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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES ANTEPROJETO REVISÃO 01 OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final de passarelas de pedestres localizadas na BR-282/SC, no município de Lages. ELABORAÇÃO: Coordenação de Projetos de Estruturas/CGDESP/DPP/DNIT Brasília - DF Maio de 2016

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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

ANTEPROJETO REVISÃO 01

OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento dos projetos básico e

executivo, a execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para

a entrega final de passarelas de pedestres localizadas na BR-282/SC, no município de

Lages.

ELABORAÇÃO: Coordenação de Projetos de Estruturas/CGDESP/DPP/DNIT

Brasília - DF

Maio de 2016

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SUMÁRIO

1 Apresentação ................................................................................................................. 2

1.1 Objetivo .................................................................................................................. 2

1.2 Justificativa do Empreendimento ............................................................................ 3

1.3 Mapa de Situação .................................................................................................... 4

2 Concepção do Projeto .................................................................................................... 5

2.1 Premissas de Projeto ............................................................................................... 5

2.2 Características das Obras ........................................................................................ 7

3 Canteiro e Prazos ......................................................................................................... 15

4 Normas e Instruções ................................................................................................... 17

5 Referências Bibliográficas ........................................................................................... 19

6 Termo de Encerramento .............................................................................................. 20

Anexo A. Sondagens de Investigação ............................................................................ 21

A.1 Passarela da Rua Campos Sales................................................................................ 22

A.2 Passarela do Bairro Frei Rogerio .............................................................................. 27

A.3 Passarela do Distrito de Índios ................................................................................. 32

A.4 Passarela do Bairro Bates ......................................................................................... 36

A.5 Passarela dos Bairros São Paulo e São Francisco..................................................... 40

Anexo B. Desenhos Esquemáticos ................................................................................ 46

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1 APRESENTAÇÃO

1.1 OBJETIVO

Este Anteprojeto apresenta as informações e requisitos técnicos mínimos para a

caracterização do objeto a ser contratado, tornando viável a definição da sua concepção. O

documento permite a estimativa de custo global de referência e fornece parâmetros para a

alternativa de projeto mais adequada, à luz do princípio da economicidade, para a construção

de passarelas de pedestres na rodovia BR-282/SC.

O Anteprojeto foi desenvolvido de acordo a IS/DG nº 17 de 04/12/2013, que estabelece as

diretrizes para a elaboração, apresentação, análise e aceitação de Anteprojetos de Engenharia

e elaboração de Termos de Referência para licitação de obras no âmbito do RDC - no Regime

de Contratação Integrada em empreendimentos do DNIT.

Em sua concepção, foram utilizadas como referência, os Projetos Técnicos apresentados pela

Prefeitura Municipal de Lages pelo Ofício nº 0066/2015, de 10/04/2015 (folha 02 do

processo 50616.001375/2015-11), complementadas posteriormente por sondagens de

investigação do solo obtidas via contrato PP-00.0782/2013-00 mantido pela Coordenação

Geral de Planejamento e Programação de Investimentos – CGPLAN/DPP. Os Projetos

Técnicos da Prefeitura Municipal de Lages definiram os locais de implantação das

passarelas, conforme mapa de situação do item 1.3.

Para as obras apresentadas, foram determinados os itens de serviço com suas quantidades

estimadas pelos desenhos de forma e adoção de taxas de consumo de armadura.

Posteriormente, a planilha com os itens de serviço, deverá ser encaminhada à Coordenação

Geral de Custos Rodoviários – CGCIT/DIREX para a inclusão dos preços.

Para o Projeto Executivo a ser elaborado a partir deste Anteprojeto, o Art. 66 do Decreto nº

8.080, de 20 de agosto de 2013, que altera o Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011,

regulamentador do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC (de que trata a Lei

nº 12.462/2011, de 5 de agosto de 2011), versa sobre a análise e aceitação desses projetos

oriundos das contratações integradas.

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Para os Projetos de Engenharia das Contratações Integradas em empreendimentos do DNIT,

além do decreto mencionado no parágrafo anterior, a IS/DG nº 02 também estabelece

diretrizes para sua análise e aceitação.

1.2 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

De acordo com os Projetos Técnicos apresentados pela Prefeitura Municipal de Lages pelo

Ofício nº 0066/2015, de 10/04/2015 (folha 02 do processo 50616.001375/2015-11), após a

conclusão das obras de duplicação do trecho urbano da BR-282, a travessia de pedestres

através da rodovia tornou-se arriscada em alguns pontos.

Dessa forma, de acordo com a Prefeitura, em reuniões com o DNIT e Ministério Público e

de modo a atender as solicitações da comunidade, foram definidos os pontos mais

impactantes para a mobilidade urbana e para os quais a implantação de passarelas se

apresenta como solução viável e condição de caminhamento seguro e apropriado ao

cruzamento nos trechos urbanos da rodovia federal. A Tabela 1.1 a seguir apresenta a

localização desses pontos:

Tabela 1.1 - Localização das Passarelas (Prefeitura Municipal de Lajes)

Passarela Localização Coordenadas (UTM)

Rua Campos Sales

35,0 m após o entroncamento com a Rua

Campos Sales e 320,0 m antes do Viaduto da

Avenida Luís de Camões

6.925.008S 568.727E

Bairros Frei Rogério/

Passo Fundo Esquina com a rua Edmundo Silva (LE) 6.925139S 567.352E

Distrito de Índios

500,0 m antes do trevo com a SC-114 (p/

Otacílio Costa), próximo de um pórtico de

sinalização existente

6.927.723S 579.102E

Bairro Bates

Saída da Rua Luis Carlos Bampi, 550,0 m após

trevo com a Avenida das Torres (Shopping),

500,0 m antes do Viaduto da Ferrovia

6.925.117S 570.020E

Bairros São Paulo/

São Francisco

Local onde atualmente existe uma ilha para

travessia dos pedestres 6.925.371S 565.359E

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1.3 MAPA DE SITUAÇÃO

Figura 1.1 - Mapa de Situação – Passarelas

SANTA CATARINA

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2 CONCEPÇÃO DO PROJETO

2.1 PREMISSAS DE PROJETO

O crescente desenvolvimento das técnicas de construção aliado à necessidade de aumentar

a competitividade e a produtividade das obras vem estimulando a industrialização da

construção civil. A necessidade de se garantir prazos, consumos, custos compatíveis,

segurança, qualidade e redução dos desperdícios, visando à durabilidade da construção,

ampliando sua vida útil e reduzindo futuros custos com manutenção e reparos, obrigam o

empreendedor e o construtor a buscar metodologias e processos construtivos amplamente

utilizados, com resultados positivos já comprovados.

A escolha do método executivo de uma passarela de pedestre passa, a princípio, pelo aspecto

técnico, buscando a solução ideal para a situação geográfica existente. Ao mesmo tempo, é

preciso enquadrar-se dentro uma realidade econômica que torne o projeto viável.

A construção de uma passarela é necessária sempre que se identificar a necessidade da

segregação do tráfego de veículos do cruzamento de pedestres, aumentando,

consequentemente, a segurança desses e facilitando o fluxo de tráfego.

Na sua travessia, o usuário deve ser compelido a usar a OAE. Para isso, as rampas de acesso

devem ter início e fim em pontos de atração naturais – como cruzamentos de ruas, saídas de

fábricas, escolas, etc –, além disso, deve-se implantar uma tela de proteção no canteiro

central, de modo a impossibilitar a travessia dos pedestres no nível da pista.

O projeto executivo das OAE's, de responsabilidade da empresa vencedora do certame,

deverá ser desenvolvido conforme o Manual de Diretrizes Básicas para Elaboração de

Estudos e Projetos Rodoviários - Instruções para apresentação de Relatório (IPR 727), o

Manual de Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários - Escopos

Básicos para Instrução de Serviços (IPR 726) e demais manuais do DNIT relacionados a

projetos.

Apesar do número significativo de passarelas sob sua jurisdição, o DNIT não ainda

consolidou ama padronização para esse tipo de projeto. Sendo assim, além dos requisitos

funcionais, em especial ao atendimento da ABNT NBR 9050:2015 e dos manuais de projeto

de OAE desta Autarquia, o projetista das OAE's deverá observar os seguintes requisitos:

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a) Devido ao seu sistema estrutural, as passarelas metálicas treliçadas possuem,

geralmente, uma cota de piso acabado inferior às de concreto armado e,

consequentemente, carecem de menor quantidade de rampas de acesso, tornando a

subida mais amena para o usuário. Por essa razão, indica-se, preferencialmente, a

adoção de passarelas metálicas treliçadas em detrimento aos demais sistemas estruturais.

b) Assim como determinado no item 6.4 da NBR 6118:2003, a agressividade do meio

ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura e deve

ser classificada de acordo com a tabela 6.1 da referida norma. Tendo em vista a

possibilidade de derramamento de produtos agressivos sobre o tabuleiro das OAEs e a

emissão de dióxido de carbono pelos veículos, a classe de agressividade ambiental

mínima a ser adotada é II - Moderada;

c) Visando a segurança dos pedestres e dos veículos, deverá ser prevista a utilização de

telas laterais de, no mínimo, 1,8 m de altura, uma vez que tais dispositivos evitam quedas

de pessoas e dificultam o arremesso de objetos na via.

d) Deverá ser prevista a utilização de barreiras físicas como cercas ou alambrados, no

sentido da via, visando impedir que os pedestres atravessem pela pista de rolamento,

induzindo-os a utilizarem a passarela.

e) Como complemento às rampas de acesso, deverão ser adotadas escadas nas

extremidades das passarelas, visando tornar a travessia mais atrativa para usuários sem

restrições quanto ao deslocamento.

f) Recomenda-se a adoção de iluminação e de pisos antiderrapantes nas passarelas de

pedestres, como importantes elementos de prevenção de acidentes e segurança dos

usuários.

g) Deverão ser incluídos os projetos de iluminação e aterramento das passarelas de acordo

com os normativos correspondentes.

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2.2 CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS

2.2.1 Passarela da Rua Campos Sales

De acordo com os Projetos Técnicos apresentados pela Prefeitura Municipal de Lages

(Ofício nº 0066/2015, de 10/04/2015), para a implantação dessa passarela, há necessidade

de desapropriação de terrenos lindeiros à rodovia, pois os passeios existentes são estreitos

(menores que 2,00 m de largura) e não existem espaços livres no trecho para execução da

obra.

Dessa Forma, definiu-se a posição mais próxima do ponto de passagem, paralelo a Rua

Campos Sales, com a implantação em terrenos que, de acordo com a Prefeitura, embora

contenham construções, essas estão desocupadas e em mau estado de conservação.

Figura 2.1 - Locação - Passarela da Rua Campos Sales

Para o anteprojeto da Passarela da Rua Campos Sales, adotou-se um sistema estrutural misto,

com a superestrutura metálica, composta de treliça hiperestática com 40,40 metros de

comprimento e 2,20 metros de largura. As rampas foram concebidas conforme prescrições

da ABNT NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos, com patamares de descanso a cada 10,00 metros.

A Mesoestrutura é composta por pilares de concreto armado, os quais suportam a estrutura

metálica central, as rampas e as escadas, e transferem seus esforços à infraestrutura. Essa,

por sua vez, é composta por um conjunto de blocos com estacas raiz com diâmetro de

410 mm no solo e 310 mm em rocha.

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(a) Vista do vão central

(b) Rampa de acesso (c) Seção Típica

Figura 2.2 - Concepção Estrutural - Passarela da Rua Campos Sales

(a) Vista Escada (b) Modelo 3D

Figura 2.3 - Escada - Passarela da Rua Campos Sales

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2.2.2 Passarela dos Bairros Frei Rogerio/Passo Fundo

De acordo com o Ofício nº 0066/2015 da Prefeitura Municipal de Lages, o estudo definiu a

implantação da segunda passarela, entre os Bairros Frei Rogerio e Passo Fundo. A obra será

construída no local onde existe uma rua implantada, em um dos lados, em nível mais alto

que a rodovia, o que eliminaria a execução de uma das rampas.

Do outro lado da pista, segundo a Prefeitura, para a instalação da rampa de acesso, há

necessidade de desapropriação de um terreno (gleba com mais de 10.000,00 m²). Porém,

definiu-se a desapropriação somente da área mínima necessária à implantação da passarela.

Figura 2.4 - Locação - Passarela dos Bairros Frei Rogerio/Passo Fundo

Para o Anteprojeto da Passarela do Bairro Frei Rogerio adotou-se um sistema estrutural

misto, com a superestrutura metálica, composta de treliça hiperestática com 46,40 metros de

comprimento e 2,20 metros de largura. A rampa foi concebida de acordo com as prescrições

da ABNT NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos, com patamares de descanso a cada 10,00 metros.

A Mesoestrutura é composta por pilares de concreto armado, os quais suportam a estrutura

metálica central, as rampas e as escadas, e transferem seus esforços à infraestrutura. Essa

última, por sua vez, é composta por um conjunto de blocos com estacas raiz com diâmetro

de 410 mm no solo.

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(a) Vista do vão central (b) Seção típica

(c) Vista da rampa de acesso

Figura 2.5 - Concepção Estrutural - Passarela dos Bairros Frei Rogerio/Passo Fundo

(a) Vista Escada (b) Modelo 3D

Figura 2.6 - Escada - Passarela dos Bairros Frei Rogerio/Passo Fundo

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2.2.3 Passarela do Distrito de Índios

De acordo com a Prefeitura Municipal de Lages (Ofício nº 0066/2015), o distrito de Índios

é cortado pela rodovia, com a escola de um lado e igreja e cemitério do outro, de modo que

a passagem pela rodovia torna-se obrigatória para a população local.

Considerando-se que o desnível entre a comunidade e a pista da rodovia é maior que 7,00 m,

definiu-se a implantação da passarela no alto do morro, dispensando a necessidade de

rampas.

Figura 2.7 - Locação - Passarela do Distrito de Índios

Para o Anteprojeto da Passarela do Distrito de Índios adotou-se um sistema estrutural misto,

com a superestrutura metálica, composta de treliça hiperestática com 57,50 metros de

comprimento e 2,20 metros de largura.

A Mesoestrutura é composta por pilares de concreto armado que suportam a estrutura

metálica central e transferem os esforços à infraestrutura. As fundações, por sua vez, são

compostas por blocos com estacas raiz com diâmetro de 410 mm no solo e 310 mm em

rocha.

A projeto deverá contemplar a infraestrutura de acesso à passarela, com implantação de

passeios nas laterais.

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(a) Vista do Vão Central (b) Seção Típica

Figura 2.8 - Concepção Estrutural - Passarela do Distrito de Índios

2.2.4 Passarela do Bairro Bates

Os Projetos Técnicos apresentados pela Prefeitura Municipal de Lages (Ofício nº 0066/2015,

de 10/04/2015) definiram uma travessia entre os Bairros da Bates e Jardim Panorâmico.

Nesse caso, aproveita-se o desnível de um dos lados da rodovia, junto a via lateral.

Figura 2.9 - Locação - Passarela do Bairro Bates

Para anteprojeto da Passarela do Bairro Bates adotou-se um sistema estrutural misto, com a

superestrutura metálica, composta de treliça hiperestática com 59,80 metros de comprimento

e 2,20 metros de largura. A rampa foi concebida de acordo com as prescrições da ABNT

NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos,

com patamares de descanso a cada 10,00 metros.

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A Mesoestrutura é composta por pilares de concreto armado que suportam a estrutura

metálica central e transferem os esforços à infraestrutura. As fundações, por sua vez, são

compostas por blocos com estacas raiz com diâmetro de 410 mm.

A projeto deverá contemplar a infraestrutura de acesso à passarela, com implantação de

passeios e de um dispositivo Traffic Calming para travessia da via lateral (Figura 2.10a).

(a) Vista do vão central (b) Seção típica

(c) Vista da rampa de acesso

Figura 2.10 - Concepção Estrutural - Passarela do Bairro Bates

2.2.5 Passarela dos Bairros São Paulo/São Francisco

A Prefeitura Municipal de Lages (Ofício nº 0066/2015) também identificou a necessidade

de uma passarela entre os Bairros São Francisco e São Paulo. Nesse caso, a os pedestres

serão conduzidos a partir do nível do solo, utilizando-se de rampas de acesso ou escadas

(Figura 2.11).

Para o anteprojeto da Passarela dos Bairros São Paulo e São Francisco, adotou-se um sistema

estrutural misto, com a superestrutura metálica, composta de treliça hiperestática com 40,70

metros de comprimento e 2,20 metros de largura. As rampas foram concebidas conforme

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prescrições da ABNT NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos, com patamares de descanso a cada 10,00 metros.

Figura 2.11 - Locação - Passarela dos Bairros São Paulo/São Francisco

A Mesoestrutura é composta por pilares de concreto armado, os quais suportam a estrutura

metálica central, as rampas e as escadas, e transferem seus esforços à infraestrutura. Essa,

por sua vez, é composta por um conjunto de blocos com estacas raiz com diâmetro de

410 mm no solo e 310 mm em rocha.

(a) Vista do vão central (b) Seção Típica

(c) Vista das rampas de acesso

Figura 2.12 - Concepção Estrutural - Passarela dos Bairros São Paulo/São Francisco

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(a) Vista Escada (b) Modelo 3D

Figura 2.13 - Escada - Passarela dos Bairros São Paulo/São Francisco

3 CANTEIRO E PRAZOS

O Canteiro de Serviço é a disposição física das fontes de materiais, edificações e construções

necessárias para concentrar a estrutura e o apoio logístico indispensáveis ao gerenciamento

e à execução da obra. No apoio ao canteiro, deve-se considerar as condições

socioeconômicas das comunidades que serão influenciadas pela obra e as cidades mais

próximas com bancos, hospitais, hotéis e aeroportos.

Para este Anteprojeto, será prevista a instalação de um Canteiro Central, e Canteiros de

Apoio, um para cada passarela.

A seguir, apresentam-se a lista de edificações que compõem tanto do Canteiro Central,

quanto os Canteiros de Apoio. Salienta-se que estas unidades devem estar em conformidade

com as prescrições da NBR- 6492, NBR-12.721 e 12.722.

Tabela 3.1 - Componentes - Canteiros de Apoio

(m²)

1 Área Coberta 24,00

2 Sanitário 6,00

3 Container (Escritório)

4 Container (Ferramentas)

5 Container (Ferramentas)

Canteiro Pontes (15 x 12) m

Área

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Tabela 3.2 - Componentes - Canteiro Central

Figura 3.1 - Canteiro Central

(m²)

1 Escritório Central 40,00

2 Almoxarifado 25,00

3 Carpintaria 16,00

4 Central de armação 16,00

5 Ambulatório 15,00

6 Depósito de Agregados 50,00

7 Oficina de Veículos 20,00

8 Alojamento Básico 75,00

9 Sanitário/Vestiário 40,00

10 Lavanderia 15,00

11 Copa/Cozinha 20,00

12 Refeitório/Sala Social 50,00

13 Depósito de Cimento 25,00

14 Cobertura da Betoneira 15,00

15 Laboratório 16,00

16 Escritório Fiscalização 20,00

17 Sanitário 12,00

18 Guarita 5,00

19 Estacionamento Visitas

20 Estacionamento Funcionários

21 Castelo d'água (2 unid.)

22 Berço para Pré-Moldados

23 Pátio de Manobras

Canteiro Igarapé XV de Novembro (75 x 50) m

Área

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Figura 3.2 - Canteiro de Apoio

O prazo para execução do empreendimento é de 18 meses: 6 meses para a elaboração dos

projetos executivos e 12 meses para a execução das obras. A executante será responsável

pela manutenção e pela segurança do tráfego durante as obras adotando-se as seguintes

providências:

Sinalização diurna e noturna;

Controle do tráfego por pessoal devidamente uniformizado e previamente treinado.

4 NORMAS E INSTRUÇÕES

O licitante deverá obedecer às Normas e Instruções do DNIT cabíveis a cada item definido,

introduzindo as necessárias adequações e adaptações, considerando as particularidades e o

objetivo dos serviços. As Instruções e Especificações de Serviço constantes de documentos

do DNER e em vigor no DNIT, não deverão ser transcritas, bastando citá-las, redigindo

apenas as alterações propostas.

Os projetos das passarelas serão desenvolvidos de acordo com o previsto na IS-228 das

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, ed. 2006, do DNIT,

no Manual de Projeto de Obras de arte Especiais, ed. 1996, Manual de Construção de Obras

de arte Especiais, ed. 1995, todos do extinto DNER, e com as Normas da ABNT abaixo

relacionadas, dentre outras:

NBR 8.800/2008 - Projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto de

edifícios.

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NBR 9.050/2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos

urbanos.

NBR 6.118/2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.

NBR 6.122/2010 - Projeto e execução de fundações - Procedimento.

NBR 6.123/1988 - Forças devido ao vento em edificações - Procedimento.

NBR 7.188/2013 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre - Procedimento.

NBR 8.953/2009 - Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por

grupos de resistência e consistência.

NBR 8.681/2003 Versão corrigida 2004 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento.

NBR 9.062/2006 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado.

NBR 10.839/1989 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido

– Procedimento.

NBR 12.655/2006 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento -

Procedimento.

NBR 12.654/1992 Versão corrigida 2000 - Controle tecnológico de materiais componentes

do concreto – Procedimento.

NBR 14.931/2003 - Execução de estruturas de concreto – Procedimento.

NBR 7.480/2007 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –

Especificação.

NBR 7.211/2009 – Agregados para concreto – Especificação.

NBR 10.908/2008 - Aditivos para argamassa e concreto - Ensaios de caracterização.

NBR 11.768/1992 - Aditivos para concreto de cimento Portland – Especificação.

NBR 12.317/1992 - Verificação de desempenho de aditivos para concreto – Procedimento.

NBR 15.577/2008 – Agregados – Reatividade álcali-agregado.

Elementos de aço: Poderão ser utilizadas as normas estrangeiras para pontes metálicas,

reconhecidas internacionalmente, como:

a) Norma AASHTO - Standard Specifications for Highway Bridges - 17ª Edition 2002.

b) Normas Alemã, Inglesa e Canadense.

Em caso de conflito entre as Normas do DNIT e as da ABNT, prevalecerão as prescrições

das Normas da ABNT.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais - Departamento Nacional de Estradas de

Rodagem. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica,

225p. (IPR. Publ., 698) Rio de Janeiro, 1996.

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, 3a Edição,

DNIT/2006;

DINIZ, José Zamarion Ferreira. Pré-fabricados de Concreto: Rapidez, Economia e

Sustentabilidade na Construção. Concreto & Construções, São Paulo, Ano 34, n. 43, p. 10-

12, jun./ago. 2006;

DONIAK, Iria Lícia Oliva. Estruturas pré-fabricadas para edifícios altos. Concreto &

Construções, São Paulo, Ano 34, n. 43, p. 39-40, jun./ago. 2006;

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6 TERMO DE ENCERRAMENTO

O presente Anteprojeto foi elaborado na Coordenação de Projetos de Estruturas

/CGDESP/DPP/DNIT, em maio de 2016. Os autores abaixo relacionados se dispõem para

esclarecimentos adicionais.

___________________________________________________________

Edimarques Pereira Magalhães - Mat. 2824-0

___________________________________________________________

Galileu Silva Santos - Mat. 4171-8

___________________________________________________________

Paulo Sérgio Barbosa Abreu - Mat. 3949-7

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ANEXO A. SONDAGENS DE INVESTIGAÇÃO

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A.1 Passarela da Rua Campos Sales

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A.2 Passarela do Bairro Frei Rogerio

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A.3 Passarela do Distrito de Índios

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A.4 Passarela do Bairro Bates

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A.5 PASSARELA DOS BAIRROS SÃO PAULO E SÃO FRANCISCO

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ANEXO B. DESENHOS ESQUEMÁTICOS