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Ferreira da Silva, Cristiano. Análises de risco nas ofertas de crédito consignado. O crédito consignado é a modalidade de concessão de crédito onde o tomador tem suas parcelas debitadas diretamente em seu holerite (contracheque). Essa modalidade de crédito por possuir taxas de juros inferiores às demais, passou a ter grande destaque no cenário nacional. Porém em diversas camadas da sociedade, o acesso ao crédito é relativamente novo, e torna se imprescindível a analise rigorosa na concessão do crédito, afim que se evite o super endividamento por parte dessas famílias e em consequência o risco de crédito. Através da identificação dos fatores que norteiam a analise de risco de crédito, o projeto se propõe a analisar o perfil de consumo e de educação financeira desse público, orientando a funcionários da organização em como fornecer linhas de crédito que ofereçam ao cliente a possibilidade de ter acesso ao crédito de forma consciente, afim que se evite o superendividamento por paTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO E TECNOLOGIA
CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS
ANÁLISE DE RISCO NAS OFERTAS DE CRÉDITO CONSIGNADO
Cristiano Ferreira Da Silva
Rio de Janeiro, nov. 2014
Cristiano Ferreira Da Silva
Aluno do Curso de Gestão Empresarial da UCB
ANÁLISE DE RISCO NAS OFERTAS DE CRÉDITO CONSIGNADO
Trabalho apresentado como requisito parcial
para aprovação, na disciplina Vivência
Profissional em Gestão Empresarial da UCB,
sob a orientação do Prof. Pablo Bielschowsky.
Rio de Janeiro, nov. 2014
RESUMO
Ferreira da Silva, Cristiano.
Análises de risco nas ofertas de crédito consignado.
O crédito consignado é a modalidade de concessão de crédito onde o tomador tem suas
parcelas debitadas diretamente em seu holerite (contracheque). Essa modalidade de crédito
por possuir taxas de juros inferiores às demais, passou a ter grande destaque no cenário
nacional. Porém em diversas camadas da sociedade, o acesso ao crédito é relativamente novo,
e torna se imprescindível a analise rigorosa na concessão do crédito, afim que se evite o super
endividamento por parte dessas famílias e em consequência o risco de crédito.
Através da identificação dos fatores que norteiam a analise de risco de crédito, o projeto se
propõe a analisar o perfil de consumo e de educação financeira desse público, orientando a
funcionários da organização em como fornecer linhas de crédito que ofereçam ao cliente a
possibilidade de ter acesso ao crédito de forma consciente, afim que se evite o
superendividamento por parte dessas pessoas, com isso, minimizando os riscos de
inadimplência, ações judiciais e principalmente a perda de clientes.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................... 04
1.1 PROBLEMA........................................................................................ 04
1.2 HIPÓTESE........................................................................................... 05
1.3 OBJETIVO.......................................................................................... 05
1.3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................ 05
1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................... 06
1.4 JUSTIFICATIVA................................................................................ 06
1.5 METODOLOGIA................................................................................ 07
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................ 07
2.1 CONCEITO DE CRÉDITO................................................................. 07
2.2 CRÉDITO NO BRASIL...................................................................... 08
2.3 CRÉDITO CONSIGNADO................................................................. 10
2.4 RISCO DE CRÉDITO......................................................................... 12
2.5 ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO................................................. 14
3 RESULTADOS................................................................................... 17
4 CONCLUSÃO..................................................................................... 22
5 REFERÊNCIAS................................................................................... 24
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1. INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
O crédito consignado é uma forma de crédito, onde o consumidor tomador do empréstimo
junto à instituição financeira tem sua dívida descontada diretamente em sua folha de
pagamento. Pelo fato da instituição financeira ter maior garantia do pagamento, que é
descontado antes do recebimento. Esse tipo empréstimo contém juros mais baixos do que as
demais praticadas no país, sendo que há limites para sua contratação. O contratante pode
comprometer até 30% da sua renda com os empréstimos. No Brasil, essa modalidade de
concessão de crédito vem crescendo a cada ano.
Durante os anos o crédito consignado passou por várias mudanças e adaptações até chegar a
sua atual regulamentação jurídica, lei 10.820/03, que trouxe a regulamentação ao desconto em
folha de pagamento. Onde o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio do então
ministro da economia Antônio Palocci, introduziram esse modelo com o motivo que o crédito
era caro por não dar a garantia de pagamento, e com o desconto direto na folha de pagamento
(holerite) esse risco desaparece. Então com menor o risco, as taxas de juros também cairiam.
A partir da sua regulamentação jurídica, que trouxe maior segurança às operações, o crédito
consignado logo começou a ser ofertado com mais força pelos bancos e se tornou um grande
sucesso, pois trata se de crédito com taxas menores para a população e com maior segurança
de recebimento por parte das instituições financeiras, assim tornando se em pouco tempo a
modalidade de crédito para pessoa física mais representativa do sistema financeiro nacional
(SFN).
Por ser relativamente novo o acesso ao crédito em diversas camadas da sociedade, torna se
imprescindível o conhecimento de práticas que auxiliam a entender e corresponder às
necessidades do consumidor. Fidelidade, segurança e a imagem que se têm para a sociedade,
são requisitos desejáveis a todo o momento por pessoas e organizações.
Devido a políticas econômicas no Brasil, para o crescimento da economia e expansão do
crédito, criou se uma intensa oferta de crédito a população. Porém hoje esse cenário torna se
perigoso, pois o consumo sem orientação por parte das pessoas e a falta de critérios de
5
avaliação por partes dos bancos que têm seu pagamento garantido através das regras vigentes
de consignação, fazem do consignado um dos maiores representantes do superendividamento
por parte da população.
O cliente por sua vez, sem orientação financeira e com a facilidade gerada tanto pela oferta e
pela contratação dessa modalidade de empréstimo, acaba sendo atraído ao crédito fácil sem
planejamento de futuro que por sua vez, acaba tendo sua renda mensal reduzida por anos. O
alto índice de comprometimento de renda gerado por aquisições de empréstimo em conjunto
com outros serviços, têm tornado famílias reféns desse tipo de crédito e criado perdas aos
bancos com inadimplência em serviços oferecidos.
Esse estudo tem como problema a ser respondido como melhorar a análise de risco nas ofertas
do produto crédito consignado no Bradesco?
1.2 HIPOTESE
A análise e administração do risco no momento da concessão do crédito consignado por parte
dos gerentes, baseiam-se apenas no processamento das informações do cliente sobre as regras
vigentes de consignação. Que ao ignorar o real percentual de comprometimento da renda das
pessoas que utilizam o crédito consignado, têm ocasionado um aumento significativo no
comprometimento mensal da renda dessas famílias. Com isso aumentando o risco de
inadimplência no momento de arcar com as despesas das demais linhas de crédito contratadas
por esses clientes na organização.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Melhorar a avaliação de risco ao ofertar crédito consignado no Bradesco.
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1.3.2 Objetivos Específicos
Pesquisar quais os atributos para análise de crédito.
Identificar os fatores que contribuem para o risco nas ofertas de crédito consignado.
Analisar o perfil do consumidor de crédito consignado, em particular sobre a
utilização pelos aposentados e pensionistas do instituto nacional de seguridade social
INSS e servidores públicos.
Propor sugestões de melhorias.
1.4 JUSTIFICATIVA
Esse estudo é essencial para a ciência, pois o crédito consignado é a modalidade de crédito
mais representativa do país e constata se a existência de uma lacuna do conhecimento
científico nesta área. Tendo em conta sua representatividade e sua grande expansão nos
últimos anos, se faz necessário o estudo dos reflexos que esse tipo de crédito traz a população.
O estudo também é fundamental para a sociedade, pois o endividamento afeta diretamente a
dignidade do cidadão-consumidor, que acaba se vendo sem condições de suprir suas
necessidades mais básicas, como saúde e alimentação. Além de afetar diretamente toda a
economia do país, pois o endividamento exagerado é um dos principais fatores para a
inadimplência e redução do poder de compra por parte das pessoas.
A presente pesquisa também é necessária para a organização. Pois a partir do estudo
realizado, se obterá uma melhor concepção da analise de risco nas ofertas de crédito
consignado. Que serão encaminhadas a organização, que desse modo poderá implementar
suas políticas de analise de crédito. Além disso, o estudo contribui para a formação acadêmica
e profissional do estudante, que o auxiliará na hora de lidar e se comportar frente a uma oferta
de crédito.
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1.5 METODOLOGIA
A presente pesquisa, quanto aos objetivos, pode ser classificada como pesquisa exploratória,
pois busca aprofundar o conhecimento sobre crédito consignado. Quanto aos objetivos, pode
ser classificada como pesquisa bibliográfica e estudo de caso.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE CRÉDITO
A palavra crédito vem do latim creditu, segundo o dicionário Aurélio significa entre outras
s.m. confiança ou segurança na verdade de alguma coisa; consideração ter crédito com os
outros. O crédito, em toda sua história sempre teve relacionado à troca, a confiabilidade e a
verdade. Segundo Schrickel (1997, p. 25), crédito "é todo ato de vontade ou disposição de
alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a
expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo
estipulado.”.
De acordo com Santos (2000, p. 15), “crédito, em finanças, é definido como a modalidade de
financiamento destinada a possibilitar a realização de transações comerciais entre empresas e
seus clientes”.
Em seu significado econômico, segundo Schrickel (2000), crédito é todo o ato de vontade por
parte de alguém, sejam bancos ou agentes financeiros que dispõem de seu capital para
emprestar a outra pessoa, com o intuito de receber de volta todo o capital emprestado mais os
juros correspondidos ao tempo que ficou com o tomador.
Segundo Katayama (2003), o crédito abrange duas noções primordiais para a área de finanças,
uma delas é a confiança expressa na promessa de honrar com o pagamento, a outra é o prazo
estabelecido por ambas as partes, desde a aquisição até a liquidação da dívida.
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O crédito é uma ferramenta muito importante para uma economia, porque não só supre as
necessidades financeiras imediatas, supre também as necessidades dos empreendedores, que
financiam as atividades produtivas, gerando um ambiente propício para o crescimento
econômico de diversas regiões (Capobiango e et al., 2013).
Com isso podemos concluir que crédito na área de finanças é um acordo entre partes através
de um contrato onde há uma promessa de pagamento, porém sem a garantia de que será paga,
pois existe o risco da operação.
2.2 CRÉDITO NO BRASIL
O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle e normatização do
mercado de crédito no país. Com sua criação e do Conselho Monetário Nacional em 1964, foi
aberta uma nova fase nas operações de crédito no Brasil, pessoas começaram a ter acesso ao
crédito e não apenas empresas. Para o Banco Central as operações de crédito são dividias
segundo a fonte dos recursos. No Brasil, o crédito é divido em recursos livres e direcionados,
com trinta e cinco modalidades divididas em pessoas físicas e jurídicas.
Segundo a Febraban (2007), recursos livres são empréstimos cujas taxas de juros são
livremente pactuadas entre os tomadores e as instituições financeiras. Em outras palavras, são
as operações em que o banco e o cliente irão negociar a taxa a ser paga e o cliente decide o
que fazer com o crédito recebido. Neste caso podem se citar como exemplo, as modalidades
de crédito consignado e crédito pessoal. E as operações com recursos direcionados, que são
empréstimos realizados com taxas ou recursos definidos por normas governamentais. São
empréstimos direcionados a um fim específico, como habitação e automóvel.
No Brasil, segundo dados divulgados pelo BCB, mostram um aumento significativo no
crescimento dos saldos referentes ao mercado de crédito nos últimos anos. A concessão de
crédito sofreu uma forte expansão, passando a representar 56,8% do PIB.
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Figura 1 - Evolução da composição do crédito.
Fonte: SPE – Secretaria de Política econômica 2014
Figura 2 – Novas concessões de crédito à pessoas físicas
Fonte: BCB – Banco Central do Brasil 2014
Nota se na figura 2, que ao decorrer dos anos, além do aumento de novas concessões de
crédito no País também ocorre um aumento no prazo médio dos financiamentos. Em grande
parte, devido ao aumento considerável das operações de crédito consignado que possuem
prazos maiores para pagamento do que outras modalidades de crédito. E que segundo o Banco
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Central é a modalidade de crédito mais representativa no sistema financeiro nacional em
volume.
O crédito consignado, apesar de ter taxas máximas determinadas pelo Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS) e por diferentes órgãos, é considerado uma operação com recursos
livres e sempre ofertado a pessoas físicas. No Brasil, o acesso a essa modalidade de crédito e a
sua representatividade tem aumentado consideravelmente em relação aos últimos anos.
2.3 CRÉDITO CONSIGNADO
História.
No Brasil, após a proclamação da república em 1889, ocorreram diversas medidas para a
organização do sistema político. Dentre elas a organização do funcionalismo público. Onde
através do decreto n 172, de 21 de janeiro de 1890, houve a redução do quadro de
funcionários considerados desnecessários, porém dava se como estímulo aos funcionários
públicos que permanecessem em seus cargos, o aumento de seus vencimentos.
A princípio, o aumento de salário dos servidores públicos, não foi suficiente para que o
consumo aumentasse, pois com a maior quantidade de papel moeda no mercado e a
especulação financeira que ocorrera naquela época (crise do encilhamento), trouxe o aumento
da inflação, provocando o governo a tomar medidas que satisfizessem essa demanda por
consumo.
Uma das medidas tomadas pelo Governo para satisfazer essa demanda foi através da oferta de
crédito, decreto nº 771 de 20 de setembro de 1890. Que concede a Antonio José de Abreu a
autorização para a incorporação do banco dos funcionários públicos. O banco dos
funcionários públicos tinha como finalidade conceder empréstimos em dinheiro,
financiamentos para aquisição de prédios e seguros de vida com taxas que não poderiam
ultrapassar 1% ao mês e que seriam descontadas diretamente na folha de pagamento do
funcionário. Com isso, surge o crédito consignado no Brasil, onde constitui se a primeira
menção normativa a utilização do desconto em folha para pagamento de empréstimo.
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Hoje no Brasil, o crédito consignado é regulado pela resolução 10.820/03, que dispõe sobre a
autorização para desconto de prestações em folha de pagamento. De acordo com Rodrigues et
al. (2006), o crédito consignado em folha de pagamento é uma modalidade de empréstimo em
que o devedor sofre um desconto no salário para pagar sua dívida com o banco. Essa
modalidade de crédito é oferecida para servidores Federais, Estaduais e Municipais,
aposentados e pensionistas do INSS - Instituto Nacional de Segurança Social e funcionários
de empresas privadas que possuem convênios firmados com bancos. Esse modelo de crédito
veio para propiciar aos clientes bancários, taxa mais baixas, devido ao desconto ocorrer em
folha de pagamento e com isto diminuir os riscos de inadimplência (Takeda e Bader, 2005).
Além da lei 10.820/03, existem leis Estaduais e Municipais fixando limites de descontos e
retenções. Cada convênio possui suas próprias regras que definem entre outros, limites de
valores, número de contratos e limite de idade por contratante. Porém todos os convênios
obedecem à regra onde o contratante poderá comprometer até 30% do seu salário. Essa
porcentagem do salário é considerada margem consignável. Que significa o percentual
máximo da remuneração mensal que o Tomador pode comprometer para pagamento das
prestações de empréstimos. Também é importante ressaltar, que para cálculo de margem é
considerado apenas o salário bruto do contratante e não entram no cálculo bonificações,
férias, décimo terceiro salário e qualquer outro acréscimo.
Segundo Marisco e Fernandes (2012), essa modalidade de crédito têm sido utilizado
comumente pelo consumidor brasileiro para quitação de dívidas antigas, por ter a taxa mais
em conta e também para adquirir bens e serviços de uma maneira mais rápida.
Como podemos observar na figura 3, nos últimos seis anos triplicou se o volume de crédito
consignado utilizado pela população.
12
,
Figura 3 – Evolução do Volume de Crédito Consignado.
Fonte: BCB 2014
Porém ao oferecer esse produto, deve se observar com cuidado, para que ao combater o efeito
dos juros altos, o tomador dessa modalidade de crédito não esteja entrando no ciclo vicioso do
endividamento. De acordo com Tolotti (2007), o endividamento exagerado é causado pela
facilidade que o cliente tem de obter um crédito e que por fim é utilizado para fins de
consumo exagerado. Segundo Domingos (2009), tomar um empréstimo deve ser um ato
responsável, com a avaliação dos reflexos que ele terá.
2.4 RISCO DE CRÉDITO
Ao falar de crédito se faz necessário falar de risco.
A palavra risco tem origem no termo italiano risicare, cujo significado é ousar. Segundo
Bernstein (1997), em sua definição sobre a origem da palavra, conclui que o risco é uma
opção e não um destino. Nas concessões de crédito, o risco é algo que está sempre presente,
pois trata se na disponibilidade de um valor presente mediante a uma promessa de pagamento
no futuro feita através de contrato, onde o tomador arca com a responsabilidade de
cumprimento das condições ali definidas.
Segundo PB de Carvalho (2004), o risco de crédito predispõe na confiança da solvabilidade
do devedor, e que o mesmo irá honrar os seus compromissos nas datas acordadas
previamente. Brito e Assaf (2008, p.19), definem o risco de crédito, ”como a possibilidade de
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o credor incorrer em perdas, em razão das obrigações assumidas pelo tomador não serem
liquidadas nas condições pactuadas”. Já Securato (2005, p. 379) afirma que o risco “está
associado à probabilidade de fracasso de um dado evento”. De acordo com Duarte Junior
(1996), o risco de crédito começa a acontecer, quando a parte contratante não honra com o
pagamento dos compromissos que foram acordados.
Em uma operação de crédito existe a possibilidade de ocorrerem fatores inesperados que não
podemos prever. De acordo com CG Xavier (2011, p.11), “O risco está presente em toda e
qualquer operação de crédito, pois sempre existe a possibilidade de que fatores inesperados e
adversos possam ocorrer e inviabilizar o cumprimento da obrigação estabelecida em um
contrato”.
Esses fatores adversos podem ser desde um falecimento do credor, instabilidade financeira
gerada por desemprego, inflação, crise governamental entre outras. Por isso, os gerentes
devem estar atentos ao método correto de conceder dinheiro, e as organizações devem possuir
uma política de concessão de crédito para auxiliar o gestor a evitar uma má análise e assim
conceder o crédito de uma maneira errada.
Identificar os riscos deve ser visto como uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento
na instituição, e também para diminuir o nível de exposição ao risco que a mesma possa
enfrentar. Conforme Securato (2007), todos os tipos de risco impactam os negócios de uma
forma mais ou menos direta e podem comprometer os resultados esperados em torno de um
dado investimento. Para Silva (1998), o risco de crédito pode ser classificado em 4 grupos: a)
risco do cliente, b) risco da operação, c) risco de concentração e d) risco da administração do
crédito.
No Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN), é o órgão responsável por estabelecer os
procedimentos mínimos ao setor bancário em relação à avaliação do risco de crédito. As
metodologias de classificação são de responsabilidade das instituições financeiras, porém
deverão levar em consideração, dentre outros, os seguintes fatores:
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a) em relação ao devedor e seus garantidores:
I - situação econômico-financeira;
II - grau de endividamento;
III - capacidade de geração de resultados;
IV - fluxo de caixa;
V - administração e qualidade de controles;
VI - pontualidade e atrasos nos pagamentos;
VII - contingências;
VIII - setor de atividade econômica;
IX - limite de crédito;
b) em relação à operação:
I - natureza e finalidade da transação;
II - características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
III - valor.
Fonte: BANCO CENTRAL DO BRASIL
2.5 ANALISE DE RISCO DE CRÉDITO
Afim que se evite o risco de crédito, a análise de risco é a melhor ferramenta e presta grande
contribuição para o gerenciamento de uma carteira de crédito saudável quanto à manutenção e
aumento da mesma (Silva, 2003). De acordo com CG Xavier (2011), é na análise de crédito
que se possibilita identificar os riscos nas situações de empréstimo, onde podemos evidenciar
conclusões quanto à capacidade de pagamento do tomador, e fazer recomendações referentes
à melhor estruturação e tipo de empréstimo a conceder.
A análise do risco de crédito é de extrema importância para uma proposta de concessão, pois
quantificar e qualificar o risco dentro do relacionamento entre credor-devedor leva a uma
utilização mais eficiente dos recursos na determinação do limite de crédito.
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Diante de um cenário de evolução do crédito, uma análise de crédito bem feita, torna se
primordial na obtenção de um resultado positivo. Segundo Silva, M. (2003), a arte de bem
conceder o crédito é fundamental tanto para quem concede como para quem recebe.
Segundo CG Xavier (2011), em relação à concessão de crédito, pode haver dois tipos de
cenários: cenários definidos pela conquista de clientes ou pela sua manutenção. Nas duas
situações, além do decisor analisar, ele tem a obrigação de deferir um crédito e há necessidade
de ter seu recebimento com retorno lucrativo. O analista, ao avaliar uma proposta de crédito,
deve estar atento às diversas variáveis relacionadas ao risco do cliente e da operação,
buscando informações sobre o passado do cliente, seu presente (a viabilidade de seu
investimento) e do seu futuro quanto à capacidade de pagamento (Silva, 2003, p. 63). De
acordo com Katayama (2003), no processo de análise da concessão de crédito, tem-se a
necessidade de conceder ou recusar o crédito, mas para isto é preciso conhecer o cliente, ter
informações quanto a sua capacidade de pagamento, seu caráter e outras informações
fundamentais para que o analista saiba o risco que envolve a operação.
Segundo Schrickel (2000), o funcionário da organização deve estar atento aos conhecimentos
sobre o tomador de crédito, além de conhecer muito bem a operação que será realizada pelo
tomador de crédito.
Para auxiliar o analista de crédito, os bancos se dispõem de métodos que auxiliam na tomada
de decisão. O rating é uma ferramenta que ajuda na mensuração dos riscos que determinada
instituição irá correr ao conceder crédito a determinada empresa ou pessoa, de acordo com a
resolução 2682/99 do Bacen, visa determinar a classificação do risco que determinada
operação está sujeita e evite que o risco seja maior do que o esperado. (Katamaya, 2003). O
rating é apresentado por meio de um código ou classificação que acaba gerando uma
avaliação do cliente quanto ao risco que a empresa corre ao conceder crédito para o mesmo.
Os serviços de rating são utilizados por credores e investidores que usam de forma a medir
uma expectativa de cumprimento de uma obrigação numa data certa.
A tabula 1 mostra esta classificação determinada pela resolução 2682/99 do BACEN, onde
apresenta os níveis mais qualificados e os menos qualificados para a concessão de crédito.
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Tabula 1– classificação das operações de crédito e regras
para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
Fonte Resolução 2682/99 BACEN.
O scoring é outra ferramenta utilizada para classificar uma carteira de clientes na hora de
conceder o crédito. O score vem do inglês e significa pontuação (placar) avaliação. No caso
do scoring é um sistema de pontuação que tem como objetivo atrelar um mérito a cada cliente
de acordo com sua capacidade de crédito (Berni, 1999).
O papel do gerente é de conhecer estas técnicas e aplica lãs, além de manter sempre o
cadastro do cliente em dia, porque é com um cadastro atualizado que o gestor poderá ter uma
tomada de decisão correta, sem afetar sua análise.
Securato (2002) expõe sobre as preocupações principais dos analistas de crédito, como sendo
os dados cadastrais do tomador, os conjuntos de informações sobre o cliente colhido no
mercado do qual ele participa, os conjuntos de indicadores financeiros obtidos por balanços
contábeis, as declarações de impostos ou relatórios gerenciais passados.
Sanvicente (1987) vai além sobre o papel do gestor financeiro, onde gestor precisa estar
também atento a todas as informações externas à empresa que possam influenciar as tomadas
de decisões, antecipando-se às mudanças e agindo com rapidez e eficiência.
De acordo com Chiavenato (2011, p. 213), decisão é o processo de análise e escolha ou opção
entre várias alternativas de curso de ação que a pessoa deverá seguir. Uma decisão precisa ser
tomada sempre que um problema é apresentado e possuir mais de uma alternativa para a sua
solução. Para Simon (1960, p. 19), as decisões podem ser programadas ou não-programadas e
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requerem diferentes técnicas. “Decisões programadas são rotineiras e repetitivas e implicam
procedimentos habituais ou especializados: por sua vez, decisões não-programadas têm
caráter de novidade, assumem importantes consequências e sua forma é não-estruturada e de
natureza complexa.”
Com isso, se faz necessário em uma análise de crédito a identificação dos problemas ou
oportunidades e a seleção de uma alternativa para resolvê-los da maneira mais eficaz.
Pois a falta de planejamento faz o administrador tomar decisões erradas, agindo única e
exclusivamente pela compulsão, sem analisar os fatores de risco, assim em sua maioria,
podendo gerar grandes perdas à organização e aos clientes.
No crédito consignado, a avaliação de risco é medida em sua maioria, através das leis e
normativos já estabelecidos pelos diferentes órgãos que regulam sua contratação. Essas
medidas foram criadas para dar mais segurança à operação, pois delimitam o percentual do
comprometimento da renda, quantidade máxima de contratos por pessoa, idade limite, além
de taxas e prazos máximos para sua contratação. Porém já observa se diversos casos de
inadimplência entre os clientes que utilizam essa modalidade de crédito.
3 RESULTADOS
Esse estudo explica as causas que levam ao endividamento entre dois grupos de clientes
tomadores de crédito consignado: servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro e
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Teve como
foco uma agência Bradesco localizada na zona norte do município do rio de janeiro. A
agência em questão conta com 963 servidores estaduais e 1459 aposentados e pensionistas do
INSS.
O estudo analisou o comportamento frente ao crédito consignado de 100 clientes
aleatoriamente escolhidos dentro de diferentes faixas de renda, sendo 50 servidores públicos e
50 beneficiários do INSS. A presente pesquisa se realizou a partir de dados colhidos do
histórico total de crédito utilizado pelos clientes. Os clientes participantes da pesquisa tiveram
sua identidade preservada.
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Esse estudo mediu a relação da porcentagem média de comprometimento da renda através da
utilização da margem consignável. Entende se como comprometimento da renda todas as
obrigações geradas com as diversas linhas de créditos oferecidas pelo banco: crédito
consignado, crédito pessoal, cartões de crédito...
Entende se como margem consignável o valor máximo da renda que pode ser comprometida
para um empréstimo consignado. Ela é calculada a partir da renda líquida mensal do
trabalhador, não podendo ultrapassar 30% da sua renda mensal.
Foi calculada a porcentagem dos clientes endividados vs não endividados. De cada subgrupo
(endividados e não endividados), se obteve a tendência de seu endividamento através de três
fatores: porcentagem de comprometimento da renda, porcentagem de margem para
consignado e a porcentagem de comprometimento se adquirissem o crédito consignado.
Foram Denominados clientes endividados, aqueles clientes cujo comprometimento da renda
supera 30% do salário.
Em cada uma das variáveis analisadas é mostrado a sua média e seu desvio padrão.
A média de comprometimento mensal da renda dos servidores públicos analisados na agência
estudada chega a 51,83 com desvio padrão de 11,59% (Fig. 4). Esse resultado foi confrontado
à utilização da margem consignável dos clientes e a sua real situação de comprometimento de
renda oriundas de outras linhas de crédito. 62% dos clientes analisados superam em mais de
30% o nível de endividamento (Fig. 5).
Analisando separadamente os clientes endividados da figura 5, se observou que seu
comprometimento da renda chega a 73,97 com desvio padrão de 16,06% (Fig. 6). 93% dos
clientes endividados ainda podem realizar empréstimos consignados (Fig. 7). Essa margem
consignada é em média 5% com desvio padrão de 1,58%. O que representa a possibilidade de
aumento da média de endividamento dos clientes em 78,97% com desvio padrão de 16,15
(Fig. 6).
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SERVIDORES ESTADUAIS
Figura 4 - Porcentagem máxima ideal de comprometimento da renda com empréstimos
consignados (vermelho) e porcentagem média de
comprometimento dos clientes analisados (azul).
Figura 5 - Porcentagem das pessoas endividadas (azul) vs não endividadas
(vermelho).
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SERVIDORES ESTADUAIS ENDIVIDADOS
O segundo grupo da pesquisa (aposentados e pensionistas do inss), possuiem uma
porcentagem média de comprometimento da renda mensal de 48,55% com desvio padrão de
8,79% (Fig. 8). 52% desse público esta comprometendo sua renda mensal em mais de 30%
(Fig. 9).
INSS
Figura 6 - Porcentagem mensal do comprometimento da
renda (cinza), porcentagem margem consignável (azul),
porcentagem de comprometimento se adquirissem o
crédito consignado (vermelho).
Figura 7 - Porcentagem de clientes com
margem consignável (azul), porcentagem
de cliente sem margem consignável
(vermelho).
Figura 8 - Porcentagem máxima ideal de
comprometimento da renda com empréstimos
consignados (azul) e porcentagem média de
comprometimento da renda dos clientes analisados
beneficiários do INSS (vermelho).
Figura 9 - Porcentagem das pessoas
endividadas (azul) vs não endividadas
(vermelho).
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Analisando separadamente os clientes endividados (Fig. 9), esse grupo possui um nível de
comprometimento mensal da renda de 70,44 com desvio padrão de 14,54% (Fig. 10). Em
média todos os clientes endividados ainda possuem margem disponivel para empréstimo
consignado de 6,39 com desvio padrão de 2,00%. Sua utilização ocasionaria um
endividamento mensal de 76,82 com desvio padrão de 14,88% (Fig.10).
INSS ENDIVIDADOS INSS NÃO ENDIVIDADOS
4 CONCLUSÃO
Analisando separadamente os clientes não endividados (Fig. 9), mostra se um nível de
comprometimento mensal da renda de 24,84% com desvio padrão de 1,60% (Fig. 11). Nota se
que os beneficiários do INSS que contam com uma boa gestão de comprometimento da renda
(Fig. 11) não superam os 30%, e se manterem seu padrão de gastos e em um futuro hipotético
usassem sua margem livre de consignado. Chegariam a um endividamento de 32,97% (Fig.
11) muito distante da tendência dos endividados que podem chegar a um 76.82% (Fig. 10).
Esses resultados demonstram a contratação de empréstimos consignados como o fator
principal para o alto índice de endividamento dessas pessoas. Esse fato decorre de que para a
averbação das operações de crédito consignado pelo governo, dados importantes sobre as
obrigações oriundas de outras linhas de crédito por parte dos clientes como: restrições
Figura 10 - Porcentagem mensal do
comprometimento da renda (cinza), Porcentagem
margem consignável (azul), porcentagem de
comprometimento se adquirissem o crédito
consignado (vermelho).
Figura 11 - Porcentagem mensal de
comprometimento da renda (cinza), margem
consignável (azul), porcentagem média de
comprometimento se adquirissem o crédito
consignado (vermelho).
22
financeiras, dívidas com cartões, empréstimos pessoais, cheque especial, financiamentos de
veículos entre outras, não são consideradas para sua contratação.
Quando o cliente utiliza parte da sua renda para pagamento seja de cartão de crédito ou outro
financiamento, sua renda líquida mensal será reduzida. Com isso podemos afirmar que a não
considerar as outras obrigações que o cliente já possui com empréstimos, ao contratar o
crédito consignado, esses mesmos estão sujeitos a um comprometimento maior da renda. A
ausência dessas informações ao determinar a margem consignável, torna se um agravante para
o endividamento e um dificultador para avaliação de risco.
Nota se que na analise de crédito feita pelos gerentes da agência, esses fatores não estão sendo
levados em consideração. Essa afirmação foi constatada ao analisar os clientes que já
possuem um comprometimento da renda maior do que 30%. Onde 93% dos servidores
públicos (Fig. 7) e um 100% dos beneficiários do INSS ainda possuem uma porcentagem
plausível de endividamento através de empréstimo consignado (Fig. 6 e 10).
Esses dados demonstram que existe a necessidade por parte de quem concede o empréstimo
consignado, da devida atenção aos dados cadastrais referentes aos demais limites de crédito já
concedidos e a capacidade de pagamento desses clientes.
4 CONCLUSÃO
Para a contratação do crédito consignado é necessária a averbação da margem consignável. A
averbação de margem refere se a um registro do valor mensal da prestação do empréstimo a
ser descontada do salário do empregado e repassada ao banco. De acordo com a lei federal
10820/03 para a aceitação (averbação) do empréstimo, as parcelas a serem descontadas
mensalmente do contracheque do trabalhador, não poderão ultrapassar 30% da sua renda
líquida. Essa porcentagem é o que chamamos de margem consignável.
No glossário simplificado de termos financeiros Bacen (2013) denomina se margem
consignável como o valor máximo que pode ser descontado do salário, pensão, aposentadoria,
ou outra renda, para o pagamento de prestações de empréstimos consignados. Em geral, a
23
margem consignável corresponde a 30% da renda líquida e tem o objetivo de “impedir que as
pessoas contratem empréstimos maiores do que sua capacidade de pagamento”.
Esse percentual imposto é considerado o nível máximo de endividamento com operações de
crédito por parte das pessoas. Porém o estudo demonstra (figuras 4 e 8), que o
comprometimento médio da renda dos clientes que podem utilizar essa linha de crédito
superam esse nível de endividamento, chegando em alguns clientes a um comprometimento
de até 90% da renda mensal. Em media, 62% dos clientes servidores públicos (Fig. 5) e 52%
dos beneficiários do INSS (Fig. 9) possuem um endividamento superior à margem desejável
(30%).
Quando o cliente utiliza parte da sua renda para pagamento seja de cartão de crédito ou outro
financiamento, sua renda líquida mensal será reduzida. Com isso, podemos afirmar que a não
considerar as outras obrigações que o cliente já possui com empréstimos, ao contratar o
crédito consignado esses mesmos estão sujeitos a um comprometimento maior da renda.
Segundo Paiva (1997), a avaliação do risco de crédito é reflexo da multiplicidade, qualidade e
origem das informações disponíveis para o analista do crédito.
Esta afirmação é confirmada na análise de Katayama (2003), que diz que no processo de
análise da concessão de crédito é preciso conhecer o cliente, ter informações quanto a sua
capacidade de pagamento, seu caráter e outras informações fundamentais para que o analista
saiba o risco que envolve a operação.
De acordo com (Securato, 2002), a análise e a administração do risco estão baseadas no
processamento das diversas informações sobre o proponente do crédito. Deste modo, o
gerente ao conceder o crédito consignado deve rever os limites já concedidos aos clientes,
além de dar uma atenção especial a aqueles que já possuem uma porcentagem de
comprometimento de renda elevada.
Essa medida se faz de extrema importância, pois quanto maior é o comprometimento da renda
mensal, maior será o risco de inadimplência.
Demonstrou-se neste estudo que o nível de endividamento por parte dos servidores públicos e
dos beneficiários do INSS é muito superior ao limite ideal proposto de 30%. E que a falta de
24
controle por parte dos gerentes ao comprometimento real do tomador no momento da
contratação das operações de crédito consignado é um dos principais fatores para o alto nível
de endividamento desses clientes.
Dentro dos fatores relacionados estão à falta de controle pelos órgãos públicos, que ao
conceder a margem consignável, não levam em conta o real endividamento de seus
funcionários. Junto com a falta de atenção do gerente que ao observar somente a margem
consignável e ter a garantia de averbação ao realizar o empréstimo consignado, não reduz os
limites dos clientes, aumentando assim sua responsabilidade.
Para uma melhor compreensão dos fatores que levam ao endividamento, seria recomendável
um estudo em profundidade do nível de inadimplência e a compreensão dos clientes frente ao
seu próprio endividamento. Desta forma, seria recomendável que o Banco Bradesco
analisasse se a abrangência do problema é nacional e em caso de afirmativo, adotasse as
medidas recomendadas neste estudo.
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