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Kant (1724-1804)
Nasceu em Könisberg, 22/04/1724
Estudos
Collegium Fredericiacum
Universidade Könisberg
Docência
Inicialmente aulas particulares
Nomeado professor da Universidade em 1770
A Ética Antropocêntrica no Mundo Moderno
sucede à sociedade feudal da Idade Média
mudanças em todas as ordens:
► econômica →forças produtivas - as relações capitalistas de produção;
► científica → constituição da ciência moderna (Galileu e Newton)
► social→ nova classe social — a burguesia
► política → revoluções
► espiritual → a Igreja Católica perde a sua função de guia. - reforma
Descartes (século XVII)
tendência a basear a filosofia no homem, embora este ainda se conceba como um abstrato eu pensante;
Ruptura
razão -
filosofia ↔fé - teologia
natureza -
ciências
naturais↔
Deus -
pressupostos
teológicos
Estado
↔Igreja
homem
↔Deus
ANTROPOCENTRISMO
HOMEM
Espiritual
Corpóreo Racional
Dotado de vontade
Sensível
Contemplação e ação
Político
Científico
Estético
Moral
Resultado da análise de Kant:
Distinção entre o que nosso entendimento pode conhecer e o que não pode.
Assim o criticismo admite a possibilidade de
conhecer, mas esse conhecimento é limitado e ocorre sob condições específicas, apresentadas na por Kant na obra Crítica da razão pura.
Apriorismo Kantiano: entre a
experiência e a razão
Posição filosófica que busca um meio termo para as distintas visões filosóficas: empirismo (considera a experiência) e o racionalismo (afirma ser a razão humana a verdadeira fonte do conhecimento).
Kant afirma:
Todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiência sozinha não nos dá o conhecimento.
É preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência.
Como é o sujeito a priori
Kant buscou saber como é o sujeito a priori, isto é, o sujeito antes de qualquer experiência, e conclui que existem no homem certas faculdades ou estruturas (as quais ele denomina formas da sensibilidade e do entendimento) que possibilitam a experiência determinam o conhecimento.
Para Kant a experiência forneceria a matéria do conhecimento (os seres do mundo), enquanto a razão organizaria essa matéria de acordo com suas formas próprias, estruturas existentes a priori no pensamento (daí o nome apriorismo)
A Ética de Kant
Fundamentação da metafísica dos costumes, em 1785
Crítica da razão prática, em 1788.
Ética Kantiana
toma como ponto de partida da sua o factum (o fato) da moralidade.
É um fato indiscutível, certamente, que o homem se sente responsável pelos seus atos e tem consciência do seu dever.
esta consciência obriga a supor que o homem é livre.
O problema da moralidade exige que se proponha a questão do fundamento da bondade dos atos, ou em que consiste o bom.
o único bom em si mesmo é uma boa vontade.
A bondade de uma ação não se deve procurar em si mesma, mas na vontade com que se fez.
É boa a vontade que age por puro respeito ao dever, sem razões outras a não ser o cumprimento do dever ou a sujeição à lei moral.
O mandamento ou dever que deve ser cumprido é incondicionado e absoluto;
o que a boa vontade ordena é universal por sua forma e não tem um conteúdo concreto: refere-se a todos os homens em todo o tempo e em todas as circunstâncias e condições.
imperativo categórico
"Age de maneira que possas querer que o motivo que te levou a agir se torne uma lei universal."
Autonomia
Se o homem age por puro respeito ao dever e não obedece a outra lei a não ser a que lhe dita a sua consciência moral, é — como ser racional puro ou pessoa moral — legislador de si mesmo.
Por isto, tomar o homem como meio é profundamente imoral, porque todos os homens são fins em si mesmos e, como tais — isto é, como pessoas morais —, formam parte do mundo da liberdade ou do reino dos fins.
A ética kantiana formal e autônoma
Por ser puramente formal, tem de postular um dever para todos os homens, independentemente da sua situação social e seja qual for o seu conteúdo concreto.
Por ser autônoma (e opor-se assim às morais heterônomas nas quais a lei que rege a consciência vem de fora), aparece como a culminação da tendência antropocêntrica iniciada no Renascimento, em oposição à ética medieval.
por conceber o comportamento moral como pertencente a um sujeito autônomo e livre, ativo e criador, Kant é o ponto de partida de uma filosofia e de uma ética na qual o homem se define antes de tudo como ser ativo, produtor ou criador.
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
a) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
c) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
d) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
e) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.