aula 10 controle de microorganismos ii controles químico e
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Aula 10 Controle de Microorganismos II Controles Químico e Biológico
Leitura: Pelczar v. 1 - capítulo 8 (pags. 210 – 228)
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Microorganismos: controle químico
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Ignaz Semmelweis (1818 – 1865)
Lavagem das mãos, uso de cloro (1847) OBS: Teoria microbiana da doença = 1876
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Joseph Lister (1827 – 1912)
Ácido carbólico (fenol) - 1865
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Quimioterapia Paul Erlich (1853-1915) Salvarsan – a “bala mágica” contra a sífilis (1909)
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Quimioterapia Alexander Fleming (1881-1955) penicilina - 1928
Penicillium
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Modos de ação de antibióticos
Síntese da parede celular. Ex: penicilina, amoxicilina
Síntese do ácido fólico Ex: sulfas
Síntese de proteínas. Exs: eritromicina tetraciclinas cloranfenicol streptomicina
Replicação do DNA. Ex: Norfloxacin
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Agentes de controle químico
Agentes Desinfestantes (antisépticos)
Compostos fenólicos
Álcoois
Halogênios (I, Cl)
Metais pesados (Hg, Pb, Zn, Ag, Cu)
Detergentes catiônicos
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Principais grupos de agentes desinfestantes e antisépticos
Agente modo de ação: Compostos Fenólicos permeabilidade da membrana celular, denaturação proteínas Alcoóis solvente de lipídeos e denaturante de proteínas Halogênios agentes oxidantes, iodo inativa tirosina das proteínas Metais pesados inativadores enzimáticos inespecíficos Detergentes catiônicos atacam fosfolipídeos da membrana
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Alguns exemplos conhecidos
Compostos clorados
Detergentes catiônicos
Álcool
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Utilização industrial de desinfestantes
Indústria agente Papel organomercuriais e fenóis Couro metais pesados e fenóis Têxtil metais pesados e fenóis Madeira fenóis
Pentaclorofenol
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Microorganismos: controle biológico
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Harmônica (positiva) – benéficas para uma ou mais espécies. Desarmônica (negativa ou antagônica) – pelo menos uma espécie sofrerá efeito negativo causado pela outra espécie.
Simbiose É uma condição em que os indivíduos de uma espécie vivem em associação com indivíduos de outra espécie. (Quando há interação entre as espécies)
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Sim
biose
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Associações simbióticas antagônicas
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Controle Biológico de Microrganismos
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Biopesticidas, o lado bom das
associações mutualísticas antagônicas …
Controle biológico: há exemplos bem sucedidos em entomologia Baculovírus para controle de lagartas
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Metharhizium – controle de cigarrinhas
antes
depois
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Metharhizium – controle de cupins
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Inseticidas biológicos à base de Metarhizium
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Beauveria bassiana contra
lagartas
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Inseticidas biológicos à base de Beauveria
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Trichoderma contra fungos
patogênicos
Trichoderma
Rhizoctonia
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Efeito no controle de podridões de raízes
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Efeito de Trichoderma sobre Sclerotinia
Mofo Branco em soja
Sclerotinia sclerotiorum Trichoderma
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Roselinia
Phytophthora
Verticilium
Pythium
Sclerotinia
Rhizoctonia
Fusarium
Botrytis
Armillaria
Patógenos
controlados
por
Trichoderma
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Culturas com produtos a base de Trichoderma
registrados junto ao MAPA
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melão
arroz
milho
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Bacillus thurigiensis
Uma bactéria esporulada para controle de lagartas
Proteínas Cry
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Bacillus thurigiensis
...e as plantas transgênicas
Ex: Milho BT Soja BT
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Fermentações
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A Fermentação é um processo anaeróbio de síntese de ATP sem
o envolvimento da cadeia respiratória.
Fermentação da Glicose:
C6H12O6 2C2H5OH + 2CO2 + Energia
(2 ATP)
Respiração (oxidação) da Glicose:
C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O + Energia
(38 ATP)
etanol
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Fermentações alcoólica e láctica
Glicose
2 Piruvato
2 etanol + 2CO2
2 acetyl-CoA
6CO2 + 6H2O
2 Lactato
anaerobiose anaerobiose
aerobiose
O2
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Fermentação láctica – queijos e
derivados
Lactose glicose + galactose ac. Pirúvico ac. lático
Agentes bacterianos: Streptococcus lactis ou S. cremoris (38oC)
Streptococcus thermophilus ou Lactobacillus (50oC)
Etapas:
a) Adição de bactérias ao leite = fermentação = acidificação = coagulação
b) formação do coalho (caseína coagulada)
c) Precipitação do coalho e prensagem para remover soro (H2O + lactose + minerais)
d) Salga com cloreto de sódio
e) Maturação (eventualmente com fungos)
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Fermentação láctica – vegetais
fermentados
1. Microrganismos aeróbios e anaeróbios multiplicam-se
2. Produção de ác. láctico por Streptococcus e Lactobacillus diminui o pH
3. Inibição do cresci/o indesejável de outras bactérias e fungos
4. Fermentação por Streptococcus e/ou Lactobacillus até esgotamento de
carboidratos fermentáveis
Eventos
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Silagem segue o mesmo princípio!
Lactobacillus plantarum
Leuconostoc mesenteroides
Pediococcus sp.
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Alimentos fermentados foram importantes
Para as conquistas ultramarinas
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Um barril de chucrute:
Repolho fermentado (bactérias)
e salgado
para combater escorbuto
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Fermentação alcoólica a) Fermentação anaeróbia,de glicose a CO2 e etanol
C6H12O6 2CH3CH2OH + 2CO2
b) agentes: Leveduras Saccharomyces cerevisiae , S. ellipsoideus,
S. carlsbergensis
c) Substratos: açúcares solúveis (leveduras não hidrolisam amido)
d) Produtos: Álcool combustível
Pães
Vinhos (polissacarídeos solúveis de frutas)
Cervejas (polissacarídeos insolúveis de cereais)
Destilados de vinhos e cervejas
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Leveduras Fermentadoras
As leveduras são microrganismos anaeróbios facultativos,
ou seja, podem crescer tanto na presença quanto na
ausência de O2
Presença O2 e pouco açúcar – respiração e aumento de
biomassa.
Ausência de O2 e bastante açúcar - fermentação
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Leveduras
São fungos ascomicetos
Apresentam crescimento unicelular
Se reproduzem por brotação
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Bacillus
Saccharomyces Não há degradação do amido
Placas de BDA coradas com lugol (sol. de iodo).
Cor azul indica reação de amido com lugol,
halo em torno de colônias indica
ataque enzimático do amido
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Panificação
Farinha de trigo (amido)
+
Água
+
Sal
+
Açúcar
+
Fermento
(Saccharomyces cerevisiae)
Substrato da levedura:
CO2 + etanol
Crescimento da massa
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Vinhos
Etapas do processo:
a) Prensagem: resulta em suco ácido, com 10-25% de açúcar.
b) Pasteurização (ou não)
c) Inoculação com S. ellipsoideus
d) Fermentação
e) Envelhecimento
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Vinagre: a morte do vinho
Vinagre é vinho oxidado!
CH3CH2OH CH3CHO CH3COOH
etanol acetaldeído Ac. acético
Agentes fermentadores aeróbios:
Acetobacter acetii; Gluconobacter
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Cerveja: a bebida que salvou o mundo
(diversas vezes!!!)
Lei alemã de 1516:
Duque Guilherme IV da Baviera
Cerveja deve conter apenas 3 ingredientes:
-Água
-Malte
-Lúpulo O que falta?
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A “pá sagrada”
Levedura
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Uma refeição na idade média: pão e cerveja
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500 anos da lei de pureza alemã
23/04/2016
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Cervejas
Substratos: cevada, trigo, centeio
Ingredientes básicos: malte + água + levedura + lúpulo
Açúcares insolúveis –precisam ser quebrados até açúcares solúveis
Cevada (amido) glicose
Amilase (presente no malte)
Mas o que é malte ? O que é sacarificação?
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Malte
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Ingredientes básicos
água
lúpulo
fermento
malte
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Matéria prima: malte
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Humulus lupulus
Fam. Cannabaceae
Lúpulo
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Equipamento básico
-Caldeirões de Al (pelo menos 2)
-Moinho de cereais
-Balde fermentador
-Balde maturador
-Termômetro
-Densímetro
-Balança
-Uma geladeira...
...e o principal:
conhecimento de microbiologia!!
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Tipos de cervejas:
Ales = alta fermentação (18 a 25oC) Ex: Pale ale, trigo
Lagers = baixa fermentação (8 a 12oC) Ex: Pilsen
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1. Moagem do malte 2. Mosturação (sacarificação)
Temperatura:
65 – 68 C
Amido Glicose
pH 5,3 – 5,5 amilases
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Teste do iodo
Com amido sem amido
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3. Clarificação do mosto
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3. Clarificação do mosto
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4. Fervura e adição do lúpulo
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5. Resfriamento do mosto para permitir adição da levedura
Ales: 18 a 25oC
Lagers: 8-12oC
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A partir desse momento:
Cuidados de assepsia para evitar contaminação do mosto
por microrganismos indesejáveis, principalmente bactérias!!!
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6. Transferência para balde fermentador
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6. Transferência para balde fermentador
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7. Adição do fermento
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8. Fermentação
Ales = 3-4 dias
Lagers = 7 a 15 dias
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9. Transferência para balde maturador
Maturação
3 semanas a 0oC
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10. Priming e envase
Adição de açúcar (esterilizado) à cerveja maturada
para refermentação na garrafa (produção de CO2)
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Hofbräuhaus München
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