analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

14
ANÁLISE DA IDENTIDADE EM SITES SOCIAIS Yet who i am (or who i think i am) varies according to who i am with (David Buckingham) Universidade Aberta Mestrado em Comunicação Educacional e Multimédia Media Digitais e Socialização Ano Lectivo 2011/2012 Marina Duarte

Upload: marina-duarte

Post on 25-Jun-2015

260 views

Category:

Technology


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

ANÁLISE DA IDENTIDADE EM SITES SOCIAIS

Yet who i am (or who i think i am) varies according to who i am with

(David Buckingham)

Universidade AbertaMestrado em Comunicação Educacional e

MultimédiaMedia Digitais e Socialização

Ano Lectivo 2011/2012 Marina Duarte

Page 2: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Introdução

Numa sociedade em que as NTC estão presentes no dia-a-dia torna-se necessário realizar um estudo sobre as potencialidades e desvantagens das mesmas na formação dos jovens .

Os jovens são os que mais uso fazem destas tecnologias, uma vez que estas sempre estiveram presentes na sua vida.

A presente apresentação tem como objectivo caracterizar a utilização social dos media digitais pelos jovens e sua relação com o processo pessoal de construção de identidade e socialização.

Page 3: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Aplicação de inquérito

Metodologia

O inquérito foi submetido, via MSN, a dois jovens, um do sexo masculino e outro do sexo feminino, com idade entre os 14 e os 25 anos.

Optou-se por inquirir adolescentes de cidades distintas para que se pudesse analisar contextos sociais diferentes, mas com o mesmo nível de escolaridade.

Page 4: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Utilização do computador/ Internet

Computador

Os inquiridos possuem computador, despendendo entre 1 a 3 horas do seu tempo a este equipamento. Os pais parecem não ter uma presença aquando o uso do computador.

Internet

Os jovens possuem internet há vários anos e consultam-na de forma diária.De ressalvar algumas diferenças nas respostas, a rapariga parece utilizar muito mais aplicações de internet que o rapaz, que utiliza mais os programas de computador.

Utilização da internet

Rapariga Rapazpesquisa de conteúdos

enviar emails

enviar emails redes sociais

acesso a redes sociais

jogar online

descarregar e carregar ficheiros

--------

vídeos --------

Utilização de programas no computador

Rapariga RapazAcrobat Reader Word

MSN PowerPoint

Firefox --------

Page 5: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Página de Internet/Blog

Os inquiridos divergem no contexto de possuir uma página de internet ou blog, uma vez que o jovem prontamente responde negativamente. A rapariga refere que tem uma página pessoal, uma vez que uma página do Facebook é uma página de internet.

A rapariga referiu que, tendo por base a confiança, coloca fotos dos seus amigos, mas que retira as mesmas se estes o solicitarem.

A jovem refere que nem todos tem acesso à sua página, apenas os amigos são convidados a participar na mesma.

Elementos Presentes na Página Pessoal

Rapariga

Cidade

Idade

Família

Música

Filmes

Livros

Fotografias

Page 6: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Página de Internet/Blog

A formação da identidade recebe a influência de factores pessoais (as capacidades inatas do indivíduo e as características adquiridas da personalidade), de factores interpessoais (identificações com outras pessoas) e de factores culturais (valores sociais a que uma pessoa está exposta, tanto globais quanto comunitários). (Schoen-Ferreira et. al, 2003)

Identity is developed by the individual, but it has to be recognized and confirmed by others. (Buckingham, D., 2008)

Adolescence is thus also a period in which young people negotiate their separation from their family, and develop independent social competence (for example, through participation in “cliques” and larger “crowds” of peers, who exert different types of influence). (Buckingham, D., 2008)

Page 7: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Telemóveis

A disponibilidade constante e a presença associadas ao telemóvel demonstra o quão importante se tornou este aparelho neste contexto, mesmo para os que o usam de forma moderada. O telemóvel potencia o aumento de comunicação e uma experiência intelectual e emocional. Stald (2008)

O telemóvel torna-se uma causa e uma solução para as frustrações dos jovens ao olharem para a gestão do dia-a-dia. O telemóvel é uma ferramenta importante que permite estar em controlo, o que é uma habilidade social para os adolescentes em geral mas, simultaneamente, tem-se tornado mais e mais importante ter a capacidade de controlar o telemóvel. Stald (2008)

Os jovens que responderam ao inquérito não possuem internet no telemóvel, mas dão-lhe usos variados, nomeadamente despertador e MP3.

O telemóvel é mais utilizado para o envio se SMS do que para chamadas.

Stald (2008) refere que o telemóvel possuí um significado social, uma vez que suporta e potencia a manutenção de grupos sociais e o sentimento de pertença a um grupo. Os jovens vivem num período temporal – em termos históricos e de época - que é caracterizado por uma sensação de fragmentação e de incerteza pessoal e colectiva.

Page 8: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Redes Sociais

Os inquiridos utilizam redes sociais de formas diferentes :

Utilizam as redes sociais para falar com pessoas que conhecem pessoalmente.

Os dados pessoais também foram alvo de respostas diferentes, uma vez que a rapariga não tem por hábito disponibilizar conteúdo pessoal online, mas o rapaz disponibiliza esse tipo de conteúdo.

O aspecto positivo das redes sociais é o de falar com amigos e reencontrar pessoas.

O aspecto negativo destas redes é o contacto com criminosos.

Rapariga Rapaz

Facebook Facebook

Hi5

Twitter

Page 9: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Redes Sociais

Marcia identifies four “identity statuses,” which represent different positions in this process. In the case of “foreclosure,” the individual has effectively avoided the crisis by following others’ expectations

Page 10: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Segurança

Mais uma vez, os inquiridos divergem na preocupação com a segurança na internet, a jovem mostra preocupações, mas o rapaz não.

No que concerne ao perfil na internet ambos responderam que este é real.

Relativamente aos perigos da internet, o jovem desconhece os perigos, mas a rapariga aborda o bullying.

Page 11: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Tendências

Os jovens não compram online.

A nível de jogos as respostas divergem. A rapariga não joga, mas o rapaz joga gratuitamente. Nos jogos, o jovem não assume um nickname e utiliza cerca de 15 minutos do seu tempo no jogo.

Na questão de cyberbullying, a rapariga conhece o termo, contrariamente ao rapaz.

Os dois jovens divergem no âmbito das informações presentes na internet. A jovem não acredita em tudo o que está na internet, mas o rapaz sim.

As competências digitais foram adquiridas de forma autodidacta e os jovens parecem não prescindir do telemóvel e do computador.

Page 12: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Síntese de análise de entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais

Os jovens inquiridos possuem um acesso privilegiado às NTC, utilizando-a para diferentes fins indo de encontro às afirmações de Prensky. Os jovens utilizam as tecnologias para:

Comunicar Socializar Partilhar Jogar Comprar

E-mail Para o estudante digital, que prefere socializar online, o importante não é o face a face ou aparência, mas sim o que se diz e como se diz.

Os adolescentes do inquérito parecem ter o gosto pelas redes sociais onde comentam a sua vida.

Os inquiridos parecem apreciar jogar online

Não apreciam compras online

IM

Chat

MSN

SMS

Page 13: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Conclusão

Perante os resultados do inquérito podemos afirmar que os jovens não possuem dificuldades no uso das NTC e que as usam de forma a partilhar a sua actividade diária.

Com a utilização das NTC, os jovens não pretendem fazer novos amigos, mas aproximar aqueles que já conhecem pessoalmente, fazendo com que estes conheçam a sua vida e se sintam parte dela, uma vez que são os indivíduos que fazem parte do seu contexto que reconhecem e aprovam a sua identidade. Esta aprovação por parte de outros é necessária, tal como refere Buckingham em Introducing Identity onde questiona conceitos que estabelecemos como adquiridos. O próprio conceito de identidade pode ser abordado de inúmeras formas mas, de facto, temos uma identidade própria que só se estabelece quando reconhecida socialmente.

Actualmente, milhões de pessoas se apresentam na Web mas, muito poucas são efectivamente reconhecidas.

Porém, não devemos centrar unicamente as nossas atenções na NTC enquanto construção da identidade dos mais jovens mas, em todo o contexto sócio-cultural em que esta construção ocorre.

Page 14: Analise de identidade_em_sites_sociais_v.1.ppsx

Bibliografia

Prensky, M. (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology and how they do it. 1-14.

Prensky, M. (2001) Digital natives, digital immigrants. In On The Horizon (Vol9, nº 5). NCB University Press.

Buckingham, David. “Introducing Identity." Youth, Identity, and Digital Media . Edited by David Buckingham. The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation Series on Digital Media and Learning. Cambridge, MA: The MIT Press, 2008. 1–24.

Schoen-Ferreira, T.; Aznar-Faria, M.; Silvares, E. (2003). A construção da identidade em adolescentes: Um estudo exploratório. In Estudos de Psicologia, 8 (1), 107-115.

Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164.