ava portuges
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OficinaLíngua Portuguesa I
AutoraProfª. Márcia Arouca
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Oficina de Língua Portuguesa I
Sumário
Classe de Palavras
Processo de Formação de Palavras
Concordância
Sintaxe de Pronomes
Estrutura Sintática do Período Simples
Pontuação
Crase
Regência Verbal
Tipos de Discurso
Variações Linguísticas
Funções da Linguagem
Figuras de Linguagem
Intertextualidade
Dicas de Leitura
Saiba Mais
Referência
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IntroduçãoCaro Estudante,
Seja bem-vindo!
Estaoficinatemoobjetivodeproporcionaroentendimentoarespeitodaorigemdoportu-
guêseasrazõespelasquaiséconsideradaumalínguatãocomplexa.Quandonosreferimosà
LínguaPortuguesa,émuitocomumouvirmosaspessoasdizeremquetrata-sedeumalínguamuito
difícil.Entretanto,convidamosvocêaconhecerumpoucodahistóriadaLínguaPortuguesa,acom-
preenderosmotivosqueatornamtãocomplexaeaomesmotempoencantadora.
Diante disso, considerando as variáveis existentes, aOficina de LínguaPortuguesa tem
comointuitoaproximá-lodeumnovomundolinguístico,omundo
acadêmico.Resgataremostudooquevocêestudouatéhojepara
adentrarmos,progressivamente,aoléxicoacadêmico.Iniciaremos
nossos estudos, analisando um vídeo produzido pela equipe da
Anhanguera, a respeito das diferentes formas de utilização da
linguagem.Percebacomoapartirdomesmotema,matériasobre
enchente, podemos desenvolver diferentes textos, utilizando
Um pouco de História
NoiníciodacolonizaçãoportuguesanoBrasil,otupi(conhecidotambémcomotupinambá,
umalínguadolitoralbrasileirodafamíliatupi-guarani) foiutilizadocomolínguaoficialna
colônia,aoladodoportuguês.Noentanto,em1757otupifoiproibidodevidoaumaProvisão
Realeoportuguêsfixou-secomooidiomadoBrasil,herdandováriasinfluênciasindígenas
eafricanas,devidoàescravidão.Comaindependência,em1822,oportuguêsfaladono
Brasilsofreunovasinfluênciasvindasdosimigranteseuropeus,queseinstalaramnocentro
suldopaís.Talfatoexplicaasvariaçõesdepronúnciaealgumasmudançassuperficiaisde
léxicoqueexistementreasdiferentesregiõesdoBrasil,quevariamdeacordocomofluxo
migratórioquecadaumarecebeu.Pormeiodaanálisedahistóriaépossívelcompreender
umpoucomelhoraorigemdacomplexidadedaLínguaPortuguesa.
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diversaslinguagensparaatrairpúblicosdistintos.Estaéumahabilidadeimprescindívelparaasua
nova jornada no universo acadêmico.
CLASSE DE PALAVRAS
Asclassesdepalavrassãocaracterizadaspelaspalavrasqueusamosdiariamente,sendo
divididasemdezclassesgramaticais,asaber:artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.Estaclassificaçãodepende,fundamental-mente,dasfunçõesqueelasexercememumaoração.
Vejamos:
“Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, questões de alta transcedência...”
Aoraçãoacimaéformadapordiferentespalavras,quesedividememclassesdistintas,entreelas:
• Numeral: quatro,cinco.• Substantivo:cavalheiros,noite,questões,transcendência.• Artigo: uma.• Conjunção: ou.• Verbo: debatiam.• Preposição: de.• Adjetivo: alta.
Observequealgumasclassespodemsofrermodificaçõesemsuaformaparaindicarflexõesdegênero,númeroegrau.Osubstantivocavalheiros,porexemplo,apareceflexionadonogêneromasculino e número plural. As classes que sofrem estas flexões são chamadas de variáveis:substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo. Asdemais:advérbio, preposição, conjunção e interjeiçãosãoinvariáveis,poisnãosofremmodificações.
Definições
Substantivoéapalavraqueusamosparanomearseres,coisaseideias.
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Estaclassificaçãonãosignificaquecadasubstantivotenhaapenasumaparticularidade.
Exemplo: •cachorro(comum,concreto,simpleseprimitivo).
Definições
Artigoéapalavraqueantecedeosubstantivoparadesigná-lodeformadeterminada(a,as,o,os)ouindeterminada(um,uns,uma,umas).
Os substantivos classificam-se em:
• Próprio: Maria,João,Brasil,Deus.
• Comum:menino,gato,colégio,rua.
• Concreto:Marcos,pedra,Terra,terra.
• Abstrato: amizade,ciúme,pensamento,fé.
• Simples:computador,caneta,carro,espelho.
• Composto: guarda-sol,fidalgo,passatempo,pedra-sabão.
• Primitivo:dente,café,pedra,flor.
• Derivado: dentadura,cafezal,pedreira,floricultura.
• Coletivo: cardume,exército,enxame,manada.
Classificam-se em:
• Definidos: a, as, o, os.
• Indefinidos: um, uns, uma, umas.
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Estaclassificaçãonãosignificaquecadasubstantivotenhaapenasumaparticularidade.
Exemplo:médico(comum,concreto,simpleseprimitivo). 1. Por favor, chamem um médico! 2. Por favor, chamem o médico!
Observe que, no primeiro exemplo, o substantivo médico não estava determinado,impossibilitando o reconhecimento domédico, tratando-se apenas de umprofissional qualquer.Entretanto,osegundoexemplodeixaclaraaespecificaçãodeumprofissionaldeterminado.
Adjetivoéapalavraquemodificaosubstantivo,expressandoumaqualidade,estadooucaracterística.
Numeraléapalavraqueexprimeumaquantidadeexatadeseres,ouumseremdeterminadaordem,ouaindafração,oumúltiplos.
Dividem-se em:
1. Explicativo:quandoindicaqualidadeessencialouinerenteaoser.
•Pedradura, água molhada, fogo quente.
2. Restritivo: quandoexpressaqualidadeacidentalaoser.
•Lindodia,colégioorganizado, bebida forte.
Classificam-se em:
1. Cardinais:indicamumaquantidadedeterminada.
•Umaluno,dois reais, cemdólares,duzentos gramas.
2. Ordinais: indicamordemouposição.
•Primeiroavião,milésimogol,décimo terceirocolocado.
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Definições
OsPronomessãopalavrasquerepresentamoserouaelesereferem,indicando-osapenascomopessoasdodiscurso(1ªpessoa-emissor,2ªpessoa-receptorou3ªpessoa-referente).
3. Multiplicativos: indicammultiplicação.
•Otriplodopreço,oquíntuplodasala,odobro de vezes.
4. Fracionários: indicamumafração.
•Dois quintosdasala,meio copod’agua,um quarto da turma.
Classificam-se em:
1. Pessoais: indicamaspessoasgramaticais.
•Retos - eu,tu,ele,nós,vós,eles.
•Oblíquos - me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco,
vos,convosco,o,os,a,as,lhe,lhes.
2. Possessivos: indicamposse.
1ª Pessoa:meu,minha,meus,minhas,nosso,nossa,nossos.
2ª Pessoa: te, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos.
3ª Pessoa: seu, sua, seus, suas.
Observação: Popularmente,ospronomespossessivosde2ªe3ªpessoasseconfundem no uso diário.
Exemplo: Marcelo, onde está seu carro?
(2ªPessoa)(3ªPessoa)
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Definições
Preposição é a palavra que serve de conectivo, ou seja, une termos em uma oração,estabelecendoinúmerasrelaçõesentreoantecedente(1ºtermo)eoconsequente(2ºtermo).
3. Demostrativo:indicamposição.
1ª Pessoa: este, esta, isto.
2º Pessoa: esse, essa, isso.
3º Pessoa: aquele,aquela,aquilo.
4. Interrogativos:sãoosindefinidosemfraseinterrogativas.
•Quem?Que?Quando?Qual?
5. Indefinidos: referem-se,demodoimpreciso,à3ªpessoa.
•Algum,alguém,ninguém,muito,nada,sicrano.
6. Relativos:referem-seatermosanteriores,ochamado“antecedente”.
•Que,Quem,O(s)qual,A(s)qual,Onde,Cujo(s)/a(s).
Classificam-se em:
1. Essenciais:a,ante,após,até,com,contra,de,desde,em,entre,para,perante,por,sem,sob,sobre,trás.(sãoseguidasdepronomeoblíquo).
2. Acidentais:como,conforme,afora,consoante,segundo,senão...(essaspreposiçõessãopalavrasdeoutrasclassesgramaticaisque,acidentalmente,funcionamcomopreposições.
Exemplo: A casa de Paulo fica a duas quadras daqui. (observe como apreposiçãodeestabeleceumarelaçãodepossedotermoantecedentecomootermoconsequente).
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Locuções prepositivas: conjunto de duas ou mais palavras, que tem o valor de umapreposição.Geralmenteseformamporadvérbio+preposição.
Exemplo:acercade,afimde,antesde,devidoa,atravésde.
Definições
Conjunções sãopalavrasqueligamoraçõesoupalavrasequivalentes.Classificam-seem:
• Coordenativas:ligamtermosoracionaisouoraçõessintaticamenteequivalentes,ouseja,deigualvaloroufunção.
• Subordinativas:ligamumaoraçãoaoutraqueneladesempenhaumafunçãosintática,ouseja,ligamumaoraçãoprincipalaumaoraçãoquelheésubordinada.
1. Aditivas: e, nem.Exemplo: LeonardoestudaeCarlostrabalha.
2. Alternativas: ou,ora...ora,já...já,quer...quer,etc.Exemplo: Ouvocêfazatarefa,ouvaitirarnotabaixanaescola.
3. Adversativas: mas,porém,contudo,todavia,entretanto,etc.Exemplo: Acabou-se o tempo das ressurreições, mas continua o dasinsurreições. 4. Conclusivas:logo,portanto,porisso,pois(depoisdoverbo).Exemplo: Penso,logoexisto.
5. Explicativas:que,porque,porquanto,pois(antesdoverbo).Exemplo:Nãováaoclube,poispoderáchover.
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Definições
Interjeiçãosãopalavrasinvariáveisquetransmitemestadosemotivos.
1. Integrante:que,se,como.Exemplo:Ninguémpercebeuqueeleviera.
2. Temporais:quando,enquanto,desdeque.Exemplo:Quandovocêfoiembora,meumundocaiu.
3. Proporcionais:quantomais...mais,àproporçãoque,àmedidaque.Exemplo: Quantomaissepeca,maisseafastadeDeus.
4. Finais: afimdeque,porque(=paraque),paraque.Exemplo: Chegouemcasa,afimdequeapegassenoflagra.
5. Causais:porque,vistoque,umavezque.Exemplo: Beatrizfoiaprovada,porqueestudavamuito. 6. Condicionais:se,caso,amenosque.Exemplo:Senãochoveramanhã,iremosaoclube.
7. Concessivas:embora,mesmoque,conquanto,sebemque.Exemplo:Emborafosseprolixo,nãoultrapassouotempoprevisto. 8. Conformativas: conforme, segundo, como.Exemplo:Elaestavameesperandonaporta,conformecombinamos.
9. Comparativas:como,tal...qual,menos...doque.Exemplo:Agarotalutoucomoumleão.
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Exemplo: • Salve!Salve!(saudação) •Ah!Comoachuvaébonita.(admiração) • Coragem!(animação)
Locuções interjetivas:expressãoformadapormaisdeumvocábulo,comvalordeinterjeição.
Exemplos: • Horasbolas! • NossaSenhora!
Advérbioéapalavraquemodificaumverbo,umadjetivo,outroadvérbioouumaoraçãointeira.Classificam-seem:
1. Advérbios de lugar: aqui,ali,lá,acolá,abaixo,acima,cá,perto,longeetc.Exemplo: Meuspaisresidiamaqui.
2. Advérbios de tempo: logo, agora, amanhã, depois, sempre, antes,raramente etc.Exemplo: Amanhã,chegaremosapraia.
3. Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, depressa, devagar,apressadamenteetc.Exemplo:Porqueagesassim?
4. Advérbios de intensidade: menos, muito, pouco, bastante, tão,completamenteetc.Exemplo: Aqueleshomenssãomuito fortes.
5. Advérbios de dúvida:provavelmente,talvez,quiçá,acasoetc.Exemplo: Provavelmente,elessairãodemadrugada.
6. Advérbios de afirmação: realmente, sim, deveras, positivamente,incontestavelmenteetc.Exemplo: Efetivamentenãoaceitaremosdesculpas.
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Observação: Osadvérbiossãopalavrasinvariáveis,istoé,nãosofremflexões.Observeoexemplo:
•Vocêviucomoaprofessoraestameia nervosa?
Apalavraemquestão(meia)estámodificandoumadjetivo(nervosa),ouseja,éumadvérbio,deveriaestarsemvariaçãoparaofeminino.
•Vocêviucomoaprofessoraestámeio nervosa?
Definições
Verboéapalavraqueexprimeação,estadooufenômenometeorológico.
Flexiona-seem: •Modo –indicativo,subjuntivoeimperativo. •Pessoa –primeira,segundaeterceira. •Número –pluralesingular. •Tempo–presente,pretéritoperfeito,pretéritoimperfeito,pretéritomaisqueperfeito,futurodopresenteefuturodopretérito. •Voz –ativa,passivaereflexiva.
7. Advérbios de negação: não,jamaisetc.Exemplo: Nãofomosconvidados,porémcomparecemosnoevento.
8. Advérbios de interrogação: onde,donde,aonde,como,quando.Exemplo: Quandofoiquevocêchegou?
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Modo prático para reconhecimento:
1. Modos verbais
•Omodoindicativoexpressaumacerteza.
Exemplo: Amei,jogarei,falava,contribuía,ri.
•Omodosubjuntivoexpressaumapossibilidade,umadúvidaouhipótese.
Exemplo: seeleperdesse,queeuame,quandoelefizer.
•Omodoimperativoexprimeumavontade,umdesejo,umaordem.
Exemplo:faça,coma,diga,liguem.
2. Vozes verbais
•Navozativaosujeitopraticaaaçãoverbal.
Exemplo: Ogarotoquebrouavidraça.
•Observequeosujeito(garoto)praticaaaçãoverbal.
Observe os exemplos:
1) “UmaCâmaracorruptaeviolentaconspirava contra os interesses de Sua Majestadeedopovo”.
Conspirava: verboconspirar,1ªou3ªpessoadosingular,pretéritoimperfeitodo indicativo.
2) “Provavelmente,senãochovesse, iríamos aoparque”.
Chovesse: verbo chover, 3ª pessoa do singular, pretérito imperfeito dosubjuntivo.
Iríamos:verboir,1ªpessoadoplural,futurodopretéritodoindicativo.
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•Navozpassivaosujeitosofreaaçãoverbal.
Exemplo: Avidraçafoiquebradapelogaroto.
•Navozreflexivaosujeitopraticaeaomesmotemposofreaação.
Exemplo: Ogarotosecortou.
•Osujeitopraticaaaçãodecortarquerecaisobresipróprio.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Osprincipaisprocessosdeformaçãodepalavras,dentrodaLínguaPortuguesa,seformam
deduasformas:
1. Composição: criaçãodeumanovapalavrapormeiodauniãodedoisoumaisradicais.
• Composição por justaposição:osradicaissejuntam,semocorreralteraçãofonética(mu-
dançadesom).
• Composição por aglutinação:osradicaissejuntamocorrendoalteraçãofonética.
Exemplos:
aguarda+chuva=guarda-chuva
asegunda+feira=segunda-feira
agira+sol=girassol
apassa+tempo=passatempo
apombo+correio=Pombo-correio
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Observe: Oquediferenciajustaposição de aglutinaçãoéofatodeocorrerounãoaltera-
çãofonética.
2. Derivação: formaçãodepalavrasnovasapartirdeumapalavraprimitiva.
• Prefixal:quandoseacrescentaumprefixoapalavraprimitiva. Exemplo: infeliz,repor,coexistir,desleal.
• Sufixal:quandoseacrescentaumsufixoapalavraprimitiva. Exemplo:felizmente, dormitório,lealdade,laranjal.
• Parassintética: quandoacrescentamosumprefixoeumsufixosimultâneosàpalavrapri-mitiva.
Exemplo: esfriar, amadurecer, empobrecer, desalmado.
• Regressiva: supressãodeelementos terminaisdapalavra.Ocorre,geralmente,deumverboparaumsubstantivoouvice-versa.
Exemplo: vender – a venda, combater – o combate, comunista – comuna,chinês–China.
• Imprópria:alteraçãodeclassemorfológica. Exemplos:
Ocantardospássarosmefaziasonhar.(nestecaso,cantarnãotemfunçãodeverbo,masdesubstantivo).
Onãoéumapalavradifícildeaceitar.(nestecaso,onãotemafunçãodesubstantivo).
Exemplos:
aágua+ardente=aguardente
aem+boa+hora=embora
aoutra+hora=outrora
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aPodemosencontrartambémoutrosprocessosdeformaçãodepalavras,asaber:
• Abreviação:formareduzidadecertaspalavras. Exemplo: cinema(cinematógrafo),pneu(pneumático),quilo(quilograma).
• Onomatopeia:palavrasqueprocuramreproduzirsonsouruídos. Exemplo: tique-taque, reco-reco, miau, pingue-pongue.
• Sigla: apresentaumcasoespecialdeabreviatura(masnãodeveserconfundidacomabre-
viação)formadageralmente,comasiniciaisqueasrepresentem.
Exemplos: ONU–OrganizaçãodasNaçõesUnidas. OAB–OrdemdosAdvogadosdoBrasil.
• Hibridismo:palavrasconstituídasporelementosdelínguasdiferentes. Exemplos:
buro+cracia(francês+grego).
auto+móvel(grego+latim).
goiá+beira(tupi+português).
CONCORDÂNCIA
DeacordocomMattosoCâmara(1974)“dá-seemgramáticaonomedeconcordânciaàcir-
cunstânciadeumadjetivovariaremgêneroenúmerodeacordocomosubstantivoaqueserefere
(concordâncianominal)eàdeumverbovariaremnúmeroepessoadeacordocomoseusujeito
(concordânciaverbal)”,ouseja,aconcordânciasefazpormeiodaacomodaçãodaspalavrasvari-
áveisaogênero,número,casooupessoadapalavraregente.
1. Concordância nominal: adjetivoconcordacomosubstantivoemgênero(masculinoefeminino)enúmero(singulareplural).
Exemplo: Alunosresponsáveis.
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Observequeosubstantivoestánomasculinoplural,consequentementeoadjetivotambém.
Exemplo: Mulher simpáticachamaaatenção.
Nestecaso,osubstantivoestánofemininosingulareoadjetivotambém.Caberessaltarque,
emalgunscasos,estaconcordânciapodesemodificar.Vejamosalgunsexemplos:
• Adjetivo colocado à frente de dois ou mais substantivos:nestecaso,oadjetivovaiparaopluralouconcordacomomaispróximo.
Exemplos:
Professor e diretora responsáveis. Lápisecaneta quebrada.
Observação: Seossubstantivosforemdegênerosdiferentes,optepelomasculinoplural. Exemplo: Ajunçãodoamarelo e o azul escuros formam a cor verde.
• Adjetivo antes de dois ou mais substantivos:concordacomotermomaispróximo. Exemplo: Videstruídosmeussonhoseplanos.
• Adjetivo composto:sóoúltimotermoflexiona-se. Exemplo:
Olhoscastanho-claros.
Senadores democrata-cristãos.
Exceçãoparasurdo-mudo,poisambosvariam.
• Adjetivo para cores:seapalavraqueindicacorforumadjetivo,deveráconcordarcomotermoaqualserefere,porém,seapalavraqueindicarcorforumsubstantivo,permaneceráinvari-
ável.
Exemplo:
Tapetesverde-musgo,saiasamarelo-ouro.
Olhosverdes,calçasvermelhas.
aObservequeparaosadjetivoscompostossegueamesmaregra.
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2. Concordância verbal: overbodeveconcordarcomosujeitoemnúmeroepessoa.
• Sujeito simples:overboconcordacomosujeitosimplesempessoaenúmero. Exemplo: Os estudantes fizeram asavaliações.
• Sujeito coletivo:overboficanosingular.Sevierseguidodeexpressãonopluralpodeirparaoplural.
Exemplos:
O enxame atacouaquelegaroto. O enxame de abelhas atacou (ou atacaram) aquelegaroto.
• Nome próprio plural:overboconcordacomoartigo,senãohouverartigooverboficanosingular.
Exemplos:
O amazonas nasce nos Andes.
Os Lusíadas exaltamagrandezadopovoportuguês.
SantoséumadasmaiorescidadesdeSãoPaulo.
• Pronome de tratamento:overboficasemprena3ªpessoa(ele). Exemplo:VossaAltezaengrandeceesteambiente.
• Ser Exemplos:
Os estudos são oquevocêsprecisam. Duzentos reais é pouco. Amanhãé dia 29 de janeiro.
É meio dia e meia.
São 12horasetrintaminutos.
SINTAXE DOS PRONOMES
Asintaxedecolocaçãosepreocupacomaadequadadistribuiçãodaspalavrasemumafra-
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se,afimdeseconseguirumaestruturasemambiguidades,ouseja,duplosentido.
Quandomontamosumaoração,aordemdos termospodevariardeacordocomoestilo
literário.
Chamamosdeordemdiretaacomposição:
Sujeito+verbo+complementosverbais+adjuntosadverbiais
• Observe o exemplo: Osalunosestudamdisciplinascomplexastodosossábados.
Nesteexemplo,temos:
•Osalunos–sujeito
•estudam–verbo
•disciplinascomplexas–complementoverbal
•todosossábados–adjuntoadverbial
1. Colocação dos pronomes
Paraentendermosacolocaçãodospronomes,primeiramente,devemosconhecerosprono-
mesquepodemsertrabalhadosemrelaçãoaosverbos.Sãoospronomesoblíquosátonos(me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes).
aOspronomesátonospodemocupartrêsposições:
1.1 Próclise: antes do verbo.
Exemplo: Nãosesabiaomotivodetantaamargura.
aSituações em que ocorre Próclise:
a) Com palavras ou expressões negativas: não,nunca,jamais,nada,ninguém,nem,demodoalgum.
Exemplo: Não se mexa,senãoelapodetepicar.
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b) Advérbios Exemplo: Aqui se vivecomsacrifício,masempaz.
Observesehouvervírguladepoisdoadvérbio,este(oadvérbio)deixadeatrairopronome.
Exemplo: Aqui, vive-secomsacrifício,masempaz.
c) Em frases interrogativas. Exemplo: Quando aviupelaultimavez?
d) Em frases exclamativas ou que exprimem desejo. Exemplo: Deus o abençoe!
e) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição em. Exemplo: Em setratandodela,tudoépossível.
f) Com verbos proparoxítonos (que não estejam no futuro do indicativo). Exemplo:Nóso censurávamos.
1.2 Mesóclise: no meio do verbo.
Exemplo: Dir-te-iapalavrasdóceis.
aSituação em que ocorre Mesóclise:
a)Comverbosnofuturodopresenteefuturodopretérito,semquehajafatordepróclise.
Exemplos:
Chegar-se-iacedoparaafesta. Chegar-se-ãocedoparaafesta.
1.3 Ênclise:depoisdoverbo. Exemplo:Oatacanteesqueceu-sedecomobalançararede.
aCasos em que ocorre ênclise
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a) Com o verbo no início da frase. Exemplo: Colocou-seadisposiçãodajustiça.
b) Com verbos no gerúndio não precedido de preposição em. Exemplo: Saiu deixando-nosporinstantes.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal. Exemplo: Seria de bom tom contar-lhe tudo.
ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO SIMPLES
Paraentenderaestruturadeumafrasedevemos,primeiramente,distinguirasdiferenças
entreexpressõesque,coloquialmente,sãoutilizadasdeformainadequada.
1. Frase:qualquerenunciadocomsentidocompleto. Exemplos:
a)Socorro!
b)Bomdia.
c)Rua!
d)Fogo!
2. Oração:fraseoupartedeumafrasequeseestruturaemtornodeumverbooudeumalocuçãoverbal.Geralmente,écompostadedoiselementosbásicos:osujeitoeopredicado.
Exemplos:
a)Oaparecimentode“GrandeSertão:Veredas”causouenormeimpacto.
b)“Minhaterratempalmeiras”.
c)“AspalavrasdeAtanagildovibraramnocoração”.
Observequeemtodososexemplostemosumtermoverbal,oquepermitedefiní-lascomo
oração.
3. Período:éafrasequeseestruturaemtornodeumaoumaisorações.Podeser:
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3.1 Simples:contendoapenasumnúcleoverbal(chamadaoraçãoabsoluta) Exemplo:Aequipebrasileiradefuteboldesembarcou em Londres.
3.2 Composto:contendodoisoumaisnúcleosverbais.Dividem-seem:
a) Por coordenação:contémoraçõesindependentes,quepodemserseparadasemperío-
dossimples,semquehajaperdadesentido.Esteperíodosedivideem:
aSindético: comconjunçõesinterligandoasorações. Exemplo: Aquelegarotodança e cantacomoninguém.
Deacordocomoexemplo,temos:
•1ªoração:Aquelegarotodança.
•2ªoração:cantacomoninguém.
Observecomoutilizamosumaconjunção(e)entreasorações.
aAssindético:semconjunçõesinterligandoasorações. Exemplo: Vim, vi, venci.
Deacordocomoexemplo:
•1ªoração:Vim
•2ªoração:vi
•3ªoração:venci
Observequeentreasoraçõesnãoháconjunçõesapenasvírgulas.
b) Por subordinação:contêmoraçõesqueexercemumafunçãosintáticaemrelaçãoaou-
trasorações,estasoraçõessãochamadasprincipais.
Classificam-seem:
aSubstantivas:Subjetiva,Objetivadireta,Objetivaindireta,Predicativa,CompletivaNomi-
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naleApositiva.
Todasasoraçõessubordinadassubstantivaspodemsertrocadasporisso, disso ou nisso.
aAdjetivas,epodemser:ExplicativaseRestritivas.
aAdverbiais, epodemser:Causais,Finais,Temporais,Condicionais,Concessivas,Com-
parativas,Conformativas,ConsecutivaseProporcionais.
PONTUAÇÃO
SegundopontuaçõesdeBechara,“entendemospontuaçãoum‘sistemadereforçodaescri-
ta’,constituídodesinaissintáticos,destinadosaorganizarasrelaçõeseaproporçãodaspartes
dodiscursoedaspausasoraiseescritas.Estessinaistambémparticipamdetodasasfunçõesda
sintaxe,gramaticais,entonacionaisesemânticas”(EvanildoBechara,ModernaGramáticaPortu-
guesa,p.604).
Asdefiniçõesacimapermitementenderqueapontuação tempor finalidadeassinalaras
pausaseasentonaçõesnaleitura,separarpalavras,expressõeseoraçõesqueprecisamserdes-
tacadas-efazeresclarecimentosarespeitodealgoqueseescreveu.
1. Vírgula: basicamente,podemosidentificarousodavírgulanosseguintescasos:
Observe esse exemplo:
É importante que faças os exercícios - É importante isso (subjetiva)
1ª oração: É importante
2ª oração: que faças os exercícios. (oração subordinada substantiva subjetiva).
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• Separar o aposto Exemplo:CarlosDrummonddeAndrade,poeta brasileiro,éumdosmaisconsagradoses-
critoresdapoesiamundial.
• Separar o vocativo Exemplo: Senhor professor,porquemepersegues?
• Nas datas Exemplo:RibeirãoPreto,06 de setembro de 1973.
• Separar expressões explicativas Exemplo: Ousodasvírgulasnãoéalgocomplicado,isto é,necessita-sedecompreensão.
• Advérbio deslocado Exemplo: Naquela manhã de primavera,conheciaverdadeirarazãodeviver.
• Separar elementos de mesma função sintática: Exemplo:Aquelaluzeraparamimmeurefúgio, fortaleza, socorro e esperança.
Observação: Constituierrogravecolocarvírgulas entre sujeito e verbo, e verbos e seus complementos.
Exemplos:
O professor, mandouchamarseusalunos. Naquelaprovíncia,todosamavam, o crepúsculo.
2. Ponto e vírgula
Utilizamosparadiferenciarousodeumavírgulaeparasalientarumapausamaior.
Exemplo:“D.Evaristafaziaesforçosparaaderiraestaopiniãodomarido;mas,aindades-
contandotrêsquartaspartes...”.
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oficina
3. Dois pontos
Anunciamumacitação,ouumaenumeração,ouumesclarecimento,ouumasíntesedoque
se acabou de dizer.
Exemplos:
a)“Vilelanãorespondeu:tinhaasfeiçõesdecompostas...”.
b)Oalunofoiparaaexcursãolevando:dinheiro,umasacola,cartãodecrédito,emuitavon-
tade.
4. Reticências
Usamosparainterromperumpensamento.
Exemplo: “Oalienistamalpodiadissimularoassombro;confessouqueesperavaoutracou-
sa,oarrasamentodohospício,aprisãodele,odesterro,tudo,menos...”.
5. Aspas
Utilizamosparadestacartermosestrangeiros,gírias;identificartermosdeoutroautor;real-
çarnomesdeobraseautores.
Exemplos:
a)Meulivrofavoritoé:“DomCasmurro”.
b)“Acasacaiu”paraaquelaquadrilha.
6. Travessão
Utilizamosparasubstituirasvírgulas,parainiciardiscursodiretoesubstituirosparênteses.
Exemplos:
a)-Ondevocêmora?
b)Umdomingo–nuncaesqueceuessedomingo–passeavapelocampoeencontrou-a.
27
oficina
CRASE
Craseéafusãooucontraçãodeduasvogaisidênticas.Representa-segraficamenteacrase
peloacentograve.(`).
Paraasuautilizaçãodeve-se,primeiramente,entenderoquesignificaestafusão:
Énecessáriohaver:
a)umtermoqueexijaapreposiçãoa.
b)outrotermoqueaceiteoartigoa.
Exemplo: Fizeram referências àfilhadogovernador.
Observequeotermo“referência”exigeumapreposição(a)eotermo“filha”exigeoartigo
(a).Destaformafundimosasduasvogais.(a+a=à)
Paratermoscertezadequeo“a”aparecerepetido,bastautilizarmosalgunsartifícios:
•Substituaapalavrafemininaporumamasculinacorrespondente.Seaparecerao ou aos diantedepalavrasmasculinas,éporqueocorreacrase.
•Substituaoa porpara ou para a.Seaparecerparaa,ocorreacrase:
Exemplos:
Dirigiram-se àescola.
Dirigiram-se aocolégio.
Respondiàsquestões.
Respondiaosquestionários.
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•Substituaoverbo ir peloverbovoltar.Seapareceraexpressãovoltar da,éporqueocorrea crase.
• Não ocorre a Crase
a)Antesdepalavrasmasculinas.
Exemplo: Aquelehomemnãogostavadeandar a cavalo.
b)Antesdepronomes.
Exemplo: Odinheiropertenciaa ela.
c)Antesdeverbosnoinfinitivo.
Exemplo: Ocomércioabriráa partir de sábado.
d)Comexpressõesrepetidas.
Exemplo: Dia a diaomundoiadesabandosobreminhacabeça.
Exemplos:
Enviarei uma carta a você.
Enviarei uma carta para você.
Fui à França.
Fui para aFrança.
Exemplos:
Iríamos a SãoPaulo.
VoltaríamosdeSãoPaulo.
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e)Quandoo“a”vemantesdeumapalavranoplural:
Exemplo:QuedadaBovespacausatemora empresárias.
f)Antesdepronomesdetratamento,exceçãofeitaasenhora,senhorita,donaemadame.
Exemplo: Dirigiu-se aVossaExcelênciacommuitacordialidade. Acorrespondênciaéendereçadaà madame.
• Crase facultativa
a)Antesdenomesprópriosdepessoasfemininos.
Exemplo: Refiro-meà(a)Marina.
b)Antesdepronomespossessivosfemininos.
Exemplo:Dirija-seà(a)suacomarca.
c)Depoisdapreposiçãoaté:
Exemplo: Fuiatéà(a)lanchonetedaescola.
• Casos particulares
a)Quandoapalavracasaéempregadanosentidodelarenãovemdeterminadaporne-
nhumadjuntoadnominal(especificador),nãoocorreacrase.
Exemplos:
Chegueiacasaparaaveriguarosdanos.
Volteiàcasademeuspais.
b)Quandoapalavraterraforutilizadaparadesignarchãofirme,nãoocorrecrase.
Exemplos:
Ospirataschegaramaterraparabuscarasriquezas.
Fuiàterrademeusantepassados.
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Observaçõescomplementares:
a)Nasindicaçõesdonúmerodehoras.Seahoravierdeterminada,ocorrecrase.
Exemplo: ChegaremosaSãoJoãoàsnovehoras.
b)Seahoranãoestiverdeterminadanãoocorreacrase.
Exemplo:ChegaremosaSãoJoãodaquiaumahora.
c)Naexpressãoàmodade,mesmoqueapalavramodavenhaoculta:
Exemplo: Jantamosumbifeà(moda)parmegiana.
d)Apalavradistânciasóadmiteartigoquandoestiverespecificada.
Exemplos:
Fiqueadistância.
Minhacasaficaàdistânciade2kmdaqui.
REGÊNCIA VERBAL
Trata-sedasrelaçõesdedependênciasentretermosdaoração(termosregentesetermos
regidos).Chamamosregentesaostermosqueprecisamdecomplementosederegidosaostermos
quecompletamosentidodoprimeiro(Objetos).
Éimportanteconhecerostermos:
aRegentes – Verbos aRegidos – Complementos=Objetos aVTD – verbo transitivo direto
aVTI – verbo transitivo indireto
aVI – verbo intransitivo
aVTDI – verbo transitivo direto e indireto
aOD – objeto direto
aOI – objeto indireto
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Atenteparaadiferençaentrecomplementonominaleobjetoindireto.
Lembre-se de que: •Objetoindiretocompletaosentidodeumverbo.
•Complementonominalcompletaosentidodeumnome(substantivoeadjetivo).
Veja o exemplo:
Enviei uma cartaparaminhaamada.
Nesteexemplo,temos:
• Regente:enviei(verbo)
• Regido: umacarta(objeto)
Observequeoverboenviarnecessitadeumcompleto(regente),quenestecasoéumacarta
(regido).
Observe o próximo exemplo:
Tenhomedodeescuro.
Nestecaso,“deescuro”completaosentidodosubstantivo“medo”.Temosentão:
• Regente:medo(substantivo)
• Regido: deescuro(complementonominal)
Noportuguês,asrelaçõesentreverboseseuscomplementosvariamdeacordocomcada
verbo,poisalgunscomplementosvirãopreposicionados,sendofundamentalconheceratransitivi-
dadeverbal.Observeostiposdeverbos:
a) Verbos transitivos diretos:sãoverbosquenecessitamdecomplementos,eestesseligamdiretamenteaeles,ouseja,nãohápreposição.
Exemplos:
“Oalfereseliminouohomem”. Maria amavaaartecomoninguém.
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Observequeostermosquecompletamosverbosnãovêmregidosdepreposição.
b) Verbos transitivos indiretos:sãoverbosquenecessitamdecomplementos,eestesvêmpreposicionados.
Exemplos:
As garotas gostavamdesuasférias.
Oministrofoiaopaláciodoplanalto.
Observequeostermosquecompletamosverbosvêmregidosdepreposição(de,a).Neste
exemploháumacombinaçãodeumapreposiçãomaisumartigo(ao).
c) Verbos transitivos diretos e indiretos:sãoverbosqueadmitemduasconstruções,umatransitiva direta, outra indireta.
Exemplos: Osfuncionáriosreceberamopagamentodeseuspatrões.
Observequeesteexemplotrazdoiscomplementos:o pagamento (sempreposição)ede seus patrões (compreposição).
d) Verbos intransitivos: estesverbosnãonecessitamdecomplementos. Exemplo: Todoserhumanoama.
e)Casoestesverbosvenhamseguidosdeexpressãocomplementar,estanãoserácomple-
mentoverbal,esim,adjuntosadverbiais.
Exemplo: Chegueiaestacasanumaprimavera.
Nesteexemplo,“aestacasanumaprimavera”:adjuntoadverbialdelugaretempo.
Regência de alguns verbos
• Assistir
a) No sentido de ver (VTI). Exemplo: Assistimosaoespetáculoempé.
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b) No sentido de cuidar (VTD). Exemplo: Osmédicosassistemospacientes.
c) No sentido de morar (VI) Exemplo:MeussobrinhosassistememSãoJoão.
• Aspirar
a) No sentido de respirar (VTD). Exemplo: Nósaspiramosumarpuro.
b) No sentido de desejar (VTI). Exemplo: Osestudantesaspiramaumacarreiradesucesso.
• Visar
a) No sentido de apontar (VTD) Exemplo:Viseiocentrodoalvo.
b) No sentido de objetivar (VTI) Exemplo: Commeusestudos,euvisoaumcargomelhor.
Háverbosqueadmitemmaisdeumaregência.
• Casar
Exemplos:
VTD–Minhaprimanãoquersecasarantesdostrinta.
VTI–Nãoencontroumapessoaparasecasarcomminhafilha.
• Lembrar
Exemplos:
VTD–Lembreioseunome.
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VTI–Lembrei-medoseunome.
• Chamar
Exemplos:
VTD–Minhamãechamouapolícia.
VTI–Meusfilhoschamavampormim.
TIPOS DE DISCURSO
Discursossãoasnormastextuaisqueutilizamosparanosreferir,noenunciado,àspalavras
oupensamentosdonossointerlocutor.Napráticasetratadafalaemumtexto.
Osdiscursossedividememtrêstipos:
1. Discursos direto: éareproduçãofieletextualdosdiálogosdapersonagem.Geralmente,osdiscursosdiretosaparecemantecedidosportravessãoouaspas.
Exemplos:
Queéquevocêtem?
Nãotenhonada.
Nada?Parecequeestádormindo!
2. Discurso indireto:nestediscurso,onarradorexprimeindiretamenteafaladaspersona-
gens.Onarradorsecolocacomoumouvinteeretrataasfalasdemaneiraindireta.Comotrata-se
deumareprodução,hánecessidadedemostrarodiálogo,sendoindispensávelapresençadever-
bosdeelocução(verbosqueusamosparaintroduzirdiálogos–falar,responder,dizeretc).
Exemplo:
Leonardodissequenãosairiadecasa.
Observeque,nestediscurso,onarradorreproduza faladapersonagempormeiodeum
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verbodeelocução(dizer).Setransportamosparaodiscursodireto,teremos:
-NãosaireidessaCasa!DisseLeonardo.
Nestediscurso,ousodoverbodeelocuçãoéfacultativo.
3. Discurso indireto livre: esteéumamescladosoutrosdoisdiscursos.Éconsideradoomaiscomplicado,poisonarradorreproduzasfalascomoseelepróprioestivessefalando.
Exemplo:
Carolinajánãosabiaoquefazer.Estavadesesperada,comafomeencarrapitada.
Que fome! Que faço? Maspareciaqueumaluzexistia…
Observequeodiscurso indireto livre(trechoemnegrito) reproduza faladapersonagem,
porémnãoseencontrapontuação,ouseja,travessãoouaspas,tampoucoverbosdeclarativos.
uTransposição de discurso
Parasetransporodiscursodiretoparaoindireto,deve-seobservarasseguintesmodifica-
çõesjuntoaosverbos:
Presente Pretérito Imperfeito Oprofessordisse: Oprofessordissequeiria. - Eu vou.
Pretérito Perfeito Pretérito mais que perfeito -Porquevocênãojantouontem? Perguntou-lheporquenãojantaraontem.
Futuro do presente Futuro do pretérito -Nãoirieiàcasadepapai! Joanaargumentouquenãoiriaàcasade ArgumentouJoana. seupai.
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Imperativo Pretérito do subjuntivo Marina,áspera,gritou: Marina,áspera,gritouparaquesaíssede -Saiadaminhafrente! suafrente.
Observecomonatransposiçãodediscursoosverbosdeelocuçãonãomudamdetempo,somenteosverbosdosdiscursoséquesemodificam.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Nãopodemosconfundirafalacomaescrita.Apesardehavercorrelações,oatodeescrever
émuitodiferentedoatodefalar.Eagrandediferençareside,essencialmente,nofatodointerlo-
cutorestarpresentenahoradafalaeausentenomomentoemqueescrevemos.Quandofalamos,
qualquerproblemanainterpretaçãooucompreensãopodeserimediatamenteretomadoesolucio-
nadopormeiodeumainterrupçãodequemnosouça;alémdoque,quandoconversamosousomos
ouvidos,outroscomponentesda“fala”formamumambientepropício:gestos,expressõesfaciais,
tonsdevozquecompletam,modificam,reforçamoquedizemos.
Na fala tambémpodemacontecer variaçõesdepronúncia, vocabulárioegramática, pois
cadaregiãodeterminaasualíngua.Cabesalientarqueasvariaçõeslinguísticasnãoocorremso-
menteemregiõesdiferentes,poisnumadeterminadaregiãoexistetambémasvariaçõesdialetais
etárias,sociais,referentesaosexomasculinoefemininoeestilístico.
Veja outro exemplo:
RIODEJANEIRO—Em1973,fuitrabalharnumarevistabrasileiraeditadaemLisboa.Logo
noprimeirodia,tiveumaamostradasdeliciosasdiferençasquenosseparavam,anóseaos
portugueses,emmatériadelíngua.Houveumproblemanobanheirodaredaçãoeeudisseà
secretária:“Isabel,porfavor,chameobombeiroparaconsertaradescargadaprivada.”Isabel
franziuatestaesóentendeuasquatroprimeiraspalavras.Pelovisto,euestavalhepedindo
quechamasseaBandadoCorpodeBombeirosparadarumconcertoparticularquemar-
chassedobradonaredação.Porsorte,umcolegabrasileiro,emLisboahaviaalgumtempo
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ejáescoladonosmeandrosdalíngua,traduziuorecado:“Isabel,chameocanalizadorpara
repararoautoclismodaretrete.”EsóentãoobelorostodeIsabelseiluminou.(RuyCastro,
FolhadeS.Paulo).
Esteexemplomostracomoalínguaportuguesanãoéumaentidadehomogênea,monolí-
tica.É,naverdade,umaabstração,poiselaabarcatodaumasériedevariantes,queconstituem
manifestaçõesourealizaçõesconcretasdesimesma.Estaabstraçãoéumbomexemplodoque
chamamosvariantes linguísticas.Empregamosvocábulosdiferentes, emdiversos lugares, para
designaramesmarealidade,nãosetratandodeumequívocolinguístico,pelocontrário,émanifes-
taçãocriativadoserhumano.
Podemosenumerardiversasvariaçõeslinguísticas,vejamosalgumasdelas:
aPopular
aSertanejo
aRural
aFormal
aInformal
aRegional
Hácertadificuldadedeentendimentooudeaceitaçãodeformasalternativas.Entretanto,a
realidadenosensinaquehávarianteslinguísticasválidase,emrazãodisso,acompreensãode
umalínguanãodeve-sepautarem“certoouerrado”,mas“adequadoouinadequado”dependendo
dasituação.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Primeiramente,paramelhorcompreensãodasfunçõesdelinguagem,torna-senecessárioo
estudodoselementosdacomunicação.Sãoeles:
1. Emissor: envia uma mensagem.
2. Receptor: recebe a mensagem.
3. Mensagem: conteúdotransmitidopeloemissor.
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4. Código: conjuntodesignosusadonatransmissãoerecepçãodamensagem. 5. Referente:contextorelacionadoaemissorereceptor. 6. Canal:meiopeloqualcirculaamensagem.
Funções da linguagem
1. Função emotiva (ou expressiva) Centralizadanoemissor,revelandosuaopinião,suaemoção.Quandoháênfasenoemissor
(1ªpessoadosingular).Elaapresentamarcassubjetivasdequemfala.
Exemplo:
“Sentiaummedohorríveleaomesmotempodesejavaqueumgritomeanunciassequalquer
acontecimentoextraordinário”.
2. Função referencial (ou denotativa) Centralizadanoreferente,quandooemissorprocuraoferecerinformaçõesdarealidade.Ob-
jetiva,direta,denotativa,prevalecendoa3ªpessoadosingular.Certamenteamaiscomumemais
utilizadanodiaadia.
Exemplo:
“Seleçãobrasileiraderrotajaponesa”.
3. Função apelativa (ou conativa) Centraliza-senoreceptor;oemissorprocurainfluenciarocomportamentodoreceptor,bus-
candomobilizarasuaatenção.Comooemissorsedirigeaoreceptor,écomumousodevocativo
eimperativo.Usadacomumentenaspropagandas,poissedirigemdiretamenteaoconsumidor.
Exemplos:
“Fazum21.”
“VempraCaixavocêtambém.”
4. Função fática Centralizadanocanal,tendocomoobjetivomanteraconexãoentreosfalantes.Linguagem
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dasfalastelefônicas,saudações.
Exemplos:
Alô!
“Um,dois,testando...”
5. Função poética Centralizadanamensagem,valorizaaparteestética,ouseja,usodepalavrasfiguradas,
combinaçõesemrimasemetáforas.Encontramosestafunçãoemtextospoéticos,namúsica,no
teatro,napinturaetc.
Exemplo:“Opoetaéumfingidor
Fingetãocompletamente
Quechegaafingirqueédor
Adorquedeverassente.”
(FernandoPessoa)
6. Função metalinguística Centralizadanocódigo,visaàtraduçãodocódigopormeiodoprópriocódigo.Encontramos
estafunçãoemproduçõesdetextosquesevalemdoprópriotextoparaseelaborar.Osdicionários
sãometalinguísticosporexcelência.
Exemplo:
Amor:substantivomasculino,sentimentoqueinduzaaproximar.
Nesteexemplo,observequeháexplicaçãodeumapalavra,pormeiodeoutraspalavras.
É importante ressaltarqueummesmo textopodemaparecervárias funções
dalinguagem.Deve-seidentificarqualafunçãoquepredominanotexto,para
entãodefini-lo.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Quandoelaboramosumtexto,utilizamosumestiloinconscientemente,ouseja,empregamos
palavrasquemaisseadaptamaotextoredigido.Aprincipalmaneiradevalorizarumtextoéutilizar
umrecursoqueenriqueçaseuestiloe,paraisso,sevalemasfigurasdepalavras.Elasrevelam
muitodasensibilidadedequemasproduz,traduzindoparticularidadesestilísticasdoautor.Apala-
vraempregadaemsentidofigurado,nãodenotativo,passaapertenceraoutrocampodesignifica-
ção,maisamploecriativo.
Poressemotivo,quandoumtextoestábemredigido,nãosignifica,necessariamente,que
estejabemescrito,masqueaescolhadaspalavrasfoiadequada.Asfigurasdelinguagemclassifi-
cam-seem:
1. Figuras de palavras
a) Comparação: éaaproximaçãoentredoiselementosqueseidentificam,ligadosporco-
nectivoscomparativos.
Exemplo:
“Meupensamentoécomoumriosubterrâneo.”
b) Metáfora: éoempregodeum termocomsignificadodiferentedohabitual, combasenumarelaçãodesemelhançaentreosentidopróprioeosentidofigurado.
Exemplo:
“Oamoréfogo...”.
c) Metonímia: éa substituiçãodeumapalavrapor outra, havendoentreambasalgumasemelhança.Éconhecidacomoapartepelotodo,ouseja,utiliza-seumapalavraquesubmetaao
todo.
Exemplo:
Porfavor,devolva-meoNeruda!
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d) Catacrese:éumametáforadesgastada,emqueousodestaexpressãojáfazpartedovocabulário.
Exemplos:
manga da camisa.
céudaboca.
e) Sinestesia: éafusãodesensaçõespercebidaspordiferentesórgãosdosentido.
Exemplo:
Olheessearoma.
Nesteexemplo,observequeutiliza-seolhar emlugardesentir.
f) Antonomásia: consisteemsubstituirumnomeporumaexpressãoqueoidentifiquecomfacilidade.
Exemplos:
PeléfoiomaiorartilheirodoBrasil.
Pelé–EdsonArantesdoNascimento.
g) Alegoria:éoconjuntodemetáforas.
Exemplo:
“Avidaéumaopera.Otenoreobarítonolutampelosoprano,empresençadobaixoedos
comprimários...”.(MachadodeAssis)
2. Figuras de pensamento
a) Antítese: éaaproximaçãodetermoscontrários,depalavrasqueseopõempelosentido.
Exemplo:
“Osjardinstêmvidaemorte.”
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b) Hipérbole: éaexagerodeumaideiacomfinalidadeenfática.
Exemplo:
“Choreiriosdelágrimas.”
c) Paradoxo:éaaproximaçãodeideiascontrárias.
Exemplo:
“Oamoréfogoqueardesemsever.”
d) Ironia:éafiguraqueapresentaumtermoemsentidoopostoaousual,obtendo-se,comisso,efeitocríticoouhumorístico.
Exemplo:
“AexcelenteDonaInáciaeramestranaartedejudiardecrianças.”
e) Prosopopeia:consisteematribuircaracterísticashumanasaseresecoisasinanimados.Tambémchamadadepersonificação.
Exemplo:
Cuidado,asparedestemouvidos.
f) Gradação: ocorregradaçãoquandoháumasequênciadepalavrasqueintensificamumamesma ideia.
Exemplo:
“Umcoraçãochagadodedesejos,latejando,batendo,restrugindo”.
g) Apostrofe:éumchamamento,correspondeaovocativonaanálisesintática.
Exemplo:
“SenhorDeusdosdesgraçados!
Dizei-mevós,SenhorDeus!”
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3. Figura de sintaxe
a) Elipse:consistenaomissãodeumtermofacilmenteidentificávelpelocontexto.
Exemplo:
“Morremosdiaadia.”
-Elipsedopronome(nós)
b) Hipérbato:éainversãodetermossintáticosdentrodeumaoração.
Exemplo:
“Naquelamanhã,brincavamascriançasnoparque”.
c) Zeugma: consistenaomissãodeumtermojáaparente.
Exemplo:
“Rubiãofezumgesto,Palhaoutro;masquãodiferentes.”(fez)
d) Silepse:consistenaconcordânciaideológica,ouseja,aconcordâncianãosedácomapalavra,massim,comaideia.Asilepsepodeser:
aDe gênero Exemplo:
VossaExcelênciaestápreocupado.
a De número Exemplo:
“Corriagentedetodoslados,egritavam”.
aDe pessoa Exemplo:
“Agentesomosinútil”.
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e) Pleonasmo:éarepetiçãodamesmaideiacujafinalidadeéreforçaramensagem.
Exemplo:
“Ómarsalgado...”.
f) Polissíndeto:éarepetiçãodeconjunções.
Exemplo:
Eria,edançava,epulava,enãosecansava.
4. Figuras de harmonia
a) Aliteração: éarepetiçãodamesmaconsoante.
Exemplo:
“Danoiteatardeeataciturnatrovasoluça...”
b) Assonância:éarepetiçãoordenadadesonsvocálicosidênticos.
Exemplo:
“SouAna,dacama
dacana,fulana
souAnadeAmsterdam”
(ChicoBuarque)
c) Onomatopeia:ocorrequandoumapalavraimitaumruídoousom.
Exemplos:
Tic-tac!–relógio.
Atchim!–espirro.
Miau! – miado.
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INTERTEXTUALIDADE
Aintertextualidadepodeserdefinidacomoum“diálogo”entretextos.Essediálogopresupõe
umamploecomplexouniversocultural,queimplicaaidentificaçãoeoreconhecimentoderemis-
sõesaobrasouatrechosmaisoumenosconhecidos.Aintertextualidadepodeterfunçõesdiferen-
tes,quedependemdostextos,contextosemqueestáinserida.
Napráticaacontecequandoháumareferênciaexplícitaouimplícitadeumtextoemoutro.
Exemplo:
TextoOriginal
“Minhaterratempalmeiras
Ondecantaosabiá,
Asavesqueaquigorjeiam
Nãogorjeiamcomolá”.
(GonçalvesDias,“Cançãodoexílio”)
aAgoraobserveotextodeCarlosDrummonddeAndrade:
“Meusolhosbrasileirossefechamsaudosos
Minhabocaprocuraa‘CançãodoExílio’,
Comoeramesmoa‘CançãodoExílio’?
Eutãoesquecidodeminhaterra...
Aiterraquetempalmeiras
Ondecataosabiá!”.
(CarlosDrummonddeAndrade,“Europa,FrançaeBahia”).
OpoetaCarlosDrummonddeAndraderetomaotextoprimitivo,conservandosuasideias.
Nãohámudançadosentidoprincipaldotexto,queéasaudadedaterranatal.
Alémdetextos,aintertextualidadepodeocorreremoutrasformasliterárias,comonamúsi-
ca,pintura,filme,novelaetc.Bastaqueumaobrafaçaalusãoàoutra.
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Entretanto,paracompreenderapresençadestemecanismoemumtexto,énecessárioque
apessoadetenhaumaexperiênciademundoeumnívelculturalsignificativo.(www.infoescola.com)
Dicas de Leitura
O Guardador de RebanhosOGuardadordeRebanhoséumpoemaconstituídopor49 textosescritospelo
heterônimoFernandoPessoa,AlbertoCaeiro,em1914.FernandoPessoaatribuiu
suagênesesaumaúnicanoitedeinsôniadeCaeiro.
A MetamorfoseAMetamorfose(Die Verwandlung,emalemão),éumcontoescritoporFranzKafka,
publicadopelaprimeiravezem1915.Nolivro,opersonagemGregorSamsa,um
caixeiro viajante, possui preocupaçõesquepassampor: pensamentospráticos,
relacionadosasuametamorfose,bemcomoconflitospsicológicosesentimentais.
IracemaIracema(ouIracema, lenda do Ceará)éumromancedaliteraturaromânticabra-
sileira,publicadoem1865,escritoporJosédealencar.Oromanceconta,deforma
poética,oamorquaseimpossívelentreumbranco,MartimSoaresMoreno,pela
índiaIracema,avirgemdoslábiosdemeledecabelosmaisnegrosqueaasada
graúna.Explica,poeticamente,asorigensdaterranataldoautor,oCeará.
O AlienistaMachadodeAssisretratapormeiodaobsessãocientíficadoDr.SimãoBaca-
marteedesuasconsequênciasparaavidadeItaguaí,acríticaaimportação
insdiscriminadadeteoriasdeterministasepositivistasemnossopaís.
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O Crime do Padre AmaroO Crime do Padre AmaroéumadasobrasdoescritorportuguêsEçadeQuei-rósmaisdifundidaspor todoomundo.Trata-sedeumaobrapolêmica, que
causouprotestosdaIgrejaCatólicaaoserpublicada,em1875,emPortugal.
TratadoromanceentreAmaroeajovemAmélia,quesurgenumambienteem
queoprópriopapeldareligiãoéalvodegrandesdiscussõeseamoralidadede
cadaumépostaàprova.Enquantoatrágicahistóriadeamorsedesenvolve,
personagenssecundáriostravaminstigantesdebatessobreopapeldafé.
Saiba Mais
Assistaaosvídeosaseguireamplieseuconhecimento.
Cliquenaimagem,acesseo linkedescubra,sempreciosismos,asdificuldadeslinguísticasque
enfrentamosaofalaronossoidioma.(ProfessorPasquale).
Tire dúvidas como:•QuandousarPorque,Porque,PorquêouPorquê.
•Oloboémauoumal?
Referência
CÂMARA JR., J. Mattoso. Dicionário de filologia e gramática referente à língua portuguesa. 5.ed. refundida e aumentada. Rio de Janeiro: J.Ozon,1974.