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AULA 1
Avaliação Pré-Teste
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Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO
CREF1 - 2124/G
http://lattes.cnpq.br/7222342538968001
http://avaliacaoemeducacaofisica.webnode.com
Face: Professora Ana Beatriz Monteiro
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Sumário
• Anamnese
• Estratificação de Risco Cardíaco
• Questionário PAR-Q
• Medidas de repouso: FC e PA
INTRODUÇÃO
• Médica Avaliação
Clínica
• Educação Física • Avaliação Pré-teste
• Avaliação Morfológica + Funcional
Avaliação Física
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ANAMNESE
• Aná = trazer de novo; Mnesis = memória
• É uma entrevista, sem pressa e com muita atenção.
• É através dela que inicia-se a relação profissional / cliente.
• Uma sala particular e um ambiente tranquilo é importante neste momento.
É composta de:
1. Objetivos com a prática de atividades física: melhoria da estética; reduçãoda gordura corporal; aumento da massa muscular; diminuição dos níveis destress; melhoria da qualidade de vida; melhoria da postura; lazer; combate aosedentarismo; melhoria do condicionamento físico (força, resistência musculare aeróbica e flexibilidade); manutenção do estado de saúde atual; etc.
2. História da atividade física – anterior, atual e preferidas.
3. Hábitos alimentares – tipo, número de refeições diárias.
4. HDA – História da Doença Atual. Saber se o aluno tem alguma queixa nomomento.
5. HPP – História Patológica Pregressa. Identificar os fatores de risco,problemas osteo-mio-articulares, cirurgias importante, alergias, medicamentosutilizados.
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Estratificação de Risco Cardíaco
❑ Fatores de risco para doença cardiovascular aterosclerótica (DCA)segundo o ACSM (2018):POSITIVO
• Idade: Homens 45 anos, Mulheres 55 anos.
• História familiar – doenças cardíacas antes dos 55 anos no pai, irmão ou filho ou antes de65 anos da mãe, irmã ou filha.
• Tabagismo – fumante atual ou aquele que cessou nos últimos 6 meses ou exposição afumaça ambiental de tabaco.
• Hipertensão – 140/090 mmHg ou uso de medicação anti-hipertensiva.
• Dislipidemia - colesterol total 200 mg/dl (LDL 130 mg/dl e HDL <40 mg/dl oumedicação redutora dos lipídios) ou tomando medicação para diminuir a lipidemia.
• Glicose em jejum - 126 mg/dl
• Obesidade – IMC > 30 kg/m2 ou circunferência da cintura > 102 cm para homens e 88 cmpara mulheres.
• Sedentarismo – Não participar em pelo menos 30 minutos de atividade física moderada*pelo menos 3 dias da semana durante um período de 3 meses.
NEGATIVO
• Colesterol HDL 60 mg / dl
❑ Fatores de risco modificáveis – obesidade, sedentarismo, hipertensão e tabagismo.
❑ Fatores de risco não modificáveis – idade, hereditariedade e sexo.
Classificação da Intensidade do Exercício Zona de Treinamento Aeróbico Segundo Idade (ACSM, 2018)
Exercício Leve
%FC Max: 57-63
Exercício Moderado
%FC Max: 64-76
Exercício Vigoroso
%FC Max: 77-95
FC máx. = 220 - idade
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Estratificação de Risco Cardíaco
❑ Classificação dos Riscos para DCV e
Recomendação de Atividade Física (ACSM, 2014)
Baixo Risco
Indivíduos assintomáticos que não possuem mais de um único fator de risco.
O programa de atividade física pode ser executado com segurança sem a
necessidade de um exame medico e a respectiva liberação.
Risco Moderado
Indivíduos assintomáticos que possuem ≥ 2 fatores de risco.
Na maioria dos casos, estes indivíduos podem participar sem perigo das
atividades físicas de intensidade baixa a moderada sem necessidade de um
exame médico e de sua respectiva liberação.
Neste caso, recomenda-se fazer um exame médico e um teste de esforço
antes da participação em um programa de exercício vigoroso
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Alto Risco
Indivíduos com doença cardiovascular (DCV), renal, pulmonar ou
metabólica conhecida ou com um ou mais sinais/sintomas*:
*Dor, desconforto no tórax, pescoço, maxila, braços; falta de ar em
repouso; vertigem; ortopneia (dispneia noturna), fadiga excessiva ou
falta de ar com atividades habituais; taquicardia; claudicação
intermitente, dentre outros.
O risco para DCV e suficientemente elevado para a ponto de justificar
um exame médico completo assim como a obtenção da liberação
antes de iniciar uma atividade física ou um exercício de qualquer
intensidade.
Estratificação de Risco Cardíaco
• DCV: Qualquer distúrbio que afeta a capacidade do coração de
funcionar normalmente. Ex.: enfarto do miocárdio, angina de peito,
aterosclerose, arritmia, prolapso da válvula mitral, etc.
• Doença Pulmonar: qualquer doença ou distúrbio que ocorra nos
pulmões ou que leve os pulmões a não funcionarem
adequadamente. Ex.: pneumonia, asma, DPOC (bronquite crônica e
enfisema), câncer de pulmão, etc.
• Doença metabólica: diabetes (I e II), distúrbios de tiroide, doença
hepática.
• Doença Renal: cálculos renais, infecções, cistos, tumores e
insuficiência renal.
Fonte: Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição, 2014 e 2018.
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Estratificação de Risco Cardíaco
Supervisão do teste com base na categoria de risco
ACSM, 2014
Estratificação de risco
Baixo Moderado Alto
Exame médico e
teste de esforço
antes do exercício?
Supervisão médica
no teste de esforço?
Exercício moderado: N
Exercício vigoroso: N
Exame médico e
teste de esforço
antes do exercício?
Exame médico e
teste de esforço
antes do exercício?
Exercício moderado: N
Exercício vigoroso: R
Exercício moderado: R
Exercício vigoroso: R
Supervisão médica
no teste de esforço?
Supervisão médica
no teste de esforço?
Submáximo: N
Máximo: N
Submáximo: N
Máximo: R
Submáximo: R
Máximo: R
N = não recomendado R = recomendado
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As novas recomendações de triagem de saúde de pré-participação de exercício do ACSMbuscam simplificar o processo, eliminando a necessidade de liberação médica e / ou testede esforço em muitos indivíduos, especialmente quando se considera o exercício de baixaa moderada intensidade.
As novas diretrizes de triagem de saúde de pré-participação
de exercício do ACSM citam como relevantes as seguintes
informações:
1) O nível atual de atividade física do indivíduo,
2) Presença de sinais ou sintomas e/ou doença cardiovascular,
metabólica ou renal conhecida,
3) Intensidade de exercício desejada.
ACSM 2018
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O risco de exercício é mais alto entre indivíduos inativos e
aqueles com DCV conhecida ou oculta que realizam atividade
física de intensidade vigorosa não habitual.
“Além disso, é mais provável que o risco de eventos cardiovasculares relacionados aoexercício seja reduzido pela atenção cuidadosa a uma prescrição de exercícios segura eeficaz que 1) aborde a frequência, intensidade, tempo e tipo - volume e progressão,incorporando uma fase de transição progressiva, onde a duração e a intensidade doexercício aumentam gradualmente; 2) defende procedimentos adequados deaquecimento e cooldown; 3) promove a educação de sinais / sintomas de alerta dor oupressão torácica, tontura, palpitações / arritmias cardíacas, falta de ar incomum), 4)encoraja os indivíduos sedentários a se engajarem regularmente em caminhada rápida e5) aconselha indivíduos fisicamente inativos a evitar atividade física de intensidadevigorosa ou próxima da intensidade não habitual”.
ACSM 2018
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Método Auto OrientadoPAR-Q - Physical Activity Readininess Questionnaire
Questionário de Prontidão para Atividade Física.
▪ Objetivo: detectar contra-indicações à prática esportiva.
▪ Foi desenvolvido pelo British Columbia Ministry of Health.
▪ Recomendado para indivíduos com idade entre 15 e 69 anos quequeiram iniciar exercícios físicos de intensidade leve à moderada.
▪ Possui sensibilidade de 100% para detecção de contra-indicaçõesmédicas ao exercício e uma especificidade de 80% (SHEPARD et al.,1981; SHEPARD, 1988; ACSM, 1991).
▪ Possui 7 perguntas: perguntas número 1, 2, 3 e 6 avaliam o sistemacardiovascular, 5 ósteo-mio-articular, e, 4/7 problemas de ordemmetabólica e/ou pulmonares.
▪ PAR-Q Positivo: uma ou mais respostas positivas. Neste caso o
avaliado deve consultar um médico antes de aderir a um programa
regular de atividades físicas.
▪ PAR-Q Negativo : todas as perguntas negativas. O avaliado tem uma
razoável garantia de apresentar condições adequadas para participação
em um programa regular de atividades físicas.
▪ O cliente/aluno assina ao final do questionário.
▪ Não substitui a avaliação clínica.
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Perguntas – PAR-Q
1) Alguma vez seu médico lhe disse que você possui um problema no coração e recomendou que só
fizesse atividade física sob supervisão médica?
( ) Sim ( ) Não
2) Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?
( ) Sim ( ) Não
3) Você sentiu dor no peito no último mês?
( ) Sim ( ) Não
4) Você tende a perder a consciência ou cair, como resultado de tonteira?
( ) Sim ( ) Não
5) Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de
atividade física?
( ) Sim ( ) Não
6) Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão arterial ou condição
cardiovascular?
( ) Sim ( ) Não
7) Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento médico, de alguma
outra razão física que impeça sua prática de atividade física?
( ) Sim ( ) Não
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Lei Estadual 6765
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“A triagem de pré-participação por
ferramenta de auto triagem deve
ser feita por todos os indivíduos
que desejam iniciar um programa
de exercícios físicos. Uma
mudança notável, foi a omissão do
questionário PAR-Q e do
questionário de triagem de pré-
participação das unidades de
atenção à saúde e aptidão do
AHA/ACSM e a inserção do
complementar PAR-Q+”
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Fonte: Diretriz do ACSM para os testes de esforço
e sua prescrição, cap. 2, 10ª ed., 2018
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❑ Número de pulsações por minuto.
▪ FC BASAL - deve ser aferida logo após acordar, ainda deitado,
durante três dias. Somar e tirar a média.
▪ FC em REPOUSO - deve ser aferida sentado, relaxado após 5 a
10 minutos de repouso.
▪ Segundo Porto (2001) valores entre 60 -100 são normais para um
adulto. Valores inferiores que 60 só são normais para indivíduos
atletas, caso contrário considera-se bradicardia e superiores a
100 taquicardia (causas - exercício, emoção, gravidez, estados
febris, insuficiência cardíaca, fumo, etc.).
FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC)
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❑ TÉCNICA PALPATÓRIA:
▪ ARTÉRIA RADIAL: dedos indicador e médio juntos na artéria radial que fica
na base do polegar.
▪ ARTÉRIA CARÓTIDA: dedos logo abaixo do osso do maxilar na região
lateral do pescoço. Não aperte os dedos ou coloque nos dois lados ao
mesmo tempo, pois, pode mascarar a mensuração.
▪ Aferir a FC durante 10” ou 15” e multiplicar por 6 ou 4 respectivamente, para
saber quantos batimentos em 1 min.
❑ FREQUÊNCÍMETRO
FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC)
Zona de Treinamento Aeróbico Com base na FC de Repouso (ACSM, 2018)
Frequência Cardíaca de Reserva (FCR) – KarvonenFCR = ((FC. máx. – FC repouso) x percentual de intensidade + FC repouso)
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Exercício Leve
%FCR/VO2R: 30-39
Exercício Moderado
%FCR/VO2R: 40-59
Exercício Vigoroso
%FCR/VO2R: 60-89
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PRESSÃO ARTERIAL (PA)
Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial
caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥
140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios
metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo,
sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR),
como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e
diabetes melito (DM).
ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro: 2016, Volume 107, Nº 3.
Ver Capítulo 2: Diagnóstico e Classificação
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Classificação PA sistólica PA diastólica
Normal ≤ 120 ≤ 80
Limítrofe 121-139 81-89
Hipertensão I 140-159 90-99
Hipertensão II 160-179 100-109
Hipertensão III ≥ 180 ≥ 110
Hipertensão
Sistólica isolada
≥ 140 < 90
Fonte: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016
Classificação da PA para indivíduos com > 18 anos
Para classificação da PA em crianças e adolescentes consultar tabela
disponível em: www.sbh.org.br - V Diretriz Brasileira de Hipertensão.
PRESSÃO ARTERIAL (PA)
26ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
Rio de Janeiro: 2016, Volume 107, Nº 3.
SÍNDROME METABÓLICA
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Bibliografia• Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e
sua prescrição, 2014.
• Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e
sua prescrição, 2018
• PORTO. Semiologia Médica, Guanabara
Koogan, 2001
• I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento
da Síndrome Metabólica, 2005.
• VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016.