boletim questão sindical ano 1 número 29

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QUESTÃO sindical 21 de janeiro de 2011 - número 29 - ano 1 11 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312 EXPEDIENTE [email protected] www.questaosindical.com.br RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICAL Toda quinta-feira, o bolem eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este bolem toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo. [email protected] QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 3843-0355. Comunicação e Assessoria de Imprensa Diante do quadro da estagnação eco- nômica do Brasil, da confusão fiscal, dos desacertos da políca e do risível gover- no, a pergunta que precisamos fazer é – E o trabalhador? Somos nós, os do chão das fábricas, dos andaimes da construção civil, os la- vradores, os motoristas e trocadores de ônibus, os vendedores das lojas, os de- serdados das prioridades da nação, os primeiros a pagar – e pagar caro – pela crise. Afinal, somos os primeiros a rece- ber a carta de demissão, o famigerado “bilhete azul”. Claro, ninguém sai ileso de uma heca- tombe como esta. Vejamos, no entanto, o nosso lado. O empresário, por maiores dificulda- des que passe, sempre haverá como re- duzir seus custos, demir seus funcio- nários, parcelar seus impostos, diminuir invesmentos, hibernar tempo bastante até passar a tempestade. Os governos, em todas as suas ins- tâncias, reduzirão invesmentos, criarão mais impostos, cobrarão com mais rigor seus créditos e de uma forma ou outra sobreviverão. Até porque são governos e nunca vão à falência. E, como sempre, culpam a oposição e o mundo pela crise que criaram. Nosso caso é diferente. É enfrentar o inferno do desemprego sem dó nem pie- dade. A Inflação a nos comer vivos. É pa- nela vazia, menino sem leite e remédio, luz e água cortadas, desesperança e ca- beça quente. Saúde pública que não exis- te, ensino público de má qualidade e agora com orçamento reduzido em mais 30%. Sem falar da mudança da regra do seguro desemprego, claro, contra o tra- balhador. Temos ainda que suportar a ironia de chamar o Brasil de “pátria educadora”. Filas e mais filas na busca de novo em- prego e receber o não a toda hora. Haja autoesma ou fé no futuro. Sofremos, em passado recente, a crueldade de nos conduzirem e esmu- larem o uso de nosso sagrado FGTS para comprar ações da Petrobrás. Virou pó nosso fio de esperança. Hoje sabemos as razões. Nossos sindicatos de trabalhadores agora trabalham dobrado nas homolo- gações de demissões. É missão cruel que a lei lhes impõe, de braços e mãos atados sem poder, ou saber, o que e como fazer. Como mudarmos esta roda de deses- pero? Com o acabar com este inferno dantesco? A quem apelar para solução de nossas dores? A esperança, aquela que na maioria das vezes não realiza, é a única a que apegar. A insegurança, sica e mental, fez morada em nossas vidas. Nossos medos só aumentam. Não há como ter fé de barrigas vazias, nas palavras de Santo Agosnho. No dia de sua posse, a pre- sidente Dilma anunciou que o Brasil seria a Pátria Educadora. Estava indicando que a Educação seria eixo fundamental do seu segundo governo. Educação bási- ca, educação técnica e educação superior. Porém, com a crise e o ajuste fiscal, essa meta ficou prejudica- da. Aliás, o próprio Ministério da Educação se mostra em segundo plano, pois em apenas um ano viu Mercadante assumir a Pasta, de- pois ocupada por Janine Ribeiro e, meses atrás, voltar a ser con- duzida pelo mesmo Mercadante. No Estado de São Paulo, o go- vernador Alckmin também põe a Educação em segundo plano ao tentar fechar um grande número de escolas. O mesmo governador não tem conseguido estabelecer uma relação trabalhista tran- quila com o professorado, fato que gera seguidas e prolongadas greves. notícia boa na Educação é que o governo federal aumentou o Piso do professor para R$ 2.135,64, superando a inflação do perío- do. Vale lembrar que o profes- sor – uma das profissões mais importantes da história – só foi conquistar Piso salarial em 2008, no governo Lula. Mesmo assim, em se falando de Pátria Educa- dora, eles merecem muito mais. foi assumida por nossos gover- nantes como prioridade de seus projetos. Com uma única exceção, que merece registro. A exceção é Leonel Brizola, o líder trabalhis- ta que defendia a Educação e investia maciçamente no setor. Brizola governou o Rio Grande do Sul entre o final dos anos 50 e começo dos 60. Lá, construiu a impressionante marca de 6.311 escolas – destas, 5.902 primárias, 278 técnicas e 131 ginásios. Ao governar o Rio de Janeiro, duas vezes, nos anos 80, cons- truiu cerca de 500 Cieps, escolas grandes, em período integral. Para se ter ideia do investimento, basta dizer que Brizola empenhou 52% do orçamento do Estado em Educação, incluindo os Cieps (projetados por Oscar Niemeyer), a reforma de todas as escolas da rede estadual e a melhoria sala- rial dos professores. Fiz questão de escolher o tema Educação pela sua inquestionável importância social e estratégica e também a fim de mostrar que dá pra fazer, desde que exista von- tade política. Pátria Educadora não pode ser apenas um slogan. Ao tratar do tema, quero home- nagear também o gaúcho de Ca- razinho, órfão de pai, engraxate, operário braçal, engenheiro e governador de dois Estados. Brizola faria 94 anos sexta, dia 22. Considero que o Brasil jogou fora uma grande oportunidade, quando, em 1989, levou Collor e Lula ao segundo turno. Brizola era da Internacional Socialista e ligado aos políticos mais avança- dos da época, como Willy Brandt, Mário Soares e Nelson Mandela. Teria feito o País avançar. Os homens passam, os exem- plos ficam. Viva Brizola. Este argo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 20 de janeiro de 2016. OPINIÃO OPINIÃO GERAL BRASÍLIA Pátria Educadora O trabalhador e a crise econômica Cresce em 26,3% participação de estrangeiros no mercado de trabalho Maior parte de vagas são preenchidas por profissionais pouco qualificados; haitianos lideram contratações Entre 2013 e 2014, a parcipa- ção de estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro cresceu 26,3%. Os dados, divulgados no final de 2015, são da Relação Anual de In- formações Sociais (Rais). O núme- ro de haianos (maior conngente de trabalhadores estrangeiros do País) mais do que dobrou, subindo de 11,3 mil para 23,9 mil em 2013. Do total de carteiras assinadas em 2014, 7,1 mil eram de paraguaios, número parecido com os de boli- vianos. Benegaleses, senegaleses e ganeses representam quase 4 mil contratações. Os segmentos que mais contra- tam estrangeiros são abate e fa- bricação de produtos de carne (8,3 mil), restaurantes (5,8 mil), vare- jo (5,7 mil) e construção de edi- cio (4,5 mil). “Os movimentos migratórios não respondem tão ra- pidamente assim à mudança con- juntural”, diz Wagner Oliveira, eco- nomista, um dos autores de estudo sobre o tema divulgado pela Direto- ria de Análise de Polícas Públicas (DAPP), da Fundação Getúlio Var- gas (FGV), com base em dados da Polícia Federal. O caso do ramo têxl, que em- prega volume cada vez maior de bolivianos e paraguaios, é exem- plar. Pesquisador do tema, o soció- logo Carlos Freire observa que mais de 60% dos operadores de máquina de costura daquelas nacionalidades alocados na região metropolitana de São Paulo têm menos de 29 anos, si- tuação que se inverte entre as cos- tureiras brasileiras, dentre as quais menos de 20% estão dentro daquela faixa etária. “Essa distribuição mos- tra que existe um problema de repo- sição de mão de obra no setor.” Saiba mais: fsindical.org.br Vandeir Messias, presidente da Força Sindical Minas Gerais. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseo, assinou nesta terça-feira (19), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ), Termo de Compromisso para Aperfeiçoar as Con- dições de Trabalho no Setor de Turismo e Hospitalidade nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Parcipam também do acordo en- dades representantes do turismo nacio- nal, centrais sindicais e trabalhadores do segmento hoteleiro. O objevo é estabelecer diretrizes para tratar das relações trabalhistas durante os Jogos e promover campanha relacionada ao Trabalho Decente, com ênfase no com- bate ao trabalho infanl e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Para o ministro Miguel Rosseo, com a assinatura do termo, reafirma-se um compromisso público das empresas e sindicatos com todos os trabalhadores, os quase 120 mil homens e mulheres cuja avidade vai assegurar o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Queremos que, dentre os legados fundamentais, fique claro para o país e o mundo que somos capazes de respeitar as relações de trabalho durante esse grande evento”, declarou. Saiba mais: mte.gov.br Depois de altas seguidas, o Comi- tê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, nesta quarta (20), manter a taxa básica de juros (Selic) em 14, 25% ao ano. A deci- são de não aumentar o índice acon- teceu um dia depois de as Centrais Sindicais protestarem na avenida Paulista contra os altos juros. Parti- ciparam do ato, a Central dos Traba- lhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalha- dores (CGTB), a Central dos Sindica- tos Brasileiros (CSB), a Central Úni- ca dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Ge- ral dos Trabalhadores (UGT). Durante o ato, os sindicalistas ele- varam as críticas à política econômi- ca do governo Dilma Rousseff. Wag- ner Gomes, secretário-geral da CTB, frisou que a elevação dos juros só traz prejuízos aos trabalhadores. “A responsabilidade pela política eco- nômica não é do Banco Central, mas sim do governo e o resultado já sabe- mos. Significa mais desemprego, me- nos produção e menos consumo”, ar- gumentou o dirigente. Preocupação comparlhada pelo presidente do Sindicato dos Trabalha- dores em Água, Esgoto e Meio Am- biente de São Paulo (Sintaema), Renê Vicente. “Essa políca de juros incen- va a especulação em detrimento da produvidade. O país carece de de- senvolvimento com distribuição de renda. Daí a importância dessa uni- dade de ação que vemos hoje aqui na discussão da políca de juros altos, que só traz o atraso para o país”, afir- mou Renê Vicente. Saiba mais: sites das Centrais. As unidades móveis do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedo- rismo (CATe), oferece seus serviços às regiões mais afastadas do centro, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. O munícipe tem a disposição: emissão da primeira e segunda via da cartei- ra de trabalho, habilitação do seguro- desemprego, atendimento ao micro- empreendedor individual (MEI), além de poder se candidatar a oportunida- des de emprego. Na próxima segunda-feira, 25, ani- versário da cidade de São Paulo, mo- radores da zona leste da capital con- tarão com a programação do CATe no evento “Dia do Bem”, no centro, das 10h às 16h. Durante o evento, o visi- tante também poderá conferir outras avidades como orientações jurídi- cas, exames prevenvos, ações cultu- rais e uma tenda especial de atendi- mento para dependentes químicos e seus familiares. Pessoas que desejam formalizar seu negócio ou receber algum po de orientação podem ulizar o MEI mó- vel, que estará na Praça da República durante toda a semana. Nesse equipa- mento, o munícipe tem acesso à orien- tação sobre nota fiscal, impressão do comprovante de inscrição e situação cadastral (CNPJ), alteração cadastral e cancelamento do MEI. Saiba mais: hp://goo.gl/m7souc Ministro assina Termo de Compromisso para garantir condições dignas a trabalhadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 Copom mantém juros em 14,25% após protesto de Centrais na avenida Paulista nesta terça (19) CATe móvel atende trabalhadores no Centro de São Paulo no próximo dia 25, aniversário da cidade [email protected] PereiraMetalurgico www.pereirametalurgico.blogspot.com.br José Pereira dos Santos Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical Protesto de aposentados conta com apoio dos metalúrgicos de Guarulhos Protesto do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), vinculado à Força Sindical, nesta quinta (21), contou a partici- pação de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Foi na avenida Paulista. Passeata co- meçou perto do Paraíso e terminou no Vão Livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo). Para Edmilson Felipe Nery, presidente da Atmag (Associação dos Trabalhadores Metalúrgicos Aposen- tados de Guarulhos, o protesto teve como objetivo ampliar a visibilidade das lutas da categoria. “Algumas das nossas reivindicações são aumento acima da inflação também para quem recebe benecio maior que o salário mínimo; manter as farmácias populares, antecipação da 1ª parcela do 13º para junho; fim do Imposto de Renda para aposentados; e contra a idade mínima para se aposentar”, enumera Edmilson. Saiba mais: metalurgico.org.br Sede campestre funciona aos sábados, domingos e feriados A Sede Campestre do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos funciona aos sábados, domingos e feriados, das 8 às 17 horas. Podem usufruir do local comerciários do Sindicato e suas famílias. O trabalhador pode levar até cinco convidados, que pagam entrada de R$ 15 (crianças convidadas de até dez anos não pagam). O espaço conta com piscinas, quadras esporvas, cam- po de futebol, playgrond e quiosques com churrasqueiras. “Para frequentar a sede campestre, é necessário estar em dia com as mensalidades e apresentar as carteirinhas de sócio e dependentes, se houver. Caso haja mensalidades em atraso, o acerto das mesmas poderá ser feito na sede do Sindicato, através do pagamento dos boletos nas agên- cias bancárias ou, ainda, na recepção da Sede Campestre”, explica no site da endade. Mais informações: (11) 4656- 1783 e (11) 2475-6565. CURTAS Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792 Sede Guarulhos 11 2475-6565 www.comerciariosdeguarulhos.org.br [email protected] Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300 www.metalurgico.org.br [email protected]

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QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: WhatsApp: 11 9.4754-0103

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QUESTÃO sindical21 de janeiro de 2011 - número 29 - ano 111 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312

EXPEDIENTE [email protected]

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RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICALToda quinta-feira, o boletim eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este boletim toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo.

[email protected]

QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 3843-0355.Comunicação e Assessoria de Imprensa

Diante do quadro da estagnação eco-nômica do Brasil, da confusão fiscal, dos desacertos da política e do risível gover-no, a pergunta que precisamos fazer é – E o trabalhador?

Somos nós, os do chão das fábricas, dos andaimes da construção civil, os la-vradores, os motoristas e trocadores de ônibus, os vendedores das lojas, os de-serdados das prioridades da nação, os primeiros a pagar – e pagar caro – pela crise. Afinal, somos os primeiros a rece-ber a carta de demissão, o famigerado “bilhete azul”.

Claro, ninguém sai ileso de uma heca-tombe como esta. Vejamos, no entanto, o nosso lado.

O empresário, por maiores dificulda-des que passe, sempre haverá como re-duzir seus custos, demitir seus funcio-nários, parcelar seus impostos, diminuir investimentos, hibernar tempo bastante até passar a tempestade.

Os governos, em todas as suas ins-tâncias, reduzirão investimentos, criarão mais impostos, cobrarão com mais rigor seus créditos e de uma forma ou outra sobreviverão. Até porque são governos e nunca vão à falência. E, como sempre, culpam a oposição e o mundo pela crise que criaram.

Nosso caso é diferente. É enfrentar o inferno do desemprego sem dó nem pie-dade. A Inflação a nos comer vivos. É pa-nela vazia, menino sem leite e remédio, luz e água cortadas, desesperança e ca-beça quente. Saúde pública que não exis-te, ensino público de má qualidade e agora com orçamento reduzido em mais 30%. Sem falar da mudança da regra do seguro desemprego, claro, contra o tra-balhador.

Temos ainda que suportar a ironia de chamar o Brasil de “pátria educadora”.

Filas e mais filas na busca de novo em-prego e receber o não a toda hora. Haja autoestima ou fé no futuro.

Sofremos, em passado recente, a crueldade de nos conduzirem e estimu-larem o uso de nosso sagrado FGTS para comprar ações da Petrobrás. Virou pó nosso fio de esperança. Hoje sabemos as razões.

Nossos sindicatos de trabalhadores agora trabalham dobrado nas homolo-gações de demissões. É missão cruel que a lei lhes impõe, de braços e mãos atados sem poder, ou saber, o que e como fazer.

Como mudarmos esta roda de deses-pero? Com o acabar com este inferno dantesco? A quem apelar para solução de nossas dores?

A esperança, aquela que na maioria das vezes não realiza, é a única a que apegar.

A insegurança, física e mental, fez morada em nossas vidas.

Nossos medos só aumentam.Não há como ter fé de barrigas vazias,

nas palavras de Santo Agostinho.

No dia de sua posse, a pre-sidente Dilma anunciou que o Brasil seria a Pátria Educadora. Estava indicando que a Educação seria eixo fundamental do seu segundo governo. Educação bási-ca, educação técnica e educação superior.

Porém, com a crise e o ajuste fiscal, essa meta ficou prejudica-da. Aliás, o próprio Ministério da Educação se mostra em segundo plano, pois em apenas um ano viu Mercadante assumir a Pasta, de-pois ocupada por Janine Ribeiro e, meses atrás, voltar a ser con-duzida pelo mesmo Mercadante.

No Estado de São Paulo, o go-vernador Alckmin também põe a Educação em segundo plano ao tentar fechar um grande número de escolas. O mesmo governador não tem conseguido estabelecer uma relação trabalhista tran-quila com o professorado, fato que gera seguidas e prolongadas greves.

Nessa conjuntura, a única notícia boa na Educação é que o governo federal aumentou o Piso do professor para R$ 2.135,64, superando a inflação do perío-do. Vale lembrar que o profes-sor – uma das profissões mais importantes da história – só foi conquistar Piso salarial em 2008, no governo Lula. Mesmo assim, em se falando de Pátria Educa-dora, eles merecem muito mais.

Na verdade, a Educação nunca foi assumida por nossos gover-nantes como prioridade de seus projetos. Com uma única exceção, que merece registro. A exceção é Leonel Brizola, o líder trabalhis-ta que defendia a Educação e

investia maciçamente no setor. Brizola governou o Rio Grande do Sul entre o final dos anos 50 e começo dos 60. Lá, construiu a impressionante marca de 6.311 escolas – destas, 5.902 primárias, 278 técnicas e 131 ginásios.

Ao governar o Rio de Janeiro, duas vezes, nos anos 80, cons-truiu cerca de 500 Cieps, escolas grandes, em período integral. Para se ter ideia do investimento, basta dizer que Brizola empenhou 52% do orçamento do Estado em Educação, incluindo os Cieps (projetados por Oscar Niemeyer), a reforma de todas as escolas da rede estadual e a melhoria sala-rial dos professores.

Fiz questão de escolher o tema Educação pela sua inquestionável importância social e estratégica e também a fim de mostrar que dá pra fazer, desde que exista von-tade política. Pátria Educadora não pode ser apenas um slogan. Ao tratar do tema, quero home-nagear também o gaúcho de Ca-razinho, órfão de pai, engraxate, operário braçal, engenheiro e governador de dois Estados.

Brizola faria 94 anos sexta, dia 22. Considero que o Brasil jogou fora uma grande oportunidade, quando, em 1989, levou Collor e Lula ao segundo turno. Brizola era da Internacional Socialista e ligado aos políticos mais avança-dos da época, como Willy Brandt, Mário Soares e Nelson Mandela. Teria feito o País avançar.

Os homens passam, os exem-plos ficam. Viva Brizola.

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 20 de janeiro de 2016.

OPINIÃO

OPINIÃO GERAL

BRASÍLIA

Pátria Educadora

O trabalhador e a crise econômica

Cresce em 26,3% participação deestrangeiros no mercado de trabalhoMaior parte de vagas são preenchidas por profissionais pouco qualificados; haitianos lideram contratações

Entre 2013 e 2014, a participa-ção de estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro cresceu 26,3%. Os dados, divulgados no final de 2015, são da Relação Anual de In-formações Sociais (Rais). O núme-ro de haitianos (maior contingente de trabalhadores estrangeiros do País) mais do que dobrou, subindo de 11,3 mil para 23,9 mil em 2013. Do total de carteiras assinadas em 2014, 7,1 mil eram de paraguaios, número parecido com os de boli-vianos. Benegaleses, senegaleses e ganeses representam quase 4 mil contratações.

Os segmentos que mais contra-tam estrangeiros são abate e fa-bricação de produtos de carne (8,3 mil), restaurantes (5,8 mil), vare-jo (5,7 mil) e construção de edi-fício (4,5 mil). “Os movimentos migratórios não respondem tão ra-pidamente assim à mudança con-juntural”, diz Wagner Oliveira, eco-nomista, um dos autores de estudo sobre o tema divulgado pela Direto-ria de Análise de Políticas Públicas (DAPP), da Fundação Getúlio Var-gas (FGV), com base em dados da Polícia Federal.

O caso do ramo têxtil, que em-prega volume cada vez maior de bolivianos e paraguaios, é exem-plar. Pesquisador do tema, o soció-

logo Carlos Freire observa que mais de 60% dos operadores de máquina de costura daquelas nacionalidades alocados na região metropolitana de São Paulo têm menos de 29 anos, si-tuação que se inverte entre as cos-

tureiras brasileiras, dentre as quais menos de 20% estão dentro daquela faixa etária. “Essa distribuição mos-tra que existe um problema de repo-sição de mão de obra no setor.”Saiba mais: fsindical.org.br

Vandeir Messias, presidente da Força Sindical Minas Gerais.

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, assinou nesta terça-feira (19), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ), Termo de Compromisso para Aperfeiçoar as Con-dições de Trabalho no Setor de Turismo e Hospitalidade nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Participam também do acordo enti-dades representantes do turismo nacio-

nal, centrais sindicais e trabalhadores do segmento hoteleiro. O objetivo é estabelecer diretrizes para tratar das relações trabalhistas durante os Jogos e promover campanha relacionada ao Trabalho Decente, com ênfase no com-bate ao trabalho infantil e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Para o ministro Miguel Rossetto, com a assinatura do termo, reafirma-se um compromisso público das empresas e

sindicatos com todos os trabalhadores, os quase 120 mil homens e mulheres cuja atividade vai assegurar o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Queremos que, dentre os legados fundamentais, fique claro para o país e o mundo que somos capazes de respeitar as relações de trabalho durante esse grande evento”, declarou.

Saiba mais: mte.gov.br

Depois de altas seguidas, o Comi-tê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, nesta quarta (20), manter a taxa básica de juros (Selic) em 14, 25% ao ano. A deci-são de não aumentar o índice acon-teceu um dia depois de as Centrais Sindicais protestarem na avenida Paulista contra os altos juros. Parti-ciparam do ato, a Central dos Traba-lhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalha-dores (CGTB), a Central dos Sindica-tos Brasileiros (CSB), a Central Úni-ca dos Trabalhadores (CUT), a Força

Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Ge-ral dos Trabalhadores (UGT).

Durante o ato, os sindicalistas ele-varam as críticas à política econômi-ca do governo Dilma Rousseff. Wag-ner Gomes, secretário-geral da CTB, frisou que a elevação dos juros só traz prejuízos aos trabalhadores. “A responsabilidade pela política eco-nômica não é do Banco Central, mas sim do governo e o resultado já sabe-mos. Significa mais desemprego, me-nos produção e menos consumo”, ar-gumentou o dirigente.

Preocupação compartilhada pelo presidente do Sindicato dos Trabalha-dores em Água, Esgoto e Meio Am-biente de São Paulo (Sintaema), Renê Vicente. “Essa política de juros incen-tiva a especulação em detrimento da produtividade. O país carece de de-senvolvimento com distribuição de renda. Daí a importância dessa uni-dade de ação que vemos hoje aqui na discussão da política de juros altos, que só traz o atraso para o país”, afir-mou Renê Vicente.

Saiba mais: sites das Centrais.

As unidades móveis do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedo-rismo (CATe), oferece seus serviços às regiões mais afastadas do centro, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. O munícipe tem a disposição: emissão da primeira e segunda via da cartei-ra de trabalho, habilitação do seguro-desemprego, atendimento ao micro-empreendedor individual (MEI), além de poder se candidatar a oportunida-des de emprego.

Na próxima segunda-feira, 25, ani-versário da cidade de São Paulo, mo-radores da zona leste da capital con-tarão com a programação do CATe no evento “Dia do Bem”, no centro, das 10h às 16h. Durante o evento, o visi-tante também poderá conferir outras atividades como orientações jurídi-cas, exames preventivos, ações cultu-rais e uma tenda especial de atendi-mento para dependentes químicos e seus familiares.

Pessoas que desejam formalizar seu negócio ou receber algum tipo de orientação podem utilizar o MEI mó-vel, que estará na Praça da República durante toda a semana. Nesse equipa-mento, o munícipe tem acesso à orien-tação sobre nota fiscal, impressão do comprovante de inscrição e situação cadastral (CNPJ), alteração cadastral e cancelamento do MEI.

Saiba mais: http://goo.gl/m7souc

Ministro assina Termo de Compromisso para garantir condiçõesdignas a trabalhadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016

Copom mantém juros em 14,25% após protestode Centrais na avenida Paulista nesta terça (19)

CATe móvel atende trabalhadores no Centro deSão Paulo no próximo dia 25, aniversário da cidade

pereira@metalurgico.org.brPereiraMetalurgicowww.pereirametalurgico.blogspot.com.br

José Pereira dos SantosPresidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical

Protesto de aposentados conta com apoio dos metalúrgicos de Guarulhos

Protesto do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), vinculado à Força Sindical, nesta quinta (21), contou a partici-pação de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Foi na avenida Paulista. Passeata co-meçou perto do Paraíso e terminou no Vão Livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo). Para Edmilson Felipe Nery, presidente da Atmag (Associação dos Trabalhadores Metalúrgicos Aposen-tados de Guarulhos, o protesto teve como objetivo ampliar a visibilidade das lutas da categoria. “Algumas das nossas reivindicações são aumento acima da inflação também para quem recebe benefício maior que o salário mínimo; manter as farmácias populares, antecipação da 1ª parcela do 13º para junho; fim do Imposto de Renda para aposentados; e contra a idade mínima para se aposentar”, enumera Edmilson.

Saiba mais: metalurgico.org.br

Sede campestrefunciona aos sábados, domingos e feriados

A Sede Campestre do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos funciona aos sábados, domingos e feriados, das 8 às 17 horas. Podem usufruir do local comerciários do Sindicato e suas famílias. O trabalhador pode levar até cinco convidados, que pagam entrada de R$ 15 (crianças convidadas de até dez anos não pagam). O espaço conta com piscinas, quadras esportivas, cam-po de futebol, playgrond e quiosques com churrasqueiras. “Para frequentar a sede campestre, é necessário estar em dia com as mensalidades e apresentar as carteirinhas de sócio e dependentes, se houver. Caso haja mensalidades em atraso, o acerto das mesmas poderá ser feito na sede do Sindicato, através do pagamento dos boletos nas agên-cias bancárias ou, ainda, na recepção da Sede Campestre”, explica no site da entidade. Mais informações: (11) 4656-1783 e (11) 2475-6565.

CURTAS

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Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região(11) 2463.5300

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