aula história da psiquiatria
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HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
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A DOENÇA MENTAL NA PRÉ-HISTÓRIA
Observa-se as diferentes denominações da loucuraatravés dos tempos:
Possuídos por espíritos; Mania ou furor insano; Sofrimento da alma; Perda das Faculdades Mentais; Louco, lunático, lelé, maniático, tança, demente; Alienado, insano (Pinel, Esquirol. Atendimento asilar).
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A DOENÇA MENTAL NA PRÉ-HISTÓRIA
O homem primitivo atribuía todas as doenças àação de forças externas, forças sobrenaturais, maus
espíritos, bruxos, demônios , deuses.
Acredita-se que nessa época as pessoas comdistúrbios de comportamento eram atendidas em rituaistribais para corrigir tal distúrbio.
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ANTIGUIDADE
Na Grécia e Roma antigas não existiamprocedimentos ou espaços sociais destinados aos“loucos” .
Os ricos permaneciam em suas residências e Os pobres circulavam pelas ruas, onde recebiamcaridade pública ou realizavam pequenos serviços.
A sociedade atribuía as crises de agitação a forçassobrenaturais, decorrentes de possessões demoníacas.
O indivíduo louco era visto como um problema familiar e não social.
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ANTIGUIDADE (CONT.)
A atitude humanitária proposta atualmente pelaPsiquiatria Social pode ser encontrada também na Grécia
de 860 a.C., quando os sacerdotes gregos completavamos encantamentos destinados aos mentalmenteperturbados com recomendações de que eles fossemtratados com bondade e com sugestões de que lhesfossem proporcionadas atividades físicas.
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ANTIGUIDADE (CONT.)
Nessa mesma época, médicos, estudiosos tinhamgrande consideração pelos doentes, estes podiamdesfrutar de ar fresco, água pura, luz solar.
Mestres, alunos e doentes faziam caminhadas,encenações teatrais para melhorar o “humor”.
No entanto os paciente que não reagiam aotratamento eram submetidos à inanição e a flagelação.
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IDADE MÉDIA
Nessa época a loucura era vista com grandetolerância. Acreditava-se que o mundo era todoorganizado de acordo com os desígnios de Deus.
Os loucos, os miseráveis eram considerados parteda sociedade e alvo de caridade.
Os doentes mentais eram chamados de lunáticos
(do latim luna=lua), pois acreditava-se que a mente daspessoas era influenciada pelas fases da lua. Eramtambém considerados pecadores.
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IDADE MÉDIA (CONT.)
Os loucos desfrutavam de relativa liberdade de ir evir: suas famílias confiavam na caridade alheia paragarantir a sobrevivência de seus filhos e aceitavam seusimpulsos e características peculiares como expressão
da vontade de Deus.
Muitas vezes, esses insanos”, “lunáticos” ou“pecadores” eram submetidos a rituais religiosos de
exorcismo.
Doente mentais mais graves ou agressivos eram lançados emprisões, eram acorrentados, escorraçados, submetidos a jejuns
prolongados sob a alegação de estarem possuídos pelo “demônio”.
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IDADE MODERNA
Nessa fase com o início do Mercantilismo,formação de cidades e concentração da população,começaram a surgir os problemas sociais e sanitários,ocorrendo aumento do número de mendigos.
Pobres e loucos eram vistos como desocupados,
como não trabalhavam, não produziam riquezas, eram
considerados marginais , improdutivos.
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IDADE MODERNA (CONT.)
Os mendigos eram expulso das cidades, os doentementais e mendigos sem família eram condenados aoisolamento.
Nessa época surgem os Hospitais Gerais(instalados nos antigos leprosários), onde eraminternados não só os loucos, mas toda população
marginalizada na época.
Instituições com a finalidade de “esconder o quenão se desejava que fosse visto.”
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IDADE CONTEMPORÂNEA (CONT.)
Final do século XVIII, iniciam as denúncias contraas internações de doentes mentais junto aos marginaise contra as torturas a que eram submetidos.
Abordagem mais humanística ao doente mental.
Construção de asilos, porém permaneciam sobformas de violência, com ameaças e privações.
A loucura passa a ser considerada uma doença,que exigia condições e tratamentos específicos.
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IDADE CONTEMPORÂNEA (CONT.)
Século XX: Freud revela a concepção do homemcomo um todo, mente-corpo e o papel da história
pessoal no desenvolvimento dos transtornosemocionais.
Compreender a loucura não como defeito biológico.
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IDADE CONTEMPORÂNEA (CONT.)
Progressos:
Atitude positiva em relação a doença mental; Doentes crônicos melhoram; Expandem-se tratamentos psicoterápicos Hildegard Peplau - teoria do relacionamento
terapêutico – paciente. Enfoque da assistência física (higiene, limpeza) para
centrar-se nas relações interpessoais/ambiente(terapêutico).
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
Em 1830 , a Sociedade de Medicina do Rio deJaneiro realizou um diagnóstico da situação dos loucos
na cidade.
Sendo assim, os loucos passaram a serreconhecidos como doentes mentais, e como talmereciam um espaço próprio para tratamento e
recuperação – “Aos loucos o hospício!” .
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
O primeiro manicômio foi fundado por D. Pedro IIem 1852 , no Rio de Janeiro – Hospício de AlienadosPedro II.
Manicômios eram construídos em locais afastados.
Características dos manicômios brasileiros – freqüentados em suamaioria pela população mais pobre.
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
No Brasil, o atendimento aos loucos era tarefa daIrmandade da Misericórdia.
A partir de 1890, o Hospício Pedro II passa a serchamado de Hospício Nacional dos Alienados.
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
No séc. XX, surgem novas denominações:
Hospício = Hospital Alienado = Doente Mental Asilado = Interno Paciente = Usuário (serviço público)
Assim, a loucura recebe os nomes de alienação mental, insanidade,
depois doença mental, transtorno mental e ultimamente, sofrimento psíquico.
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
Os hospitais de luxo “cinco estrelas”, são em suaessência iguais aos hospitais para pobres, porque têma função de excluir ou invalidar os doentes, afastando-os da sociedade.
Infra-estrutura – péssimas
Higiene – banhos coletivos
Medicação – distribuída sem critério Eletroconvulsoterapia - ECT - castigo
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
Tudo é organizado pensando não no doente,masna manutenção da ordem interna e na obtenção delucro (hospitais privados).
Internações – superior ao número de leitos.
Ociosidade dos internos.
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A PSIQUIATRIA NO BRASIL
À partir de 1964, o governo começou a contratarincisivamente os hospitais psiquiátricos particularespara atender aos hospitais públicos.
Como o governo pagava pouco pelas diárias, oshospitais reduziram seus custos e pioraramdefinitivamente as condições de hospedagem ecuidados.
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PERÍODO PÓS-GUERRA Psiquiatria asilar por Psiquiatria socializada
Psiquiatria curativa por Psiquiatria preventiva Sistema pavilhonar: afastado dos centros urbanos
Criação do Serviço Nacional das Doenças Mentais
Incremento das psicoterapias
1970 – Basaglia (Reforma Psiquiátrica na Itália): Desconstrução dosmanicômios e dos saberes. Foco=doente
1978 – início da Reforma Psiquiátrica no Brasil
Conferências Nacionais de Saúde em 1987 e 1992: sistema deatenção descentralizada, municipalizada e com carátermultiprofissional
1990 – Declaração de Caracas 1992 – Reforma Psiquiátrica no RS – Lei 9716
2001 – Reforma Psiquiátrica no Brasil – Lei 10216
2002 – Regulamentação dos CAPS – Portaria 336
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ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA
Florence Nightingale (1850/60), observou que ocuidado dos clientes deve envolver aspectos tantofisiológicos quanto psicológicos e sociais.
Na década de 1880/90, Linda Richards promoveuum melhor cuidado aos clientes psiquiátricos e dirigiu aprimeira escola de enfermagem psiquiátrica e saúdemental.
Harriet Baily escreveu em 1920 o primeiro tratadode enfermagem psiquiátrica.
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ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA
Em 1937 a National League for Nursing (NLN) dosEUA recomendou a inclusão da enfermagempsiquiátrica e saúde mental no currículo das escolas deenfermagem.
Hildegard Peplau em 1958 lançou o primeiroarcabouço teórico importante para a prática daenfermagem psiquiátrica, enfatizando também a
natureza interpessoal da enfermagem e o uso deprincípios psicodinâmicos na Prática de enfermagem.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FOUCAULT, M. História da Loucura. São Paulo: Perspectiva,1978.
FUREGATO, A.R.F. Relações interpessoais terapêuticas naenfermagem. Ribeirão Preto, Scala, 1999.
KUPSTAS, M. (org.) Saúde em Debate. (Coleção Debate naEscola) 1ª ed. São Paulo: Moderno, 1997.
TOWNSEND, M. Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos deCuidados 3ª ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2002.
ODA, A. M. G. R., DALGALARRONDO, P. História das primeirasinstituições para alienados no Brasil. História, Ciências, Saúde -Manguinhos, 12 (3): 983-1010, set.-dez. 2005
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OBRIGADO!