brasília, 13 de dezembro de 2014 apresentação: isadora de carvalho trevizoli (residente de...
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Brasília, 13 de dezembro de 2014www.paulomargotto.com.br
Apresentação: Isadora de Carvalho Trevizoli (Residente de Pediatria HRAS/ HMIB/SES/DF)
Coordenação: Dra. Vanessa Macedo Silveira Fuck
Introdução de alimentos complementares e a relação com alergia alimentar
Pediatrics 2013;132:e1529–e1538
Consultem o Artigo Integral!Introduction of complementary foods and the relationship to food allergy.
Grimshaw KE, Maskell J, Oliver EM, Morris RC, Foote KD, Mills EN, Roberts G, Margetts BM.
Pediatrics. 2013 Dec;132(6):e1529-38.
O que é conhecido sobre este assunto: O leite materno é protetor contra muitas condições, mas o seu papel na alergia não tem sido estabelecido. Recomendações de
alimentação infantil apóiam amamentação exclusivadurante 26 semanas, enquanto que na prevenção de alergias,recomendações aconselham a amamentação exclusiva por 4-6
meses, com a continuidade da amamentação depois disso.
IntroduçãoIntroduçãoRecomendação da OMS:
Amamentação exclusiva até 26 semanas.
Recomendação adequada para crianças em países desenvolvidos?
Avaliar a relação entre aleitamento materno, alimentação complementar e
alergia alimentar.
ObjetivoObjetivo
Delineamento do EstudoEstudo caso-controle aninhado.
MétodosMétodos
Mães interessadas:TCLEDados ambientais, socioeconômicos e familiares.
PIFA
Diário alimentar até 1 ano de idadeQuestionário a cada 2 meses
Questionário por telefone com 1 e 2 anos
Sinais de
Alergia
Contactar equipe do estudo
MétodosMétodosDiagnóstico de Alergia Alimentar
Suspeita de Alergia Triagem por telefone
Critérios do EuroPrevall
História clínica
Exame físico
Prick teste
Dosagem de IgE específica
MétodosMétodosDiagnóstico de Alergia Alimentar
História clínica convincente de
alergia alimentar
Prick test ≥ 3mme/ou
IgE específica ≥ 0.35 kU/L
Dieta de exclusão
Evolução com melhora
Estudo duplo cego, controlado com desafio
oral
*Reações até 48 horas após a exposição ao alimento
MétodosMétodosAnálise Estatística
Variáveis contínuas: Média (desvio padrão) ou mediana (intervalo).Variáveis categóricas: número e percentual.
Teste qui-quadrado, Mann-Whitney U: avaliação da ingesta alimentar.Análise de Kaplan-Meier: duração do aleitamento.
Eegressão logística multivariada.
ResultadosResultados1170 crianças
elegíveis para o estudo - PIFA
733 (64%)1 ano de coleta
de dados
823 (72%) 2 anos de
coleta de dados
1140 – Coorte do estudo final
30 com dados incompletos
407 com dados incompletos
317 com dados incompletos
173 telefonemas
61 questionários
positivos
210 alergias notadas pelo
paciente
140 alergias avaliadas
pelo médico
70 diagnósticos provisórios de alergia
41 alergias alimentares
ResultadosResultados
41 casos de alergia
alimentar82 controles n = 123
• Nascidos entre janeiro de 2006 e outubro de 2007.
• Idade materna: 33 anos (19 a 43 anos)• Peso ao nascimento: 3420g (2160 a 5060g)
Amostra estudada
Alergia
• Sintomas: 24 semanas (0 a 64)• Enfrentamento: 56 semanas• Alérgeno mais comum:
• ovo (22)• leite de vaca (20)
• 12 pacientes com alergia a > 1 alimento• Sintoma mais comum:
• eczema (12)• vômitos (11)
ResultadosResultadosAmostra estudada
ResultadosResultadosAleitamento Materno
95% das mães amamentaramDuração: 20 semanas (0 a 64 semanas)Aleitamento exclusivo: 8 semanas (1 a 26 semanas)
1) Fórmula com proteína polimérica do soro: 78% dos casos* 2 – fórmula extensamente hidrolisada ou predominando caseína2) Farináceo com base de arroz
ResultadosResultadosAleitamento materno + proteína do leite de vaca Alergia
n = 27Controlen = 72
p
Duração 5,5 semanas
9 semanas
0,047
Avaliar a importância da duração da amamentação concomitante com LV
Variável categórica p 0,015
Idade da amamentação concomitante com LV
Não houve diferença
p 0,300
ResultadosResultadosIntrodução de alimentos sólidos
Média de idade: 20,3 semanas20 semanas – arroz21 semanas – cenouras22 semanas – bananas e maçãsDerivado do leite introduzido inicialmente: iogurte
Sólidos foram introduzidos precocemente nos pacientes com alergia (p 0,44).
Leite de vaca (p 0,49)
Amendoim (p 0,37)
ResultadosResultados
Sólidos introduzidos primeiro no grupo controle.
Em maior número no grupo com alergia.
Introdução de alimentos sólidos
Significantemente mais alimento alergênicofoi intriduzido na alimentação complementar ≤16
semanas do quenos controle (35% versos 14%-p=0,011)
ResultadosResultadosIntrodução de alimentos sólidos
< 16 semanas ≥ 17 semanas
Crianças com alergia: 35%
Controle: 14%
P = 0,011
ResultadosResultadosModelo de regressão logística multivariada• Idade na
introdução de sólidos
• Aleitamento materno complementado
• Leite de vaca (em qualquer forma)
• Fatores maternos: asma, alergia, educação, idade
• Animais de estimação
• Gênero• Único filhoFatores
previamente analisados
Fatores associados com
desenvolvimento de alergia
ResultadosResultadosModelo de regressão logística multivariadaIntrodução de sólidos com mais de 17 semanasIntrodução do leite de vaca concomitante com aleitamento materno
Desenvolvimento de alergia alimentar?
DiscussãoDiscussãoIntrodução de alimentos sólidos
Associado com maior
risco de alergia!
Introdução entre 12 e 16 semanas mais frequente no
grupo com alergia
Recomendado atrasar a introdução de alimentos potencialmente alergênicos.
Maioria dos estudos não mostrou melhora;2 mostraram associação entre introdução tardia de leite e ovo com eczema e atopia
DiscussãoDiscussãoIntrodução do leite de vaca concomitante com aleitamento materno
Presença de imunomoduladores no leite materno reduzem o risco de alergia.
Evidência contraditória com outros estudos
Variações na composição do leite materno;Dieta materna;Diferenças na prática do aleitamento materno;Imunomodulação do leite materno ocorre após a exposição antigênica.
TGF-ß
IL-12, resposta Th-1 e CD4
Sibilância
Eczema
Introdução de sólidos após os 4 meses;
Iniciar alimentação complementar e manter aleitamento materno.
Não fornece evidência quanto à relação entre aleitamento materno exclusivo até 26 semanas e alergia.
ConclusãoConclusão
? Poucas mulheres amamentaram até esse período!
Reino Unido: 12% amamentam até 4º mês
Estados Unidos: 46% amamentam até o 3º mês
ConclusãoConclusão
Faltam estudos para determinar o tempo de aleitamento materno exclusivo, mas…
Abaixo do recomendado
pela OMS
Recomendações entram em conflito no aconselhamento do tempo do aleitamento materno exclusivo!
Avaliação do ArtigoAvaliação do ArtigoPontos Positivos:
Estudo prospectivo desde o nascimento, antes dos sintomas;Duplo cego, controlado com placebo, com desafio oral: Padrão ouro!Pontos Negativos:
Avalia apenas alergia IgE mediada;Não avalia a dieta materna (uso de leite de vaca e derivados).
O que este estudo acrescenta:A evidência de que a continuidade da amamentação enquanto os sólidos são
introduzidos na dieta e retardar a introdução de sólidos de até, pelo menos, 17 semanas
de idade estão associados com menos alergias alimentares.
Dra Vanessa MacedoGastroenterologista Pediátrica
HRAS/HMIB – 2013 www.paulomargotto.com.brBrasília, 7 de agosto de 2013
Alergia Alimentar
Dra Vanessa MacedoGastroenterologista Pediátrica
HRAS/HMIB – 2013 www.paulomargotto.com.brBrasília, 7 de agosto de 2013
Alergia Alimentar
Prevenção
Aleitamento Materno Exclusivo até 6 meses
Introdução de Alimentos Janela Imunológica
Dieta Saudável
Prevenção
Aleitamento Materno Exclusivo até 6 meses
Introdução de Alimentos Janela Imunológica
Dieta Saudável
Falando em hipersensbilida na infância….
Sangramento retal isolado (SRI) neonatal e o risco de Síndrome de
Hipersensibilidade⦿ No presente estudo, as crianças com o SRI não
apresentaram uma maior taxa de sinais clínicos de alergias a alimentos e medicamentos ou qualquer outro sintoma de hipersensibilidade (definidos como a asma, dermatite atópica ou rinite alérgica) na sua primeira infância comparado com o grupo controle.
⦿ Isso apóia a idéia de que a etiologia da SRI não é um mecanismo alérgico.
⦿ Como fatores de risco para sintomas de hipersensibilidade entre a população em estudo, os autores detectaram: prematuridade e menor período de aleitamento materno.
⦿ Os resultados deste estudo sugerem que os lactentes que apresentam SRI não possuem um risco mais
elevado de desenvolver sintomas gastrintestinais ou sintomas de hipersensibilidade durante a infância.
SANGRAMENTO PEQUENO RETAL VIVOEstudo coreano de 2012 foi realizado com o objetivo de identificar a causa
e a frequência da proctocolite induzida pela proteína alimentar em 16 recém-nascidos (RN) não doentes com pequeno sangramento retal vivo. Dos 16 RN 4 receberam leite materno exclusivo, 5 leite materno e fórmula e 7, fórmula. Em apenas 2 RN foi confirmado a proctocolite induzida pela proteina alimentar, pelo teste de restrição e enfrentamento. Nos outros 14 pacientes (87,5%) o sangramento retal espontâneo desapareceu após 4 dias (1-8 dias), sendo assim diagnosticados como colite neonatal transitória idiopática.
Nos RN doentes (febre, distensão abdominal, diarréia), sangramento retal vivo e pequeno torna-se necessário diferenciar infecção, enterocolite necrosante, doença cirúrgica, isquemia, e malrrotação com volvo.Nos RN não doentes, pequeno sangramento retal vivo é geralmente benigno e autolimitado e não precisa de extensiva investigação. Se o sangramento durar mais de 4 dias, testes deverão ser realizados para confirmar proctocolite induzida pela proteína alimentar.
Hoje, dia 15 de maio, recém-nascido de 33 semanas, 1250g, 9 dias, ar ambiente, dieta pela sonda orogástrica com leite materno exclusivo apresentou 3 episódios de pequeno sangramento retal vivo. O RN não apresenta abdomen inocente (flácido, indolor), corado, boa perfusão e sem distermia. A conduta foi expectante quanto à investigação
The etiology of small and fresh rectal bleeding in not-sick neonates: should we initially suspect food protein-induced proctocolitis?Jang HJ et al. Eur J Pediatr. 2012 Dec;171(12):1845-9
Interessante que em 1996, Anveden-Hertzberg L et al descreveram sangramento retal em 9 RNalimentados com leite materno exclusivo. A retosigmoidoscopia mostrou mucosa edematosa com hemorragias petequiais em todos. A restrição do uso de leite de vaca em 7 mães resultou na melhora do sangramento retal em 6 RN com 4 semanas. Um RN melhorou espontaneamente.
Proctocolitis in exclusively breast-fed infants. Anveden-Hertzberg L. Eur J Pediatr. 1996 Jun;155(6):464-7
Frente a um Recém-nascido pré-termo ou a termo, não doente que apresenta sangramento retal vivo em pequena quantidade, em uso de leite materno de banco de leite ou seja, de pool. Qual seria a melhor conduta conduta?
Com base na literatura, pequeno sangramento retal vivo nos recém-nascidos não doentes geralmente é benigno e é um distúrbio autolimitado. Acredita-se que possa tratar de colite neonatal transitória idiopática, não devendo inicialmente suspender a dieta que deveria ser de preferência leite materno da sua própria mãe,com restrição do uso restrito de proteínas derivadas do leite de vaca. Persistindo além de 4 dias, deverá ser confirmado a presença de proctocolite induzida pela proteína alimentar, devendo ser submetido ao teste de restrição e enfrentamento. Nesta situação, o uso de hidrolisado proteico (NeocateR) poderá estar indicado por um certo período. Estas crianças não apresentam risco elevado de desenvolver sintomas gastrintestinais ou a síndrome de hipersensibilidade gastrintestinal na primeira infância. Estudos recentes tem mostrado menor evidência para colite alérgica nos recém-nascidos com sangramento retal isolado.