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Migração No Reino Animal

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Page 1: Apresentação BORBOLETA

Migração

No Reino Animal

Page 2: Apresentação BORBOLETA

BORBOLETAMONARCA

Page 3: Apresentação BORBOLETA

As borboletas-monarcas (Danaus plexippus) são nativas das Américas do Norte e do Sul.

No século XVII, entretanto, espalharam-se para outras partes do mundo.

As monarcas foram vistas primeiramente no Havai por volta de 1840 e posteriormente em várias ilhas do Pacífico Sul entre 1850 e 1860.

Page 4: Apresentação BORBOLETA

Não está claro exactamente como e por que a emigração ocorreu. Uma possibilidade seria o transporte das monarcas em navios, tanto como larvas levadas a bordo com as asclépias do estaleiro ou como monarcas adultas que pousaram nos navios que fariam viagens oceânicas.

É provável o envolvimento de humanos no processo, porém não se sabe até que ponto. Pelo facto de as monarcas da América do Norte geralmente conseguirem voar mais de 2.200 Km durante a migração, é possível que algumas tenham percorrido a jornada sozinhas.

Page 5: Apresentação BORBOLETA

No hemisfério ocidental, existem duas subespécies da borboleta-monarca:

A Danaus plexippus plexippus presente no sul do Canadá, Estados Unidos, México e na maioria das Ilhas do Caribe, América Central e norte da América do Sul.

E a Danaus plexippus erippus ocorrendo no Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e leste do Brasil. Nenhuma subespécie foi registada na região noroeste do Brasil.

Page 6: Apresentação BORBOLETA

As larvas da monarca são herbívoras especialistas, consumindo apenas as plantas hospedeiras da família das asclépias (Asclepiadacea).

Utilizam a maioria das mais de cem espécies da América do Norte desta família, alimentando-se ao longo de uma ampla faixa geográfica e temporal, cobrindo grande parte dos Estados Unidos e o sul do Canadá.

Num ano típico, uma geração é produzida na região sul desta faixa pelas borboletas que estão voltando da migração, enquanto duas a três gerações são produzidas na região norte.

Page 7: Apresentação BORBOLETA

As asclépias fornecem às monarcas uma defesa química eficaz contra vários predadores. As monarcas extraem os cardenolídeos (também denominados glicosídeos cardiotônicos) presentes nas asclépias, tornando-se venenosas à maioria dos vertebrados.

Entretanto, muitos predadores invertebrados, bem como algumas bactérias e vírus, não se contaminam com as toxinas ou são capazes de neutralizá-las. A asclépia comum (Asclepias syriaca) é a planta hospedeira mais importante para as monarcas da população migratória do leste durante a estação reprodutiva do verão.

Page 8: Apresentação BORBOLETA

Não se entende completamente até que ponto as asclépias protegem as monarcas dos predadores invertebrados, embora uma descoberta recente, a qual constatou que as vespas têm menor propensão a atacar as monarcas que se alimentam de asclépias e apresentam altos níveis de cardenolídeos, sugira que esta defesa é pelo menos de certa forma eficaz contra predadores invertebrados.

As larvas da monarca consomem várias espécies de asclépias diferentes, inclusive esta asclépia-do-brejo (Asclepias incarnata).

Page 9: Apresentação BORBOLETA

As larvas maiores mastigam e cortam a base do veio central da folha da asclépia, interrompendo o fluxo de látex viscoso para o restante da folha, permitindo, portanto, uma alimentação mais eficaz.

Page 10: Apresentação BORBOLETA

Embora as larvas da monarca consumam a asclépia-das-

borboletas (Asclepias tuberosa), as folhas “peludas” dificultam o

seu uso como planta hospedeira em comparação com outras

asclépias. Entretanto, as flores são atraentes para as monarcas e

vários outros insectos como fonte de néctar.

Page 11: Apresentação BORBOLETA

É difícil dizer quantos ovos as fêmeas das

borboletas põem durante a vida, mas a média na natureza

figura provavelmente entre 300 e 400.

As borboletas-monarcas em cativeiro põem uma

média de 700 ovos por fêmea durante um período de 2 a

5 semanas de oviposição, com um recorde de 1.179 ovos.

Os ovos das monarcas abrem cerca de quatro dias

depois de postos, mas a taxa de desenvolvimento nesta

fase, como em todas as outras fases, depende da

temperatura, de modo que os indivíduos em ambientes

mais quentes se desenvolvem mais rapidamente.

Page 12: Apresentação BORBOLETA

Embora um único ovo de monarca pese apenas cerca de 0,460 mg, o equivalente a quase 1/1.000 da massa do adulto, as fêmeas geralmente põem uma quantidade de ovos superior à sua própria massa ao longo da vida.

Ovo da monarca.

As fêmeas da monarca poêm sempre ovos sobre as asclépias, geralmente um de cada vez, embora não seja raro encontrar mais de um ovo numa planta.

Page 13: Apresentação BORBOLETA

Cinco estágios das monarcas:

Durante o período larval, as monarcas passam por cinco estágios larvais, trocando de pele a cada um, permitindo assim o seu impressionante crescimento. A sua massa corporal chega a aumentar até 2.000 vezes durante este período.

Page 14: Apresentação BORBOLETA

As monarcas concluem a maior parte do crescimento durante a fase larval, com duração de 9 a 14 dias, sob temperaturas normais de verão, durante a qual sofrem cinco estágios larvais

Esta visão em close-up de uma larva de monarca mostra os tentáculos dianteiros (não as antenas verdadeiras, as quais estão ocultas na parte inferior da cabeça), as pernas verdadeiras na frente e os padrões de listras amarelas, pretas e brancas.  

Page 15: Apresentação BORBOLETA

Os ovos e larvas das monarcas sofrem uma pequena mudança quando atingem a fase adulta. Vários estudos documentaram taxas de mortalidade acima de 90% durante as fases de ovos e larvas. Esta mortalidade resulta de fontes bióticas e abióticas.

Os factores bióticos que afectam a sobrevivência da monarca incluem os inimigos naturais como predação, doenças e parasitas, além de interacções com seus hospedeiros, as asclépias.

Os factores abióticos incluem condições ambientais como clima adverso e pesticidas.

Page 16: Apresentação BORBOLETA

Várias monarcas em populações naturais são mortas por predadores invertebrados que se alimentam dessas borboletas ou por parasitas cujas larvas se desenvolvem dentro das larvas das monarcas, matando-as por fim.

As doenças causadas por bactérias, vírus, fungos e outros organismos também são fontes significativas de mortalidade das monarcas.Os ovos e larvas das monarcas têm vários

predadores invertebrados, inclusive este ácaro-vermelho, aqui a comer o conteúdo de um ovo. 

Page 17: Apresentação BORBOLETA

As ameaças devido a temperaturas extremamente

quentes ou frias ampliam-se durante a estação de

reprodução, uma vez que as monarcas são afectadas

indirectamente pelas condições que afligem a saúde e a

sobrevivência das asclépias.

Temperaturas muito frias e condições

extremamente secas são especialmente prejudiciais às

asclépias e, portanto, às monarcas.

Page 18: Apresentação BORBOLETA

Durante a fase de pupa, a transformação para a fase adulta é concluída num processo que dura 9 a 15 dias sob temperaturas normais de verão.

A sua coloração verde proporciona uma camuflagem eficaz num mundo verde e procuram locais abrigados para sofrer essa transformação.

Ainda estão a ser investigadas questões

importantes sobre como as larvas escolhem os locais para

a pupa, qual a distância que percorrem para encontrarem

esses locais, quais características do habitat são

importantes para promover a sobrevivência da pupa e qual

o nível de mortalidade que ocorre durante essa fase.

Page 19: Apresentação BORBOLETA

Os adultos que não migram vivem entre duas a cinco semanas, enquanto os que migram vivem até nove meses. Esta diferença deve-se ao facto de as monarcas que sobrevivem ao inverno não serem reprodutivas e por isso podem canalizar mais energia para a sobrevivência.

Além disso, as condições frias dos locais onde passam

o inverno, desaceleram seu metabolismo. As monarcas da

geração do verão acasalam pela primeira vez entre 3 e 8 dias

de idade.

Fêmea adulta da borboleta-monarca.

Page 20: Apresentação BORBOLETA

Os machos e fêmeas das monarcas geralmente

acasalam várias vezes durante a vida e permanecem em

pares por várias horas.

Page 21: Apresentação BORBOLETA

As fêmeas começam a pôr ovos imediatamente após o

primeiro acasalamento. As monarcas que sobrevivem ao inverno

não põem ovos até a primavera (embora possam acasalar antes

deste período).

Ambos os sexos podem acasalar várias vezes ao longo da

vida, e a capacidade que os machos têm de forçar as fêmeas a

copular indesejadamente torna-os únicos na Lepidoptera.

Quando as fêmeas acasalam com mais de um macho,

geralmente é o último macho que fertiliza seus ovos.

Page 22: Apresentação BORBOLETA

Como ocorre com muitas outras espécies, a fonte

mais importante de mortalidade da monarca provocada

por humanos é a perda de habitat, especialmente a

destruição das fontes de asclépias e néctar.

A asclépia é considerada uma erva nociva em

algumas localidades, sendo geralmente destruída. Além

disso, os herbicidas utilizados para matar plantas em

culturas agrícolas, à margem das estradas e em hortas,

podem prejudicar as fontes de asclépias e néctar, além de

matar as monarcas directamente.

Page 23: Apresentação BORBOLETA

As monarcas também

podem ser expostas a insecticidas

utilizados para controlar pragas de

insectos em lavouras, florestas e

hortas. Muitos preocupam-se com

o facto de que o uso dos

insecticidas para combater

doenças transmitidas por

mosquitos, como o Vírus da Febre

do Nilo Ocidental por exemplo,

mata as monarcas e outros

insectos benéficos.

Page 24: Apresentação BORBOLETA

Diferentemente da maioria dos insectos das regiões

temperadas, as borboletas-monarcas não conseguem

sobreviver por períodos extensos sob temperaturas muito

frias. Portanto, as monarcas da América do Norte voam

para o sul para passar o inverno em locais de

recolhimento. Na primavera, essas monarcas que

sobreviveram ao inverno voam para o norte rumo à sua

área de reprodução.

A monarca é a única borboleta a fazer uma

migração bidireccional tão longa, chegando a voar até

4.830 Km no Outono para chegar ao destino onde passará

o inverno.

Page 25: Apresentação BORBOLETA

As monarcas

voam para o sul e

sudoeste durante a

migração do Outono,

passando pelo Texas

em direcção aos

locais onde passam o

inverno nas

montanhas do centro

do México.

Page 26: Apresentação BORBOLETA

Esses insectos, que pesam cerca de meia grama,

voam da sua área de reprodução de verão, cobrindo mais

de 100 milhões de hectares, para passar o inverno numa

área inferior a 20 hectares.

A orientação dos insectos é geralmente pouco

compreendida, e as monarcas não são excepção.

A capacidade apresentada pelas monarcas, que

estão espalhadas numa área superior a 100 milhões de

hectares, dirigindo-se para uma área muito pequena nas

montanhas do centro do México é espantosa, e pode ser

um dos mistérios mais fascinantes da ecologia animal.

Page 27: Apresentação BORBOLETA

Os locais onde a borboleta passa o inverno no

México receberam o status de área protegida através de

um decreto presidencial de 1986.

Em 1998, um grupo internacional de cientistas e

legisladores reuniu-se para redefinir a área protegida e

discutir alguns dos problemas do decreto original. Missrie

(2004) descreveu o processo de quatro anos que levou a

um novo decreto presidencial e melhorou a protecção dos

locais.

Como resultado do novo decreto, a quantidade total

de terra protegida aumentou de 16.110 ha (4.491 e 11.619

nas zonas centrais e tampão, respectivamente) para

56.259 ha (13.552 e 42.707 ha nas zonas centrais e

tampão, respectivamente).

Page 28: Apresentação BORBOLETA

Como os pássaros migratórios,

as monarcas fazem paragens

frequentes durante a migração, à

noite e em climas rigorosos,

formando abrigos cujo tamanho varia

de algumas dúzias até milhares de

indivíduos.

As monarcas alimentam-se do

néctar da flor de Liatris borealis. Essa

flor, além de outras flores do final do

verão, fornecem os nutrientes

necessários para as monarcas

durante a sua migração de outono.

Page 29: Apresentação BORBOLETA

As monarcas

geralmente reúnem-se em

duas principais regiões da

América do Norte durante o

inverno: o centro do México

e a costa da Califórnia.

Elas também

residem no sul da Florida

durante todo o ano, porém

esta população recebe um

influxo de indivíduos

migrantes do leste em cada

Outono.

Page 30: Apresentação BORBOLETA

Nas áreas onde

passam o inverno no

México, as monarcas

agrupam-se nos galhos e

troncos das árvores.

Uma única colónia

de monarcas pode conter

vários milhões de

indivíduos, conforme visto

nesta foto aérea tirada da

colónia de El Rosario

(Sierra el Campanario,

Michoacan, México).

Page 31: Apresentação BORBOLETA

As borboletas-monarcas começam a sair dos locais

onde passam o inverno no México em meados de Março, e

geralmente todas já foram embora no final de Março. Neste

ponto, muitas já acasalaram, mas ambos os sexos deixam

os locais e migram para o norte, e o acasalamento continua

durante toda a jornada rumo ao norte.

As monarcas que passam o inverno no México voam

para norte para repovoar a região sul dos Estados Unidos e

sua prole conclui a jornada para o norte dos Estados Unidos

e sul do Canadá. Esta segunda geração recoloniza toda a

área norte de reprodução utilizando mais espécies de

asclépias do norte.

Page 32: Apresentação BORBOLETA

Migração da primavera: a

primeira parte da

migração da primavera é

feita pelos mesmos

adultos que voaram para

sul no outono, mas esses

migrantes não

recolonizam toda a área

de reprodução no verão.

São os seus descendentes,

os ovos postos no final e

março e durante o mês de

abril, que concluem a

jornada de primavera

rumo ao norte.

Page 33: Apresentação BORBOLETA

A monarca é considerada a mais célebre das

borboletas migratórias. Originária do continente americano,

pode hoje em dia ser observada em Portugal continental e

ilhas, para júbilo dos especialistas e amantes da natureza.

A monarca percorre milhares de quilómetros num voo

regular que a leva desde o Canadá, através dos Estados

Unidos, até ao México onde o Inverno é menos rigoroso,

permitindo-lhe aí permanecer até ao início da Primavera,

quando retoma a viagem em sentido inverso para alcançar

de novo as regiões de onde partiu.

Page 34: Apresentação BORBOLETA

Atravessa também desde há muito o Atlântico até à

Europa, forçada pelos ventos; ocasionalmente pode fixar-se

se encontrar a planta hospedeira (Asclepia curassavica) de

que necessita para depositar os ovos e da qual as lagartas

se alimentam. Assim aconteceu na Madeira, Açores e

Canárias, onde encontrou um clima extraordinário para

viver e reproduzir-se várias vezes durante o ano.

No continente há muito que eram observados

exemplares já mortos ao longo da costa mas não qualquer

sinal de colónias residentes.

Ela pode agora ser observada em Portugal

continental, em locais determinados do litoral algarvio até

à fronteira com o sudoeste alentejano.

Page 35: Apresentação BORBOLETA

A monarca, nome comum da espécie Danaus

plexippus, é uma grande e vistosa borboleta, muito

resistente, com asas vigorosas de forte intersecção ao

tórax. Assim consegue voar durante vários dias sem

descanso, na sua migração anual Canadá - México de 2900

km ou os 6000 km, trazida pelos ventos, que separam a

costa norte-americana da Ilha da Madeira.

Page 36: Apresentação BORBOLETA

O seu ciclo ovo/lagarta/crisálida/borboleta completa-

se em muito pouco tempo, cerca de 28 dias, mas pode, em

certas circunstâncias, viver durante vários meses até

acasalar e cumprir a sua função reprodutora, quando as

condições o permitem. Se a temperatura for muito baixa,

como sucede no México, entra num estado de

semiactividade ou dia pausa, resistindo longos períodos que

podem atingir os 3 meses, alimentando-se muito pouco e

sem gastar energia.

A nossa observação pessoal na Ilha da Madeira

notou as mesmas fases da metamorfose quatro vezes num

ano.

Page 37: Apresentação BORBOLETA

Os interessados podem vê-la em Portugal

continental entre os meses de Maio e Outubro em diversas

áreas das periferias noroeste e sul da Serra de Monchique,

ao longo de várzeas fluviais, onde exista a Gomphocarpus

fruticosus, mas também no litoral meridional e ocidental

do Algarve.

No entanto a maior colónia de residentes está

localizada na ribeira de Seixe, onde foi inicialmente

detectada em Julho de 2001 pelo biólogo Luís Palma, que

alertou para a hipótese de se tratar de uma população

reprodutora. É de facto a maior colónia no continente em

dimensão e densidade.

Page 38: Apresentação BORBOLETA

A lagarta é extremamente voraz e chega a devorar

as mais pequenas. Come folhas, rebentos, flores e até os

próprios revestimentos que perde durante as mudas. Tem

poucos predadores porque, alimentando-se de plantas que

contêm toxinas, estas incorporam-se e mantêm-se em

todas as fases desde a lagarta à borboleta.

A crisálida em que se transforma fica pendente

durante cerca de 12 dias parecendo uma pequena caixa de

jade com pontos dourados e só na véspera da eclosão se

notam através da cápsula os desenhos das asas. Na manhã

seguinte rompe-se e a magnífica borboleta liberta-se para

nos dar a visão do seu voo elegante planando na paisagem.

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Page 40: Apresentação BORBOLETA

Curso: Técnico de Informática Instalação e Gestão de redes

Formadora: Patrícia EspadinhaFormanda: Rosário Simões

STC 6 – NG: Urbanismos e MobilidadesTema: Mobilidades Locais e Globais