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Rev Esc Enferm USP 2003; 37(4): 34-42. 34 RECOVERY ROOM: A REVIEW OF NURSING CARE LITERATURE LA ASISTENCIA DE ENFERMERÍA EN EL PERÍODO DE RECUPERACIÓN ANESTÉSICA: REVISIÓN DE LITERATURA Lygia Oliveira de Moraes 1 , Aparecida de Cássia Giani Peniche 2 RESUMO Após constatação de que os pacientes submetidos aos mais diversos procedimentos cirúrgicos, ao serem admitidos na unidade de recuperação anestésica, apresentavam seus prontuários com dados relevantes mal registrados, de forma desorganizada e incompletos, foi realizado um levantamento bibliográfico nacional no período 1990 à 2002 para identificar e analisar como a assistência de enfermagem em sala de recuperação anestésica é documentada. Utilizou-se o sistema informatizado de busca LILACS (Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde), PERIENF (Acervo de Periódicos da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo) e BDENF (Biblioteca J. Baeta Viana da Universidade Federal de Minas Gerais). Os indexadores foram: assistência de enfermagem, recuperação anestésica e período pós- operatório imediato. Encontrou-se 16 artigos referentes a este tema, apesar da importância dada a continuidade do cuidado ao paciente neste período. PALAVRAS-CHAVE Assistência de enfermagem. Recuperação pós-anestésica. Período pós-operatório. ABSTRACT The present study was undertaken after it was observed that patients submitted to surgical procedures arrived in recovery room with incomplete records, thus complicating continuing nursing care. The goal of the present study is to analyze bibliographic data from 1990 to 2002 on recovery room nursing care. The data was obtained from LILACS (Latin America Literature about Health Science), PERIENF (Nursing School Library of the University of São Paulo) and BDENF (Library of Federal University of Minas Gerais). The key words were nursing care, recovery room and immediate post-operative period. Only 16 articles were found, indicating a shortage of literature on this topic. The recovery room period is an important period of hospitalization and the data are essential for continuous care. KEYWORDS Nursing care.Anesthesia recovery period.Immediate postoperative period. RESUMEN Después de constatarse que los pacientes sometidos a los más diversos procedimientos quirúrgicos, al ser admitidos en la unidad de recuperación anestésica, tenían historias clínicas con los datos relevantes mal registrados, de forma desorganizada y incompletos, fue que se realizó una revisión bibliográfica nacional en el período de 1990 al 2002 para identificar y analizar cómo es documentada la asistencia de enfermería en sala de recuperación anestésica. Se utilizó el sistema informatizado de búsqueda LILACS (Literatura Latino Americana de Ciencias de la Salud) PERIENF (Acervo de Periódicos de la Escuela de Enfermería de la Universidad de São Paulo) y BDENF (Biblioteca J. Baeta Viana de la Universidad Federal de Minas Gerais). Los indexadores fueron: asistencia de enfermería, recuperación anestésica y período post operatorio inmediato. Se encontraron 16 artículos referentes a este tema, a pesar de la importancia dada a la continuidad del cuidado al paciente en este período. PALABRAS CLAVE Asistencia de enfermería. Periodo de recuperación de la anestesia. Período postoperatório. Assistência de Enfermagem no período de recuperação anestésica: revisão de literatura 1 Aluna de graduação da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP). 2 Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico- Cirúrgica da EEUSP. [email protected]

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Rev Esc Enferm USP2003; 37(4): 34-42.

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Lygia Oliveira de MoraesAparecida de C. G.Peniche

RECOVERY ROOM: A REVIEW OF NURSING CARE LITERATURE

LA ASISTENCIA DE ENFERMERÍA EN EL PERÍODO DE RECUPERACIÓN ANESTÉSICA:REVISIÓN DE LITERATURA

Lygia Oliveira de Moraes1, Aparecida de Cássia Giani Peniche2

RESUMOApós constatação de que ospacientes submetidos aos maisdiversos procedimentoscirúrgicos, ao serem admitidosna unidade de recuperaçãoanestésica, apresentavam seusprontuários com dadosrelevantes mal registrados, deforma desorganizada eincompletos, foi realizado umlevantamento bibliográficonacional no período 1990 à2002 para identificar e analisarcomo a assistência deenfermagem em sala derecuperação anestésica édocumentada. Utilizou-se osistema informatizado de buscaLILACS (Literatura LatinoAmericana de Ciências daSaúde), PERIENF (Acervo dePeriódicos da Escola deEnfermagem da Universidadede São Paulo) e BDENF(Biblioteca J. Baeta Viana daUniversidade Federal deMinas Gerais). Os indexadoresforam: assistência deenfermagem, recuperaçãoanestésica e período pós-operatório imediato.Encontrou-se 16 artigosreferentes a este tema, apesarda importância dada acontinuidade do cuidado aopaciente neste período.

PALAVRAS-CHAVEAssistência de enfermagem.Recuperação pós-anestésica.Período pós-operatório.

ABSTRACTThe present study wasundertaken after it wasobserved that patientssubmitted to surgicalprocedures arrived inrecovery room withincomplete records, thuscomplicating continuingnursing care. The goal of thepresent study is to analyzebibliographic data from1990 to 2002 on recoveryroom nursing care. The datawas obtained from LILACS(Latin America Literatureabout Health Science),PERIENF (Nursing SchoolLibrary of the University ofSão Paulo) and BDENF(Library of FederalUniversity of Minas Gerais).The key words were nursingcare, recovery room andimmediate post-operativeperiod. Only 16 articles werefound, indicating a shortageof literature on this topic. The recovery room period isan important period ofhospitalization and thedata are essential forcontinuous care.

KEYWORDSNursing care.Anesthesiarecovery period.Immediatepostoperative period.

RESUMENDespués de constatarse quelos pacientes sometidos a losmás diversos procedimientosquirúrgicos, al ser admitidosen la unidad de recuperaciónanestésica, tenían historiasclínicas con los datosrelevantes mal registrados, deforma desorganizada yincompletos, fue que se realizóuna revisión bibliográficanacional en el período de 1990al 2002 para identificar yanalizar cómo es documentadala asistencia de enfermería ensala de recuperaciónanestésica. Se utilizó el sistemainformatizado de búsquedaLILACS (Literatura LatinoAmericana de Ciencias de laSalud) PERIENF (Acervo dePeriódicos de la Escuela deEnfermería de la Universidadde São Paulo) y BDENF(Biblioteca J. Baeta Viana de laUniversidad Federal de MinasGerais). Los indexadoresfueron: asistencia deenfermería, recuperaciónanestésica y período postoperatorio inmediato. Seencontraron 16 artículosreferentes a este tema, a pesarde la importancia dada a lacontinuidad del cuidado alpaciente en este período.

PALABRAS CLAVEAsistencia de enfermería.Periodo de recuperación de laanestesia. Período postoperatório.

Assistência de Enfermagem no períodode recuperação anestésica:revisão de literatura

1 Aluna de graduação daEscola de Enfermagemda USP (EEUSP).

2 Professora Doutora doDepartamento deEnfermagem Médico-Cirúrgica da [email protected]

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INTRODUÇÃO

Entre as características de uma ciênciaencontra-se o fato da mesma possuir um cor-po de conhecimentos próprios e singulares.Com Florence Nightingale a enfermagem ini-ciou sua caminhada para a adoção de umaprática baseada em conhecimentos científi-cos, abandonando gradativamente a postu-ra de atividade caritativa, eminentemente in-tuitiva e empírica. Neste sentido, diversosconceitos, teorias e modelos específicos àenfermagem foram e estão sendo desenvol-vidos. Todos estes modelos convergem paraa necessidade de se prestar uma assistênciasistematizada, isto é, planejar as ações, de-terminar e gerenciar o cuidado, registrar o quefoi planejado e executado e, finalmente, ava-liar estas ações, permitindo assim gerar co-nhecimentos a partir da prática (1).

Horta (2) encontrou no processo de enfer-magem a dinâmica para as ações sistematiza-das e inter-relacionadas para obtenção daassistência ao ser humano.

A sistematização da assistência de en-fermagem implica na utilização de umametodologia de trabalho, qualquer que sejao referencial teórico utilizado, e requer doenfermeiro interesse em conhecer o paci-ente como indivíduo, utilizando para istoseus conhecimentos e habilidades, além deorientação e treinamento da equipe de en-fermagem para a implementação das açõessistematizadas.

A sistematização das ações de enferma-gem tem contribuído para o registro e docu-mentação de ocorrências e procedimentosrealizados pelos diversos integrantes da pro-fissão, para a análise quantitativa e qualitati-va do cuidado prestado e, para o reconheci-mento social do enfermeiro (3) .

Desde 21 de janeiro de 2000 tornou-seobrigatória , de acordo com a decisão doCOREN-SP de 1999, que normatiza a imple-mentação da sistematização da assistênciade enfermagem (SAE) nas instituições desaúde, considerando-a como atividade pri-vativa do enfermeiro para identificação dassituações de saúde-doença, subsidiando aprescrição e implementação de ações de as-sistência de enfermagem na promoção, pre-venção, recuperação e reabilitação em saúdedo indivíduo, família e comunidade.

Nogueira et al.(4), considerando sobre aespecificidade do trabalho que se desenvol-ve nas áreas de internação cirúrgica, centrocirúrgico e recuperação anestésica , acredi-tam que as mesmas devem manter umainterrelação constante, a fim de que se possaproporcionar ao paciente uma assistência in-dividualizada e continuada. Segundo essaautora, estas áreas são atingidas pelaimpessoalidade decorrente do excesso denormas e rotinas estabelecidas para o seufuncionamento. Acreditam que uma grandeparte do pessoal que nelas trabalha executasuas atividades seguindo essas normas e ro-tinas sem ao menos questioná-las. Tal fatotorna o trabalho rotineiro, favorecendo adesmotivação para mudanças e a insatisfa-ção em relação ao mesmo.

Até a década de 60 a atuação do enfer-meiro em centro cirúrgico era direcionada pre-dominantemente para a área instrumental, comprioridade às solicitações da equipe médica eas ações básicas para o desenvolvimento doato anestésico cirúrgico, colocando em se-gundo plano a assistência ao paciente (5).

Segundo os mesmos autores, essa práti-ca vem assumindo um caráter diferenciado,voltado para o alcance da qualidade global,com a preocupação dos enfermeiros em ofe-recer aos pacientes cirúrgicos uma assistên-cia especializada, personalizada e huma-nizada. Os objetivos dessa forma de assistirvisam prevenir complicações do ato anesté-sico cirúrgico, garantir a segurança, diminuiro estresse, contribuindo ao máximo para obem estar do paciente.

Especificamente para o serviço de enfer-magem na área cirúrgica, Nogueira et al. (4)

acreditam que deve existir uma forteinterrelação entre o serviço de enfermagemdestas áreas e os demais serviços do hospi-tal, uma vez que a organização e desempenhodestes dependem de cooperação, comunica-ção, criatividade e solução de problemas en-tre os grupos de trabalho neles existentes.

Janúncio (6) ressalta a preocupação comos aspectos relativos às informações dotransoperatório que são importantes para oplanejamento da assistência individualizadaao paciente cirúrgico na continuidade da as-sistência no pós-operatório. Assim este au-tor buscou uma proposta de documentaçãopara a assistência de enfermagem prestada

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no período perioperatório, proporcionandoanotações sistematizadas para os pacientese para o pessoal da enfermagem com a mesmaqualidade e subsídios teóricos.

Segundo Smeltzer, Bare (7) a enfermagemperioperatória deve ser baseada em um pro-cesso sistemático e planejado com uma sériede passos integrados. Assim, o conceito deprática perioperatória traz tanto as atividadesdesenvolvidas durante a assistência, pré-operatória, intra-operatória e pós-operatória,que são tradicionais da enfermagem, quantoas mais avançadas, como educação para opaciente, aconselhamento, levantamento dedados, planejamento e avaliação.

Segundo Janúncio (6) é essencial a exis-tência de um elo entre as fases da assistênciade enfermagem do período perioperatório.Deve ser consensual entre os enfermeiros queos registros de enfermagem são subsídiospara favorecer a assistência.

Para a mesma autora, a assistência de en-fermagem perioperatória ao paciente consci-ente ou não, deve proporcionar respeito peloindivíduo como proteção ao seus direitoshumanos e sua dignidade pessoal, satisfa-ção de suas necessidades sentidas, preven-ção de acidentes e lesões passíveis de acon-tecer por negligência, imperícia ou omissãode estado de alerta e proteção contra os peri-gos peculiares ao ambiente cirúrgico, sala derecuperação anestésica ou em procedimen-tos específicos.

Para Castellanos, Jouclas (8) é necessário

uma filosofia de assistência de enferma-gem perioperatória, que operacionalize umreferencial teórico, abrangendo os con-ceitos de assistência holística, continua-da, participativa, individualizada, docu-mentada e avaliada. Definem esta filoso-fia como um Sistema da Assistência deEnfermagem Perioperatória (SAEP).

Os objetivos do SAEP são: ajudar o pacientee a família a compreender seu problema desaúde e a preparar-se para o ato anestésicocirúrgico proposto e suas conseqüências;diminuir ao máximo os riscos inerentes aoambiente específico do centro cirúrgico e dasala de recuperação pós-anestésica; utilizaros materiais e equipamentos necessários aodesenvolvimento dos procedimentos anes-tésico-cirúrgicos, colaborar na consecuçãodesses procedimentos, pela previsão, provi-

são e controle dos recursos humanos, emqualidade e quantidade necessária.

Bianchi (9) ressalta a necessidade de ha-ver uma comunicação adequada e eficiente,permitindo que a assistência iniciada no perí-odo pré-operatório seja continuada no perío-do transoperatório e possa prosseguir noperíodo pós-operatório. Ressalta, ainda queesse meio de comunicação deve ser único,com registro fidedigno à situação e de fácilacesso à equipe de saúde.

Oliveira, Aquino, Calbo (10) em estudosobre a percepção do enfermeiro de centrocirúrgico com relação ao SAEP relatam queas atividades desse profissional consta dasseguintes áreas: específica ou de atuaçãoprofissional, interdependência ou colabora-ção, técnica-administrativa e social. E em vir-tude do acúmulo de atividades existentespela excessiva burocracia administrativa, oenfermeiro fica impossibilitado de prestar as-sistência ao paciente. Porém, só a ele cabeanalisar este problema, dando um rumo cor-reto à sua atuação, face às prioridades quese apresentam.

Para estas autoras, o enfermeiro utilizan-do a SAEP tem a possibilidade de prestar,avaliar o cuidado e, proporcionar maior se-gurança ao paciente cirúrgico. Na visita pré-operatória, utilizada como estratégia, oferecea possibilidade do cuidado integral, indivi-dualizado, assistência participativa e a pos-sibilidade do paciente expressar sua ansie-dade, medo e angústia. Verifica-se que a im-portância dessa prática não está só relacio-nada ao paciente, mas também, à realizaçãopessoal do profissional.

Segundo Bogossian (11)

o período pós-operatório compreende omomento em que o paciente sai da salade operações até o retorno às suas ativi-dades normais. Sua duração é variável,pois depende do tipo de intervenção ci-rúrgica e das condições fisiológicas dopaciente.

Este período é didaticamente dividido em trêsetapas especiais: imediato que compreendeas primeiras 12 ou 24 horas após o término dacirurgia. Sua real duração depende do porteou gravidade da cirurgia e estado em que seencontra o paciente ao seu término. O perío-do pós-operatório mediato que se inicia apósas primeiras 24 horas e se desenvolve por um

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período variável até o dia da alta hospitalar.Sua duração nas cirurgias de menor porte égeralmente curta e estende-se por cerca de 2a 4 dias. Nas grandes cirurgias ele pode pro-longar-se por 1 semana até 10 dias. E por fim,o período pós-operatório tardio que sucedeo anterior e se estende por 1 a 2 meses, até acompleta cicatrização das lesões ou a fase deganho ponderal.

O período conhecido como recuperaçãopós anestésica é compreendido desde o mo-mento da alta do paciente da sala de opera-ção até sua saída da sala de recuperaçãoanestésica. Os pacientes que necessitam deobservação contínua e de cuidados específi-cos após a utilização de agentes anestésicossão encaminhados à sala de recuperaçãoanestésica. Na evolução de enfermagem deveconter itens referentes ao nome da cirurgia, àanestesia recebida, ao nível de consciência,às infusões venosas, ao aspecto do curati-vo, à perfusão periférica, à expansibilidadetorácica, à presença de cateteres, sondas edrenos. (5) Para Nocite (12) o período de recu-peração pós-anestésica caracteriza-se por al-terações fisiológicas que são, basicamente,inconsciência e depressão cardiorespiratóriano paciente que recebeu anestesia geral, eausência de sensações e tono simpático na-quele que recebeu anestesia regional.

Neste período o paciente é consideradocrítico, razão pela qual deve existir a assis-tência de enfermagem documentada, o quegarantirá segurança e cuidados específicosque, se implementados podem impedir a ocor-rência de complicações ou então, podemrevertê-las, quando estas se instalaram.

OBJETIVO

Identificar e analisar artigos nacionais re-ferente à assistência de enfermagem no perí-odo de recuperação anestésica.

MATERIAL E MÉTODO

Realizou-se uma revisão bibliográfica deartigos nacionais publicados no período de1990 a 2002. A identificação das fontes biblio-gráficas foi realizada através do sistemainformatizado de busca LILACS (LiteraturaLatino Americana de Ciências da Saúde),PERIENF (Acervo de Periódicos da Escola deEnfermagem da Universidade de São Paulo) eBDENF (Biblioteca J. Baeta Viana da Universi-

dade Federal de Minas Gerais). Foram utiliza-dos como indexadores as palavras assistênciade enfermagem, recuperação anestésica e pe-ríodo pós-operatório imediato.

Os artigos foram catalogados identifican-do-se autor, título do artigo, periódico, anode publicação, objetivos da pesquisa, resul-tados e conclusão. Em seguida os artigos fo-ram agrupados segundo o assunto aborda-do, isto é, percepção do paciente, interaçãopaciente/equipe, avaliação de enfermagem dopaciente, complicações no pós-operatório,condições clínicas do paciente, aspectos es-truturais da SRA, proposta de instrumentos,percepção do enfermeiro, atuação do enfer-meiro, diagnóstico de enfermagem e assistên-cia de enfermagem.

A percepção do paciente em Sala de Re-cuperação Anestésica (SRA) foi abordadaapenas em um artigo(13) que investigou a qua-lidade do cuidado de enfermagem prestadodurante o período perioperatório. Nesse es-tudo foram entrevistados, no primeiro dia pós-operatório, 86 pacientes de submetidos à ci-rurgia geral. Foram feitas questões abertas efechadas sobre a satisfação do pacientedurante o recebimento no centro cirúrgico,quanto aos cuidados recebidos em sala deoperações antes da anestesia e em sala derecuperação anestésica, após o retorno daconsciência .

Os cuidados de enfermagem na sala derecuperação anestésica foram os que mais seaproximaram de padrões de qualidade de cui-dados humanizados. Os itens identificadoscom alto grau de satisfação foram: segurançademonstrada pelo pessoal de enfermagem noscuidados (98,1%), atenção no recebimento naSRA (92,5%) e apoio recebido desde a entra-da, nesta sala, até ser o encaminhamento àunidade de internação (92,5%). Quanto aosdesvios negativos, esses referiram-se à qua-lidade dos cuidados no período pré-operató-rio imediato, ou seja, as orientações recebi-das nesse momento acusaram menor grau desatisfação (46,5%).

Ainda com relação a um menor grau desatisfação, Resende; Chianca (14) aplicaram,durante 3 semanas, no turno de maior picodo atendimento da unidade de recuperaçãoanestésica, um instrumento que media ograu de imediaticidade e direção dasinterações entre equipe/paciente nessa uni-dade(15). Como critérios de seleção dos paci-

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entes estabeleceram idade superior a 18 anos,estar consciente, estar em condições físicase psíquicas para interagir.

Obtiveram como resultados uma avaliaçãopéssima, denotando um baixo índice de proxi-midade equipe/pacientes. A correlação perma-nência na SRA/ número de interações demons-trou uma média de aproximação equipe/paci-ente de 3,73 minutos. Este é um valor conside-rado baixo, pois a média de permanência porpaciente na SRA foi em torno de 47 minutos.

Pela complexidade da condição fisiológi-ca do paciente no período em que se encon-tra na SRA não se permite que esteja disponí-vel para uma unidade, como a que foi avalia-da, apenas um profissional de nível técnico.Com este quadro não se esperaria um resulta-do diferente do apresentado, ou seja,pouquíssimo contato e baixa qualidade deassistência de enfermagem.

Esta desproporção entre técnico e paci-entes também sugere a priorização de cuida-dos aos pacientes graves e inconscientes, fi-cando os pacientes selecionados para oestudo(conscientes e estáveis) sob observa-ção menos constante Este fato não justifica aação, porém pode explicar os resultados obti-dos. Investigações referentes ao quadro depessoal adequado à unidade contribuiria paraminimizar este problema.

A avaliação do paciente no período derecuperação anestésica foi discutida porPeniche (16), que acredita ser necessária umaavaliação segura e eficaz, onde as alteraçõesendócrinas e metabólicas decorrentes do trau-ma anestésico-cirúrgico do paciente, sejamconsideradas, e sugere ainda, a criação depadrões e critérios de avaliação para a assis-tência prestada ao paciente neste período e avalidação dos mesmos.

As complicações encontradas nos paci-entes na sala de recuperação pós-anestésicaforam abordadas em dois artigos.

Gorayb, Souza, Caldeira (17) procuraramestabelecer rotinas e cuidados de vigilânciadados ao paciente submetido à anestesia ge-ral e bloqueios, com o objetivo de detectar ouprevenir complicações anestésicas.

Para isso, o autor realizou levantamentode dados estatísticos de 5.547 pacientes ad-mitidos em uma SRA onde detectou comoprincipais complicações no grupo de pacien-

tes submetidos à anestesia geral a hipotermia(29,9%), a hipoventilação (22,4%), a dor(17%), a taquicardia sinusal (13,3%) e náuse-as/vômitos (11,2%).

No grupo submetido a bloqueio foramdetectadas as seguintes complicações:hipotermia (13,8%), dor (9,9%), bradicardia(4,2%), náuseas/vômitos (2,7%) e hipertermia(2,5%).

Miyake et al (18) realizaram um estudo des-critivo exploratório, em uma SRA com 8leitos. Os dados foram coletados em 77 pron-tuários médicos, sendo 53 de adultos e 24 decrianças, de ambos os sexos.

Foram encontradas 32 complicações emadultos, a maior incidência foi de hipotensãoarterial apresentada por 11 pacientes. Nascrianças foram encontradas 5 complicaçõessendo agitação e dor as mais freqüentes. Asprincipais complicações analisadas foram re-lacionadas à anestesia, o que sugere aimplementação da assistência de enfermagemdirecionada à prevenção e à detecção preco-ce destas complicações (18).

Os dois artigos que discorrem sobre ascomplicações em pacientes na SRA não rea-lizam apenas um levantamento sobre núme-ros e porcentagens, mas também salientam aimportância destes na caracterização dos pa-cientes para uma adequada assistência e efe-tiva prevenção de riscos.

Concluiu assim, que devido à elevada in-cidência de complicações no período, é deextrema importância a permanência na SRAaté que o paciente recobre a consciência, es-teja com os reflexos protetores e sinais vitaisestáveis, e enquanto ele necessitar de cuida-dos especiais seja oferecido equipamentosde monitorização, equipe treinada para de-tectar precocemente alterações.

A respeito das condições clínicas do pa-ciente no momento de permanência na SRAforam desenvolvidos dois estudos.

Garanhani, Kemmer, Rodrigues (19) avalia-ram o tempo de normalização da temperatura,a cessação dos tremores e a percepção deconforto do paciente de acordo com o méto-do de aquecimento.

Para isso, utilizaram grupo controle, ondeos pacientes foram aquecidos com o cober-tor comum e outros dois grupos experimen-

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tais, um utilizando o cobertor elétrico e outroaquecedor elétrico.

O cobertor comum apresentou resultadosnão satisfatórios em relação ao cobertor eaquecedor elétricos. O cobertor elétrico e oaquecedor apresentaram resultados positi-vos e semelhantes, porém o aquecedor seapresentou mais eficiente para o pacientehipotérmico.

O estudo de Dobbro et al. (20) discursousobre a influência da anestesia, do tipo e lo-cal da cirurgia, da idade do paciente e daspatologias associadas, em relação à necessi-dade de mobilização precoce após o ato anes-tésico-cirúrgico.

As autoras fazem uma revisão de literatu-ra buscando fatores que possam contribuirpara que se realize essa prática fundamenta-da em bases teóricas.

Quanto à interferência da anestesia asautoras colocam que é fundamental para oenfermeiro o conhecimento sobre os anesté-sicos usados e seus efeitos, bem como o pe-ríodo de duração da anestesia, como dadospara subsidiar sua avaliação para amobilização do paciente. Além disso, acredi-tam que seja necessário conhecer as caracte-rísticas do ato cirúrgico, o que só será possí-vel pela interação multiprofissional.

No que se refere à idade dos pacientesas autoras citam que em crianças e idososresidem os maiores problemas, pois as dife-renças anatômicas e fisiológicas tornam-ospropensos a maior incidência de complica-ções decorrentes do ato anestésico-cirúrgi-co, que devem ser consideradas para umaassistência de enfermagem pós-operatóriaadequada. As patologias associadas devemser também levadas em consideração, algu-mas delas podem retardar, dificultar, ou atémesmo, contra-indicar algumas condutas deenfermagem (20).

Com relação aos aspectos físicos, núme-ro de profissionais, materiais e medicamen-tos disponíveis e critérios de segurança daSRA foi encontrado um estudo de Aquinoet al. (21) que nas quatro instituições públicase uma privada nos principais hospitais de Por-to Alegre, somente um hospital não obede-ceu ao critério pré-estabelecido de númerode leitos de recuperação em relação ao núme-ro de salas de cirurgia. Um número inadequa-do de profissionais trabalhando na SRA foi

verificado em todos os hospitais, sendo cons-tatada a presença de apenas uma enfermeirapor turno e um número variado de auxiliares.

Para Silva, Rodrigues, Cesaretti (22) existea necessidade de se manter uma proporçãode 1 enfermeiro assistencial para cada 3 a 4pacientes não graves e 1 técnico ou auxiliarde enfermagem para cada 3 pacientes. Ainda,segundo estes mesmos autores, compete aoenfermeiro prestar assistência pós-anestésicaaos pacientes submetidos aos diferentes ti-pos de cirurgia, dependentes ou não de res-piradores. Além da competência técnica quelhe é exigido é necessário o treinamento e asupervisão dos outros componentes de suaequipe, ter especialização na área de centrocirúrgico e recuperação anestésica, conheci-mento científico e prático das situações deemergência que possam ocorrer.

Com relação à diversidade de materiaisque devem fazer parte de uma SRA, o estu-do de Aquino, Jotz, Federbush, Azaredo (21)

evidenciou a falta de: arquivo para registrode ocorrência (3 hospitais), equipamentopara medir pressão arterial média(1 hospital), estimulador de nervo periféricoe oxímetro (4 hospitais), termômetro elétrico(5 hospitais) e ventiladores mecânicos(1 hospital). Já quanto aos fármacos neces-sários à assistência neste período, os cincohospitais possuem mais de 70% dos medi-camentos mínimos necessários.

Ainda como resultado os autores não con-sideraram nenhuma SRA como de excelênciamáxima em cuidados segundo os padrões ide-ais, porém em condições razoáveis já que namaioria havia a disponibilidade médica para oatendimento de intercorrências (21).

Foram encontrados em três artigos pro-postas de instrumentos de registro para aenfermagem neste período.

Noronha, Araújo (3) em seu estudo queteve o objetivo de propor, aplicar e analisara viabilidade de um instrumento de visitapós-operatória de enfermagem, realizou acoleta de dados em um hospital onde nãoestá implantada a visita pós-operatória deenfermagem. O instrumento proposto é com-posto por 4 partes que constam de informa-ções gerais sobre o paciente, condições dopaciente, opinião do paciente sobre a visitapré-operatória de enfermagem e o períodoperioperatório, finalizando, as percepções da

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enfermeira. Associado ao instrumentoutilizou uma ficha de avaliação que con-tinha perguntas sobre a suficiência, in-suficiência ou excesso de dados e um es-paço aberto, reservado para comentári-os ou sugestões.

Como conclusões, os autores relatam queo instrumento proposto mostrou ser de fácilpreenchimento, os itens apresentados aten-deram aos objetivos da visita pós-operatóriade enfermagem e, contém informações clarase objetivas, necessárias à assistência de en-fermagem nesse período.

Já Perez et al. (23), em levantamento reali-zado acerca de problemas existentes no cen-tro cirúrgico, sala de recuperação anestésicae central de material e esterilização, buscaramelaborar um instrumento de registro de da-dos relevantes do paciente e relacionados àsações de enfermagem e ao tratamento ao qualfoi submetido.

A assistência de enfermagem foipesquisada por Avelar et al. (24) sob a visãodo enfermeiro. Os autores realizaram uma co-leta de dados com enfermeiros de SRA, utili-zaram um instrumento que continha três pa-drões de assistência, descritos em pesquisaanteriormente realizada, onde cada enfermei-ro deveria fazer uma análise de pertinênciados dados, assim como sugestões de mudan-ças e acréscimos. Após análise, os padrõesforam aprovados. As sugestões de mudançae de acréscimo foram acatadas culminandoem um novo instrumento.

Padovani et al. (25) tendo como foco otrabalho da equipe de enfermagem em re-cuperação anestésica, desenvolveram umestudo com o objetivo de avaliar a utiliza-ção da ficha de registro utilizada em deter-minada SRA. Como resultado, encontraram71 a 100% dos instrumentos com uma es-trutura adequada, além de fornecerem da-dos necessários para se prestar assistên-cia de enfermagem.

A temática da sistematização de enferma-gem que merece destaque, é que a propostade um instrumento de padrões de assistênciadeve ser analisada por quem irá prestar a as-sistência, o que não permite que modelosassistenciais sejam importados. Isto é, devemser elaborados e instituídos a partir de umaavaliação da aplicabilidade dos mesmos paradeterminada instituição e unidade.

Cruz (26) , com relação ao diagnóstico deenfermagem aplicado à SRA, considera ne-cessária a realização de estudos em sistema-tização da assistência de enfermagem, poisse trata de um local onde o paciente perma-nece um período curto de tempo e geralmen-te os modelos de assistência existentes nãofavorecem a implementação como um todo.Seu estudo buscou identificar os diagnósti-cos de enfermagem mais freqüentes na SRA,pela coleta de dados realizada com 19 pacien-tes. Obteve como resultado os diagnósticosde enfermagem de potencial para injuria,hipotermia e alteração do nível de confortoem mais de 50% da população.

Como conclusão o autor refere que o ins-trumento proposto para a elaboração dos di-agnósticos foi bem aceito, no entanto torna-se necessário alguns ajustes a fim de adequá-lo mais à prática de enfermagem sendo que ohistórico de enfermagem é necessário para aelaboração dos diagnósticos à medida queoferece dados indicadores dos mesmos. Paraeste autor a utilização do diagnóstico de en-fermagem pode auxiliar no desenvolvimentodos conhecimentos referentes aos cuidadosde enfermagem na SRA.

Galvão, Sawada (27) apresentam uma pro-posta de aplicação do processo de enferma-gem baseado no modelo conceitual deLevine utilizando o diagnóstico de enferma-gem proposto pela NANDA e a estratégiado método de solução de problema na en-fermagem cirúrgica.

O modelo de conservação de Levineenfatiza a manutenção da totalidade da pes-soa, a responsabilidade do enfermeiro para aconservação de energia do paciente, bemcomo da integridade estrutrural, pessoal esocial.

Estas autoras (27) concluem que o modeloescolhido é pertinente as características dospacientes, que a união com a proposta daNANDA é viável e ainda, que o método desolução de problema permitiu a resolução deforma dinâmica, flexível e adaptável a dife-rentes situações que são inerentes à fase dopós-operatório imediato.

Podemos verificar por meio destes estu-dos, a preocupação com a existência de mo-delos que favoreçam a sistematização da as-sistência de enfermagem no sentido de bus-car uma solução para as especificidades de

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Assistência deenfermagem no períodode recuperaçãoanestésica:revisão da literatura

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situações e características do paciente emSRA e que resulte em um plano de cuidadosadequado e individualizado.

Peniche (28) faz uma reflexão sobre a atua-ção do enfermeiro em sala de recuperaçãoanestésica com o objetivo de mostrar aabrangência, não só assistencial como tam-bém na área educacional, de pesquisa e ad-ministrativa que devem ser exploradas emnosso país com o objetivo de melhor assistiro paciente no período perioperatório.

A assistência de enfermagem na sala derecuperação anestésica foi também discuti-da por Domingues, Coutinho (29), onde apre-sentam sugestões que visam reduzir a buro-cracia, otimizar a administração da assistên-cia elevando a qualidade dos cuidados pres-tados pela equipe de enfermagem de modohumanizado e integral.

Para estes autores, a SRA deve ter condi-ções mínimas para o atendimento aos clien-tes. A dinâmica de funcionamento da unida-

de também é importante para que a assistên-cia de enfermagem seja efetiva. Recomendama elaboração de um impresso a ser utilizadona SRA com os seguintes parâmetros: dadosdo paciente no pré-operatório, doençaspregressas, cirurgia e anestesia realizadas,controles desde a admissão do pacientena SRA até sua alta, incisão cirúrgica, drenos,sondas, infusões e cateteres, espaçoreservado para anotações diversas eintercorrências (29).

CONCLUSÃO

Concluí-se que o número de artigos en-contrados sobre a assistência de enfermagemno período de recuperação anestésica, em 12anos é restrito, e o tema, apesar da relevân-cia, ainda é pouco divulgado. Mesmo assim,a procura de um método científico que ofere-ça à enfermagem visões de planejamento daassistência e do cuidado ao paciente nesteperíodo foi uma constante em todos os arti-gos catalogados.

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Lygia Oliveira de MoraesAparecida de C. G.Peniche

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Recebido: 28/02/2003Aprovado: 01/08/2003