apresentação do powerpoint - parceiro rural · milhões de toneladas da safra 2014/2015. ... da...
TRANSCRIPT
Entrevista do Mês
Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain.
Página 5
I N F O R M A T I V O
Este Informativo é uma publicação mensal, enviado para 21.625 Parceiros Rurais.
Edição nº 20 - Setembro de 2015.
Nesta Edição
Pecuária
Exportação de carne bovina recua 18%. Página 4
Algodão
Estoque chinês é de 12 milhões de toneladas e
torna mercado volátil.
.
Página 3
Agricultura
O Dragão está em xeque? Prezados amigos do campo, olha a gente aqui
falando de China novamente...
Página 2
Milho
MS colhe a maior safrinha de milho de sua
história.
Página 4
Prezados amigos do campo, olha a gente
aqui falando de China novamente...
Depois dos fatos das últimas semanas
onde esse gigante asiático foi o
protagonista das capas de revistas, jornais
e noticiários no mundo inteiro, devido às
dúvidas sobre a real força dessa economia
e o processo de desaceleração pela qual o
país passa, nossos comentários vem no
sentido de confirmar sim que as coisas não
estão às mil maravilhas como foi nos
últimos anos, mas que a China continua
sim sendo um agente fundamental para o
nosso segmento de negócio.
Em momentos de desaceleração os
segmentos que mais sofrem são os
segmentos de bens supérfluos. A
construção desacelera, o segmento
imobiliário desaquece, vede-se menos
carros e compra-se menos roupas e
eletrodomésticos.
Este não é o caso do agronegócio. Como
dito em situações anteriores, a população
chinesa continua crescendo (ainda mais
com a regulamentação sobre o segundo
filho por família), a classe média ganhando
corpo e fortalecendo os hábitos de consumo
que eram inexistentes no nível da pobreza.
O Brasil tem e continuará a ter
importantíssimo papel como celeiro
fornecedor para esse país.
Os chineses desvalorizaram sua moeda
frente ao dólar para dar maior
competitividade às suas exportações e
apostam forte na força do seu próprio
consumo interno também. Vamos continuar
acompanhando e torcendo para que o
dragão do oriente ainda tenha muito
combustível para queimar. Nos últimos
anos o mundo se tornou dependente de sua
economia pujante e agressiva.
Equipe Parceiro Rural
O Dragão está em xeque?
Agricultura
A China mantém um estoque de quase 12
milhões de toneladas de algodão, volume
que tem crescido ano a ano. Já o estoque
mundial alcançou 21,8 milhões de
toneladas em 2014/2015, e, segundo José
Sette, diretor-executivo do Icac
(International Cotton Advisory
Committee), composto de 34 países, e
sediado em Washington (EUA), a
expectativa é de 20,4 milhões de toneladas
para a safra 2015/2016. Sette lembra que
há cinco anos os estoques
mundiais somavam 8 milhões de
toneladas.
Esses grandes volumes são prejudiciais
para o cotonicultura, disse Sette durante o
10º Congresso Brasileiro de Algodão, que
está sendo realizado em Foz do Iguaçu, no
Paraná. Enquanto a China, principalmente,
não desovar os seus estoques, a tendência
é de os preços ficarem deprimidos. "Mas
não há previsão nenhuma de quanto isso
irá ocorrer. A volatilidade continuará",
afirma.
Sette adianta alguns números: a previsão
do Icac para a safra mundial de algodão de
2015/2016 é de 23,7 milhões de toneladas.
"Deve ficar abaixo, portanto, dos 26,2
milhões de toneladas da safra 2014/2015.
Do total, 88% são produzidos no
Hemisfério Norte. Os maiores produtores
mundiais são a China e a Índia, com 25%
cada um. O Brasil é o quinto maior
produtor, com 6%, segundo Sette.
"A produtividade do algodão no mundo
mais que dobrou por conta do uso
de fertilizantes, inseticidas e agora
de biotecnologia. Foi de 300 quilos por
hectare na década de 1960 para os atuais
780 quilos", informa Sette.
Apesar de possuir os estoques mais
elevados de algodão, é a China o
maior consumidor de todo o mundo. O país
asiático também é o que mais importa, pois
precisa de algodão de alta qualidade. As
exportações globais foram de pouco mais
de 7,5 milhões de toneladas na safra
2014/2015.
José Sette deixa um aviso para os próximos
anos: a queda nos preços do petróleo aguça
a competição das fibras sintéticas com o
algodão.
Fonte: Globo Rural
Milho
Estoque chinês é de 12 milhões de toneladas e
torna mercado de algodão volátil.
O Mato Grosso do Sul colheu no ciclo
2014/2015 a maior safrinha de milho de
sua história, 9,040 milhões de toneladas.
Os trabalhos foram encerrados no fim de
agosto em todo o estado, segundo o
Sistema de Informação Geográfica do
Agronegócio (Siga), da Associação dos
Produtores de Soja do estado
(Aprosoja/MS).
De acordo com o Siga, a produção cresceu
8,9% em relação ao ciclo anterior, quando
o estado havia colhido 8,302 milhões de
toneladas. Já em relação a área, houve um
incremento de aproximadamente 5% na
comparação das duas safrinhas, passando
de 1,615 milhão de hectares para 1,700
milhão de hectares.
Quanto a produtividade, na relação entre a
safrinha 2013/2014 e a 2014/2015, foi
registrado uma queda da média do estado,
de 96,1 sacas por hectare para 95,7 sacas
por hectare, mas houve um crescimento da
chamada média ponderada, quando é
considerada na avaliação a época do
plantio e também o Zoneamento
Agroclimático do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), de 85,68 sacas por hectare para
88,6 sacas por hectare.
O título de maior produtor de milho
safrinha continuou neste ciclo
com Maracaju. Os produtores do município
cultivaram a mesma área que na temporada
anterior, 232,5 mil hectares mas houve um
incremento de produtividade e a produção,
na comparação das suas safrinhas, cresceu
8,1%, passando de 1,171 milhão de
toneladas para 1,266 milhão de toneladas. Fonte: G1
Milho
MS colhe a maior safrinha de milho de sua história.
Os embarques vinham aumentando desde
janeiro, mas estagnaram em julho e caíram
no mês passado.
As vendas externas de todos os tipos de
carnes registraram queda em agosto na
comparação com julho, tanto em volume
quanto em faturamento, de acordo com o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior (MDIC). No caso das
carnes de frango e de suíno, os volumes
embarcados continuam a superar os
resultados de igual período de 2014, mas o
faturamento caiu, como um reflexo dos
menores preços médios por tonelada. Já os
produtos de origem bovina registraram
queda em todos os comparativos.
A exportação de carne bovina in natura
totalizou 89,3 mil toneladas em agosto,
queda de 1,3% em relação às 90,5 mil
toneladas registradas em julho. Os
embarques vinham aumentando
mensalmente desde janeiro, mas
estagnaram em julho e inverteram o
sentido no mês passado. No comparativo
anual, as vendas externas caíram 18,4%
em agosto, dadas as 109,4 mil toneladas
registradas em igual mês de 2014. O
faturamento foi de US$ 404,2 milhões no
período, montante 2,95% inferior ao do
mês passado (US$ 416,5 milhões) e 24,3%
menor que os US$ 534,1 milhões de
agosto de 2014. O preço médio por
tonelada também sofreu retração, de
1,64%, passando de US$ 4.599,8 em julho
a US$ 4.524,3 em agosto. Ante o mesmo
mês do ano passado, em que a média foi de
US$ 4.880,9, a queda foi de 7,3%.
Acumulado - A exportação de carne
bovina segue abaixo dos níveis recordes
verificados em 2014. Entre janeiro e agosto
de 2015, as vendas totalizaram 670,6 mil
toneladas, abaixo das 825 mil toneladas em
igual período do ano passado (queda de
18,8%). Já o faturamento caiu a US$ 2,908
bilhões, resultado 21% menor que os US$
3,681 bilhões dos primeiros oito meses de
2014.
As vendas externas de carne de frango in
natura continuam a superar os volumes
registrados em 2014. De janeiro a agosto
foram vendidas 2,551 milhões de
toneladas, alta de 8,2% ante as 2,357
milhões de toneladas de igual período do
ano passado. O faturamento somou US$
4,219 bilhões, ante US$ 3,942 bilhões nos
mesmos meses de 2014, com avanço de
7%.
Os embarques de carne suína avançaram a
290,6 mil toneladas, de 270,7 mil toneladas
nos primeiros oito meses de 2014, alta de
7,35%. Já receita cambial totalizou US$
753,9 milhões no período, queda de 15,5%
ante os US$ 892,6 milhões obtidos entre
janeiro e agosto de 2014. Fonte: Estadão Conteúdo
Pecuária
Exportação de carne bovina recua 18% em agosto.
Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain
O Parceiro Rural entrevistou neste mês
Jefferson Rodrigo de Oliveira ,
proprietário da JR Agro Grain, empresa
que atua na intermediação e corretagem de
grãos, venda de insumos como gesso,
calcário e adubos na região do Oeste
Baiano.
Qual a sua experiência profissional?
Sou paulista, quando eu estava no interior
de São Paulo, vendia defensivos e
insumos para revendas, oferecendo
também assistência técnica nas áreas de
citros e fruticulturas. Isso foi durante 1997
a 2004.
Chegando na região do Oeste Baiano em
2004, para trabalhar com vendas de
químicos agrícolas e vendas de maquinas
agrícolas. em 2005 entrei para o ramo de
compras de grãos. Hoje, minha
experiência resume se em vendas de
máquinas agrícolas, compras de grãos para
mercado interno e exportação (Soja,
Milho, Milheto, Sorgo, Suporte Logístico,
Intermédio de Vendas de Gesso, Calcários
e Adubos.
Nos conte sobre a história da empresa e
o que a JR Agro Grain oferece a seus
clientes?
Em 2012 ao perceber que o mercado no
oeste da Bahia tinha espaço para uma
empresa como a JR Agro Grain, que une a
demanda com oferta de forma séria e
transparente, resolvi investir e iniciei uma
sociedade com mais dois sócios.
A um ano, fizemos uma cisão na empresa, e
resolvi seguir voo solo, buscando outros
mercados além da comercialização de
grãos, hoje a empresa atua no segmento de
comercialização de gesso, calcário e
adubos formulados, tudo por intermédio de
grandes parceiros.
No momento estamos finalizando uma
parceria para estruturar uma filial em Luis
Eduardo Magalhães da Fex Trading, dando
mais uma opção para os produtores rurais
em nossa região para venderem seus
produtos destinados à exportação.
Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain
Entrevista
POR PARCEIRO RURAL
Alguns produtores deixarão de plantar
milho e algodão para investir no plantio de
soja, que tem custos mais baixos
principalmente se aproveitando do residual
de reservas de nutrientes deixados no solo
pelas culturas de algodão.
Quais as dificuldades com o escoamento
da safra em função das estradas da
região?
O escoamento não foi afetado pelo estado
das estradas no geral, mesmo tendo alguns
trechos que estão bem ruins em lugares
localizados. Atualmente o que está
deixando o mercado muito preocupado foi
o aumento “explosivo”, subindo entre R$
15,00 a R$ 20,00 em alguns casos a mais
do que o orçado dos valores do frete
rodoviário, além do valor, outro problema é
a falta de caminhões que tivemos nessa
safra, em alguns casos mesmo aumentando
o valor do frete não se consegue carregar
pela simples ausência de veículos. Este ano
choveu muito nos portos da Bahia, o que
atrapalhou também os descarregamentos
das cargas.
De que forma o agronegócio foi afetado
com a crise mundial e quais os impactos
sobre a região oeste?
A crise brasileira atual apenas reflete uma
crise que o produtor rural do oeste baiano
vive a longos 4 anos, os custos logísticos
estão muito acima do previsto o que
eliminou quase toda a margem comercial
em cima do orçado e realizado, quando
não deixou o resultado negativo.
Os bancos estão retraídos quanto a linhas
de créditos, aumentando ainda mais os
critérios para liberação de financiamentos
e os poucos recursos liberados estão muito
a baixo da necessidade dos produtores.
Hoje a intenção dos produtores é de
reduzir a área plantada ou diminuir a
tecnologia no campo, faltando menos de
60 dias do inicio do plantio, muitos
produtores ainda não conseguiram
comprar gesso e calcário, que são
fundamentais nesse período antes do
plantio.
Com o crédito escasso, quais as
alternativas do produtor rural?
Como exemplo no fertilizante para o
Milho, temos o MAP (commodities
importado), que devido ao câmbio em alta,
já está valendo algo próximo a R$
2.000,00 a ton. Sendo que seu preço
histórico eram em média de R$ 1.650,00
posto fazenda em nossa região, hoje com
essa alta, muitos estão optando por Uréia e
Super Triplo, para viabilizar custos finais
das lavouras.
Com essa nova realidade acreditamos que
os produtores poderão utilizar menos
adubo por hectare, isso provavelmente irá
diminuir a produtividade na região.
Entrevista
Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain
e o produtor Cacio Kichel.
Qual a perspectiva para a produção
agrícola no Oeste da Bahia nos
próximos anos?
Soja: Expectativa de que deve aumentar o
plantio em torno de uns 40.000 a 50.000
há, já que a área anterior foi estimada de
1.400.000 há na safra 2014/15, trabalham
com uma média de colheita em torno de
48 sacas por hectare no total estimado
pelas tradings, os custos ficaram em média
de R$ 1.900,00 a R$ 2.400,00 dependendo
da tecnologia aplicada por cada produtor e
somando mais R$ 600,00 para quem
arrenda terras, isso na safra 2014/15. Para
a safra 2015/16 com os custos altos que
estão no momento, está chegando média
de R$ 2.400,00 a R$ 3.000,00. Se plantar
soja nas áreas de algodão a soja poderá
render margem melhor de produtividade
de no mínimo 10%.
Milho: É uma cultura que além de um
custo de produção mais elevado que a
soja, tem um período necessita de chuvas,
principalmente na momento do
florescimento “boneca” quando se define
a quantia de grãos, desta forma a área
deve diminuir, a expectativa é de 10.000 a
20.000 hectares. Na safra 2014/15 foi
plantado um total na safra passada de
240.000 há com produtividade de 120
sacas em média no ano passado
(problemas com secas) e esse ano uma
média de 140 sacas por hectares ( mas
tivemos uma quantia melhor, mas com
qualidades baixas, com excesso de chuvas).
Custos 2014/2015 entre R$ 2.500,00 a R$
3.000,00 há. Safra 2015/2016 estima-se de
R$ 2.700,00 a R$ 3.300,00.
Algodão: Esta cultura poderá perder uns
40.000 há para o próximo ano, decorrentes
de custos bem elevados. Na safra 2014/15
a área plantada foi de 300.000 há, chegou a
uma média de custos por hectares entre R$
7.200,00 a 7.500,00. Isso dependendo da
tecnologia aplicada. A safra 2014/15 prevê
uma média de 260 a 270@/há contra 280@
safra 2013/14. Número não finalizado até o
momento. Essa média de colheita veio
devido a queda de qualidade nos baixeiros,
por termos em alguns pontos excesso de
chuvas quando as maçãs estavam abertas
diminuindo qualidade e ataques severos de
pragas (bicudo).
Estimativa de custos para 2015/16,
especialistas no ramo preveem custos
acima de R$ 8.000,00 por há. Essa área
prevista na diminuição do plantio poderá
migrar quase que 100% pra plantio de soja.
Entrevista
Seja você um Parceiro Rural Acesse www.parceirorural.com.br
Cadastro Gratuito
Receba o Informativo Parceiro Rural.
www.parceirorural.com.br