exercícios terapêuticos é importante para manter o

idoso o mais ativo possível, melhorando o equilíbrio, a coordenação

motora, a força muscular, a amplitude de movimento, postergando as

quedas.

Intervenções multifatoriais: As intervenções multifatoriais, programas

de prevenção de quedas em comunidades, são também eficazes no

acompanhamento de idoso com ou sem risco de quedas. Esses

programas incluem exercícios terapêuticos, correção da visão e riscos

ambientais, revisão de medicamentos, palestras de conscientização e

aconselhamentos.

Tópico 04 Concluindo

Nesta unidade aprendemos sobre promoção de saúde e prevenção de doenças no

envelhecimento. Aprendemos também sobre os fatores de risco e as medidas preventivas. No

próximo módulo será aprofundado o procedimento de avaliação do idoso pelo ACS e por seus

cuidadores.

Então vamos praticar!

A seguir segue uma série de exercícios para que você possa colocar seus conhecimentos em

prática, vamos lá?

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Tópico 05 Atividade I

Palavras-cruzadas

1. Preencha corretamente sobre os princípios da Promoção da Saúde

1 - Vertical: Garantia de acesso universal à saúde com justiça social, tendo por objetivo a

construção de espaços de vida mais equitativos, o que implica na análise dos territórios onde as

pessoas vivem, a identificação dos grupos em situação de exclusão e a implementação de

políticas públicas que discriminem de forma positiva tais grupos.

2 – Horizontal: Frente às questões complexas, foco das políticas de promoção da saúde, são

necessários processos de transformação de coletivos, com impacto em médio e longo prazos,

criação de iniciativas de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável e a garantia

de processos fortes e duradouros.

3 – Vertical: Tipo de participação direta dos cidadãos no planejamento, execução e avaliação

dos projetos de promoção da saúde tendo em vista o atendimento das demandas e interesses

das organizações da sociedade civil. Cria mecanismos de corresponsabilidade fortalecendo a

ação comunitária e consequentemente empodera o coletivo no controle dos determinantes da

saúde.

4 – Horizontal: Articulação de saberes e experiências do planejamento à avaliação das ações

de promoção da saúde. Fazem-se necessárias mudanças radicais nas práticas e cultura

organizacional das instituições, pressupondo a superação da segmentação setorial e

desarticulação das ações na gestão das políticas públicas.

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Tópico 05 Atividade II

2. Relacione corretamente.

A. Promoção da Saúde

B. Prevenção

( ) Visa aumentar a qualidade de vida e saúde da população de forma mais abrangente,

atuando na identificação e enfrentamento dos determinantes do processo saúde e

adoecimento, promovendo mudanças nas condições de vida.

( ) Atua diretamente na proteção a doenças específicas, com o objetivo final de evitar a

doença minimizando sua incidência e prevalência.

Tópico 05 Atividade III

3. Marque as opções abaixo referentes às metas da prevenção:

a) Envelhecimento saudável.

b) Cura de doenças relacionadas ao envelhecimento.

c) Curto período de dependência.

d) Curto período de incapacidade.

e) Determinações de quais hormônios devem ser utilizados.

f) Curto período de morbidade.

g) Aumentar o tempo de vida do idoso doente.