apostila metodologia cientÍfica

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REFLEXÕES E NÍVEIS DO CONHECIMENTO Teófilo L. de Lima ([email protected]) Fig 1 Procure identificar, individualmente, quantos quadrados existem na figura exposta

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Page 1: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

REFLEXÕES E NÍVEIS DO CONHECIMENTO

Teófilo L. de Lima ([email protected])

Fig 1 Procure identificar, individualmente, quantos quadrados existem na figura exposta

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REFLEXÕES E NÍVEIS DO CONHECIMENTO

Teófilo L. de Lima ([email protected])

Fig 2 Procure identificar, individualmente, quantos triângulos existem na figura exposta

Fig 3 Níveis do conhecimento

1

2

3

4

4- Conhecimento empírico 3- Conhecimento teológico 2- Conhecimento filosófico

1- Conhecimento científico

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A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA - BIBLIOTECAS VIRTUAIS E SITES INTERESSANTES

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Para Severino (2002, p. 133),

A Internet, rede mundial de computadores, tornou-se uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de conhecimento. Isso porque representa hoje um extraordinário acervo de dados que está colocado à disposição de todos os interessados, e que pode ser acessado com extrema facilidade por todos eles, graças à sofisticação dos atuais recursos informacionais e comunicacionais acessíveis no mundo inteiro.

As diretrizes para sua utilização é que devem ser muito bem observadas, pois

ao contrário corremos o risco de confundir pesquisa com copilação de textos não científicos..

Como bem destaca o autor, a Internet é um conjunto de redes de

computadores interligados no mundo inteiro, permitindo o acesso dos interessados a milhares de informações que estão armazenadas em seus Web Sites Permite a esses interessados navegar por essa malha de computadores, podendo consultar e colher elementos informativos, de toda ordem, aí disponíveis. Permite ainda aos pesquisadores de todo o planeta trocar mensagens e informações, com rapidez estonteante eliminando assim barreiras de tempo e de espaço.

Severino (2002) orienta sobre a pesquisa científica na internet, e o autor

questiona: O que se pode pesquisar na Internet? Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de informações, sobre todos os domínios e assuntos, é preciso saber garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços certos. Mas quando ainda não se dispõe desse endereço, pode-se iniciar o trabalho tentando exatamente localizar os endereços dos sites relacionados ao assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos Web Sites de Busca, assim dessignados programas que ficam vinculados à própria rede e que se encarregam de localizar os sites a partir da indicação de palavra chave, assuntos, nomes de pessoas, de entidades etc. Entre os mais correntes e poderosos, citam-se o Yahoo (www.yahoo.com), o Alta Vista (www.altavista.com), o Infosek, o Lycos, o Weber Crawler, o Excite, o Miner e o Cadê?.

De particular interesse para a área acadêmica são os endereços das próprias bibliotecas das grandes universidades, que encontram-se à disposição, assim, informações de fontes bibliográficas a partir de seus acervos documentais. Cabe assinalar que esses catálogos são encontrados também em CDs que podem ser consultados diretamente pelo usuário seja nos equipamentos de outras biliotecas, seja em seu equipamento particular, uma vez que CDs são comercializados como se fossem livros. Desse modo, está ocorrendo uma complementaridade entre os acervos informatizados e os acervos tradicionais das bibliotecas. Assim a USP tem seu site no seguinte endereço: http://www.usp.br/sibi/sibi/html.

Eis a seguir alguns sites de revistas científicas. Algumas estão disponíveis para

consulta on line e outras para venda.

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a. Administração Administração em Diálogo - http://www.pucsp.br Caderno Fundap - http://www.fundap.sp.gov.br Cadernos de Pesquisa em Administração - http://www.fea.usp.br/ Gestão e Desenvolvimento - http://www.usf.br/npdc b. Agronomia Revista de Agronomia – http://www.editora.unesp.br/revistas.html. Ecossistema - http://www.creupi.br/biblioteca/frame_biblioteca.Htm Empresa Bras. de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA - http://www.spi.embrapa.br/ Revista Brasileira de Ciência do Solo - – http://www.solos.ufv.br/sbcs.htm Scientia Agrícola – http://www.esalq.usp.br c. Antropologia Revista de Antropologia - http://www.fflch.usp.br/ Revista do Museu de Antropologia - http://www.ufg.br d. Biologia Naturalia – Ciências Biológicas - http://www.editora.unesp.br/revistas.html Ciências Biológicas e do Ambiente - http://www.pucsp.br Revista Brasileira de Biologia - http://www.scielo.br/ Salusvita - http://www.usc.br/edusc e. Ciência da Informação: http://www.ibict.br/cionline/ (texto integral) Informação e Informação - http://www.uel.br/uel/ceca/cinf Perspectivas em Ciências da Informação - http://www.eb.ufmg.br/pci/default.asp Informare - http://www.ibict.br/ibict/informar.htm f. Ciências Contábeis Cadernos de Estudos - http://www.fipecafi.com.br Contabilidade e Informação - http://www.unijui.tche.br/editora Revista Brasileira de Contabilidade - http://www.cfc.org.br Revista de Contabilidade - http://www.crc.org.br Revista Enfoque: Reflexão Contábil - http://www.uem.br/

g. Ciências Humanas: Enfoque Multidisciplinar

Barbarói - http://www.unisc.br Ciência Cultura - http://www.sbpcnet.org.br Ciências Humanas - http://www.ugf.br/index.html Eccos Revista Científica - http://www.uninove.br Estudos Avançados - http://www.usp.br/iea/ Estudos Leolpodenses - http://www.unisinos.br Humanidades - http://www.unb.br Idéias - http://www.unicamp.br/ifch Interface - http://www.editora.unesp.br/revista.html Revista de Ciências Humanas - http://www.ufsc.br Revista de Cultura Vozes - http://www.vozes.com.br Universa - http://www.ucb.br

Page 5: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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h. Direito Direito e Justiça - - http://www.pucrs.br/edipucrs Estudos Jurídicos - http://www.unisinos.br Revista Brasileira de Ciências Criminais - http://www.ibccrim.com.br Revista de Direito do Trabalho - http://www.rt.com.br Revista Jurídica - - http://www.puccamp.br i. Educação Cadernos Cedes - http:// cedes-gw.unicamp.br Cadernos de educação - http://www.ufpel.br Cadernos de Pesquisa - http://www.fcc.org.br Comunicação e Educação -http://www.eca.usp.br/departam/cca/cultext/comueduc/rcabert.htm Educação - http://www.pucrs.br/edipucrs Educação Brasileira - http://www.crub.org.br Educação em Debate - http://www.ufc.br Educação e Pesquisa - http://www.fe.usp.br/publicacoes j. Educação Física Revista de Educação Física e Desportos - http://www.ugf.br/index.html Discorpo - http://www.pucsp.br Kinesis - http://www.ufsm.br Revista Brasileira de Ciências do esporte - http://www.ufes.br Revista de Educação Física - http://www.unem.br k. Enfermagem Revista da Escola de Enfermagem da USP - http://www.usp.br Revista de Ciências da Saúde - http://www.ufsc.br Revista de Saúde Pública - http://www.fsp.usp.br Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - http://www.imtsp.fm.usp.br l. Serviço Social Revista Serviço Social e Sociedade - http://www.cortezeditora.com.br Revista Lua Nova – CEDEC - http://www.cedec.org.br Revista Temporalis - http://www.abess.abepps.br Revista Comunicação e Política - http://www.pazeterra.com.br/ Novos Estudos – CEBRAP - http://www.cebrap.org.br Perspectivas: Revista de Ciências Sociais - http://www.editora.unesp.br/revista.html Reforma Agrária - E-mail – [email protected] Tempo Social: Revista de Sociologia da USP - http://www.fflch.usp.br/ds/revistas/tempo-social m. Veterinária e Zootecnia Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia - http://www.ufmg.br Pesquisa Veterinária Brasileira - http://www.cbpa.org.br

Page 6: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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BIBLIOTECAS VIRTUAIS E SITES INTERESSANTES 1. www.4shared.com 2. Biblioteca Central - localize os livros das bibliotecas da UFRGS:

www.biblioteca.ufrgs.br (VALE A PENA VISITAR!!!!!!!!!) 3. Biblioteca del Congreso - item Expo Virtual mostra alguns tesouros dessa

biblioteca argentina: www.bcnbib.gov.ar 4. Biblioteca Digital Andina - Bolívia, Colômbia, Equador e Peru estão

representados: www.comunidadandina.org/bda 5. Biblioteca Digital de Obras Raras - livros completos digitalizados, como um de

Lavoisier editado no século 19: www.obrasraras.usp.br 6. Biblioteca do Hospital do Câncer - índice desse acervo especializado em

oncologia: www.hcanc.org.br/outrasinfs/biblio/biblio1.html 7. Biblioteca do Senado Federal - sistema de busca nos 150 mil títulos da

biblioteca: www.senado.gov.br/biblioteca 8. Biblioteca Mário de Andrade - acervo, eventos e história da principal biblioteca

de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br/mariodeandrade 9. Biblioteca Nacional de Portugal - apresenta páginas especiais com

reproduções relacionadas a Eça de Queirós e a Giuseppe Verdi, entre outros: www.bn.pt

10. Biblioteca Nacional de España - entre as exposições virtuais, uma interessante coleção cartográfica do século 16 ao 19: www.bne.es

11. Biblioteca Nacional de la República Argentina - biblioteca, mapoteca e fototeca: www.bibnal.edu.ar

12. Biblioteca Nacional de Maestros - biblioteca argentina voltada para a comunidade educativa: www.bnm.me.gov.ar

13. Biblioteca Nacional del Perú - alguns livros eletrônicos, mapas e imagens: www.binape.gob.pe

14. Biblioteca Nazionale Centrale di Roma - expõe detalhes de obras antigas de seu catálogo: www.bncrm.librari.beniculturali.it

15. Biblioteca Româneasca - textos em romeno e dados sobre autores do país: biblioteca.euroweb.ro

16. Biblioteca Virtual Galega - textos em língua galega, parecida com o português: bvg.udc.es

17. Bibliotheca Alexandrina - conheça a instituição criada à sombra da famosa biblioteca, que sumiu há mais de 1.600 anos: www.bibalex.org/website

18. California Digital Library - imagens e e-livros oferecidos pela Universidade da Califórnia: californiadigitallibrary.org

19. Celtic Digital Library - história e literatura celtas: celtdigital.org 20. Círculo Psicanalítico de Minas Gerais - acervo especializado em psicanálise:

www.cpmg.org.br/n_biblioteca.asp 21. Cornell Library Digital Collections - compilações variadas, sobre agricultura e

matemática, por exemplo: moa.cit.cornell.edu 22. Corpus of Electronic Texts - história, literatura e política irlandesas:

www.ucc.ie/celt 23. Crime Library - histórias reais de criminosos, espiões e terroristas:

www.crimelibrary.com 24. Educ.ar Biblioteca Digital - em espanhol, apresenta livros e revistas de "todas

as disciplinas": www.educ.ar/educar/superior/biblioteca_digital

Page 7: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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25. Gallica - Bibliothèque Numérique - volumes da Biblioteca Nacional da França digitalizados: gallica.bnf.fr

26. Human Rights Library - mais de 14 mil documentos relacionados aos direitos humanos: www1.umn.edu/humanrts

27. IDRC Library - textos e imagens desse centro de estudos do desenvolvimento internacional: www.idrc.ca/library

28. dominiopublico.gov.br (VALE A PENA VISITAR!!!!!!!!!) 29. http://lattes.cnpq.br 30. http://portal.mec.gov.br/cne/index.php 31. http://www.abmes.org.br 32. http://www.abnt.org.br 33. http://www.publicacoes.inep.gov.br/ (PUBLICAÇÕES GRATUITAS) (VALE A

PENA VISITAR!!!!!!!!!) 34. https://memphis.ulbranet.com.br/ALEPH/ (VALE A PENA VISITAR!!!!!!!!!) 35. Internet Ancient History Sourcebook - página dedicada à difusão de

documentos da Antiguidade: www.fordham.edu/halsall/ancient/asbook.html 36. Internet Archive - guarda páginas da internet em seus diversos estágios de

evolução: www.archive.org 37. Internet Public Library - indica páginas em que se podem ler documentos sobre

áreas específicas do conhecimento: www.ipl.org John F. Kennedy Library - sobre o presidente americano John F. Kennedy, morto em 1963: www.cs.umb.edu/jfklibrary

38. LibDex - índice para localizar mais de 18 mil bibliotecas do mundo todo e seus sites: www.libdex.com

39. Lib-web-cats - enumera bibliotecas de mais de 60 países, mas o foco são os EUA e o Canadá: www.librarytechnology.org/libwebcats

40. Libweb - outro site de busca de instituições, com 6.600 links de 115 países: sunsite.berkeley.edu/Libweb

41. Mosteiro São Geraldo - livros e periódicos sobre história e literatura húngara, filosofia, teologia e religião: www.msg.org.br

42. National Library of Australia - divulga periódicos australianos da década de 1840: www.nla.gov.au

43. Oxford Digital Library - centraliza acesso a projetos digitais das bibliotecas da Universidade de Oxford: www.odl.ox.ac.uk

44. Perseus Digital Library - dedicado a estudos sobre os gregos e romanos antigos: www.perseus.tufts.edu

45. Servei de Biblioteques - bibliotecas da Universidade Autônoma de Barcelona: www.bib.uab.es

46. The Aerial Reconnaissance Archives - recém-lançado, site promete divulgar 5 milhões de fotos aéreas da Segunda Guerra Mundial: www.evidenceincamera.co.uk

47. The British Library - além de busca no catálogo, tem coleções virtuais separadas por região geográfica: www.bl.uk

48. The Digital Library - diversas coleções temáticas, como a de escritoras negras americanas do século 19: digital.nypl.org

49. The Digital South Asia Library - periódicos, fotos e estatísticas que contam a história do Sul da Ásia: dsal.uchicago.edu

50. The Huntington - grande quantidade de obras raras em arte e botânica: www.huntington.org

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51. The Math Forum - textos que se propõem a auxiliar no ensino da matemática: mathforum.org/library

52. The New Zealand Digital Library - destaque para os arquivos sobre questões humanitárias: www.sadl.uleth.ca/nz/cgi-bin/library

53. Treasures of Keyo University - um dos destaques é a reprodução da Bíblia de Gutenberg: www.humi.keio.ac.jp/treasures

54. Unesco Libraries Portal - informações sobre bibliotecas e projetos voltados para a preservação da memória: www.unesco.org/webworld/portal_bib

55. UOL Biblioteca - dicionários, guias de turismo e especiais noticiosos: www.uol.com.br/bibliot

56. UT Library Online - possui uma ampla coleção de mapas: www.lib.utexas.edu 57. Alexandria Virtual - acervo variado, de literatura a humor:

www.alexandriavirtual.com.br 58. Bartleby.com - importantes textos, como os 70 volumes da "Harvard Classics" e

a obra completa de Shakespeare: www.bartleby.com 59. Bibliomania - 2.000 textos clássicos e guias de estudo em inglês:

www.bibliomania.com 60. Biblioteca dei Classici Italiani - literatura italiana, dos "duecento" aos

"novecento": www.fausernet.novara.it/fauser/biblio 61. Biblioteca Electrónica Cristiana - teologia e humanidades vistas por religiosos:

www.multimedios.org 62. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro - especializada em literatura em

língua portuguesa: www.bibvirt.futuro.usp.br 63. Biblioteca Virtual - Literatura - pretende reunir grandes obras literárias:

www.biblio.com.br 64. Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes - cultura hispano-americana:

www.cervantesvirtual.com 65. Biblioteca Virtual Universal - textos infanto-juvenis, literários e técnicos:

www.biblioteca.org.ar 66. Contos Completos de Machado de Assis - mais de 200 contos de Machado de

Assis: www.uol.com.br/machadodeassis 67. Cultvox - serviço que oferece alguns e-livros gratuitamente e vende outros:

www.cultvox.com.br 68. Dearreader.com - clube virtual que envia por e-mail trechos de livros:

www.dearreader.com 69. eBooksbrasil - livros eletrônicos gratuitos em diversos formatos:

www.ebooksbrasil.com 70. iGLer - acesso rápido a duas centenas de obras literárias em português:

www.ig.com.br/paginas/novoigler/download.html 71. International Children's Digital Library - pretende oferecer e-livros infantis em

cem línguas: www.icdlbooks.org 72. IntraText - textos completos em diversas línguas, entre elas o latim:

www.intratext.com 73. Jornal da Poesia - importante acervo de poesia em língua portuguesa, com

textos de mais de 3.000 autores: www.secrel.com.br/jpoesia 74. Net eBook Library - biblioteca virtual com parte do acervo restrito a assinantes

do site: netlibrary.net 75. Nuovo Rinascimento - especializado em documentos do Renascimento italiano:

www.nuovorinascimento.org/n-rinasc/homepage.htm

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76. Online Literature Library - pequena coleção para ler diretamente no navegador: www.literature.org

77. Progetto Manuzio - textos em italiano para download, incluindo óperas: www.liberliber.it/biblioteca

78. Project Gutenberg - mantido por voluntários, importante site com obras integrais disponíveis gratuitamente: www.gutenberg.net

79. Proyecto Biblioteca Digital Argentina - obras consideradas representativas da literatura argentina: www.biblioteca.clarin.com

80. Romanzieri.com - livros eletrônicos em italiano compatíveis com o programa Microsoft Reader: www.romanzieri.com

81. Sololiteratura.com - textos sobre autores hispano-americanos: www.sololiteratura.com

82. Textos de Literatura Galega Medieval - pequena seleção de poesias e histórias medievais: www.usc.es/~ilgas/escolma.html

83. The Literature Network - poemas, contos e romances de aproximadamente 90 autores: www.online-literature.com

84. The Online Books Page - afirma ter mais de 20 mil livros on-line: digital.library.upenn.edu/books

85. The Online Medieval and Classical Library - obras literárias clássicas e medievais: sunsite.berkeley.edu/OMACL

86. Usina de Letras - divulga a produção de escritores independentes: www.usinadeletras.com.br

87. Virtual Book Store - literatura do Brasil e estrangeira, biografias e resumos: www.vbookstore.com.br

88. Virtual Books Online - e-livros gratuitos em português, inglês, francês, espanhol, alemão e italiano: virtualbooks.terra.com.br

89. Banco de Teses - resumos de teses e dissertações apresentadas no Brasil desde 1987: www.capes.gov.br

90. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - textos integrais de parte das teses e dissertações apresentadas na USP: www.teses.usp.br

91. Biblioteca Virtual em Saúde - revistas científicas e dados de pesquisas sobre adolescência, ambiente e saúde : www.bireme.br

92. Digital Library of MIT Theses - algumas teses do Instituto de Tecnologia de Massachusetts; a mais antiga é de 1888: theses.mit.edu

93. Great Images in Nasa - imagens históricas da agência espacial americana: grin.hq.nasa.gov

94. ProQuest Digital Dissertations - sistema para pesquisar resumos de teses e de dissertações: wwwlib.umi.com/dissertations

95. Public Health Image Library - fotos, ilustrações e animações voltadas para o esclarecimento de questões de saúde pública: phil.cdc.gov

96. PubMed - referências a 14 milhões de artigos biomédicos: www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi

97. SciELO - biblioteca eletrônica com periódicos científicos brasileiros: www.scielo.br

98. ScienceDirect - mais de 1.800 revistas, de "ACC Current Journal Review" a "Zoological Journal": www.sciencedirect.com

99. Universia Brasil - busca teses nas universidades públicas paulistas e na PUC-PR: www.universiabrasil.net/busca_teses.jsp

100. American Library Association - sobre o sistema de bibliotecas dos EUA: www.ala.org

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101. Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas - publicações indicadas e agenda de eventos da área: www.apbad.pt

102. Association des Bibliothécaires Français - dossiês sobre o sistema francês de bibliotecas e temas correlatos: www.abf.asso.fr

103. Conselho Federal de Biblioteconomia - atualidades e links de interesse da área: www.cfb.org.br

104. Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo - legislação e eventos da biblioteconomia: www.crb8.org.br

105. Council on Library and Information Resources - organização que se preocupa com a preservação de informações: www.clir.org

106. European Bureau of Library, Information and Documentation Associations - entidade européia dedicada à promoção da ciência da informação: www.eblida.org

107. International Federation of Library Associations and Institutions - associação com membros em mais de 150 países: www.ifla.org

108. Sociedad Española de Documentación e Información Científica - oportunidades, como cursos virtuais: www.sedic.es

109. Biblioteca do Congresso americano - considerada a maior e uma das melhores bibliotecas do mundo, é referência internacional, com conteúdos trabalhados e relacionados: www.loc.gov

110. Biblioteca Nacional (Brasil) - o site é referência para todas as bibliotecas do país, com farta documentação e imagens digitalizadas, além de informações e serviços: www.bn.br

111. Bibliotecas da cidade de São Paulo - a cidade tem a maior rede de bibliotecas públicas do país, e uma visita ao site é imprescindível para conhecer suas coleções e serviços, com destaque para as obras e imagens digitalizadas da Biblioteca Mário de Andrade: www4.prefeitura.sp.gov.br/biblioteca/PaginaInicial.asp

112. Bibliotecas virtuais do sistema MCT/CNPq/Ibict - grande referência na área de bibliotecas virtuais, é o site mais importante no Brasil de informação e comunicação sobre ciência e tecnologia: www.prossiga.br

113. Bibliotecas das universidades públicas paulistas - o consórcio Cruesp/Bibliotecas interliga Unesp, Unicamp e USP, e o internauta pode consultar as mais importantes bibliotecas universitárias do país, referências para diferentes campos da pesquisa: bibliotecas-cruesp.usp.br

114. www.ebookcult.com.br (VALE A PENA VISITAR!) 115. www.auletedigital.com.br (DICIONÁRIO ELETRÔNICO FANTÁSTICO!) 116. www.prenhall.com/diehl_br

Page 11: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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ARTIGOS CIENTÍFICOS: APRESENTAÇÃO GRÁFICA, PARTES CONSTITUTIVAS E CUIDADOS NA ELABORAÇÃO

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Orientações gerais sobre a formatação e elaboração do Artigo Científico (NBRs 6022/2003, 6023/2002, 6028/2003, 10.520/2002) a. Conceito b. Estrutura (partes) de um artigo c. Configuração do artigo científico

1.1- Conceito Artigo é um “texto com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. A ABNT reconhece dois tipos de artigos:

Artigo original: quando apresenta temas ou abordagens próprias. Geralmente relata resultados de pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigo científico.

Artigo de revisão: quando resume, analisa e discute informações já publicadas. Geralmente é resultado de pesquisa bibliográfica.

1.2- Estrutura (partes) de um artigo

Elementos pré-textuais - Título: o artigo dever ter um título que expresse seu conteúdo. Se tiver um

subtítulo, separar por dois pontos. Recomenda-se colocá-lo centralizado e em letras maiúsculas.

- Autoria: o artigo deve indicar o(s) nome(s) do(s) autor(es) e, se o caso, professor orientador, ambos seguidos de asterisco, indicando as notas de rodapé, nas quais constarão suas qualificações na área de conhecimento do artigo, instituição a que pertence e endereço postal e eletrônico (síntese do currículo). As notas podem, opcionalmente, serem colocadas após as partes pós-textuais, onde também podem ser colocados agradecimentos dos autores e data de entrega do original à redação do periódico.

- Resumo: Elemento obrigatório, constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas, devendo ter entre 100 e 250 palavras. Deve ser um resumo informativo, o qual informa ao leitor as “[...] finalidades, metodologia, resultados e conclusões [...] de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.” (NBR 6028/2003)

- Palavras-chave (descritores): obrigatórias, aparecem logo abaixo do resumo. Recomenda-se de 3 a 5 palavras.

Elementos textuais - Introdução: expõe a delimitação do assunto, os objetivos da pesquisa e

outros elementos necessários para situar o tema do artigo, dentre eles o problema (se o caso), a justificativa do artigo e a metodologia usada na sua elaboração.

Page 12: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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- Desenvolvimento: parte principal do artigo, contendo exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções (NBR 6024/2003), que variam em função do tema e do método. Nos artigos originais, que relatam resultados de pesquisa, o desenvolvimento mostra os resultados e a discussão dos resultados. No desenvolvimento, é possível a colocação de ilustrações (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros); sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designinativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos; do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, de modo a dispensar consulta ao texto; e da fonte. Deve ser inserida o mais próximo possível do trecho do texto a que se refere. Recomenda-se colocar as ilustrações entre dois fios horizontais.

- Conclusão: sintetiza os resultados obtidos e destaca a reflexão conclusiva do autor.

Elementos pós-textuais - Título e subtítulo (se houver): em língua estrangeira (Inglês, alemão,

francês, italiano, espanhol, são as mais comuns), com as mesmas tipográficas gráficas que no início do artigo.

- Resumo: elemento obrigatório, também em língua estrangeira, antecedido do título (Abstract em inglês, Resumen em espanhol, Résumé em francês).

- Palavras-chave (descritores): tradução obrigatória (Keywords em inglês, Palabras clave em espanhol, Mots-clés em francês).

- Notas explicativas: usada para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto.

- Referências: elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023/2002. Constitui-se da relação de todas as obras/fontes citadas no texto.

- Anexos (opcional): documentos que servem de ilustração, comprovação ou fundamentação, elaborados por terceiros. Utilizam-se letras maiúsculas para identificá-los, seguidas de travessão e seus respectivos títulos.

- Apêndices (opcional): documentos/textos elaborados pelo autor do artigo, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Utilizam-se letras maiúsculas para identificá-los, seguidas de travessão e seus respectivos títulos.

Page 13: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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1.3- Configuração do artigo científico (Texto adaptado de artigo publicado na

revista da UNICENTRO, Painel Acadêmico, n° 3)

a. Modelo de primeira página

3 cm 1

3 cm 2 cm

2 cm

O BILINGÜÍSMO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS José Carlos da Silva¹

Resumo

A educação bilíngüe para surdos pressupõe o ensino de duas línguas para a

criança. A primeira é a Língua de Sinais, adquirida como língua materna, considerada a língua natural do surdo, a qual servirá de base para a aprendizagem de uma segunda língua, que pode ser oral e/ou escrita, dependendo da língua oficial de seu país. Isto significa que a criança surda é exposta à língua de sinais por meio de interlocutores surdos ou ouvintes que tenham domínio da língua de sinais. A língua oral ou escrita será trabalhada segundo os princípios básicos de aprendizado de uma segunda língua. Assim a criança surda tem a possibilidade de adquirir a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais (sua primeira língua), não como uma língua ensinada, mas aprendida dentro de contextos significativos para ela. A educação bilíngüe implica mudanças reorganização na maneira de atuação em varias áreas para com o educando, além da escola e família. A língua majoritária (Língua Portuguesa) tem principalmente a função de uma língua escrita. É importante que ao ensinar, haja assimilação do que está sendo exposto tanto em língua de sinais quanto em língua portuguesa. A autonomia lingüística do surdo acaba sendo um modelo que contribui à segregação do mesmo, e não ao reconhecimento geral da língua de sinais no meio social. Palavras-chave: LIBRAS. Surdo. Professor. Intérprete.

Introdução

A educação bilíngüe deve abordar novos paradigmas em seu ensino, considerando sempre a língua brasileira de sinais – LIBRAS – sua primeira língua, e como segunda língua, a Língua Portuguesa, ou seja, o português “escrito”, o qual permitirá o desenvolvimento lingüístico cognitivo e significativo na educação bilíngüe para pessoas surdas.

Portanto, justifica-se a necessidade de pesquisas, que venham favorecer e

responder a questões sobre a educação bilíngüe, garantindo maior eficiência no atendimento à necessidade e peculiaridades desta clientela.

Neste sentido, é necessário que as instituições de ensino se organizem para

contemplar a formação do aluno surdo, que garanta uma aprendizagem, integração conhecimentos e habilidades, facilitando assim, o processo de /inclusão dos mesmos, num contexto maior. Sejam eles de natureza econômica, política e social, cultural ou moral e suas relações através de suas ações no mundo.

1- O Bilingüismo na Educação de Surdos

A educação bilíngüe deve abordar novos paradigmas em seu ensino, considerando sempre a língua brasileira de sinais – LIBRAS – sua primeira língua, e como segunda língua, a Língua Portuguesa, ou seja, o português “escrito”, o qual permitirá o desenvolvimento lingüístico cognitivo e significativo na educação bilíngüe para pessoas surdas.

Portanto, justifica-se a necessidade de pesquisas, que venham favorecer e

responder a questões sobre a educação bilíngüe, garantindo maior eficiência no atendimento à necessidade e peculiaridades desta clientela. ____________ ¹ Interprete de LIBRAS e Língua Portuguesa e Acadêmico do 5º Período do Curso de Pedagogia,

habilitação em Orientação Educacional e Magistério das Séries Iniciais, na Faculdade de Educação de Jaru – UNICENTRO. E-mail: [email protected]

Borda superior

Margem

superior

Título em letras

maiúsculas e centralizado

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b. Modelo de página intermediária do artigo

3 cm 7

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Uma criança ouvinte, normalmente adquire a língua nos primeiros anos de vida. O uso da língua é um meio importante para estabelecer vínculos entre a criança e seus pais. Sendo esta uma realidade para a criança ouvinte, também deve ser para a criança surda. A criança surda deve ser capaz de se comunicar com seus pais por meio da língua natural – Língua de Sinais. Através desta linguagem que se estabelecem os vínculos afetivos entre a criança e seus pais.

Através da língua de sinais a criança surda será capaz de desenvolver suas

capacidades cognitivas. Se não há esta possibilidade de a criança estabelecer estes vínculos através de sua língua natural – Língua de Sinais – pode ter conseqüências negativas no desenvolvimento da criança.

“[...] aprender uma língua implica considerar um certo modo de significar o

mundo através da linguagem, e, portanto, uma disponibilidade para perceber as peculiaridades culturais.” (GOES, 1996, p. 50).

Assim a criança irá adquirir conhecimentos sobre a realidade exterior

principalmente através da língua, no caso da criança surda, através da Língua de Sinais. Esta comunicação deve proporcionar certa quantidade de informações na língua apropriada, que pode ser em alguns casos em Língua de Sinais, em outros na língua oral ou em ambas.

O bilingüismo é uma proposta de ensino que propõe o acesso à criança

duas línguas no contexto escolar. Estudos apontam essa proposta com sendo a mais adequada para o ensino da criança surda, uma vez que, considere a língua natural – Língua de Sinais – como sua primeira língua.

A educação bilíngüe consiste em primeiro lugar, na aquisição da língua de

sinais a língua materna do surdo. O surdo deve estar em contato com outros surdos, para que possam passar por um processo de identificação com sua comunidade surda. Haja vista que está comunidade está inserida na comunidade majoritária que é a comunidade de ouvintes, que por sua vez se utiliza da linguagem oral e escrita.

A proposta do bilingüismo é que o surdo se comunique fluentemente na sua

língua materna – Língua de Sinais - e na língua oficial do país, que pode ser oral e escrita. É dever de a escola permitir à criança surda a aquisição de duas línguas, a língua de sinais da comunidade surda, como a primeira língua – L1 – e a língua oral da maioria ouvinte – L2. Diante disso, faz se necessário, que a criança tenha o contato com as duas línguas, ou seja, comas comunidades lingüísticas para sentir a necessidade de aprender as duas línguas.

As duas línguas – LIBRAS e Língua Portuguesa – tem função diferente para

o educando. A Língua de Sinais é o principal meio de aquisição de conhecimentos para o surdo, sendo esta usada pelo surdo na comunicação com os outros. E a Língua Portuguesa tem principalmente a função de uma língua escrita.

1.1- Língua de sinais – LIBRAS A LIBRAS – Língua brasileira de sinais – uma língua natural, como a língua

oral, surgiu “[...] espontaneamente da interação entre pessoas e porque, devido à sua estrutura, permite a expressão de qualquer conceito – descritivo, emotivo, racional, concreto, abstrato [...]” (BRITO, 1998, p.19), em suma atende as necessidades de comunicação do surdo.

As línguas de sinais são mais complexas e se diferencia das línguas orais,

por se utilizar de meio ou canal de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão. Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.

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c. Modelo de página intermediária do artigo

3 cm 12

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2 cm

Os ouvintes fazem uma idéia de sua cultura como superior aos dos surdos. Existem diferenças culturais no meio social de ouvinte e surdos.

3. Educação Especial para Surdos

A Educação Especial no Brasil passa por um momento ímpar em relação a

luta pela conquista e o reconhecimento de direitos sociais, historicamente negados a grupos minoritários, que contribuem mais para a exclusão e para a marginalização que para integração na sociedade.¹

A ausência da audição e, consequentemente, da possibilidade de

expressar-se naturalmente por meio da língua oral, foi e continua sendo um dos principais aspectos de marginalização da pessoa surda, pois a grande maioria dos surdos utiliza-se de formas de comunicação que dão prioridades aos processos visuais, ao quais tem na língua de sinais seu principal recurso simbólico.

A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – embora seja reconhecida

oficialmente em território nacional, desde 2002, segue desconhecida pela grande maioria da população e continua sendo vista, equivocadamente, apenas como um conjunto de gestos naturais, ou seja, mímicas utilizadas pelos surdos na ausência da oralidade. Somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.

Conclusão O relatório de pesquisa realizado teve como objetivo principal a valorização

das peculiaridades do educando surdo, onde a educação bilíngüe, visa buscar e reconhecer as diferenças lingüísticas e a partir delas encontrar caminhos efetivos para a apropriação da linguagem escrita da pessoa surda.

Com a oportunidade de discussão não apenas a questão peculiar dos

sujeitos surdos, mas a educação bilíngüe e a educação como um todo. Sabendo que a escola, especificamente nos dias atuais, conta com uma clientela heterogenia e, cabe a nós enquanto educadores, revermos nossa prática pedagógica e nos capacitarmos no sentido de atender a essa diversidade que se apresenta.

Precisa-se, além de uma reflexão sobre as práticas e métodos

educacionais, do preparo teorico, no sentido de reconhecer os variados estudos e enfoques que têm permeado a educação bilíngüe para os surdos do Brasil e no mundo.

THE BILLINGUISM IN THE EDUCATION OF DEAF PEOPLE Abstract The bilingual education for deaf people estimates the education of two languages for the child. The first one is the Language of Signals, acquired as motherly language , considered the native language of the deaf person, which will serve of base for the learning of one second language, that can oral and/or be written, depending on the official language of its country. This means that the deaf child is displayed to the language of signals by means of deaf interlocutors or listeners who have domain of the language of signals. The oral or written language will be worked according to basic principles of learning of one second language. The basic begin of the billingüism is to offer to the deaf child a linguistic environment, where its interlocutors if communicate with it of natural form, in the same way that listener through the oral language is made with the child. Thus the deaf child has the possibility to acquire the BRALAS - Brazilian Language of Signals (its first language), not as a taught, but learned language inside of significant contexts for it. The bilingual education implies changes reorganization in the way of performance in varies areas with educating, beyond the school and family. The commanding language (Portuguese Language) mainly has the function of a written language. It is important that when teaching, it has assimilation of what is being displayed in such a way in language of signals how much in Portuguese language. The linguistic autonomy of the deaf person became being a model that contributes to the segregation of the same, and not to the general recognition of the language of signals in the social environment.

Keywords: Bilingual Education, BRALAS, Deaf Person, Teacher and Interpreter.

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d. Modelo de página final do artigo

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depending on the official language of its country. This means that the deaf child is displayed to the language of signals by means of deaf interlocutors or listeners who have domain of the language of signals. The oral or written language will be worked according to basic principles of learning of one second language. The basic begin of the billingüism is to offer to the deaf child a linguistic environment, where its interlocutors if communicate with it of natural form, in the same way that listener through the oral language is made with the child. Thus the deaf child has the possibility to acquire the BRALAS - Brazilian Language of Signals (its first language), not as a taught, but learned language inside of significant contexts for it. The bilingual education implies changes reorganization in the way of performance in varies areas with educating, beyond the school and family. The commanding language (Portuguese Language) mainly has the function of a written language. It is important that when teaching, it has assimilation of what is being displayed in such a way in language of signals how much in Portuguese language. The linguistic autonomy of the deaf person became being a model that contributes to the segregation of the same, and not to the general recognition of the language of signals in the social environment. Keywords: Bilingual Education, BRALAS, Deaf Person, Teacher and Interpreter.

Notas explicativas ¹- A situação se agrava em função da obrigatoriedade do aluno portador de necessidades especiais, gente ao despreparo do profissional para se trabalhar com essa clientela. Referências

BRASIL, Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2000. BRITO, Lucinda Ferreira. Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. In – Língua Brasileira de Sinais. Brasília-DF: MEC/SEESP.v. 3, 1998. Suplemento. CICCONE, M. Marta Costa. Algumas considerações gerais sobre bilingüismo(s) na área da surdez. In: – Surdez e Escolaridade: desafios e reflexões. 2, 2003, Rio de Janeiro, Anais, Rio de Janeiro: INES, 2003. FERNANDES, Eulália. Linguagem e surdez. Porto Alegre: Artmed, 2003. GOES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas: Autores Associados, 1996. (Coleção Contemporânea).

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CITAÇÕES E NOTAS

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Um dos grandes conflitos vividos pelo aluno dos primeiros semestres da graduação, é redigir trabalhos técnico-científicos, uma vez que ainda não têm as ferramentas necessárias nem informações suficientes para fundamentar seus argumentos. A alternativa mais fácil é a transcrição mal feita de textos/capítulos inteiros, com paráfrases vergonhosas e sem nenhuma contribuição pessoal, além do ato de copiar em si.

Apesar de condenável tal prática, o que ocorre na verdade é a repetição de

procedimentos estimulados durante muitos anos da vida escolar, onde a cópia pela cópia era atividade corriqueira, perdendo-se tempo e oportunidades várias para se estimular a criatividade e desenvolver habilidades necessárias para a produção de textos.

O resultado não poderia ser diferente: dificuldades várias no momento da

elaboração dos trabalhos, onde a transcrição e a posse do texto e das idéias de autores sem os cuidados devidos se torna uma prática corriqueira, caracterizando-se crime previsto no Código Penal Brasileiro. Sem eleger culpados, esta realidade pode ser modificada mediante a correta orientação do educando na elaboração de trabalhos escolares desde as primeiras séries.

Nos cursos de graduação, em regra se recebe um aluno com os vícios e

deficiências gerados nos níveis de ensino superior, de maneira que não é possível tratá-lo como se estivesse perfeitamente preparado para o novo nível de ensino. O ideal seria que as universidades, ou mesmo os cursos, criassem programas de adaptação desse novo aluno, desmistificado os muitos mitos que o cercam pela simples condição de ser universitário.

Ao professor, cabe tarefa importantíssima, pois é ele quem primeiro convive

com as dificuldades do aluno, de maneira que tratá-lo como se já tivesse as habilidades mínimas necessárias para cumprir todas as etapas da elaboração de um trabalho acadêmico, por mais simples que ele seja, pode ser um erro.

As deficiências na formação escolar começam a se manifestar nas leituras e

interpretação de textos, condições fundamentais para o crescimento e formação do aluno. A disciplina Metodologia Científica (ou o seu conteúdo, uma vez que pode ser oferecido com outro nome.) é uma ferramenta que auxilia na superação dessas deficiências, mas não de maneira isolada, uma vez que como ferramenta deve ser usada em todas as atividades propostas pelas várias disciplinas do curso.

Uma das grandes dificuldades encontradas, conseqüência direta da falta de

leitura, a qual já abordamos anteriormente, é o uso correto do pensamento de autores lidos, ou as citações, que apesar de procedimento simples, demora a ser incorporado ao cotidiano do aluno, que afirma com freqüência ser “praticamente impossível se elaborar um trabalho acadêmico/científico, sem contudo copiar idéias/conceitos de outros autores!

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Afirmamos: Não é isto que se espera do aluno no processo de elaboração de

um trabalho, uma vez que o uso do pensamento/idéias de autores dará aos seus trabalhos, a autoridade científica necessária, a qual só terá com tempo.

O uso da produção intelectual de outros como forma de enriquecimento de

trabalhos científicos em geral (artigos, monografias, pôsteres, resenhas...) é prática comum, recomendada em muitos casos e devidamente regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - através da NBR 10520, de julho de 2001, além de ser crime, previsto no código penal brasileiro.

Ao se transcrever parte de publicações para o seu trabalho, deve o aluno seguir os procedimentos corretos na citação e na indicação da fonte, uma vez que não se caracteriza uso indevido do direito autoral a reprodução de “[...] citações de caráter científico, didático ou religioso, desde que haja a indicação da origem e do nome do autor [...] de notícia ou artigo informativo, sem caráter literário e também de discursos ou pronunciamentos públicos; [...]”. (ALMEIDA, 1996, p.169).

As citações são, portanto, transcrições literais ou não de parte ou o todo de

obras escrito-documentais, seguidas da indicação da devida fonte-autoria, que pode ser feita no próprio texto ou através do uso das chamadas notas de rodapé (nota bibliográfica), que tem por finalidade identificar a documentação que serviu de base para a pesquisa. (NBR 10.520, jul. 2001)

As citações podem ser:

a. Formais (ou direta), caracterizadas pela transcrição literal das palavras do autor consultado, podendo ser longas, feitas em parágrafo especial, ou breves, transcrita para o corpo do texto na íntegra. Caracteriza-se como citação longa aquela que tenha mais de três linhas normais do texto.

b. conceptuais ou livres – transcrição livre do texto do autor consultado, são

aquelas que se transcreve a idéia original do texto mas usando as suas palavras. Neste caso, transcrevem-se as idéias apenas, tendo sempre a preocupação de preservar o pensamento do autor. Elas são feitas no corpo do texto, não exigindo parágrafos especiais nem o uso de aspas.

c. Citação de citação – é caracterizada pela transcrição direta ou indireta de um

texto em que não se teve acesso ao original. d. Mistas – ainda que a NBR 10520 não a apresente no seu texto, muitos autores

consideram a mistura das formas de se fazer as citações anteriores como um tipo de citação, onde, dentro de uma citação conceptual, são inseridas expressões extraídas do texto original. Neste caso, apenas as expressões transcritas devem ser feitas entre aspas e, como a citação conceptual, é feita no corpo do texto, não exigindo parágrafo especial ou qualquer forma de destaque.

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19

Fig. 28 - Exemplo de uma página de um trabalho contendo citação com notas no texto

Em todos as formas de se fazer citações, salientamos, devem ser inseridas as indicações das fontes. A primeira citação de uma obra, porém, deve ter como indicação da fonte sua referência bibliográfica completa. (NBR 10.520 p. 2001)

A citação de citação, ou indireta, quando é citado parte de um texto já citado

por outra pessoa, requer cuidado especial. Neste caso, deve-se acrescentar as expressões latinas in ou apud. Ex.: “Angelo Domingos Salvador classifica, como seguem, as funções principais da linguagem-comunicação.” (apud CERVO e BERVIAN, 1983, p. 137).

No caso de citações de obras escritas em outro idioma, a citação deve ser

feita devidamente traduzida para o idioma do corpo do texto (NBR14.720 jul. 2001), podendo, opcionalmente, inserir o texto original como nota de rodapé. Não se aplica este procedimento às expressões estrangeiras incorporadas à língua portuguesa (estrangeirismo), que serão apenas destacadas em itálico ou negrito.

Para finalizar, ratificamos o imperativo de que o uso do pensamento de

autores nos trabalhos acadêmicos é não só saudável como também uma prática recomendada, pois dará o necessário argumento de autoridade ao trabalho. Mas destacamos: o texto/trabalho deve ser uma produção do acadêmico, onde ele aborda o assunto lido/pesquisado.

13

pesquisador, que serve como diretriz para a reflexão.

Para Gil (1993, p. 46) ,

Boa parte das pesquisas científicas no

campo da Psicologia, Sociologia,

Antropologia, Ciência Política e

Economia apoiam-se em certos supostos

teóricos. Nestes casos, torna-se

conveniente indicar a teoria ou as teorias

que fornecem a orientação geral da

pesquisa.

Isto implica dizer que todo projeto deve

conter as "[...] premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador [...]

fundamentará sua interpretação."

(LAKATOS e MARCONI, 1992 , p. 110)

Quando se fala em teoria de base, há de

se deixar claro que não é a mesma coisa que

revisão bibliográfica. A teoria de base é a

aplicação de conceitos teóricos numa

determinada situação- problema, como fundamentação ao pretendido, quer

enquanto confirmação quer enquanto

negação de hipóteses.

Citação longa feita em parágrafo especial, onde

foram transcritas fielmente as palavras textuais. Deve

ser feito observando as seguintes características:

a) A margem esquerda da citação longa deve estar a

4 cm. da margem da página; não há nenhum recuo

na margem direita da citação; (NBR 10.520, jul.

2001)

b) A margem direita é alinhada normalmente.

c) Não se usa aspas em citações longas; deve ser

feita em entrelinhamento simples, com as letras

em tamanho 10 (NBR 14724 jul. 2001)

destacando-a das demais partes do texto. Sua

redação pode caracterizar-se a seqüência do texto

normal ou a abertura de novo parágrafo, na

estrutura do texto.

As transcrições de até três linhas devem ser feitas

entre aspas duplas (“ ”). Se no texto transcrito tiver

uma citação, deverá ser feita entre aspas simples („ ‟),

indicando citação no interior da citação.

Page 20: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

20

10.1 Indicação das fontes citadas - (NBR10520:2001)

O ato de copiar parte de textos para o trabalho acadêmico, como foi dito anteriormente, é procedimento comum, amplamente utilizado desde os primeiros trabalhos escolares. Este procedimento, longe de ser proibido, é inclusive necessário a fim de se dar argumento de autoridade ao trabalho, além de complementar o raciocínio do aluno e em algumas situações servir de ilustração. Copiar não é errado! O erro é copiar e não indicar a fonte.

Nas seções que se seguem, algumas orientações para indicação das fontes,

legitimando assim as citações feitas no corpo do trabalho.

10.2 Indicação no corpo do trabalho

São várias as maneiras de se fazer a indicação da fonte no próprio texto (LAKATOS e MARCONI, 1994, p. 179-86). Uma delas é o sistema autor-data, onde a indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou ainda pelo título de entrada; se utiliza o sobrenome do autor quando este é de possível identificação: (NBR 10.520:2001).

Quando não consta do texto, deve vir entre parênteses. Exemplo:

“O conhecimento supõe e exige três elementos, a saber: o sujeito, ou seja, a consciência cognoscente, o objeto, ou aquilo a que o sujeito se dirige para conhecer, e a imagem, que representa o ponto de coincidência entre o objeto e o sujeito” (RUIZ, 1979, p. 86)

Quando aparece no texto deixa de ser incluso entre parênteses. Exemplo:

Para Ruiz, (1979, p. 86), “o conhecimento...” Ou: Segundo Ruiz, “o conhecimento...” (1979, p. 86)

Quando a citação desejada refere-se às idéias de um autor citado por outro, emprega-se o termo “Apud” ou “In”, que significa citado por, conforme, segundo.

Exemplo: (POPPER apud HEGENBERG, 1979, p. 38) ou: (Apud HEGENBERG, 1979, p. 38)”

Chama-se a atenção para o fato de o sobrenome dos autores, quando dentro de parênteses, serem escritos em letras maiúsculas, o mesmo em relação à indicação das páginas, que deve ser feita com a palavra página abreviada logo após a vírgula, separando o ano de publicação da obra da página de onde se extraiu a citação.

Exemplo: (RUIZ, 1987, p. 23).

No caso de se fazer citações de duas ou mais obras de um mesmo autor, publicadas em um mesmo ano, deve-se acrescentar logo após o ano uma letra minúscula, indicando a ordem de publicação.

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Exemplo: (FREIRE, 1992a, p. 97) e (FREIRE, 1992b, p. 34), devendo, na bibliografia final, observar o mesmo procedimento.

Quando se tratar de obra de dois ou mais autores, coloca-se os seus sobrenomes, separados por ponto e vírgula.

Exemplo: (CERVO; BERVIAN, 1983, p. 105).

Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso.

Exemplo: (BARBOSA, C., 1958) e (BARBOSA, O., 1958); ou, (BARBOSA, Cássio, 1958) e (BARBOSA, Celso, 1958)

Ocorre às vezes de se utilizar mais de uma página ou páginas intercaladas

para uma mesma citação, ou ainda utilizar-se de uma idéia disseminada em toda a obra consultada, dificultando a identificação de uma página exata. Nestes casos, observa-se os seguintes procedimentos:

Páginas seqüenciadas – Ex. (GALLIANO, 1986, p. 37-9); significa que foram utilizadas das páginas 37 a 39; se fosse da 37 a 52, seria “37-52”, e assim por diante.

Páginas intercaladas – Ex. (GALLIANO, 1986, p. 37,9)

Várias páginas – Ex. (GALLIANO, 1986, p. 41 e seg.) Obs. Após o número da primeira página onde é possível identificar a idéia,

coloca-se a expressão “e seguintes”, de forma abreviada. No caso de identificar a obra através da nota de rodapé, após o título da obra coloca-se a expressão “passim”, no lugar dos números das páginas.

Para o caso de obras constituídas de volumes, tomos ou seções, deve ser especificado no texto logo após a data, separados por vírgula e precedidos pelo designativo, de forma abreviada. Ex. (HEGENBERG, 1976, v. 1, p. 81). Os mesmos procedimentos devem ser seguidos mesmo quando o nome do autor foi citado no texto, e não aparece entre parênteses. Ex. Segundo Hegenberg, (1976, v. 1, p. 81)

No caso de citações extraídas de fontes eletrônicas, devem ser observados os mesmos procedimentos que as demais fontes documentais, acrescidas do endereço eletrônico, data e hora de acesso. Salienta-se, contudo, que esta é a forma usual, que ainda não tem normatização na ABNT.

Exemplo:

Outra forma de fazer a indicação bibliográfica no texto é numerar a bibliografia final [...] Dessa maneira, quando no texto faz-se referência a determinada passagem ou ela é colocada em forma de citação, basta indicar o número da obra citada e o(s) número(s) da(s) página(s) separados por dois pontos.[...] A indicação bibliográfica no texto facilita a parte

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22

mecanográfica, pois prescinde das notas de rodapé. (LAKATOS e MARCONI, 1994, p.178 www.btd.org.br, 11. 08. 05, 22:17)

Em se tratando de citações formais, caracterizada pela transcrição literal das palavras e das idéias do autor, alguns cuidados devem ser tomados quando da supressão de palavras ou frases dos textos, de modo a não mudar o seu significado. No caso, de um texto a ser transcrito e que a supressão do início do parágrafo não altere o seu significado, substitui-se as palavras suprimidas com reticências, entre colchetes.

Exemplo: “[...] quando no texto faz-se referência a determinada passagem ou ela é colocada em forma de citação, basta indicar o número da obra citada e o(s) número(s) da(s) página(s), separados por dois pontos.” (LAKATOS e MARCONI, 1994, p.178)

Quando a supressão ocorrer no final ou no meio do parágrafo, observa-se o mesmo procedimento. No caso da supressão no meio da linha, as reticências aparecem entre colchetes.

Exemplo: “Outra forma de fazer a indicação bibliográfica no texto é numerar a bibliografia final [...] Dessa maneira, quando no texto faz-se referência a determinada passagem ou ela é colocada em forma de citação, basta indicar o número da obra citada e o(s) número(s) da(s) página(s) [...]” (LAKATOS e MARCONI, 1994, p. 178)

Para o caso de ter em sido suprimidas linhas inteiras ou parágrafos do texto

transcrito, recomenda-se o mesmo procedimento.

Outra forma de fazer a indicação bibliográfica no texto é numerar a bibliografia final [...] Dessa maneira, quando no texto faz-se referência a determinada passagem ou ela é colocada em forma de citação, basta indicar o número da obra citada e o(s) número(s) da(s) página(s) separados por dois pontos.[...] A indicação bibliográfica no texto facilita a parte mecanográfica, pois prescinde das notas de rodapé. (LAKATOS e MARCONI, 1994, p.178)

Quando a supressão de palavras ou partes mais extensas do texto transcrito exigir que se faça algum esclarecimento, de forma a facilitar a compreensão do texto ou preservar o sentido original, deve-se também fazê-lo entre colchetes.

Exemplo: “Enquanto o Bezerro [rio localizado na região Norte do Brasil] corria em direção ao poente, levava consigo toda a vegetação rasteira que margeava seu traçado original [...]”

Outro cuidado a ser tomado diz respeito a erros tipográficos ou de informações comprovadas inseridas na fonte. Nestes casos, usa-se a expressão sic entre colchetes, imediatamente após o erro identificado, indicando que o erro está na fonte. Em hipótese alguma deve o autor do trabalho fazer a correção.

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Exemplo: “Enquanto o Bezerro [rio localizado na região Norte do Brasil] corria em direção ao poente, levava concigo [sic] toda a vegetação rasteira que margeava seu traçado original [...]”

Quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc.), indicar entre parênteses a expressão informação verbal. Nas citações de trabalhos em fase de elaboração, ou que não tenham sido publicados, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponíveis, somente em notas de rodapé. Em ambos os casos os procedimentos de uma citação devem ser observados: uso de aspas, reticências, etc. (NBR 10.520:2001)

10.3 Indicação em notas de rodapé

A outras forma de se indicar as fontes, é o sistema numérico, através do uso

de notas de rodapé, que têm várias outras finalidades: Indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor. Porém, recomenda-se a indicação das fontes pelo sistema autor-data, no próprio texto. A estrutura textual em nada é alterada, apenas não aparecem no texto os dados que indicam as fontes de onde foram extraídas as citações.

A nota de rodapé deve ser feita nas últimas linhas da página, usando

espaçamento simples e letras tamanho 10 (NBR 14.724:2001). Deve ser observada a seguinte estrutura:

A citação deve ser seguida de um número (algarismo arábico) que indique a ordem de chamada das notas de rodapé, podendo ser entre parênteses (ver figura 21) ou sobrescrito no final da citação.

Exemplo: “[...] o final do texto é separado das notas de rodapé por um travessão.”²

As notas devem ser digitadas ou datilografadas em entrelinhamento simples, dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda (NBR 14.724:2001).. No caso de o texto terminar, por exemplo, acima do meio da página, as notas de rodapé devem ainda ocupar as últimas linhas da página.

A primeira vez que uma obra é referenciada em nota de rodapé, deve conter o(s) nome(s) do(s) autor(es), título da obra, edição (se houver), cidade de publicação, editora e ano. As notas subseqüentes da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada

O número de chamada correspondente à citação deve aparecer entre parênteses ou separado por um hífen. Caso haja duas ou mais linhas, estas ocupam o espaço útil de uma margem a outra.

As notas recebem números ordinais crescentes, devendo ser numeradas por capítulo e devem aparecer na página em que foi feita a citação. Caso esta comece em uma página e termine na seguinte, a nota aparece onde foi terminada a citação.

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A última linha da nota de rodapé não pode ultrapassar o espaço referente à margem inferior da página.

Quando são citadas numa mesma página obras diferentes de um mesmo autor, substitui-se o nome do autor pela expressão “Idem” ou “Id”.

Exemplo: ¹ LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Cientifico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. p. 182. ² Idem, Técnicas de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996. p. 197.

No caso de citações extraídas de periódicos, os elementos exigidos na nota

de rodapé são outros (LAKATOS e MARCONI, 1994, p.186): nome do autor, título do artigo sem destaque, nome da publicação destacado, número do volume em destaque, número do fascículo entre parênteses e números das páginas precedidos de dois pontos.

Em relação à colocação dos nomes dos autores e indicativos das páginas

utilizadas, observa-se os mesmos procedimentos seguidos na indicação da fonte no texto. Salienta-se que das expressões latinas que se usam em citações e indicações de suas respectivas fontes, a expressão apud a única que pode ser usada também no texto. As demais só em notas de referência. (NBR 10.520:2001)

Fig. 29 - Exemplo de uma página de um trabalho contendo citação com notas em rodapé

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13

pesquisador, que serve como diretriz para a reflexão.

Para Gil¹,

Boa parte das pesquisas científicas no campo

da Psicologia, Sociologia, Antropologia,

Ciência Política e Economia apoiam-se em

certos supostos teóricos. Nestes casos, torna-

se conveniente indicar a teoria ou as teorias

que fornecem a orientação geral da pesquisa.

Isto implica dizer que todo projeto deve

conter as "[...] premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador [...] fundamentará

sua interpretação."²

Quando se fala em teoria de base, há de se

deixar claro que não é a mesma coisa que revisão

bibliográfica. A teoria de base é a aplicação de conceitos teóricos numa determinada situação-

problema, como fundamentação ao pretendido,

quer enquanto confirmação quer enquanto negação de hipóteses.

_______ ¹ - GIL, Antônio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa.

São Paulo: Atlas, 1983.

² - LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade,

Metodologia do Trabalho Científico. 13.ed. São Paulo:

Melhoramentos. 1993.

As notas devem ser digitadas

ou datilografadas em

entrelinhamento simples, letras

tamanho 10, dentro das

margens, ficando separadas do

texto por um espaço simples de

entrelinhas e por filete de 3 cm,

a partir da margem esquerda

(NBR 14.724:2001).

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CONCEITOS E TIPOS DE RESENHA1

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Resenhar consiste em examinar e apresentar o conteúdo de obras prontas, acompanhada de avaliação crítica do resenhista e consiste no nível mais elementar da pesquisa científica exploratória, pois o texto já está pronto.

A resenha é um trabalho feito por profissionais de sólido conhecimento na área

científica na qual atua, já que demanda olho clínico e autonomia intelectual, sendo, em muitos casos, no ensino superior, utilizada como um importante exercício de iniciação científica, uma vez que o contato com obras já prontas oportuniza o contato com o mundo da ciência propriamente dita.

Para a elaboração de uma resenha, o autor deve, a exemplo de outros

trabalhos acadêmicos de cunho científico, ser orientado por métodos, princípios e técnicas aceitos pela ciência, sob pena de descaracterizar o trabalho ao qual se propõe. Neste caso, deve-se tomar cuidado, inclusive com a representação gráfica da resenha, mas não exclusivamente, pois, o conteúdo, em si, é a parte de maior relevância.

O texto da resenha não deve ser muito extenso, nem tampouco, sintético em

demasia que não permita a compreensão do leitor, todavia, não há uma medida exata para delimitar o texto da resenha com o propósito de proporcionar autonomia e liberdade de expressão por parte do resenhista. Mesmo assim há, com a intenção de estabelecer um certo padrão, uma estrutura que deve ser considerada, isto é, a resenha possui elementos essenciais que não podem ser ignorados na elaboração dos textos.

Há vários tipos de resenhas, a depender dos objetivos do trabalho:

a. Resenha bibliográfica – caracteriza-se pelo exame sobre um determinado fato

ou fenômeno, estudado em profundidade por vários autores, o que possibilita um tratamento qualitativo pela diversidade de obras consultadas. É uma espécie de levantamento bibliográfico ou revisão de literatura.

b. Resenha crítica - caracteriza-se pelo exame crítico sobre um determinado fato ou fenômeno, a partir de um determinado autor. Trata-se de uma análise crítica elaborada sobre um texto.

c. Resenha informativa – Trata-se de expor o conteúdo do texto resenhado com a maior objetividade possível. Não exige uma análise crítica.

d. Resenha histórica – Trata-se de uma exposição de fatos, segundo sua trajetória temporal. É objetiva e dispensa a análise crítica do autor da resenha.

1.1 Partes essenciais da resenha

1 Elaborado por Evaldo Inácio Delgado. ULBRA/Ji-Paraná.

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a. Identificação da obra – Deve constar no alto da primeira página da resenha, em um texto formatado e sem parágrafo, escrito numa distância de 6 cm da margem e inclui: o nome do autor; o título da obra (destacado); o subtítulo, se houver; a imprenta (local, editora e data) e o total de páginas resenhadas. Isto, em se tratando de livro, pois para outros tipos de textos, seguir as normas da ABNT.

b. Título da obra: De preferência centralizado e destacado, escreve-se o título da obra e o subtítulo, se houver.

c. Credenciais do autor resenhado – Em um texto, destaca-se as principais informações sobre o autor, de outro modo, trata-se de uma pequena biografia sobre o autor resenhado, constando: nome completo; naturalidade; data de nascimento; data de falecimento, se for o caso; área de estudo e pesquisa; obras publicadas; trabalhos desenvolvidos; vínculo acadêmico; contribuições relevantes. Normalmente estas informações estão na própria obra resenhada.

d. Síntese – Trata-se de um texto escrito com as principais informações sobre o material resenhado. Pode-se acrescentar pormenores, desde que sejam importantes para o entendimento do texto resenhado.

e. Apreciação da obra (análise crítica) – Trata-se de uma análise crítica da obra, considerando a sua determinação histórica e metodológica (dizer a data em que foi escrita e de que tipo de literatura ela trata. Identificar se é um trabalho jornalístico, científico, didático, etc.). Esta parte da resenha também é reservada para comentar sobre as contribuições da pesquisa para a ciência, para acadêmicos, professores e para a comunidade de um modo geral. Aproveita-se para escrever sobre o estilo, a forma e os méritos da obra. Esta crítica deve ser elaborada, levando em consideração os preceitos da ética e da moral.

f. Indicação da obra – É um pequeno texto no qual o resenhista faz uma breve apresentação da obra resenhada e do respectivo autor. Também deve ser feita uma indicação do público alvo, conforme o teor do conteúdo. Alguns autores, preferem incluir esta parte no item 3 (conteúdo).

g. Credenciais do resenhista – Em um breve texto, o resenhista deve apresentar suas principais credenciais, considerando a finalidade da resenha, em outras palavras, se a resenha é para fins de atividade meramente acadêmica, deve-se apresentar: nome completo, curso, disciplina, professor. Caso queira, pode-se acrescentar outros dados pessoais ou profissionais. Para outros fins, apresenta-se as principais publicações do autor da resenha, a sua formação e as atividades desenvolvidas na área.

Ao elaborar uma resenha, o seu autor poderá apresentá-la de duas maneiras: expor o texto resenhado em um único tópico ou, se preferir, poderá separá-la em vários itens, destacando cada uma de suas partes. Para os iniciantes, é recomendável elaborar a resenha apresentando-a em tópicos separados. Abaixo seguem dois modelos de resenhas. Um escrito em um único tópico e outro, apresentado nos seus diversos itens.

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1.2 Exemplos de resenhas a. Modelo nº 1 (Resenha crítica) LÜCK, Heloisa [et al.]. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5.ed. Rio de Janeiro, DP&A, 2001. 166 p.

A escola participativa: o trabalho do gestor escolar.

Credencial dos autores: Robert Girling e Sherry Keuth possuem o título de Ph. D. da Universidade de Stanford nos Estados Unidos da América e são acadêmicos internacionalmente reconhecidos. Lecionam atualmente no sistema universitário do Estado da Califórnia. O livro deles, Education managemente and participation (1991) serviu para introduzir as noções de gestão participativa nos Estados Unidos. Trabalharam, de 1995 a 1997, como professores visitantes, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia. Kátia Siqueira de Freitas é professora da Universidade Federal da Bahia e Ph.D. da Universidade do Estado da Pensilvânia (EUA). Tendo como meta o ensino público sob a característica democrática, implantou na Bahia o Programa Gestão Participativa que funciona desde 1996. Heloisa Lück é Ph. D. da Universidade de Columbia (EUA) e é professora na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Coordenadora Nacional da Rede Nacional de Referência em Gestão Educacional – RENAGESTE.

Síntese:

O livro composto por artigos de 4 autores de reconhecido trabalho na área da gestão escolar, trata com clareza e objetividade das experiências que acumularam enquanto profissionais da educação e, também, enquanto pesquisadores membros de universidades brasileiras e de outros países. No primeiro artigo, escrito por Heloisa Lück, há um histórico sobre os principais trabalhos detectados pela autora e é relacionado à gestão participativa. Segundo a autora, o trabalho fundamentado nessa vertente ainda é embrionário e a solidez fica restrita a um número reduzido de escolas. No caso do Brasil, a intenção em implementar uma política educacional envolvendo toda a comunidade escolar, desde o planejamento até a avaliação, passando pela sua execução teve início na década de 1980 e mesmo transcorridos 22 anos não se pode falar que as escolas brasileiras possuem uma administração descentralizada. Para a autora os percalços são de ordem política e sócio-cultural. Não temos uma história com princípios democráticos e, por essa razão, a escola é o protótipo da sociedade na qual está inserida. Segundo ela, a descentralização da gestão escolar é fundamentada em três vertentes, sendo: participação da comunidade escolar na seleção dos diretores da escola; criação de um colegiado que tenha tanto autoridade deliberativa, quanto normativa, isto é poder decisório; repasse de recursos financeiros às escolas e conseqüentemente, aumento de sua autonomia. O movimento pela gestão democrática promove a redistribuição das responsabilidades em favor da educação de qualidade para os usuários da escola.

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Nesse caso, a participação de todos é necessária para, de fato, poder enquadrar a escola nos preceitos da democracia. Para Lück (2001) a participação se caracteriza pela força de atuação consciente, onde os atores do processo de escolarização estejam convictos do que fazem e da necessidade de uma atuação direta e ininterrupta. A autora finaliza o seu artigo apresentando alguns pontos a serem assumidos pela escola no sentido de estabelecer o caráter democrático e participativo nas escolas. Ela chama esses pontos de “lições da escola participativa” (LÜCK, 2001, p. 29). No segundo artigo, escrito por Kátia S. de Freitas, a discussão gera em torno da redefinição do papel do gestor escolar e define a relação social na escola que, segundo ela, é responsável pela articulação com a cultura: diretor autoritário gera hostilidade e torna o clima inadequado para o ensino e para a aprendizagem, enquanto que um diretor democrático pode reestabelecer o clima de confiança e de solidariedade, proporcionando um trabalho harmonioso e de qualidade. Para a autora, os líderes são os responsáveis pela sobrevivência das organizações escolares. Para viabilizar a formação de líderes democráticos a autora propõe algumas características que julga importante que o diretor tome conhecimento e as tenha para si. Também nomeia os estilos de liderança: diretiva, instrutiva, de auxílio, delegada. A autora comenta cada um dos estilos de liderança e ao final oferece algumas sugestões para que os diretores da escola se tornem um líder democrático e que objetive a autonomia dos atores escolares. O terceiro artigo também aborda a questão da qualidade do ensino e as características de liderança do diretor. Mais uma vez há uma comprovação de que a gestão democrática promove a participação consciente dos professores, alunos e da comunidade. Com isso há maiores probabilidades de resolver os problemas e atender as necessidades dos alunos e professores. Ficou claro de que o chamamento da comunidade para participar do planejamento escolar e para a resolução de problemas contribuem para a obtenção da eficácia do trabalho escolar. No caso da escola pesquisada, a proposta de trabalho tem que ser oferecida de maneira que atenda as reais necessidades de seus usuários. Igualmente à escola do segundo artigo, houve uma expressiva melhoria na aprendizagem dos alunos após a adoção dos programas planejados coletivamente. Além disso, houve uma redução nos índices de evasão e repetência, além de buscar o comprometimento dos alunos e funcionários e da comunidade em geral, sendo que em lugar de indisciplina e violência, a escola passou a usufruir de um clima solidário, conseguindo solucionar boa parte dos problemas que impediam a educação escolar dos alunos. O autor propõe uma série de medidas que deve ser adotadas no caso do diretor optar pela gestão democrática. No quarto artigo há um paralelo entre a gestão centrada no diretor que se fundamenta na administração clássica e a gestão participativa. Em escolas que se enquadram no primeiro modelo, a administração segue características de linearidade, fragmentação e visão mecânica das relações que ocorrem no interior da escola. No segundo modelo, estão as escolas comprometidas com a participação de todos para o alcance dos objetivos, superando os pressupostos autocráticos. Na relação entre os dois modelos, o artigo vai delineando as vantagens das escolas democráticas, dando ênfase ao trabalho coletivo, enquanto que nas escolas autocráticas, os resultados do trabalho escolar, nem sempre são de boa qualidade.

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A avaliação é uma ferramenta utilizada com freqüência para mensurar o desempenho de cada seguimento da escola. Os resultados obtidos são analisados e discutidos para encontrar melhores programas de trabalho. Na segunda parte do livro há Estudos de Caso apresentados pelos autores com a intenção de oferecer uma amostra empírica de como articular a gestão participativa com a situação atual das escolas públicas, principalmente. Os autores sugerem que os Estudos de Caso sejam sidos e comentados por pequenas equipes nas escolas e, posteriormente, se realize um encontro entre todos para o fechamento das discussões, fazendo surgir idéias de como aproveitar esse estudo para a melhoria da escola interessada em uma administração democrática. Apreciação Cada vez mais, urge a necessidade de uma escola construída para servir aos interesses da comunidade e não simplesmente para ensinar uma elite escolhida para a obtenção do sucesso. Com esse princípio a escola deve estar aberta à participação coletiva de todos que compõem a comunidade escolar. Os autores expressaram com propriedade o conceito de escola Participativa que é uma forma de gestão democrática e no desenvolver dos artigos ofereceram uma série de demonstrações de como implementar essa escola. Depois da leitura, ficam poucas dúvidas com relação aos pontos favoráveis nas escolas democráticas. A leitura é fácil e envolvente, cada página faz crescer a vontade de se aprofundar na leitura e não tem como retroceder na análise dos escritos. Indicação da obra A obra deve ser estudada e não apenas lida por todos os professores, gestores escolares, pais de alunos e, inclusive pelos próprios alunos. Creio que este livro deva fazer parte da bibliografia de todo bom educador universitário, assim como dos acadêmicos dos cursos de licenciatura. Dados do resenhista Esta resenha foi elaborada por Evaldo Inácio Delgado, professor universitário e coordenador do curso de Pedagogia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. É mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos-SP. É escritor e poeta. b. Modelo nº 2 - (Resenha informativa) CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 6.ed. São Paulo: Ática, 1993. Resenhado por Eduardo Rosa de Almeida, acadêmico do curso de Letras da Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras. Linguagem e persuasão

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Hodiernamente fala-se muito em propaganda/marketing, ou seja, em estratégias e artifícios usados para vender uma imagem, um produto. Entretanto, não podemos esquecer, ao utilizar tais estratégias, fazemos uso da palavra articulada ou escrita e modo a fazer crer ou aceitar o que estamos manifestando. Essa maneira persuasiva da linguagem com que induzimos nosso interlocutor (cliente) e usar com freqüência até mesmo em discussões entre amigos, nas quais queremos fazer valer nosso ponto de vista. Quando isso acontece e possível afirmar que estamos “vendendo nosso peixe”, somos “marketeiros” desta ou daquela ideologia. Citelli, no seu livro,coloca em questão essa modalidade persuasiva da linguagem, desde a arte retórica até a arte moderna. Antes de falar em retórica, ele questiona se existe informação sem persuasão. É claro que não, pois somos diferentes um dos outros, bem como temos interpretações díspares. Aquele que informa sempre acrescenta ou suprime algo, deixando implícita sua intenção. Exemplo disso é dado quando o narrador futebolístico informa o placar do jogo (resultado verdadeiro), mas de maneira persuasiva leva telespectador ou ouvinte a crer que a partida está fácil ou difícil, dando ou tirando-lhe, através da entonação da voz, a esperança de um outro resultado. Ao longo do livro, de maneira didática, Citelli reforça essa idéia com farta exemplificação,dizendo que não existem discursos desprovidos de persuasão, mas sim graus maiores ou menores desta. Onde será que tudo começou? A preocupação com o domínio da expressão verbal teve inicio na Grécia, sendo até mesmo implantada nas escolas, mas acabou por ser confundida como embelezamento lexical e teve esquecida por força persuasiva. Após uma primeira tentativa de sistematização, Aristóteles dissecou o discurso em sua estrutura e funcionamento na obra “Arte Retórica”, que e apontada como manual clássico sobre os estudos retóricos e guia de como fazer um texto persuasivo. Ele define a retórica como ciência que estuda os mecanismos utilizados para fazer algo ganhar dimensão de verdade. Urge então, ressaltar que aa persuasão não e sinônimo de mentira ou engodo, ela está calcada no ato de convencer alguém de algo que não pode ser verdadeiro, mas parece verdadeiro, verossímil. E para um discurso ser verossímil, Aristóteles afirma que o mesmo deve conter um exórdio (chamamento para a questão a ser explanada ou introdução), narração ou desenvolvimento, provas que sustentem a argumentação e a peroração ou conclusão. Hoje em dia os estudo retóricos passaram a receber novas abordagens, em especial no que diz respeito ás figuras de linguagem, como a metáfora e a metonímia, que têm como função “redefinir um determinado campo de informação, criando efeitos novos e que sejam capazes de atrair a atenção do espectador” (p.20). Mas qual a relação do signo com o discurso e deste ultimo com a persuasão? Total, na medida em que é através da inter-relação dos signos que se produz a frase, o período, o texto e, por sua vez, o discurso. Segundo Saussure, o signo e composto pelo significante, ou seja, o aspecto concreto ou a imagem acústica que o torna legível ou audível, e pelo seu significado conceitual convencionado, isto é, a apresentação mental a que o significante nos remete. Para ele o signo e arbitrário devido ao fato que a convenção significacional foi feita sem ter relação com a combinação sonora das palavras. Outro lingüista, Emile Benveniste, afirma que tal convenção se deu pela necessidade de nomear os objetos, deixando a arbitrariedade num segundo plano. Ora, como o signo é de fato, o mediador da comunicação, a escolha, o modo de articula-lo e organiza-lo poderá, segundo Citelli, determinar a direção que o discurso irá tomar, bem como o seu grau de persuasão. Não podemos, porém, desconsiderar que a língua e o signo são utilizados conforme

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o contexto e a intenção, assumindo assim múltiplos significados que fogem ao sentido literal e primeiro. Se o signo determina as direções do discurso, e necessário que se abordem aqui, mesmo que sucintamente, os tipos de discursos e seus graus de persuasão. O autor aponta ainda a existência de um discurso dominante ou institucional, que utiliza como provas de argumentação signos fechados advindos das instituições sociais maiores (judiciário,igreja) e menores (família, sala de aula), bem como de um discurso autorizado, que é assegurado pela competência previa de quem discursa. Quem fala possui autoridade no assunto, e isso lhe confere grande credibilidade. No que diz respeito ás modalidades discursivas, o autor apresenta o discurso lúdico, polemico e autoritário. Na sua ótica , o discurso lúdico constitui-se numa forma discursiva mais aberta e democrática provida de um grau menor de persuasão, que, por sua vez, quase desaparece em certos casos.utiliza-se de signos mais abertos e, portanto, polissêmicos. Trata-se da produção artisticamente literária. Já o discurso polêmico é aquele que possui um certo grau de instigação, visto apresentar argumentos que podem ser contestados, isto é, quem discursa ínsita a polêmica, pois domina o assunto, e os possíveis questionamentos se tornam recursos que a supremacia do seu ponto de vista. A terceira e última modalidade discursiva apontada é o discurso autoritário. É a formação discursiva por excelência persuasiva. Possui signos fechados, e a relação emissor/receptor quase inexistente, sendo que a este último não é concebida a possibilidade de interferência. É, segundo Citelli, “a forma discursiva na qual o poder escancara sua formas de dominação” (p.39)”. Sem dúvida, trata-se de um livro instigante e esclarecedor para todos aqueles que pretendem manejar com sapiência a própria linguagem, sejam professores, futuros professores, publicitários, jornalistas, enfim, todos que fazem ou farão do uso da linguagem seu instrumento de trabalho. No final do livro, além de elucidar questões quanto ao significado da linguagem persuasiva, aos modos de persuasão e à articulação do procedimento persuasivo, o autor traz diversos exemplos de textos persuasivos (no discurso publicitário, no discurso religioso, na literatura) com os quais propõe esquemas de análise para verificarmos os diferentes graus de persuasão presentes nesses textos. Quanto à questão sobre a existência de informação desprovida de persuasão, Citelli afirma que o “elemento persuasivo está colado ao discurso como a pele ao corpo” (p.6).

c. Modelo nº 3 (Resenha crítica) BASSO, Maristela. Terrorismo e violação dos direitos humanos: crise e necessidade de revisão do direito internacional. In:__ MENEZES, Wagner (Org.). O direito internacional e o direito brasileiro: homenagem a José Francisco Rezek. Ijuí: Unijuí, 2004, p. 205-224.

TERRORISMO E VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: CRISE E NECESSIDADE DE REVISÃO DO DIREITO INTERNACIONAL

Credencial dos autores:

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Maristela Basso, autora o texto intitulado “Terrorismo e violação dos direitos humanos: crise e necessidade de revisão do direito internacional”, publicado como capítulo na obra organizada por Wagner Menezes (O direito internacional e o direito brasileiro: homenagem a José Francisco Rezek, 2004, UNIJUÍ).

Síntese:

O texto tem como abordagem central a prática de atos terroristas e o Direito Internacional. Inicialmente, estabelece relação entre o Direito e Poder, onde a autora evoca princípios freudianos, relaciona a expressão poder por violência, como comportamento natural das espécies animais, não se excluindo o homem.

Prossegue delineando a evolução do comportamento humano para a prática

da dominação, tendo o emprego da força como forma de dirimir situações conflituosas, iniciando com uma simples divergência de opinião até o emprego da força. Numa visão evolucionista, atos violentos praticados pelo ser humano sempre esteve pautado na dominação de subjunção do oponente, que motivado pela expropriação de bens, quer simplesmente para se evidenciar sua superioridade. E nessa linha evolutiva, impera a superioridade intelectual, em substituição à força bruta.

Esta substituição mostra-se em tempos modernos, na instituição do Direito e

da lei, forças que regem uma comunidade, uma vez que esta estabelece regras para sanar situações conflituosas, as quais são vigiadas na sua aplicação por autoridades constituídas. Porém, ainda se faz guerra como forma de se conseguir a paz, fato que o Direito e a lei não conseguem evitar, nem assegurar a convivência pacífica entre os homens. Porém, se o Direito e a lei não inibem a violência, são, contudo, elementos determinantes para que se tenha uma ordem internacional mais justa, com menos injustiças e insatisfações.

O conceito para terrorismo, não importa suas motivações, leva sempre à

conclusão de que é uma prática que visa impingir medo, destruir as resistências emocionais (e muitas vezes físicas) a fim de se instaurar novos regimes ou se incutir ideologias; diferem, contudo, com atos bélicos estrategicamente planejados, vistos em guerrilhas e conflitos deflagrados entre nações.

Tem sido tratado com cuidado especial pelo Direito Internacional nas últimas

décadas, principalmente depois dos atentados de 11 de setembro de 2001; porém sua prática remonta aos anos 30 do século XX, quando se firmou a Convenção de Genebra para a Prevenção e Repressão do Terrorismo, em 1937, momento em que a comunidade internacional define os atos que se classificam como terroristas, que em síntese, são como atos contra o Estado, a vida e a liberdade.

Os Estados signatários dos tratados que definem os instrumentos de Direito

Internacional de prevenção e repressão ao terrorismo, comprometem-se, assim, não só a punir internamente tais atos como também cooperar para a sua repressão em âmbito internacional. O Brasil, como preceito constitucional (Art. 4°, inciso VIII), compromete-se a tomar todas as medidas necessárias para prevenção e punição de

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atos terroristas, tendo-os como crimes de interesse internacional, tipificados como delitos contra a vida humana.

Atualmente, o Direito Internacional tem como fundamentos a cooperação

internacional para a punição e prevenção contra crimes que violam direitos humanos na esfera nacional e internacional, destacando-se, para tanto, o Tribunal Penal Internacional, que se mostra como uma evolução no sentido de se criar um sistema judicial internacional permanente, independente e parcial, assegurando-se assim os direitos e a proteção da pessoa humana e das populações. Apreciação:

A autora transita em meio à história do comportamento humano manifesto em atos de violência, como forma de se atingir objetivos quase sempre de conotação política, ilustrando o texto com rica fundamentação nos atos do Direito Internacional que trata do terrorismo. Relaciona atos recentes de terrorismo à necessidade da organização e instituição do ordenamento jurídico internacional, vigiado por instituições com autoridade reconhecida internacionalmente, os quais, se não darão cabo de atos terroristas, indubitavelmente assegurariam os direitos da humanidade, o que se tornaria possível pelo alinhamento do Direito Internacional com as leis dos estados. Poderia se ter, ainda que no plano teórico, uma sociedade mundial mais justa, menos insatisfações entre os povos e o princípio da cooperação, ato que indubitavelmente inibiria atos classificados como terroristas, possibilitando ao homem conviver de forma menos primitiva com a sua constituição natural (violência) evocada por Freud e lembrada pela autora no início do texto resenhado. Indicação do texto:

Recomendada para todo cidadão que naturalmente envolve-se com o

processo de formação de consciências, vistos em atos educativo-pedagógicos. Porém, sua destinação específica é à estudantes de Direito, para que compreendam os princípios básicos do Direito Internacional no tocante ao vilipêndio aos direitos do homem, que extrapola ideologias e fronteiras.

Dados do resenhista:

Resenha elaborada por Teófilo Lourenço de Lima, professor universitário e acadêmico do curso de Direito do CEULJI/ULBRA, a fim de atender a exigências da disciplina Direito Internacional, sob titularidade do Professor Ms. Fabrício Carlos Zanin. E-mail: [email protected].

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CONDIÇÕES PARA SE ELABORAR UM TRABALHO ACADÊMICO

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Como toda atividade, a elaboração de uma monografia pressupõe algumas condições; umas são inerentes ao próprio agente, outras, externas.

No primeiro aspecto, tem-se como pré-condição a vontade, predisposição para

o “querer-fazer”, sem as quais só se encontrarão dificuldades. Nesse caso, Thompson apresenta a realidade de muitos estudantes e sugere a “receita”, quando diz que:

Dada a irremediabilidade da situação, menos ruim que cumprir o dever a contragosto será cultivar aquele inicial motivo de vontade, até transformá-lo em “corrente de vontade”. [...] Provoca alguma angústia, a princípio. Logo, vira obrigação suportável. Daqui a pouco, atraente. [...] As dificuldades [...] vencidas geram prazer. (1991, p. 1)

Cabe também ao estudante a disciplina, tarefa, por sinal, de difícil

consecução, uma vez que é sua prerrogativa controlar o ritmo e a forma dos trabalhos. Daí, então, a necessidade de se estabelecer dias e horários para dedicar tempo à monografia, a princípio com períodos curtos de estudo, que serão aumentados paulatinamente à medida em que for tomando gosto pela tarefa.

Atenção: Programar e não cumprir o programado só ajuda na indisciplina, aumentando as dificuldades com as tarefas.

Ainda no tocante à disciplina, cabe ao estudante exercitar a capacidade de

concentração, sem a qual poderá se pegar virando páginas sem saber sequer explicar ou mesmo apontar a última frase lida (ou olhada!). Eleja, portanto, prioridades; classifique suas dificuldades e busque em separado as alternativas, pois quando se tenta resolver todas as dificuldades em um só momento, só se consegue criar mais dificuldades.

Quanto aos fatores externos, chamamos a atenção para o ambiente, que deve

ser agradável, possibilitando o seu conforto físico. Não adianta empertigar-se numa cadeira dura para não dar sono durante as leituras-estudos; isto pode ser chamado de autoflagelação. Da mesma forma uma poltrona confortável não resolverá o problema da falta de concentração. Cada estudante deve conhecer suas dificuldades e suas limitações, definindo, assim, qual a postura que lhe trará maior rendimento nos trabalhos.

Por último, e mais importante, é ter ao alcance das mãos os recursos

necessários para um estudo eficiente, incluindo aí uma bibliografia básica da área escolhida para estudo e bons dicionário, tanto de língua portuguesa como da área específica, os quais, sem dúvida, caracterizam-se como excelentes auxiliares. 1 Planejamento

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Uma das grandes dificuldades encontradas na elaboração de uma monografia, e também nas mais diversas atividades, é a ausência de um planejamento. Normalmente, o assunto é escolhido, e o estudante parte “quebrando a cabeça” para construir textos e textos relacionados ao assunto, sem que tenha, primeiro, observado alguns procedimentos - método - de trabalho que resultem em qualidade.

Este planejamento, por muitos erroneamente chamado de projeto, é mais um

processo de raciocínio lógico do que uma ação materializada, que deve anteceder à elaboração do projeto. Não são poucas, salienta-se, as pesquisas que são levadas ao insucesso pela falta de um planejamento consistente. O projeto, afirmam Cervo e Bervian, faz a previsão e a provisão dos recursos necessários para atingir o objetivo proposto, estabelecendo a ordem e a natureza das diversas tarefas a serem executadas dentro de um cronograma a ser observado (1983, p. 62). Estes sugerem como planejamento de uma pesquisa os seguintes passos:

1. Escolha do assunto 2. Formulação do problema

a) Investigação 3. Estudos exploratórios 4. Coleta e análise dos dados b) Comunicação 5. Estrutura do relatório

6. Redação 7. Apresentação

Figura 1 - Planejamento da pesquisa - teoria metodológica (Fonte: CERVO e BERVIAN, 1983, p. 71)

Tais passos, chama-se a atenção, destinam-se a facilitar a elaboração do

projeto. Há de se cuidar para não confundi-los com o próprio. Ainda que para muitos autores a maior dificuldade encontrada na elaboração de um projeto esteja na formulação do problema, é na escolha do assunto que se percebe insegurança na maior parte dos estudantes. A escolha do assunto, de tarefa aparentemente fácil, mostra-se com tal complexidade que, logo de início, produz no estudante os primeiros temores quanto a conseguir ou não concluir a tarefa.

Isso muitas vezes se dá pela ânsia de querer escrever sobre algo que possa

chamar a atenção pelo novo, algo que não pareça a reprodução das idéias de outras pessoas. Por mais nobre que seja esse objetivo, não pode ser desconsiderado o fato de que o conhecimento se constrói a partir de informações acumuladas, daí o mito do ineditismo acadêmico, que desconsidera a dialética do conhecimento e gera no estudante monstros frente ao fazer pesquisa. A escolha do assunto, primeiro passo no processo de planejamento de uma pesquisa, deve, sim, ser feita com segurança, sabendo-se de fato sobre o que se quer falar, sob pena de incorrer em falar sobre o assunto escolhido com um enfoque que pode ser encontrado facilmente em livros disponíveis na biblioteca. Para isso, procedem-se à escolha e à delimitação do assunto.

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2 Seleção e delimitação do assunto

“Selecionar um assunto equivale a eliminar aqueles que, por uma razão plausível, devem ser evitados e fixar-se naquele que merece prioridade.” (CERVO e BERVIAN, 1994, p. 73)

Os fatores que levam alguém a escolher um assunto podem estar pautados

em questões pessoais, de ordem intelectual (desejo de conhecer) ou prática (aprimorar ações praticadas), sendo possível conciliar também os dois aspectos, devendo sempre surgir de um ponto que lhe desperte interesse, seja ele no campo profissional ou pessoal, evitando-se escolher assuntos por demais explorados (rever a questão da originalidade!) ou que não estejam dentro das suas possibilidades, enquanto disponibilidade de tempo, recursos necessários, etc. Escolhido o assunto, é necessário proceder à delimitação, procedimento que evitará que se construa um leque muito amplo de enfoques a serem dados sobre o assunto, resultando na dispersão e no distanciamento do assunto original.

Quando da delimitação, deve-se procurar escolher temas que não sejam

complexos e extensos ao ponto de impossibilitar sua realização. Delimitar é selecionar um tópico ou parte a ser abordado em relação a vários aspectos, dentre eles a questão do tempo e espaço, abordagem psicológica, econômica, sociológica, etc. Delimitar é escolher, a partir de um determinado tema, o assunto especifico a ser estudado.

tema assunto escolhido

Figura 2 - Representação da escolha do assunto a ser estudado em um tema geral

Costuma-se sugerir que se proceda à delimitação a partir da pergunta “sobre o

quê?”, dirigida ao tema escolhido. Toma-se, por exemplo, como tema a ser estudado, a Região Norte. É necessário se saber “sobre o quê” se vai pesquisar. A economia? Demografia? Extrativismo? É preciso que se saiba exatamente sobre o que se quer pesquisar, para que se possa direcionar toda a atenção ao assunto que é o ponto central da pesquisa.

Tomemos como situação hipotética uma pesquisa sobre a Região Norte,

conforme o exemplo dado. O assunto escolhido dentro do tema Região Norte foi o extrativismo. Fica ainda a pergunta: “Falar o que sobre o extrativismo da Região Norte?”. Graficamente, poderíamos representar o processo da seguinte maneira:

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37

TEMA ASSUNTO

Figura 3 - Processo de escolha e delimitação do assunto

3 Formulação do problema

A formulação do problema (ou problematização) é, talvez, um dos pontos mais difíceis do planejamento de uma pesquisa, pois exige que o estudante tenha claro para si exatamente o que pretende responder com a pesquisa, sem, contudo, cair em obviedades.

Por ser um problema (portanto, passivo de resposta), deve ser caracterizado

por uma pergunta que, na sua elaboração, contemple toda a profundidade do assunto a ser investigado. É uma seqüência do processo de delimitação. Definido o problema, o mesmo deve ser apresentado sob a forma de uma pergunta, que será, ao longo de todo o processo de investigação, o “norte direcionador” das atividades. Toda e qualquer informação levantada em relação ao assunto escolhido deve associar-se ao problema; caso contrário, pode-se ter uma relação indireta, sem uma importância efetiva para o projeto.

Tema Assunto Problema

Em que época e

em que termos?

Atualidade,

Em termos

econômicos

A importância

econômica do

extrativismo

vegetal na Região

Norte na

atualidade

Região Norte

Que prática

Extrativista?

Extrativismo

Extrativismo

vegetal

Região Norte

A importância

econômica do

extrativismo

vegetal na

Região Norte

Qual a contribuição do extrativismo

vegetal para a economia da Região

Norte na atualidade?

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Figura 4 – Relação entre TEMA, ASSUNTO e PROBLEMATIZAÇÃO

O problema deve ser formulado de maneira que possa ser respondido durante a pesquisa, e sua formulação é decisiva na condução dos trabalhos de investigação. Ela pressupõe, porém, conhecimento mínimo sobre o assunto. Afinal, o que suscita a busca de respostas através da pesquisa é a curiosidade, o querer conhecer (a pesquisa pura) ou a necessidade de responder a indagação/situação-problema (pesquisa aplicada).

Há uma regra básica, onde recomenda-se que, ao se formular o problema,

deve o estudante procurar a resposta; se encontrá-la de forma aparentemente conclusiva, deve procurar redefinir o problema ou deixá-lo de lado, a fim de não empreender um esforço desnecessário na busca daquilo que já é óbvio, que está disponível na biblioteca.

Contudo, o problema deve ser gerado da reflexão, onde o assunto escolhido

seja apresentado de forma original e com possibilidade de contribuição para a ciência a que está vinculado.

4 Estudos exploratórios - coleta e análise dos dados

Apenas escolher o assunto e de imediato escrever sobre ele pode caracterizar-se como um esforço e uma dedicação de tempo enormes aplicados de forma inadequada, sem os resultados qualitativos necessários. Procedendo assim, o que se consegue é uma enorme frustração por não se produzir um texto com qualidade, seguida do “show” de folhas de papel jogadas no lixo. Sabendo-se sobre “o que pesquisar”, o estudante passa à fase de estudos exploratórios, onde deve identificar a fonte documental a ser utilizada e proceder ao levantamento bibliográfico necessário à coleta de dados.

Feito isso, é fundamental a organização de fichários, onde se procede à coleta

(guarda) dos dados de interesse da pesquisa. Lakatos e Marconi (1995), dentre os vários autores que abordam a questão da documentação durante a pesquisa, apresentam com muita propriedade a técnica de fichamento. Recomenda-se, então, a obra das mesma, Metodologia do trabalho científico. (1995)

De nada adianta dispor de farto material se não souber utilizá-lo de forma

adequada; da mesma forma, anotações espalhadas em folhas soltas e desorganizadas, sem nenhum critério, onde citações são misturadas com idéias pessoais e resumos de textos, causam perda de tempo enorme, pois além de dificultar a localização dos dados quando exigidos, resultam na perda de informações. Assim, é de fundamental importância que se utilize um método adequado de documentação, distinguindo suas idéias pessoais das dos autores consultados. Deve-se, no mínimo, agrupar as anotações correspondentes a citações, resumos, esboços e apontamentos pessoais. Quando o aluno faz anotações em fichas, já está trabalhando na produção do relatório, que é o produto final da pesquisa. Agrupadas as informações, o passo seguinte é a análise e a

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destinação das idéias pelas relações existentes, o que facilita, depois, a redação do trabalho.

5. Fichamento de citações (ficha cópia) Numa pesquisa caracterizada pela revisão bibliográfica, ou neste

procedimento enquanto parte de qualquer outra pesquisa, recomenda-se que se utilize a técnica de fichamento de citações, também conhecida como ficha-cópia, por ser a que melhor reproduz e registra as idéias dos autores trabalhados.

O fichamento pode ser usado tanto como coleta de dados para se elaborar um

trabalho acadêmico em sala de aula, como também ele em si ser um trabalho, comumente solicitado pelos professores. Pode ser feito de maneira manuscrita ou digitado, a depender da finalidade ou circunstância em que foi solicitado, sendo que os cuidados na sua elaboração devem sempre ser os mesmos.

Nas explicações que se seguem, consideram-se como “fichas” aquelas

adquiridas em livrarias, as folhas de caderno, quando feitas manuscritas em sala de aula ou as páginas digitadas; o que se deve levar em consideração, como importância maior nesse caso, é a técnica, não o instrumento a ser usado.

Observa-se, contudo, que apesar da diversidade de maneiras de se fazer um

fichamento, chamamos a atenção para o fato de que todas elas deverão ter a seguinte estrutura:

cabeçalho, identificando o assunto geral e conteúdo específico e um código de classificação;

a indicação da fonte de onde se extraiu os dados nela contidos;

conteúdo da ficha, também chamado de corpo, constituído das informações extraídas das fontes;

local onde a fonte consultada e fichada pode ser encontrada, a fim de facilitar a qualquer momento uma nova consulta à fonte, caso se faça necessário. Esta infromação é opcional.

Entre o cabeçalho, a referência e o conteúdo, devem-se deixar uma linha em

branco; o mesmo entre uma citação e outra. Algumas regras comuns a todos os tipos de fichamento, quer se utilize o

computador, quer seja manuscrito:

Em cada ficha que constitui o fichamento podem ser inseridas quantas informações couber ou for do interesse do pesquisador, desde que extraídas de uma única fonte e relacionadas a um mesmo assunto;

Um mesmo fichamento pode ser feito com informações de fontes diversas, sobre um mesmo assunto;

O fichador é quem decide quantas fichas terá seu fichamento;

Quando manuscrito utiliza-se a frente e o verso da ficha, sendo que na frente consta o cabeçalho, a referência bibliográfica e o conteúdo;

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40

Em cada ficha do fichamento devem se repetir o cabeçalho e a referência da fonte pesquisada;

Ao mudar de fonte, ainda que trate do mesmo assunto, deve-se também mudar de ficha;

As fichas podem ser de obra considerada no todo ou em parte, alterando, portanto, a indicação da referência (ver capítulo 4);

Em todos os fichamentos, o título genérico corresponde ao assunto pesquisado (fichado), enquanto o título específico corresponde ao conteúdo de uma ou de algumas fichas do fichamento;

O fichamento tanto pode ser tratado como parte de uma pesquisa, enquanto coleta de dados, como também pode ser pedido como um trabalho específico, para atender a necessidades de uma disciplina;

Não se mistura estilos diferentes em um mesmo fichamento. No caso de se utilizar as fichas pautadas adquiridas em livrarias, a ideal, além

do tamanho, determinado pelo pesquisador, é aquela que a margem superior de uma face não coincide com a outra, de modo que ao olhar para frente da ficha, em posição de leitura, o verso estará de cabeça para baixo; mas vale lembrar: um fichamento tanto pode ser feito usando-se fichas adquiridas em livrarias como também manuscritas em folhas de caderno ou digitadas.

O cabeçalho é constituído de três partes:

A primeira é um título genérico do fichamento, visto na primeira linha, que corresponde ao assunto geral fichado, representa todo o seu conteúdo; este título aparece em todas as fichas do fichamento. Exemplo:

Avaliação escolar

Segundo, é o título específico da ficha, que representa o conteúdo da ficha ou de algumas fichas na qual se encontra; pode se repetir em quantas fichas se fizer necessário, desde que contenha a seqüência de um mesmo conteúdo. Exemplo:

Avaliação escolar

Avaliação formativa

A terceira parte é constituída do código de identificação das fichas e do fichamento; sugerimos o uso de números e letras associadas, de maneira que o número corresponda a ordem e quantidade de fichas e a letra representa o assunto fichado. O número aparecerá em todas as fichas em ordem crescente, enquanto a mesma letra aparecerá em todas as fichas que integram aquele fichamento. Ex. “1-A, 2-A, 3-A, 4-A ...” Salienta-se que o código de

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41

classificação deve ser adequado à organização do fichador; desde que seja funcional, não precisa necessariamente ser o modelo aqui proposto.

Metodologia Científica

Partes de um trabalho científico

1-A

O fichamento de citações tem como conteúdo (ou corpo) citações/transcrições literais extraídas das fontes consultadas. Sua finalidade é retirar da fonte original apenas as partes do texto que interessam, por relacionarem-se ao assunto pesquisado. Exige todo cuidado, pois se caracteriza pela transcrição literal do texto, sendo de grande importância no processo de pesquisa, uma vez que disponibiliza ao investigador as informações contidas nas fontes consultadas tal como se encontram no original, evitando assim que durante a elaboração/redação do trabalho, tenha que recorrer às fontes pesquisadas.

Para elaborá-la, portanto, é necessário primeiro que a fonte pesquisada seja conhecida, a fim de se identificar exatamente as informações que são importantes daquelas de menor importância, ou complementares. Daí a necessidade de se ler os textos a serem fichados antes de se iniciar a sua elaboração. Uma das maiores dificuldades encontradas pelo aluno no uso da técnica de fichamento na elaboração de trabalhos, é exatamente desconhecer os textos fichados, o que impossibilita a posse de suas principais idéias e consequentemente a sua compreensão.

Sua elaboração deve observar as seguintes características:

As idéias transcritas (citações) devem ser feitas entre aspas; no caso de se suprimir parte do texto transcrito no início, no meio ou no final da citação, substituir por reticências entre colchetes;

Uma citação pode ter quantidades de linhas diversas, desde que cada uma expresse uma idéia de forma clara;

Ao término de cada citação, indicar o número da página em que o texto pode ser encontrado na fonte, devendo aparecer entre parênteses;

Caso queira fazer alguma consideração pessoal dentro de uma citação, a fim de clarificá-la, deve fazê-lo entre colchetes; observa-se que o esclarecimento/complemento é constituído de poucas palavras, não de textos, o que então justificaria a transcrição sem supressões;

No caso de erros encontrados na fonte, não corrigir; indica-se o erro com a expressão “sic” (tal qual o original), entre colchetes, logo após o erro.

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Frente da ficha

Metodologia Científica

Delimitação da unidade de leitura

1-A

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21.ed. São Paulo: Cortez, 2000. “A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma unidade de leitura [...]. Assim, pode-se considerar um capítulo, uma seção ou qualquer outra subdivisão. [...] determinam-se os limites no interior dos quais se processará a disciplina do trabalho de leitura [...]”. (51) “A extencão [sic] da unidade será determinada proporcionalmente à acessibilidade do texto, a ser definida por sua natureza, assim como pela familiaridade do leitor com o assunto tratado. ”(51) “[...] cada subdivisão é referida ao número da página em que se situa; tratando-se de textos não paginados, deve-se numerar previamente os parágrafos [...]”(53)

Verso da ficha

“Em primeiro lugar busca-se saber do que fala o texto. A resposta a esta questão revela o tema ou assunto da unidade [...] é preciso captar a perspectiva de abordagem do autor: tal perspectiva define o âmbito dentro do qual o tema é tratado, restringindo-o a limites determinados.” (54) “Pergunta-se, pois, ao texto estudado: como o assunto está problematizado? [...] nem sempre é clara e precisa no texto, em geral é implícita, cabendo ao leitor explicitá-la”. (54) “A idéia central pode ser considerada inicialmente como uma hipótese geral da unidade, pois que é justamente essa idéia que cabe à unidade demonstrar mediante o raciocínio. [...]” (51) “[...] a leitura bem feita deve possibilitar ao estudioso progredir no desenvolvimento das idéias do autor, bem como daqueles elementos relacionados com elas [...]” (59)

Acervo da Biblioteca do CEULJI/ULBRA

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Figura 5 – Exemplo de uma ficha de citações – frente e verso

O fichamento de citações, enquanto coleta de dados em uma pesquisa bibliográfica, deve ser feito de modo a não ser mais necessário recorrer às obras pesquisadas/fichadas. Nelas deve-se armazenar todas as informações relevantes encontradas na literatura pesquisada, e sua importância está não só na coleta de informações sobre o assunto pesquisado, mas também no fato de possibilitar ao aluno a construção e reconstrução de conceitos lidos, sem, contudo ter que recorrer à fonte escrita.

Outros fichamentos podem ser feitos ao longo do processo de pesquisa,

porém, salienta-se, o mais comum e mais recomendado que se faça, é o fichamento de citações, em virtude de sua múltipla utilização.

Nesta etapa dos trabalhos, de posse dos fichamentos, o pesquisador terá

em mão as informações que se adequam ao seu objeto de estudo e as suas respectivas fontes, de modo que poderá recorrer a elas em qualquer momento que necessitar. Procederá então a análise dos dados coletados, buscando sua compreensão e classificando-os de modo a utilizar posteriormente na construção dos seus argumentos.

Quando chega a concluir o fichamento, o aluno já teve vários contatos com

o objeto de estudo:

Primeiro quando ouviu em sala de aula sobre o assunto a ser pesquisado;

Depois, ao pensar o seu planejamento para a pesquisa (elaboração do projeto de pesquisa), momento de grande importância no processo, pois é quando ocorre todo o idealizar do trabalho, é quando ele é pensado e assim pode ser vislumbrado;

O terceiro momento é quando se realiza os estudos exploratórios; efetivamente aí ocorre o contato com o objeto de estudo, de forma mais intensa;

Identificadas as fontes de pesquisa, processa-se as leituras, possibilitando a identificação e posse das principais idéias neles contidas.

Concluído o fichamento, procede-se a análise das informações coletadas,

as quais serão organizadas de forma a possibilitar a construção de textos. Recomenda-se, neste estágio do trabalho, a elaboração de um resumo esquemático, a ser usado como um roteiro para o texto a ser produzido.

6 Resumo esquemático Terminado o fichamento, toda a atenção do aluno na elaboração deverá

estar voltada para as fichas, ficando os livros disponíveis apenas para se conferir algum dado. Com isso, diminui-se o volume de material/folhas a serem manuseadas durante a elaboração do trabalho, evitando assim o desestímulo gerado pela quantidade de informações a serem manuseadas, sensação

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geralmente despertada pelos vários livros que tratam do assunto pesquisado, sobre quem não tem ainda o hábito de realizar pesquisas em várias fontes sobre um mesmo assunto.

Além da diminuição da quantidade de páginas a serem manuseadas, no

fichamento o aluno terá apenas informações relacionadas ao objeto pesquisado, o que chamamos de informações úteis, uma vez que nele foram transcritas/armazenadas apenas as idéias principais sobre os textos lidos, podendo assim melhor aproveitar o seu pouco tempo de possível dedicação à prática investigativa. Ao manusear o fichamento, estará exercitando o hábito de pensar sobre assuntos lidos, estará desenvolvendo a construção de raciocínios sobre assuntos até então desconhecidos e, consequentemente, reforçando a aprendizagem.

Através do fichamento, o aluno buscará dentro de si o conhecimento

acumulado em todas as etapas anteriores, não recebendo a influência direta dos textos lidos e que, de forma quase sempre negativa, reforça a falsa sensação de que não poderá escrever sobre aquele assunto, pois os autores lidos já falaram tudo de forma clara.

Concluído o fichamento, é o momento de se iniciar a redação do seu

trabalho, e o primeiro passo é voltar à leitura dos fichamentos, onde se buscará apreender ao máximo as informações nele contidas. Feito isso, transformar o fichamento em um resumo esquemático, onde agora a livre interpretação (sem, contudo, deturpá-las!) das idéias dos autores pesquisados norteará a redação. Sugerimos então o resumo esquemático, ou simplesmente esquema, que constitui-se da ordenação e apresentação das principais idéias sobre o assunto a fichado.

O resumo esquemático é, em outras palavras, a representação gráfica,

sintética do que se leu e se armazenou nas fichas. Sua elaboração, tal como todo raciocínio, deve observar uma seqüência lógica que ordene claramente as principais partes do conteúdo do texto e que, mediante divisões e subdivisões, represente sua hierarquia. O resumo esquemático facilita a assimilação do conteúdo estudado, permitindo refletir melhor sobre o texto, além de proporcionar uma rápida recordação do assunto em leituras futuras. Sua elaboração pressupõe a compreensão das relações existentes entre as diversas partes do texto, devendo observar as seguintes características (GALLIANO, 1986 e LIMA, 1996):

Fidelidade ao texto original – deve ser elaborado a partir da leitura, e não o inverso. É válido o uso de expressões próprias para reproduzir o pensamento do autor, que, contudo, não pode ser distorcido.

Estrutura lógica – deve obedecer a um critério claro, lógico, de subordinação das idéias, fato que só é possível quando se está de posse da idéia principal do texto e seus complementos significativos, que são ordenados conforme sua importância, destacando as idéias principais das idéias secundárias, complementares.

Funcionalidade para uso – para ser funcional, o esquema tem de ser expresso de forma que numa simples olhada, seja possível se ter uma idéia clara sobre o assunto esquematizado.

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Flexibilidade – o esquema não pode ser inflexível, pois é um instrumento auxiliar de trabalho. Se tomado como algo completo, acabado, simplesmente perderá sua finalidade.

Deve-se usar orações curtas e evitar palavras e repetições desnecessárias. Deve ser elaborado de tal forma, que sirva de roteiro para construção de um

raciocínio lógico, claro, quer seja numa exposição oral, quer numa dissertação. Pode ser apresentado sob a forma de números ou chaves. No caso de ser feito com números, observa-se os seguintes cuidados na sua redação:

Coloca-se um título para o assunto, escrito em letras maiúsculas e centralizado; pode ser (ou não) antecedido de um número em algarismo romano.

Logo após o título, salta-se uma linha e coloca-se a indicação da (ou das) fontes de onde se extraiu as informações.

Pula-se uma linha e dá início a apresentação das idéias, que deve seguir uma hierarquia conforme sua importância, divididos em idéias principais e idéias complementares.

Cada idéia (principal ou complementar) deve ser antecedido de um número, letra ou símbolo, conforme a sua importância no esquema:

O resumo esquemático pode ter diversas utilidades, das quais salientamos:

Auxilia no preparo para provas, uma vez que são constituídos das principais idéias dos textos a serem estudados, já expressas a partir de uma análise.

Auxilia a desenvolver o raciocínio e a reconstrução dos argumentos a partir de pequenos enunciados sobre o assunto.

Auxilia na apresentação de trabalhos em sala de aula ou seminários, proporcionando ao orador um roteiro claro e completo das principais idéias a serem abordadas.

Elaborado após os fichamentos, caracteriza-se como o roteiro sobre o qual se desenvolverá a argumentação, escrita sob a forma de trabalhos científicos.

Sobre este último tópico (roteiro), salienta-se que o resumo esquemático

cumpre o papel de “idéias geradoras”, aos moldes daquelas redações pedidas nas séries iniciais após o período de férias escolares,onde os alunos eram levados a dissertar sobre o tema “Minhas férias” e, no texto a ser produzido, deveria constar algumas “palavras geradoras”, como forma de orientar sua elaboração. O mesmo princípio se vê nas redações dos vestibulares, onde um tema gerador é proposto e o aluno disserta sobre eles.

A diferença fundamentail do resumo esquemático enquanto roteiro de uma

redação, para as idéias/palavras geradoras das redações supracitadas, é que o assunto resumido sob a forma de esquema foi escolhido pelo aluno; sobre ele se fez leituras e se destacou as principais informações no fichamento, as quais foram lidas, analisadas, interpretadas e organizadas sob a forma de resumo esquemático.

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Seu uso é pessoal, pois representa o assunto sob a ótica de quem o elabora. Abaixo, estrutura básica de um resumo esquemático, no qual se usou números:

__________________________________________________________________________ 1- .......................................Idéia principal 1.1-................................Idéia complementar 1.2- ................................Idéia complementar 1.2.1- ......................Idéia complementar 1.2.2- ......................Idéia complementar 1.3- ................................Idéia complementar 1.3.1- ......................Idéia complementar 2- .......................................Idéia principal 2.1- ...............................Idéia complementar 2.2- ................................Idéia complementar 2.2.1- ......................Idéia complementar 2.2.2- ......................Idéia complementar 2.2.2.1- .........Idéia complementar

Fig. 5- Estrutura de um resumo esquemático

Uma vez pronto, o resumo esquemático servirá como um roteiro para a

redação do trabalho. Cada idéia nele contida servirá como um tema para uma dissertação, como se vê nos concursos vestibulares, onde várias alternativas são propostas ao candidato para que escolha uma e produza um texto com uma quantidade de linhas predefinidas. A diferença é que, ao invés de escolher um dos temas, todos os enunciados servirão para nortear a redação do trabalho, de maneira que, se de cada idéia contida no resumo esquemático o aluno produzir 10 linhas, em pouco tempo terá um texto considerável, sem que contudo tenha feito cópias ou ficado prezo aos livros que tratam do assunto.

Pode num primeiro momento parecer difícil, porém a tarefa de se produzir um

texto seguindo tais procedimentos, se torna extremamente facilitados. Na seqüência, dois modelos de resumo esquemático, nos quais usamos o mesmo conteúdo mas estruturas diferentes: chaves e números.

I – LEITURA LIMA, Teófilo L. de. Pontos básicos de metodologia. Porto Velho: Universidade Federal de Rondônia, Fundação Riomar – PROHACAP, 2003. 1- Para que a faça com qualidade, é necessário observar algumas condições:

1.1- Persistência - condição básica para se adquirir o hábito; 1.2- Deve-se estabelecer dias e horários sua prática;

A estrutura do esquema é constituída de idéias principais e idéias complementares. Cada idéia principal (1, 2...) pode ter quantas idéias complementares (1.1-, 1.2-... 2.1-, 2.2-, 2.2.1-, a)...) se fizer necessário, devendo representar as idéias do texto original por ordem de importância. Entre um idéia principal e outra sempre se salta uma linha.

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1.3- Procurar dividir o tempo entre a leitura e a interpretação do que leu, para só então avançar. 1.3.1- Cada leitor tem a sua realidade e dentro dela encontrará o tempo e o

horário que lhe for mais adequado para a leitura. 1.3.2- Na fase inicial, sempre concluir a parte do texto que expresse uma idéia

ou conceitos, como forma de se obter uma visão de conjunto daquilo que está lendo.

1.3.3- Interromper a leitura no meio de um capítulo exigirá que posteriormente retorne ao seu início para se ter uma visão inicial do texto e assim a sua compreensão.

1.3.4- O ideal é sempre concluir a unidade de leitura. 1.4- Ao retomar uma leitura, procure ler os últimos parágrafos anteriores para que

possa dar prosseguimento ao raciocínio do autor. 2- Compreender o que se lê é condição básica para que se tome gosto pela

leitura. 3- É necessário ter à disposição recursos auxiliares: papel de rascunho e

dicionários 3.1- Não basta aqui um dicionário de língua portuguesa, pois se é uma leitura

científica, muitas expressões técnicas não constarão dele. 3.1.1- Há quem diga que quatro palavras desconhecidas compromete a

compreensão do texto. 3.1.2- A correta interpretação da palavra possibilitará o emprego do

significado ao texto. 3.1.3- O ambiente deve ser confortável e arejado. 3.1.3.1- Deve ser adequado à atividade de leitura, não ao descanso. 3.1.3.2- Deve ser agradável, possibilitando o seu conforto físico.

a) Não adianta empertigar-se numa cadeira dura para não dar sono durante as leituras-estudo; isto pode ser chamado de autoflagelação.

3.13.3- Cada estudante deve conhecer suas dificuldades e suas limitações, definindo assim qual a melhor postura, que lhe trará maior rendimento nos trabalhos.

3.1.3.4- Alguns cuidados devem ser observados: a) iluminação adequada; b) temperatura que não gere incômodo

4- A disciplina é outro fator importante e, em regra, tarefa por sinal de difícil

consecução, uma vez que é sua prerrogativa controlar o ritmo e forma dos trabalhos.

4.1- Programar e não cumprir só ajuda na indisciplina, aumentando as dificuldades com as tarefas.

Fig. 6 – Modelo de resumo esquemático, feito com estrutura numérica.

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ETRUTURA PARA A MONOGRAFIA2

(NBR’s ABNT 14.724/2005, 6023/2002, 6024/1989, 6027/1989, 6028/1990, 10520/2002)

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

Estrutura Elemento Paginação

Partes pré- textuais....

Capa .............................................. Folha de rosto................................. Catalogação bibliográfica*.............. Errata.............................................. Folha de aprovação........................ Dedicatória..................................... Agradecimentos.............................. Epígrafe.......................................... Resumo na língua vernácula.......... Resumo em língua estrangeira...... Sumário.......................................... Lista ilustrações.............................. Lista de abreviaturas e siglas......... Lista de símbolos............................

Obrigatório....... Obrigatório....... Obrigatória....... Opcional.......... Obrigatório....... Opcional.......... Opcional.......... Opcional.......... Obrigatório....... Obrigatório....... Obrigatório....... Opcional.......... Opcional.......... Opcional..........

Não conta e não numera Conta e não numera Não conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera Conta e não numera

Textuais.....................

Introdução....................................... Desenvolvimento (capítulos).......... Conclusão......................................

Obrigatório....... Obrigatório....... Obrigatório.......

Conta e numera Conta e numera Conta e numera

Pós-textuais...............

Referências.................................... Apêndice........................................ Anexos............................................ Glossário........................................

Obrigatório....... Opcional.......... Opcional.......... Opcional..........

Conta e numera Conta e numera Conta e numera Conta e numera

* - No verso da folha de rosto.

2 Por Teófilo Lourenço de Lima. Pedagogo, especialista em Supervisão Escolar e Magistério, especialista em

Administração e Planejamento para Docentes, professor de Instrumentalização do Trabalho Científico, Ações

Investigativas e Avaliativas e Sociedade e Contemporaneidade, no CEULJI/ULBRA, onde também responde

pela Coordenação de Monografia Jurídica. É autor – dentre outros - do livro Manual básico para elaboração de

monografias, já na sua 4ª edição, e autor/organizador do livro Metodologia de Pesquisa Científica: orientações

para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos (v. 305 – Cadernos Universitários) pela Editora da

ULBRA.

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2 MODELOS – PARTES DE UMA MONOGRAFIA a) capa (Obrigatória)

b) Folha de rosto – obrigatória (frente)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE

JI-PARANÁ - CEULJI

FRIEDRICH ENGELS

REAPROVEITAMENTO DE MATERIAL

PERECÍVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ji-Paraná

2008

OBS.: De acordo com a ABNT, é facultado colocar o nome da

faculdade na capa do trabalho monográfico,

antes do nome do autor. No curso de Direito do CEULJI,

torna-se obrigatório.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

FRIEDRICH ENGELS

REAPROVEITAMENTO DE MATERIAL

PERECÍVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado ao Centro

Universitário Luterano de Ji-

Paraná - CEULJI, para

obtenção de grau acadêmico de

Bacharel em Direito, sob

orientação do Professor Doutor

Karl Marx .

Ji-Paraná

2008

A folha de rosto, para fins de paginação, é

contada mas não é numerada.

Page 50: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

50

c) Verso da folha de rosto – catalogação bibliográfica (Obrigatória)

d) Errata (opcional)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

De Sordi, Neide Alves Dias.

Avaliação da cobertura real da base de

dados agrícola nacional – AGROBASE, do

Centro Nacional de Informação Documental

Agrícola – CEMAGRI / Neide Alves Dias de

Sordi. --- 1986

Vii, 149 f., enc.; 30 cm.

Dissertação (mestrado) – Universidade de

Brasília, 1986.

Bibliografia: f. 70-76

I – Título

Obrigatória no trabalho monográfico, devendo

ser feita por profissional de

Biblioteconomia. Recomenda-se que o profissional indique o no de registro (CRB) do profissional abaixo

da catalogação. Não é contada, para fins de paginação.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se

27 3 penssaram pensaram

37 12 pegarr pegar

45 9 un um

A ERRATA é opcional; caso seja colocada, deve ser

contada mas não numerada. A correção dos erros sempre é o

mais indicado.

Page 51: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

51

e) Folha de aprovação (Obrigatória)

f) Dedicatória (opcional)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

FRIEDRICH ENGELS

REAPROVEITAMENTO DE MATERIAL NÃO

PERECÍVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI,

em ___/___/____, para obtenção de grau acadêmico de

Bacharel em Direito, sob orientação do Professor

Doutor Karl Marx.

AVALIADORES

______________________________ - __________

Nome do 1º avaliador - Instituição Nota

______________________________ - __________

Nome do 2º avaliador - Instituição Nota

______________________________ - __________

Nome do 3º avaliador - Instituição Nota

_________________

Média

Ji-Paraná

2006

Antes da reprodução definitiva da

monografia, ou gravação em CD, não esquecer de colocar

os nomes dos integrantes da banca e

as instituições de ensino a que estão vinculados. É parte

obrigatória do trabalho. É contada para efeito

de paginação mas não é numerada.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

Dedico a João Gustavo,

filho amado e alegria maior.

Parte opcional; caso venha a colocá-la, recomenda-se que não seja intimista. É contada,

mas não numerada para fins de paginação. Não há regras para configuração de página, porém, a forma clássica, é a colocação

no canto inferior direito, respeitando-se sempre as

margens da página.

Page 52: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

52

g) Folha de agradecimentos (Obrigatória)

h) Epígrafe ou dístico (opcional)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

Aos professores José Martins,

Jenaldo, Valmir e Jane, sempre

presentes nos momentos que

antecedem a uma publicação.

Agradecimentos sinceros!

Parte opcional; caso venha a colocá-la,

recomenda-se que não seja intimista. É

contada, mas não numerada para fins de

paginação. Não há regras para

configuração de página, porém, a

forma clássica, é a colocação no canto

inferior direito, respeitando-se sempre as margens da página.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

“Pode se afirmar que a escola,

possuidora da tarefa de

preparar o indivíduo para uma

vida social profícua,

proporcionando-lhe condições

de manter-se sempre cônscio

do seu papel e dos seus

direitos, mediante o

reconhecimento e exploração

de suas potencialidades, é a

principal responsável por

dificultar que o seu fim seja

atingido.” (LIMA, 2004 p.

76)

Parte opcional. É contada, mas não numerada para fins de

paginação. Não há regras para configuração de página, porém, a forma clássica, é a colocação

no canto inferior direito, respeitando-se sempre as

margens da página. Se for uma citação, indicar a fonte.

Page 53: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

53

i) Resumo em língua portuguesa e tradução (Obrigatórios)

j) Sumário (obrigatório)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

RESUMO

2 linhas 1,5

Trabalho destinado a estudantes de Metodologia

Científica, orienta a realização dos estudos a partir do

planejamento das atividades relacionadas ao estudo

individual e sugere procedimentos para se fazer uma

leitura qualitativa e planejar a elaboração de uma

pesquisa acadêmica, desde a escolha do assunto até a

apresentação dos resultados da pesquisa, sob a forma

de trabalhos acadêmicos de diferente natureza:

fichamentos, enquanto técnica de coleta de dados,

resumo esquemático, como parte do processo de

análise dos dados coletados, resumos, trabalhos

acadêmicos com estrutura monográfica, elaboração de

referências bibliográficas e citações, com as

respectivas indicações das fontes, artigos científicos,

pôsteres e painéis e resenhas. Todos os procedimentos

apresentados no seu conteúdo, tem como referência a

normatização da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT, numa linguagem simplificada e

interpretada, facilitando assim o uso por iniciantes no

universo da investigação científica.

Palavras-chave: Metodologia.. Pesquisa. Ciência

Resumo em língua portuguesa contendo no mínimo 150 e no

máximo 500 palavras, feito em espaçamento

simples. O mesmo resumo deve ser

traduzido para outro idioma (inglês,

preferencialmente) em nova folha, mantendo

o mesmo formato gráfico.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

SUMÁRIO

2 linhas 1,5

INTRODUÇÃO .......................................................... 9

1. E O HOMEM COMEÇOU A PRODUZIR ......... 12

1.1 Processo de elaboração de um trabalho ............... 14

1.1.1 Planejamento ................................................... 16

1.1.2 Escolha, delimitação do assunto e

problematização ........................................... 18

1.1.3 Coleta de dados – fichamentos ........................ 21

2. TRABALHOS ACADÊMICOS........................... 25

2.2 Artigo científico .................................................. 36

2.2.1 Conceito ........................................................... 38

2.2.2 Natureza ........................................................... 39

2.3 Resumos, pôster-painel ....................................... 42

2.4 Resenha ............................................................... 53

CONCLUSÃO .......................................................... 67

REFERÊNCIAS ...................................................... 72

Dedico a João Gustavo,

filho amado e alegria maior.

Parte obrigatória da monografia consiste na reprodução dos

títulos capitulares e suas divisões tal como aparecem no

corpo do trabalho, com suas respectivas páginas iniciais. Os títulos e suas divisões devem

ser alinhados à margem esquerda.

O título “RESUMO” deve ser feito em letras maiúsculas, centralizado a 3 cm da borda superior da folha. Do título para o texto salta-se 2 linhas,

com espaçamento 1,5.

Page 54: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

54

k) Lista de figuras (Opcional)

l) Página de abertura da Introdução

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

LISTA DE FIGURAS

2 linhas 1,5

Fig. 1: Representação da Escolha do Assunto a ser

estudado em um Tema Geral ......................... 13

Fig. 2: Delimitação/escolha do Assunto ................... 20

Fig. 3 - Modelo de ficha de Citações ........................ 31

Fig. 4 - Modelo de ficha de resumo ......................... 36

Fig. 5 - Modelo de ficha de esboço .......................... 38

Fig. 6 - Modelo de ficha bibliográfica ..................... 39

Fig. 7 – Estrutura de uma resumo esquemático ..............

Fig. 8 – Modelo de resumo esquemático, feito com

estrutura numérica. ...................................... 41

Fig. 9 – Modelo de resumo esquemático, feito com

chaves. ......................................................... 42

Fig. 10 – Etapas da elaboração de um trabalho

acadêmico .................................................. 51

Fig. 11 – Exemplo de página com citações e indicação

Tem a mesma configuração que o

sumário, sendo, porém, uma parte

opcional.

3 cm 11

3 cm 2 cm

2 cm

INTRODUÇÃO

2 linhas 1,5

Introdução ao Método Cientifico – conteúdo e

forma do conhecimento se apresenta como subsídio

metodológico para todos aqueles que se dispõem a

buscar e a construir a ciência nas escolas de grau médio

e nos cursos universitários de graduação.

É amplamente sabido que são enormes as lacunas

na formação básica dos estudantes brasileiros, assim

como são elementares as dificuldades por eles

apresentadas. Como produtos de um rombo cultural

produzido, em nosso país, nas últimas três décadas, ler

e compreender, refletir e escrever continuam sendo

tarefas extremamente complicadas para muitos. As

aulas ainda se reduzem à mera transmissão de

conteúdos, que são engolidos e reproduzidos

passivamente. As pesquisas bibliográficas são cópias

medíocres, resultando numa colcha de retalhos sem

maior valor. Se a elaboração de trabalhos acadêmicos

é pobre, sua apresentação formal geralmente é

sofrível. A atenção e o cuidado para com as normas

técnicas não fazem parte das habilidades da maioria

dos alunos.

Por tudo isso, os estudos básicos da Universidade

Luterana do Brasil incluem, no currículo, a cadeira

Parte obrigatória consiste na apresentação do seu trabalho. Nela, deve-se falar um pouco

sobre o assunto, seus objetivos (obter nota não é objetivo

acadêmico que se aceite!), importância do trabalho e como

ele foi executado. Cuidado para não apresentar resultados,

o que deve ser feito somente na conclusão.

O número da página deve ser feito sempre em algarismos

arábicos, na parte superior da página, inclusive nas páginas

capitulares, a partir da introdução.

Page 55: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

55

m) Folha de seqüência da introdução

m) Página de abertura de um capítulo

3 cm 12

3 cm 2 cm

2 cm

O objetivo é promover uma postura reflexiva,

crítica, dinâmica e criativa, e possibilitar uma

orientação que dinamize uma produção acadêmica de

boa qualidade técnica. Para isso, elaborou-se o livro-

texto como um instrumento para facilitar a tarefa dos

professores e dos alunos na conquista destas metas.

Para a construção deste manual, foram convidados

todos os professores da disciplina de Introdução ao

Método Cientifico. De acordo com suas

disponibilidades e possibilidades, sete colegas se

dispuseram a emprestar sua contribuição. O nome de

cada autor aparece no início de seu respectivo capítulo,

podendo ser apreciado em seu conteúdo em sua

maneira particular de apresentá-lo.

Diante da quantidade bastante grande de livros de

metodologia cientifica (alguns muito bons, porém, um

pouco difíceis em seu manuseio pelos alunos)

Introdução ao Método Cientifico – conteúdo e forma

do conhecimento pretende ser uma proposta simples e

prática, no intuito de estabelecer uma padronização

metodológica de qualidade. Todavia, é preciso recebê-

la como algo inconcluso, passível de contínuo

aperfeiçoamento e permanente construção

Nas páginas que dão seqüência à página

capitular (aquela que inicia uma parte do trabalho) a margem

superior sempre será de 3 cm, em qualquer

parte do trabalho.

3 cm 14

3 cm 2 cm

2 cm

1. TITULAÇÃO EM UM TRABALHO

2 linhas 1,5

Os capítulos, bem como os dos diferentes

índices, da bibliografia geral e da seção de apêndices e

anexos, devem sempre abrir uma nova página e serem

datilografados em versais a 8 cm de distância da

extremidade superior do papel e a 4,5 cm acima do

início do texto que encabeçam.

2 linhas 1,5

1.1- Nos Tópicos

2 linhas 1,5

Os títulos dos tópicos correspondem à primeira

divisão interna de capítulos e são colocados em linha

isolada, junto à margem esquerda do texto ou

observando a margem de início do parágrafo.

Recomenda-se que fiquem situados a 6 espaços

simples abaixo da última linha do texto antecedente e

3 espaços acima do texto que encabeçam.

2 linhas 1,5

1.2- Nos subtópicos

2 linhas 1,5

Os títulos dos subtópicos eqüivalem à segunda

divisão interna de capítulos e são colocados à esquerda,

sempre respeitando a margem de início de parágrafo.

Os títulos dos tópicos correspondem à primeira divisão

interna de capítulos e são colocados em linha isolada,

junto à margem esquerda do texto ou observando a

margem de início do...

Por tudo isso, os estudos básicos da Universidade

Luterana do Brasil incluem, no currículo, a cadeira

Os títulos dos capítulos serão feitos letras maiúsculas, alinhados à margem

esquerda na primeira linha da margem, nos capítulos do trabalho. Do

título para o texto, 2 linhas, com entrelinhamento 1,5.

Os subtítulos podem ser feitos

alinhados à margem ou na marca do parágrafo, em letras simples e

antecedidos de números, mantendo sempre um padrão. Entre o texto e o subtítulo e do subtítulo para o texto

sempre se deixa duas linhas, entrelinhamento 1,5.

O recuo do parágrafo deve sempre ser

12 toques (equivalente a 1,25 cm), exceto nas citações longas, que devem ter a margem esquerda

recuada 4 cm da margem normal e não tem parágrafo.

Page 56: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

56

n) Conclusão

o) Referências

3 cm 78

3 cm 2 cm

2 cm

CONCLSUÃO

2 linhas 1,5

Tem, no aspecto gráfico, as mesmas

características que a INTRODUÇÃO e o SUMÁRIO

É a parte final do trabalho, na qual se apresentam

conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.

No trabalho, aparece após o último capítulo e

antes das referências bibliográficas.

Tem a mesma configuração que o

sumário e a introdução.

3 cm 82

3 cm 2 cm

2 cm

REFERÊNCIAS

2 linhas 1,5

BARBOS, Aidilde J. .P. Projeto de Pesquisa:

propostas metodológicas. Petrópolis: Ed. Vozes. 199l.

BASTOS, Lilia da R. et alii. Manual para

elaboração de Projetos e Relatórios de Pesquisa, Teses

e Dissertações.3.ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara

Koogan. 1982.

CARVALHO, Maria Cecília M. (org.).

Construindo o Saber: Metodologia Científica,

Fundamentos e Técnicas.3.ed. Campinas: Papirus,199l.

CERVO, A. L. e Bervian, P. A. Metodologia

Científica. 3.ed. São Paulo: Mc Graw Hill do Brasil.

1983.

FERRARI, Alfonso J. Metodologia da Pesquisa

Científica. São Paulo: McGraw Hill do Brasil. 1982.

FRAGATA, Júlio. Notas de Metodologia para um

Trabalho Científico .São Paulo: Ed. Loyola. 198l.

Parte obrigatória, as referências devem ser

ordenadas alfabeticamente e podem ser numeradas em

ordem crescente, devendo ser feitas em entrelinhamento simples, não justificadas.

Recomenda-se que se deixe

uma linha entre uma referência e outra.

Page 57: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

57

p) Apêndices

q) Anexos

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

APÊNDICES

Quando se tratar de documentos elaborados pelo autor do trabalho,

são APENDICES. A palavra ANEXOS deve aparecer centralizada e próxima ao centro da

página. São constituídos de documentos

elaborados por terceiros. Ambos são opcionais no

trabalho. São identificados por

letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

3 cm 11

3 cm 2 cm

2 cm

ANEXOS

Page 58: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

58

ESTRUTURA (SUGESTÃO) DO PROJETO DE PESQUISA3

1 Projeto de Pesquisa

(NBR’s ABNT 15.287/2005, 14.724/2005, 6023/2002, 6024/1989, 6027/1989, 6028/1990, 10520/2002)

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

1.1 Cuidados gráficos

O entrelinhamento deve ser feito com espaço 1,5, exceto no caso de citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, sumário, referências, legendas das ilustrações e identificação de projeto na folha de rosto.

Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por dois espaços 1,5;

As notas de rodapé devem ser feitas dentro das margens, devendo ser separadas do texto por um filete de 3 cm, a partir da margem esquerda;

Os das seções primárias (capitulares) devem iniciar em folhas distintas;

As divisões capitulares devem ser antecedidas de números alinhados à margem esquerda e separados por um espaço;

Os títulos sem indicativo numérico (listas de ilustrações, sumário, referências. Anexos, apêndices) devem ser centralizados;

Todas as folhas do projeto, a partir da folha de rosto, são contadas, porém, a numeração será feita a partir da primeira folha da parte textual, no canto superior direito, a 2 cm da borda superior;

Qualquer que seja a ilustração, sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa seguida do seu número de ordem, em algarismos arábicos; a ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere.

Usa-se sempre papel A-4, branco, letras tamanho 12, cor preta; cores somente para ilustrações.

As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2cm.

3 Por Teófilo Lourenço de Lima. Pedagogo, especialista em Supervisão Escolar e Magistério, especialista em

Administração e Planejamento para Docentes, professor de Instrumentalização do Trabalho Científico, Ações

Investigativas em Educação e Sociedade e Contemporaneidade, no CEULJI/ULBRA, onde também responde

pela Coordenação de Monografia Jurídica. É autor – dentre outros - do livro Manual básico para elaboração de

monografias, já na sua 4ª edição, e autor/organizador do livro Metodologia de Pesquisa Científica: orientações

para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos (v. 305 – Cadernos Universitários) pela Editora da

ULBRA.

Page 59: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

59

a) capa (Obrigatória)

b) Folha de rosto – obrigatória

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE

JI-PARANÁ - CEULJI

MARECI ELIZABETE SHUASTZ MOREDA

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO

DIREITO DE TRIBUTAR EM RELAÇÃO

AOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Ji-Paraná

2009

OBS.: De acordo com a ABNT, é obrigatório

o nome da IES na capa do projeto,

enquanto no trabalho monográfico é

opcional, antes do nome do autor.

Não conta e não numera.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

MARECI ELIZABETE SHUASTZ MOREDA

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO

DIREITO DE TRIBUTAR EM RELAÇÃO

AOS TRATADOS INTERNACIONAIS

Projeto de pesquisa apresentado ao

Centro Universitário Luterano de Ji-

Paraná - CEULJI, como parte dos

requisitos para obtenção de nota na

disciplina TCC-I, no curso de Direito,

sob orientação da Professora Esp.

Mônica Sotero da Silva Bueno Airis.

Ji-Paraná

2009

A folha de rosto, para fins de paginação, é

contada, mas não é numerada.

Page 60: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

60

c) Sumário

k) Lista de figuras (Opcional)

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

SUMÁRIO

2 linhas 1,5

1 INTRODUÇÃO ....................................................... 9

2 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................ 12

3 HIPÓTESES .......................................................... 13

4 OBJETIVOS .......................................................... 14

5 JUSTIFICATIVA .................................................. 15

6 REFERENCIAL TEÓRICO .................................. 17

7 METODOLOGIA .................................................. 23

8 RECURSOS ........................................................... 14

9 CRONGRAMA ..................................................... 15

10 REFERÊNCIAS .................................................. 17

Dedico a João Gustavo,

filho amado e alegria maior.

Parte obrigatória do projeto consiste na reprodução dos

títulos e suas divisões tal como aparecem no corpo do trabalho, com suas respectivas páginas

iniciais. Os títulos e suas divisões devem ser alinhados à

margem esquerda.

3 cm

3 cm 2 cm

2 cm

LISTA DE FIGURAS

2 linhas 1,5

Fig. 1: Representação da Escolha do Assunto a ser

estudado em um Tema Geral ......................... 13

Fig. 2: Delimitação/escolha do Assunto ................... 20

Fig. 3 - Modelo de ficha de Citações ........................ 31

Fig. 4 - Modelo de ficha de resumo ......................... 36

Fig. 5 - Modelo de ficha de esboço .......................... 38

Fig. 6 - Modelo de ficha bibliográfica ..................... 39

Fig. 7 – Estrutura de uma resumo esquemático ..............

Fig. 8 – Modelo de resumo esquemático, feito com

estrutura numérica. ...................................... 41

Fig. 9 – Modelo de resumo esquemático, feito com

chaves. ......................................................... 42

Fig. 10 – Etapas da elaboração de um trabalho

acadêmico .................................................. 51

Fig. 11 – Exemplo de página com citações e indicação

Tem a mesma configuração que o sumário, sendo, porém, uma parte opcional. Deve-se indicar

sua natureza (figura, tabela, quadro, fórmula...), número

correspondente, uma legenda e respectiva fonte, as quais devem ser feitas em fonte

tamanho 10 e entrelinhamento simples; recomenda-se colocar entre dois filetes horizontais, a fim de separá-las do texto, mas lembramos: este procedimento é uma recomendação, não uma norma; é opcional apresentá-

las em listas específicas, indicativas de sua localização,

mas se o fizer, para cada tipo de ilustração, usar folha específica; enquanto apresentação gráfica,

devem ter as mesmas características que o sumário.

Page 61: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

61

l) Página de Introdução m) Problematização

n) Hipóteses o) Objetivos

3 cm 4

3 cm 2 cm

2 cm

1 INTRODUÇÃO

2 linhas 1,5

Parte obrigatória consiste na apresentação

do seu trabalho. Nela, deve-se falar um pouco sobre o

assunto, seus objetivos (obter nota não é objetivo acadêmico que se aceite!), importância do trabalho e como ele foi executado.

Na INTRODUÇÃO não se coloca divisões

capitulares (subtítulos, sessões, alíneas...) tal como não se faz citações.

Cuidado para não apresentar resultados, o

que deve ser feito somente na conclusão.

3 cm 6

3 cm 2 cm

2 cm

3 HIPÓTESES

2 linhas 1,5

A hipótese é uma solução provisória ou uma

proposta de solução do problema que se antecipa para

direcionar a evolução da investigação. É uma idéia

geral que se pretende demonstrar e se confirmada

torna-se a tese.

A hipótese deve contribuir para avançar o

conhecimento, o que deve ser motivo de toda a

pesquisa científica. Costuma-se ver como definição

para a expressão HIPÓTESE, como uma “provável

resposta à pergunta”, que pode ser negada (hipótese

falsa) ou confirmada (hipótese verdadeira).

Lembramos que nem todos os projetos exigem a

formulação de hipóteses.

3 cm 5

3 cm 2 cm

2 cm

2 PROBLEMATIZAÇÃO

2 linhas 1,5

No projeto de pesquisa, a formulação do problema

é caracterizada por uma pergunta que deve ser

formulada com clareza e precisão; deve suscetível de

solução e delimitado numa dimensão viável.

Alguns autores recomendam que antes da

pergunta propriamente dita, se faça um texto, onde o

problema/objeto é contextualizado.

3 cm 7

3 cm 2 cm

2 cm

4 OBJETIVOS

2 linhas 1,5

A definição dos objetivos determina o que o

pesquisador quer atingir com a realização do trabalho

de pesquisa.

Comumente é confundido com meta, porém metas

são quantificáveis. Da mesma forma, não é objetyivo

de pesquisa, como se vê em muitos projetos, “obtenção

de nota em tal matéria” ou “cumprir exigências do

curso tal”; o primeiro caso é finalidade e o segundo

obrigação acadêmica, de modo que não podem ser

confundidos com objetivos.

Os objetivos podem ser separados em GERAL e

ESPECÍFICOS, sendo que OBJETIVO GERAL é uma

visão global, abrangente do tema e vincula-se com o

significado da tese proposta pelo projeto. Os

OBJETIVOS ESPECÍFICOS têm caráter mais

concreto, particular. Há quem oriente que cada objetivo

previsto no projeto de pesquisa, corresponda a um

capítulo da monografia, porém, necessariamente, não

há nenhuma relação formal.

Page 62: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

62

p) Justificativa q) Referencial teórico

r) Metodologia s) Recursos

3 cm 8

3 cm 2 cm

2 cm

5 JUSTIFICATIVA

2 linhas 1,5

“Consiste na apresentação, de forma clara e

sucinta, das razões de ordem teórica e/ou prática

que justificam a realização da pesquisa” (Gil,

1994, p. 145). É uma “exposição sucinta, porém

completa, das razões [que tornam] importante

[sua] realização” (Lakatos e Marconi, 1992, p.

103).

A justificativa deve indicar o estágio de

desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao

tema; as contribuições que a pesquisa pode trazer,

com vistas a proporcionar respostas aos

problemas propostos ou a ampliar as formulações

teóricas a esse respeito; a relevância social do

problema; a possibilidade de sugerir modificações

no âmbito da realidade abarcada pelo tema; a

importância do tema do ponto de vista geral e para

os casos particulares em questão.

Ao justificar a realização da pesquisa, o

aluno estará dizendo o porquê de sua execução,

envolvendo aí a escolha do assunto, sua

problematização e como pretende trabalhar a

realidade a ser estudada.

A justificativa num projeto de pesquisa,

como o próprio nome indica, é o convencimento

de que o trabalho de pesquisa é fundamental de

ser efetivado.

3 cm 10

3 cm 2 cm

2 cm

7 METODOLOGIA

2 linhas 1,5

É a parte mais complexa na redação de um

projeto. A especificação da metodologia [...] é a que

abrange maior número de itens, pois responde, a um só

tempo, às questões como?, com quê?, e quanto?

A metodologia evidencia os caminhos e os meios

para se chegar ao resultado final da pesquisa e, ao

contrário do que se vê em projetos de trabalhos de

conclusão de curso de graduação, deve distinguir o

método do procedimento e das técnicas.

Na metodologia deve ficar claro as seguintes

informações, quando o caso: explicação do tipo de

pesquisa; explicação da equipe de pesquisadores;

explicação da divisão do trabalho; explicação do

universo da pesquisa; explicação do instrumental

utilizado (questionário, entrevista etc); explicação do

tempo previsto; explicação do tratamento dos dados;

explicação de tudo aquilo que se utilizou no trabalho

de pesquisa.

3 cm 9

3 cm 2 cm

2 cm

6 REFERENCIAL TEÓRICO

2 linhas 1,5

A teoria de base, ou referencial teórico,

caracteriza-se pelos conceitos outrora apresentados por pesquisadores/estudiosos do assunto e reconhecidos como adequados à ciência em questão. É a linha de raciocínio a ser adotada pelo pesquisador, que serve como diretriz para reflexão. Para Gil (1993, p. 146).

Boa parte das pesquisas científicas no campo

3 cm 11

3 cm 2 cm

2 cm

8 RECURSOS

2 linhas 1,5

Os recursos podem aparecer divididos em três

categorias, humanas, materiais e financeiros, não

necessariamente nesta mesma ordem ou todos eles

obrigatoriamente. É a natureza do projeto que vai

determinar as necessidades.

É parte fundamental para a avaliação do projeto,

principalmente quando for submetido à avaliação de

órgãos financeiros de pesquisa e que não tenham

formulários (modelos) padronizados. Procura

responder à pergunta “com o quê?” poderá o

pesquisador contar, prevendo com a maior exatidão

possível, todos os itens necessários à sua execução,

indicando, sempre que possível, a proveniência dos

recursos, se próprios ou de origem externa. Deve ser

elaborado em consonância com o tipo de projeto a ser

desenvolvido.

Page 63: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

63

t) Cronograma u) Referências

v) Apêndice x) Anexos

3 cm 12

3 cm 2 cm

2 cm

9 CRONOGRAMA

2 linhas 1,5

É a previsão e distribuição de todas as atividades

relacionadas ao projeto em um período de tempo. A

distribuição pode ser feita em horas, dias, semanas,

meses, etc., de acordo com a realidade. Esta etapa do

projeto procura responder ao quando e deve ser

elaborada de forma coerente entre as atividades e

compatível aos recursos e tempo do pesquisador.

Sua finalidade é esclarecer e informar acerca do

tempo disponível e necessário para cada atividade

relacionada à pesquisa.

Lembramos que o cronograma é parte integrante

do projeto e, por sua vez, deve observar a mesma

estrutura das demais partes. Se necessário, pode ser

feito de maneira horizontal na página, facilitando,

assim, a distribuição das atividades no tempo

disponível.

3 cm 14

3 cm 2 cm

2 cm

APÊNDICES

2 linhas 1,5

Quando se tratar de documentos elaborados pelo

autor do trabalho, são APENDICES.

São identificados por letras maiúsculas

consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

3 cm 13

3 cm 2 cm

2 cm

10 REFERÊNCIAS

2 linhas 1,5

Caracteriza-se pela listagem das fontes utilizadas

para fundamentar o projeto. Alguns autores

recomendam que, além dessas fontes, sejam também

listadas aquelas obras que serão utilizadas ao longo da

pesquisa.

Parte obrigatória, as referências devem ser

ordenadas alfabeticamente e podem ser numeradas em

ordem crescente, devendo ser feitas em

entrelinhamento simples, não justificadas.

Recomenda-se que se deixe uma linha entre uma

referência e outra.

3 cm 15

3 cm 2 cm

2 cm

ANEXOS

2 linhas 1,5

A palavra ANEXOS deve aparecer centralizada e

próxima ao centro da página. São constituídos de

documentos elaborados por terceiros. Ambos são

opcionais no trabalho.

São identificados por letras maiúsculas

consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Page 64: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

64

ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS

Prof. Teófilo L. de Lima ([email protected][email protected]) Atualizado em 04/02/2010

1. Referências – posição No trabalho, ela vem após a conclusão e antes dos possíveis anexos, tendo as mesmas medidas que os capítulos do trabalho. A sua redação exige alguns cuidados, tais como alinha-la à margem esquerda, escrevê-la em espaço simples, deixando uma linha entre uma e outra, numerá-la em ordem crescente se possuir mais de três referências e ser ordenada alfabeticamente. Alguns autores recomendam sua classificação de acordo com a natureza da fonte: livros, revistas, jornais etc.

De acordo com a ABNT NBR 6023, os elementos essenciais de uma referência bibliográfica são os indispensáveis à identificação das publicações mencionadas em qualquer trabalho, possuindo também elementos complementares e opcionais, que permitem melhor caracterizar as publicações referenciadas.

Caracterizam elementos essenciais de uma publicação:

Autor da publicação, escrito a partir do sobrenome todo em maiúsculas e separado por vírgula do prenome, escrito em letras simples e seguido de ponto;

Título da publicação (destacado) em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado, seguido de ponto;

Número da edição, a partir da segunda, usando-se números cardinais (2, 7, 13...) com a palavra edição abreviada (“ed”) e espaço. Ex.: 2.ed.; 7.ed., 13.ed. .Não se indica a primeira edição;

Cidade de publicação da obra seguida de dois pontos. Se homônimo, a U.F.;

Nome da Editora seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto. Exemplo: BERVIAN, Pedro Alcindo, CERVO, Antônio L. LIMA, Teófilo liourenço de. OLIVEIRA, Cidinha Maria. Metodologia Científica. São Paulo: MAKRON BOOKS, 1996.

Os elementos complementares são aqueles que proporcionam maiores informações sobre a obra:

Nome do tradutor, prefaciador, introdutor etc., entre o título e o número da edição, quando houver, ou local de publicação em caso de primeira edição, seguido de ponto;

Número do volume, se o caso, após o ano de publicação, seguido de “v” e espaço;

Título da série (coleção, cadernos etc.) e número de publicação na série, entre parênteses, após o item anterior, separados por vírgula e seguido por ponto;

Page 65: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

65

Número de páginas;

Informações sobre as características físicas do suporte material;

Ilustrações, dimensões, ISBN (International Standart Book Numbering) e outras. Exemplo: OLIVEIRA, Silva (Org.). A desigualdade das oportunidades. Trad. Carlos Alberto. 3.ed. São Paulo: Ed. Vozes, 1987. v. II 230 p. (Coleção Viver)

Na NBR 6023, é apresentado como monografia aquela publicação constituída de uma única parte ou de um número preestabelecido de partes que se complementam. Inclui neste caso, livros, folheto, trabalho acadêmico (teses, dissertações e outros), manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc. (2000, p. 2-3). 2. Livro – com elementos essenciais

Autor da publicação, escrito a partir do sobrenome todo em maiúsculas e separado por vírgula do prenome, escrito em letras simples e seguido de ponto;

Título da publicação (destacado) em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado, seguido de ponto;

Número da edição, a partir da segunda, usando-se números cardinais (2, 7, 13...) com a palavra edição abreviada (“ed”) e espaço. Ex: 2.ed., 7.ed., 13.ed. .Não se indica a primeira edição;

Cidade de publicação da obra seguida de dois pontos. Se homônimo, a U.F.;

Nome da Editora seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto.

Exemplo: DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2.ed. Campinas: Autores Associados, 1997. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2.ed. Campinas: Autores Associados, 1997. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2.ed. Campinas: Autores Associados, 1997. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2.ed. Campinas: Autores Associados, 1997.

3. Livro – com elementos complementares

Autor da publicação, escrito a partir do sobrenome todo em maiúsculas e separado por vírgula do prenome, escrito em letras simples e seguido de ponto;

Organizador da publicação, abreviado, entre parêntese;

Título da publicação (destacado) em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado, seguido de ponto;

Número da edição, a partir da segunda, usando-se números cardinais (2, 7, 13...) com a palavra edição abreviada (“ed”) e espaço. Ex: 2.ed., 7.ed., 13.ed. .Não se indica a primeira edição;

Cidade de publicação da obra seguida de dois pontos. Se homônimo, a U.F.;

Nome da Editora seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto.

Total de páginas da obra;

Características físicas do suporte material;

Page 66: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

66

Título da série (coleção, cadernos etc.) e número de publicação na série, entre parênteses, seguido por ponto;

ISBN e outras.

Exemplo (criação livre): SILVA, João de Souza Oliveira (Org.). Telenovelas: socialização e discriminação. 3.ed. Goiânia: Brasil Central, 2001. 97 p. 21 cm. (Série Pensadores da Atualidade, 9). ISBN 27-332-3768-9.

4. Capítulo de livro

Autor da publicação, escrito a partir do sobrenome todo em maiúsculas e separado por vírgula do prenome, escrito em letras simples e seguido de ponto;

Título do capítulo, seguido de ponto e da expressão “In:”;

Título da publicação (destacado) em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado; deve ser antecedido de um travessão e seguido de ponto;

Número da edição, a partir da segunda, usando-se números cardinais (2, 7, 13...) com a palavra edição abreviada (“ed”) e espaço. Ex: 2.ed., 7.ed., 13.ed. .Não se indica a primeira edição;

Cidade de publicação da obra seguida de dois pontos. Se homônimo, a U.F.;

Nome da Editora seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto.

Abreviatura da expressão “capítulo” e do seu número: “cap. 5” seguido de vírgula e do total de páginas do capítulo.

Exemplo: DEMO, Pedro. Bases gerais do currículo intensivo. In: ___ Educar pela pesquisa. 2.ed. Campinas: Autores Associados, 1997. cap. 5, p. 104-123.

5. Teses e dissertações

Sobrenome do autor em letras maiúsculas seguido de vírgula e do prenome seguido de ponto;

Título destacado seguido de ponto;

Ano de defesa;

Total de folhas seguido de ponto;

Identificação do trabalho (dissertação, tese) e, entre parênteses, nível acadêmico e área, seguido de hífen;

Nome da faculdade, do centro, instituto ou departamento seguido de vírgula;

Nome da universidade por extenso seguido de ponto.

Nome da cidade. Exemplo (criação livre):

PEDROSO, Ana Catherine. Fundamentos epistemológicos do racismo no Brasil Império. 1999. 227 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Departamento de Sociologia, Pontifícia Universidade Católica de Tocantins, Palmas.

Page 67: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

67

6. Folheto

Instituição responsável pela sua elaboração, em letras maiúsculas;

Título do folheto (destacado) em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado; deve ser antecedido de um travessão e seguido de ponto;

Número da edição se houver, a partir da segunda, usando-se números cardinais (2, 7, 13...) com a palavra edição abreviada (“ed”) e espaço. Ex: 2.ed., 7.ed., 13.ed. .Não se indica a primeira edição;

Cidade de publicação seguida de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto.

Total de páginas.

Exemplo: ULBRA. Manual do candidato – vestibular 2001/2. Gravataí, 2001. 32 p.

7. Publicações periódica como um todo (coleção, revista, jornal, caderno,

artigo científico de revistas, etc.), com elementos essenciais

Título do periódico em letras maiúsculas seguido de ponto;

Local de publicação seguido de dois pontos;

Editora seguida de vírgula;

Data de início e data de encerramento da publicação, se houver; caso não haja, após o ano de início coloca-se um hífen, seguido de ponto;

Exemplo: LOGOS RATIO. Ji-Paraná: ULBRA, 1999 -.

8. Publicações periódica como um todo (coleção, revista, jornal, caderno, artigo científico de revistas, etc.), com elementos complementares

Título do periódico em letras maiúsculas seguido de ponto;

Local de publicação seguido de dois pontos;

Editora seguida de vírgula;

Data de início e data de encerramento da publicação, se houver; caso não haja, após o ano de início coloca-se um hífen, seguido de ponto;

Periodicidade seguida de ponto;

Mudança de título ou incorporações de outros títulos seguido de ponto;

ISSN (International Standart Serial Number) e outras informações, caso existam.

Exemplo: LOGOS RATIO. Canoas: ULBRA, 1999-. Semestral. Absorveu Ratio & Ratio. ISSN 0058-985Y.

9. Publicações periódicas - parte (coleção, revista, jornal, caderno, artigo científico de revistas, etc.), com elementos essenciais, constituídos de:

Page 68: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

68

Título do periódico em letras maiúsculas seguido de ponto;

Título da parte (se houver), em letras simples e seguido de ponto;

Local de publicação seguido de dois pontos;

Editora seguida de vírgula;

Numeração do ano e/ou volume seguido de vírgula;

Numeração do fascículo seguido de vírgula;

Informações de períodos e datas de sua publicação e particularidades que identifiquem a parte.

Exemplos: LOGOS RATIO. Direito Penal Comparado: uma nova forma de pensar o Direito. Canoas: ULBRA, ano 2, n. 3, ago. 1999. 123 p. ou

LOGOS RATIO. Direito Penal Comparado: uma nova forma de pensar o Direito. Canoas: ULBRA, v. 3, ano 3, n. 3, ago. 1999. 123 p.

10. Artigo e/ou matéria de periódico, constituídos de:

Sobrenome do autor em letras maiúsculas seguido de vírgula e do prenome seguido de ponto;

Título do artigo/matéria, em letras simples e seguido de ponto;

Título da publicação, destacado e seguido de ponto;

Local de publicação seguido de vírgula;

Numeração do volume e/ou ano seguido de vírgula;

Numeração do fascículo ou número seguido de vírgula;

Paginação inicial e final do artigo/matéria seguido de vírgula;

Informações de períodos e datas de sua publicação.

Exemplos: GOMES NETO, Pedro Rates. Direito Penal Comparado: uma nova forma de pensar o Direito. Logos Ratio. Canoas, v.3, n. 5, p. 27-41, ago. 1999. Jader cai, mas a mentira fica. Veja. São Paulo, ano 34, n. 29, p. 34-39, 25 jun. 2001. O TESTE DA Eleição. Veja. São Paulo, ano 34, n. 29, p. 40-42, 25 jun. 2001. VILELA, Antônio. Dano material. Consulex – Revista Jurídica, Brasília, DF, ano 1, p. 27-32, maio 2000.

11. Artigo e/ou matéria de jornal, constituídos de:

Sobrenome do autor em letras maiúsculas seguido de vírgula e do prenome seguido de ponto;

Título do artigo/matéria, em letras simples e seguido de ponto;

Título do jornal, destacado e seguido de vírgula;

Local de publicação seguido de vírgula;

Data de publicação seguida de ponto;

Seção, caderno ou parte do jornal seguido de vírgula;

Paginação inicial e final do artigo/matéria.

Page 69: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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Exemplo (artigo assinado) SILVA, Francisco Fernando da. Encontro de representantes partidários discute sucessão presidencial. A Gazeta Política, Cuiabá, 17 ago. 2001. Caderno 5, p. 5.

Exemplo (artigo não assinado): ENCONTRO DE REPRESENTANTES PARTIDÁRIOS DISCUTE SUCESSÃO PRESIDENCIAL. A Gazeta Política, Cuiabá, 17 ago. 2001. Caderno 5, p. 5. 12. Anais de Congresso

Nome do evento em letras maiúsculas seguido de vírgula;

Numeração (se houver) seguido de ponto e uma vírgula;

Ano e local de realização, seguido de ponto;

Título destacado e subtítulo (Anais, Atas...), se houver, seguida de ponto;

Local de publicação seguido de dois pontos;

Editora ou responsável pela publicação, seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto e páginas.

Exemplos: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO, 7., 1999, Rio de Janeiro. Anais. Petrópolis: Retrospectiva, 2000. 217 p. REUNIÃO ANUAL DE GEOGRAFIA, 13., 2000, São Paulo. Ata e Resumos. São Paulo: Sociedade Paulista de Geógrafos, 2000. 123 p.

13. Trabalhos em Anais de Congresso

Sobrenome do autor em letras maiúsculas seguido de vírgula e do prenome seguido de ponto;

Título do trabalho, em letras simples e seguido de ponto;

Expressão “In” , seguida de dois pontos;

Nome do evento em letras maiúsculas, seguido de vírgula;

Numeração (se houver) seguido de ponto e uma vírgula;

Ano e local de realização, seguido de ponto;

Título e subtítulo (Anais, Atas, Resumos...), se houver, seguida de ponto;

Local de publicação seguido de dois pontos;

Editora ou responsável pela publicação, seguido de vírgula;

Ano de publicação seguido de ponto e páginas.

Exemplo: SILVA, Arnaldo da. Redimensionamento geopolítico da região Norte. In: REUNIÃO ANUAL DE GEOGRAFIA, 13., 2000, São Paulo. Anais. São Paulo: Sociedade Paulista de Geógrafos, 2000. p. 217-123.

14. Patentes

Nome da entidade responsável em letras maiúsculas, seguida de ponto;

Autor, seguido de ponto;

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70

Título destacado e subtítulo, se houver, seguida de ponto;

Número de patente e, seguido de vírgula;

Datas do período de registro.

Exemplo: CENTRO DE PESQUISA AGRONÔMICA DE MATO GROSSO. João José da Silva. Plantadora de cana em solos planos. BR n. PL7542301-7, 13 maio 1999, 28 set. 2000.

A NBR 6023-2000, além de apresentar uma nova estrutura para as referências bibliográficas, orienta os procedimentos a serem observados para fontes diversas, tais como documentos jurídicos, documentação por meio eletrônico, cartográfico, iconográfico, sonoro e musical, sanando assim uma das grandes dificuldades encontradas no momento de se elaborar as referências. Salienta-se que, não importa a fonte, a estrutura da referência é a mesma, enquanto apresentação gráfica e ordem dos elementos. 15. Referências de documentos jurídicos Constituição Federal – “Compreende a Constituição, emendas constitucionais e os textos intraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros).” (NBR 6023, ago. 2000, p. 7)

Jurisdição em letras maiúsculas, seguida de ponto;

Título destacado e subtítulo, se houver, seguida de ponto;

Numeração e data, seguido de ponto;

Ementa e dados da publicação. Quando necessário, ao final da referência, acrescentam-se notas relativas a outros dados necessários para identificar o documento.

Exemplos: - Constituição BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. RONDÔNIA. Constituição (1988). Constituição do Estado de Rondônia. Porto Velho: GBO Editora, 1988.

- Medida Provisória BRASIL. Medida provisória nº 2.037, de 17 de junho de 1998. Estabelece critérios para abertura de estabelecimentos de ensino superior e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 27 jun.1998. Seção 2, p. 783. - Resolução do Senado (NBR 6023-2000, p. 7) BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº 17, de 1991. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, através de revogação do parágrafo 2º, do artigo 1º da Resolução nº 72, de 1990. Coleção de

Page 71: APOSTILA METODOLOGIA CIENTÍFICA

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leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991.

- Decreto (NBR 6023-2000, p. 7) SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da administração direta e das autarquias do Estado e dá outras providências correlatas. Lex – Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-229, 1998.

- Consolidação de leis (NBR 6023-2000, p. 7) BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex – Coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Suplemento.

- Código (NBR 6023-2000, p. 7) BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 45.ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

16. Decisões judiciais – compreendidas por súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais. (NBR 6023, ago. 2000, p. 7-8)

Jurisdição em letras maiúsculas, seguido de ponto;

Órgão do judiciário competente, em letras simples, seguido de ponto;

Título (natureza da decisão ou ementa) e número;

Partes envolvidas (se houver);

Relator, local, data e dados da publicação.

Exemplos:

- Apelação Cível BRASIL. Tribunal Regional Federal. Região, 5. Administrativo. Escola Técnica Federal. Pagamento de diferenças referente a enquadramento de servidor decorrente da implantação de Plano Único de Classificação e Distribuição de Cargos e Empregos, instituído Lei nº 8.270/91. Predominância da lei sobre a portaria. Apelação cível nº 42.441-PE (94.05.01629-6). Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e Outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex – Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 558-562, mar. 1998.

- Habeas-Corpus BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processual Penal. Habeas-Corpus. Constrangimento ilegal. Habeas-Corpus nº 181.636-1, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex – Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 236-240, mar. 1998.

- Súmula BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. Não é admissível por ato administrativo restringir, em razão de idade, inscrição em concurso para cargo

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público. In: ___. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994 p. 16.

17. Doutrina – toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais, consubstanciada em forma convencional ou em maio eletrônico. (NBR 6023, ago. 2000, p. 8)

Exemplo: Doutrina em forma de artigo de periódico BARROS, R. G. de Ministério Público: sua legitimidade frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995. 18. Referências de documentos cartográficos

Nesta categoria, estão incluídos os atlas, mapas, globo, fotografia aérea, dentre outros. A elaboração de suas referências segue a mesma estrutura dos documentos monográficos, acrescidos das informações técnicas sobre escalas e outras representações utilizadas (latitude, longitude, meridianos etc), formato e outros dados necessários para sua identificação. (NBR 6023, ago. 2000, p. 9)

Exemplos: - Atlas ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981.

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo de Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. Plano Cartográfico do Estado de São Paulo. Escala 1:2.000. - Mapa BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm. Escala 1:600.00.

- Fotografia aérea INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). PROJETO Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. Fx 28, n. 15. Escala 1:35.000.

- Imagem de Satélite LANDSAT TM 5. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 1987-1988. Imagem de satélite. Canais 3,4 e composição colorida 3, 4 e 5. Escala 1:100.000.

- Imagem de Satélite, Digital ESTADOS UNIDOS. National Oceanic and Atmospheric Administration. GOES-09:SE. 13 jul. 1999, 17H45Z. IR04. Itajaí: UNIVALI. Imagem de satélite: 1999071318.GIF:557 Kb.

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73

Nota: GOES ..........................Denominação do satélite 08 ................................Número do satélite na série SE ...............................Localização geográfica 13 jul. 1999 .................Data da captação 17:45Z .........................Horário zulu IR04 ............................Banda Itajaí ............................Local UNIVALI .....................Instituição geradora 1999071318.GIF ........Título do arquivo 557 Kb ........................Tamanho do arquivo

19. Referências de documentos iconográficos

Nesta categoria, estão incluídos documentos bidimensionais tais como original e ou reprodução de obra de arte, fotografia, desenho técnico, diapositivo, diafilme, material estereográfico, transparências, cartazes e outros. A estrutura da referência é a mesma da anteriores, diferindo apenas nas informações, que consistem de:

Autor, escrito a partir do sobrenome todo em maiúsculas e separado por vírgula do prenome, escrito em letras simples e seguido de ponto;

Título, quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes, destacado em negrito e/ou itálico; para máquinas sem tipo cambiáveis ou manuscrita, sublinhado, seguido de ponto;

Data e características físicas (especificação do suporte, indicação de cor, dimensões) seguido de ponto.

Se necessário, acrescenta-se ao final da referência notas relativas a outros dados necessários para identificar o documento. Quando estiver de forma impressa ou em meio eletrônico, acrescentam-se os dados da publicação ou o endereço eletrônico. (NBR 6023, ago. 2000, p. 9)

Exemplos (Idem.): - Fotografia em papel KOBAYASHI, K. Doenças dos xavantes. 1980. 1 fot., color. 16 cm x 56 cm.

- Fotografia publicada em jornal FRAIPONT, E. Amilcar II. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 nov.1998. Caderno 2, Visuais. P. D2. 1 fot., pb. Foto apresentada no Projeto ABRA/Coca-cola.

- Conjunto de transparências O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22 transparências, color., 25 cm x 20 cm.

- Diapositivos (slides) O DESCOBRIMENTO do Brasil. Fotogragrafia de Carmem Souza. Gravaçao de Marcos Lourenço. São Paulo: CERAVI, 1985. 31 diapositivos: color. + 1 fita cassete sonoro (15 min) mono.

- Gravura

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SAMÚ, R. . Vitória: 18:35 h. 1977. 1 grav., serigraf., color., 46 cm x 63 cm. Coleção particular.

- Pintura a óleo MATTOS, M. D. Paisagem-Quatro Barras. 1987. 1 original de arte, óleo sobre tela, 49 cm x 50 cm. Coleção particular.

- Desenho técnico LEVI, R. Edifício Columbus de propriedade de Lamberto Ramegon à Rua da Paz, esquina da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio: n. 1939-33. 1997. 108 f. Plantas diversas. Original em papel vegetal. DATUM CONSULTORIA E PROJETOS. Hotel Porto do Sol São Paulo: ar condicionado e ventilação mecânica: fluxograma hidráulico, central de água gelada. 15 jul. 1996. Projeto final. Desenhista: Pedro. N. da obra: 1744/96/folha 10.

20. Referências de documentos sonoro e musical como um todo Nesta categoria, inclui-se discos, compact disc, fita cassete, fita magnética de rolo, partituras, entre outros. Tem como elementos essenciais são: compositor(es) ou intérprete(es), título, subtítulo (se houver), outras indicações de responsabilidade (entrevistadores, diretor artístico, produtor etc.), local, gravadora (ou equivalente), data, especificação do suporte em características físicas e duração. Quando necessário, ao final da referência, acrescentam-se notas relativas a outros dados. Exemplos: - CD, vários compositores/interpretes MPB especial [Rio de Janeiro]: Globo: Movieplay, c1995. 1CD (50min). (Globo collection, 2).

- CD, um intérprete e vários compositores SIMONE. Face a face. [S.I.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD (ca. 40min). Remasterizado em digital.

- Long Play, um intérprete e vários compositores ALCIONE . Ouro e Cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol.

- Entrevista gravada SILVA, L. I. L. da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 fitas cassete (120min), 3 ¾ pps., estéreo. Entrevista concedida ao Projeto Memória de SENAI-SP.

- Fita cassete FAGNER, R. Revelação. Rio de Janeiro: CSB, 1998. 1 fita cassete (60 min), 3 ¾ pps., estéreo. A referência de documento sonoro em parte pode também ser feita apenas com os elementos essenciais que são: compositor(es) ou intérpretes da parte (ou faixa de

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gravação), título, subtítulo (se houver), indicações de responsabilidade (arranjadores etc.), seguidos da expressão "In:" , e da referência do documento sonoro no todo. No final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de individualizar a parte referenciada.

- Faixa de Long Play ALCIONE. Toque macio. A Gino. [compositor]. In: ___. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45min), 33 1/3 rpm, estéreo, 12 pol.

- Faixa de CD SIMONE. Jura secreta. S. Costa, A. Silva. [compositores]. In: ___. Face a face. [S.I.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD (ca. 40min). Remasterizado em digital.

21. Partituras Nesta fonte documental, até um tanto incomum enquanto referenciação bibliográfica, os elementos essenciais são: autor(es), título, subtítulo (se houver), local, editora, data, e suas características.

Exemplos: BARTÓK, B. O mandarim maravilhoso: op. 19. Wien: Universal, 1952. 1 partitura (73 p.). Orquestra.

GALLET, L. (Org.). Canções populares brasileiras. Rio de Janeiro: Carlos Wehns, 1851. 1 partitura (23 p.). Piano.

VILLA-LOBOS, H. Coleções de quartetos modernos: cordas. Rio de Janeiro: [s,n], 1916. 1 partitura (23 p.). Violoncelo.

22. Referências de documentos tridimensionais Inclui esculturas, maquetes, objetos e suas representações (fósseis, esqueletos, objetos de museu, animais empalhados, monumentos entre outros). Tem como elementos essenciais na elaboração de uma referência: autor(es), quando for possível identificar o criador artístico do objeto, título e subtítulo (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou descrever o objeto), data, características físicas (especificação do objeto, materiais, técnicas, dimensões, entre outras). Quando necessário à identificação, acrescentam-se outras informações no final da referência. Exemplos: Escultura DUCHAMP, M. Escultura para viajar. 1918. 1 escultural variável, borracha colorida e cordel, dimensões ad lib. Original destruído. Cópia por Richard Hamilton, feita por ocasião da retrospectiva de Duchamp na Tate Gallery (Londres) em 1966. Coleção de Arturo Schwarz. Título original: Sculpture for travelling.

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Objeto do Museu TAÇA de vidro à maneira de Veneza, com a imagem de Nossa Senhora e o menino no fuste também decorado com detalhes azuis. Europa, séc. XVIII-XIX. 10,7 cm de diâm. x 24,5 cm de alt. BULE de porcelana: família rosa, decorado com buquês e guirlandas de flores sobre fundo branco, pegador de tampa em formato de fruto. Marca Companhia das Índias. China, séc. XIX. 17 cm de alt. 23. Referências de imagem em movimento Estão incluídos filmes, fitas de vídeo, DVD, entre outros. Seus elementos essenciais são: título, subtítulo (se houver), créditos (diretor, produtor, realizador, roteirista e outros), elenco relevantes, local, produtora, data, especificação do suporte em unidades físicas e duração, e os elementos complementares são: sistema de reprodução, indicadores de som e cor e outras informações relevantes.

Exemplos: Videocassete OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 fita de vídeo (30 min), VHS, son., color.

Filme Longa Metragem CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de Clermont-Tonnerre e Arthur Cohn. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marilia Pera; Vinicius de Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Matheus Nachtergaele e outros. [S.I.]: Le Studio Canal; Riofilme; MACT Productions, 1998. 1 filme (106 min), son., color., 35mm.

Filme longa metragem em DVD BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deeley. Intérpretes:: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young; Edward James Olmos e outros. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Música: Vangelis. Los Angeles: Warner Brothers, c1991. 1 DVD (117min), widescreen, color. Produzido por Warner Video Home. Baseado na novela "Do androids dream of electric sheep?" de Philip K. Dick.

24. Referências de documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico Nesta categoria, estão incluídos as bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido, disquetes, programas e conjuntos de programas, mensagens eletrônicas entre outros. Tem como elementos essenciais, a indicação do autor, denominação ou título e subtítulo (se houver), do serviço ou produto, indicações de responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso. No caso de arquivos eletrônicos, acrescentar a respectiva extensão à denominação atribuída ao arquivo. Exemplos: Banco de Dados

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BIRDS from Amapá: banco de dados. Disponível em: http://www.bdt.org/bdt/avifauna/aves. Acesso em 25 de nov. 1998. ÁCAROS no Estado de São Paulo (Enseius concordis): banco de dados preparado por Carlos H.W. Flechtmann. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS E TECNOLOGIAS “ANDRÉ TOSELLO”. Bases de Dados Tropical: no ar desde 1985. Disponível em: http://www.bdt.org/bdt/acarosp. Aceso em 28nov. 1998.

Lista de Discussão BIOLINE Discussion List maintained by the Bases de Dados Tropical, BDT in Brasil. Disponível em: [email protected] . Acesso em: 25 de nov. 1998.

Catálogo Comercial em Homepage BOOK ANNOUNCEMENT 13 MAY 1997. Produced by J. Drummond. Disponível em: http://www.bdt.org.br/bioline/DBSearch?BIOLINEL+READC+57. Acesso em 25 nov. 1998.

Homepage Institucional CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em http://www.gcsnet.com.br/aomis/civitas. Acesso em 27 nov. 1998.

GALERIA virtual de arte do Vale do Paraíba. São José do Campos, Fundação Cultural Cassiano Ricardo, 1998. Apresenta reproduções virtuais de obras de artistas plásticos do Vale do Paraíba. Disponível em: http://www.virtualvale.com.br/galeria. Acesso em: 27 nov. 1998.

Arquivo em disquete UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 7 mar. 1998. 5 disquetes de 3 ½ pol. Word for Windows 7.0.

Base de Dados UNIVERSIDADE FFEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca de Ciências e Tecnologia. Mapas. Curitiba, 1997. Base de Dados em Microlsis, versão 3.7.

Programa (Software) MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning software. [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas.1 CD-ROM.

Brinquedo Interativo CD-ROM ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM. Windows 3.1. Software Educativo CD-ROM PAU no gato! Por quê? Rio de Janeiro: Sony Music Book Case Multimídia Educational, [1990]. 1 CD-ROM. Windows 3.1.

E-Mail

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ACCIOLY, F. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 26 jan. 2000. Nota - As mensagens que circulam por intermédio do correio eletrônico devem ser referenciadas somente quando não se dispuser de nenhuma outra fonte para abordar o assunto em discussão. Mensagens trocadas por e-mail têm caráter informal, interpessoal e efêmero e desaparecem rapidamente, não sendo recomendável seu uso como fonte científica ou técnica de pesquisa. Ainda nesta categoria (Referências de documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico), estão incluídos as Monografias/publicações divulgadas em meio eletrônico, que tem como elementos essenciais para referenciação, a indicação do autor, título/subtítulo (da parte e/ou da obra como um todo,) dados da edição, dados da publicação (local, editor, data). Em seguida, devem-se acrescentar as informações relativas à descrição física do meio suporte. Quando se tratar de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais <>, precedido da expressão “Disponível em”: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”. Não se recomenda referenciar material eletrônico de curta duração nas redes. Exemplos: Enciclopédia KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. Produzida por Videolar Multimídia.

Verbete de Dicionário POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998. Disponível em: http://www.priberam.pt/dlDLPO. Acesso em: 8 mar. 1999.

Parte de Monografia SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente. In: ______. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. V 1. Disponível em: http://www.btd.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.

Congresso Científico CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm. Acesso em: 21 jan. 1997.

Trabalho de Congresso SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm. Acesso em:021 JAN. 1997. Trabalho de Seminário

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GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD.

Trabalho de Congresso SABROZA, P. C. Globalização e saúde: impacto nos perfis epidemiológicos das populações. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 4., 1998, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: ABRASCO, 1998. Mesa-redonda. Disponível em: http://www.abrasco.com/br/epirio98/. Acesso em: 17 jan. 1999.

KRZYZANOWSKI, R. F. Valor agregado no mundo da informação: um meio de criar novos espaços competitivos a partir da tecnologia da informação e melhor satisfazer às necessidades dos clientes/usuários. In: CONGRESSO REGIONAL DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE, 3., 1996, Rio de Janeiro. Interligações da tecnologia da informação: um elo futuro. Disponível em: http://www.bireme.br/cgibin/crics3/texto?titulo=VALOR+AGREGADO+NO+MUNDO. Acesso em:26 jan. 1999.

Imagem em Arquivo Eletrônico VASO.TIFF. Altura: 1083 pixel. Largura: 827 pixels. 300 dpi. 32 BITCMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\\VASO.TIFF>. 1999. Acesso em: 28 out. 1999.

25. Cuidados na elaboração de uma referência bibliográfica

Na elaboração de referências bibliográficas, vários dados geram controvérsias quanto a forma correta em que devem ser apresentadas. Isto em função de exemplos extraídos de publicações/orientações desatualizadas, desconhecimento dos procedimentos metodológicos e não são poucos os casos, por desinformação. É comum se ver divergências entre digitadores, aluno e orientadores de trabalhos científicos quanto a estes cuidados, de forma que, discutir quem está certo e quem está errado em nada auxiliará na construção do pensamento científico.

É necessário cuidado na elaboração de referências bibliográficas, pois são procedimentos formais que podem comprometer todo o trabalho. Posto isto e como forma de dirimir dúvidas, apresenta-se abaixo o que a ABNT, através da NBR 6023/2000 apresenta como correto.

a) Autores

Autor pessoal – indica-se o autor pelo último sobrenome, em maiúsculas, seguido do prenome e outros sobrenomes, abreviados ou não; no caso de até três autores, os nomes devem ser separados por ponto e vírgula.

Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro e a expressão et al. Em casos específicos (projetos de pesquisa, relatórios...), que se fizer necessário indicar todos os autores, é facultado que o faça.

Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável,

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seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação (organizador, compilador, editor, coordenador etc.), entre parênteses.

Exemplos: FERREIRA, L. P. (Org.). ... MARCONDES, E; LIMA I. N. de (Coord.). ...

Quando se tratar um texto com autoria desconhecida, não se usa as expressões “anônimo” ou “autor desconhecido”; a entrada se dá pelo título.

Exemplo: DIAGNÓSTICO do setor editorial ...

As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários etc) têm entrada pelo seu próprio nome, por extensão.

Exemplos: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Apresentação de citações em documentos: procedimentos. Rio de Janeiro, 1988. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993, 467 p.

Quando a entidade tem uma denominação genérica, seu nome é precedido pelo nome do órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence.

Exemplos: SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a política... BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório da...

Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. Em caso de duplicidade de nomes, deve-se acrescentar logo após o seu nome, a unidade geográfica que identifica a jurisdição, entre parênteses.

Exemplos: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da... BIBLIOTECA NACIONAL (Portugal). O 24 de julho de 1933 e a... b) Título e subtítulo

Devem ser reproduzidos tal qual figuram na fonte original, separados por dois pontos. O subtítulo não precisa ser destacado.

Exemplo: PASTRO, C. Arte sacra: espaço sagrado hoje. São Paulo: Loyola, ...

Se forem longos, podem-se suprimir as últimas palavras, desde que não altere o seu sentido. A supressão deve ser indicada por reticências.

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Exemplo: GONSALVES, P. E. (Org.). A criança: perguntas e respostas... São Paulo: Cultrix, .

Quando o título aparecer em mais de uma língua, registra-se o primeiro e, opcionalmente, o segundo ou o que estiver em destaque, separando-o do primeiro pelo sinal de igualdade. Se for um periódico no todo (coleção completa), ou um fascículo como um todo, o título deve ser sempre o primeiro elemento da referência, devendo figurar em letras maiúsculas.

Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO. São Paulo: c) Edição e local de publicação

Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra “edição”, ambas na forma adotada na língua em que a fonte foi escrita. No caso de emendas e acréscimos à edição, deve se fazer de forma abreviada.

Exemplos: PEDROSA, I. Da cor à inexistente cor inexistente. 6.ed. Rio de Janeiro:... SCHAUM, D. Schaum’s outline of theory and problems. 5th ed. New York: Schaum Publishing, 1996. 204 p. FRANÇA, J. L. et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 3.ed. ver. e aum. Belo Horiznte: Ed. Da UFMG, 1996.

O nome do local (cidade) em que a fonte consultada foi publicada, deve ser indicado tal como encontra-se no original, sempre seguido de dois pontos. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país etc.

Exemplos: ZANI, R. Beleza, saúde e bem-estar. São Paulo: Saraiva, 1995. 173 p.

... Viçosa, AL:

... Viçosa, MG:

... Viçosa, RJ:

Quando a cidade não aparece na fonte consultada, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes. Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão Sine loco abreviada entre colchetes [S.l.]

Exemplos: LAZZARINI NETO, S. Cria e recria. [São Paulo]: SDF Editores, 1994. 108 p. OS GRANDES clássicos das poesias líricas. [S.l.]: Ex Libris, 1981. 60 f. KRIEGER, G.; NOVAES, L. A.; FARIA, T. Todos os sócios do presidente. 3.ed. [S.l.]: Scrita, 1992. 195 p. d) Editora e data

O nome da editora deve aparecer tal como aparece no original, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se palavras que designem a natureza jurídica ou

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comercial, desde que sejam dispensáveis para identificação. Quando houver mais de uma editora, indica-se a que aparece com maior destaque na página de rosto. Se os nomes das editoras estiverem em igual destaque, indica-se a primeira.

Exemplos: DAGHLIAN, J. Lógica e álgebra de Boole. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. LIMA, M. Reencontro com Deus: teologia para leigos. Rio de Janeiro: J. Olympio Editora, 1985.

Quando a editora não é identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada entre colchetes.

Exemplo: FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993. 107 p.

Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.:s.n.].

Exemplo: GONSALVES, F. B. A história de Mirador. [S.l.:s.n.], 1993

Quando a editora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido mencionada, não é indicada.

Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação, 1994-1995. Viçosa, MG, 1994. 385 p.

Por se tratar de informação essencial à uma referência, a data deve sempre aparecer, sempre em algarismos arábicos. Caso não conste a data de publicação, coloque a de impressão, copirraite ou outra. Se ainda nenhuma data puder ser indicada, coloca-se uma data aproximada, entre colchetes.

Exemplo: [1971 u 1972] = um ano ou outro [1969?] = data provável [1973] = data certa, porém, não indicada na fonte. [entre 1906 e 1012] = use intervalos menores de 20 anos [ca. 1960] = data aproximada [197-] = década certa [18-] = século certo [18-?] = século provável

Caso existam duas datas, ambas podem ser indicadas, desde que seja mencionada a relação entre elas.

Exemplo:

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CHAVE bíblica. Brasília, DF: Sociedade Bíblica do Brasil, 1970 (impressão 1994). 511 p.

Nas referências de vários volumes de um documento, produzidos em um período, indicam-se as datas inicial e final da publicação.

Exemplo: RUCH, G. História geral da civilização: da antigüidade ao XX século. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1926-1940. 4 v.

Em listas e catálogos, para as coleções de periódicos em curso de publicação, indica-se apenas a data inicial seguida de hífen e um espaço. Em caso de publicação periódica encerrada, indica-se a data inicial e final do período de edição.

Exemplos: GLOBO RURAL. São Paulo: Rio Gráfica, 1985-. Mensal. DESENVOLVIMENTO & CONJUNTURA. Rio de Janeiro: Confederação Nacional da Indústria, 1957-1968. Mensal.

Quando a referência tiver como datação a indicação de meses, deve-se colocá-los de forma abreviada, no idioma original da publicação. Meses com quatro ou menos letras, não são abreviadas.

Exemplo: ACARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbonato de cálcio dos corretivos de acidez dos solos. Scientia Agricla, Piracicaba, v. 53, n. 2/3, p. 204-210, maio/dez. 1996.

Caso a publicação indicar no lugar de meses as estações do ano ou as divisões do ano em trimestres, semestres etc., transcrevem-se os primeiros tais como figuram no documento e abreviam-se os últimos.

Exemplos: MANSILLA, H. C. F. La controvérsia entre universalismo y particularismo en la filosofia de la cultura. Revista Latinoamericana de Filosofia, Buenos Aires, v. 24, n. 2, primavera 1998. FIGUEIREDO, E. Canadá e Antilhas: línguas populares, oralidade e literatura. Gragoatá, Niterói, n. 1, p. 127-136, 2.sem.1996.

e) Séries e coleções

Após todas as indicações sobre os aspectos físicos da referência, podem ser incluídas as notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-se os títulos das séries e coleções e sua numeração tal como figuram no documento, entre parênteses.

Exemplos: ARBEX JUNIOR, J. Nacionalismo: o desafio à nova ordem pós-socialista. São Paulo: Scipione, 1993. 104 p., il., 23 cm. (História em aberto)

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CARVALHO, M. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. 95 p., 21 cm. (Princípios, 243). MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993. 20 p., 2 cm, (Visão do futuro, v. 1). AMARAL SOBRINHO, J. Ensino fundamental: gastos da União e do MEC em 1991:tendências. Brasília, DF: IPEA, 1994. 8 p. (Texto para discussão, n. 31). RODRIGUES, A. Teatro completo. Organização geral e prefácio Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. 1134 p., 19 cm. (Biblioteca luso-brasileira. Serie brasileira). f) Notas

Sempre que necessário à identificação da obra, podem ser incluídas notas com informações complementares, ao final da referência, sem destaque tipográfico. Em documentos traduzidos, pode-se indicar o título no idioma original, quando mencionado.

Exemplo: CARRUTH, J. A nova casa de Bebeto. Desenhos de Tony Hutchings. Tradução Ruth Rocha. São Paulo: Círculo do Livro, 1993. 21 p. Título original: Moving house.

No caso de tradução feita com base em outra tradução, indica-se, além da língua do texto traduzido, a do texto original.

Exemplos: SAADI. O jardim das rosas... Tradução de Aurélio Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: J. Ollympio, 1944. 124 p., il. (Coleção Rubaiyat). Versão francesa de Franz Toussaint. Original árabe. MANDINO, O. A universidade do sucesso. Tradução de Eugênia Loureiro. 6.ed. Rio de Janeiro: Record, 1994. 562 p., 21 cm. Título original: The university of success.

As separatas, reimpressões etc. devem ser transcritas como figuram na publicação.

Exemplos: MAKAU, A.B. Esperanza de la educación hoy. Lisboa: J. Piaget, 1962. Separata de: MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimiento educacional: soluciones. Córdoba, AR:[s.n.], 1960. p. 309-340. LION, M. F. ANDRADE, J. Drogas cardiovasculares e gravidez. Separata de: Arquivos brasileiros de Cardiologia, são Paulo, v. 37, n. 2, p. 125-127, 1981.

Nas dissertações, teses e/ou outros trabalhos acadêmicos devem ser indicados em nota, o tipo de documento, (monografia, dissertação, tese etc.), o grau, a vinculação acadêmica, local e data da defesa mencionada na folha de aprovação, se houver.

Exemplos: MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Monografia (Especialização) - faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São Paulo, 1990.

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ARAUJO, U. A.M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo. 1986.

Outras notas podem ser incluídas, desde que sejam importantes para a identificação e localização de fontes de pesquisa.

Exemplos: LAURENTI, R. Mortalidade pré-natal. São Paulo: Centro Brasileiro de classificação de Doenças, 1978. Mimeografado.

MARINS, J. L. C. Massa calcificada da naso-faringe. Radiologia Brasileira, São Paulo, n. 23, 1991. No prelo.

MALAGRINO, W. et al. Estudos preliminares sobre os efeitos de baixas concentrações de detergentes amiônicos na formação do bisso em Branchidontas solisianus. 1985. Trabalho apresentado ao 13º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maceió, 1985. Não Publicado.

ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Contexto, 1988.0146 p. Recensão de : SILVA , E. T. Ci. Inf., Brasília, DF, v. 17, n. 2, jul/dez.1988. MATSUDA, C. T. Cometas: do mito `a ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de SANTOS, P.M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo? Ciências Hoje, São Paulo, v. 5, n. 30, p. 20, abr. 1987.

HOLANDA, S. B. Caminhos e fronteiras. 3 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 301 p., il., 21 cm. Inclui índice. ISBN 85-7164-441-x.

PELOSI, T. O caminho das cordas. Rio de Janeiro: Anais, 1993. 158 p., il., 21 cm. inclui bibliografia:. 115-158.

TRINGALI. D. Escolas literárias. São Paulo: Musa, 1994. 246 p., 21 cm. Inclui bibliografias.

RESPRIM: comprimidos. Responsável técnico Delosmar R. Bastos. São José dos Campos: Johnson & Johnson, 1997. Bula de remédio.

CARDIM, M. S. Constitui o ensino de 2º grau regular noturno uma verdadeira educação de adultos? Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, 1984. 3 microfichas. Reprodução de 1:24.000. g) Ordenação de referências

As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto (conforme NBR 10520). Os mais utilizados em trabalhos técnicos e científicos são os sistemas numéricos (ordem de citação no texto) e alfabético (sistema autor-data). Algumas obras, de cunho histórico ou geográfico, podem apresentar a ordenação das referências por datas (cronológico) ou por locais (geográfico).

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Se for utilizado o sistema numérico no texto, as referências devem seguir a mesma ordem numérica crescente.

Exemplos: 1CRETELA JÚNIOR, J. Do impeachment no direito brasileiro. [São Paulo]: R. dos Tribunais, 1992. p.107. 2 BOLETIM ESTATÍSTICO [da]Rede Ferroviária Federal. Rio de Janeiro, 1965. p.20.

Se for utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no final do capitulo, do artigo ou do trabalho, em uma única ordem alfabética. As chamadas no texto devem obedecer à forma adotada na referência.

Exemplos: BOLETIM ESTATÍSTICO [da]Rede Ferroviária Federal. Rio de Janeiro, 1965. p.20. CRETELA JÚNIOR, J. Do impeachment no direito brasileiro. [São Paulo]: R. dos Tribunais, 1992. p.107.

Eventualmente, o(s) nome(s) do(s) autor(es) de várias obras referenciadas sucessivamente pode(m) ser substituído(s), nas referências seguintes à primeira, por um traço e ponto (equivalente a seis espaços).

Exemplos: FREYRE, G. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. 2v. ________. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1936.

Além do nome do autor, o título de várias edições de um documento referenciado sucessivamente também pode ser substituído por um traço nas referências seguintes à primeira.

Exemplos: FREYRE, G. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1936. 405 p. ________._________. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1938. 410.