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    CENTRO ESPRITA NOSSO LAR J a c u p i r a n g a - S P .

    Rua Augusto Jos de Macedo, 372 - Centro - 11.940-000 Jacupiranga SP. - D30A57M12 - 04/06/10 Pg. : 1 / 162

    SUBSDIO PARA ESTUDO DO CAPTULO XXII DO LIVRO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO DE ALLAN KARDEC

    - DISTRIBUIO GRATUITA

    Site: www.matrimoniodivorcio.com.br

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    NDICE

    . Allan Kardec

    CAPITULO

    TEMA LIVRO PGINA

    01 02

    Perguntas e RespostasNo Separeis o Que Deus Juntou

    Livro dos EspritosEvangelho Seg. o Espiritismo

    0609

    . Mensagens pelo Mdium: Francisco Cndido XavierCAPITUL

    OTEMA ESPRITO / AUTOR PGIN

    A03 -04 -05 -06 -07 -08 -09 -10 -11 -

    12 -13 -14 -15 -16 -17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -

    24 -25 -26 27 28 29 -30 31 32 33 34 -

    CasamentoMatrimnioCasar-seVida ConjugalEm CasaEm CasaEducao no LarEm FamliaNo Perturbeis

    Quanto PuderesNo Caminho da ElevaoTeus FilhosConflitos DomsticosFamiliares ProblemasUnies EnfermasUnies de ProvaUnio InfelizDesvinculaes FamiliaresDivrcioDivrcioDivrcio

    Ante o DivrcioDivorcio e LarCasamento e DivrcioMatrimnio e DivrcioDivrcioResgate InterrompidoNo Reino DomsticoAmor Casamento DivrcioCompromisso e UnioDesencontros de AmorDivrcio e Superpopulao

    EmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuel

    EmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuelEmmanuel

    EmmanuelEmmanuelAndr LuizAndr LuizAndr LuizAndr LuizIrmo XEsp. DiversosCornlio PiresCornlio PiresFrancisco Cndido Xavier

    111213141516171819

    202122232425262728303132

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    . Mensagens pelo Mdium : Divaldo Pereira Franco

    CAPITULO TEMA ESPRITO / AUTOR PGINA35 36 37 38 39 40 41 -42 43 -

    No LarCasamento e FamliaResponsabilidade no MatrimnioProblemas no MatrimnioDesquite e DivrcioDentro do LarMatrimnio e AmorCasamento e CompanheirismoTramas do Destino

    Marco PriscoBenedita FernandesJoanna de ngelisJoanna de ngelisJoanna de ngelisJoanna de ngelisJoanna de ngelisJoanna de AngelisManoel Philomeno de Miranda

    545557596163656971

    . Mensagens pelo Mdium : J. Raul Teixeira

    CAPITULO

    TEMA ESPRITO / AUTOR PGINA

    44 45 46 47

    Interao ConjugalPerguntas e RespostasSeparaes e ConscinciaJesus e o Divrcio

    CamiloCamiloThereza de BritoFrancisco de Paula Vitor

    74767880

    . Mensagens pelo Mdium : Francisco do Esprito Santo Neto

    CAPITULO

    TEMA ESPRITO / AUTOR PGINA

    48 Solido Hammed 81

    . Escritores Espritas

    CAPITULO

    TEMA ESPRITO /AUTOR PGINA

    49 50

    51 52 53 54 55 -56 57 58 59 60 -61 -62 -63

    64 65 -

    O Altar DomsticoNossa Dvida para com o Sexo

    Matrimnio e SexoDesquite, Divrcio, Separao, --- Como QueiramEspiritismo e LarA Famlia como Instrumento de Redeno HumanaAmor, Sexualidade e CasamentoO DivrcioAbandono do LarO Problema do DivrcioO Divrcio Face a Moral CristSeparaoSeparaoSeparao ConjugalOs Filhos do Divrcio

    O Contrato de CasamentoO Segredo do Casamento

    Eliseo RigonattiEliseo Rigonatti

    Eliseo RigonattiEliseo RigonattiMartins PeralvaDeolindo AmorimJ. Herculano PiresHelena M. Craveiro CarvalhoCelso MartinsRichard SimonettiRodolfo CalligarisMiguel Carlos MadeiraUmberto FerreiraFrancisco CajazeirasJudith S. Wallerstein (Rev. Veja)

    Stephen Kanitz (Ver. Veja)Stephen Kanitz (Ver. Veja)

    8385

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    . Mensagens Momento Esprita

    CAPITULO

    TEMA - PGINA

    66 67 -68 -69 -70 -71 72 -73 74 75 -

    76 77 -78 79 -80 -81 82 -83 84 85 -86 87 -

    88 89 90 -91 92 -

    Amor e RenunciaAlmas EnamoradasAmor VerdadeiroA Fora do AmorUm Segredo EspecialAmar Uma DecisoAmor que RenasceAmor VerdadeiroO Bem Mais PreciosoCime Destruidor

    CasamentoDeclarar AmorIluses e FantasiasHerana TrgicaMatrimnioNinho VazioUm Minuto ApenasA Mensagem EntendidaOnde Foi Parar a TernuraPais SeparadosPara Que Serve o Casamento?Separao Resolve?

    Sinais de AlarmeSe Eu Soubesse o que Sei AgoraAmor Sem CorrentesLeses AfetivasUma Outra Demisso

    133134135136137138140142143144

    145146147148149150151152153154155157

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    ... Os que ensinam, com excees louvveis, quase sempre se caracterizam por doismodos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam, e adotam outrasquando em atividade diria. Da resulta a perturbao geral, porque os ouvintes sesentem vontade para mudar a roupa do carter.

    Esprito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Caminho, Verdade e Vida - Cap. 38

    Quantas unies infelizes porque so de interesse calculado ou de vaidade, com asquais o corao nada tem!

    Autor: Allan KardecLivro : Evangelho Segundo o Espiritismo Captulo V Item 4

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    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    614 Que se deve entender por lei natural?

    - A lei natural a lei de Deus e a nica verdadeira para a felicidade do homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o queno deve fazer, e ele no infeliz seno quando se afasta dela.

    615 A lei de Deus eterna?

    - Ela eterna e imutvel quanto o prprio Deus.

    616 Deus prescreveu aos homens, em uma poca, o que lhe proibiu em outra?

    - Deus no pode se enganar. Os homens que so obrigados a mudarem suas leis, porque so imperfeitas. As leis deDeus so perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral est fundada sobre as leis que Deusestabeleceu para toda a eternidade.

    621 Onde est escrita a lei de Deus?

    - Na conscincia.

    939 Visto que os Espritos simpticos so levados a unir-se, como se d que, entre os Espritos encarnados, aafeio no esteja, freqentemente, seno de um lado, e que o amor mais sincero seja recebido com indiferenae mesmo repulsa? Como, de outra parte, a afeio mais viva de dois seres pode mudar em antipatia e, algumas

    vezes, em dio?- No compreendeis, pois, que uma punio, mas que no seno passageira. Alis, quantos no h que crem amarperdidamente, porque no julgam seno sobre as aparncias, e quando so obrigados a viver com as pessoas, notardam a reconhecer que isso no seno uma admirao material. No basta estar enamorado de uma pessoa que vosagrada e a quem creiais de belas qualidades; vivendo realmente com ela que podereis apreci-la. Quantas tambm noh dessas unies que, no incio, parecem no dever jamais ser simpticas, e quando um e outro se conhecem bem e seestudam bem, acabam por se amar com um amor terno e durvel, porque repousa sobre a estima! preciso no esquecerque o Esprito que ama e no o corpo, e, quando a iluso material se dissipa, o Esprito v a realidade.

    H duas espcies de afeies: a do corpo e a da alma e, freqentemente, se toma uma pela outra. A afeio da alma,quando pura e simptica, durvel; a do corpo perecvel. Eis porque, freqentemente, aqueles que crem se amar, comum amor eterno, se odeiam quando a iluso termina.

    940 A falta de simpatia entre os seres destinados a viver juntos, no igualmente uma fonte de desgostostanto mais amarga quanto envenena toda a existncia?

    - Muito amargas, com efeito. Mas uma dessas infelicidades das quais, freqentemente, sois a primeira causa. Primeiro,so vossas leis que so erradas. Por que crs que Deus te constrange a ficar com aqueles que te descontentam? Alis,nessas unies, freqentemente, procurais mais a satisfao do vosso orgulho e da vossa ambio do que a felicidade deuma afeio mtua; suportareis, nesse caso, a conseqncia dos vossos preconceitos.

    - Mas, nesse caso, no h quase sempre uma vtima inocente?

    - Sim, e para ela uma dura expiao; mas a responsabilidade de sua infelicidade recair sobre aqueles que lhe foram acausa. Se a luz da verdade penetrou sua alma, ela ter sua consolao em sua f no futuro. De resto, medida que os

    preconceitos se enfraquecerem, as causas de suas infelicidades ntimas desaparecero tambm.

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    695 - O casamento, quer dizer, a unio permanente de dois seres, contrrio lei natural?- um progresso na marcha da Humanidade.

    696 Qual seria o efeito da abolio do casamento na sociedade humana?

    - O retorno vida animal.

    A unio livre e fortuita dos sexos um estado natural. O casamento um dos primeiros atos deprogresso das sociedades humanas, porque ele estabelece a solidariedade fraternal e se encontra entretodos os povos, ainda que em condies diversas. A abolio do casamento seria o retorno infnciada Humanidade, e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe do o exemplo deunies constantes.

    697 A indissolubilidade absoluta do casamento est na lei natural ou somente na lei humana?

    - uma lei humana muito contrria lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis: s as daNatureza so imutveis.

    701 Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, est mais conforme com a lei natural?

    - A poligamia uma lei humana, cuja abolio marca um progresso social. O casamento, segundo osobjetivos de Deus, deve ser fundado sobre a afeio dos seres que se unem. Com a poligamia no hafeio real, mas sensualidade.

    774 H pessoas que inferem, no abandono dos pequenos animais pelos pais, que, entre os homens,os laos de famlia no so mais que um resultado dos costumes sociais e no uma lei natural; quedevemos pensar disso?

    - O homem tem destinao diversa da dos animais. Por que, pois, sempre querer identific-lo com

    eles? Nele h outra coisa alm da necessidade fsica: h a necessidade do progresso. Os laos sociaisso necessrios ao progresso e os laos de famlia estreitam os laos sociais. Eis aqui porque oslaos de famlia so uma lei natural. Deus quis que os homens aprendessem assim a amar-se comoirmos.

    775 Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laos de famlia?

    - Uma recrudescncia do egosmo.

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    208 Os Espritos dos pais no exercem influncia sobre o do filho, depois do nascimento?- Uma influncia muito grande; como dissemos, os Espritos devem concorrer para o progresso unsdos outros. Muito bem! Os Espritos dos pais tm por misso desenvolver os dos seus filhos pelaeducao; para eles uma tarefa: se falharem, sero culpados.

    383 Qual , para o Esprito, a utilidade de passar pelo estado de infncia?

    - O Esprito se encarnando para se aperfeioar, mais acessvel, durante esse perodo, s impressesque recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estoencarregados da sua educao.

    385 De onde provm a mudana que se opera no carter, a certa idade, e particularmente ao sair daadolescncia? o Esprito que se modifica?

    ... A infncia tem, ainda, uma outra utilidade: os Espritos no entram na vida corporal seno para seaperfeioar, se melhorar; a fraqueza da pouca idade os torna flexveis, acessveis aos conselhos daexperincia e daqueles que os devem fazer progredir. quando se pode reformar seu carter ereprimir-lhes as ms inclinaes; tal o dever que Deus confiou aos pais, misso sagrada pela qualdevero responder. Por isso, a infncia no somente til, necessria, indispensvel, mas ainda ela a conseqncia natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo

    582 Pode-se considerar a paternidade como uma misso?

    - , sem contradita, uma misso; ao mesmo tempo um dever muito grande e que obriga, mais doque o homem pensa, sua responsabilidade pelo futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais paraque estes o dirijam no caminho do bem, e facilitou sua tarefa dando-lhe uma organizao frgil edelicada que o torna acessvel a todas as impresses. Mas h os que se ocupam mais em endireitar asrvores do seu jardim e as fazer produzir muitos e bons frutos, que endireitar o carter de seu filho.Se este sucumbe por sua falta, carregaro a pena, e os sofrimentos do filho na vida futura recairosobre eles, porque no fizeram o que dependia deles para seu adiantamento no caminho do bem.

    Autor: Allan KardecLivro : O Livro dos Espritos

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    NO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOUIndissolubilidade do casamento. - O divrcio.

    INDISSOLUBIDADE DO CASAMENTO

    1. Os Fariseus vieram tambm a ele para tent-lo, dizendo-lhe: permitido a um homem devolver sua mulher porqualquer causa que seja? Ele lhes respondeu: No haveis lido que aquele que criou o homem desde o princpio, os crioumacho e fmea, e que foi dito: Por essa razo o homem deixar seu pai e sua me, e se ligar sua mulher, e no faromais os dois seno uma s carne? Assim, eles no sero mais dois, mas uma s carne. Que o homem, pois, no separe oque Deus juntou.

    Mas porque, pois, disseram-lhe, Moiss ordenou que se desse mulher uma carta de separao e que fosse devolvida?Ele lhes respondeu: Foi por causa da dureza do vosso corao que Moiss vos permitiu devolver vossas mulheres: masisso no foi desde o princpio. Tambm vos declaro que todo aquele que devolve sua mulher, se no for em caso deadultrio, e esposa outra, comete adultrio; e que aquele que esposa a que um outro devolveu, comete tambm adultrio.(S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.).

    2. Imutvel s h o que vem de Deus. Tudo o que obra dos homens est sujeito a mudana. As leisda Natureza so as mesmas em todos os tempos e em todos os pases. As leis humanas mudamsegundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligncia. No casamento, o que de ordem divina a unio dos sexos, para que se opere a substituio dos seres que morrem; mas, as condies queregulam essa unio so de tal modo humanas, que no h, no mundo inteiro, nem mesmo nacristandade, dois pases onde elas sejam absolutamente idnticas, e nenhum onde no hajam, com otempo, sofrido mudanas. Da resulta que, em face da lei civil, o que legtimo num pas e em dadapoca, adultrio noutro pas e noutra poca, isso pela razo de que a lei civil tem por fim regular osinteresses das famlias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim ,

    por exemplo, que, em certos pases, o casamento religioso o nico legtimo; noutros necessrio,alm desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este ltimo casamento basta.

    3. Mas, na unio dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, h outra lei

    divina, imutvel como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que osseres se unissem no s pelos laos da carne, mas tambm pelos da alma, a fim de que a afeio mtuados esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e no um somente, a am-los, a cuidardeles e a faz-los progredir. Nas condies ordinrias do casamento, a lei de amor tida emconsiderao? De modo nenhum. No se leva em conta a afeio de dois seres que, por sentimentosrecprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeio rompida. O de quese cogita, no da satisfao do corao e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra:de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que ocasamento de convenincia e, quando as bolsas esto bem aquinhoadas, diz-se que os espososigualmente o so e muito felizes ho de ser.

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    Nem a lei civil, porm, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta nopreside unio, resultando, freqentemente, separarem-se por si mesmos os que fora se uniram; torna-se umperjrio, se pronunciado como frmula banal, o juramento feito ao p do altar. Da as unies infelizes, queacabam tornando-se criminosas, dupla desgraa que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condies domatrimnio, se no abstrasse da nica que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: "Nosereis seno uma s carne", e quando Jesus disse: "No separeis o que Deus uniu", essas palavras se devementender com referncia unio segundo a lei imutvel de Deus e no segundo a lei mutvel dos homens.

    4. Ser ento suprflua a lei civil e dever-se- volver aos casamentos segundo a Natureza? No, decerto. A leicivil tem por fim regular as relaes sociais e os interesses das famlias, de acordo com as exigncias dacivilizao; por isso, til, necessria, mas varivel. Deve ser previdente, porque o homem civilizado no podeviver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se ope a que ela seja um corolrio da lei de Deus.

    Os obstculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuzos e no da lei civil. Esses prejuzos, se bemainda vivazes, j perderam muito do seu predomnio no seio dos povos esclarecidos; desaparecero com oprogresso moral que, por fim, abrir os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimesque decorrem das unies contradas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se- oque mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que no podem viver juntos,se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolvel no aumenta o nmero de uniesirregulares.

    O DIVRCIO

    5. O divrcio lei humana que tem por objeto separar legalmente o que j, de fato, est separado. No contrrio lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens ho feito e s aplicvel nos casos em queno se levou em conta a lei divina. Se fosse contrario a essa lei, a prpria Igreja seria obrigada a considerarprevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade prpria e em nome da religio, ho imposto odivrcio em mais de uma ocasio. E dupla seria a a prevaricao, porque, nesses casos, o divrcio hobjetivado unicamente interesses materiais e no a satisfao da lei de amor.

    Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. No disse ele: "Foi por causa dadureza dos vossos coraes que Moiss permitiu despedsseis vossas mulheres?" Isso significa que, j ao tempode Moiss, no sendo a afeio mtua a nica determinante do casamento, a separao podia tornar-senecessria. Acrescenta, porm: "no princpio, no foi assim", isto , na origem da Humanidade, quando oshomens ainda no estavam pervertidos pelo egosmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as unies,derivando da simpatia, e no da vaidade ou da ambio, nenhum ensejo davam ao repdio.

    Vai mais longe: especifica o caso em que pode dar-se o repdio, o de adultrio. Ora, no existe adultrio ondereina sincera afeio recproca. verdade que ele probe ao homem desposar a mulher repudiada; mas, cumprese tenham em vista os costumes e o carter dos homens daquela poca. A lei mosaica, nesse caso, prescrevia alapidao. Querendo abolir um uso brbaro, precisou de uma penalidade que o substitusse e a encontrou nooprbrio que adviria da proibio de um segundo casamento. Era, de certo modo, uma lei civil substituda poroutra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, tinha de passar pela prova do tempo.

    Autor : Allan KardecLivro : O Evangelho Segundo o Espiritismo Captulo XXII

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    CASAMENTOPergunta --- Ser contrrio lei da Natureza o casamento,

    isto , a unio permanente de dois seres?Resposta --- um progresso na marcha da Humanidade.

    Item n. 695, de O Livro dos Espritos.

    O casamento ou a unio permanente de dois seres, como bvio, implica o regime de vivncia peloqual duas criaturas se confiam uma outra, no campo da assistncia mtua.

    Essa unio reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, umcompanheiro para uma companheira, um corao para outro corao ou vice-versa, na criao e

    desenvolvimento de valores para a vida.Imperioso, porm, que a ligao se baseie na responsabilidade recproca, de vez que na comunhosexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, no deve haver qualquerdesconsiderao, entre si.

    Quando as obrigaes mtuas no so respeitadas no ajuste, a comunho sexual injuriada ouperfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercusses na conscincia, estabelecendoproblemas crmicos de soluo, por vezes, muito difcil, porquanto ningum fere algum sem ferir a simesmo.

    Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o liame entre dois seres espontneo, composto em

    vnculos de afinidade inelutvel. Na Terra do futuro, as ligaes afetivas obedecero a idnticoprincpio e, por antecipao, milhares de criaturas j desfrutam no prprio estgio da encarnaodessas unies ideais, em que se jungem psiquicamente uma outra, sem necessidade da permutasexual, mais profundamente considerada, a fim de se apoiarem mutuamente, na formao de obras

    preciosas, na esfera do esprito.

    Acontece, no entanto, que milhes de almas, detidas na evoluo primria, jazem no Planeta,arraigadas a dbitos escabrosos, perante a lei de causa e efeito e, inclinadas que ainda so aodesequilbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulao das trocas sexuais quelhes dizem respeito, de modo a que no se faam salteadores impunes na construo do mundo moral.

    Os dbitos contrados por legies de companheiros da Humanidade, portadores de entendimento vertepara os temas do amor, determinam a existncia de milhes de unies supostamente infelizes, nasquais a reparao de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, sejam eles ou noacobertados pelo beneplcito das leis humanas, o aspecto de ligaes francamente expiatrias, com

    base no sofrimento purificador. De qualquer modo, foroso reconhecer que no existem no mundoconjugaes afetivas, sejam elas quais forem, sem razes nos princpios crmicos, nos quais as nossasresponsabilidades so esposadas em comum.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido XavierLivro : Vida e Sexo Cap. 7 Pg. 33

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    M A T R I M N I O

    Venerado seja entre todos o matrimnio e o leito semmcula; porm, aos que se do prostituio e aosadlteros, Deus os julgar. - Hebreus : 13 - 4

    Ningum naturalmente ser compelido a compromissos obrigatrios, diante das leis quenos regem a evoluo, mas quando algum se fixe num acordo sagrado, perante a vida, deve estar

    preparado a ment-lo, at a renovao de suas experincias, no quadro dos Desgnios de Deus.Entre esses compromissos da Terra, permanece o do matrimnio como um dos laos mais

    santos.

    Essa venervel instituio a raiz de todas as nobres organizaes que dignificam oplaneta.

    Nos dias que passam, certa situao de desequilbrio ameaa o caminho de numerososcnjuges, nas estradas do mundo.

    Porque muitos homens ho desdenhados os seus ttulos de paternidade, muitas mulheresvo desprezando os seus valores benditos de mes.

    Os lares so tambm os lugares santos que vo padecendo transformaes.

    Entretanto, a soluo essencial dos problemas humanos deve proceder do leito semmcula, pilar da organizao sociolgica que desejais para os vossos dias.

    Numerosas criaturas acusam o matrimnio e alegam que no encontraram em suainstituio a ventura que lhes devida.

    Todavia, se no colheram a felicidade que necessitavam do trabalho obtido e todaoportunidade de trabalho caminho para os jbilos do porvir.

    Lares infelizes significam cnjuges inconscientes de seus deveres, com as excesses

    justas.Tarde ou cedo, os homens e as mulheres, desviados das obrigaes divinas, voltaro

    simplicidade inicial para tornarem a apreender no livro da abnegao o do respeito a Deus,porque a existncia no um feriado para indisciplinas, mas um dia de trabalho santo em que oesprito deve entrar na posse de sua herana eterna, entre as bnos de luz e paz da alegria deviver.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Levantar e Seguir - Pg. 41

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    CASAR - SE

    No basta casar-se. Imperioso saber para qu.

    Dirs provavelmente que a resposta bvia, que as criaturas abraam o matrimnio poramor.

    O amor, porm, reclama cultivo. E a felicidade na comunho afetiva no prato feito esim construo dodia-a-dia.

    As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.

    - * -

    Se desposaste algum que te constitua o mais belo dos sonhos e se encontras nessealgum o fracasso do ideal que acalentaste, chegado o tempo de trabalhares mais intensivamentena edificao dos planos que ideaste de incio.

    - * -

    Ergueste o lar por amor e to-s pelo amor conseguirs conserv-lo.No ser exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a

    existncia que te desincumbirs dos compromissos a que te empenhaste.

    - * -

    Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo que assegurars aestabilidade da unio em que investiste os melhores sentimentos.

    Se sabes que a tolerncia e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe oprimeiro passo a fim de patente-las na vivncia comum, garantindo a harmonia domstica.

    - * -

    Inegavelmente no se te nega o direito de adiar realizaes ou dilatar o prazo destinado aoresgate de certos dbitos, de vez que ningum pode aceitar a criminalidade em nome do amor.Entretanto, nos dias difceis do lar recorda que o divrcio justo, mas na condio de medidaarticulada em ltima instncia. E nem te esqueas de que casar-se tarefa para todos os dias,

    porquanto somente da comunho espiritual gradativa e profunda que surgir a integrao doscnjuges na vida permutada, de corao para corao, na qual o casamento se lana sempre paraMais Alto, em plenitude de amor eterno.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Na Era do Esprito - Cap. 11

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    VIDA CONJUGAL

    Assim tambm vs, cada um em particular, ame a sua prpriamulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido.

    Paulo. (Efsios, 5:33.)

    As tragdias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando odesequilbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida ntimaou as excessivas aflies domsticas.

    O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, emmuitos casos, abre-se a mente feminina ao imprio das tentaes, entrando em falso rumo.

    Semelhante situao, porm, ser sempre estranhvel nos lares formados sobre as escolasda f, nos crculos do Cristianismo.

    Os cnjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortaes da fraternidade.

    possvel que os sonhos, muita vez, se desfaam ao toque de provas salvadoras, dentrodos ninhos afetivos, construdos na rvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, portempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizesque eles so, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimnio se lhes converte em instituiodetestvel.

    O cristo, contudo, no pode ignorar a transitoriedade das experincias humanas. ComJesus, impossvel destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado til esanto da tarefa e que a esperana seja a lmpada acesa no caminho...

    Tua esposa mantm-se em nvel inferior tua expectativa ? Lembra-te de que ela mede teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo ignorante e cruel ? No olvides queele o companheiro que Deus te concedeu...

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Vinha de Luz - Cap. 137

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    EM CASA

    O templo domstico uma beno do Cu na Terra, porque dentro dele possvel realizar overdadeiro trabalho da santificao.

    --*--A temos o valioso passadio da alma, em trnsito para as Esferas Superiores.

    --*--Nesse divino corredor para a Vida Celestial, a criatura encontra todos os processos de regenerao, demodo a aperfeioar-se devidamente.

    --*-- na consanginidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeies, mas igualmentenela que reencontra as suas averses mais profundas.

    --*--Nossa alma arrojada organizao familiar, no mundo, assim como o metal inferior precipitado aocadinho fervente.

    --*--Precisamos suportar a tenso elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar as nossasqualidades mais nobres.

    --*--No vale fugir ou rebelar-se.

    --*--Retroceder seria retornar s sombras do passado e indisciplinar-se eqivaleria relegar ao amanh

    abenoadas realizaes que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.--*--

    Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreenso e a tolerncia, se desejamos reduzir otempo do nosso curso educativo na recuperao espiritual.

    --*--Como alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.

    --*--Redimindo-nos perante o adversrio de ontem, nosso corao vitorioso circular no grandeentendimento da humanidade.

    --*--Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que sentes compelido a graves indenizaes do

    pretrito, no te detenhas na hesitao ou na dvida!--*--Suporta os conflitos indispensveis prpria redeno, com o valor moral do soldado que carrega ofardo da prpria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.

    --*--No te esqueas de que o lar o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo,intrpidos e tranqilos nos compromissos esposados, saibamos enobrec-lo e santific-lo.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : F, Paz e Amor - Pg. 92

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    EM CASA

    Ningum foge lei da reencarnao.--*--

    Ontem, atraioamos a confiana de um companheiro, induzindo-o derrocada moral..Hoje, guardamo-lo na condio do parente difcil, que nos pede sacrifcio incessante.

    --*--Ontem, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vcio.Hoje, tmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.

    --*--Ontem, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmo que nos seguia os exemplos menosfelizes.Hoje, partilhamos com ele, feio de esposo desptico ou de filho problema, o clice amargo daredeno.

    --*--Ontem, esquecemos compromissos venerveis, arrastando algum ao suicdio.Hoje, reencontramos esse mesmo algum na pessoa de um filhinho, portador de molstia irreversvel,tutelando-lhe, custa de lgrimas, o trabalho de reajuste.

    --*--Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, mngua de todo auxlio, situando-a nas garras dadelinqncia.Hoje, achmo-la ao nosso lado, na presena da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a

    permanncia no curso infatigvel da tolerncia.--*--

    Ontem, dilaceramos a alma sensvel de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o esprito, apunhaladas de ingratido.Hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angstia, a fim de aprender a

    plantar carinhos e fidelidade.

    A frente de toda dificuldade e de toda prova, abenoa sempre e faze o melhor que possas.

    Ajuda aos que te partilham a experincia, ora pelos que te perseguem, sorria para os que te ferem edesculpa todos aqueles que te injuriam...

    A humildade chave de nossa libertao.

    E, sejam quais sejam os teus obstculos na famlia, preciso reconhecer que toda construo moral doReino de Deus, perante o mundo, comea nos alicerces invisveis da luta em casa.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro: Ideal Esprita - Pg. 132 - Cap. 53

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    EDUCAO NO LAR

    Vs fazeis o que tambm vistes junto de vosso pai.Jesus. (Joo, 8:38.)

    Preconiza-se na atualidade do mundo uma educao pela liberdade plena dos instintos do

    homem, olvidando-se, pouca a pouco, os antigos ensinamentos quanto a formao do carter nolar; a coletividade, porm, cedo ou tarde, ser compelida a reajustar seus propsitos.

    Os pais humanos tm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua misso amorosa,decorre a organizao do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a

    peso de longos sacrifcios, conseguem manter, na invigilncia coletiva, a segurana possvel contraa desordem ameaadora.

    A tarefa domstica nunca ser uma vlvula para gozos improdutivos, porque constituitrabalho e cooperao com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e

    gozadores da vida terrestre, esto cegos e terminaro seus loucos esforos, espiritualmente falando,na vala comum da inutilidade.

    Debalde se improvisaro socilogos para substituir a educao no lar por sucedneosabstrusos que envenenam a alma. S um esprito que haja compreendido a paternidade de Deus,acima de tudo, consegue escapar lei pela qual os filhos sempre imitaro os pais, ainda quandoestes sejam perversos.

    Ouamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declarao do Mestre,com advertncia.

    Esprito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Caminho, Verdade e Vida - Cap. 12

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    EM FAMLIA

    Aprendam primeiro a exercer piedade para coma sua prpria famlia e a recompensar seus pais,porque isto bom e agradvel diante de Deus.

    Paulo. (I Timteo, 5:4.)

    A luta em famlia problema fundamental da redeno do homem na Terra. Comoseremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda no aprendemos a servir cinco ou dez

    criaturas ? Esta indagao lgica que se estende a todos os discpulos sinceros do Cristianismo.

    Bom pregador e mau servidor so dois ttulos que se no coadunam.

    O apstolo aconselha o exerccio da piedade no centro das atividades domsticas,entretanto, no alude piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas quela queconhece as zonas nevrlgicas da casa e se esfora por elimin-las, aguardando a deciso divina aseu tempo.

    Conhecemos numerosos irmos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que selhes agregaram ao crculo pessoal, atravs dos laos consangneos, entregando-se, por isso, alamentvel desnimo.

    imprescindvel, contudo, examinar a transitoriedade das ligaes corpreas, ponderandoque no existem unies casuais no lar terreno. Preponderam a, por enquanto, as provassalvadoras ou regenerativas. Ningum despreze, portanto, esse campo sagrado de servio pormais se sinta acabrunhado na incompreenso. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas

    possibilidades de trabalho iluminativo.

    impossvel auxiliar o mundo, quando ainda no conseguimos ser teis nem mesmo auma casa pequena --- aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a ttulo precrio.

    Antes da grande projeo pessoal na obra coletiva, aprenda o discpulo a cooperar, emfavor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforo representa realizaoessencial.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Po Nosso - Cap. 117

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    NO PERTUBEIS

    Portanto, o que Deus ajuntou no o separe o homem.(Mateus, 19:6.)

    A palavra divina no se refere apenas aos casos do corao. Os laos afetivoscaracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais ou domsticos sempre

    atendem a superiores desgnios. O homem no ludibriar os impositivos da lei, abusando defacilidades materiais para lisonjear os sentidos. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos,desorganizar a prpria existncia. Os princpios equilibrantes da vida surgiro sempre,corrigindo e restaurando...

    A advertncia de Jesus, porm, apresenta para ns significao mais vasta.No separeis o que Deus ajuntou corresponde tambm ao no perturbeis o que Deus

    harmonizou.Ningum alegue desconhecimento do propsito divino. O dever, por mais duro, constitui

    sempre a Vontade do Senhor. E a conscincia, sentinela vigilante do Eterno, a menos que esteja ohomem dormindo no nvel do bruto, permanece apta a discernir o que constitui obrigao e oque representa fuga.

    O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situaes e coisas, ajustando-as para obem comum.

    Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposio. Quem lesa o Pai,algema o prprio eu aos resultados de sua ao infeliz e, por vezes, gasta sculos, desatandogrilhes...

    Na atualidade terrestre, esmagadora percentagem dos homens constitui-se de milhes emservio reparador, depois de haverem separado o que Deus ajuntou, perturbando, com o mal, oque a Providncia estabelecera para o bem.

    Prestigiemos as organizaes do Justo Juiz que a noo do dever identifica para ns emtodos os quadros do mundo. s vezes, possvel perturbar-lhe as obras com sorrisos, masseremos invariavelmente forados a repar-las com suor e lgrimas.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Caminho, Verdade e Vida - Cap. 164

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    QUANTO PUDERES

    Quanto puderes, no te afastes do lar, ainda mesmo quando o lar te parea inquietante fornalha defogo e aflio.Quanto te seja possvel, suporta a esposa incompreensiva e exigente, ainda mesmo quando surja aosteus olhos por empecilho felicidade.Quanto estiver ao teu alcance, tolera o companheiro spero ou indiferente, ainda mesmo quandocomparea ao teu lado, por adversrio de tuas melhores esperanas.Quanto puderes, no abandones o filho impermevel aos teus bons exemplos e aos teus sadios

    conselhos, ainda mesmo quando se te afigure acabado modelo de ingratido.Quanto te seja possvel, suporta o irmo que se fez cego e surdo aos teus mais elevados testemunhosno bem, ainda mesmo quando se destaque por inexcedvel representante do egosmo e da vaidade.Quanto estiver ao teu alcance, tolera o chefe atrabilirio, o colega leviano, o parente desagradvel, ouo amigo menos simptico, ainda mesmo quando escarneam de tuas melhores aspiraes.

    *-*-*

    Apaga a fogueira da impulsividade que nos impele aos atos impensados ou queixa descabida eavancemos para diante arrimados tolerncia porque se hoje no conseguimos realizar a tarefa que osenhor nos confiou, a ela tornaremos amanh com maiores dificuldades para a necessriarecapitulao.

    *-*-*

    No vale a fuga que complica os problemas, ao invs de simplific-los.Aceitemos o combate em ns mesmos, reconhecendo que a disciplina antecede a espontaneidade.

    No h purificao sem burilamento, como no h metal acrisolado sem cadinho esfogueante.

    *-*-*

    A educao obra de sacrifcio no espao e no tempo, e atendendo Divina Sabedoria, --- que jamaisnos situa uns frente dos outros sem finalidade de servio e reajustamento para a vitria do amor ---,amemos nossas cruzes por mais pesadas e espinhosas que sejam, nelas recebendo as nossas mais altase mais belas lies.

    Esp.: EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Coragem Cap. 22 - Pg. 73

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    NO CAMINHO DA ELEVAO

    Tomai sobre vs o meu jugo...Jesus - Mateus : 11 - 29

    Mas na unio dos sexos a par da lei divina material, comum a todosos seres vivos, h outra lei divina, imutvel como todas as leis deDeus, exclusivamente moral: a lei de amor. ESE. Cap. XXII - 3

    Abenoa os conflitos que, tantas vezes, te amarfanham o corao no carreiro domstico,

    sempre que o lar aparea por ninho de problemas e inquietaes. a, entre as quatros paredes do reduto familiar, que reencontras a instrumentao do

    sofrimento reparador...

    Amigos transfigurados em desafios pacincia...

    Pais incompreensivos a te requisitarem entendimento...

    Filhos convertidos em speros inquisidores da alma...

    Parentes que se revelam por adversrios ferrenhos sob o disfarce da consanginidade...

    Lutas inesperadas e amargas que dilapidam as melhores foras da existncia pelo seu

    contedo de aflio...Aceita as intimaes do calvrio domstico, na feio com que se mostrem, como que

    acolhe o remdio indispensvel prpria cura.

    Desertar ser retardar a equao que a contabilidade da vida exigir sempre, namatemtica das causas e dos efeitos.

    Nesse sentido, vale recordar que Jesus no afirmou que se algum desejasse encontra-lonecessitaria proclamar-lhe as virtudes, entretecer-lhe lauris, homenagear-lhe o nome ouconsagrar-se s atitudes de adorao, mas, sim, foi peremptrio, asseverando que os candidatos integrao com ele precisariam carregar a prpria cruz e seguir-lhe os passos, isto , suportarem

    com serenidade e amor, entendimento e servio os deveres de cada dia.Bem-aventurado, pois, todo aquele que, apesar dos entraves e das lgrimas do caminho

    sustentar nos ombros, ainda mesmo desconjuntados e doloridos, a bendita carga das prpriasobrigaes.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Livro da Esperana - Cap. 75

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    TEUS FILHOS

    Se conflitos inquietantes te envenenam a alma, obstando-te a harmonia conjugal, as leis da vida no teimpedem a separao do companheiro ou da companheira, com quem a convivncia se te fezimpraticvel, embora, com isso, estejas debitando ao futuro a soluo de graves compromissos em tuavida de esprito... Entretanto, pensa nos filhos. Almas queridas que viajaram das estncias do passado,

    pelas vias da reencarnao, desembarcaram no presente, atravs dos teus braos, suplicando-te auxlioe renovao.

    Quem so eles? Habitualmente, so aqueles mesmos companheiros de alegria e sofrimento, culpa e

    resgate, nas existncias passadas, em cujo clima resvalaste em problemas difceis de resolver. Ontem,associados de trabalho e ideal, so hoje os continuadores de tua ao ou intrpretes de tuas obras.

    Quase sempre, renascemos na Terra maneira das vergnteas de uma raiz, e, em nosso caso, a raiz oconjunto de dbitos e aspiraes em que se nos desdobram os dias terrestres, objetivando nossaascenso espiritual.

    Os filhos no te pedem apenas dinheiro ou reconforto no plano fsico, Solicitam-te igualmenteassistncia e rumo, apoio e orientao.

    Se te uniste com algum no tlamo domstico, semelhante comunho encerra tambm todos aquelesque acolhes na condio de herdeiros do teu nome, a te rogarem proteo e entendimento, a fim deque no lhes faleam o dom de servir e a alegria de viver.

    Em verdade, repetimos, as leis da vida no te impedem o divrcio, porque situaes calamitosasexistem no mundo nas quais a alma encarnada se v sob a ameaa de naufrgio nas pesadas correntesdo suicdio ou da criminalidade e o Senhor no faz a apologia da violncia. Apesar disso, considera aextenso dos teus compromissos, porquanto no te reunirias com algum no mago do recinto caseiro

    para a criao da famlia ou para a sustentao de tarefas especficas, sem razes justas nos princpiosde causa e efeito, evoluo e aperfeioamento.

    Sejam, pois, quais forem as circunstncias constrangedoras que te afligem o lar, reflete, acima detudo, em teus filhos, que precisam de ti. A tua unio inclui particularmente cada um deles; e eles, quenecessitam hoje de tua bno, se buscas esquecer-te a fim de abeno-los, amanh tambm teabenoaro.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro: Vida em Vida - Pg. 92 - Cap. 31

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    CONFLITOS DOMSTICOS

    No nos reportamos ao divrcio para te dizer que essa medida impraticvel.Existem problemas to profundos, nas resolues de carter extremamente particular, que s oentendimento entre a criatura e o Criador, atravs da reflexo e da prece, consegue resolver.Todavia, se conflitos caseiros te atormentam a vida, faze o possvel por salvar a nave domstica desoobro e perturbao.

    --*--

    Talvez a companheira te haja desconsiderado ou ferido... Provvel que o companheiro te haja impostoagravo ou desapreo. Tudo ter comeado num pequeno gesto de intolerncia. A migalha de amarguraimitou a bola de neve, convertendo-se em muralha de fel. Antes, porm, que a rstia de sombra setransforme em nevoeiro, compadece-te e procura compreender o outro corao que se te associa nolar.Quem sabe se a intransigncia, a infidelidade, a irritao ou a secura com que te defrontas sero frutosde tua prpria frieza, menosprezo, violncia ou ingratido?

    --*--

    Pra e pensa.

    Medita na ternura e no apoio que esperas receber em casa, a fim de que te no faltem foras naexecuo dos prprios deveres, no dia-a-dia. Percebers que a indulgncia e a bondade criam bondadee indulgncia, onde surjam.Mudemos a ns mesmos para melhor e aqueles que nos compartilham a estrada no se deteroinsensveis.Planta de novo a alegria e o bem, para que obtenhas o bem e a alegria novamente.

    --*--

    D e recebers.Ningum se agrega com algum, nas tarefas de burilamento e de amor, sem motivos justos. E ns que

    aprendemos a salvar o trigo e a batata, os campos e as fontes, saibamos preservar a nossa uniotambm. Nesse sentido, entretanto, no exija dos outros a iniciativa para as realizaes da harmonia eda segurana. D o primeiro passo e os outros te seguiro.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro: Chico Xavier Pede Licena - Pg. 71 - Cap. 13

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    FAMILIARES PROBLEMAS

    Desposaste algum que no mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivnciate arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje sefez presente.

    Em torno, provaes, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstculos porvencer. E sofres.

    Entretanto, recorda que antes da unio falavas de amor e te mostravas na firme disposio

    em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e no recues da frente de trabalho aque o mundo te conduziu.Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino no aquela que imaginaste e

    sim algum que te impe difcil tarefa a realizar, observa que a unio de ambos no se efetuariasem fins justos e d de ti quanto possvel para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.

    Diante de filhos ou parentes outros que se valem de ttulos domsticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de am-los. So eles, presentemente na Terra, quais os fizemosem outras pocas, e os defeitos que mostrem no passam de resultados das leses espirituaiscausadas por ns mesmos, em tempos outros, quando lhes orientvamos a existncia nas trilhas daevoluo.

    provvel tenhamos dado um passo frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade

    pela tisna de sombra que j deixamos de ter ou de ser. Isso, porm, motivao para auxlio, nopara fuga.

    Atentos ao princpio de livre arbtrio que nos rege a vida espiritual, claro que ningum teimpede de cortar laos, sustar realizaes, agravar dvidas ou delongar compromissos.

    Divrcio medida perfeitamente compreensvel e humana, toda vez que os cnjuges seconfessam beira da delinqncia, conquanto se erija em moratria de dbito para resgate emnovo nvel. E o afastamento de certas ligaes recurso necessrio em determinadascircunstncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.

    Reflete, porm, que a existncia na Terra um estgio educativo ou reeducativo e to spelo amor com que amamos, mas no pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-possvel trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

    Esprito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Na Era do Esprito - Cap. 2

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    UNIES ENFERMAS

    Se te encontras nas tarefas da unio conjugal, recorda que ora a execuo dos encargos em dupla garantia de tua prpria sustentao.Dois associados no condomnio de responsabilidade na mesma construo.Dois companheiros partilhando um s investimento.

    --*--s vezes, depois dos votos de ternura e fidelidade, quando as promessas se encaminham para asrealizaes objetivas, os scios de base da empresa familiar encontram obstculos pela frente.Um deles ter adoecido e falta no outro a tolerncia necessria.

    Surge a irritao e aparece a ressentimento.Em outras ocasies, o trabalho se amplia em casa e um deles foge cooperao.Surge o cansao e aparece o desapreo.Hoje --- queixas.Adiante --- desatenes e lgrimas.Amanh --- rixas.Adiante ainda --- amarguras e acusaes recprocas.Se um dos responsveis no se dispe a compreender a validade do sacrifcio, aceitando-o por medidade salvao do instituto domstico, eis a unio enferma ameaando ruptura.

    --*--Nesse passo, costumam repontar do caminho laos e afinidades de existncias do pretrito convidando

    esse ou aquele dos parceiros para unies diferentes. E ser indispensvel muita abnegao para que oschefes da comunho familiar no venham a desfazer, de todo, a unio j enferma, partindo no rumo denovos ajustes afetivos.

    --*--Entende-se claro que o divrcio lei humana que vem unicamente confirmar uma situao que jexiste e que, se calamidades da alma pendem sobre a casa, no se dispe de outra providncia maisrazovel para recomendar, alm dessa. Entretanto, se te vs nos problemas de unio enferma e,

    principalmente se tens crianas a proteger, tanto quanto se te faa possvel, mantm o lar queedificaste com as melhores foras do esprito.Realmente, os casamentos de amor jamais adoecem, mas nos enlaces de provao redentora, oscnjuges solicitaram, antes do bero terrestre, determinadas tarefas em regime de compromisso

    perante a Vida Infinita. E ante a Vida Infinita convm lembrar sempre que os nossos dbitos noprecisam de resgate, a longo prazo, pela contabilidade dos sculos, desde que nos empenhamos asolv-los em tempo curto, pelo credirio da pacincia, a servio do amor.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Caminhos de Volta - Pg. 62

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    UNIES DE PROVA... No separe o homem o que Deus ajuntou.

    Jesus - Mateus : 19 - 6

    ... Quando Jesus disse: No separe o homem o que Deus ajuntou, essaspalavras se devem entender com referncia unio, segundo a lei imutvelde Deus e no segundo a lei mutvel dos homens. ESE. Cap. XXII - 3

    Aspiras a convivncia dos espritos de eleio com os quais te harmonizas agora, noentanto, trazes ainda na vida social e domstica, o vnculo das unies menos agradveis que tecompelem a frenar impulsos e a sufocar os mais belos sonhos.

    No violentes, contudo, a lei que te preceitua semelhantes deveres.Arrastamos, do passado ao presente, os dbitos que as circunstncias de hoje nos

    constrangem a revisar.O esposo arbitrrio e rude que te pede herosmo constante o mesmo homem de outras

    existncias, de cuja lealdade escarneceste, acentuando-lhe a feio agressiva e cruel.Os filhinhos doentes que te desfalecem nos braos, cancerosos ou insanos, idiotizados ou

    paralticos so as almas confiantes e ingnuas de anteriores experincias terrestres, que impelistefriamente s pavorosas quedas morais.

    A companheira intransigente e obsediada, a envolver-te em farpas magnticas de cime,no outra seno a jovem que outrora embaste com falsos juramentos de amor, enredando-lhe os

    ps em degradao e loucura.Os pais e chefes tirnicos, sempre dispostos a te ferirem o corao, revelam a presena

    daqueles que te foram filhos em outras pocas, nos quais plantaste o espinheiral do despotismo edo orgulho, hoje contigo para que lhes renoves o sentimento, ao preo de bondade e perdo semlimites.

    --*--

    Espritos enfermos, passamos pelo educandrio da reencarnao, qual se o mundo,transfigurado em sbio anestesista, nos retivesse no lar para que o tempo, feio de professordevotado, de prova em prova, efetue a cirurgia das leses psquicas de egosmo e vaidade, viciaoe intolerncia que nos comprometem a alma.

    frente, pois, das unies menos simpticas, saibamos suporta-las, de nimo firme.Divrcio, retirada, rejeio e demisso, s vezes, constituem medidas justificveis nasconvenes humanas, mas quase sempre no passam de moratrias para resgate em condies maisdifceis, com juros de escorchar.

    Ouamos o ntimo de ns mesmos.Enquanto a conscincia se nos aflige, na expectativa de afastar-nos da obrigao, perante

    algum, vibra em ns o sinal de que a dvida permanece.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Livro da Esperana - Cap. 76

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    UNIO INFELIZ

    Pergunta --- Qual o fim objetivado com a reencarnao?Resposta --- Expiao, melhoramento progressivo da Humanidade.Sem isto, onde a justia? Item n. 167, de O Livro dos Espritos.

    Dolorosa, sem dvida, a unio considerada menos feliz. E, claro, que no existe obrigatoriedade paraque algum suporte, a contragosto, a truculncia ou o peso de algum, ponderando-se que todoesprito livre no pensamento para definir-se, quanto s prprias resolues. Que haja, porm,equilbrio suficiente nos casais jungidos pelo compromisso afetivo, para que no percam aoportunidade de construir a verdadeira libertao.

    Indiscutivelmente, os dbitos que abraamos so anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antesque a vida os registre por fora, grava em ns mesmos, em toda extenso, o montante e oscaractersticos de nossas faltas.

    A pedra que atiramos no prximo talvez no volte sobre ns em forma de pedra, mas permanececonosco na figura de sofrimento. E, enquanto no se remove a causa da angstia, os efeitos dela

    perduram sempre, tanto quanto no se extingue a molstia, em definitivo, se no a eliminamos naorigem do mal.

    Nas ligaes terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, tambm dentro delas que somoshabitualmente defrontados pelas mais duras provaes. Isso porque, embora no percebamos deimediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida ntima, os reflexos dens prprios.

    natural que todas as conjugaes afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins,enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educao, cujo prefcio nos enleva com aexaltao dos objetivos por atingir. A existncia fsica, entretanto, processo especfico de evoluo,

    nas reas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obter da escola se no passa dosornamentos exteriores do educandrio em que se matricula, o esprito encarnado nenhum proveitorecolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no xtase do noivado.

    Os princpios crmicos desenovelam-se com as horas. Provas, tentaes, crises salvadoras ousituaes expiatrias surgem na ocasio exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades eexperincias, qual ocorre semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.

    O matrimnio pode ser precedido de doura e esperana, mas isso no impede de que os diassubsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cnjuges os resultados das prprias criaes quedeixaram para trs.

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    A mudana espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovao nosaprimore.

    A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligao afetiva, em muitos casos ser talvez amanh amulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecuo da felicidade; noentanto, essa mesma jovem suave foi, no passado --- em existncias j transcorridas ---, a vtima dens mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa prpria deslealdade ou inconseqncia ,convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora revelar e retificar. O rapazdistinto que atrai presentemente a companheira, para os laos da comunho mais profunda, bastasvezes ser provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetvel de constrang-la acarregar todo um calvrio de aflies, incompatveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na

    alma. Esse mesmo rapaz distinto, porm, foi no pretrito --- em existncias que j se foram --- avtima dela prpria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o carter, metamorfoseando-ono homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.

    Toda vez que amamos algum e nos entregamos a esse algum, no ajuste sexual, ansiando por no nosdesligarmos desse algum, para depois --- somente depois --- surpreender nesse algum defeitos endoas que antes no vamos, estamos frente de criatura anteriormente dilapidada por ns, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, no s a cobrar-nos o pagamento decontas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreenso e assistncia, tolerncia e misericrdia,

    para que se refaa ante as leis do destino. A unio suposta infeliz deixa de ser, portanto, um crcere delgrimas para ser um educandrio bendito, onde o esprito equilibrado e afetuoso, longe de abraar adesero, aceita, sempre que possvel, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de quenecessita, a fim de quitar-se com os princpios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem

    para elevar-se, em silenciosa vitria sobre si mesmo, para os domnios da luz.

    Esp.: EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido XavierLivro : Vida e Sexo Cap. 9 Pg. 41

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    DESVINCULAES FAMILIARES

    Momentos surgem nas reas da famlia terrestre em que a vida nos pede compreenso eserenidade, sempre mais amplas, a fim de que o desequilbrio no se estabelea, criando problemasdesnecessrios.

    Referimo-nos ao instante no qual um dos componentes do grupo domstico alteraconscientemente as prprias diretrizes, com a indiferena diante dos compromissos assumidos.

    Certamente, em ocasies quais essas em que notamos uma pessoa querida a se afastar daexecuo do plano de paz correspondente ao dever que traou a si prpria, no se lhe negaro osavisos afetuosos, nos dilogos de corao para corao.

    Entretanto, se essa criatura que se nos faz sumamente estimvel nos recusa os alvitres eponderaes, isso no motivo para sofrimentos inteis.

    No se compreende porque devamos cercear os passos dos entes amados que no nosprezem a intimidade, subestimando os encargos que abraaram conosco.

    preciso entender que o caminho de muitas das criaturas que mais amamos, ainda no sevincula senda que a Sabedoria da Vida nos deu a trilhar.

    Possivelmente, estaremos observando com o enfoque de nossas prprias experincias,determinados perigos futuros a que se expem; no entanto, isso assunto que se refere aoscompanheiros a que nos reportamos e no a ns, compreendendo-se que em nossa prpria estradano mundo, sobram riscos a facear.

    Quando existam crianas nesses processos de desvinculao, justo nos voltemos paraelas, estendendo-lhes a proteo que se nos torne possvel, ainda mesmo quando estejam, por foradas circunstncias, junto ao parente indireto, com o qual os familiares que amamos estejam emoposio.

    Os pequeninos so as vtimas, quase sempre indefesas, de nossos desajustes e, em qualquercaso, imperioso permanecermos acordados para a responsabilidade de auxili-los, considerandoo futuro, de modo a que se sobreponham aos nossos desastres afetivos e s nossas indecises.

    Quanto aos adultos, nas opes a que se inclinem, saibamos respeit-los nas situaes queprefiram, mesmo porque todos ns - os espritos ainda ligados evoluo da Terra - temosproblemas e dbitos, ideais irrealizados e numerosa reparaes a fazer, perante a Contabilidade daVida sobre o qual se baseiam as Leis de Deus.

    Esprito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Urgncia - Pg. 114

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    D I V R C I O

    1. Compreendendo-se que muitos casamentos resultam em unies infelizes e, s vezes, at mesmoprofundamente antipticas, induzindo os cnjuges ao divrcio, como interpretar a fase de atraorecproca, repleta de alegria e esperana, que caracterizou o namoro e o noivado?

    Resp. : Qualquer pessoa que aspire a um ttulo elevado passa pela fase de encantamento. Esfalfa-se o professorpela ascenso ctedra. Conseguindo o certificado de competncia, imperioso entregar-se ao estudoincessante para atender s exigncias do magistrio.Esfora-se o acadmico pela conquista do diploma que lhe autorize o exerccio da profisso liberal. Laureadopela distino, sente-se compelido a trabalho infatigvel, de modo a sustentar-se na respeitabilidade em queanela viver. --- Assim tambm o matrimnio.

    2. Como interpretar as contrariedades e desgostos domsticos?Resp. : O homem e a mulher aguardam o casamento, embalados na melodia do sonho, entretanto, atingida aconvivncia no lar, surgem as obrigaes, decorrentes do pretrito, atravs do programa de servio traado paracada um de ns pela reencarnao, que nos compele a retomar, na intimidade, todos os nossos erros edesacertos.Fcil, dessa forma, reconhecer que todas as dificuldades domsticas so empeos, trazidos por ns prprios, dasexistncias passadas.

    3. De modo geral, que , nas leis do destino, o marido faltoso?Resp. : Marido faltoso aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos crueldade e mentira.

    4. E a esposa desequilibrada?Resp. : Esposa desequilibrada aquela mulher que, certa feita, relegamos necessidade e viciao.

    5. Quem so os filhos problemas?Resp. : Filhos problemas so aqueles mesmos espritos que prejudicamos, desfigurando-lhes o carter eenvenenando-lhes os sentimentos.

    6. Qual a funo essencial do lar e da famlia?Resp. : No caminho familiar, purificam-se impulsos e renovam-se decises. Nele encontramos os estmulos aotrabalho e as tentaes que nos comprovam as qualidades adquiridas, as alegrias que nos alentam e as dores quenos corrigem.

    7. Como encarado o divrcio nos planos superiores de esprito?Resp. : O divrcio conquanto s vezes necessrio, no caminho salvador quando lutas se agravem. Ningumcolhe flores do plantio de pedras.

    S o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. S o perdo incondicional apaga asofensas; apenas o bem extingue o mal.

    8. Existem casos francamente insolvveis nos casamentos desventurados; no ser o divrcio o malmenor para evitar maiores males?

    Resp. : Muitos dizem que o divrcio vlvula de escape para evitar o crime e no ousamos contestar. Casossurgem nos quais ele funciona, por medida lamentvel, afastando males maiores, qual amputao que evita amorte, mas ser sempre quitao adiada, maneira de reforma no dbito contrado.

    9. Por mais rspidas se faam as lutas, no casamento, melhor permanecer dentro delas?Resp. : Pagar libertar-se, aprender assimilar a lio.

    Esprito : Emmanuel

    Psicografia : Francisco Cndido XavierLivro : Leis de Amor - Cap. IV

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    D I V R C I O

    E Jesus, respondendo, disse-lhes: pela dureza dos vossoscoraes vos deixou ele escrito esse mandamento.

    Marcos : 10 - 5

    Comentando o dispositivo aprovado por Moiss, com referncia ao divrcio, Jesus temuma luminosa definio, dentro do assunto.

    O Mestre explica sabiamente que a instituio no procedia da esfera de influenciaodivina, mas sim, da dureza dos coraes humanos.

    Quer isso dizer que o divrcio uma providncia oriunda da maldade, a fim de que amaldade no destrua, de todo.

    Por melhor defendida pelos argumentos de juizes e socilogos, a medida, cristmenteconsiderada, no pode passar disso.

    Esse ou aquele cnjuge movimenta o processo separacionista justificando a atitude, com aalegao de que procura evitar o pior; entretanto, isso no constitui seno trama individual,

    quando no representa insaciedade criminosa.

    O casal que procura semelhante recurso no faz mais que adiar o resgate de um dbito,agravando os esforos do pagamento, pelas suas noes de irresponsabilidade.

    Desdenha-se a possibilidade de hoje, mas no se poder fugir s imposies de amanh.

    O marido grosseiro ou a esposa ignorante so tambm campos de trabalho do Senhor,alm dos laos poderosos do pretrito que a unio conjugal evidencia.

    Muita gente busca essa vlvula para escapar da experincia til, entregando-se variedade viciosa, mas vale-se de uma medida nascida da dureza dos coraes humanos e no fazmais que caminhar ao encontro de seus efeitos perniciosos.

    Os que se encontram em trnsito, da animalidade para a espiritualidade, devem meditar alio de Jesus, abandonando a preocupao de meros caadores de prazer.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Levantar e Seguir - Pg. 45

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    D I V R C I O

    O divrcio lei humana que tem por objeto separar legalmenteo que j, est separado. No contrrio lei de Deus, pois queapenas reforma o que os homens ho feito e s aplicvel nos

    casos em que no levou em conta a lei divina.

    Do item 5, do Cap. XXII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

    Partindo do princpio de que no existem unies conjugais ao acaso, o divrcio, a rigor, no deve serfacilitado entre as criaturas.

    a, nos laos matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos ereconciliaes endereados precisa sublimao da alma.

    O casamento ser sempre um instituto benemrito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria eesperana, aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu prprio aperfeioamento e perpetuao.

    Com ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins para os quais seencaminha.

    Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princpios de violncia, e o Esprito,conquanto em muitas situaes agrave os prprios dbitos, dispe da faculdade de interromper,recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraa.

    Em muitos lances da experincia, a prpria individualidade, na vida do Esprito, antes dareencarnao, que assinala a si mesma o casamento difcil que facear na estncia fsica, chamando asi o parceiro ou a parceira de existncias pretritas para os ajustes que lhe pacificaro a conscincia, vista de erros perpetrados em outras pocas.

    Reconduzida, porm, ribalta terrestre e assumida a unio esponsalcia que atraiu a si mesma, ei-ladesencorajada face dos empeos que lhe desdobram frente. Por vezes, o companheiro ou a

    companheira voltam ao exerccio da crueldade de outro tempo, seja atravs de menosprezo,desrespeito, violncia ou deslealdade, e o cnjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em sipara se sobrepor aos processos de dilapidao moral de que vtima.

    Compelidos, muita vez, s ltimas fronteiras da resistncia, natural que o esposo ou a esposa,relegado a sofrimento indbito, se valha do divrcio por medida extrema contra o suicdio, ohomicdio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino. Nesses lances daexperincia, surge a separao maneira de bno necessria e o cnjuge prejudicado encontra notribunal da prpria conscincia o apoio moral da auto-aprovao para renovar o caminho que lhe digarespeito, acolhendo ou no nova companhia para a jornada humana.

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    bvio que no nos lcito estimular o divrcio em tempo algum, competindo-nos to-somente, nessesentido, reconfortar e reanimar os irmos em lide, nos casamentos de provao, a fim de que sesobreponham s prprias suscetibilidades e aflies, vencendo as duras etapas de regenerao ouexpiao que rogaram antes do renascimento no Plano Fsico, em auxlio a si mesmos; ainda assim,

    justo reconhecer que a escravido no vem de Deus e ningum possui o direito de torturar ningum, face das leis eternas.

    O divrcio, pois, baseado em razes justas, providncia humana e claramente compreensvel nosprocessos de evoluo pacfica.

    Efetivamente, ensinou Jesus: no separeis o que Deus ajuntou, e no nos cabe interferir na vida de

    cnjuge algum, no intuito de arred-lo da obrigao a que se confiou. Ocorre, porm, que se no noscabe separar aqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, so eles mesmos, os amigosque se enlaaram pelos vnculos do casamento, que desejam a separao entre si, tocando-nosunicamente a obrigao de respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes a deciso.

    Esp.: EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Vida e Sexo Cap. 8 Pg. 37

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    ANTE O DIVRCIOTema : Lar e Divrcio

    Toda perturbao no lar, frustando-lhe a viagem no tempo, tem causa especfica. Qualacontece ao comboio, quando estaca indebitamente ou descarrila, imperioso angariar a proteodevida para que o carro domstico prossiga adiante.

    No transporte caseiro, aparentemente ancorado na estao do cotidiano ( e dizemosaparentemente, porque a mquina familiar est em movimento e transformao incessantes ), quasetodos os acidentes se verificam pela evidncia de falhas diminutas que, em se repetindoindefinidamente, estabelecem, por fim, o desastre espetacular.

    Essas falhas, no entanto, nascem do comportamento dos mais interessados na sustentaodo veculo ou, propriamente, do marido e da mulher, chamados pela ao da vida a regenerar o

    passado ou a construir o futuro pelas possibilidades da reencarnao no presente, falhas essas quese manifestam de pequeno desequilbrio, at que se desencadeie o desequilbrio maior.

    Nesse sentido, vemos cnjuges que transfiguram conforto em pletora de luxo e dinheiro,desfazendo o matrimnio em facilidades loucas, como se afoga uma planta por excesso de adubo, eobservamos aqueles outros que o sufocam por abuso de sovinice; notamos os que arrasam a unioconjugal em festas sociais permanentes e assinalamos os que a destroem por demasia de solido;encontramos os campees da teimosia que acabam com a paz em famlia, manejando atitudes docontra sistemtico, diante de tudo e de todos, e identificamos os que a exterminam pelo silncio

    culposo, frente do mal; surpreendemos os fanticos da limpeza, principalmente muitas de nossasirms, as mulheres, quando se fazem mrtires de vassoura e enceradeira, dispostas a arruinar oacordo geral em razo de leve cisco nos mveis, e somos defrontados pelos que primam no vcio deenlamear a casa, desprezando a higiene.

    Equilbrio e respeito mtuo so as bases do trabalho de quantos se propem garantir afelicidade conjugal, de vez que, repitamos, o lar semelhante ao comboio em que filhos, parentes,tutores e afeioados so passageiros.

    Algum perguntar como situaremos o divrcio nestas comparaes. Divorciar, a nosso ver, deixar a locomotiva e seus anexos. Quem responde pela iniciativa da separao decerto que largatodo esse instrumental de servio prpria sorte e cada conscincia responsvel por si. Noignoramos que o trem caseiro corre nos trilhos da existncia terrestre, com autorizao e

    administrao das Leis Orgnicas da Providncia Divina e, sendo assim, o divrcio, expressandodesistncia ou abandono de compromisso, deciso lastimvel, conquanto s vezes necessria,com razes na responsabilidade do esposo ou da esposa que, a rigor, no caso, exercem as funesde chefe e maquinista.

    Esprito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Encontro Marcado - Cap. 51

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    DIVRCIO e LAR

    Indubitavelmente o divrcio compreensvel e humano, sempre que o casal se encontre beira daloucura ou da delinqncia .

    Quando algum se aproxima, reconhecidamente, da segregao no crcere ou no sanatrioespecializado em terapias da mente, atravs de irreflexes com que assinala a prpria insegurana, imperioso se lhe estenda recurso adequado ao reequilbrio.

    Feita a ressalva, e atentos que devemos estar aos princpios de causa e efeito que nos orientam nasengrenagens da vida, razovel se pea aos cnjuges o mximo esforo para que no venham a interromperos compromissos a que se confiaram no tempo. Para que se atenda a isso justo anotar que, muitas vezes, omatrimnio, feio de organismo vivo e atuante, adoece por desdia de uma das partes.

    Dois seres, em se unindo no casamento, no esto unicamente chamados ao rendimento possvel dafamlia humana e ao progresso das boas obras a que se dediquem, mas tambm e principalmente --- e muitoprincipalmente --- ao amparo mtuo.

    Considerado o problema na formulao exata, que dizer do homem que, a pretexto de negcio eadministrao, lutas e questes de natureza superficial, deixasse a mulher sem o apoio afetivo em que secomprometeu com ela ao busc-la, a fim de que lhe compartilhasse a existncia?.

    E que pensar da mulher que, sob a desculpa de obrigaes religiosas e encargos sociais, votos deamparo a causas pblicas e contrariedades da parentela, recusasse o apoio sentimental que deve aocompanheiro, desde que se decidiu a partilhar-lhe o caminho ?.

    Dois coraes que se entregam um ao outro, desde que se fundem nas mesmas promessas erealizaes recprocas, passam a responder, de maneira profunda, aos impositivos de causa e efeito, dosquais no podem efetivamente escapar.

    Todos sabemos que no equilbrio emocional, entre os parceiros que se responsabilizam pelaorganizao domstica, depende invariavelmente a felicidade caseira.

    Por isso mesmo, no dilogo a que somos habitualmente impelidos, no intercmbio com os amigosencarnados na Terra, acerca do relacionamento de que carecemos na sustentao da tranqilidade de unspara com os outros, divrcio e lar constituem temas que no nos ser lcito esquecer.

    - * -

    Se te encontras nas ondas pesadas da desarmonia conjugal, evoluindo para o divrcio ou qualqueroutra espcie de separao, no menosprezes buscar alguma ilha de silncio a fim de pensar.

    Considera as prprias atitudes e, atravs de criterioso auto-exame, indague por teu prpriocomportamento na rea afetiva em que te comprometeste, na garantia da paz e da segurana emotiva da

    companheira ou do companheiro que elegeste para a jornada humana. E talvez descubras que a causa dasperturbaes existentes reside em ti mesmo. Feito isso, se trazes a conscincia vinculada ao dever, acabarsdoando ao corao que espera por teu apoio, a fim de trabalhar e ser feliz, a quota de assistncia que se lhefaz naturalmente devida em matria de alegria e tranqilidade, amor e compreenso.

    Esprito : EmmanuelPsicografia : Francisco Cndido Xavier

    Livro : Na Era do Esprito - Cap. 20

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    CASAMENTO E DIVRCIO

    Divrcio, edificao adiada, resto a pagar no balano do esprito devedor. Isso geralmente porque umdos cnjuges, scio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituio domsticasomam deveres iguais.A Doutrina Esprita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades eentremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em quemarido e mulher assinaram contrato de servio, antes da reencarnao.Dois espritos sob o aguilho do remorso ou tangidos pelas exigncias da evoluo, ambos portandonecessidades e dbitos, combinam encontro ou reencontro no matrimnio, convencidos de que unio

    esponsalcia , sobretudo, programa de obrigaes regenerativas.Reincorporados, porm, na veste fsica, se deixam embair pelas iluses de antigos preconceitos daconveno social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao territrio da responsabilidadematrimonial, quais sonmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianasadmitem a solidez dos pequeninos castelos de papelo.Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a conscincia.Esposo e esposa reconhecem para logo que no so os donos exclusivos da empresa.Sogro e sogra, cunhados e tutores consangneos so tambm scios comanditrios, cobrando os jurosdo capital afetivo que emprestaram, e os filhos vo aparecendo na feio de interessados no ajuste,reclamando cotas de sacrifcio.

    O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a serrigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previses e apreenses, lutas e disciplinas e oscnjuges desprevenidos de conhecimento elevado, comeam a experimentar fadiga e desnimo,quanto mais se lhes torna necessria a confiana recproca para que o estabelecimento domstico

    produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do esprito.Descobrem, por fim, que amar no apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pedeno somente plano e esperana, mas tambm suor e por vezes aflio e lgrimas.Auxiliemos, na Terra, a compreenso do casamento como sendo um consrcio de realizaes econcesses mtuas, cuja falncia preciso evitar.Divulguemos o princpio da reencarnao e da responsabilidade individual para que os lares formadosatendam misso a que se destinam.

    Compreendamos os irmos que no puderem evitar o divrcio porquanto ignoramos qual seria a nossaconduta em lugar deles, nos obstculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemoso matrimnio por sociedade venervel de interesses da alma perante Deus.

    Esp.: Andr LuizPsicografia : Waldo Vieira

    Livro : Sol nas Almas Cap. 10 - Pg. 38

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    MATRIMNIO E DIVRCIO

    --- Poderiamos receber algumas noes acerca do matrimnio, bemcomo do divrcio no Plano Fsico, examinados espiritualmente?

    --- Nas esferas elevadas, as almas superiores identificam motivo de honra no servio de amparo aoscompanheiros menos evolvidos que estagiam nos planos inferiores.

    No podemos olvidar que, na Terra, o matrimnio pode assumir aspectos variados, objetivando

    mltiplos fins. Em razo disso, acidentalmente, o homem ou a mulher encarnados podemexperimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia das almas afins com asquais realizariam a unio ideal. Isso porque, comumente, preciso resgatar essa ou aquela dvida quecontramos com a energia sexual, aplicada de maneira infeliz ante os princpios de causa e efeito.Entretanto, se o matrimnio expiatrio ocorre em npcias secundrias, o cnjuge liberado da vestefsica, quando se ajuste afeio nobre, freqentemente se coloca a servio da companheira ou docompanheiro na retaguarda, no que exercita a compreenso e o amor puro. Quanto reunio no PlanoEspiritual, razovel se mantenha aquela em que prevalea a conjuno dos semelhantes, no graumais elevado da escala de afinidades eletivas. Se os vivos e as vivas das npcias efetuadas em graumenor de afinidade demonstram sadia condio de entendimento, so habitualmente conduzidos,depois da morte, ao convvio do casal restitudo comunho, desfrutando posio anloga dos filhosqueridos junto dos pais terrenos, que por eles se submetem aos mais eloqentes e multifriostestemunhos de carinho e sacrifcio pessoal para que atendam, dignamente, articulao dos prpriosdestinos.Contudo, se a desesperao do cime ou a nuvem do despeito enceguecem esse ou aquele membro daequipe fraterna, os cnjuges reassociados no plano superior, amparam-lhe a reencarnao, maneirade benfeitores ocultos, interpretando-lhes a rebelio por sintoma enfermio, sem lhes retirar o apoioamigo, at que se reajustem no tempo.

    Ningum veja nisso inovao ou desrespeito ao sentimento alheio, porquanto o lar terrestreenobrecido, se analisado sem preconceitos, permanece estruturado nessas mesmas bases essenciais, devez que os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto domstico, por filhos e filhas, aqueles

    mesmos laos do passado, com os quais atendem ao resgate de antigas contas, purificando emoes,renovando impulsos, partilhando compromissos ou aprimorando relaes afetivas de alma para alma. nessa condio que em muitas circunstncias surgem nas entidades renascentes, sem que o vu dareencarnao lhes esconda de todo a memria, as psiconeuroses e fixaes infanto-juvenis, cujaimportncia na conduta sexual da personalidade exagerada em excesso pelos sexlogos e

    psicanalistas da atualidade, carentes de mais amplo contacto com as realidades do Esprito e dareencarnao, que lhes permitiriam ministrar aos seus pacientes mais efetivo socorro de ordem moral.Quanto ao divrcio, segundo os nossos conhecimentos no Plano Espiritual, somos de parecerno deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque no existem na Terra uniesconjugais legalizadas ou no, sem vnculos graves no princpio da responsabilidade assumida emcomum.

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    Mal sados do regime poligmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestesanimalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados,costumam desertar dos postos de servio em que a vida os situa, alegando imaginriasincompatibilidades e supostos embaraos, quase sempre simplesmente atribuveis ao desregradonarcisismo de que so portadores. E com isso exercem viciosa tirania sobre o sistema psquico docompanheiro ou da companheira mutilados ou doentes, necessitados ou ignorantes, aps explorar-lheso mundo emotivo, quando no se internam pelas aventuras do homicdio ou do suicdio espetaculares,com a fuga voluntria de obrigaes preciosas. imperioso, assim, que a sociedade humana estabelea regulamentos severos a benefcio dos nossosirmos contumazes na infidelidade aos compromissos assumidos consigo prprios, a benefcio deles,

    para que se no agreguem a maior desgoverno, e a benefcio de si mesma, a fim de que no regresse

    promiscuidade aviltante das tabas obscuras, em que o princpio e a dignidade da famlia ainda soplenamente desconhecidos.Entretanto, imprescindvel que o sentimento de humanidade interfira nos casos especiais, emque o divrcio o mal menor que possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a frontedo casal, sabendo-se porm, que os devedores de hoje voltaro amanh ao acerto das prpriascontas

    Esprito.: Andr LuizPsicografia : Francisco Cndido Xavier e Waldo Vieira

    Livro : Evoluo em Dois Mundos Cap. VIII - Pg. 185

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    D I V R C I O

    ... Aproveitei o assunto e indaguei sobre o divrcio.

    O juiz atendeu. Em se reconhecendo que todos os matrimnios terrestres, entre as pessoas de evoluorespeitvel, se efetuam na base dos programas de trabalho, previamente estabelecidos, seja emquestes de benefcio geral ou de provas legtimas, o divrcio dificultado, nas esferas superiores, portodos os meios lcitos; contudo, em muitos casos, permitido ou prestigiado, sob pena de transformar-se a justia em prepotncia contra vtimas de crueldades sociais que a legislao na Ter