associaÇÃo entre religiosidade e qualidade de...
TRANSCRIPT
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
ASSOCIAÇÃO ENTRE RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE
BUCAL EM ADOLESCENTES DE SANTA MARIA-RS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Gabriele Rissotto Menegazzo e Patrícia Kolling Marquezan
Santa Maria, RS, Brasil 2015
2
ASSOCIAÇÃO ENTRE RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE
VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL EM
ADOLESCENTES DE SANTA MARIA-RS
Gabriele Rissotto Menegazzo e Patrícia Kolling Marquezan
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Cirurgião-dentista.
Professor Orientador: Dr. Thiago Machado Ardenghi
Santa Maria, RS, Brasil 2015
3
4
Dedicamos este trabalho а Deus, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada da nossa graduação.
5
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Santa Maria e ao curso de Odontologia, seu corpo
docente, direção e administração que oportunizaram a realização do curso superior
de forma excelente no mérito e ética presentes na Instituição.
Aоs professores pоr nos proporcionarem о conhecimento nãо apenas
racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе
formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а nós, nãо somente pоr terem nos
ensinado, mаs por terem nos feito aprender.
Em especial ao nosso Professor Orientador Dr. Thiago Machado Ardenghi,
pela confiança depositada em nosso trabalho e pelos ensinamentos que fizeram
parte de nossa formação não só profissional como pessoal. E ao Professor Dr. Júlio
Eduardo do Amaral Zenkner, à Professora Dr. Marta Dutra Machado Oliveira e à
Professora Dr. Luana Severo Alves pela partilha do vasto conhecimento científico e
disponibilidade em pertencer a nossa banca examinadora.
Aos Mestrandos, Doutorandos e Acadêmicos pertencentes do Grupo de
Epidemiologia por despertarem em nós duas o interesse nessa área assim como
proporcionarem oportunidade de aprendizado. Em especial à Mestre Yassmín
Hêllwaht Ramadan, pela grande amizade, companheirismo durante toda a
caminhada, pelas palavras ditas nos momentos de maior ansiedade e por partilhar
conosco seus conhecimentos científicos de forma incansável.
Às nossas famílias e amigos por todo o apoio dado e por estarem presentes
em todas as nossas conquistas. Em especial aos nossos pais, por serem nossos
portos seguros, por acreditarem em nosso potencial, por aguentarem os momentos
de estresse e darem segurança para seguirmos nossos caminhos, vocês são a luz e
os exemplos de nossas vidas. E aos nossos irmãos pela amizade e pelo carinho nas
horas de maior necessidade.
Aos nossos namorados pela compreensão e incentivo.
Aos colegas, pela partilha das alegrias, angústias e conhecimento.
Enfim, a todas as pessoas que fizeram parte dessa jornada que se finaliza,
nosso muito obrigada.
6
A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê. (Arthur Schopenhauer)
7
RESUMO
Religiosidade tem sido associada a diferentes desfechos em saúde, porém,
pouco se sabe a respeito da sua relação com desfechos odontológicos. Desta forma,
o objetivo deste estudo é avaliar a associação entre a religiosidade, variáveis
socioeconômicas e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal em adolescentes
de Santa Maria-RS. Um levantamento epidemiológico foi realizado com uma amostra
representativa de 1134 adolescentes selecionados aleatoriamente em 20 escolas da
rede pública da cidade. Os pais/responsáveis responderam a um questionário
estruturado sobre questões socioeconômicas e de religiosidade. Os estudantes
passaram por exames odontológicos para coleta de variáveis clínicas bem como
responderam ao Child Perception Questionaire (CPQ11-14). A associação entre
variáveis foi testada através da regressão de Poisson. A frequência de ir à igreja ou
ao culto religioso não obteve associação estatisticamente significativa com a
prevalência de cárie e qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Porém, pais que
não iam à igreja tinham uma probabilidade maior de não terem procurado dentista
para seus filhos nos últimos 6 meses e uma probabilidade maior de terem procurado
dentista por motivo de dor. Pais que participam de atividades religiosas menos de
uma vez por semana, por sua vez, possuem uma probabilidade maior de terem
procurado atendimento odontológico para seus filhos por motivo de dor. Nossos
achados demonstram que o vínculo social representado por atividades religiosas em
grupo é um fator determinante para práticas de saúde como a busca por serviços
odontológicos preventivos.
Palavras-chave: Adolescentes. Capital Social. OHRQoL. Religiosidade.Saúde Bucal
8
ABSTRACT
Religiosity have been associated with different health outcomes, however, little
is known about its relationship to dental outcomes. The aim of this study was to
assess the association between religiosity, dental caries, socioeconomic status and
Oral Helath-Related Quality of life (OHRQoL) in adolescents from Santa Maria-RS. A
cross-sectional study was conducted with a representative sample of 1,134
adolescents randomly selected in 20 public schools in the city. Parents/guardians
answered a structured questionnaire on socio-economic and religious issues. The
students underwent dental examinations to collect clinical variables and answered
the Child Perception Questionnaire (CPQ11-14). Poisson regression analysis assessed
the association between religiosity and covariates. The frequency of church
attendance, temple or other religious service was not associated with the prevalence
of dental caries and OHRQoL. However, children whose parents have never gone to
the church were less likely to have gone to the dentist within the last 6 months. They
were also more likely to have gone to the dentist because of pain. Children whose
parents have attended religious services less than once a week were more likely to
have gone to the dental care because of pain. Our findings demonstrate that social
bond represented by religious group activities is a key factor for health practices as
the search for preventive dental services.
Keywords: Adolescents. OHRQoL. Oral Health. Religiosity. Social Capital.
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL.................................................................... 10
1 ARTIGO......................................................................................... 16
1.1 Introduction……………………………………………………………………... 16
1.2 Materials and Methods……………………………………………………….. 17
1.3 Results…………………………………………………………………………… 19
1.4 Discussion………………………………………………………………………. 20
1.5 Tables…………………………………………………………………………….. 23
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................... 27
REFERÊNCIAS............................................................................... 28
ANEXOS.......................................................................................... 32
Anexo I - Índice CPO-D..................................................................................... 32
Anexo II – Questionário de Qualidade de Vida (CPQ11-14)............................... 33
Anexo III – Carta de Aprovação do CEP.......................................................... 35
APÊNDICES............................................................................... 36
Apêndice I – Ficha Clínica................................................................................ 36
Apêndice II – Questionário Socioeconômico.................................................... 37
Apêndice III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido........................... 39
Apêndice IV - Tabela resumo dos artigos........................................................ 41
10
INTRODUÇÃO GERAL
Os termos religiosidade e espiritualidade têm sido tratados como sinônimos
em pesquisas de saúde (NELSON et al, 2009). Entretanto, ambas têm sido
conhecidas, como duas diferentes entidades (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES,
2012a). Espiritualidade apresenta-se em seu sentido amplo e subjetivo como sendo
responsável por auxiliar pessoas a compreender e encontrar propósitos e sentido à
vida, em vista disso, pode existir dentro e fora do quadro religioso. Religiosidade, por
outro lado, pode ser vista como uma filiação a algum tipo de organização ou
instituição religiosa, tornando a manifestação da espiritualidade mais concreta
(NELSON et al, 2009).
Analisando as diferenças conceituais, foi estabelecida uma subdivisão para
cada uma delas. No que se refere à religiosidade, esta pode ser intrínseca,
extrínseca ou em busca ou construção de uma filiação. Em contrapartida,
espiritualidade se divide em orientação cognitiva, experiencial/dimensão
fenomenológica, bem-estar existencial e crenças paranormais (BUSSING,
OSTERMANN & MATTHIESSEN, 2005). A religiosidade, muitas vezes, pode ser o
meio pelo qual a espiritualidade se manifesta (NELSON et al, 2009).
Nas últimas décadas, agendas internacionais de saúde tendem a oscilar entre
um foco em cuidados médicos de base tecnológica, intervenções de saúde pública e
um entendimento da saúde como um fenômeno social, exigindo formas mais
complexas de ação política intersetorial (SOLAR & IRWIN, 2010). As desigualdades
em saúde, por sua vez, são um reflexo das questões sociais presentes na sociedade
e ocorrem devido à iniquidade e injustiça social (MARMOT et al, 2010). Para reduzir
essa disparidade, as ações governamentais devem analisar os determinantes em
saúde, que se apresentam como uma interação de fatores que formam a saúde e
bem-estar, eles incluem: condições materiais, ambiente social, fatores psicossociais
e fatores biológicos e comportamentais. Por sua vez, são influenciados pela posição
social, a qual é moldada pela educação, ocupação, renda, gênero, etnia e raça. E
todos esses fatores são afetados pelo contexto político, social e sócio-cultural no
qual os indivíduos estão inseridos. Desta forma, o combate à iniquidade e injustiça
social requer uma atuação universal, mas com escala e intensidade proporcional ao
nível de desvantagem, chamado universalismo proporcional, ou seja, uma maior
intensidade de ação é necessária para aqueles com maior desvantagem social e
11
econômica, mas se concentrar unicamente nos mais desfavorecidos é enfrentar
apenas uma pequena parte do problema (MARMOT et al, 2010).
Alguns estudos demonstram a associação entre desfechos clínicos e fatores
psicossociais, focando no efeito protetor ou de risco dos mesmos frente aos agravos
(KOENIG et al, 1998; COHEN & KOENIG, 2003; NELSON et al, 2009). A
religiosidade pode ser fator de proteção para a redução da mortalidade por
diminuição da pressão arterial, doenças cardíacas (KOENIG et al, 1998), pressão
em pacientes com câncer de próstata (NELSON et al, 2009) e idade de se ter um
filho precocemente antes do casamento (VERONA & DIA, 2012). Estudos realizados
em cidades brasileiras como Goiânia (NELSON et al, 2009) constataram existir uma
relação entre religiosidade e melhores hábitos de vida da população tanto no
aspecto físico, ao adotar estilos de vida mais saudáveis com práticas de exercícios e
abandono do uso de drogas (COHEN & KOENIG, 2003), como mental (OLPHEN et
al, 2003); e desta forma proporcionando aos indivíduos uma melhora no
enfrentamento de doenças (COHEN & KOENIG, 2003). No que se refere à saúde
bucal, essas atitudes são associadas a melhores condições dentárias (ZINI, SGAN-
COHEN & MARCENES, 2012ª; ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012b).
Estudos recentemente realizados em Jerusalém avaliaram a relação entre
religiosidade, periodontite (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012b) e
experiência de cárie (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012a). A religiosidade foi
associada à maior apoio familiar social e apoio da vida interna através da
espiritualidade, que foi relacionada ao nível de placa bacteriana e periodontite como
forma protetora, assim como para experiência de cárie. É provável que, fatores
psicossociais, ou seja, menos estresse relacionado à quem é religioso, levem a
mudanças no habitat bucal e respostas biológicas do hospedeiro através do
aumento do nível de imunidade (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012b). Assim,
os achados demostram que a religiosidade influencia comportamentos e atitudes
relacionados à saúde bucal.
No Brasil, Jordão e colaboradores (2014) avaliaram a relação entre uso de
serviços religiosos, saúde oral e percepção de saúde oral em 664 adolescentes de
15 anos de Goiânia, no centro-oeste brasileiro. Embora os achados revelem que a
condição dentária não está associada ao ato de participar de algum serviço religioso,
a importância de cuidar dos dentes e visitar um dentista para “checkups”, ao invés
de quando se tem um problema dentário, foram associados positivamente com a
12
frequência de uso de serviços religiosos, pois a religião pode motivar as pessoas a
optar por estilos de vida mais saudáveis, e também fornecer informações de saúde
e, em alguns casos, prestação de serviços de saúde (JORDÃO et al, 2014).
Contrário à religiosidade, que ainda apresenta pouco destaque na literatura
científica, na última década a relação de saúde e qualidade de vida tem sido
amplamente explorada, mostrando que indivíduos em melhores condições de saúde
apresentam menor impacto em sua qualidade de vida (PIOVESAN et al, 2010;
TOMAZONI et al, 2014; ORTIZ et al, 2014). Embora já exista o questionamento
sobre saúde e qualidade de vida desde a criação da medicina social, nos séculos
XVIII e XIX, as referências eram as condições de vida e não qualidade de vida. O
conceito e a relação saúde e qualidade de vida aconteceu sob influência da
Organização Mundial de Saúde (OMS) embora em relação à saúde oral perdure
atualmente a definição de Locker, mais ampla e multidimensional (BREILH et al,
1990; PAIM, 1997). A qualidade de vida relacionada à saúde oral (OHRQoL) é
definida como um constructo multidimensional referindo-se ao impacto negativo que
as enfermidades orais geram nas atividades físicas e sociais rotineiras e na
autopercepção do estado de saúde oral dos indivíduos (LOCKER & ALLEN, 2007). A
OHRQoL é influenciada por diferentes sinais e sintomas e representa a percepção
do indivíduo em relação à sua condição de saúde oral. Diversos estudos vêm
avaliando diferentes preditores associados à piores resultados de qualidade de vida
como a cárie dentária, maloclusão, trauma e clareamento dentário, que podem
influenciar negativamente a OHRQoL em diversas faixas etárias (PIOVESAN et al,
2010; ABANTO et al, 2011; MEIRELES et al, 2014, TOMAZONI et al, 2014; ORTIZ
et al, 2014; PAGE et al, 2005).
Segundo estudo realizado por Tomazoni e colaboradores (2014), em uma
cidade do interior do Brasil, com 1134 escolares de 12 anos, adolescentes com
sangramento em 15% ou mais dos sítios gengivais apresentam maiores escores do
CPQ11-14, ou seja, menor qualidade de vida, podendo ser relacionada aos sinais
clínicos da doença gengivite, como sangramento e vermelhidão. A presença de
hemorragia durante procedimentos de rotina como escovação, pode ter influenciado
a sua percepção de saúde bucal das crianças aumentando problemas emocionais e
sociais (TOMAZONI et al, 2014).
Nesta mesma localidade, com uma amostra de 534 crianças de zero a 5
anos, Ortiz e colaboradores (2014) relataram que a dor de dente afeta
13
negativamente a OHRQoL das crianças e está associada com experiência de cárie,
idade e uso de serviço odontológico. Ou seja, doenças orais e dor de dente na
dentição decídua afetam o estado físico das crianças, assim como o seu bem-estar
psicológico e as interações sociais, da mesma forma que os pais também são
prejudicados pela ocorrência de dor de dente em seu filho, uma vez que expressam
sentimentos de culpa quando a criança apresenta problemas de saúde bucal (ORTIZ
et al, 2014).
De acordo com Sisho e Broder (2011), a qualidade de vida é um parâmetro
válido na avaliação do paciente em todas as áreas dos cuidados de saúde física e
mental, pois avalia dimensões positivas e negativas em todo o curso da vida (SISHO
& BRODER, 2011). A qualidade de vida relacionada à saúde bucal é mensurada
através de questionários auto-aplicáveis denominados indicadores sócio-dentários
ou sócio-odontológicos (SLADE, 1998). Diversos instrumentos têm sido
desenvolvidos para mensurar a saúde bucal e o seu impacto na qualidade de vida
em diferentes populações. Dentre eles, o CPQ11-14 (Child Perceptions Questionnaire)
demonstrou ser um instrumento válido para escolares de 12 anos no Brasil
(GOURSAND et al., 2008).
Recentemente, alguns autores propuseram explicações para interligar os
mecanismos de associação entre religião e saúde (Apêndice III). Segundo Jordão e
colaboradores (2014), a religião pode estimular as pessoas a optarem por estilos de
vida mais saudáveis, incluindo a utilização de cuidados preventivos regulares
(JORDÃO et al, 2014). Assim como Rouxel e colaboradores (2014), que indica o
capital social como potencial determinante coletivo de união entre saúde da
população e bem-estar (ROUXEL et al, 2014).
Sendo, capital social uma característica da estrutura que facilita a ação de
membros dentro de um grupo social e tem relação com dinâmica interpessoal,
acredita-se que ele possa beneficiar a saúde influenciando comportamentos
relacionados à mesma através da rápida difusão de informações e uma maior
probabilidade de normas comportamentais positivas adotadas pela população
(FIALHO, 2004). Estudos recentes mostram que quando se convive em sociedade,
ou seja, há presença do capital social, as pessoas tendem a ter mais consciência de
seus atos e responsabilidades e tornam-se seres humanos melhor sucedidos
(PATTUSSI, HARDY & SHEIHAM, 2006; PATTUSSI et al, 2007). Um estudo na
Holanda constatou que a saúde mental e de comportamento das crianças foram
14
relacionadas com um aspecto de capital social, o grau de controle social informal no
bairro (DRUKKER et al, 2003), ou seja, uma criança que tem o comportamento
corrigido pelos vizinhos na primeira infância, tem entendimento elevado de que não
deve repetir seus atos futuramente. Visto isto, acredita-se que o baixo capital social
influencia a qualidade de vida relacionada à saúde das crianças, incluindo saúde
oral.
Religiosidade e qualidade de vida têm sido associadas com diferentes
desfechos em saúde, porém, pouco se sabe a respeito da sua relação com
desfechos odontológicos, especialmente em adolescentes. Desta forma, o objetivo
do presente estudo foi avaliar a associação entre a religiosidade, prevalência de
cárie dentária, variáveis sociodemográficas e a qualidade de vida relacionada à
saúde bucal em escolares de Santa Maria-RS. Nossa hipótese é de que indivíduos
que praticam atividades religiosas têm melhores condições de saúde bucal e menor
impacto na qualidade de vida relacionada à saúde oral.
15
Este trabalho é estruturado conforme as normativas da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM). Os dados utilizados foram obtidos de levantamento
epidemiológico submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM
(ANEXOS IV). A monografia é composta de um capítulo contendo um artigo que
será enviado para publicação em revista a ser definida.
16
INTRODUCTION
Religiosity and spirituality currently constitute two different entities in the social
sciences (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012a). Spirituality has been
described as a subjective sense of being responsible for helping people understand
and find purpose and meaning to life, existing inside and outside of the religious
context. Religion, on the other hand, can be seen as some kind of affiliation to the
organization or religious institution, making more specific manifestation of the
spiritual (NELSON et al, 2009).
Previous studies has been shown a protective effect of religiosity on the level
of depression, mortality, and a lower prevalence of dental caries and periodontal
disease in adults (ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012a; ZINI, SGAN-COHEN
& MARCENES, 2012b; ADAM & HAROLD, 2003; CHIDA, STEPTOE & POWELL,
2009).
Other authors evaluated different aspects; Jordão et al (2014) analyzed the
adoption of healthier lifestyles by religious stimulus (JORDÃO et al, 2014) and
Rouxel et al (2014) indicated the social capital as a determinant in this relation
between population health and well being (ROUXEL et al, 2014). Jordão et al (2014)
evaluated by a cross-sectional study if there is a relationship between rates of
attending religious services and oral health and oral health-related behaviours.
Through a sample of 664 adolescents from public and private schools in Goiânia-
Brazil, observed that the dental status was not associated with religious care
services. However, the importance taking care of teeth and dental visits was
positively associated with religion. Moreover, adolescents reporting not often
attending religious services were less likely to consider taking care of teeth as
important compared with the group reporting attendin often. To visit the dentist
mainly for checkup was lower among those adolescents reporting never or almost
never attending religious services. The importance of taking care of the teeth and
visiting a dentist for "checkups" were associated positively with the frequency of use
of religious services, because religion can motivate people to choose lifestyles
healthier, and also provide health information (JORDÃO et al, 2014).
The oral health-related quality of life (OHRQoL) has been defined as a
multidimensional construct referring to the negative impact that oral diseases
17
produce in daily physical and social activities and self-perception of oral health status
of individuals (LOCKER & ALLEN, 2007). It has been described as a valid parameter
in patient assessment in all areas of physical and mental health care because it
assessed positive and negative dimensions throughout the life course (SISHO &
BRODER, 2011). Religiosity and quality of life have been associated with different
health outcomes, however, little is known about its relationship to dental outcomes,
especially in adolescents. The aim of this study was to assess the association
between religiosity, dental caries, socioeconomic status and OHRQoL in
adolescents. Our hypothesis is that individuals who practice religious activities have
better oral health than their counterparts.
MATERIALS AND METHOD
Study Design and Data Collection
A cross-sectional study was performed in Santa Maria-RS, Brazil, and
evaluated the state of oral health of schoolchildren in 2012. Santa Maria is a
medium-sized city located in the south of Brazil with an estimated population of
261,031 inhabitants and nearly 85% of these children are enrolled in public schools
(IBGE, 2010). A multistage random sample selected, 20 out the 39 public schools in
the city, all 12-years old children enrolled in these schools were invited to participate.
Children were excluded from the study if they were cognitively impaired or those who
were not able to read and understand Brazilian Portuguese.
The sample size required to assess the association between CPQ11–14 scores.
The following parameters were used for sample size calculation: prevalence of going
to the dentist due pain reasons in the exposed group (those who reported lower
frequency of church attendance) and in the unexposed group (those who reported
higher frequency of church attendance) of 26% and 17% respectively (JORDÃO et
al, 2014); level of significance of 5%, 80% of desired power, and a 2:1 ratio of
unexposed to exposed. We also increased the required sample size by 30% to
account for persons who refused to participate. The required sample size was 1,056
subjects.
18
Data were collected through dental examinations and structured interviews by
calibrated dentists. The calibration process was performed prior to the survey by a
benchmark dental examiner who had previous experience in epidemiological
surveys. Theoretical and clinical training and calibration exercises were arranged for
a total of 36h. For this purpose, a total of 20 children were examined twice by the
same examiner with an interval of two weeks between each examination to assess
intra and interexaminer reliability.
Children were examined in a room with natural light using plane dental mirrors
and community periodontal index probes and dental status (DMFT) were assessed
using the WHO criteria (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1997). Data about
children’s socioeconomic status, use of dental service and religiosity questions were
collected through a structured questionnaire that were given by parents. The
questionnaire provided information on sex, ethnic origin, parents’ education level,
household income, child’s dental visit, frequency of visiting to a church, temple or
other religious meeting and time dedicated to individual religious activity. Race was
collected according to the criteria used by the agency for demographic analysis, the
Brazilian Institute of Geography and Statistics. According to these criteria, children
were classified as “non-white” (black children of African and mixed descent) and
“white” (children of European descendent). Parents' education classified those who
achieved the primary level of education (i.e. 8 years of formal instruction in Brazil)
and those who not; family income was measured in Brazilian Minimun Wage (BMW)
and then dichotomized according to the median of sample distribution (approximately
$450 USD at the time of the survey). The questionnaire also assessed the use of
dental services within the last 6 months and the reasons for going to the dentist
(check-up or due to the pain/restorative reasons). Religiosity was measured by the
following questions “How often do you go to a church, temple or other religious
meeting?” and “How often do you devote your time to individual religious activities
such as prayer, meditation, Bible reading or to read other religious texts?”. Possible
answers to the first question were: ‘more than once a week’, ‘about once a week’,
‘two or three times on a month’, ‘once a year or less’, and ‘never’; to the second
question responses were: ‘more than once a day’, ‘daily’, ‘two or more times on a
week’, ‘about once a week’, ‘a few times on a month’, and ‘never/almost never’.
These questions have been used in previous studies (OLPHEN et al, 2003).
19
Children also completed the short version of the Brazilian Child Perceptions
Questionnaire (CPQ11–14) at school through face-to-face interviews by the trained
examiners. The CPQ11–14 comprises 16 questions and four domains: 1) oral
symptoms (four questions); 2) functional limitations (four questions); 3) emotional
well-being (four questions); and 4) social well-being (four questions). Each question
has five possible answers on a likert scale from 0 to 4; higher values corresponded to
a poorer OHRQoL. The CPQ11–14 scores were computed by summing up all scores
for each domain; the overall scores ranged from 0 to 64.
Statistical Analyses
Data were analyzed using statistical software STATA 12.0 (Stata College
Station, TX, USA). A descriptive analysis of all variables used in the study was
performed considering the weight for cluster sample using. The frequency of church
attendance, temple or other religious service was dichotomized into ‘gone to the
church’ (those who have gone to the church at least once a month) and ‘never/almost
never gone to the church’ (those who have never gone or have gone to the church
less than once a month). The time spending to religious activities were dichotomized
in ‘once a week/more than once a week’ and ‘less than once a week’. The
association between religious variables, OHRQoL, dental caries and
sociodemographic factors was fitted by Poisson regression analysis. In the analysis
we calculated the prevalence ratio and their 95% confidence interval.
Ethical Considerations
This study was approved by the Ethics in Research Committee of the Federal
University of Santa Maria and parents consent was obtained prior to the study. A
letter was given to explain the aims of the study and asking for their consent for their
children’s participation.
20
RESULTS
Descriptive statistics for sample characteristics are outlined in Table 1. The
final sample was comprised of 523 (46.1%) males and 611 (53.9%) females. The
response rate was 93%. Reasons for non-participation were mostly attributable to a
lack of parental consent and absence on the day of the exam. Of the total, 77.6%
had white skin color and 53% had a family income equal or worst than 1.6 BMW. The
majority of the parents had completed the primary level of education and 65,1% of
them rated their child’s oral health as ‘good or excellent’. Half of the children had
dental caries and most of them had not gone to the dentist in the last 6 months. The
reasons for going to the dentist were mainly for routine examination (69,7%). A large
proportion of the parents reported that they usually went to the church (86.5%) and
had spending time to religious activities at least once a week or more (74.2%).
The frequency of church attendance, temple or other religious was not
associated with the prevalence of dental caries and OHRQoL (except for the ‘oral
symptoms domain’). However, children whose parents had never gone to the church
were less likely to have gone to the dentist, they were also more likely to have gone
to the dentist due to pain when comparing to their counterparts. Notwithstanding,
children whose parents have attended religious services ‘less than once a week’
were more likely to have gone to the dentist because of pain (Table 3). The results
also demonstrated that the low level of mother’s education was associated with a low
time spending with religious activities (PR: 1.39; 95%CI:1.18-1.65).
DISCUSSION
This study assesses the association between religiosity and oral health status
in Brazilian schoolchildren. The findings of this study show that religiosity was
associated with lower maternal education, the non-use of dental service and the
frequency of visit to the dentist for pain. Notwithstanding, our results demonstrated
that except for the oral symptoms domain, religious patterns were not associated with
the mean of CPQ11-14. Only a few studies assessed the possible impact of religiosity
on oral health outcomes and their results found that religiosity had no impact on a
child’s well-being (JORDÃO et al, 2014).
21
A possible explanation that links religiousness and oral health relies on the
social capital theory. Participation on religious activities and attending to church have
been described as important features of bounding, coping with stress and also
encouragement of god health behavior (JORDÃO et al, 2014; ZINI, SGAN-COHEN &
MARCENES, 2012a; ZINI, SGAN-COHEN & MARCENES, 2012b; YEAGER et al,
2006). A principle of the social capital is related to the quality of interpersonal
relationships that facilitate actions and mutual help between members of societies
(CELESTE & NADANOVSKY, 2010). The mechanisms that link the social capital with
health is related to a more rapid diffusion of information within society with flatter
relations, high levels of reliability and social support, which ends up stimulating the
diffusion and adoption of new behaviors and more consistent with health (CELESTE
& NADANOVSKY, 2010).
We found no association between going to the church and the prevalence of
dental caries, which is against the results of a previous study (ZINI, SGAN-COHEN &
MARCENES, 2012a). However, in that study the authors assessed an older sample
(35-to-44-yearl-old) which have a different interpretation of the religion in their lives.
In addition, the focus on a particular religious group, exclusive to the Jewish religion
interferes in the validation of results for the religiosity and spirituality are not similar in
all religions, differing in cultural and behavioral values (ZINI, SGAN-COHEN &
MERCENES, 2012a).
Our results also demonstrated that the pattern of use of dental service was
associated with the frequency of going to the church and the rate of religiousness
activities. Children whose parents have never gone to the church were less likely to
have gone to the dentist within the last 6 months. They were also more likely to have
gone to the dentist because of pain. Furthermore, children whose parents have
attended religious services less than once a week were more likely to have gone to
the dental care because of pain. Benjamins & Brown (2004) described that the
religion may motivate individuals to adopt healthier lifestyles. Visiting the dentist for
checkup/ routine is healthier than for pain and prevents the occurrence of oral
problems that can generate pain. However, it is important to highlight that the cross-
sectional design of this study does not allow the cause-effect relation (BENJAMINS &
BROWN, 2004).
This study also showed that mothers with lower level of education were
associated with a low time spending with religious activities. The results are in
22
accordance to a previous study (VICTORA et al, 1992). Educated mothers have a
greater decision-making power in the family, are better informed about prevention
and disease management, and show greater compliance with the advice of doctors;
such features have been described as possible determinants for better child health
(VICTORA et al, 1992).
This is a cross-sectional study, so caution is needed in interpreting the present
findings. The study design does not give us a time relationship between the variables,
which does not allow us to determine causality between predictors and outcome. In
addition, parents reported religiosity experience through two questions which may not
capture the full extension of the impact of religiousness on health. However, no
validated instruments were available to assess religiosity in Brazilian sbjucts when
the present study was conducted.
In conclusion, our findings demonstrate that social bond represented by
religious group activities is associated with the use of dental services. The results
demonstrated the role of religiousness in some features of oral health, which may act
as one of the key factors for health practices as the search for preventive dental
services.
23
Table 1. Characteristics of the sample of 1134 adolescents from Santa Maria – Brazil.
Variable n %
Sex
Male 523 46.12
Female 611 53.88
Skin color
White 851 77.65
Black 245 22.35
Household income
>1.6 BMW 487 47.01
≤1.6 BMW 549 52.99
Mother's Schooling
≥ 8 years 702 64.76
< 8 years 382 35.24
Father's Schooling
≥ 8 years 628 60.74
< 8 years 406 39.26
Self-perception
Good/excelent 719 65.13
Fair/poor 385 34.87
Dental caries
DMFT=0 566 49.91
DMFT>0 568 50.09
Use of dental services
Yes 514 47.24
No 574 52.76
Reason visit to the dentist
Checkup/Routine 734 69.71
Toothache 319 30.29
Frequency of religious practice
Once a week/ more than once a week 795 74.16
Less than once a week 277 25.84
Frequence of church attendance
Gone to the church 933 86.47
Never / almost never gone to the church 146 13.53
BMW= Brazilian Minimum Wage
24
Table 2. Descritive distribution of overall and domain specific CPQ11-14
Domain Mean (SD) Possible Range Range
Emocional well-being 2.67 (3.05) 0-20 0-16
Social well-being 1.62 (2.11) 0-20 0-15
Funcional limitation 3.48 (2.51) 0-20 0-14
Oral symptoms 2.46 (2.42) 0-20 0-16
Overall 10.24 (7.59) 0-80 0-43
25
26
Table 4. Association between religious variables and OHRQoL.
Time spending to religious activities Frequence of church attendance
Once a week/more than once a
week
Less than once a week -
IRR(IC 95%)
Gone to the
church
Never/almost never -
IRR(IC 95%)
Global 1 1.08 (0.97-1.20) 1 1.05 (0.91-1.20) Emotional Well-Being 1 1.02 (0.77-1.37) 1 1.08 (0.75-1.54)
Social Well-Being 1 0.91 (0.63-1.31) 1 1.4 (1.94-2.08) Functional Limitation 1 0.95 (0.75-1.20) 1 1.04 (0.77-1.40)
Oral Symptoms 1 1.13 (0.98-1.43) 1 1.44 (1.10-1.87)
27
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossos achados demonstram que a frequência de ida a igreja, templo ou
outro serviço religioso não está associado à desfechos clínicos, como a cárie
dentária e OHRQoL. Entretanto a ausência de prática religiosa foi compatível com
maior taxa de busca por serviços odontológicos por dor. Dessa forma, concluímos
que a religiosidade não está ligada diretamente à qualidade de vida relacionada à
saúde bucal, mas que o vínculo social representado por atividades religiosas em
grupo é um fator determinante por práticas de saúde como a busca por serviços
odontológicos preventivos.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABANTO, J et al. Impact of oral diseases and disorders on oral health‐related quality of life of preschool children. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 39, n. 2, p. 105-114, 2011. BENJAMINS, MR; BROWN, C. Religion and preventative health care utilization among the elderly. Social Science & Medicine, v. 58, n. 1, p. 109-118, 2004. BREILH, J. et al. Deterioro de la Vida: Un Instrumento para Análisis de Prioridades Regionales en lo Social y la Salud. Corporación Editora Nacional, Quito, 1990. BÜSSING, A; OSTERMANN, T; MATTHIESSEN, PF. Role of religion and spirituality in medical patients: confirmatory results with the SpREUK questionnaire. Health and Quality of Life Outcomes, v. 3, n. 1, p. 10, 2005. CELESTE, RK; NADANOVSKY, P. Aspectos relacionados aos efeitos da desigualdade de renda na saúde: mecanismos contextuais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p. 2507-2519, 2010. COHEN, AB.; KOENIG, HG. Religion, religiosity and spirituality in the biopsychosocial model of health and ageing. Ageing International, v. 28, n. 3, p. 215-241, 2003. CHIDA, Y; STEPTOE, A; POWELL, LH. Religiosity/spirituality and mortality. Psychotherapy and Psychosomatics, v. 78, n. 2, p. 81-90, 2009. DRUKKER, M et al. Children's health-related quality of life, neighbourhood socio-economic deprivation and social capital. A contextual analysis. Social Science & Medicine, v. 57, n. 5, p. 825-841, 2003. FIALHO, FM. Capital Social: usos e definições do conceito nas Ciências Sociais. Revista Três Pontos, v. 1, p. 31-35. GOURSAND, D et al. Cross-cultural adaptation of the Child Perceptions Questionnaire 11–14 (CPQ11–14) for the Brazilian Portuguese language. Health and Quality of Life Outcomes, v. 6, n. 1, p. 2, 2008.
29
Instituto Brasileiro de Geográfico e Estatística (IBGE). Censo 2010- Características da População e os Agregados Familiares: Resultados do universo. Disponível em < http://www.ibge.gov.br/home/>. Acessado em: 20 Jun 2015. JORDÃO, LMR et al. Relationship between rates of attending religious services and oral health in Brazilian adolescents. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 42, n. 5, p. 420-427, 2014. KOENIG, HG. Religious beliefs and practices of hospitalized medically ill older adults. International Journal of Geriatric Psychiatry, 13, 213-224, 1998.
LOCKER, D; ALLEN, F. What do measures of ‘oral health‐related quality of life’measure?. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 35, n. 6, p. 401-411, 2007. LUCCHETTI, Giancarlo; ALMEIDA, Luiz Guilherme Camargo; LUCCHETTI, Alessandra Lamas Granero. Religiousness, mental health, and quality of life in Brazilian dialysis patients. Hemodialysis International, v. 16, n. 1, p. 89-94, 2012.
MARMOT M. et al. Fair society, healthy lives: the Marmot Review Executive Summary. England: Marmot Review Team, 2010. MEIRELES, SS et al. Changes in oral health related quality of life after dental bleaching in a double-blind randomized clinical trial. Journal of Dentistry, v. 42, n. 2, p. 114-121, 2014. MOORE, Erin W.; BERKLEY-PATTON, Jannette Y.; HAWES, Starlyn M. Religiosity, alcohol use, and sex behaviors among college student-athletes. Journal of Religion and Health, v. 52, n. 3, p. 930-940, 2013.
NELSON, CJ at al. The role of spirituality in the relationship between religiosity and depression in prostate cancer patients. Annals of Behavioral Medicine, v. 2, n.38, p.105-114, 2009. OLPHEN, J et al. Religious Involvement, Social Support, and Health Among
African‐American Women on the East Side of Detroit. Journal of General Internal Medicine, v. 18, n. 7, p. 549-557, 2003. ORTIZ, FR et al. Toothache, Associated Factors, and Its Impact on Oral Health-Related Quality of Life (OHRQoL) in Preschool Children. Brazilian Dental Journal, v. 25, n. 6, p. 546-553, 2014.
30
PAGE, LAF et al. Validation of the child perceptions questionnaire (CPQ11-14). Journal of Dental Research, v. 84, n. 7, p. 649-652, 2005. PAIM, JS. Abordagens teórico-conceituais em estudos de condições de vida e saúde: notas para reflexão, pp. 7-32. In RB Barata (org.) Condições de Vida e Situação de Saúde. Saúde Movimento, 4, Abrasco, Rio de Janeiro, 1997. PATTUSSI, MP.; HARDY, Rebecca; SHEIHAM, Aubrey. The potential impact of neighborhood empowerment on dental caries among adolescents. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 34, n. 5, p. 344-350, 2006.
PATTUSSI, M P. et al. Clinical, social and psychosocial factors associated with
self‐rated oral health in Brazilian adolescents. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 35, n. 5, p. 377-386, 2007
PIOVESAN, C et al. Impact of socioeconomic and clinical factors on child oral health-related quality of life (COHRQoL). Quality of Life Research, v. 19, n. 9, p. 1359-1366, 2010. ROUXEL, PL. et al. Social capital: theory, evidence, and implications for oral health. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 43, n. 2, p. 97-105, 2015. SISCHO, L.; BRODER, H. L. Oral Health-related Quality of Life What, Why, How, and Future Implications. Journal of Dental Research, v. 90, n. 11, p. 1264-1270, 2011. SHMUELI, A. Health and religiosity among Israeli Jews. The European Journal of Public Health, v. 17, n. 1, p. 104-111, 2007.
SLADE, GD. Derivation and validation of a short‐form oral health impact profile. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v. 25, n. 4, p. 284-290, 1997. SOLAR, O; IRWIN A. A conceptual framework for action on the social determinants of health. Social Determinants of Health Discussion Paper 2 (Policy and Practice), 2010. TOMAZONI, F et al. Association of Gingivitis With Child Oral Health–Related Quality of Life. Journal of Periodontology, v. 85, n. 11, p. 1557-1565, 2014.
31
TREVINO, KM.; MCCONNELL, TR. Religiosity and Religious Coping in Patients with Cardiovascular Disease: Change over Time and Associations with Illness Adjustment. Journal of Religion and Health, v. 53, n. 6, p. 1907-1917, 2014.
VERONA, APA; JÚNIOR, CSD. Religiæo e fecundidade entre adolescentes no Brasil. Revista Panamericana de Salud Publica, v. 31, n. 1, 2012. World Health Organization WHO. Oral health surveys, basic methods. In. Geneva, 1997:93. YEAGER, DM, et al. Religious involvement and health outcomes among older persons in Taiwan. Social Science & Medicine; 63:2228–41, 2006. ZINI, A; SGAN-COHEN, HD; MARCENES, Wa. Religiosity, spirituality, social support, health behaviour and dental caries among 35-to 44-years-old Jerusalem adults: A proposed conceptual model. Caries Research, v.46, n.4, p.368-375,2012.
ZINI, A.; SGAN‐COHEN, H. D.; MARCENES, Wb. Is religiosity related to periodontal health among the adult Jewish population in Jerusalem?. Journal of Periodontal Research, v. 47, n. 4, p. 418-425, 2012.
32
ANEXO I – ÍNDICE CPO-D
CÓDIGO CRITÉRIOS – CPO (CÁRIE)
0 Hígido
1 Cariado
2 Restaurado e com cárie
3 Restaurado e sem cárie
4 Perdido devido à cárie
5 Perdido por outras razões
6 Apresenta selante
7 Apoio de ponte ou coroa
8 Não erupcionado
T Trauma (fratura)
9 Dente excluído
33
ANEXO II – QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA (CPQ11-14)
Julgamento global de saúde
1. Você diria que a saúde de seus dentes, lábios, maxilares e boca é: ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima 2. Até que ponto a condição dos seus dentes, lábios, maxilares e boca afetam sua vida em geral? ( ) De jeito nenhum ( ) Um pouco ( ) Moderadamente ( ) Bastante ( ) Muitíssimo
PERGUNTAS SOBRE PROBLEMAS BUCAIS
1. Nos últimos 3 meses, com que frequência você teve?
nu
nca
1 o
u 2
vez
es
algu
mas
vez
es
freq
uen
tem
ente
tod
os
os
dia
s o
u
qu
ase
tod
os
1. Dor nos seus dentes, lábios, maxilares ou boca?
2. Feridas na boca?
3. Mau hálito?
4. Restos de alimentos presos dentro ou entre os seus dentes?
2. Isso aconteceu por causa de seus dentes, lábios, maxilares e boca?Nos últimos 3 meses,
com que frequência você:
nu
nca
1 o
u 2
vez
es
algu
mas
vez
es
freq
uen
tem
ente
tod
os
os
dia
s o
u
qu
ase
tod
os
5. Demorou mais que os outros para terminar sua refeição?
3. Nos últimos 3 meses, por causa dos seus dentes, lábios, boca e maxilares com que frequência você teve?
nu
nca
1 o
u 2
vez
es
algu
mas
vez
es
freq
uen
tem
ente
tod
os
os
dia
s o
u
qu
ase
tod
os
6. Dificuldade para morder ou mastigar alimentos como maçãs, espiga de milho ou carne?
34
7. Dificuldades para dizer algumas palavras?
8. Dificuldades para beber ou comer alimentos quentes ou frios?
PERGUNTAS SOBRE SENTIMENTOS E/OU SENSAÇÕES
4. Você já experimentou esse sentimento por causa de seus dentes, lábios, maxilares ou boca?Se você se sentiu desta maneira por outro motivo, responda “nunca”.
nu
nca
1 o
u 2
vez
es
algu
mas
vez
es
freq
uen
tem
ente
tod
os
os
dia
s o
u
qu
ase
tod
os
9. Ficou irritado (a) ou frustrado (a)?
10. Ficou tímido (a), constrangido (a) ou com vergonha?
11. Ficou chateado?
12. Ficou preocupado com o que as outras pessoas pensam sobre seus dentes, lábios,
boca ou maxilares?
PERGUNTAS SOBRE SUAS ATIVIDADES EM SEU TEMPO LIVRE E NA COMPANHIA DE OUTRAS PESSOAS
5. 6. Você já teve estas experiências por causa dos seus dentes, lábios, maxilares ou boca? Se
for por outro motivo, responda “nunca”. Nos últimos 3 meses, com que frequência você:
nu
nca
1 o
u 2
vez
es
algu
mas
vez
es
freq
uen
tem
ente
tod
os
os
dia
s o
u
qu
ase
tod
os
13. Evitou sorrir ou dar risadas quando está com outras crianças?
14. Discutiu com outras crianças ou pessoas de sua família?
15. Outras crianças lhe aborreceram ou lhe chamaram por apelidos?
16. Outras crianças fizeram perguntas sobre seus dentes, lábios, maxilares e boca?
35
ANEXO III – CARTA DE APROVAÇÃO DO CEP
36
APÊNDICE I – FICHA CLÍNICA
37
APÊNDICE II – QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO
Muito obrigado por participar desta pesquisa! Estas perguntas são muito importantes para
melhor conhecer a saúde de seu filho. Por favor, tente responder todas as perguntas!
Qualquer dúvida, entre em contato conosco pelos telefones: Fernanda – 99915409 (vivo);
Guilherme- 99351484(vivo); Joana – 91048282(claro); Simone(oi).
1) Nome do adolescente: ______________________________________
2) Telefone:____________
3) Sexo: F ( ) M ( )
4) Você considera seu filho da raça:
( ) branca ( ) negra ( ) mulato ( )outro (oriental, índio)
5) No mês passado, quanto receberam em Reais, juntas, todas as pessoas que moram nesta
casa (salário, bolsa família, pensão, aposentadoria e outros rendimentos)?_______________
7) Quantos cômodos tem a casa? _________
8) Quantas pessoas, incluindo o Sr(a), moram na casa?________
9) A mãe estudou até: ( )não estudou; ( )1º grau incompleto; ( )1º grau completo;
( )2º grau incompleto; ( )2º grau completo; ( )3º grau incompleto; ( )3º grau completo
10) O pai estudou até: ( )não estudou; ( )1º grau incompleto; ( )1º grau completo;
( )2º grau incompleto; ( )2º grau completo; ( )3º grau incompleto; ( )3º grau completo
11) Seu filho procurou dentista nos últimos 6 meses? S ( ) N ( )
12) Quando foi a última visita ao dentista?:( ) até 3 meses ( ) 3 a 6 meses
( ) 6 meses a 1 ano ( ) mais que 1 ano;
13) Motivo da última consulta:
( ) dor de dente;
( ) dor na boca
( ) batidas e quedas
( ) exame e rotina
( ) outros:_______________________
38
14) Tipo de serviço que você levou seu filho na última consulta:
( )dentista particular
( ) dentista público (posto de saúde, faculdade, escola)
15. Você diria que a saúde dos dentes, lábios, maxilares e boca do seu filho é:
( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Perguntas sobre espiritualidade
1. Com que frequência você vai a uma igreja, templo ou outro encontro religioso. a. Mais do que uma vez por semana b. Uma vez por semana c. Duas ou três vezes por mês d. Algumas vezes por ano e. Uma vez por ano ou menos f. Nunca
2. Com que frequência você dedica o seu tempo a atividades religiosas individuais, como preces, rezas, meditações, leitura da bíblia ou de outros textos religiosos.
a. Mais do que uma vez ao dia b. Diariamente c. Duas ou mais vezes por semana d. Uma vez por semana e. Poucas vezes por mês f. Raramente ou nunca
A seção seguinte contém frases a respeito de crenças ou experiências religiosas. Por favor, anote o quanto cada frase se aplica a você
3. Em minha vida, eu sinto a presença de Deus (ou do Espírito Santo) a. Totalmente verdade para mim b. Em geral é verdade c. Não estou certo d. Em geral não é verdade e. Não é verdade
4. As minhas crenças religiosas estão realmente por trás de toda a minha maneira de viver. a. Totalmente verdade para mim b. Em geral é verdade c. Não estou certo d. Em geral não é verdade e. Não é verdade
5. Eu me esforço muito para viver a minha religião em todos os aspectos da vida a. Totalmente verdade para mim b. Em geral é verdade c. Não estou certo d. Em geral não é verdade e. Não é verdade
39
APÊNDICE III – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Este termo tem como objetivo informar, esclarecer e pedir a sua autorização para a
participação de seu/sua filho(a) na pesquisa intitulada “IMPACTO DAS CONDIÇÕES DE
SAÚDE BUCAL NA QUALIDADE DE VIDA DE ESCOLARES DE 12 ANOS” a ser
desenvolvida pelos Cirurgiões-dentistas Fernanda Tomazoni, Guilherme Nascimento da
Rosa, Joana Del Fabro e Simone Tuchtenhagen e pelo professor Dr. Thiago Machado
Ardenghi. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o impacto de condições de saúde bucal e
fatores socioeconômicos na qualidade de vida escolares de 12 anos.
A pesquisa será desenvolvida na própria escola do seu filho, durante um intervalo de
aula. Um mestrando do programa de pós-graduação do curso de odontologia da
Universidade Federal De Santa Maria irá realizar um exame na boca de seu/sua filho(a),
para verificar as condições de saúde bucal dele(a). Após o exame, seu(sua) filho(a) também
responderá a uma entrevista realizada pelos alunos onde ele(a) irá responder como é sua
mastigação, fala, alimentação, sua satisfação com o sorriso, entre outros.
Além disso, em anexo, está sendo enviado um questionário para que o senhor(a)
responda, com perguntas sobre suas condições socioeconômicas, características da
moradia, renda familiar e hábitos de higiene e comunidade onde o adolescente vive.
O adolescente ou o Sr./Sra. não receberão nenhum benefício direto com a pesquisa.
Entretanto, indiretamente, a sua participação contribuirá para melhor entendimento científico
a respeito do tema pesquisado.
Como esta pesquisa se trata apenas de um exame odontológico, não existe nenhum
risco previsto pela participação de seu/sua filho(a), entretanto, ele(a) poderá ficar
cansado(a) ao responder o questionário e durante os exames clínicos. Como benefício, o
Sr.(Sra.) será informado e orientado a procurar assistência odontológica caso seja
observado algum problema durante o exame do(a) seu/sua filho(a). Cabe repetir que o(a)
Sr.(Sra.) será orientado a procurar um atendimento, não sendo de responsabilidade desta
pesquisa dar garantia de que este atendimento seja realizado caso seja encontrado algum
problema no seu filho. Não haverá qualquer custo para fazer parte deste estudo. O
adolescente ou o Sr./Sra. não receberão qualquer remuneração por essa participação.
Todos os dados de identificação de seu/sua filho (a) serão mantidos em sigilo. O
seu/sua filho (a) poderá se recusar participar da pesquisa a qualquer momento sem que
40
haja qualquer problema. Para esclarecer qualquer dúvida, o (a) senhor (a) poderá falar com
o pesquisador pelo telefone escrito no final deste documento.
Eu, _______________________________, acredito ter sido suficientemente
informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim. Ficaram claros
para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus
desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas. Concordo
voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a
qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de
qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste serviço.
Eu, _________________________________, RG____________________, declaro
que fui devidamente esclarecido (a), e estou de acordo com os termos acima expostos,
autorizando a participação de meu/minha filho (a) _____________________
______________________ nesta pesquisa.
Santa Maria, RS, ____ de _______________ de 201__.
___________________________ _____________________________
Assinatura do responsável Assentimento do adolescente
____________________________
Pesquisador
Qualquer esclarecimento entre em contato com:
Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM:
Comitê de Ética em Pesquisa - UFSM - Av. Roraima, 1000 – Prédio da Reitoria -7º andar -
Campus Universitário. 97105-900 – Santa Maria – RS. Tel: 0xx553220-9362
e-mail: [email protected]
Prof. Thiago Machado Ardenghi (pesquisador responsável)
Rua Cel. Niederauer, 917, ap.: 208, Santa Maria/RS
Fone: 55-9998-9694
e-mail: [email protected] Clínica de Odontopediatria UFSM Fone: 32209266 (falar com Fernanda, Guilherme, Joana ou Simone)
41
APÊNDICE IV - TABELA RESUMO DOS ARTIGOS
42
43
44
45
46
47
48
49