avaliação dos critérios de qualidade metodológica em
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VI Curso Teórico-Prático de Revisão
Sistemática e Metanálise
Módulo 3
HTANALYZE / IEP HMV, 10/2013
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Avaliação dos critérios de qualidade metodológica em estudos
observacionais
Maicon Falavigna MD, MSc, PhD
HTANALYZE Ltda 2018 – Direitos Reservados
Avaliação da qualidade dos estudos
OR = 0,86 (95% CI 0,74 – 0,98)
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Avaliação da qualidade dos estudos
Avaliação da qualidade dos estudos
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Avaliação da qualidade dos estudos
Risco de viés – vieses mais comuns em estudos
observacionais:
• Seleção
• Aferição
• Confundimento
Viés de Aferição
Instrumentos inadequados:
• Balanças descalibradas
• Questionários não validados.
Informação não confiável:
• Viés de recordação: informação no passado
• Respostas tendenciosas
• Ausência de mascaramento de avaliadores de
desfecho
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Viés de Seleção
Grupos não comparáveis (diferenças seletivas) por:
• Seleção inadequada de expostos e não expostos
• Seleção inadequada de casos e controles
• Diferenças nas perdas
Viés de Seleção
1000 desnutridas 2000 não desnutridas
10 mortes 20 mortes
Associação entre morte por diarréia e desnutrição
1% 1%
Conclusão: não há associação entre desnutrição e morte
por diarréia.
x
3000 crianças
1 ano200
perdas
100
perdas
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Viés de Seleção
Associação entre morte por diarréia e desnutrição
• Desnutridos: 200 perdas (20%)
• Não desnutridos: 100 perdas (5%)
• Como são os “perdidos”? Podem ter morrido?
• Como seria o resultado se os “perdidos”
desenvolvessem o desfecho (morte por diarréia)?
Há potencial para viés de seleção?
Viés de Seleção
1000 desnutridas 2000 não desnutridas
10 / 800 seguidas
+ 100 / 200 perdidas
20 / 1900 seguidas
+ 50 / 100 perdidas
3000 crianças
1 ano
110/1000 = 11% 70/2000 = 3,5%
Conclusão: Mortalidade por diarréia é 3 vezes maior.
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Confundimento
Associação espúria entre fator e desfecho devido a
presença de uma terceira variável, associada
independentemente a ambos.
1) Todo estudo observacional possui viés de confusão
2) Análise multivariada resolve parcialmente o problema
3) Única forma de eliminar o viés: randomização
Fator Desfecho
Confundidor
Confundimento
% Casos
(HCV +)
% Contr
(HCV -)OR (IC 95%)
OR Ajustado
(IC 95%)
N=227 N=370
Tatuagem 33,6 20,7 1,9 (1,3-2,8) 1,2 (0,7-2,1)
Coca IN 61.1 23.0 5.2 (3.7-7.5) 1.7 (1.0-3.1)
Álcool
diário19,1 5,8 5.1 (2.7-9.6) 1.4 (0.6-3.3)
UDI 55.9 4.6 26.3 (15.1- 45.7) 21.6 (10.8- 43.0)
Tabela. Fatores associados a co-infecção pelo HCV
Pacientes HIV +
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Confundimento
% Casos
(HCV +)
% Contr
(HCV -)OR (IC 95%)
OR Ajustado
(IC 95%)
N=227 N=370
Tatuagem 33,6 20,7 1,9 (1,3-2,8) 1,2 (0,7-2,1)
Coca IN 61.1 23.0 5.2 (3.7-7.5) 1.7 (1.0-3.1)
Álcool
diário19,1 5,8 5.1 (2.7-9.6) 1.4 (0.6-3.3)
UDI 55.9 4.6 26.3 (15.1- 45.7) 21.6 (10.8- 43.0)
Tabela. Fatores associados a co-infecção pelo HCV
* Análise ajustada para: Sexo, Idade, escolaridade, UDI, Tatuagem, Cocaína IN,
Consumo de álcool
Pacientes HIV +
Confundimento
Infecção
HCV
Cocaína
InalatóriaOR = 5,2 (3,7-7,5)
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Confundimento
Infecção
HCV
Cocaína
Inalatória
Drogas IV
OR = 1,7 (1,0-3,1)
Avaliação da qualidade dos estudos
Ensaios clínicos – Cochrane risk of bias tool
• Inadequado para estudos de intervenção
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Avaliação da qualidade dos estudos
Identificados:
• 46 escalas
• 51 checklists
Instrumentos:
• 47: intervenções terapêuticas
• 48: fatores de risco
• 5: estudos de incidência
Avaliação da qualidade dos estudos
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Newcastle-Ottawa Scale (NOS)
• Instrumento mais utilizado para a avaliação da qualidade
dos estudos observacionais
• Escalas independentes para estudos de coorte e para
estudos de caso-controle.
• Oito ítens, divididos em três dominios:
– Seleção
– Comparação
– Exposição (caso-controle) ou Desfecho (estudos de coorte)
• Quando adequado, atribui uma estrela para cada ítem
(para comparação: até duas estrelas)
• Não é um escore, mas comumente é utilizado dessa
forma
NOS – Estudos de Coorte
SELEÇÃO (4 ítens)
Representatividade adequada do grupo exposto
Seleção adequada do grupo não-exposto
Confiança na aferição da exposição
Certeza da exclusão de indivíduos com o desfecho
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NOS – Estudos de Coorte
SELEÇÃO (4 ítens)
NOS – Estudos de Coorte
COMPARAÇÃO (1 ítem)
Ajustamento para confundidores
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NOS – Estudos de Coorte
COMPARAÇÃO (1 ítem)
NOS – Estudos de Coorte
Desfecho (3 ítens)
Aferição adequada do desfecho
Perdas de follow-up
Seguimento longo suficiente para desenvolvimento do evento
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NOS – Estudos de Coorte
Desfecho (3 ítens)
NOS – Estudos de Caso-Controle
SELEÇÃO (4 ítens)
Definição adequada dos casos
Representatividade dos casos
Seleção dos controles
Definição dos controles
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NOS – Estudos de Caso-Controle
SELEÇÃO (4 ítens)
NOS – Estudos de Caso-Controle
COMPARAÇÃO (1 ítem)
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NOS – Estudos de Caso-Controle
COMPARAÇÃO (1 ítem)
Ajustamento para confundidores
NOS – Estudos de Caso-Controle
EXPOSIÇÃO (3 ítens)
Aferição adequada da exposição
Taxa de resposta
Mesmo método de averiguação
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NOS – Estudos de Caso-Controle
EXPOSIÇÃO (3 ítens)
Apresentação de Resultados
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Apresentação de Resultados
Apresentação de Resultados
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Apresentação de Resultados
ROBINS-I
Risk of Bias in Non-randomized Studies of
Intervention
www.riskofbias.info
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ROBINS-I
• Confundimento (Bias due to confounding)
• Seleção dos participantes (Bias in selection of participants
into the study)
• Aferição da intervenção (Bias in measurement of
interventions)
• Não recebimento da intervenção atribuída (Bias due to
departure from intended intervention)
• Perdas (Bias due to missing data)
• Aferição dos desfechos (Bias in measurement of
outcomes)
• Relato seletivo dos desfechos (Bias in selection of
reported results)
Domínios de vieses Pontos-chave
ConfundimentoAvalia se há potenciais confundidores (variáveis associadas ao fator em estudo e ao desfecho) e se foi realizada análise adequada (ex: ajustamento em análise multivariável para os potenciais confundidores)
Seleção dos participantes
Amostragem dos participantes (ex: se em estudo de caso-controle os controles foram selecionados da mesma fonte do que os casos). Se intervenção coincide com o início do follow-up (lead time-bias)
Aferição da intervenção
Forma de mensuração da ocorrência da intervenção (exposição) e confiança nessa informação.
Não recebimento da intervenção atribuída
Viés de performance e contaminação entre os grupos. Avaliar se os indivíduos de um determinado grupo efetivamente receberam as intervenções para as quais foram analisados. Avaliar potenciais co-intervenções.
Perdas Percentual de perdas e características dos indivíduos com dados faltantes em comparação aos com seguimento completo
Aferição dos desfechos
Forma de mensuração da ocorrência dos desfechos e a confiança nessa informação
Relato seletivo dos desfechos
Maior probabilidade de relato dos desfechos com resultados significativos
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Domínios de vieses Pontos-chave
Confundimento
VIESES PRÉ-INTERVENÇÃO
Podem ser considerados distintos entre estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados
Seleção dos participantes
Aferição da intervenção
Não recebimento da intervenção atribuída
VIESES PÓS-INTERVENÇÃO
Podem ser considerados semelhantes entre estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados
Perdas
Aferição dos desfechos
Relato seletivo dos desfechos
ROBINS-I
Para cada domínio – risco de viés:
- Baixo: estudo é comparável a um ECR bem conduzido
- Moderado: estudo de acordo, mas não pode ser considerado
comparável a um ECR bem conduzido
- Grave: estudo possui alguns problemas importantes no domínio
- Crítico: estudo bastante problemático no domínio para fornecer
evidência útil
- Sem informação
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ROBINS-I
Risco de Viés Critério
Baixo risco de viés(low risk of bias)
Baixo risco de viés em todos os domínios.
Moderado risco de viés (moderate risk of bias)
Baixo ou moderado risco de viés em todos os domínios.
Grave risco de viés(serious risk of bias)
Grave risco de viés em pelo menos um domínio, mas nenhum domínio classificado como crítico.
Crítico risco de viés(critical risk of bias)
Crítico risco de viés em pelo menos um domínio
Sem informação para julgamento do risco de viés (no information on which tobase a judgement about riskof bias)
Não há indicativo de que o estudo possua grave ou crítico risco de viés e não há informação suficiente em ou mais dos domínios
ROBINS-I
Formas de apresentação
Poucas revisões sistemáticas
publicadas utilizando o
instrumento
Em geral fizeram adaptações
Kennedy. Aliment Pharmacol Ther 2016
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ROBINS-I
Formas de apresentação
Imamura, BMJ 2015
Formas de apresentação
Roux. Trop Med Int Health 2016
ROBINS-I
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Formas de apresentação sugerida (HTANALYZE)
Study /outcome B
ias
du
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con
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ing
Bia
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sel
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Bia
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sel
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ort
edre
sult
s
Ove
rall
risk
of
Bia
s
Comments
Soares 2010(alloutcomes)
Critical Low Low Low NI Serious NI SeriousCrude data only
Smith 2002(mortality)
Low Low Low NI Low Low Low Low
Smith 2002(pain, plantar sensitivity)
Low Low Low NI Low Serious Low Serious
Lack ofblinding for outcomeassesment
ROBINS-I
Utilizando o conjunto da evidência para estudos observacionais
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Metanálise de E. Observacionais
Quando realizar
revisão
sistemática de
estudos
observacionais?Revisão sistemática de
Ensaios clínicos
Resposta inadequada(evidência
insuficiente)
Resposta adequada para a questão
(evidência robusta)
Revisão sistemática de estudos
observacionais
Questão de intervenção
(PICO)
Questão Revisão de ensaios clínicos Revisão de estudos observacionais
Intervenção (benefício)
É a estratégia preferencial na maioria das situações.
Pode ser realizada sequencialmente à revisão de ensaios clínicos, quando sua evidência não for robusta.
Intervenção (risco)
Pode ser utilizada inicialmente, mas é necessária judiciosa avaliação da evidência (poder dos estudos, viés de seleção e tempo de seguimento)
Geralmente possuem maior poder estatístico e população com maior representatividade. Preferencial para eventos pouco frequentes e que necessitam de maior tempo para a ocorrência.
Diagnóstico Estratégia adequada quando aaplicação de um teste diagnóstico se assemelha a uma intervenção.
Revisão sistemática de estudos de transversais e de estudos coortes são adequados para avaliar acurácia diagnóstica (sensibilidade e especificidade)
Etiologia - Estratégia preferencial. Estudos de coorte são mais adequados para desfechos frequentes; estudos de caso-controle são adequados para a avaliação de eventos raros.
Prognóstico - Estratégia preferencial. Estudos de coorte geralmente para questões prognósticas.
Frequência (prevalência e incidência)
- Estratégia preferencial.
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Questão Revisão de ensaios clínicos Revisão de estudos observacionais
Intervenção (benefício)
É a estratégia preferencial na maioria das situações.
Pode ser realizada sequencialmente à revisão de ensaios clínicos, quando sua evidência não for robusta.
Intervenção (risco)
Pode ser utilizada inicialmente, mas é necessária judiciosa avaliação da evidência (poder dos estudos, viés de seleção e tempo de seguimento)
Geralmente possuem maior poder estatístico e população com maior representatividade. Preferencial para eventos pouco frequentes e que necessitam de maior tempo para a ocorrência.
Diagnóstico Estratégia adequada quando aaplicação de um teste diagnóstico se assemelha a uma intervenção.
Revisão sistemática de estudos de transversais e de estudos coortes são adequados para avaliar acurácia diagnóstica (sensibilidade e especificidade)
Etiologia - Estratégia preferencial. Estudos de coorte são mais adequados para desfechos frequentes; estudos de caso-controle são adequados para a avaliação de eventos raros.
Prognóstico - Estratégia preferencial. Estudos de coorte geralmente para questões prognósticas.
Frequência (prevalência e incidência)
- Estratégia preferencial.
Metanálise de E. Observacionais
Modelagem preferencial com dados ajustados
Log e EP da medida sumária, não
utilizando taxa bruta de eventos
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100%
0%
Fatores que
aumentam a
confiança nos
resultados
Fatores que
diminuem a
confiança nos
resultados
Alto
Moderado
O
Baixo
OO
Muito
Baixo
OOO
Confi
ança
na
esti
mat
iva
100%
0%
Alto
Moderado
O
Baixo
OO
Muito
Baixo
OOO
Confi
ança
na
esti
mat
iva
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100%
0%
Alto
Moderado
O
Baixo
OO
Muito
Baixo
OOO
Confi
ança
na
esti
mat
iva
Magnitude de efeito grande (RR > 2 ou < 0,5)
Gradiente dose-resposta
Presença de potenciais confundidores
residuais subestimanto a magnitude do efeito
GRADE - UPGRADE
Uso principal em evidência de estudos observacionais
Em certas circunstâncias, utilizado em ECRs.
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Tamanho do efeito
Em geral – efeitos dramáticos. Ex:
- Todo mundo costumava ir mal
- Agora quase todo mundo vai bem
- Anticoagulação para válvula cardíaca mecânica
- Insulina para cetoacidose
- Prótese de quadril para osteoatrite grave...
Pontos de corte sugeridos
• Aumenta 1 nível: RR < 0,5 ou RR > 2
• Aumenta 2 níveis: RR < 0,2 ou RR > 5
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Tamanho do efeito
Metanálise de estudos observacionais:
• Uso de capacetes por ciclistas reduzem o risco de trauma
crânio encefálico
OR: 0,31; IC95% 0,25 a 0,38
Metanálise de estudos observacionais :
• Profilaxia com varfarin reduz o risco de tromboembolismo
em pacientes com valva cardíaca protética
RR 0,17; IC95% 0,13 a 0,24
RR 0.31(0.25 to 0.38)
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Tamanho do efeito
Obs: não se deve realizar upgrade de dados imprecisos (as vezes pode estar considerando não penalizar por pequenonúmero de eventos).Não se aconselhar realiza upgrade de evidência de ECRs com alto risco de viés (tamanho de efeito pode ser devido ao viés)
RR 4.00(2.14 to 7.47)
Tamanho do efeito
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Gradiente dose-resposta
A confiança é maior caso maiores efeitos sejam
observados com maiores níveis de exposição
Anticoagulação com varfarin aumenta risco de
sangramento:
• Estudos observacionais demonstraram que pacientes
recebendo maiores dosagens de varfarin, tem níveis mais
elevados de INR, possuindo também maior incidência de
sangramento.
Gradiente dose-resposta
Crianças com leucemia linfoblástica
Risco de neoplasias do SNC 15 anos após
irradiação cerebral:
• Sem radiação: 1% (95% CI 0% to 2.1%)
• 12 Gy: 1.6% (95% CI 0% to 3.4%)
• 18 Gy: 3.3% (95% CI 0.9% to 5.6%)
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Presença de vieses de confusão em
direção oposta
Vieses que se ajustados reforçariam os achados:
•Vão em direção contrária aos achados, aproximando a
associação da nulidade do efeito.
▪ O agente hipoglicemiante Fenformina causa acidose
láctica em indivíduos com função renal normal
▪ Devido a esse fato, suspeitava-se que a metformina
causasse também acidose láctica. Potencial viés de
aferição: médicos ficariam mais atentos aos efeitos
adversos causados por essa droga
▪ Grandes estudos observacionais não mostraram
associação.
Presença de vieses conservadores
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ROBINS-I e GRADE
Se usado o ROBINS-I adequadamente, a evidência começa
como alto, podendo cair um, dois ou três níveis devido a
risco de viés.
• Ainda não foi identificado nenhum exemplo onde seria
adequado não reduzir por risco de viés
• Tende a ser semelhante o resultado da abordagem prévia
Risco de Viés Impacto no GRADE
Baixo risco de viés(low risk of bias)
Mantém em Alto
Moderado risco de viés (moderate risk of bias)
Reduz um nível (moderado)
Grave risco de viés(serious risk of bias)
Reduz dois níveis (baixo)- Maioria das situações
Crítico risco de viés(critical risk of bias)
Reduz três níveis (muito baixo)