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DESCRIPCION DEL ESCENARIO RURAL URUGUAYO EN LAS
OBRAS DE JAVIER DE VIANA
APPROVED:
Major professor
Minor Prof elisor
A# X ^tor of^-the Department oPf F-oreign I/^mguages
Dean of the Graduate School
DESCRIPCION DEL ESCENARIO RURAL URUGUAYO EN LAS
OBRAS DE JAVIER DE VIANA
THESIS
Presented to the Graduate Council of the
North Texas State University in Partial
Fulfillment of the Requirements
For the Degree of
MASTER OF ARTS
By
Ruben Rodriguez, B. A
Denton, Texas
August, 1969
CONTENIDO
C a p l t u l o . Pagina
I. BIOGRAFIA E IMPORTANCIA LITERARIA DE
JAVIER DE VIANA 1
II. PAISAJES PAMPEANOS 11
III. C05TUMBRES GAUCHESCAS 19
IV. LOS PERSONAJES DE VIANA 33
V. EL VALOR GENERAL DE LAS OBRAS DE
JAVIER DE DIANA 48
BIBLIOGRAFIA 52
i n
CAPITULO I
BIOGRAFIA E IMPORTANCIA LITERARIA DE
JAVIER DE VIANA
Javier de Viana es el fundador indiscutible del
genero de la novel a gauchesca ecuatoriana, la cual puede
considerarse formada por la mezcla de <elementos romanticos,
realistas y naturalis.tas. Considerase en general a Eduardo
Acevedo Diaz (1851-1924) como el unico escritor de asuntos
nacionales del Uruguay anterior a el.
Nacio en la ciudad de, Canelones el 5 de agosto de 1868.
De una familia de viejo arraigo en el pais, cuyo origen fue
de nobleza hispana, tuvo por ilustre bisabuelo al mariscal
Jose Joaquin de Viana, que fue primer Gobernador de Montevideo.
Se graduo de bachiller en la Universidad de Montevideo,
en 1884, continuando sus estudios en las aulas de medicina,
las que abandono para alistarse como soldado en las filas
revolucionarias contra la tirania de Maximo Santos. Reanudo
luego sus actividades inte1ectua1es dodicandoso a la lileratura
y al periodismo, en cuyas ramas de las letras y del pensa-
miento triunfo ampliamente, llegando a conquistar un nombre
prestigioso en los ambientes literarios de Hispanoamerica .
Dcspues de su graduacion intelectual se h i z o hacendado,
ganadero, vaquero y hasta bandido. Fue candidato para el
congreso varias veces pero,
... debido tanto a la sensatez de mis electores como a mi de spreocupacion por el oficio de fabricante de leyes ... 1
nunca fue elegido.
Incorporado desde muy joven a las luchas pollticas,
desde las filas del Partido Nacionalista, en las que actuo
activamente en horas de paz y de guerra, alcanzo renombre
destacado ocupando altos cargos en su representacion. Como
periodista tuvo tambien actuacion destacada habiendo sido
coloborador y director de varias importantes publicaciones
rioplatenses .
Escribir articulos e historietas para los periodicos
fue su interes principal. Esta carrera la continu6 en el
Uruguay y en otros pafses. fiefiriendose a ella dices
Y como nunca estuvo mi pluma al servicio de los prepotentes, y si al de los oprimidos y desvaiidos, siempre fue menguado el provecho y copiosa la cosecha de estrecheces, vejctmenes y torturas.2
Publico alrededor de treinta libros y dio al teatro
obras de verdadero exito. Sus obras interpretan la vida del
gaucho e incluyen una novela bastante larga, as! como unos
veinte volumenes de historia del Uruguay, esto es, del
"''Javier de Viana, Pago de deuda (Montevideo. 1934), p. 20.
^Ibid., p. 21
p e r i o d o de la t r a n s i c i o n de lo t r a d i c i o n a l a lo m o d e r n o , y
de lo e s p i r i t u a l a lo n a t u r a l .
E l a u t o r e n c u e n t r a i n s p i r a c i o n s u f i c i e n t e en la g e n t e
y c o s t u m b r e s r u r a l e s u r u g u a y a s , P i n t a con a u t e n t i c i d a d el
a m b i e n t e de su p a l s n a t a l , erapleando d e f e c t o s y v i r t u d e s ,
a l e g r l a s y p e n a s . E l e s p l r i t u del U r u g u a y e s t a e n t r e t e j i d o
en h i s t o r i a s que nos dan una v i s t a p a n o r a m i c a de la vida
n a c i o n a l . V i a n a d e s c r i b e el s e n t i m i e n t o n a c i o n a l , no en
p a l a b r a s e s c o g i d a s o f r a s e s bien p e n s a d a s , sino t e j i e n d o l o
en sus c u e n t o s del p u e b l o . E s t o s e s t a n e s c r i t o s en la m i s m a
m a n e r a s e n c i l l a en que V i a n a p r o b a b l e m e n t e los e s c u c h o
s e n t a d o con los c a m p e s i n o s j u n t o al f o g o n . De el se ha
d i c h o que vio la t i e r r a que p i s o el g a u c h o , raateo en el
f o g 6 n , c a l z o bota con e s p u e l a , uso el c h a m b e r g u i t o de ala
r e d o n d a , se e m p a p o de l l u v i a n a t i v a y d u r m i o a carapo r a s o ,
b a j o un f u l g o r de e s t r e l l i t a s c r i o l l a s .
He aqul como e x p l i c a el o r i g e n de su u n i c a n o v e l a :
E n una de m i s f r e c u e n t e s e x c u r s i o n e s por la c a m p a n a , l l e g u e una tarde a casa de un e s t a n c i e r o a m i g o , r e s i d e n t e en C o r r a l e s . C o n c l u i d a la c e n a , v i n o la i n d i s p e n s a b l e t e r t u l i a en la c o c i n a , d o n d e s e n t a d o s en t r o n c o s de c e i b o , a l r e d e d o r del f o g o n , p a t r o n e s , p e o n e s , y f o r a s t e r o s t o m a n m a t e y p l a t i c a n con s i m p l i c i d a d v e r d a d e r a m e n t e d e m o c r a t i c a . Se h a b l a de " m a t r e r o s " y un g a u c h o v i e j o , e n v e j e c i d o en el p a g o n a r r a un e p i s o d i o l o c a l , a l t a m e n t e d r a m a t i c o y e m o c i o n a n t e . El p a t r o n y los p e o n e s lo h a b i a n oldo r e f e r i r cien v e c e s ; y sin i n v e s t i g a c i o n e s p a r a c e r c i o r a r s e de la v e r d a d del r e l a t o , c o n c l u y e n d o p o r a d q u i r i r la c o n v i c c i o n de que era p e r f e c t a m e n t e h i s t o r i c o . Un d i a , en o t r a e x c u r s i o n c a m p e s t r e , c o n o c i a J u a n a , una t i e r n a y s e n t i m e n t a l c r i a t u r a ,
una descolorida flor silvestre que se moria de un mal extrano e invisible.3
En la introduccion de uno de sus cuentos se encuentra la
siguiente hermosa interpretacion del paisaje uruguayo en
el verano.
En un dia de gran sol, de ese gran sol de enero que dora los pajonales y reverbera sobre la gramilla amarillenta de las lomas caldeadas y agrietadas por el estfo--Juan Francisco Rosa viajaba a caballo y solo por el tortuoso y mal disenado camino que conduce del pueblecillo de Lascano a la Villa de Treinta y Tres. A1 trote lentamente, balanceando las piernas, flojas la bridas, echada a los ojos el ala de chambergo, p e r e z o s o , indolente, avanzaba por la orilla del camino, rehuyendo la costra dura, evitando la p o l v a r e d a . De lo alto, el sol, de un color oro muerto, dejaba caer una lluvia fina, continua, siempre igual, de rayos ardientes y p e n e t r a n t e s , un interminable beso, tranquilo y casto, a la esposa fecundada. Y la tierra, agrietada, a m a r i l l e n t a , doliente por las torturas de la m a t e r n i d a d , parecla sonreir, apacible y dulce, al recibir la abrasada caricia vivificante.4
Viana tuvo la gran fortuna de viajar por muchas ciudades
aprendiendo muchas cosas en:
... esas universid ades sin claustro ni c a t e d r a t i c o s , y estoy convencido de que si hay en mi obra algunos adarmes de m e r i t o , ellos son producto casi exclusivo de lo que la camparia me enseno en mi infancia y de lo que me enseno el rodar
p o r e l m u n d o . 5
Vivio en una finca hasta la edad de once anos sin
ninguna oportunidad de conocer el ambiente de las ciudades y
^Ibid., p. 13.
^Javier de Viana, Guri jr o t r as no ve 1 a s (Montevideo, 1946), p. 11.
5 Javier de Viana, Pago de deuda, p. 21.
lospueblos. C o n f i e s a que al e m p e z a r sus e s t u d i o s no s a b i a
l e e r :
... p e r o s a b i a h a c e r l o en la n a t u r a l e z a ; y c u a n d o me e n v i a r o n a la c a p i t a l p a r a i n i c i a r los e s t u d i o s e l e m e n t a l e s , mi alma iba i m b u i d a de un i n m e n s o amor a lo b e l l o , a lo f u e r t e y a lo j u s t o . ^
D u r a n t e su n i n e z e s t u v o de c o n t i n u o en i n t i m a a s o c i a c i o n
con la n a t u r a l e z a , lo c u a l e x p l i c a su f a m i l i a r i d a d con t o d o s
sus a s p e c t a s . S a b i a los n o m b r e s de los a r b o l e s , p a j a r o s y
a n i m a l e s s i l v e s t r e s . C o n o c f a todo de los p a i s a j e s p a m p e a n o s
y a m a b a sus m o n t a n a s , c u b i e r t a s de b o s q u e s y casi a h o g a d a s
por las m u c h a s e s p e c i e s de h i e r b a s r e g i o n a l e s .
S u a f i c i o n a las l e t r a s se fue h a c i e n d o con el t i e m p o
tan i m p e r i o s a q u e , c u a n d o sus e s t u d i o s de m e d i c i n a se
e n c o n t r a b a n ya a d e l a n t a d o s y h a c l a n p r e v e r un g r a n p o r v e n i r
como b r i l l a n t e p r o f e s i o n a l , d e c i d i o a b a n d o n a r l d s p a r a
d e d i c a r s e p o r e n t e r o a la vida mas a z a r o s a , p e r o mas
i n t e r e s a n t e p a r a el sin d u d a , del p e r i o d i s m o .
A s i fue como i n i c i o su c a r r e r a l i t e r a r i a , p u e s t o que
b i e n p r o n t o su f i r m a se hizo c o n o c e r y a p r e c i a r en a m b o s
l a d o s del P l a t a , d o n d e ya se e m p e z a b a a d e s a r r o l l a r el
m a e s t r o d e l f u t u r o , el v i g o r o s o c u e n t i s t a que en dos l f n e a s
h a b i a de p r e s e n t a r n o s p o c o d e s p u e s el v a s t o y h e r m o s o
p a i s a j e c a m p e r o , c o n . s u s p e r s o n a j e s tan d i f e r e n t e s los unos
d e l o s o t r o s en su p s i c o l o g i a , sus c o s a s y sus d e t a l l e s mas
i n t e r e s a n t e s 6
^ I b i d . , p . 2 0 .
En 1896 publico su primer libro, Campo, que constituyo
la base de su aficidn a las letras y aseguro su orientacion
literaria. En esta obra ofrece cuadros exactos y reales de
la vida del campo uruguayo durante la ultima parte del
siglo pasado, cuando ya el progreso de las ciudades habfa
hecho un cambio en el gaucho hasta convertirle en simple
peon y bandido. Es verdaderamente triste la vision de este
personaje, aunque protagoniza las novelas de Acevedo Diaz
asi como los cuentos de Viana. Todavia le quedan ciertas
caracteristicas loables pero el alcohol, la miseria, y las
enfermedades lo han convertido en el perdido del campo
pampeano.
La iHnica novela de Viana, Gaucha (1899), de la cual se
hicieron varias ediciones, es un relato intensamente tragico.
El senor Arturo Torres-Rioseco dice al respecto;
... la contribucion mas irnportante de Viana al desarrollo de la novelfstica es su relato largo, Gaucha (1899). En esta obra los meritos y los defectos de su tecnica se destacan claramente: por una parte, realismo detallado en la descrip-cion del escenario rural uruguayo, y por otra uti1izaci6n artificial de las teorxas de Zola. Esta desdichada combinacion aparece hasta en la concepci^n tan original del libro. El novelista inicii) su trabajo con un personaje real y una charla de fogon--re1 ato que Viana oyo contar a un gaucho viejo, a quien escuchaba la concurrencia de peones de campo tomando mate alrededor del fuego de la cocina. Primero habia explorado escrupu1osamente la region, documentando sus p^ginas con detalles tornados de la vida real, pero luego aplico las teorias de Zola acerca de la herencia, y creo un personaje patologico, Juana, cuya introversion psicoltfgica est! totalmente en desacuerdo con su
personalidad rustica. A pesar de esta falla, Gaucha es, aun hoy, una novela vigorosa escrita en estilo rico en colorido pintoresco y en dialogo vernaculo, triunfo secundario del regionalismo realista.?
En 1901 sali6 el tercet libro de Viana, titulado Guri.
Hablando de esta obra, dice Luis Bonafoux:
No hay otras novelas, sino cuentos literarios, en el tomo; y el propio Gur1, mejor que novela, es novela corta.
El senor Javier de Viana es un buen pintor des-criptivo. Sus cuadros, crudos a veces, realistas siempre, interesan vivaraente. Por su inventiva, asi como por el colorido de sus narraciones, este escritor es de la madera de los buenos novelistas. Lastima que su horizonte de novelador no pase del carapanario de su aldea. El serior Viana achica su pluma dedicandola exclusivamente a asuntos locales. El nacio, como escritor, para algo mas. Y el serior Viana afea su castellano, que generalmente es bueno, con el abuso de vocablos que no se entienden fuera de la localidad, y con el uso de neologismos, cortio mesquinar. clinuda , camp a na, por campina, y otros.
Lastima, repito, el estilo de este escritor es facil, brillante, no pocas veces elocuente. Su observacion de psicologo es profunda, como en Dona Melitona; su observaci6n de descriptor es soberana, como en B i ch u ca. Y en el fondo de su obra, bellamente altruXsta, late una nostalgia sin irritabi1idad , una nostalgia que tiene el encanto de las cosas irremisiblemente tristes.8
Los cuentos de Viana quizas constituyen las paginas de
literatura nacional uruguaya mas difundidas. Faciles en su
lectura, siempre contienen el interes objectivo suficiente
para mantener su popularidad. Nos parece oportuno citar
aqui al eminente critico A. Lasplaces:
7 Arturo Torres-Rioseco, Nueva historia de 1 a gran
literatura ibero-ameri cana (Bueno s - A i res 1945), "p. 163.
®Javier de Viana, Gur 1 otras novelas . p. 219.
Viana no ha pretendido copiar simplemente lo que ha visto sino que ha combinado los elementos que le han dado la realidad para hacerlos marchar, de acuerdo con las ensefianzas del procedimiento de Zola y Maupassant, obedientes a leyes fatales, mas o menos comprobadas .9
Por lo general, Javier de Viana describe escenas rudas,
de violencia y miseria. Notase esto especialmente en la
primera etapa de su produccion, cuando siguio la pauta
naturalista. Harriet de Onxs, traductora de algunos de sus
cuentos, dice: "... it is as a writer of short stories that
he is u n e x c e 1 l e d . " Y Ventura Garcia Calderon comenta que
"... el narrador [Viana] mira al paisaje con ojos de
campes ino ."
Un cuento tapico de Viana es "Facundo Imperial," relato
acerca de de un altivo y varonil gaucho, que por culpa de
un juez corrumpido es puesto en el ejercito. El capitan de
su peloton empieza unas relaciones amorosas con la esposa
de este soldado novel, y manda que este sea azotado por no
estar de acuerdo con el hecho. El autor describe detallada-
mente el horroroso castigo mientras el 'cornetista toca
ruidosamente para ahogar los gritos de la vlctima. Al fin
el desafortunado se desmoraliza, convirtiendose en una inser-
vible persona que no vuelve a quejarse de las relaciones de
su esposa con el capitan.
9 Ibid..
1 0Harriet de Onis, The Golden Land (New Yo'sk. 1948), p. 163
1;iMax Henri que z Urena, Breve hi storia del moderni smo (Mexico, 1954), p.235.
Sabemos algo de las andanzas politicas de Viana por sus
Cron i cas de 1 a revoiucion del Quebracho, raovimiento en el
cual se alisto como adversario del gobierno de Maximo Santos,
en 1886. Estas Cronicas aparecieron primeramente en
folletines del diario L_a Epo c a, en 1891, siendo recogidas
en libros varios anos despues.
Tambien tomo parte nuestro cuentista en una revoiucion
encabezada por el caudillo del Partido Blanco, Aparicio
Saravia, contra el gobierno "Colorado" de Batlle y Ordonez.
A1 fracasar dicha sublevacion debido a la muerte del jefe
rebelde, Viana tuvo que emigrar a la Argentina, donde vivio
algunos anos. Con^inuando alii su carrera literaria escribio
un libro de combate, Con divisa blanca (1905). Durante su
permanencia en la Argentina se dedico tambien a escribir
varias piezas de teatro, las cuales fueron bien recibidas.
Eligiendo las que resultaban mas de su agrado, las puso en
un volumen: L_a_ Nena, Pu ro c ampo , La Marimacho , P i a 1 d e
vo1cao y Los chingolos .
Max Henriquez Urena recoge esta cita en Viana que se
refiere a su teatro:
"Llevo compuestos y publicados veinte volumenes de novelas y cuentos," dijo en susapuntes autobiograficos, "y dados al teatro once actos, representados con variable fortuna. De manera que mis pecados literarios son multiples, aunque con la a t e n u a n t e — a mi parecer considerable--de no haber escrito nunca versos."12
1 2 I b i d . . p. 236.
10
Su cosecha de cuentos y novelas cortas, casi todos de
ambiente rural incluye: Gur1 (1901), Macachines (1907),
Y» y o s (190Q) , Lena 'Seen ( 1909) , DjR _la_ misma 1 o n j a ( 1916) ,
A b r o i o s (1918) , Bichitos (i c 1 uz (1910) , S o b r o o 1 roc a ti o
(1918) , Cardos (1919) , Paisanas ( 1920) , Del campo d_e 1 a
c i ud ad (1921), P o t r o s , to r o s aperiases ( 1922), Camp o
(1896), Gauch a ( 1899) , Cos tumbre s del c ampo ( 1920), T a rd e s
del fogon ( 1925), Pago d e d e ud a (1934). Hay que recordar
que la mayoria de las narraciones contenidas en estos tomos
son brevls imas.
Las mejores obras de Viana fueron escritas entre 1896
y 1905, aunque continuo su labor hasta su muerte en 1926.
Su aficion al alcohol y la necesidad de contribuir dos o
tres cuentos por semana privaron a sus ultimas obras del
brillo e interes que hablan caracterizado a las anteriores.
Por esta razon su fama literaria definitiva estriba casi
exclusivamente en Campo (1896), Gurl (1898), Gaueha (1899)
y otras tantas obras cortas que escribio durante su primera
epo ca.
CAPITULO II
P A I S A J E S PAMPEANOS
"Pampa" es una palabra quichua adoptada por los
espaiioles para designar los llanos que empiezan al borde
del Gran Chaco y orillas del Rio Pilcomayo y se extienden
hasta las regiones frias de Patagonia. Significa, pues una
region de aspectos distintos. En el presente estudio, sin
embargo, se empleara la palabra en el sentido mas concreto de
una zona relativaraente estrecha, la llamada "pampa
pastoril." Dentro de esta region Viana mostro preferencia
especial por la descripcion de la vida rural rioplatense,
pintando con maestria las costumbres de dicha comarca en
muchos de sus cuentos.
Ventura Garcia Calderon llama la atencion de los
lectores de Viana a esta serie de metaforas de sabor
regional;
A la estancia perdida en el valle la ve pequena como un "huevo de nandu entre la chircas"; y cuando se desmaya la herolna de Gau ch a, nos dice que su espiritu extenuado "se iba en un suave, silencioso batir de alas de nacurutu." Nacionalismo literario excelente, que consiste en asociar el paisaje al estado de alma. Las frases salen, despues de lanzada la primer, como "la novillada que remolinea en la orilla del vado y se va toda en seguimiento del que ha hecho punta"; las pullas
11
12
al e s t a n c i e r o de "En i'amilia" son " c o m o j e j e n e s q u e pi can p o q u i t o , po'ro q u o c o n c l u y e n p o r f a s t i d i a r , " y las i d e a s de G u r 1 g a l o p a n en su m c n t e " c o m o t r o p a de v a c u n o s en d i s p a r a d a n o c t u r n a . " 1 3
V i a n a n o s p r o p o r c i o n a t o d a c l a s e de d a t o s s o b r e la
g e o g r a f i a y los p a i s a j e s p a m p e a n o s , L a v e g e t a c i o n , s e g u n e l ,
c o n s i s t e g e n e r a l m e n t e en h i e r b a s a l t a s de d i v e r s a s c l a s e s .
E s t a s h i e r b a s g e n e r a l m e n t e se u t i l i z a n c o m o p a s t o , s i e n d o
las m a s n o t a b l e s la p a j a b r a v a , p a j a c o l o r a d a , y p a j a
c o r t a d e r a . T o d a s son a l t i s i m a s . L a s m o n t a n a s se h a l l a n
c u b i e r t a s d e s e l v a s , t u p i d a s h i e r b a s , y e n r e d a d e r a s m u y
p e c u l i a r e s d e l p a i s . H a y s e n d a s q u e se c r u z a n y se r e c r u z a n
d e j a n d o v e r e d a s tan e s t r e c h a s q u e las h i e r b a s t o c a n a m b o s
l a d o s d e l c a b a l l o , m i e n t r a s las r a m a s de los a r b o l e s son
tan b a j a s q u e es m e n e s t e r q u e el j i n e t e t o m e t o d a c l a s e de
p r e c a u c i o n e s p a r a q u e no s e a d e r r i b a d o de su s i l l a . H o y d l a
se e n c u e n t r a n l u g a r e s d o n d e p a r t e d e la s e l v a ha s i d o c o r t a d a
d e j a n d o e s p a c i o s l i m p i o s p a r a q u e los v i a j e r o s p u e d a n p a r a r
y c o c e r u n a c o m i d a , o p a s a r la n o c h e . 1 4
M o n t a n a s y p a m p a s e s t a n a t r a v e s a d a s p o r c a n o n e s e s c a r -
p a d o s c o r t a d o s p o r los r i o s y c a n a l e s . L o s l l a n o s son
e n o r m e s c a m p o s d e p a s t o sin n i n g u n l i n d e r o ; los r l o s son
los u n i c o s l u g a r e s d o n d e p u e d e n los a n i m a l e s t o m a r a g u a .
L a s s e q u l a s no son r a r a s ni t a m p o c o los a g u a c e r o s , q u e c a u s a n
f r e c u e n t e s c r e c i e n t e s . L o s l l a n o s s o n b a r r i d o s p o r el
1 3 I b i d . . p. 2 3 5 .
^ J a v i e r de V i a n a , " P r o s i a n d o , " L e n a S e c a ( M o n t e v i d e o , n . d . ) , p . 2 2 5 .
13
pampero, un aire ligero que sopla continuamente llevando
arena y cambiando todo lo que se encuentra en su camino con
la excepcion del arbol ombu, simbolo, en cierto modo, de la
pampa sudamericana.
S6lo el ombu se ergula siempre verde, siempre sereno e inmutable, como testigo sensible que ve pasar por su lado los anos y los acontecimientos sin que los unos le danen ni los otros le preocupen. 15
Otros arboles comunes son el yatay, el pitanguero, el
coronillo, el iiadubay, y el enorme eucalipto que se parece
a los centinelas, resiste a los vientos y hace un papel de
parasol impenetrable.
En Gur 1 hay esta descripcion, tfpicamente gr.afica, de
una tarde en el campo:
Las haciendas, aglomeradas en los bajios, pacian buscando sombra; y en las alturas solo se divisaba algun grupo de ovejas acurrucadas formando clrculo, con las cabezas en el centro, blancas, inmoviles, confundi6ndose a la distancia con un monton de penas. Alii donde la chi1ca--antigua y feraz dominadora de la colinas habfa desaparecido al golpe de los molares ovinos, la flechilla en hilos altos, saltando bajos y zanjas, cuevas y sendas, cubrfa grandes zonas de superficie uniforme y convexa, y semejaba un gran campo de trigo al cual la luz meridiana arrancaba reflejos iridiscentes. No se columbraba ningun viajero en todo lo largo de aquel camino, siempre poco frecuentado, y con mayor motivo en la hora de la siesta, en esa hora de profundo sopor y de obligado reposo para hombres y para bestias. Apenas asf, de cuando en cuando, y a lo lejos, diviscibase por los campos uno que otro muchacho, que al trote perezoso de su petiso "bichoco," andaba a caza de huevos d'e nanadfi, mientras vigilaba el rebano o recorria los llanos, atisbando ovejas con
ISjavier de Viana, "La vencedura," Campo. (Montevideo. 1921), p. 91.
14
" b i c h e r a " o a n i m a l e s p a r a " c u e r e a r . " E n los m i s e r a b l e s r a n c h o s , n e g r o s , y d e r r u l d o s - - q u e a t e s t i g u a b a n la p o b r e z a y la d e s i d i a n a t i v a , a d v e r t i a s e el m i s m o s i l e n c i o t r i s t e , a b r u m a d o r , de c o m a r c a d e s i e r t a , de h e r e d a d sin d u e n o s . C e r c a del c a m i n o se a l z a b a n no p o c a s de e s a s m i s e r a b l e s v i v i e n d a s ; y en sus " e n r a m a d a s " — m a l t e c h a d a s con g a j o s de c h a l c h a l o m a t a o j o , - - l o s h o m b r e s , t i r a d o s b o c a a b a j o s o b r e " c a r o n a s " y " c o j i n i 1 l o s , " r o n c a b a n r o d e a d o s de p e r r o s que d o r m f a n g r u n e n d o . A1 l a d o , el j a m e l g o , con el c u e l l o e s t i r a d o y las r i e n d a s c a i d a s , p a c i e n t e , p l u m e r e a b a sin c e s a r con la e s p e s a cola a b r o j i e n t a y g o l p e a b a el s u e l o , ora con una p a t a , ora con o t r a , a f a n a n d o s e en a h u y e n t a r las m o s c a s , los t & b a n o s , los m o s q u i t o s y los j e j e n e s . 1 6
E s t a e s c e n a es s i l e n c i o s a y p a c i f i c a . Es la h o r a de la
s i e s t a , y al l l e g a r los r a y o s del sol a la t i e r r a , t o d a cosa
v i v i e n t e d e s c a n s a y v u e l v e a r e c u p e r a r su e n e r g i a . H a c i e n d o
un n o t a b l e c o n t r a s t e con t a l e s p a i s a j e s e s t i v a l e s h a l l a m o s en
el c u e n t o . " E n t r e c a m a r a d a s . " e s c e n a s i n v e r n a l e s , en las c u a l e s
el t e r r i b l e v i e n t o de la p a m p a s u e l e l e v a n t a r los p o n c h o s de
los v i a j e r o s p a r a f a c i l i t a r el a t a q u e del g r a n i z o .
La t i e n d a del c a m p o es un e d i f i c i o t f p i c o en la t i e r r a
de V i a n a . Llclmase " c o m e r c i o " o v e n t a y c o n s i s t e en un solo
c u a r t o o b s e u r o . He a q uf una d i s c r i p c i o n r e p r e s e n t a t i v a J »
... d a n d o p o b r e i d e a de la i m p o r t a n c i a del n e g o c i o j p e r o , l u e g o , en s a l a s y g a l p o n e s a d j u n t o s , las p i l a s de c h a r q u e y c u e r o s , los g r a n d e s z a r z o s s o p o r t a n d o m i l e s de q u e s o s de t o d a s f o r m a s y t a m a n o s , y la p r o f u s i o n de b u l t o s c u i d a d o s a m e n t e e m b a l a d o s , d e n u n c i a n la casa f u e r t e , rica a la m a n e r a de los h o r m i g u e r o s . 1 7
^ J a v i e r de V i a n a , G u r i . p p . 1 2 - 1 3 .
1 7 I b i d ,
15
Estas tiendas se encuentran a gran distancia de los
pueblos y son rauy necesarias a la gente que vive en los
ranchos del tipo descrito en el pasaje siguiente:
Vivienda antigua y primitiva del paisano, ( construida con paredes de terron o quincha y techo
de paja. El piso es de tierra apisonada y en los primeros tiempos de la colonizacion sus aberturas de puertas y ventanas se cubrian con cueros secos, que colgaban de los dinteles* El Rancho de Terron se construye con grandes terrones con tramilla, superpuestos en hiladas y generalmente se embarran las paredes por la parte interior; el techo es de paja. El de Palo a Pique es de paredes formadas de estacas y quincha, que se embarran por ambos lados. El de Culeta tiene la particularidad de que su techo se construye con cuatro declives.l®
La condicion del gaucho es naturalmente independiente de
las turbulencias politicas que monopolizan la atencio'n de los
habitantes de la ciudades. La poblacion de estos gauchos es
muy escasa y estan separados entre si por grandes distancias.
Habitan generalmente el rancho donde nacieron, y donde antes
de ellos, vivieron sus padres y abuelos, aunque parezca al
extranjero tener poco de los halagos del dulce hogar. . La
choza en todas partes del pais es igual. Suele haber a
cincuenta o cien metros del rancho un corral, o aprisco de
treinta metros mas o menos de dia'metro, hecho de palo a
pique,, Copiamos a continuacion una definicion de este tipo
de construccion:
Pared o cerco construfdo con postes bien clavados en la tierra. La pared de palo a pique
^ Juan Carlo s Gua rn i.er i , Nuey.o .V_o.£.a.bu.j.a.y i o.. ..G.ampes i no. < Rioplatense (Montevideo, 1957), p. 151.
16
se termina con quincha y se embarra luego por sus dos 1 ados . *-9
La finea es muy parecida al rancho. Es una especie de
casa baja con paredes hechas de adobe y techo construido de
paja mezclada con barro.
Las granjas grandes se componen de varios edificios.
La casa principal es generalmente grande y rodeada de media
docena de ombues. Sus ventanas tienen rejas en vez de vidrio.
Tambien suele haber un enorme patio, el cual esta en el
interior. En la granja tambien se halla otro tipo de
edificio, que es el galpon. Es este una especie de cobertizo,
mas bien que edificio, puesto que no tiene paredes a veces;
y suele estar situado entre la casa grande principal y la
cocina. Tal conjunto de casas tambien se llama a veces
estancia.
En el desierto inculto estan estas llamadas estancias, s
o granjas de pastoreo, que constituyen la principal fortuna
de los ricos, y son de dimensiones variadas, algunas tan
grandes como municipios, o aun distritos. Puede haber de
veinte a sesenta mil cabezas de ganado en una sola de estas
propiedades. Antes de la revolucion, valia el ganado vacuno
un duro mas o menos por cabeza. En cuanto a la tierra,
apenas consideraban que tenia algun valor. Desde esa epoca,
el valor de ambas cosas ha aumentado en mas del doble.
l Q Ibid., p. 137.
17
V o l v i e n d o al t e m a de la c o n f i g u r a c i o n p a m p e a n a , la
p a r t e c o m p r e n d i d a e n t r e el P l a t a , el P a r a n a y el S a l a d o , se
c o m p o n e de t e r r e n o s l i g e r a m e n t e o n d u l a d o s , en los c u a l e s se
d i s t i n g u e n m u y b i e n las a l t u r a s , las h o n d o n a d a s d o n d e c o r r e n
d i v e r s o s r i a c h o s y los p a n t a n o s que solo se s e c a n en v e r a n o .
H a y a d e m a s una l i n e a d i v i s o r i a de. . a g u a s e n t r e la c u e n c a
del P l a t a y la del S a l a d o , Al sur de este u l t i m o ri'o, el
t e r r e n o es m a s l l a n o , pero en m e d i o de ese i n m e n s o m a n t e l
v e r d e se e n c u e n t r a n g r u p o s de lomas a r e n o s a s , b a s t a n t e
e l e v a d a s , c u b i e r t a s de una v e g e t a c i o n m a s r a r a , y que f o r m a n
i s l o t e s d o n d e el c o l o r a m a r i l l e n t o c o r t a el v e r d e c l a r o de
la s u p e r f i c i e l i a n a .
H a y t a m b i e n v a r i a s s e r i e s de c o l i n a s , cuya u b i c a c i o n
en m e d i o de la l l a n u r a h a c e que p a r e z c a n m a s e l e v a d a s de
lo que en r e a l i d a d s o n ; a e l l a s se les l l a m a " c e r r i l l o s " y
" c e r r i l l a d a s . "
L o s t e r r e n o s d e s h a b i t a d o s de las p a m p a s son g e n e r a l m e n t e
m u y h u m e d o s y las r u e d a s de las c a r r e t a s d e j a n h u e l l a s
p r o f u n d a s que m u y d i f i c i l m e n t e d e s a p a r e c e n .
La u n i c a i r r e g u l a r i d a d del c l i m a de la r e g i o n es el
p a m p e r o , que p r o d u c i d o p o r el a i r e frio c o r d i l l e r a n o , se
p r e c i p i t a por las v a s t a s l l a n u r a s con v e l o c i d a d y v i o l e n c i a
casi i n s o p o r t a b l e s . A p e s a r de t o d o , e s t a r a p i d a c i r c u l a c i o n
a t m o s f e r i c a t i e n e e f e c t o s m u y b e n e f i c o s , y el t i e m p o que
s i g u e a las t e m p e s t a d e s s i e m p r e es p a r t i c u l a r m e n t e sano y
a g r a d a b l e .
18
El m a y o r p e l i g r o p a r a los que v i a j a n por las p a m p a s
c o n s i s t e en las c o n s t a n t e s r o d a d a s de los c a b a l l o s , c a i d a s
b r u s c a s y p e l i g r o s a s de c a b a l l o y j i n e t e .
CAPITULO III
COSTUMBRES GAUCHESCAS
El personaje mas importante en las novelas de Viana es,
por supuesto, el gaucho.. El origen de su nombre es enrevesado
y hasta hoy los que han tratado de averiguarlo solamente
nos han dejado conjeturas. A pesar de prolijas investigaciones
aun no tenemos prueba alguna en lo relacionado con el problema.
Pedro Inchauspe escribe asi:
Emeric Essex Vidal fue el priraero en encarar el problema; alia por 1820, en las notas que acompanan a sus dibujos y pinturas de la ciudad y el campo argen-tinos, supone que gaucho se deriva de "gawk" o "gawky," termino ingles que debio hacerse comun despues de las invasiones de 1806 y 1807.20
Una de las cosas mas pintorescas en el aspecto fisico
del gaucho es su vestimenta. Aunque es una mezcla de piezas
europeas e indlgenas, ha formado poco a poco un tipo fijo de
vestir. Del europeo ha adoptado o conservado el gaucho la
camisa y el pantalon, aunque este ya bastante reformado,
usandolo muy lleno y ancho, muy al contrario del vestido
del "cowboy" norteamericano, Viana da la siguiente grafica
descripcion del vestir de unos soldados criollos en vlsperas
de un ataque:
^Opedro Inchauspe, La_ tradicion ^ gaucho (Buenos Aires, 1956), p. 50.
19
20
S o b r e la l o m a , el p e q u e n o e s c u a d r o n e s t a b a t e n d i d o en b a t a l l a . A m a n e c i a r e c i e n , y la s e m i - c l a r i d a d del alba ilurainaba los r o s t r o s c o l o r b r o n c e de los s o l d a d o s c r i o l l o s , sus l a r g a s m e l e n a s n e g r a s y r l'gidas, y sus t r a j e s e x t r a n o s ; c h i r i p a e s d e s g a r r a d o s p o r la una de n a p i n d a , s o m b r e r o s d e f o r m a d o s por la l l u v i a y d e s c o l o r i d o s por el sol a r d i e n t e de las c u c h i l l a s ; una que o t r a c a m i s a de l i e n z o , una que o t r a c a m i s e t a de m e r i n o ; m u c h a bota de p o t r o , m u c h o pie d e s n u d o ; a l g u n a b o m b a c h a , a l g u n a c a s a q u i l l a con v i v o s a z u l e s . En c u a n t o a a r m a m e n t o , unas p o c a s , m u y p o c a s , p i s t o l a s a n t i g u a s , y l u e g o , la l a n z a t r a d i c i o n a l , la catia de t a c u a r a y la m o h a r r a de hoja de t i j e r a de e s q u i l a r . 2 1
El m e n c i o n a d o " c h i r i p a " 2 2 e s u n a p r e n d a de la i n d u m e n t a r i a
g a u c h a s o b r e todo m u y o r i g i n a l . C o n s t a de un r e c t a n g u l o
a l a r g a d o de t e l a que p a s a por e n t r e las p i e r n a s del h o m b r e ,
d e j a n d o c a e r sus p l i e g u e s casi h a s t a los p i e s y a j u s t a n d o s e
sus e x t r e m o s en la c i n t u r a . E s t a p r e n d a r u s t i c a , p o p u l a r
e n t r e los p o b r e s , se e x t e n d i o por todo el p a i s del U r u g u a y y
h a s t a el B r a s i l , l l e g a n d o luego a c o n v e r t i r s e a un v e s t i d o
l u j o s o y p r e s u m i d o » E l c h i r i p a mas u s a d o ha s o l i d o ser de
9 Q
" m e r i n o , " tela n e g r a de algo'don, t a m b i e n el luto a c o s t u m b r a d o
de las p a i s a n a s . ^
La " b o m b a c h a , 1 , 2 5 es o t r a p r e n d a e u r o p e a a d o p t a d a por el
g a u c h o p o r ser m u y c o m o d a p a r a sus f a e n a s del c a m p o .
2 ! j a v i e r de V i a n a , "La t r e n z a , " C a m p o . p. 111.
2 ^ I b i d ,
2 3 I b i d .
24 •1
G u a r n e i r i , ojs.. c i t . . p . 7 6 .
25 V i a n a , "La t r e n z a , " C a m p o . p . 1 1 1 .
21
El "chaleco" suele ser muy semejante en la forma a los
que usan los habitantes de las ciudades. Se diferencia de
estos tan solo en que no llega a la cintura, dejando
descubiorta de esto mo-do la "r astro," p rend a campora
verdaderamente lujosa y primera "pilcha" de valor que compraba
el gaucho de "la buena epoca" en cuanto disponia de unos pesos.
En el chaleco, lo mismo que en otras prendas, suelen ponerse
adornos, reeraplazandose, por ejemplo, los botones por monedas.
Las "botas de potro," son bastante largas, llegando casi
hasta la rodilla. Hacense del cuero de la parte de las
piernas del caballo o de la vaca.
Otra parte integrante de la indumentaria del gaucho es
el "rebenque plateado," aunque no es, por supuesto, una
prenda de vestir. Una especie d£ lStigo de mango corto y
pesado, con frecuencia luce muchos trabajos de trenzas y
anillos de metal.
Tambien solia llevar el gaucho de antano "terciado sobre la
orej a"26 S u "chambergo," tipo de sombrero de copa campanuda
y de ala ancha levantada por un lado y sujeta con cordon.
Muy diferentes de las ya mencionadas prendas de vestir de
uso diario son las que el gaucho ostenta en los dias de fiesta.
Sus pantalones de gala no son tan anchos como los, de costumbre,
sino m&s bien un poco apretados, y con ellos no usa botas de
potro, sino una especie de calzado mas fino y liviano, que llama
2 6 Javier de Viana, "Un Sacrificio," Yuyos (Montevideo.
1 9 1 2 ) , p. 125 . ' '
22
"chancletas"^ o "botines Las "botas de c h a r o l " ^
tambien se usan en los dias de fiesta. Completan el traje
de gala un "panuelo de seda bordado,"*^ una "agua florida"31
y otras chucherias por el estilo, Ya vestido en esta forma,
esta listo el gaucho para ir a las carreras, los juegos, el
baile o cualquier otra fiesta campestre. De tales diversiones
dice Viana:
Jugaria [el gaucho] algunos pesos a los caballos que le gustaran y apuntaria algo al raonte y a la taba; poco, es claro, por diversion solamente. ... Y hasta era posible que bailara en algunos de los bailes que con seguridad habian de realizarse en las carpas de las quitanderas.32
El poncho, indispensable prenda de abrigo del gaucho,
le sirve para protegerse del frio y de la lluvia. Tambien
lo usa como manta cuando duerme, y se lo echa sobre las
espaldas cuando lo hieren o enferma. Generalmente lo deja
en el caballo cuando se apea.
2 7 ^'Javier de Viana, Macachines (Montevideo, 1910), p. 20.
2 8Ibid., "Bichita," p. 161.
29 s Javier de Viana, Abro.j os (Calle Sarandi, 1936), p. 27.
" ^ J a v i e r d e Viana, Gaucha (Montevideo, 1913), p. 47.
31 "Javier de Viana, Gur£ ^ Otras Novelas. p. 23
3i
p. 27
32 * Javier de Viana, "La leccion del perro," Abro.j o s.
23
Las arraas del gaucho son tan caracteristicas como su
vestimenta. El " f a c o n , " ^ "la lanza,"^^ "la daga,"35 "el
cuchillo,"^^ y "las bolas"*^ son instrumentos o herramientas
indispensables para el hombre del carapo. El cuchillo, por
ejemplo, le sirve para comer, carnear, trabajar en sogas
y hasta pelear o al menos defenderse. Este utensilio varia
en tamano, forma y valor. "Las bolas" o "boleadoras," ya
sean las de cazarpotros o las "nanduceras," resultan
sumamente utiles al hombre del campo uruguayo, puesto que con
ellas puede cazar avestruces y tambien apoderarse de animales
sin herirlos.
El gaucho tipico se enorgullece mas de su caballo que de
otra cosa alguna. El lo doma y lo cuida con mucho interes.
A caballo, el gaucho es el m'as activo de todos los hombres,
pero si lo privan de su caballo no podrli hacer mas que
sentarse en el suelo con los brazos cruzados. Es como si
le hubieran cortado los pies. •
El flete debe ser U n d o , pero es indispensable que reuna a la vez las cualidades de guapeza mas ponderables. Los ojos han de ser vivos, las orejas
uJavier de Viana, "En las cuchillas," Pago de deuda, p. 92.
^4 Javier de Viana, " C o m p a d r e s D e la mis ma Ionia (Buenos
Aires, n. d.), p. 105„
p. 92.
36
35javier d e Viana, "En las cuchillas," Pago de deuda,
Javier de Viana, "Compadres," jD£ mi sma 1 o n i a. p. 105,
3 7 i b i d . , "Boleadoras," p. 105.
24
nerviosas, ancho el encuentro, finos los reraos,
recias las caderas.38
El campesino uruguayo podra ser el dueno de varios
caballosj pero su "flete" es unico, y nadie mas que el debe
montarle. La montura consta de la silla, la mantilla de
silla, el freno, la jaquima, las espuelas, el latigo y el
lazo. El uso de las espuelas es comun« Los peones las
llevan de hierro y los mayordomos de plata„ Generalmente
son de cuatro o cinco centlmetros de diametro. Uno de los
m&s grandes deseos de todo gaucho joven es adquirir lo
antes posible su propia montura,
Viana habla asi de una de estas adquisiciones:
... poco a poco fue adquiriendo riendas,
cabezadas, bozal y cabestro con argollas y "pasadores" de metal bianco; no le falto ni la corona con punteras de cuero de tigre, ni el cojinillo ingles bianco y sedoso, ni el "sobrepuesto" de piel de ciervo, ni los grandes estribos de camparia.^*?
El gaucho es generalmente robusto y de mucha energia.
Como ya se ha mencionado, se destaca en la equitacion.
Puede obligar muy facilmente a su caballo a trabajar hasta
morir si es necesario.
El gaucho puede efectuar excursiones de larga distancia
con solamente su cabalgadura. Viana habla, por ejemplo,
de un
38 Javier de Viana, "El flete," La Biblia Gaucho
(Montevideo, n. d.), pp. 34-35.
39 Javier de Viana, Gaucha. p. 46.
25
„., hombre campero, baqueando en todo el pais, capaz de "rumbear," por.tino, por instinto, por herencia, aun en los parajes desconocidos, aun en las comarcas que no habia visitado jamas.40
En cuanto a su alimento y su abrigo, los puede obtener
en la pampa, porque la naturaleza le da su comida y su
techo para alojarse cuando es raenester.
Eldeber principal del gaucho es el cuido del ganado de
los ganaderos de la parapa. "El doma sus potros," dice Viana,
"entabla sus tropillas, construye sus corrales, cuida, cura
y faena sus haciendas, sin encontrar ningun trabajo demasiado
rudo. ..."
Es un experto en domar caballos y en araaestrarlos» Tiene
mucha paciencia y habilidad. He aqui unas citas relacionadas
con tales ocupaciones y rasgos: "El mismo lo araansa, el
misrao lo doma, con prolijidad, con paciencia, con carino„ No
..4 2 tiene prisa."
Su dxa 4e,trabajo erapieza con la salida del sol.
Desde el amanecer hasta el toldar de la noche, el epico pastor de musculos de acero y voluntad de silice, bregaba infatigable enhorquetado en su pingo, y el apero era a un tiempo silla y herramienta y arma defensiva. ...43
40 Javier de Viana, Gurl £ otros novelas, p. 115.
p. 164. 4*Javier de Viana, "De cepa criolla," Pago de deuda,
^ 2Javier de Viana,"El flete," La Biblia Gaucha, p. 35,
4 3Ibid.. p. 29.
26
Decendiente de espanoles e indios, raaravilloso jinete
y antiguamente famoso como guerrillero, el gaucho va
desaparectendo lentamente.
En su novola y numcrosos cuenlos Viana describe una
variedad de tipos gauchescos. En Abro.j o s, por ejemplo;
"Patron Elias" era un hombre alto, grueso, fornido, de tez trigueiia, de grandes ojos negros.44
Luego, en Yu yo s;
Muy grande, alto, ancho, obeso, rubicundo, el exceso de salud lo hacia excesivamente bueno y j o vi a 1.45
Y otra variante, tambien procedente de Yuyo s:
Viejo de cabeza y barbas patriarcales, de ojos serenos, de gran nariz curva ...46
El siguiente pasaje describe mas detal1 ad amente que los
anteriores un gaucho tipico de los que ha pintado Viana:
Fisica y raoralmente, don Pantaleon Quesada era el arquetipo del gaucho, del gaucho originario, de la subraza motivada, sin cruzamiento de ninguna especie, por el medio ambiente.
Era alto, era ancho, era recio. Tenia la cabeza . pequena y la cara grande, como la mayoria de los uruguayos, como los aborlgenes charruas.
Espesa melena poblaba su craneo; la faz arabiga, de fuerte nariz curvilinea, de grandes ojos pardos, de cejas copiosas, de labios espesos, estaba encerrada en en corral de barba densa y l a r g a . 4 7
^ J a v i e r de Viana, A b r o i o s . p. 76.
4 5 J a v i e r de Viana, "Por un papelito," Yuyos. p. 91.
Ibi d. . "Particion Extrana," p. 145.
^ J a v i e r de Viana, "La ultima tropa," De la misma 1 o n ,i a , p. 137.
27
La actitud del gaucho ante el nacimiento y la vida es
muy seria, Su primer deber o deseo es tener hijos. El
hecho de que haya venido otro ser humano a su hogar es para
el importantisimo. En uno de los cuentos de Viana se lee:
los padres, las madres sobre todo, saben que aquello significa una carga mas, unida a las innumerables de sus laboriosas existencias que deben continuar como antes, sin descuidar el afectuoso cuidado y las angustias que les proporciona el recien venido.48
Despues, en la misma narracion, se afirma: "Es la
obligada cooperacion del individuo en el dolor comun, que
todos debemos pagar a la humanidad para tener el derecho a
H 49
vivir," 7
Tambien tiene hondas raices en la mentalidad gauchesca
lanocion de la venganza. Si no protegiera su honor, no
podria seguir viviendo entre los suyos; no creeria merecer su
respeto. Luchar por su honra, dejando tal vez una marca en
el rostro de su enemigo, es un verdadero deleite para 6l.
Una cosa que nunca se encuentra en la mentalidad del
gaucho es la idea de suicidarse para rehuir algun problema.
El suicidio supondria la perdida de su honra y seconsideraria
indicio de la mayor cobardla. Ningun hombre de la pampa
uruguaya cometeria jamas un acto tan vergonzoso para toda
su fami 1ia.
^®Javier de Viana, "Vida," L_a Biblia Gaucha. p. 8,
49 Ibid,
28
Es tipica la reaccion de un personaje de Yuyos:
Sebastian quedo solo, muerto moralmente, envejeciendo a prisa, y trabajando por habito, y no se le ocurrio matarse porque eso no se le ocurre nunca a ningun gaucho.50
En cuanto a la hospitalidad, es imprescindible. A1
hogar del gaucho puede acercarse cualquier viajero, pero no
puede entrar hasta que se, lo ofrezcan. A1 llegar el forastero
al hogar del gaucho se oye:
-iAve Maria Purlsimal ... -Sin pecado concebida. ... Abajese. Desmonta *el forastero, tiende la mano a todos * 0 * 0
Una vez hecho el ofrecimiento, la hositalidad puede durar
una hora, un dia, un mes, un ano, o toda la vida. 'El gaucho
no rehusa jamas la hospitalidad a ningun viandante. Sea rico
o pobre, el que llegua a su casa es admitido. El dueno no «-•
exige ningtin pago a cambio del alojamientoo del alimento.
Entre los gauchos las costumbres relacionadas con el
amor son tambien unicas, Aunque un poco tiraido cuando habla
de amor, el gaucho nunca toma a broma los asuntos araatorios.
Viana habla asi de esta seriedad:
Sus celos, que suelen ser terribles, no nacen del amor traicionado ni de la dignidad ofendida, sino del orgullo herido. La mujer es de su propiedad como su caballo, como su apero, y por eso no permite que nadie la toque. Tres cosas no se prestan, -dice un conocido adagio gaucho, -el caballo, las armas y 1 a muj er.52
SOjavier de Viana, Yuyo s, p. 33.
^ J a v i e r de Viana, Lji B ib 1 ia Gaucha » p „ 32.
^^Javier de Viana, Pago de deuda. pp. 84-5.
29
Pero si el gaucho, segun Viana, no admite bromas en
lo tocante al amor, en otras circunstancias pueden gustarle
los chistes y toniaduras de pelo:
Los companeros, los peones de la estancia,lo volvian loco con los continues y dolorosos otrigazos de un critica cruel, con el cauterio de la broma gaucha, que es corao golpe de rebenque de doraar baguales, ...53
Viana introduce a veces en sus cuentos graciosas anecdotas
gauchas;
Sinir.mas lejos, les voy a contar el caso de un perro que tuve. Era un fox-terrier de pura sangre, i n t el i gen t x s imo . Yo, prqvenido de su capacidad y seguro de que con el tiempo habria de superar en elocuencia a alguno de mis colegas en la camara, le puse por nombre "Caste1ar."54
Siempre que se ponen- a contar estas cosas, tienen los
person ajes ere ados por Viana su mate en la mano:
Cuando habia permanecido cinco minutos con el mate en la mano, ... proseguia en sus lecciones historicas, acompanando la palabra con gestos, signos amplios, ademanes de ruda, pero marcada elocuencia: "-Cuando el Sarandi, nosotro tabamo en un bajito. ... empezaba don Venancio, y se interrumpia para sacar el cuchillo de la cintura, y luego, haciendo rayas en el piso de tierra, agregaba graficamente: - Nosotro tabamo aqui ...55
En cuanto a la religion del gaucho, se puede decir que
es mas sencilla que la de la ciudad, y el aislamiento la
53javier de Viana, "En Familia," Campo, p. 130.
Javier de Viana, "El cuento del Patroncito," D_£ 1 a misma lon.j a. p. 82.
55ibid., p. 89.
30
coloca fuera del alcance del s a c e r d o t e , En casi todos los
ranchos hay una i m a g e n c i t a o cuadro, y los gauchos a veces
llevan m e d a l l a s colgadas del c u e l l o . Para que sus hijos
sean b a u t i z a d o s el gaucho los lleva a la iglesia mas c e r c a n a
a c a b a l l o . Si se trata de llevar a un muerto a la iglesia
para que sea sepultado en tierra c o n s a g r a d a , se lleva cruzado
en un c a b a l l o . C u a n d o se casa una p a r e j a , el joven gaucho
lleva a su novia en ancas, a la iglesia mas c e r c a n a . E s t e
viaje puede tardar varios dias.
A b u n d a n en las obras de Viana las d e s c r i p c i o n e s de las
faenas mas tlpicas de la vida g a u c h e s c a . E n tales escenas
el c a m p e s i n o se rauestra siempre o r g u l l o s o de sus h a b i l i d a d e s
y c o n o c i m i e n t o s , y no es i n j u s t i f i c a d o su o r g u l l o . El manejo
del lazo, por e j e m p l o , requiere mas que buena e q u i t a c i o n .
E l lazo consiste en una cuerda rauy fuerte, pero muy d e l g a d a ,
hecha de cuero sin curtir, trenzado con c u i d a d o . Uno de los
e x t r e m o s est6 fijo a la ancha cincha que sostiene el
c o m p l i c a d o aparejo del recadoj el otro termina por un pequeiio
anillo de hierro o de cobre por medio del cual se puede
hacer un nudo c o r r e d i z o . El gaucho, en el momento de
servirse del lazo, conserva en la mano con que guia al
caballo una parte de la cuerda e n r o l l a d a , en tanto que con
la otra s o s t i e n e el nudo c o r r e d i z o , que deja muy a b i e r t o ,
por que o r d i n a r i a m e n t e tiene un di ctmet ro de unos dos o tres
m e t r o s , Lo hace girar a l r e d e d o r de su cabeza, teniendo
31
c u i d a d o , por medio de un habil m o v i m i e n t o de la m u n e c a , de
tener abierto el nudo c o r r e d i z o .
P i a l a r es otra de las faenas que exigen m a y o r agilidad
de m u s c u l o s y mas agudo golpe de v i s t a . C o n s i s t e en echar
el lazo a un animal que huye, a p r o v e c h a n d o el i n s t a n t e
r a p i d i s i m o en que levanta del suelo una de su patas d e l a n t e r a s ,
pasando el lazo por entre la ranilla y el casco y d e r r i b a n d o
en un r e l a m p a g o al p r i s i o n e r o .
Los p i a l a d o r e s mas h a b i l e s , apuestan a que ceniran con
el nudo de su lazo la pata d e r e c h a o i z q u i e r d a de un caballo
que huye a todo g a l o p e , o las dos manos de un toro que corre
m u g i e n d o . Es asi como un hombre solo puede a p o d e r a r s e , sin
armas de fuego, del animal mas salvaje de la p a m p a , d e g o l l a r
un buey, d e t e n e r un caballo que huye o e s t r a n g u l a r un t igre.
Es i m p o s i b l e imaginar ojos mas agudos y manos mas
seguras que las del g a u c h o . Su agilidad en el uso de las
b o l e a d o r a s es algo m a r a v i l l o s o . Hay dos especies de
b o l e a d o r a s . Las mas s e n c i l l a s , e m p l e a d a s para cazar
a v e s t r u c e s j eonsisten en dos piedras redondas c u b i e r t a s de
cuero y reunidas por una cuerda delgada y t r e n z a d a de unos
tres metros de l o n g i t u d . La otra clase difiere de la p r i -
raera solamente en que esta c o m p u e s t a de tres bolas reunidas
por c u e r d a s . El gaucho tiene en la mano la mas p e q u e n a de
las tres bolas y hace dar vueltas a las otras dos en torno
a su c a b e z a . Luego de h a b e r apuntado, las 1 anza, e n v i a n d o l a s
32
por el e s p a c i o , dando vueltas sobre si m i s m a s como las
antiguas balas de canon unidas por una c a d e n a . Asi que
las bolas tropiezan con un o b j e t o , c u a l q u i e r a que sea, dan
varias vueltas alrededor de el e n t r e c r u z a n d o s e f u e r t e m e n t e .
CAPITULO IV
LOS PERSONAJES DE VIANA
Asi como describe Viana detal1 ad amente el ambiente
natural en sus cuentos, tambien presenta a la gente de su
pais. Sus tipos, .asi como sus ambientes, resultan
enteramente convincentes. No son criaturas de una "*
imaginacion exaltada ni tampoco parecen idealizados. En-
contramos en ellos las debilidades y faltas caracterlsticas
de la humanidad en general. Sin embargo, viviendo mas o
menos aislados, han adquirido rasgos distintivos y hasta
unicos. Pertenecen a una clase social autentica, y el autor
las coloca en una region autentica, la del Rio de la Plata.
Comparten ciertos intereses e ideas con todos los sectores
de la sociedad uruguaya.
Viana los esboza en escen as de la vida cotidiana,
poniendo en sus labios dialogos naturales mientras realizan
sus quehaceres domesticos y agricolas. Diriase que son
de la tierra y esta les ha ensenado a aceptar la fortuna
prospera y adversa tal como se presenta. Su filosofla de
la vida no es compleja; podriamos calificarla de estoicismo
s e n c i 11 o .
Viven, como ya lo dijimos, aislados, mediando grandes
distancias entre sus estancias y pueblos. No conocen la vida
33
34
dc la ciudad, como tampoco lo conocio el mismo Viana on su
nifiez. Debido al aislamiento resultan individualistas ,
celosos de su independencia., Se conforman con llevar el
mismo tipo de vida solitaria que han vivido sus abuelos, y
todas las innovaciones y cosas exoticas les causan
repugnancia.
El metodo empleado por Viana al pintar a sus personajes
es variable. Describe a algunos prestando mucha atencion
a las cualidades fisicas y a la vestimenta. Compara a
otros muchos de diversas maneras con animales y plantas.
El gaucho es "tan fuerte como el toro"j sus brazos son
"gordos y dluros como tronco de coronilla" la esposa del
gaucho es "mas flaca que mancarron con ' h a b a ' " ^ y tiene
"Un cuerpo de gallina inglesa, gritana, inquieta y
pendenciera."^9
Viana a veces da precision a sus esbozos de personajes
mediante contrastes. Habla, por ejemplo,de dos viajeros
que se desconocen y que casualmente se encuentran cara a
cara en el camino:
Uno de ellos, paisano, vecino de las inmediaciones, se alejo al Norte, cantando entre dientes una decima de antano; y el otro, joven que trascendia a pueblero y casi a montevideano,
56 Guarnieri, o_g_. c i t. , p. 132.
57 Javier de Viana, "Los amores de Bentos Sagrera," Dje
la mi sma lon.j a . p. 173.
Ibid. , En familia,"* p. 121.
5 9 I b i d .
35
no obstante la bota de montar, la bombacha, el poncho, gacho aludo y panuelo de golilla,--continuo hacia el Sur, castigando el bayo que trotaba por la falda de un cerro p e d r e g o s o . ^ O
En la mayor!a de los casos la accion del cuento sirve
para rcvelar las cualidades morales de los personajes, aunque
el algunos cuentos abundan las descripciones raientras casi
no hay accion alguna.^ 1
Viana retrata a mas de cien tipos de hombres y mujeres
del campo, cada uno de los cuales resulta inconfundib1e. Sus
tipos no se prestan a ninguna c1 asificacion sencilla. El
sistema empleado por el escritor argentino Domingo F.
Sarmiento en su inmortal Facundo, por ejemplo, no sirve de
manera alguna para abarcar a los personajes creados por
Viana.
Sarmiento describe cuatro tipos de hombres del campo,
El rastreador es un experto en encontrar y seguir huellas
de hombres o animales. Puede seguir la huella de un animal
y averiguar muchas cosas exclusivamente por las pisadas.
A1 observar la pista de un caballo, por ej emplo, sabe la
velocidad que lleva el animal y tambien el peso
aproximado de su carga.
El baquiano sabe "a palmo veinte mil leguas cuadradas
de llanuras bosques y m o n t a n a s . " ^ En La noche mas obscura
(y 0 Ibid. » "Ultima campana," p. 8.
Ibi d "El lazo nuevo," Yuyos. pp. 164-168.
h 2 Domingo F. Sarmiento, Facundo (Buenos Aires, 1935),
Capitulo II.
63 Ibid.
36
p u e d e d e t e r m i n a r d o n d e se e n c u e n t r a t e n t a n d o s i m p l e m e n t e
los a r b o l e s o t o m a n d o t i e r r a u h o j a s de p l a n t a s e n t r e sus
d e d o s .
El g a u c h o m a l o es el b a n d i d o . El t a m b i e n d o m i n a la
c i e n c i a p a m p e a n a . S u n o m b r e se m e n c i o n a con t e m o r y en voz
b a j a . S i e m p r e v i v e solo en la p a m p a . No es p r e c i s a m e n t e
b a n d i d o , ni a s a l t a n t e ni a s e s i n o , a u n q u e roba g a n a d o v a c u n o ,
c a b a l l o s , y o v e j a s p a r a su u s o .
El u l t i m o tipo de g a u c h o m e n c i o n a d o por S a r m i e n t o es
el c a n t o r , o t r o v a d o r a m b u l a n t e . C a m i n a de pago en p a g o ,
d i v i r t i e n d o a t o d o s con sus c a n c i o n e s , l e y e n d a s , c h i s m e s y
n o v e d a d e s . Es m a g n i f i c o g u i t a r r i s t a y b a i l a r i n .
De los c u a t r o tipos de g a u c h o s p i n t a d o s por S a r m i e n t o
sol a m e n t e d o s , el g a u c h o m a l o y el c a n t o r , a p a r e c e n
c l a r a m e n t e en la o b r a de V i a n a .
C r e a V i a n a m u c h as v a r i a n t e s del h o m b r e a n t i s o c i a l ,
a b a r c a n d o d e s d e el s i m p l e l a d r o n h a s t a el a s e s i n o . Uno de
sus mas d e s t a c a d o s p e r s o n a j e s de esta c l a s e es el S a n t o s
L e i v a del c u e n t o "La caza del t i g r e , " i l l a m a d o "el t i g r e "
p o r q u e , f i s i c a y m o r a l m e n t e se p a r e c e m u c h o a d i c h a f i e r a .
T i e n e la c a b e z a p e q u e n a , la f r e n t e o b l i c u a , la cara c o r t a
y a n c h a , s a l i e n t e s los h u e s o s de las m e j i l l a s y las q u i j a d a s
c u a d r a d a s . S u s o j o s son c a f e s , su b o c a g r a n d e , sus l a b i o s
d e l g a d o s , y sus b i g o t e s r a l o s como los de los f e l i n o s . S.u
alma a c u e r d a p e r f e c t a m e n t e con su c a r a . Es el j e f e de una
37
banda de ladrones famosa por sus crimenes atroces. Aplica
las mas terribles torturas a sus victimas y las mujeres
especialmente lo temen c o n s t a n t e m e n t e . ^
Otro personaje semejante es el Pantaleon Escobar del
cuento "La tapera." Un malvado de crines dorados y de ojos
azules, contrabandista y jugador, ha hecho derramar muchas
lagrimas en los ranchos humildes de la sierra y ha hecho
nacer muchas cruces entre el pasto opulento de los llanos.
Pantaleon es arrogante e insolente. Prefiere los caballos
a los hombres. Mientras los hombres le temen, tambien le
admiran por matar solamente en defensa propia.
El asesino aparece en muchos de los cuentos y es
siempre temido. Sin embargo, puede ser respetado u odiadado
por sus metodos de cometer . crimenes. En el pago tipico
hasta el asesino puede ser admirado si acaso es valiente,
atrevido y habil. Su moralidad se considera menos importante
que su habilidad.
Otro personaje no muy noble es un tipo producido por
la guerra civil, el militarote. Puede que haya sido
antiguamente gaucho, que por alguna razon personal, como
el haber perdido su amor o el haber asesinado, ingreso en
el ejercito. El militarote puede haber sido ranchero,
granjero o peon, y puede haber ingresado vo1untariamente en
* ft 4 Javier de Viana, "La caza del tigre," Yuyos, p. 7.
38
el ejercito, o haber sido reclutado por el gobierno.
Tambien es posible que no conozca otra clase de vida mas
que la vida del guerrero. Lucha primero con un bando y
despues con o t ro, cambiando facilmente de un partido
politico a otro. Cuando deja de haber guerra donde el
se encuentra, se va en busca de guerra a otra parte.
Cuando ingresa en el ejercito, es dueno de su caballo y su
silla. Su unica satisfaccion es el gusto de combatir.
Este tipo de personaje no es refinado, es mas bien brutal
y antipatico. Se pasa toda la vida luchando, tal vez primero
por la independencia nacional y despues por su libertad
individual. No ha tenido tiempo de civilizarse ni educarse.
Es un b a r b a r o . ^
En la categoria de los militarotes se encuentra un
individuo especialmente pintoresco. Es el gaucho de
antecedentes indlgenas del cuento "malos recuerdos
Despues de una horrible batalla se acuesta en su poncho y
enciende su cigarrillo con un pedazo de carbon. Luego
arroja el carbon, cierra un ojo, suspira fuertemente echando
fuera una nota de gran satisfaccion y dice, "Es linda la
guerra. ... se pita, se pita, se pita, se pita. ..
A rj Javier de Viana, "Consejo de guerra," Lena scca,
p. 216.
6 6 J a v i e r de Viana, "Malos recuerdos," Yuyos. pp. 63-66.
• 6 7 I b i d .
39
El dia proximo cuando las tropas marchan'por el campo,
habiendo abandonado sus casas, el indio vuelve a repetir,
"iEs linda la guerral ... Se come, se duerme, se araarguea
68
y se pita, se pita, se pita, se pita, ..." •
En contraste con el militarote, Viana presenta al
1 atifundistao Este tipo de personaje se ve en el
ranchero o en el patron. Generalmente el patron es de buen
corazon, generoso y de mucho sentido comun. Se encarga de
todos los problemas, del rancho y los resuelve con facilidad.
Suele tener un asistente, a quien llaman mayordomo, que
se encarga de dirigir el trabajo de los negros o peones.
Hallamos un ejemplo representative del patron en Regino, 69
personaje del cuento "El tiempo perdido." Despues
de cometer un crimen, ha huldo al Brasil, donde se ha
hecho muy rico. Vuelve a su pago, compra un rancho grande,
y emplea todo su dinero y su tiempo tratando de modernizar1o.
Reemplaza las casas viejas con edificios modernos y compra
equipo y maquinaria nueva. Representa el espiritu moderno
que rechaza toda idea vieja, asl como las costumbres
antiguas cuando las nuevas han resultado manifiestamente
superiores.
El gaucho cantor, descrito por Sarmiento, es uno de
los favoritos.de Viana. Malaquias por ejemplo, de "Juicio
^^Ibid., p. 66.
^ I b i d . . "El tiempo perdido," pp. 15-21.
4Q
de imprenta," es un vagabundo que anda de rancho en raiicho.
Es un zangano que vive de sus cuentos agradables y sus dichos
agudos. Aunque su repertorio no es abundante, el sabe
cambiar los cuentos de tal manera que resulten cada vez un
poco diferentes. Malaquias tiene los ojos cafes, grandes,
llenos de malicia. Siempre se rle. Por su car a larga y
su nariz aguilena se ha dicho que es semejante a un pajaro.
En Ciriaco Sota, de "Una achura," se ve el mismo tipo
de vagabundo que cuenta sus cuentos divertidos con gracia
y facilidad. Sus narraciones abundan en aventuras amorosas
i n
y funestas. Malaquias y Ciriaco Sota son versiones
modernas del trovador de la Edad Media. Son divertidos y
generosos, expertos en tocar la guitarra o el a c o r d e o n . ^
A veces les llaman "gauchitos cachafaces, o gauchos * 72 *
picaros." No poseen mas que su caballo y su silla. La
gen to los acoge con simpatia por su bondad y su gracia sin
preguntar su origen ni sus propositos.
Ademas de estos personajes tipicos de su tierra hay
tambien en las obras de Viana personajes universales.
Aparece, por ejemplo, el granjero trabajador y serio que
se dedica energicamente a las faenas agricolas cuando es
necesario y goza de su merecido descanso cuando el trabajo
^ I b i d . . "una achura," p. 45.
7 l I b i d . , p. 46.
7 2 I b i d . . p. 45.
41
ha sido terminado. Este personaje suele ser gringo, o
extranjero, cuya prevision y costumbres ordenadas lo
convierten en hacendado importante en muy pocos afios. En
el cuento "Campo amarillo," reconocemos al granjero serio
y laborioso en la persona del italiano Gaetano Manguialane,
que convierte el campo fertil pero sin cultivar en unos
trigales productivos
En el raismo cuento encontramos el tipo contrario, que
odia toda clase de trabajo manual. Florindo, criollo,
prefiere llevar una vida independiente que le permita jugar
a los naipes durante la mayor parte del tiempo y durante el
tiempo restante se dedica a vagar de poblacion en poblacion
para deleitar a las mujeres jovenes con sus canciones y
7 4
danzas. Con cierta firmeza dice, "Escarbar la tierra
es el trabajo pa los peludos y los gringos.
La mujer en las obras de Viana es un personaje bien
retratado generalmente, pero su papel.es mas bien secundario
en la vida del campo. Su deber principal consiste en criar a
los ninos y ocup arse de las necesidades de estos. Tambien
debe realizar todos los quehaceres domesticos y quedarse en
casa.
Hay muchachas hermosas de varios tipos. En "|Se me
jue la m a n o l " ^ Valentina es la muchacha mas bonita del
< 7^ Javier de Viana, Pago de deuda, pp. 37-51„
7 4 I b i d . 7 5 I b i d . . p. 42.
1 h Javier de Viana, Macachi ties . pp. 73-77.
4 2
pago. Es rubia, de tez blanca, alta, delgada, y muy
graciosa.
A otra muchacha la llaman "princesa gauchesca." Tiene
la cara pequena y de expresion delicada. Su cuerpo tambien
es pequeno, delgado, y sus pies d i m i n u t o s . 7 7
Otra joven tipica se ve en la descripcion de Macaria:
Tendrla diez y ocho anos, pero representaba mas. De poca estatura, estaba, sin embargo, admirablemente formada. Ancha la espalda, el pecho recio, pero armonioso; un tanto gruesa la cintura, que jamas conocio las torturas del corse; amplias las caderas, rollizos y bien dibujados los muslos; pequenisimos los pies y las manos . ... El rostro, color de trigo, era casi redondo, la nariz algo roma, los labios gruesos, los ojos grandes y n e g r o s , las cejas copiosas, la frente recta y la cabeza tapizada por frondosa y luciente cabellera de a z a b a c h e . 7 8
Viana compara frecuentemente la hermosura de la mujer
con las flores. Albina es como "la mas linda y fresca
magarita crecida en las junturas de las rocas, en fragante
consorcio con los treboles y la yerba de l a g a r t e . " ^ Prota
es "uno de los mas lindos claveles del aire de aquella
region serrana."®®
Algunas de estas muchachas son coquetas que solo
piensan en fiestas, bailes y canciones. Tan pronto como
atraen la atencion de algun hombre, empiezan a coquetear
77 Ibid. , "La tlsica," pp. 11-15.
^®Javier de Viana, "Chicana," Yuyos, p. 85.
7 9 1 b i d . . "La caza del tigre," p. 8.
^^Ibid. , "Manganga," p. 76.
43
con otro. Este tipo de personaje es ejemp1ificado por O n
Clotilde en el cuento "La domadora." Ella es baja de
estatura y tiene la cara pequeiia y delgada. Su cabello
es rubio, su tez blanca, y sus ojos azules sin brillo.
Bailando y charlando con los hombres, estas muchachas no
se cansan, pero cuando la existencia se les vuelve un poco
mono tona, les falta energia para levantarse, banarse o
vestirse
Viana presents un interesante estudio de la prostituta A
en su cuento "Guri. Tratase de cuatro hermanas cuya
madre les ha ensenado a vender sus cuerpos por dinero. La
madre es ya anciana y siempre esta pidiendo dinero a sus
hijas, que se lo dan de vez en cuando para deshacerse de
e 11 a .
Una de las hijas se llama Clara. Su expresion es
tan falsa corno la sonrisa que tiene el vendedor para todos
sus clientes. Su lenguaje esta lleno de palabras malas.
Su hermana Jesusa es alta, delgada y rubia. Sus ojos son
azules y muy claros; tiene la boca grande y sus labios
suelen fruncirse tan delicadamente como si estuvieran
listos para rezar alguna oracion.^ 4 Se pasa la vida 81
Javier de Viana, Del campo y de la ciudad (Montevideo, 1921), pp. 35-45.
8 2 Ibid., "Tiro de bolas perdido," pp. 143-144.
83 *
Javier de Viana, Guri jr otr as no vel as , pp. 5-104.
8 4 I b i d . , p. 33.
44
s i g u i e n d o las t r o p a s de s o l d a d o s , d a n d o l e s el p l a c e r de
su c u e r p o . S i e m p r e e s t a b o r r a c h a y s u c i a . S i e m p r e es
i n v u l n e r a b l e a t o d o s los i n s u l t o s que se le a r r o j a n . La
t e r c e r a h e r m a n a , E n c a r n a c i o n , es de pelo c o l o r de c o b r e y
o j o s a z u l e s que son b r i l l a n t e s y t r i s t e s . 8 ^ D o r o t e a , la
h i j a m a y o r , ya es v i e j a a la edad de v e i n t i o c h o a n o s . No
t i e n e d i e n t e s ni p e l o y, como su m a d r e , s i e m p r e a n d a
p i d i e n d o l i m o s n a . 8 ^
T a m b i e n a e s t a f a m i l i a de v i c i o s tan m a l o s p e r t e n e c e
una q u i n t a h i j a cuya c o r r u p c i o n t o d a v l a no se ha l o g r a d o ,
t r a t a n d o s e de una n i n a de solo d i e z a n o s . Es m u y b o n i t a ,
l i m p i a , y de o j o s g r a n d e s e i n t e l i g e n t e s a c o s t u m b r a d o s a ver
y a e n t e n d e r todo lo m a l o a l r e d e d o r de e l l a . P i e n s a s e g u i r
a sus h e r m a n a s en su o f i c i o y es i n c a p a z de s o n a r que p o d r l a
t e n e r otro d e s t i n o . 8 7
E s t a f a m i l i a es t i p i c a de c i e r t a c l a s e de g e n t e que
e x i s t e en t o d o s los p a g o s . La p r o s t i t u c i o n es un m a l que
c o n t i n u a t o l e r a n d o s e , y V i a n a lo d e s c r i b e sin v a c i l a c i o n .
El tipo de p e r s o n a j e f e m e n i n o mas p i n t o r e s c o de la
o b r a de V i a n a es tal vez la e s p o s a i m p e r t i n e n t e . S i e m p r e
se q u e j a y n u n c a e s t a s a t i s f e c h a . Es c a r a c t e r l s t i c a m e n t e
m u y i n d e p e n d i e n t e . A s u n c i o n , por e j e m p l o , e s p o s a de C a s i a n o
en el c u e n t o , "En f a m i l i a , " t i e n e una voz s e m e j a n t e a la de
8 5 I b i d .
8 6 I b i d .
8 7 I b i d .
45
un grillo. Nunca lc fultan teraas de que hablar; y cuan do
le escasean estos, empieza a sacar refranes y dichos.®®
La esposa de Pancho Ruiz, en "Es la estrella," es exacta-
mente igual. Aun cuando la tratan como a una reina, grita
/ on incesantemente a Pancho insultandolo.
Aparecen muy pocos ninos en los cuentos de Viana a
pesar de que los describe con acierto. Viana parece
considerar que el mundo de los ninos esta libre de probleraas
y dificultades . Probablemente es por eso que son raros los
cuentos suyos en que figuran ninos entre los personajes.
El mundo que describe es el de los adultos. En el la
ausencia de los ninos puede intensificar la impresion de
pesimismo.
Constituye una notable excepcion a esta aparente falta
de interes por el mundo infantil el cuento titulado,
90 "Jugando a lobo," que contiene el cuadro siguiente;
En la estancia todo el mundo dormia. Es decir, todo el mundo, no. Aurelio, Lucas y Matias se paseaban silenciosos, del patio a la cocina, y de la cocina al galpon, sin que la rabia solar mortificase sus cabecitas descubiertas, ni sus pies desnudos.^-'-
0 8 J a v i e r de Viana, "En familia," Campo, pp. 121-122.
8 9 J a v i e r de Viana, "Es la estrella," Pago de deuda, pp. 158-159.
Of] Javier de Viana, De la misma lon.ja. pp. 96-99.
9 1 Ibid., p. 94.
46
La s i e s t a no es para los n i n o s . O d i a n todo lo de la
s i e s t a m e n o s la t e r m i n a c i o n , p o r q u e d e s p u e s de la s i e s t a van
a n a d a r c o n . s u p a d r e . Le r u e g a n a este que vaya a n a d a r
m u c h o a n t e s de la h o r a .
U n a t a r d e m i e n t r a s n a d a n , su p a d r e se a h o g a al l u c h a r
con un l o b o . L o s n i n o s no se dan c u e n t a de lo t e r r i b l e de
la s i t u a c i o n y p e r m a n e c e n en el agua h a s t a la n o c h e e s p e r a n d o
que r e g r e s e su p a d r e .
Y los c h i c o s , que i n s t i n t i v a m e n t e se h a b i a n j u n t a d o , a b r a z a d o s , f o r m a n d o un g r u p o , con sus c u e r p e c i t o s d e s n u d o s , t i r i t a b a n de frio y s e n t i a n l l e n a r s e l e s de l a g r i m a s los o j o s s i e m p r e f i j o s en el agua i n m o v i l , e s p e r a n d o ver s u r g i r al p a d r e .
Los p e r s o n a j e s c r e a d o s p o r V i a n a p a r e c e n r e p r e s e n t a t i v o s
de la s o c i e d a d r u r a l u r u g u a y a . E n t r e e l l o s hay p o c a s m u j e r e s ,
p o r lo cual p o d e m o s c o n c l u i r que el h o m b r e es la p e r s o n a m a s
iraportante en el s e c t o r s o c i a l c a m p e s t r e , m i e n t r a s que la
m u j c r solo o c u p a el sitio t r a d i c i o n a l c s p a n o l , que es el
h o g a r . La m u j e r es s o l a m e n t e una p a r t e del f o n d o de los
c u a d r o s que V i a n a p i n t a , E n t r e los p e r s o n a j e s m a s c u l i n o s
c o n s t i t u y e n tal vez los t i p o s fundaraentales el c r i m i n a l
que c o m e t e su v i o l a c i o n de la ley y se va a r e f u g i a r a o t r a s
p a r t e s del p a i s , el h a c e n d a d o que desarroll'a la i n d u s t r i a
del g a n a d o , y el v a g a b u n d o que con su a r t e p r i m i t i v o a l e g r a
las v i d a s de la g e n t e que v i v e a p a r t a d a .
V i a n a p r e s e n t s a d e m a s la r e a c c i o n de los c a m p e s i n o s a
un. e l e m e n t o e t n i c o n u e v o . El g a u c h o u r u g u a y o a c e p t a al
9 2 I b i d. , p p . 9 6 - 9 7 .
47
gringo con repugnancia, con una desconfianza como la que
siente ante cada cambio. Luego lentamente lo va aceptando
y acaba por asimilar en parte su cultura.
CAPITULO V
EL VALOR GENERAL DE LAS OBRAS DE JAVIER DE VIANA
Leer a Javier de Viana es conocer su pais nativo, el
Uruguay, con su hermosura y variedad de paisajes y sus tipos
de habitantes.
Uno puede ver en su imaginacion todos los detalles del
pais, tal como el protagonista de la novelita Guri, quien no
conoce otra tierra:
Los h o r i z o n t e s c o n o c i d o s , las cuchillas, los bajos, las caiiadas y los "rodeos," las casas, los animales y las personas, los rostros que se han visto desde que se empezo a ver, las voces que se han oido desde que se pudo oir; la fisonomia de los edificios, los ombues del fondo, los paraisos del frente, el viejo ceibo inclinado sobre las aguas fangosas del estanque, los raalviscos del guardapatio, el montecillo de abrepurio en el rodeo viejo, el alamo solitario que ostenta, como una gran giba, un gigante nido de cotorras, a veces expulsadas por los c a r a n c h o s — los multiples detalles que la indolencia criolla presenta a vista de varias generaciones. . .. ^
El autor con su talento de artista nos presenta grafica-
mente la vida rural uruguaya al describir los personajes en
su modo de vivir. El Uruguay que ama y describe es el de la
epoca anterior a la influencia de las ideas e invenciones
modernas .
93 Javier de Viana, "Guri," Gurf o t r a s novelas , p. 38.
48
49
El autor uruguayo es admirable por su devocion a la
literatura, a la que ha dedicado su vida entera. En sus
esfuerzos por llevar a sus cuentos y novelas las costumbres
y el paisaje uruguayos, ha viajado incansablemente, no solo
dentro de su region natal, sino tambien por otras comarcas
uruguayas. Nos da a conocer la existencia que lleva el
despreocup ado gaucho al viajar por la pampa, libre de autoridad
y discipliria. Relata la rebelion del campesino contra la ley y
la influencia urbana y su sumision final ante ambos. En uno
de sus cuentos escribe:
El progreso, incesante y rapido, ha transformado en poco tiempo, y de manera casi radical, la campaiia uruguaya. Los modernos medios de cultura raodifican las costumbres patriarcales de antano, ... El patron ya no va en mangas de camisa y en alpargatas a compartir el amargo y a "prosear" con la peonada en la tertulia de los fogones. Los habitos democraticos de aquella sociedad primitiva, van d e s a p a r e c i e n d o . ^ 4
Viana se ha ocupado a menudo de esta transformacion en sus
cuentos, retratando una etapa importante del desarrollo social.
Pocos escritores han retratado al gaucho en su ambiente
natural sin dramatizarlo. Ninguno, tal vez, dramatiza tales
personajes menos que Viana. El gaucho de Campo, Macachines ,
Guri , etc., no es un don Juan Tenorio que busque aventuras
amorosas durante su vida. En lugar de esto, se dedica a
desempenar las faenas de la industria agrlcola. Es cuidador
de ganado, acostumbrado a absoluta libertad e independencia.
94 Javier de Viana, "Como y porque hizo Dios la R. 0.,"
Macachines. p. 179.
50
N a t u r a l m e n t e , el g a u c h o libre e i n d e p e n d i e n t e se r e b e l a
c o n t r a c u a l q u i e r m e r m a de su l i b e r t a d ; y V i a n a r e t r a t a , por
e j e m p l o , el d e s p r e c i o de e s t e tipo de c a m p e s i n o h a c i a el
e x t r a n j e r o que usa m e t o d o s n u e v o s en la a g r i c u l t u r a . El
g r i n g o es i n d u s t r i o s o ; y c u a n d o se e n f r e n t a con un o b s t a c u l o ,
a u m e n t a sus e s f u e r z o s . El g a u c h o con e n v i d i a c o n f i e s a que
el g r i n g o t i e n e adrairables c u a l i d a d e s , y f i n a l m e n t e se c o n f o r m a
con la p r e s e n c i a del o t r o .
Las o b r a s de V i a n a , a d e m a s de su c o n t e n i d o c o s t u m b r i s t a
t a m b i e n son m u y i n t e r e s a n t e s por su f o r m a . El a u t o r es un
c o n s u m a d o m a e s t r o del arte de m a n t e n e r la a t e n c i o n del
l e c t o r de sus c u e n t o s a p e s a r de que los d e s e n l a c e s no
s u e l e n ser iriesperados. El l e c t o r p r e s i e n t e , como el g a u c h o ,
que c i e r t o fin no se p u e d e e v i t a r . C a s i t o d o s los c u e n t o s
t i e n e n c i e r t o fondo t r a g i c o , c a r a c t e r l s t i c a m e n t e g a u c h e s c o ,
que les s i r v e dc mot-ivo u n i f i c a d o r . A l g u n a s n a r r a c i o n c s
t i e n e n la f o r m a de c o n v e r s a c i o n e s o l d a s por c a s u a l i d a d p o r
V i a n a y t r a n s c r i t a s con s e n c i l l e z y s i n c e r i d a d .
T a m b i e n c o n s t i t u y e n las o b r a s de V i a n a una v a l i o s a
f u e n t e p a r a el e s t u d i o del d i a l e c t o g a u c h e s c o . En los
d i a l o g o s de sus p e r s o n a j e s se h a l l a n c o n s e r v a d a s , no solo
n u c h a s e x p r e s i o n e s a r c a i c a s , sino t a m b i e n e j e m p l o s de t o d o s
los c a m b i o s m o r f o l o g i c o s y s i n t a c t i c o s que ha s u f r i d o la
l e n g u a c a s t e l i a n a en la r e g i o n r i o p l a t e n s e .
Se e n c u e n t r a n en el h a b l a g a u c h e s c a , a d e m a s de
n u m e r o s a t e n d e n c i a s c o m p a r t i d a s con o t r o s d i a l e c t o s
51
r e g i o n a l e s e s p a n o l e s e h i s p a n o a m e r i c a n o s , b u e n n u m e r o de
f o r m a s y a c e p c i o n e s o r i g i n a l e s que e n r i q u e c e n el i d i o m a ,
I n c l u y e n los n o m b r e s de los a r b o l e s , f l o r e s y a n i m a l e s
n a t u r a l e s del p a i s , asi como p a l a b r a s que se i n v e n t a n a n t e
la n e c e s i d a d de t e r m i n o s r e l a c i o n a d o s con a s p e c t o s de la
g a n a d e r i a y la a g r i c u l t u r a .
El c o n j u n t o de las o b r a s de V i a n a nos da una v i s t a
p a n o r a m i c a de la r e p u b l i c a del U r u g u a y y sus h a b i t a n t e s
d u r a n t e una e p o c a d e c i s i v a de su d e s a r r o l l o , a la v e z que
conserva' p a r a s i e m p r e d e t a l l e s de las c o s t u m b r e s y el
l e n g u a j e de una c l a s e s o c i a l que e s t a d e s a p a r e c i e n d o
r & p i d a m e n t e .
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