anexo 1 o modelo de excelência da gestão ... - ability rh€¦ · o modelo de excelência da...

102

Upload: others

Post on 27-Jan-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Anexo 1

    O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG)

    O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) surgiu como conseqüência de

    um estudo que buscou identificar o que as empresas de sucesso tinham em

    comum. Realizado, inicialmente, na década de 80 identificou um conjunto de

    conceitos, comuns a essas empresas. Qualquer empresa, independente do

    tamanho ou segmento pode ser beneficiada pelo MEG®.

    Segundo a FNQ (2014), o MEG reflete a experiência, o conhecimento e o

    trabalho de pesquisa de diversas organizações e especialistas do Brasil e do

    Exterior”. É uma metodologia de autoavaliação, avaliação, e reconhecimento

    das boas práticas de gestão das empresas. (FNQ, 2014).

    O MEG e os Fundamentos da Excelência

    O MEG é alicerçado por 11 Fundamentos, denominados Fundamentos da

    Excelência, que são a base teórica de uma boa gestão e 8 critérios. Da

    mesma forma que o mercado e as empresas, os Fundamentos são dinâmicos

    e atualizados sistematicamente.

    De acordo com a FNQ (2014), os 11 Fundamentos da Excelência são

    conceituados como segue:

    1. Pensamento Sistêmico: entendimento das relações de interdependência

    entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a

    organização e o ambiente externo.

    2. Aprendizado Organizacional: busca e alcance de um novo patamar de

    conhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação

    e compartilhamento de experiências.

  • 3. Cultura de Inovação: promoção de um ambiente favorável à criatividade,

    experimentação e implementação de novas ideias, que possam gerar um

    diferencial competitivo para a organização.

    4. Liderança e Constância de Propósitos: atuação de forma aberta,

    democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando o

    desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de

    qualidade e a proteção dos interesses das partes interessadas.

    Partes Interessadas: indivíduo ou grupo de indivíduos com interesse

    comum no desempenho da organização e no ambiente em que opera.

    . Clientes

    . Força de Trabalho

    . Acionistas e os proprietários

    . Fornecedores

    . Sociedade

    5. Orientação por Processos e Informações: compreensão e segmentação

    do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor

    para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de

    ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se

    em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos

    identificados.

    6. Visão de Futuro: compreensão dos fatores que afetam a organização, seu

    ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo prazo.

    7. Geração de Valor: alcance de resultados consistentes pelo aumento de

    valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes

    interessadas.

    8. Valorização das Pessoas: criação de condições para que as pessoas se

    realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por

    meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de

    espaços para empreender.

  • 9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado: conhecimento e

    entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma

    sustentada para o cliente e, consequentemente, gerando maior

    competitividade nos mercados.

    10. Desenvolvimento de Parcerias: desenvolvimento de atividades em

    conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das

    competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas as

    partes.

    11. Responsabilidade Social: atuaçãoo que se define pela relação ética e

    transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se

    relaciona. Refere-se também à inserção da empresa no desenvolvimento

    sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para

    gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das

    desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

    Os Critérios de Excelência

    Os Fundamentos são colocados em prática por meio de 8 Critérios, conforme

    o Modelo de Excelência em Gestão da FNQ, representado na Figura 1.

    Figura 1 – Modelo de Excelência em Gestão

  • Fonte: FNQ (2014)

    A figura 1 representa os Critérios de Excelência e simboliza a organização,

    considerada como um sistema orgânico adaptável ao ambiente. O MEG foi

    construído buscando lembrar uma célula viva e representa a organização e

    sua relação com o todo.

    Conforme a FNQ (2014), podemos descrever cada critério da seguinte forma:

    Critério 1 – Liderança

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da organização e

    controle externo sobre a sua direção;

    o engajamento, pelas lideranças, das pessoas e partes interessadas na sua

    causa;

    o controle de resultados pela direção.

    Critério 2 – Estratégias e Planos

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos à concepção e à execução das

    estratégias;

    os processos referentes ao estabelecimento de metas;

    a definição e o acompanhamento de planos necessários para o êxito das

    estratégias.

    Critério 3 – Clientes

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e

    mercado;

    e a comunicação com o mercado e clientes atuais e potenciais.

    Critério 4 - Sociedade

    Este critério aborda:

  • os processos gerenciais relativos ao respeito e tratamento das demandas da

    sociedade e do meio ambiente;

    os processos relativos ao desenvolvimento social das comunidades mais

    influenciadas pela organização.

    Critério 5 – Informações e Conhecimento

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos ao tratamento organizado da demanda por

    informações na organização;

    o desenvolvimento controlado dos ativos intangíveis geradores de

    diferenciais competitivos, especialmente os de conhecimento.

    Critério 6 - Pessoas

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos à configuração de equipes de alto

    desempenho;

    o desenvolvimento de competências das pessoas e à manutenção do seu

    bem-estar.

    Critério 7 - Processos

    Este critério aborda:

    os processos gerenciais relativos aos processos principais do negócio e aos

    de apoio;

    os processos relativos aos fornecedores;

    os processos econômico-financeiros.

    Critério 8 - Resultados

    Este critério aborda:

    os resultados da organização na forma de séries históricas e acompanhados

    de referenciais comparativos pertinentes, para avaliar o nível alcançado;

    os níveis de desempenho associados aos principais requisitos de partes

    interessadas, para verificar o atendimento.

  • O MEG e o Ciclo PDCA

    Conforme Tavares (2007), o Ciclo PDCA Planejar, Desenvolver, Checar e

    Agir), foi criado por Walter A. Shewhart e se tornou amplamente conhecido

    através da divulgação por Willian Deming. É uma ferramenta que auxilia o

    controle do processo, podendo ser usado de forma contínua para o

    gerenciamento das atividades de uma organização

    De acordo com a FNQ (2013), o sucesso de uma empresa relaciona-se

    diretamente com sua capacidade de atender necessidades e expectativas de

    seus clientes. Estas necessidades e expectativas devem ser identificadas e

    entendidas, possibilitando que sejam traduzidas em valor necessário para

    captar e reter clientes.

    Conforme a FNQ (2013), para que possa se estabelecer no mercado, a

    empresa também precisa identificar, entender e satisfazer necessidades e

    expectativas da sociedade e dos públicos com os quais interage – de forma

    ética, cumprindo leis e preservando o ambiente.

    Estas informações possibilitam que a liderança estabeça os princípios da

    organização, que coloque em prática e vivencie os fundamentos da

    excelência. Através do exemplo da liderança é possível estabelecer uma

    cultura de excelência na organização. Os líderes sistematizam a análise do

    desempenho e definem as ações de melhoria, sempre que necessário, desta

    forma consolidando o aprendizado organizacional.

    A FNQ (2013) aponta que os líderes são responsáveis pela formulação das

    estratégias que direcionam a organização para o seu desempenho,

    determinando sua posição competitiva. Estas estratégias são desdobradas em

    todos os níveis da organização, através de planos de ações de curto e longo

    prazo. Os recursos necessários são destinados, assegurando sua

    implementação. A organização avalia permanentemente a implementação das

  • estratégias e monitora os planos de ações, respondendo rapidamente às

    mudanças nos ambientes interno e externo.

    Considerando os quatro critérios apresentados, tem-se a etapa de

    planejamento (P) do ciclo PDCA.

    De acordo com a FNQ (2013), as pessoas que fazem parte da organização

    precisam ser capacitadas, acompanhadas, motivadas e satisfeitas,

    encontrando um ambiente propício à busca constante pela cultura da

    excelência.

    Desta forma, os processos são executados e gerenciados de forma

    adequada, o que permite criar valor para o cliente, aperfeiçoar o

    relacionamento com estes e com seus fornecedores. Os custos e

    investimentos são planejados e controlados e, assim, os riscos financeiros são

    calculados, quantificados e monitorados.

    Conclui-se, neste momento, a etapa referente à execução (D) no PDCA.

    Para efetivar a etapa do Controle (C), os resultados são mensurados em

    relação a: situação econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas,

    sociedade, processos principais do negócio e processos de apoio, e

    fornecedores.

    Para a FNQ (2013), implementar práticas de gestão e acompanhar a dinâmica

    dos ambientes internos e externos, possibilitam o acompanhamento de metas

    e eventuais correções de rumo, gerando efeitos e resultados positivos para os

    negócios.

    Os resultados, apresentados sob forma de informações e conhecimento,

    retornam à organização, complementando o ciclo PDCA, com a etapa

    referente à ação (A).

    A FNQ (2013) aponta, que é nesta etapa que é formulada a inteligência da

    organização, viabilizando a análise do desempenho e a execução das ações

  • necessárias em todos os níveis. A gestão das informações e dos ativos

    intangíveis é um elemento essencial à jornada em busca da excelência.

    Ter conhecimento da empresa, através de uma visão sistêmica e com

    profundidade oportuniza a melhoria da gestão. Através do SEBRAE, MBC

    (Movimento Brasil Competitivo), Gerdau e FNQ (Fundação Nacional da

    Qualidade), foi desenvolvida uma metodologia de avaliação de gestão das

    empresas, padronizada nacionalmente, que reconhece e premia as melhores

    práticas de gestão, estimulando a competitividade empresarial: o MPE Brasil –

    Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas.

    O objetivo do projeto é promover uma maior sensibilização dos conceitos

    sobre competitividade, qualidade, gestão, inovação e produtividade, ajudando

    no desenvolvimento das micro e pequenas empesas brasileiras.

    De acordo com a FNQ (2014), a avaliação se dá por meio da utilização de um

    questionário de autoavaliação, que tem como base o MEG - Modelo de

    Excelência da Gestão®. O MEG é um instrumento de mudança de realidade,

    dando ao empresário e à empresa a visao do antes e depois, possibilitando a

    tomada de decisões e visualização de novas oportunidades de negócios.

    O Programa ALI tem como premissa aplicar o diagnóstico que visa avaliar o

    grau de maturidade em gestão das MPEs, através de um instrumento

    consolidado que é o questionário do MPE Brasil e que também subsidia o

    Prêmio MPE. Este questionário será detalhado na Unidade Temática 5 que

    abordará “Diagnósticos e Plano de Ação”, durante a Capacitação.

    Referências:

    EAD Pré Curso – Interpretação dos Critérios de Avaliação -

    Compromisso e Rumo à Excelência. Disponível em

    . Acesso em 15 jun. 2014.

    http://www.mbc.org.br/mbc/pgqp/hot_sites/sa2014/.../precurso_ica_2014.ppthttp://www.mbc.org.br/mbc/pgqp/hot_sites/sa2014/.../precurso_ica_2014.ppt

  • FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Modelo de Excelência em Gestão.

    Disponível em: . Acesso em 25 mai. 2014

    FNQ - Fundação Nacional da Qualidade. Modelo de Excelência em Gestão.

    Disponível em: . Acesso em: 25 mai. 2014.

    FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Modelo de Excelência em Gestão.

    Disponível em: . Acesso em 20

    mai. 2014

    TAVARES, M. C. Gestão Estratégica. São Paulo: Atlas, 2007.

    http://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestaohttp://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestaohttp://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestaohttp://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestaohttp://www.fnq.org.br/parcerias/mpe-brasil

  • Anexo 2

    A Visão Sistêmica na Pequena Empresa

    Conforme Rocha (2011), gestão é uma prática integrada que interage com

    todas as áreas da organização. Deve, necessariamente, alinhar os propósitos,

    as pessoas e os processos da empresa, gerando sincronia entre todos. Uma

    gestão bem sucedida leva à diferenciação competitiva da empresa, num

    ambiente em que a mudança é permanente.

    O contexto do ambiente empresarial e a velocidade das mudanças dificulta a

    percepção por parte do empresário de que a organização é um sistema vivo e

    que é preciso entendê-la sistemicamente.

    As organizações e seu ambiente de negócio devem viver em total sincronia.

    Entender este contexto dinâmico, antecipar-se as necessidades dos clientes,

    identificando mudanças de expectativas e se adptando a elas, são caminhos

    importantes para que as empresas busquem a diferenciação. Para isso,

    devem desenvolver em seu ambiente interno a cultura da inovação,

    apresentando novas alterantivas de produtos e serviços através da utilização

    de materiais diferenciados, atendendo melhor e mais rápido o dinamismo do

    mercado, diferenciando-se da concorrência e promovendo ganhos de

    competitividade para as empresas. Chamamos à isso de sincronismo da

    organização em relação ao ambiente de negócios.

    De acordo com Rocha (2011), para que ocorra o sincronismo organizacional,

    três fatores fundamentais devem estar alinhados para o sucesso: estratégia,

    processos e pessoas, apresentados na Figura 2.

  • Figura 2: Visão Geral do Sincronismo Organizacional

    Fonte: Rocha (2011)

    Ainda, de acordo com Rocha (2011), o alinhamento destes três fatores é

    essencial para que as áreas de uma empresa trabalhem de forma

    sincronizada, tendo grande comprometimento, resultando em eficiência e

    eficácia para o negócio, aumentando, em muito, as possibilidades de atingir o

    sucesso.

    Com base no conceito apresentado, de nada adianta uma estratégia clara se

    os processos da empresa não estiverem bem estruturados. Da mesma forma,

    ter uma estratégia alinhada aos processos, mas não ter pessoas preparadas e

    capacitadas para executá-los, levará a empresa a obter sempre os mesmos

    resultados, continuando a ter os mesmos problemas.

    Orientar e preparar as pessoas para as ações que desempenham, tem sido

    uma das formas que os gestores das diversas funções que compõem o

    contexto organizacional, encontraram para aumentar a competitividade e

    produzir melhores resultados.

    IndicadoresIntegrados

    Estratégia

    Processos

    Pessoas

  • Muitos empresários ainda detêm uma visão cartesiana no processo de gestão,

    atribuindo problemas e dificuldades aos outros e não olhando para si e para o

    contexto onde se encontram.

    De acordo com Senge (1990) e Capra (1996), a visão cartesiana introduzida

    por René Descartes entende o conhecimento derivado apenas da

    racionalidade, observando as coisas de forma isolada. Já a visão sistêmica é

    apresentada como um todo integrado, onde as partes são interdependentes

    umas das outras.

    As diferenças entre as duas visões estão apresentadas na Figura 3.

    Figura 3 – Visão Cartesiana e Visão Sistêmica

    Fonte: o autor, 2014.

    No momento em que as empresas passam a adotar a visão sistêmica,

    também passam a entender os impactos das decisões entre as funções

    Processos

    Visão de um único processo

    Visão Cartesiana Visão Sistêmica

    Processos

    Visão integrada de todos os processos, identificando o

    impacto de cada um no Todo da Organização.

    Marketing

    Produtos básicos concebidos e vendidos para o mercado

    de massa.

    Marketing

    Trabalha a concepção do produto junto ao cliente, para que

    a venda seja uma consequência, considerando

    o cliente um ser completo, inteligente,

    composto por corpo, mente e espírito

    Finanças

    Apenas paga as contas

    Finanças

    Fator decisivo para a tomada de decisão, interagindo

    diretamente com todas as áreas da empresa.

    Pessoas

    Funcionário desempenha bem apenas uma atividade, de

    forma isolada, preocupando com seu

    resultado.

    Pessoas

    Funcionário desempenha bem suas atividades, entendendo

    o impacto destas nos seus resultados e nos da

    empresa em que atua.

  • organizacionais. Estas funções devem caminhar juntas, visando a consecução

    dos objetivos da empresa.

    É fundamental ter conhecimento do fluxo das informações e saber que a

    qualidade das mesmas influeciam na etapa seguinte. Por exemplo, se uma

    nota fiscal for registrada com valor incorreto na sua entrada, é provável que o

    pagamento da mesma seja efetuado de forma errada, gerando problemas

    para a empresa e para o fornecedor.

    Ações isoladas, como um planejamento de marketing, sem considerar a

    empresa como um todo, podem produzir pouco ou nenhum resultado e ainda

    gerar um desembolso significativo de recursos, sejam eles financeiros ou

    humanos.

    O MEG e a Visão Sistêmica

    De acordo com a FNQ (2014), uma das formas de se colocar em prática a

    visão sistêmica de uma Organização é através do Modelo de Excelência da

    Gestão®, que alinha de forma harmônica e integrada pessoas com

    processos voltados para a geração de resultados e informações e

    conhecimento para a Organização. Este modelo também envolve a

    liderança enquanto negócio, definindo as estratégias e planos ou a

    liderança desempenhando seu papel de gestor.

    Exige que a empresa seja capaz de atender as necessidades dos clientes,

    bem como satisfazer as necessidades da sociedade e dos públicos com os

    quais interage, sempre agindo de forma ética na busca da sustentabilidade

    social, ambiental e econômica (FNQ, 2014).

  • Referências:

    CAPRA, F. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 1996.

    CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, Processo e Prática. 4. ed. Rio de

    Janeiro: Elsevier, 2007.

    ROCHA, P.; ALBUQUERQUE, A. Sincronismo Organizacional. 1. ed. digital.

    Saraiva, 2011.

    SENGE, P. A Quinta Disciplina – Arte e Prática da Organização que Aprende.

    Editora Best Seller, 2006.

    FNQ - Fundação Nacional da Qualidade. Modelo de Excelência em Gestão.

    Disponível em: . Acesso

    em: 15 jun. 2014.

    http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/artigos/uma-visao-sistemica-da-gestao-organizancionalhttp://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/artigos/uma-visao-sistemica-da-gestao-organizancional

  • Anexo 3

    A Gestão e o Planejamento na Pequena Empresa

    O mundo vive tempos de intensa competitividade e para as empresas em

    geral, manter ou ampliar seu espaço no mercado globalizado não é tarefa

    fácil. Para as pequenas empresas os desafios são ainda maiores, face às

    dificuldades encontradas, sejam elas em termos de recursos físicos, humanos

    ou financeiros. Crescer e se manter competitiva passa a ser um objetivo

    constante, onde é preciso ousar para ocupar um espaço diferenciado no

    mercado.

    É importante conhecer a realidade das pequenas empresas brasileiras.

    Conforme o Guia do Educador do Programa Negócio a Negócio do SEBRAE

    (2010), pesquisas do IBGE, apontam que a maioria das pequenas empresas

    brasileiras, reúne características comuns, assim identificadas:

    - Gestão informal – a falta de separação entre o patrimônio pessoal e o

    empresarial, compromete a formulação de estratégias e análise

    detalhada da situação em que se encontra a empresa;

    - Gestão centralizadora – a presença de colaboradores com laços

    familiares dificulta a racionalização de cargos, funções, salários e

    responsabilidades;

    - Pouco conhecimento de processos e controles – o empresário

    dedica tempo maior para a operação e menor para o desenvolvimento

    de estratégias competitivas.

    O grande desafio é estabelecer vínculos, através de um atendimento e

    acompanhamento continuados, que possibilite o crescimento das empresas e

    o desenvolvimento empresarial dos empresários, levando à melhoria contínua.

    Conforme Araújo e Gava (2011), em tempos de incerteza, empresas que

    buscam estar à frente e ter uma performance de sucesso, precisam estar

  • constantemente em movimento, em busca de novos conhecimentos, adotando

    um comportamento estratégico diferenciado onde a atualização permanente é

    fundamental.

    Para fazer frente aos novos desafios, é preciso acessar novas técnicas e

    ferramentas, definindo novas formas de criar vantagens competitivas. O

    crescimento e desenvolvimento exigem conhecimentos e habilidades

    específicas e nem sempre as empresas estão preparadas. Todo negócio tem

    um ciclo de vida, que inicia com o sonho de seu fundador, passa por erros e

    acertos, aproveitamento de oportunidades e o momento onde é preciso dar o

    próximo passo, profissionalizando e criando condições favoráveis e

    sustentáveis para permanecer no mercado, de forma consolidada e

    sustentável.

    Empresas só serão selecionadas pelo mercado, quando este entender que há

    agregação de valor. Quem agir de forma proativa e com maior agilidade,

    certamente, estará à frente, plantando hoje, mas com um olhar no futuro.

    O Planejamento na Pequena Empresa

    Segundo Peter Drucker (2009), planejamento é uma tomada de decisão

    antecipada. Um processo contínuo de, sistematicamente e com maior

    conhecimento possível do futuro, tomar decisões atuais que envolvem riscos.

    Organizar, de forma sistemática as ações necessárias à execução dessas

    decisões e através de uma retro alimentação organizada e sistemática, medir

    o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.

    , agindo-se deste ou daquele modo.

    A realidade da pequena empresa é que na maioria das vezes não há um

    planejamento formal e a empresa vai tomando decisões sem ter uma visão de

    todo o contexto.

  • Conforme Milagres (2011), o planejamento tem a ver com fazer planos, parar

    para pensar antes de fazer as coisas, vem antes da ação. Estratégia tem a ver

    com fazer escolhas, priorizando o que é mais importante e relevante. Aqui o

    parar para pensar também é essencial e uma das formas que as empresas o

    fazem é através de reuniões mensais, onde conversam sobre estratégia,

    como estão fazendo as coisas e se estão se aproximando dos objetivos

    estabelecidos.

    Tipos de Planejamento

    Segundo Oliveira (2002), podemos considerar três tipos de planejamento:

    estratégico, tático e operacional. Estes se referem aos níveis de decisão

    dentro de uma organização, conforme representado na figura 4.

    Figura 4 – Niveis de decisão e tipos de planejamento

    Fonte: Oliveira (2002)

    De acordo com Oliveira (2002), o conceito para cada um dos tipos de

    planejamento é:

    O Planejamento Estratégico foca a empresa como um todo e é um processo

    onde se define uma direção a ser seguida e seu desenvolvimento é de

    responsabilidade dos níveis mais altos. É aqui que se definem os objetivos

  • estratégicos de longo prazo e as ações que permitirão a empresa alcançá-los.

    O Planejamento Tático tem foco em uma determinada área ou resultado da

    empresa e o objetivo principal é a utilização dos recursos de forma eficiente

    para o alcance dos objetivos estabelecidos.

    Já o Planejamento Operacional, prevê a formalização, com bases nos planos

    de ação ou planos operacionais.

    O Planejamento Estratégico e suas Etapas

    Podemos definir o planejamento em três etapas:

    1. Análise

    - Diagnóstico e entendimento do contexto atual da empresa;

    - Definição ou revisão do direcionamento estratégico da empresa

    (ideologia): Valores, Negócio, Missão e Visão de Futuro;

    - Avaliação estratégica – ambiente interno e externo;

    - Definição da postura estratégica.

    2. Formulação

    - Identificar objetivos estratégicos: o que deve ser alcançado e o que é

    crítico para o sucesso da empresa;

    - Determinar indicadores e metas;

    - Planejar ações para alcançar as metas.

    3. Execução e Acompanhamento

    - Disseminar o planejamento;

    - Implantar e acompanhar o planejamento.

  • Etapa 1 – Análise

    1. O Direcionamento Estratégico (Ideologia)

    Também conhecido como Ideologia, é a definição ou a revisão da identidade

    da empresa.

    - Valores são eternos, no que acreditamos. São princípios ou crenças

    relativos a modelos de comportamento desejáveis que orientam a vida da

    empresa e estão ao serviço de interesses individuais, coletivos ou mistos.

    Exemplo: Fé, Lealdade, Amor, Humildade, Segurança, Retorno financeiro,

    Alegria, Honestidade, Liberdade, Poder, Integridade, Beleza, Fraternidade,

    Aprendizado, Crescimento, Reconhecimento.

    - Negócio é o presente e orienta a atuação da empresa no mercado. Pode

    estar focado no produto (restrita) ou no benefício (ampla).

    Exemplo:

    - Missão representa o presente – quem somos hoje? É o propósito da

    existência da empresa em seu negócio. Deve ter como componentes:

    - Negócio (benefício para o cliente)

    - Forma de atuar, e

    - Competências distintas.

    Produto Benefício

    Fedex: Encomendas Montblac: Canetas Coca-Cola: Bebidas Petrobras:`Petróleo Copenhagen: Chocolates Natura: Cosméticos

    Fedex: Paz de espírito Montblac: Personalidade Coca-Cola: Conveniência Petrobras: Energia Copenhagen: Sentimento Natura: Bem estar

  • - Visão de Futuro é a busca do crescimento e desenvolvimento. A

    expressão do que a empresa deseja ser.

    Diretrizes para definição de uma Visão de Futuro:

    1) Deve ser clara, mas não tão limitada a ponto de restringir a

    iniciativa;

    2) Deve ser desejável, no sentido de atender aos interesses e aos

    valores de todos os interessados;

    3) Deve ser possível de implementar;

    4) Deve exigir esforço, tirando a empresa da zona de conforto.

    2. A Avaliação Estratégica

    A avaliação estratégica é realizada através do cruzamento de cenários para

    se identificar quais serão os objetivos estratégicos da empresa, com maior

    possibilidade de assertividade.

    A ferramenta utilizada é a Matriz SWOT, criada por Kenneth e Cristensen,

    professores da Harvard Business School. A SWOT é uma sigla que estuda a

    competitividade das organizações considerando quatro variáveis: Strengths

    (Fo

    as).

    Em português esta ferramenta é chamada de Matriz FOFA, assim chamada

    porque é o resumo das palavras Forças (F), Oportunidades (O), Fraquezas (F)

    e Ameaças (A).

    De acordo com Chiavenato e Sapiro (2003), a função da Matriz FOFA é fazer

    o cruzamento entre as oportunidades e ameaças externas à organização, com

    seus pontos fortes e fracos. A Matriz FOFA é uma das ferramentas mais

    utilizadas na gestão estratégica competitiva.

  • Conforme Oliveira (2002), o

    as que a empresa consegue, os quais proporcionam uma vantagem

    operacional no ambiente em que atua. O es

    m a proporcionar uma desvantagem

    operacional no ambiente empresarial.

    Oliveira (2002), dispõe que as oportunidades e ameaças compõem a análise

    externa da empresa e são variáveis incontroláveis, que podem favorecer as

    suas ações estratégicas, desde que conhecidas e aproveitadas enquanto

    durarem. As ameaças criam obstáculos para a empresa, à sua ação

    estratégica, mas poderão ser evitadas desde que conhecidas em tempo hábil..

    É importante o ol

    ada pela

    empresa como um todo, devendo focar em determinados aspectos

    micos

    -

    -de-obra, concorrentes, entre outros.

    A análise realizada através da matriz FOFA, representada na figura 5, deve

    distinguir onde a empresa está hoje e onde ela estará no futuro.

  • Figura 5 – Matriz FOFA

    Fonte: o autor, 2014.

    3. Postura Estratégica

    De acordo com Oliveira (2002) a análise FOFA possibilita identificar o tipo de

    postura estratégica a adotar, diante de seu ambiente, de acordo com alguns

    cruzamentos:

    - Oportunidades + forças = postura estratégica de Desenvolvimento

    - Oportunidades + fraquezas = postura estratégica de Crescimento

    - Ameaças + forças = postura estratégica de Manutenção

    - Ameaças + fraquezas = postura estratégica de Sobrevivência

    É importante que as empresas aproveitem todas as oportunidades possíveis,

    através da estratégia certa no momento certo.

    OPORTUNIDADES

    AMEAÇAS

    FRAQUEZAS

    FORÇAS

    FATORES EXTERNOS

    FATORES INTERNOS

    Matriz FOFA

  • Postura Estratégica de Sobrevivência

    Quando o cruzamento das ameaças e das fraquezas prevalecer na matriz

    FOFA, a postura estratégia apontada é a de Sobrevivência e só deve ser

    adotada quando não houver outra alternativa, pois as ações indicadas para

    esta situação são o desinvestimento e redução de custos ou até mesmo o

    encerramento do negócio.

    Postura Estratégica de Manutenção

    É apontada quando o cruzamento entre as forças e ameaças for o mais

    representativo. A empresa apresenta vários pontos fortes, o que possibilita

    que ela mantenha sua posição no mercado. Deve, neste caso, manter

    investimentos de forma moderada, procurando manter uma estabilidade e

    equilibrar o fluxo de receitas e despesas, para alcançar o resultado

    estabelecido e melhorar sua participaçãoo no mercado. É característico de

    uma empresa que está em fase de maturidade, já tem conhecimento e

    experiência em relação à empresa e ao mercado. Neste caso sugere-se,

    também, trabalhar com uma segmentação de mercado, buscando uma

    especialização, possibilitando obter vantagens sobre os concorrentes. Avaliar

    também se algum produto ou serviço deverá ter descontinuidade.

    Postura Estratégica de Crescimento

    Embora as fraquezas, neste caso, sejam representativas, o ambiente mostra

    possibilidade de se obter boas oportunidades. É comum neste tipo de postura,

    que a empresa lance novos produtos e/ou serviços e procure aumentar suas

    vendas. Estratégias de inovação também são recomendáveis.

    Postura Estratégica de Desenvolvimento

    Os pontos fortes e as oportunidades se destacam neste tipo de postura e é o

    momento da empresa buscar desenvolvimento, através da busca de novos

    mercados ou clientes e também de novas tecnologias, o que permite ampliar

    os negócios no mercado.

  • Etapa 2 - Formulação

    Identificação dos Objetivos Estratégicos, Indicadores, Metas e Ações

    1. Objetivos Estratégicos

    Segundo Oliveira (2002), Objetivos Estratégicos são os resultados que a

    organização pretende atingir. É a revelação de onde a empresa pretende

    chegar.

    Perguntas que devem ser feitas para a definição dos objetivos estratégicos:

    Qual é o meu negócio?

    Como quero ser nos próximos 12 ou 24 meses?

    Como quero trabalhar?

    Em que mercado? Para quais clientes?

    É importante ter critérios quantificáveis (fatia de mercado, faturamento total,

    número de clientes), que possam depois ser medidos por indicadores. Assim

    os resultados poderão ser avaliados na etapa de controle.

    Os objetivos estratégicos podem ser definidos com foco em quatro áreas da

    empresa: finanças, mercadológica, processos e pessoas, para que a visão

    sistêmica aconteça e todos busquem um resultado comum, sempre visando o

    alcance da Visão de Futuro da Empresa.

    Alguns exemplos de objetivos estratégicos:

    - aumentar o faturamento

    - ampliar mercados

    - reduzir custos

    - aumentar a lucratividade

    - alinhar as pessoas à estratégia

    - reduzir rotatividade

  • 2. Indicadores e Metas

    .” (Deming,

    1990)

    Após a construção dos objetivos estratégicos, é preciso definir o que e como

    será medido e acompanhado de cada um dos objetivos estratégicos definidos.

    Estabelece-se então, indicadores para este processo, que devem atender

    aos seguintes aspectos, conforme Kaplan e Norton (2004):

    - Ser claro e transmitir informação confiável sobre o que se vai analisar;

    - Fácil de obter;

    - Coerente com os fins estabelecidos, com a Visão e Missão da

    organização, medindo e controlando os resultados alcançados;

    - Adequado e oportuno, estando disponível para a tomada de decisão;

    - Ter a sua unidade de medida corretamente identificada: números

    absolutos (n.º), percentagens (taxas de crescimento, pesos) (%), dias,

    horas, valores;

    - Ter um responsável designado capaz de atuar sobre os indicadores.

    No quadro 1, são apresentados alguns exemplos de indicadores por função

    empresarial.

  • Quadro 1 – Indicadores por função empresarial

    Fonte: o autor, 2014.

    As metas representam o nível de desempenho ou a taxa de melhoria

    necessária. Devem ser claras e amplamente divulgadas, para que fique bem

    entendido o que deve ser feito e que esta é a melhor escolha. Devem conter

    estímulo e desafio, mas sempre sendo possível alcançá-las.

    Conforme Drucker (1999), o uso de uma ferramenta chamada SMART, que é

    uma sigla derivada das iniciais das palavras citadas a seguir, pode auxiliar no

    estabelecimento de metas para os objetivos estratégicos já definidos na fase

    anterior do planejamento.

    S (specific) – específica – uma meta deve ser clara, objetiva e detalhada.

    M (mensurable) – mensurável – uma meta deve possibilitar uma forma de

    medição.

    A (achievable) – realizável – a meta deve ser desafiadora, mas possível de

    ser atinigida.

  • R (relevant) – relevantes –

    o da empresa e os resultados estabelecidos.

    T (time-based) - (temporalmente definida) -

    .

    Os objetivos estratégicos e as metas estabelecem o que será alcançado e

    quando, mas não dizem como. Uma vez definidos objetivos, indicadores e

    metas, é chegado o momento de definir as ações que serão necessárias para

    que o planejamento aconteça, conforme o previsto.

    3. O Plano de Ação

    O plano de ação é o planejamento de todas as ações necessárias para

    alcançar os objetivos e metas estabelecidos. É um momento importante para

    a empresa pensar sobre a sua Missão e Visão de Futuro, identificando e

    relacionando as atividades prioritárias, tendo em vista os resultados

    esperados.

    O plano de ação deve ser construído por todos os envolvidos na execução

    das ações, comprometendo à todos para assegurar o atingimento dos

    resultados esperados.

    Um plano de ação deve conter além de outros dados:

    O que Fazer – Ação

    Ações específicas que deverão ser realizadas dentro de um período

    determinado. É onde a empresa deverá concentrar seus esforços.

    Como Fazer – Estratégias

    Sinaliza de que forma a empresa pretende realizar as ações e qual o caminho

    para se chegar ao objetivo.

  • Quando Fazer - Prazos

    Define os tempos e prazos para que as ações aconteçam, dentro de um

    determinado período.

    Quem irá Fazer – Responsável

    Define e indica o responsável pelas ações.

    Com que Faremos - Recursos Necessários

    Define os recursos necessários para a execução das ações.

    Etapa 3 - Acompanhamento e Execução

    Após definidos os objetivos estratégicos, metas, indicadores e construídos os

    planos de ações, é chegado o momento de executar e acompanhar os

    resultados. Este acompanhamento deve ser feito através de reuniões mensais

    de resultados, requer o comprometimento da liderança principal da empresa e

    a participação das pessoas-chave envolvidas no processo de planejamento,

    visando ao aprimoramento contínuo.

    É desejável que os resultados sejam divulgados (gestão à vista) para que

    todos os colaboradores da empresa possam acompanhar e sentir-se para da

    organização, cada um contribuindo para o alcance do Todo.

    Referências:

    ARAUJO, L.; GAVA, R. Empresas Proativas – Como Antecipar Mudanças no

    Mercado. 1a ed. Rio de Janeiro: Campus, 2011.

  • CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. : Fundamentos e

    A . 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

    DRUCKER, P. : Pioneira, 1999.

    Kaplan, R.; Norton, D. Kaplan e Norton na Prática. 11a ed. Rio de Janeiro:

    Elsevier, 2004.

    KOTLER, P. Marketing de A a Z – 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa

    Saber. 14a ed. Campus, 2003.

    OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico. 18a edição. São Paulo: Atlas,

    2002.

    SEBRAE. Guia do Educador do Programa Negócio a Negócio. 2010.

  • Anexo 4

    As Funções na Pequena Empresa

    Segundo Oliveira (2002), a visão de que todas as áreas de uma empresa

    devem convergir para a evolução harmônica e dinâmica, gera sinergia e torna

    a empresa um organismo vivo. Seu sucesso depende da ação integrada de

    quatro funções, conforme representado na Figura 6.

    Figura 6 – As funções empresariais

    Fonte: o autor, 2014.

    , o

    ara que a empresa

    desenvolva

    ncia e se perpetuar no

    mercado.

    As funções organizacionais são as seguintes:

    • Aspectosrelacionadosàmercadoemarke ng

    • Gestãodaspessoasdaorganização.

    • Administraçãodosrecursosfinanceiros

    • Relacionadaàproduçãodebensouserviços

    Produção Finanças

    MercadológicoRecursosHumanos

    As Funções na Pequena Empresa

    GestãoEstratégica

  • - Mercadológica – segundo Kotler (2003) a função mercadológica deve

    gerenciar todo o planejamento do mercado a fim de fazer a ligação entre a

    empresa e seus clientes ou público-alvo. É uma função ampla e abrange

    várias atividades de marketing, desde os 5Ps (preço, praça, produto,

    promoção e pessoas), até as atividades de venda, pós-venda e fidelização de

    clientes.

    - Pessoas – de acordo com Chiavenato (2010), a área de gestão de pessoas

    tem a função estratégica de atrair, reter e motivar as pessoas necessárias

    para o bom andamento dos negócios e o sucesso da organização.

    - Produção ou Operações – esta função organizacional está ligada às

    operações de fornecimento da empresa e seu objetivo é fornecer produtos

    e/ou serviços para o mercado. Desta forma, conforme Slack (2002), é uma

    função de grande importância para as organizações.

    - Finanças – é responsável por administrar os recursos financeiros da

    organização. Segundo Abreu (2008), esta função é responsável por tarefas

    como orçamento, previsões financeiras, gestão do caixa, de crédito e

    cobrança, análise de investimentos e apresenta subsídios para tomada de

    decisão no que tange ao aspecto financeiro.

    Referências

    ABREU FILHO, J. C. F., et al. Finanças Corporativas. Série Gestão

    Empresarial FGV. 10a ed. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

    CHIAVENATTO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 3ª edição, Ed. Elsevier,

    2010.

    KOTLER, P. Marketing de A a Z – 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa

  • Saber. 14a ed. Campus, 2003.

    OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico. 18a edição. São Paulo: Atlas,

    2002.

    SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção.

    Atlas, 2002.

  • Anexo 5

    Função Pessoas

    A Gestão de Pessoas em Ambientes Dinâmicos e Competitivos

    Segundo Chiavenato (2010), gestão de pessoas pode ser definida como um

    conjunto integrado de atividades de especialistas e de gestores, que tem

    como função agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar

    pessoas, proporcionando competências e competitividade à organização. É a

    área que constrói talentos por meio de um conjunto integrado de processos e

    cuida das pessoas que fazem parte das organizações. Estas pessoas

    constituem o elemento fundamental do seu capital intelectual e a base do seu

    sucesso. (Chiavenato, 2010).

    De acordo com Chiavenato (2010), o mercado competitivo e dinâmico afeta de

    forma intensa as empresas e especialmente a área de Gestão de Pessoas. A

    participação global nos mercados e a velocidade das informações faz com

    que as empresas procurem se adaptar e criar uma interconectividade entre

    pessoas e as organizações.

    As mudanças e as transformações na área de gestão de pessoas têm sido

    muitas ao longo do tempo. Hoje, já se considera que é ela a maior

    responsável pela excelência e sucesso das empresas bem sucedidas, pois

    estas passaram a perceber nas pessoas um grande diferencial, que

    representa vantagem competitiva atualmente. Valorizar as pessoas que nelas

    trabalham é fundamental.

    É preciso que as empresas sejam flexiveis às mudanças e para isso devem

    contar com pessoas com características e comportamentos para tal, como o

    empreendedorismo, a inovação, a capacidade de liderança e a tomada de

    decisões mais acertadas para cada situação.

  • Desenvolvimento da Equipe e das Lideranças

    Conforme Chiavenato (2009), um bom funcionário poderá ser escolhido e

    escolher trabalhar em uma empresa pelos benefícios oferecidos, treinamento

    e os desafios. Sua permanência e seu desempenho dependerão de vários

    fatores, especialmente a qualidade de gestão que receber. A gestão de

    pessoas não é tarefa exclusiva do RH, mas de cada uma das áreas da

    empresa.

    É comum ouvirmos falar nas empresas que existe a falta de comprometimento

    e motivação. Liderar é dar o exemplo, começar por si mesmo e através de

    seus próprios comportamentos, mostrar o que se espera dos comportamentos

    das pessoas que fazem parte de uma equipe. Criar um ambiente positivo e

    estar próximo dos liderados, oportuniza que estes se desenvolvam e cresçam

    como pessoas e como profissionais. Deixar claro o que se espera de cada

    um, estar disponível para ajudar, acompanhar e cobrar resultados.

    A liderança tem o papel de desenvolver pessoas e equipes, para que

    alcancem metas e resultados e conquistem novos desafios, possibilitando o

    crescimento de todos.

    Conforme Chiavenato (2009), alguns aspectos que devem ser considerados

    no que diz respeito a liderança e equipes:

    Percepção – é como as pessoas interpretam as mensagens. Pessoas

    diferentes podem ver a mesma situação de maneiras diferentes. É importante

    deixar claro o que se espera e confirmar se a mensagem foi recebida. A

    percepção é uma variável importante na equipe e influencia no processo de

    motivacão.

    Confiança - é a certeza existente entre os membros da equipe de que as

    intenções dos colegas são boas e de que não há necessidade de se proteger

    ou ficar cheio de dedos dentro da equipe.

    Motivação – a própria palavra significa motivo + ação. A motivação não

  • acontece sozinha e é necessário que se crie ambiente e condições propícias.

    Pessoas são únicas e é necessário abordar de forma singular e

    personalizada, conhecendo-as e entendendo o que as motiva.

    O que se percebe nas empresas é que pessoas mais motivadas e que

    alcançam maiores resultados, vêem sentido nas atividades que realizam, tem

    seus valores pessoais alinhados com os da empresa, possuem autonomia

    (liberdade para agir, sem medo), são reconhecidas pelo que fazem, tem

    relações saudáveis no ambiente de trabalho e acima de tudo gostam do

    trabalho que realizam, tem prazer em trabalhar na empresa.

    É importante incentivar a colaboração das pessoas, delegar com

    acompanhamento, envolver as pessoas nas decisões, desenvolver

    habilidades e competências, demonstrar confiança, agradecer, ouvir e

    celebrar. Desta forma, é possível construir e manter uma “sinergia

    motivacional”, que fará toda a diferença para a empresa e para as pessoas.

    Comunicação – é preciso saber ouvir as pessoas e transmitir as informações

    de forma clara e adequada. Ter objetividade e assertividade. Ao conversar

    com um funcionário, ouvir com atenção. Muitas vezes o líder está tão ocupado

    que não ouve realmente o que o funcionário está falando.

    Feedback – ter a apacidade de se expressar de forma clara, direta e

    respeitosa, a respeito da percepção sobre a atuação do outro e de como isso

    reflete no ambiente. Se as pessoas não sabem que seu trabalho não está

    satisfatório e não recebem feedback, continuam fazendo as coisas como

    sempre fizeram. Por outro lado, se o resultado é positivo também devem

    receber esta informação.

    A criação de sinergia para a formação de equipes, passa pelas questões já

    mencionadas, mas de forma geral, reúne os seguintes aspectos:

    - As pessoas confiam umas nas outras;

    - Envolvem-se em conflitos de ideias sem qualquer censura;

  • - Comprometem-se com as decisões e os planos de ação;

    - Chamam uns aos outros a responsabilidade quando alguma coisa não

    sai de acordo com os planos;

    - Concentram-se na solução dos resultados coletivos.

    Tudo isso exige um alto nível de disciplina e persistência, que quando

    adequado, conseguem reunir e formar equipes de alto desempenho.

    Política de Recursos Humanos

    Conforme Chiavenato (2009), definir uma política de recursos humanos, onde

    constem os principais processos para o bom desempenho e desenvolvimento

    das pessoas e empresa é essencial. Apresentamos um modelo que reúne

    estes processos principais na figura 7.

    Figura 7 – Gestão Integrada de Recursos Humanos

    Fonte: o autor, 2014.

  • 1. Recrutamento e Seleção

    Segundo Chiavenato (2009), o processo de recrutamento e seleção pode ser

    definido como um conjunto de atividades que visa atrair e selecionar pessoas

    adequadas às diversas funções de uma empresa. Estas atividades devem

    estar alinhadas às políticas e diretrizes da organização. É um processo de

    grande importância, pois toda boa contratação começa com um bom processo

    de recrutamento e seleção, que leve em consideração os aspectos

    comportamental e técnico. Deve considerar também que o profissional:

    - Tenha competências adequadas ao cargo e à organização;

    - Goste do trabalho que vai realizar;

    - Se identifique com os valores da organização e com as pessoas com

    quem vai trabalhar.

    As empresas com uma nova visão, atentas ao mercado, incorporam novas

    práticas que vão do saber como fazer para o saber por que fazer. Inicia-se aí

    o desenvolvimento sistemático de habilidades reunidas, denominadas

    “competências”.

    A gestão de pessoas por competências é uma tendência organizacional e vem

    contribuir para a criação de um novo ambiente para gerir pessoas e alcançar

    resultados. É um tema relevante, que vem sendo trabalhado cada vez mais

    por empresas de todos os portes.

    Segundo Fleury e Fleury (2000), competência é um conjunto de

    conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que influenciam a maior parte do

    trabalho de uma pessoa e que tem influência direta no seu desempenho.

    O CHA reúne o que uma empresa precisa para identificar o profissional certo

    para o lugar certo e fazer uma gestão adequada junto ao mesmo. O CHA

    significa:

    C é o saber e representa os conhecimentos que as pessoas adquirem em

    sua vida, através da participação em cursos, eventos, a escola, universidade,

  • entre outros.

    H representa o saber fazer, que é o conhecimento adquirido ao longo da

    vida somado à habilidade.

    A é como as pessoas de comportam diante de situações e tarefas vividas e

    desenvolvidas cotidianamente. É o querer fazer.

    Outro ponto importante é a maneira que as pessoas são avaliadas. Na forma

    tradicional leva-se em conta o que as pessoas são, suas funções ou

    atividades, e o que realmente nos interessa é o que elas realizam seus atos

    dentro da empresa. Esta é uma mudança profunda na gestão de pessoas.

    Uma ferramenta importante para recrutar, selecionar e contratar as pessoas

    certas para os lugares certos, além do que já foi abordado anteriormente, é ter

    uma descrição de cargo ou função, que reúna as informações essenciais para

    isso. A figura apresenta um modelo simples que pode ser utilizado pelas

    empresas.

  • Figura 8 – Modelo de descrição de cargo

    Fonte: o autor, 2014.

    Descrição de Cargo Doc 000 Página 1 de 1

    Revisão: nº Data:

    Elaboração:

    Aprovado por:

    Cargo: Assistente Financeiro/Contábil

    CBO: 4110-10

    Tipo de Cargo: Administrativo

    Responsabilidades

    Auxiliar nas atividades financeiras e contábeis para a efetividade das atividades da área.

    Realizar atividades referentes a título bancário como atualizações, baixas, prorrogações, abatimentos.

    Atuar na cobrança dos títulos pendentes através de ligações telefônicas, buscando a efetividade dos pagamentos.

    Organizar e manter arquivos dos documentos e procedimentos pertinentes a esta área.

    Efetuar a compra de material de expediente para a empresa, garantindo recursos para desenvolvimento das atividades de

    todos.

    Competências Técnicas Obrigatórias Competências Comportamentais

    Informática básica Trabalho em equipe

    Organização

    Concentração

    Competências Técnicas Desejáveis

    Rotinas financeiras/fiscal

    Formação Experiência

    Superior/técnico incompleto em Ciências Contábeis ou

    com afinidade.

    Não é necessária vivência na função.

    ALTERAÇÕES:

    Revisão Descr ição Responsável Data

    01

    02

  • 2. Treinamento e Desenvolvimento

    Há muitas conceituações a respeito do tema “treinamento e desenvolvimento”.

    De acordo com Chiavenato (2009), em termos de treinamento pode-se

    considerar o processo de aquisição ou desenvolvimento de conhecimentos e

    habilidades e de mudanças de atitudes, particularmente relacionado ao

    desempenho de uma atividade ou de um cargo.

    Ao se tratar de desenvolvimento, o foco é para o crescimento integral do ser

    humano, que pode ser observado em suas mudanças comportamentais, na

    expansão de suas habilidades e seus conhecimentos, para a solução de

    novas e diferentes situações ou problemas.

    Treinamento e Desenvolvimento são complementares e uma atividade-meio

    para o alcance dos objetivos das organizações.

    Segundo Chiavenato (2009), numa visão sistêmica, este processo apresenta

    quatro etapas:

    - Diagnóstico: levantamento das necessidades de treinamento de acordo

    com as competências identificadas x as competências exigidas para o

    cargo ou função;

    - Planejamento: busca do melhor formato para a realização do

    treinamento e que atenda às necessidades identificadas;

    - Execução: a realização efetiva do treinamento;

    - Avaliação: análise dos resultados alcançados e revisão crítica de todo o

    processo, através do estabelecimento de indicadores de desempenho

    do processo e de aprendizagem do público-alvo.

    Avaliação de Desempenho

    Para Chiavenato (2009), a avaliação de desempenho é um dos instrumentos

    gerenciais mais importantes que a empresa dispõe para analisar os

  • resultados, com base na atuação dos colaboradores e também para prever

    movimentos futuros. Contribui para que a empresa possa definir um sistema

    adequado de retenção de talentos.

    Tem como objetivo, também:

    - Dar suporte para a tomada de decisão em relação a promoções,

    mudança de função, identificação de talentos e desligamento;

    - Identificar o incentivo mais adequado ao colaborador;

    - Estimular a produtividade;

    - Divulgar os padrões de desempenho da empresa;

    - Oferecer feedback para o avaliado;

    - Avaliar a eficiência dos programas de gestão de pessoas.

    A avaliação de desempenho é uma ferramenta que propicia a visão sistêmica

    das práticas de recursos humanos, fornece dados e informações para a

    tomada de decisão e apoia no desenvolvimento dos talentos das empresas.

    3. Remuneração e Benefícios

    Com a competitividade do mercado cada vez mais acirrada e a disputa de

    bons profissionais, as empresas identificaram a necessidade de modernizar

    suas formas de remuneração e benefícios, pois perceberam que este pode

    ser um diferencial competitivo para atração, retenção de talentos e alcance de

    bons resultados.

    De acordo com Chiavenato (2009), aliar a remuneração aos objetivos

    estratégicos é uma forma de atrair resultados, fazendo com que cada pessoa

    se comprometa com as estratégias da empresa.

  • Pesquisas comprovam que este tipo de remuneração estratégica, apresenta

    uma melhoria acentuada de resultados para as empresas que a adotam. Os

    colaboradores se sentem parte do processo, gerando maior comprometimento

    com a empresa, aumentando também o nível de desempenho individual.

    Para Chiavenato (2009), a remuneração pode ser definida num formato misto,

    considerando um salário fixo e parte variável ou em formato de bônus, sempre

    alinhada aos objetivos estratégicos e as metas estabelecidas. Pode também

    estabelecer algum tipo de premiação, não financeira, como viagens,

    capacitações, entre outros.

    4. Carreira e Sucessão

    Dutra (2009), dispõe que um plano de carreira e sucessão é uma ferramenta

    que tem por objetivo estruturar o desenvolvimento profissional dos

    colaboradores e incentivá-los a ter uma melhor performance, sabendo o que

    precisam fazer para assumir novos desafios. O plano dá clareza e

    transparência para o profissional quanto a onde está, onde pode chegar, em

    quanto tempo e quais as competências necessárias para sua evolução.

    O colaborador precisa conhecer o plano de carreira, que será um norte para a

    definição de sua trajetória. É preciso pensar muito bem antes de apresentar

    um plano de carreira, pois o mesmo deverá ser cumprido, caso contrário,

    poderá gerar frustração e insatisfação. Um grande problema enfrentado pelas

    empresas é criar planos que não são praticados, gerando desmotivação e

    rotatividade nas empresas. Para que o plano de carreira possa ser

    implantado, antes dele deve existir a avaliação e os critérios estabelecidos

    para o crescimento profissional.

    Dutra (2009), afirma que um plano de sucessão é importante para oferecer

    evolução nos cargos, pois ao promover um colaborador, seu lugar ficará vago

    e se não houver ninguém preparado poderá gerar um novo problema para a

    empresa. Este plano pode ser simples e claro, dando transparência ao

  • processo e credibilidade pela efetivação do mesmo.

    O plano de carreira está focado no desenvolvimento individual do colaborador;

    já o plano de sucessão está centrado no futuro da empresa. Ela age

    antecipadamente, identificando as competências e profissionais necessários

    para que sua estratégia seja executada e produza resultados.

    O plano de carreira e o plano de sucessão estão intimamente ligados, pois o

    primeiro leva ao segundo. Deve ser atrativo e oferecer benefícios para a

    empresa e para o colaborador.

    5. Saúde, Segurança e Meio Ambiente

    Segundo o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego (2014), implantar um

    sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional e a preocupação com o

    meio ambiente são fatores críticos de sucesso para a empresa que deseja

    seguir os princípios de desenvolvimento sustentável.

    Além de aumentar a produtividade, diminui o custo dos produtos ou serviços,

    pois causa menos interrupções dos processos de trabalho, reduz a incidência

    de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

    As soluções encontradas podem ser práticas e economicamente viáveis. Mais

    do que cumprir a legislação, é questão de sustentabilidade para a

    continuidade e perenidade das empresas, que passam a proporcionar um

    ambiente de trabalho seguro e saudável. Boas práticas de relacionamento

    ajudam a construir um ambiente de proatividade no que se refere à prevenção

    e proteção da saúde do trabalhador, através de um compromisso e

    colaboração entre empresa e funcionário.

    Conforme o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego (2014), um programa

    obrigatório para as empresas que possuem a partir de um funcionário é o

    PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. É um

    procedimento legal, estabelecido pela CLT e visa proteger a saúde dos

  • trabalhadores. O PCMSO é regulado pela Normativa número 07 do Ministério

    do Trabalho e Emprego e suas exigências básicas são:

    - Exame admissional;

    - Eexame periódico;

    - Exame de retorno ao trabalho (após afastamento por doença ou

    acidente);

    - Exame de mudança de função;

    - Exame demissional.

    O Programa que regula o item Segurança é o PPRA (Programa de Prevenção

    de Risco Ambiental), regido pela Normativa número 9 do MTE - Ministério do

    Trabalho e Emprego (2014). É obrigatório para as empresas que possuem a

    partir de um funcionário e deve ter um laudo assinado por um técnico em

    segurança do trabalho, que irá verificar riscos de acidente de trabalho à que

    os trabalhadores estão expostos no desempenho de suas funções.

    As etapas deste processo são:

    - Antecipação ou reconhecimento: é a identificação dos fatores de risco;

    - Avaliação qualitativa e quantitativa do risco: laudo PPRA, mapa de

    risco, entre outras medições;

    - Controle: substituição de materiais/processos, eliminação de fatores de

    risco de acidente, redução de emissão/dispersão de poluentes ou

    causadores de acidente, medidas administrativas como treinamento,

    redução do tempo de exposição, mudança de procedimentos,

    implantação de EPIs e EPCs (equipamentos de proteção individual

    e/ou coletiva);

    - Monitorização: acompanhar e avaliar periodicamente a eficiência das

    medidas adotadas.

    O Meio Ambiente se refere ao cuidado com as relações e com o ambiente de

    trabalho. Este item se dá através da mudança de comportamento, da

    importância da liderança e sua orientação e influência e do relacionamento.

  • Algumas ações que podem ser realizadas pelas empresas:

    - Pesquisa de clima organizacional que mede a satisfação dos

    colaboradores quanto ao ambiente de trabalho, relacionamento,

    remuneração, benefícios, condições gerais de trabalho;

    - Melhorar o relacionamento através da criação de ambiente favorável;

    - Ser uma liderança que influencia de forma positiva, sempre focando o

    desenvolvimento dos colaboradores da empresa.

    A Construção da Política de Gestão de Pessoas

    As empresas devem sistematizar seus processos de gestão de pessoas e isto

    pode ser feito através da construção de uma Política de Gestão de Pessoas.

    Segundo Chiavenato (2009), os itens que compõem um roteiro básico para a

    elaboração de uma política de recursos humanos são:

    1. Introdução

    Relatar um breve histórico da empresa, apresentar a ideologia (visão, missão,

    valores), as Políticas de RH da empresa, ressaltando a preocupação com a

    valorização das pessoas e a importância de um quadro de pessoal motivado e

    de uma equipe de colaboradores com alto desempenho.

    2. Política de Recrutamento e Seleção

    Detalhar a forma como a empresa irá realizar o recrutamento e seleção.

    Esclarecer que o processo de seleção da empresa deverá se fundamentar na

    busca de profissionais que possuam os valores da empresa e as

    competências comportamentais e técnicas estabelecidas, assim como quais

    os critérios que serão adotados.

    3. Política de Treinamento e Desenvolvimento

    Informar como a empresa realiza este processo, desde a integração do

    colaborador, o levantamento das necessidades de treinamento e quais os

    critérios para a participação nos mesmos.

  • 4. Política de Avaliação de Desempenho

    Descrever o sistema de avaliação de desempenho, deixando claro que este

    deverá constituir-se em oportunidade de crescimento para o colaborador e

    fonte de aproximação e melhoria do relacionamento entre líder e funcionário.

    5. Política de Remuneração e Benefícios

    Descrever a política de remuneração e benefícios da empresa, o fixo, variável,

    se há bônus e quais os critérios para obter a remuneração. Da mesma forma

    quais são os benefícios oferecidos e para quem e como podem ser obtidos.

    6. Política de Plano de Carreira e Sucessão

    Descrever a política, como é formatado o plano de carreira, o que é

    necessário para alcançar novos desafios, quais os prazos e até onde pode

    chegar na empresa.

    Referências

    CHIAVENATO, I. Desempenho Humano nas Empresas. São Paulo: Manole,

    2009.

    CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

    DUTRA, J. S.; FLEURY, M. T. L.; RUAS, R. L. Competências – Conceitos,

    Métodos e Experiências. São Paulo: Atlas, 2009.

    FLEURY, A.; FLEURY, M. T. Estratégias Empresariais e Formação de

    Competências. São Paulo: Atlas, 2000.

    MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:

    .

    Acesso em 15 jun.2014.

    http://portal.mte.gov.br/seg_sau/seguranca-e-saude-no-trabalho.htm

  • MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:

    .

    Acesso em 15 jun.2014.

    MTE - Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:

    .

    Acesso em 15 jun.2014.

    http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-07.htmhttp://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-09.htm

  • Anexo 6

    Função Produção

    A Administração da Produção e o Planejamento, Programação e Controle

    de Produção (PPCP)

    A administração da produção tem como foco a gestão dos recursos diretos,

    necessários para a obtenção dos produtos e/ou serviços de uma organização.

    A estratégia de produção especifica como a empresa irá alocar suas

    capacidades de produção para apoiar a estratégia corporativa. Nesta linha,

    podemos estabelecer outros exemplos dentro de uma organização, como é o

    caso da função finanças, que deverá sempre buscar a melhor forma de alocar

    os recursos financeiros.

    A administração da produção vem recebendo reconhecimento crescente nos

    últimos anos. Segundo Slack (2002) a administração da produção é composta

    pelo mesmo conjunto de fatores para empresas de qualquer porte. São eles:

    - A aplicação de seus conceitos em operações de serviços;

    - Uma definição expandida de qualidade;

    - A utilização dos conceitos de administração da produção em áreas

    como marketing, finanças e recursos humanos.

    Tudo isso faz com que a administração da produção seja elevada a outro

    patamar e a uma nova visão, que converge para a agregação de valor ao

    produto final.

    Para obter sucesso no ambiente cada vez mais competitivo, onde os ciclos de

    renovação de produtos e/ou serviços, são cada vez mais rápidos e curtos, as

    empresas precisam estar atentas e comprometidas com seus clientes,

    melhorando continuamente, buscando inovar e renovar-se, assim como o que

    é oferecido ao mercado, reunindo atributos como qualidade, agilidade na

    produção e na entrega, cumprimento de prazos e preços competitivos.

  • Em alguns casos, as empresas acabam não dando a devida importância à

    administração da produção e não reconhecem a relevância que a mesma tem

    para o processo global. Isto pode acarretar perdas significativas, como a

    redução de lucro e a perda de mercado.

    O Planejamento, Programação e Controle de Produção (PPCP), segundo

    Chiavenato (2008), é uma função que programa a produção e as operações

    da empresa, bem como as controla de forma adequada, com o objetivo de

    aumentar a eficiência e a eficácia, através da administração da produção.

    A diferença entre Administração da Produção e o Planejamento, Programação

    e Controle de Produção é que a administração da produção abrange desde a

    entrada do pedido até a entrega para o cliente, fazendo a interface com as

    demais áreas envolvidas no processo. É um processo sistêmico, que tem

    abrangência e envolvimento de todas as áreas da empresa.

    Já o Planejamento, Programação e Controle de Produção, têm como foco dar

    condições para que a produção aconteça, através dos componentes

    necessários, a identificação e acompanhamento dos fornecedores no

    mercado, as questões de logística, entre outros.

    A Função Produção é também chamada de Operações e está presente em

    todas as empresas, independente de setor ou porte.

    Processos ou Operações representam uma sequência de atividades que

    converte entradas (matérias-primas, informações e insumos) em saídas

    (produtos e serviços), conforme representado na figura 9.

  • Figura 9 – Operações / Processos

    Fonte: Corrêa (2010)

    De acordo com Slack (2002), os recursos transformados são aqueles que

    serão convertidos por meio de um processo de produção e podem ser

    representados pelos materiais necessários para a produção ou prestação de

    serviços, as informações necessárias e obtidas nos mais diversos meios e os

    clientes que são os que demandam os produtos ou serviços.

    Para Slack (2002), os recursos transformadores são aqueles que agem sobre

    os recursos a serem transformados. Fazem parte do processo de produção,

    mas não sofrem transformações diretamente, apenas permitem que a

    transformação aconteça. São representados pelas instalações (prédios,

    máquinas e equipamentos), o conhecimento (a tecnologia do processo de

    OPERAÇÕES / PROCESSOS

    RECURSOS

    TRANSFORMADOS

    Materiais

    Informações

    Clientes

    RECURSOS

    TRANSFORMADORES

    Facilidades

    PessoaldeApoio

    ENTRADAS

    PROCESSOS

    DE

    TRANSFORMAÇÃO

    SAÍDAS

    PRODUTOS

    OU

    SERVIÇOS

    Decisõessobreosrecursosesua

    organizaçãodevemsertomadas

    Agregar Valor

  • produção) e as pessoas que dele são parte essencial.

    Os Recursos Transformados e os Transformadores passam pelo Processo de

    Transformação, onde se pode e deve agregar valor ao produto ou serviço,

    sempre estando atento à visão do cliente.

    A Saída é representada pelo produto ou serviço pronto, sendo entregue,

    gerando satisfação, resultados positivos e diferencial competitivo no mercado,

    garantindo sustentabilidade e crescimento para as empresas.

    Objetivos e Medidas de Desempenho

    De acordo com Slack (2002), a partir dos Processos ou Operações, algumas

    vantagens de mercado podem ser obtidas. Isto se dá através das chamadas

    “Medidas de Desempenho”.

    É importante que a empresa estabeleça padrões de desempenho e realize

    mensurações períodicas, fazendo o acompanhando e análise dos números

    obtidos em relação aos padrões estabelecidos. Sendo necessário, deverá

    adotar ações corretivas, sempre em busca da melhoria e o atingimento dos

    objetivos estabelecidos.

    Conforme Slack (2002), tradicionalmente, as medidas de desempenho das

    operações enfatizavam a eficiência (uma herança do paradigma da produção

    em massa). Às vezes, realmente, é necessário maximizar a eficiência para ser

    eficaz. Por exemplo, em situações de competição por preço.

    Em outros casos, é necessário que a empresa busque a eficácia, através de

    escolhas rápidas que precisam ser feitas, em busca da resolução de um

    determinado problema.

    Ser eficiente ou eficaz? A resposta está em quais são os objetivos de

  • desempenho que a empresa define para sua operação e como ela decide

    competir no mercado.

    Vale destacar que uma situação ideal é ser eficiente e eficaz, o que aumenta

    muito as possibilidades de sucesso contínuo no mercado, pois:

    Segundo Slack (2002), os significados de eficiência e eficácia são os

    seguintes:

    Eficiência significa utilizar os recursos o mais economicamente possível para

    atingir a eficácia – fazer certo as coisas.

    Eficácia significa o foco no objetivo. O quanto perto ou longe se está dos

    objetivos e atingí-los – fazer a coisa certa.

    Lembrando que não se gerencia, o que nao se mede, o uso de indicadores é

    fundamental para o acompanhamento e os resultados das empresas. Estas

    medidas são representadas através dos indicadores de desempenho.

    Indicadores de Desempenho

    Para Kaplan e Norton (2004), os indicadores têm o objetivo de comunicar e

    mensurar o alcance da estratégia, através da comparação do desempenho

    atual com a meta definida para o indicador. A utilização de indicadores é

    fundamental para o acompanhamento da empresa como um todo, com foco

    na melhoria de seus resultados e para a tomada de decisões seguras e bem

    fundamentadas, com base em fatos e não em suposições.

    A definição de indicadores, segundo Kaplan e Norton (2004), deve atender

    aos seguintes critérios:

    - Simplicidade: fácil de ser entendido;

    - Disponibilidade: facilidade de acesso para a coleta, estando disponível

  • no tempo necessário;

    - Estabilidade: permanência no tempo, permitindo a construção de um

    histórico e o comparativo da medicão;

    - Rastreabilidade: facilidade da identificação da origem dos dados, seu

    registro e manutenção;

    - Representatividade, confiabilidade e sensibilidade: atender as etapas

    críticas dos processos, serem importantes e abrangentes.

    Tipos de Indicadores:

    Slack (2002), apresenta três tipos de indicadores:

    - Indicadores de Eficiência (produtividade): medem a proporção de

    recursos consumidos com relação às saídas dos processos;

    - Indicadores de Eficácia (qualidade): medem a satisfação dos clientes e

    as características do produto e/ou serviço;

    - Indicadores de Efetividade (impacto): vinculado ao valor agregado, à

    transformação produzida no contexto em geral.

    As principais medidas de desempenho e seus indicadores, de acordo com

    Slack (2002) são:

    Qualidade fazer certo as coisas e entregar bens e/ou serviços isentos de

    erro e “adequados a seus propósitos”.

    Exemplos de indicadores de qualidade:

    - índice de satisfação de clientes

    - % reclamação de clientes

    - % defeitos

    Velocidade ter agilidade nos processos, fazer rápido, minimizando o tempo

    entre a solicitação do cliente e o atendimento do mesmo.

  • Exemplos de indicadores de velocidade:

    - prazo de atendimento

    - frequência das entregas

    - tempo de ciclo (entrada do pedido até a entrega ao cliente)

    Confiabilidade fazer as coisas no tempo certo, para manter os

    compromissos de entrega assumidos com os clientes.

    Exemplos de indicadores de confiabilidade:

    - entrega no prazo (%)

    - atraso médio (%)

    - proporção de produtos em estoque

    Flexibilidade estar preparado para mudar o que faz, adaptando

    rapidamente as atividades para enfrentar situações inesperadas e/ou dar um

    atendimento personalizado aos clientes.

    Exemplos de indicadores de flexibilidade:

    - diversidade de produtos

    - tempo de Desenvolvimento

    - tempo de troca

    Custo – ter preços competitivos, adequados ao Mercado, otimizando custos,

    permitindo retorno para a empresa.

    Exemplo de indicadores de custo:

    - custo médio

    - eficiência

    - produtividade

  • Alguns benefícios que podem ser obtidos pelas empresas que implantam

    indicadores de desempenho:

    - Melhor entendimento do negócio, identificando e atuando nos riscos

    que podem estar comprometendo a vida da empresa;

    - Garantir o faturamento da empresa hoje e no futuro;

    - Conhecer os custos operacionais e poder atuar preventivamente,

    otimizando os mesmos;

    - Avaliar o grau de satisfação dos clientes;

    - Atender os prazos de entrega;

    - Melhorar a qualidade dos produtos e serviços.

    A Qualidade e Suas Ferramentas

    Segundo Mendes (2012), sobreviver em um mercado cada vez mais

    competitivo representa o grande desafio de empresas de todos os setores. O

    tempo de sustentação das vantagens competitivas é cada vez menor,

    fazendo-se necessário que as empresas quebrem paradigmas e passem a

    inovar, seja em produtos, processos, novos modelos de gestão e de negócios.

    A prática intensiva e constante de conceitos de qualidade amplia as

    possibilidades, não só de permanência de uma empresa no mercado, mas

    também em relação ao seu crescimento sustentável e sustentado.

    O desafio das empresas é o de adotar ações criativas e ágeis, soluções novas

    para velhos e novos problemas, flexibilidade e gestão participativa, onde os

    colaboradores fazem parte das ações e decisões.

    Níveis hierárquicos cortados e tarefas multiplicadas fazem com que as

    pessoas tomem significativo destaque. É preciso eliminar práticas dos tempos

    em que para gerenciar bastava apenas dar ordens, segundo curso de

    manufatura enxuta da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul

    (2014).

  • De acordo com Kotler (2003), a competitividade empresarial está ancorada no

    tripé: atendimento, custo e qualidade. O ciclo de vida dos produtos é cada vez

    mais curto e a exigência de variedade é maior. O grande desafio é fazer além

    do que mercado quer, excedendo sua expectativa, sendo mais rápido do que

    os competidores. É preciso reduzir custos e aumentar valor.

    O desperdício faz com que as empresas percam competitividade,

    despendendo tempo e recursos desnecessários e perdendo o foco na

    satisfação dos clientes.

    Chiavenato (2004), elenca alguns exemplos de desperdício:

    - Estoque com excesso de produtos;

    - Grandes períodos de inatividade das pessoas;

    - Não uso de talentos e conhecimento humano;

    - Não ouvir as pessoas envolvidas nos processos: elas podem apresentar

    soluções ainda não percebidas.

    É preciso criar um processo de inovação sistêmica, onde cada área da

    empresa pense e respire o “fazer diferente”, de forma simples, mas clara,

    permitindo que o valor surpreenda o mercado, gerando resultados positivos e

    duradouros.

    Alguns exemplos de como agregar valor, segundo Kotler (2003):

    - Ser ágil: os clientes querem ter suas necessidades rapidamente atendidas.

    Acelerar o ritmo, mantendo a qualidade é agregar valor para o público

    alvo;

    - Fazer melhor: entregar mais, oferecendo preço compatível com o mercado

    e acompanhando o comportamento do consumidor;

    - Mostrar mais: o cliente precisa perceber que os produtos e/ou serviços

    apresentam qualidade, são entregues de forma ágil e que a empresa

    acrescenta valor à vida dele ou de sua empresa. Investir na marca é uma

  • forma de se mostrar para o mercado;

    - Oferecer mais: dar benefícios, exclusividade e oportunidades reais aos

    clientes, otimizando o tempo deles e facilitando a vida dos mesmos,

    sempre atribulada nos dias de hoje;

    - Melhorar sempre: aprimorar processos, produtos, serviços, de forma que a

    mudança se reflita em melhorias para o cliente e para o mercado.

    A satisfação dos clientes sejam eles internos ou externos é a base da

    Qualidade Total. É o meio pelo qual as empresas atingem seus objetivos e

    resultados. Para isso, se utiliza de um conjunto de técnicas e ferramentas

    integradas ao modelo de gestão.

    Segundo Deming (1990), que é reconhecido no mundo todo como quem

    difundiu o conceito no Japão, a qualidade total tem como base o uso de

    técnicas estatísticas que visam reduzir custos e aumentar a produtividade e a

    qualidade nas empresas.

    Sob a ótica de Juran (1991), o enfoque está na empresa como um todo, na

    excelência com que as atividades serão executadas, resultando em um

    produto final com qualidade. Esta abordagem tem como base a melhoria

    continua, realizada através das pessoas que fazem parte da organização, sob

    o formato de equipes de projeto.

    As atividades propostas por Juran (1991), são o planejamento, o controle e o

    aperfeiçoamento da qualidade, representados na figura 10.

  • Figura 10 – Trilogia Juran para a Qualidade

    Fonte: Pearson (2011)

    Juran e Deming foram os dois pioneiros do movimento da qualidade, sendo

    considerados pelos japoneses inspiradores do seu milagre industrial iniciado

    na década de 50 e que permanence inabalado até hoje.

    As empresas utilizam as ferramentas da qualidade para mensurar, analisar e

    propor soluções para os problemas que afetam o desempenho de seus

    processos e/ou para apoiar na tomada de decisões.

    A seguir são apresentadas ferramentas da qualidade que são usadas em

  • empresas de todos os portes e setores.

    MASP – Método de Análise e Solução de Problemas

    Conforme Slack (2002), métodos de solução de problemas são os que

    proporcionam melhoras no desempenho de uma operação, a medida que

    procuram melhorar o desempenho operacional.

    Para Slack (2002), a utilização de metodologias de análise e solução de

    problemas (MASP), melhora a estruturação e organização do planejamento do

    desvio investigado, direcionando para o melhor caminho da solução.

    O MASP é composto por 8 passos estruturados para analisar, planejar,

    executar, verificar, padronizar e documentar a solução de um problema,

    conforme representado na figura 11.

    Figura 11 – Os 8 passos do MASP

  • Fonte: Total Qualidade (2010)

    Detalhando os 8 passos do MASP:

    1. Identificar - definir claramente o problema para que o mesmo possa ser

    trabalhado nas etapas posteriores.

    2. Observar - realizar uma observação profunda sobre o problema para que a

    etapa de análise seja efetuada com o máximo de informações possíveis.

    3. Analisar – identificar as possíveis causas principais do problema.

    4. Planejar / Plano de Ação - elaborar plano de ação para agir sobre as

    causas identificadas anteriormente, definindo responsabilidade, prazo, custo,

    formas de execução e indicadores para monitorar a eficácia da ação.

    5. Agir - colocar tudo em prática.

    6. Verificar – controlar as ações, verificado se os planos de ação e

    cronogramas foram executados, acompanhando os resultados obtidos.

    7. Padronizar – Com a solução do problema alcançada, deve-se registrar o

    resultado, através de algum tipo de procedimento, com o objetivo de evitar

    que o problema volte a acontecer.

    8. Concluir - documentar e fazer uma reflexão sobre os problemas, usando-a

    como insumo para o planejamento de futuros projetos e processos. É através

    da conclusão e análise que se consegue melhorar continuamente. Isto é fazer

    a gestão do conhecimento.

    PDCA

    Abordado anteriormente no anexo 1, juntamente com o MEG – Modelo de

    Excelência da Gestão®, o PDCA é detalhado a seguir, por ser uma

  • ferramenta que pode auxiliar muito as empresas na resolução de problemas,

    sendo um processo de melhoria e de aprendizado continuado.

    Só melhoramos quando entendemos porque estamos errando ou acertando.

    Melhorar pressupõe entender o problema e ter feedback adequado. Melhoria

    pela gestão significa informações certas, no momento certo, para as pessoas

    certas. O ciclo PDCA é uma ferramenta que pode auxiliar muito as empresas

    na resolução de problemas. É um processo de melhoria e de aprendizado

    continuado.

    O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações

    planejadas são executadas, checa-se o que foi feito, se estava de acordo com

    o planejado, e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos reduzir defeitos

    no produto ou na execução.

    É um método simples para organizar e sequenciar a busca de soluções de

    problemas e melhoria de processos. Esta é a filosofia do ciclo PDCA,

    representado na figura 12.

  • Figura 12 – Ciclo PDCA

    Fonte: BWS Consultoria (2014)

    A prática do Ciclo PDCA otimiza a execução dos processos, possibilita a

    redução de custos e o aumento da produtividade, levando à melhoria continua

    e ao alinhamento da organização.

    5S

    A ferramenta 5S não é apenas um programa, mas uma filosofia de vida e tem

    como objetivo criar um ambiente favorável e agradável ao bom desmepenho

    das atividades, cercado de toda a segurança necessária. A capacitação e a

    conscientização, assim como a iniciativa e condução da liderança é que irão

    motivar os colaboradores a implementar as ações de melhoria para cada um

  • dos princípios dos 5S.

    São apenas 5 passos focados na simples organização do espaço:

    Descarte (senso de arrumação) - Seiri

    Organização (senso de ordenação) - Seiton

    Limpeza (senso de respeito) - Seiso

    Higiene (senso de saúde) - Seiketsu

    Ordem Mantida (senso de autodisciplina) – Shitsuke

    O Programa 5S produz resultados significativos para as empresas, levando-as

    a alcançar ótimos resultados com ações simples e fáceis de serem realizadas.

    O envolvimento e comprometimento de todos é fundamental, assim como o

    incentivo para sugerir novas formas de fazer as atividades, apresentar ideias,

    criar novos formatos e processos, o que faz com as pessoas tenham um

    engajamento cada vez maior.

    Este programa é uma ferramenta das mais eficazes para criar nas pessoas

    um senso de “pertencimento” gerando motivação para sua participação e

    contribuição na melhoria do ambiente e das atividades. É uma mudança de

    hábitos, de relacionamento, se