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Análise de classe latente de padrões de consumo de álcool e outras drogas em baladas na cidade de São Paulo, Brasil Doutoranda: Adriana Sañudo Orientadora: Profa Dra Zila van der Meer Sanchez Pós-graduação em Saúde Coletiva Departamento de Medicina Preventiva- UNIFESP

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Page 1: Análise de classe latente de padrões de consumo de álcool e outras drogas em baladas na cidade de São Paulo, Brasil Doutoranda: Adriana Sañudo Orientadora:

Análise de classe latente de padrões de consumo de álcool e outras

drogas em baladas na cidade de São Paulo, Brasil

Doutoranda: Adriana SañudoOrientadora: Profa Dra Zila van der Meer Sanchez

Pós-graduação em Saúde ColetivaDepartamento de Medicina Preventiva- UNIFESP

Page 2: Análise de classe latente de padrões de consumo de álcool e outras drogas em baladas na cidade de São Paulo, Brasil Doutoranda: Adriana Sañudo Orientadora:

Introdução

Álcool

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Introdução

Mundialmente, 3,3 milhões de pessoas morrem a cada ano devido ao uso indevido do álcool, representando 5,9% de todas as mortes;

Binge drinking - padrão de consumo de risco que tem despertado interesse internacional, mas que apenas recentemente começou a ser investigado no Brasil.

(WHO, 2014)

(Silveira et al, 2008)

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Introdução

Estabelecido como 5 doses para homens e 4 para mulheres em uma mesma ocasião.

(Weschler et al, 2001)

Binge drinking (ou beber pesado episódico) INTOXICAÇÃO

ALCOÓLICA

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Introdução

Quadro preocupante no que tange o abuso de outras drogas;

No geral, estimou-se que as drogas ilícitas foi a causa de 0,9% dos anos de vida perdidos por incapacidade em todo o mundo em 2010.

(Degenhardt et al., 2014)

(Degenhardt et al., 2014)

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Introdução

Álcool é a droga mais consumida em todas as faixas etárias da população;

De acordo com Levantamento Nacional de Álcool e Drogas: 50,0% da população brasileira adulta consumiu bebida alcoólica; 16,9% utilizaram tabaco; 2,5% utilizaram maconha; 1,7% utilizaram cocaína.

Aumento na porcentagem de pessoas não abstêmias que, em dias que bebe, costumam praticar binge drinking – em 2006 eram 29% e em 2012 passou para 39% ;

(Vieira et al., 2007)

(LENAD, 2012)

(LENAD, 2012)

No Brasil,

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Introdução

Poliuso de drogas – o uso de mais de um tipo de droga;

Poliuso de drogas concorrente – consumo de mais de uma droga pelo mesmo sujeito no período de até 12 meses.

(Smith et al., 2011)

(Martin, 2008)

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Introdução

Abuso de álcool e outras drogas está diretamente relacionado com o contexto recreativo das baladas;

Locais de socialização, diversão, dança, encontros românticos e sexuais e uso de álcool e outras drogas fazem parte deste contexto;

Aumento de comportamento de risco de seus frequentadores.

(Calafat et al., 2009)

(Duff, 2008)

Por que estudar baladas?

(Calafat et al., 2011)

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Introdução

Frequentadores de baladas – população conhecida internacionalmente como de maior risco para o uso abusivo de drogas;

Padrões de consumo de álcool e outras drogas assim como comportamentos de risco associados às baladas variam de acordo com aspectos culturais do país;

O diagnóstico do que ocorre na vida noturna de São Paulo é o primeiro passo para o direcionamento de ações preventivas destinadas à população exposta, baseando-se em dados da realidade local.

(Ramo et al., 2010)

(Calafat, 2011)

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Introdução

Para identificar perfis de consumo de drogas em uma população, Análise de Classe Latente é um instrumento de análise de dados, que leva em conta variações no padrão de consumo de drogas e, identifica grupos de indivíduos com respostas semelhantes à ausência ou presença de poliuso.

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Objetivo

Avaliar como o consumo de uma vasta gama de drogas se agrupa entre frequentadores de baladas na cidade de São Paulo através do uso de Análise de Classe Latente;

Avaliar como esses diferentes perfis de drogas se associam com fatores sociodemográficos, frequência e estilo do estabelecimento frequentado.

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Metodologia

Método Misto - combinação de dados quanti com dados qualitativos.

Dados pessoais obtidos a partir de um inquérito de portal;

Dados das baladas obtidos através de etnografia das casas noturnas/bares.

Unidades primárias de amostragem - baladas.

Baladas: local público com controle de entrada e saída, pista de dança e venda de bebida alcoólica.

(Voas et al., 2006)

(Creswell, 2009)

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Metodologia

Lista com potenciais baladas:

Revistas; Guias especializados em atividades de lazer; Google – ‘São Paulo’, ‘baladas’, ‘discotecas’ e ‘danceterias’.

150 baladas preencheram critérios de inclusão; 40 baladas (e 40 substituições) sorteadas.

31 baladas concordaram em participar : taxa de aceitação de 66%.

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Metodologia

Amostra sistemática na fila de entrada: Critérios de inclusão:

≥18anos; intenção de entrar; não estar severamente embriagado; ausência de fala pastosa; ausência de sinais lentificados ou dificulade de locomoção, ausência de olhos petrificados, e,

ausência de odor alcoólico.

2422 entrevistados em 31 baladas;

Escala de Perham

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Metodologia

Três etapas de entrevistas:

Entrevistas de Entrada + Bafômetro; Entrevistas de Saída + Bafômetro; Online 24 horas depois.

Dados etnográficos coletados simultaneamente;

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Fluxograma da coleta de dados

Inquérito de portal

Clientes na porta de entrada(n=2422)

Etnografia Medidas ambientais e comportamentais

(n=31)Inquérito de

portalClientes na saída da

balada(n=1833)

Questionário online

Dia seguinte(n=1222)

Intervenção webRCT usando

feedback de normas sociais

(n= 1053)

Seguimento pós intervenção

3, 6 e 12 meses após

Mesmo entrevistado

76%67%

3063 abordagens = 80% aceite

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Fluxograma da coleta de dados

Inquérito de portal

Clientes na porta de entrada(n=2422)

Etnografia Medidas ambientais e comportamentais

(n=31)Inquérito de

portalClientes na saída da

balada(n=1833)

Questionário online

Dia seguinte(n=1222)

Intervenção webRCT usando

feedback de normas sociais

(n= 1053)

Seguimento pós intervenção

3, 6 e 12 meses após

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Parte da equipe no campo

POR NOITE:

6 entrevistadores; 1 coordenador de

campo; 75 entrevistas

completas (entrada + saída)/noite.

Metodologia

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Metodologia

Coleta de dados através de tablets em sistema integrado à internet

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Website: gerenciamento dos dados do projeto e informação ao público geral

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Indivíduos monitorados por uma pulseira de eventos

Metodologia

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Metodologia

Informações sobre a continuação da pesquisa (web)

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Metodologia

Variáveis Explicativas “Variável Resposta”

Características sociodemográficas: gênero; idade; etnia; situação econômica (ABEP); educação; ocupação, e Religião.

Frequência a baladas mês passado;

Tipo de balada.

Poliuso no período de um ano: binge drinking; tabaco; maconha; cocaína; ecstasy; inalantes (loló, lança, cola, etc.); ketamina; alucinógenos (cogumelos, LSD, lírio,

etc).

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Metodologia

Análise Estatística

Análise de Classe Latente; Avaliação dos modelos:

LL; AIC; BIC; SSABIC; VLMR; Entropia.

Modelo hierárquico de regressão logística multinomial.

(Hagenaars and McCutcheon, 2002)

(Akaike, 1974)(Schwartz, 1978)

(Sclove, 1987)

(Lo et al., 2001)(Ramaswamy et al., 1993)

(Hosmer et al., 2013)

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Resultados

Entrevistas de entrada: 3063 indivíduos abordados; 2422 aceitaram participar 80% de aceite;

Entrevistas de saída: 1832 indivíduos responderam 76% de follow-up.

Perdas de saída (n = 590): Intoxicação alcoólica severa: (n=67, 11,3%); Recusa: (n=12, 2,1%); Perdas gerais: (n=511, 86,6%).

Não houve diferença estatisticamente significante de sexo e idade entre o grupo de recusa e os entrevistados da entrada e saída.

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Resultados

Mas-culino61%

Feminino39%

18 - 25 26 - 33 34 e mais0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

63%

25%

12%

Faixa etária

Gênero

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Resultados

26%

54%

21%

Classe SocialA

B

C/D/E

0%

10%20%

30%

40%

50%

60%70%

80%

90%

100%

7%

60%

26%

7%

Escolaridade

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Resultados

até 3 vezes 3 vezes ou +0%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

54% 46%

Frequência mensal às baladas

EletrônicaEclética

SertanejaFunk

PopDanceForró / Zouk

HipHopRock

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Estilo musical

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Resultados

Binge drinking Maconha Cocaína Ecstasy Tabaco Inalante Ketamina Alucinógenos0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

68%

29%

8%13%

36%

12%5%

9%

Consumo nos últimos 12 meses

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Resultados

Poliuso de drogas

  Estatísticas de ajuste

Modelo LL AIC BIC SSABIC p-Vuong Entropia

1 classe -8.187,57 16.391,14 16.437,47 16.412,05 N.A. N.A.

2 classes -7.104,31 14.242,62 14.341,07 14.287,06 0,202 0,827

3 classes -6.919,89 13.891,78 14.042,36 13.959,76 0,136 0,695

4 classes -6.885,64 13.841,27 14.043,97 13.932,77 0,429 0,677

5 classes -6.867,90 13.823,80 14.078,63 13.938,83 0,538 0,674

6 classes -6.852,53 13.811,06 14.118,02 13.949,62 0,575 0,709

Tabela: Comparação entre as estatísticas de ajuste de acordo com o número de classes latentes para o poliuso de drogas no último ano entre frequentadores de baladas (n=2420) na cidade de São Paulo no ano de 2013.

Nylund et al. (2007) recomenda a estatística BIC para determinar o número de classes.

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Resultados

Figura 1. Binge drinking e poliuso de drogas no ano em três classes latente. Probabilidade ponderada de presença de BD e poliuso de drogas dada a classe latente entre frequentadores de baladas (N=2420) na cidade de São Paulo, 2013.  

Binge Maconha Cocaína Ecstasy Tabaco Inalante Ketamina Alucinógeno0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Não poliuso Poliuso moderado Poliuso severo

Prob

abili

dade

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Resultados

Modelo de regressão logística multinomial em blocos

Variável resposta – 3 classes latentes

Variáveis explicativas –

Binge drinking – 55% frequentadoresPoliuso moderado – 35% frequentadoresPoliuso severo – 10% frequentadores

Características sociodemográficas gênero; idade; etnia; situação econômica (ABEP); educação; ocupação, e Religião.

Frequência a baladas mês passado;

Tipo de balada.

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Resultados

Poliuso moderado Poliuso severo

    ORa IC 95% p ORa IC 95% pNível 1 Gênero 0,114 0,046

Masculino vs Feminino 1,26 0,95-1,68 1,44 1,01-2,06

Faixa etária (anos)

18 – 25 vs ≥34 2,50 1,75-3,57 <0,001 1,00 0,64-1,55 0,98926 – 33 vs ≥34 2,42 1,46-4,00 0,001 1,38 0,78-2,46 0,271

Nível 2              

  Freq. mensal balada     <0,001     <0,001

  Mais 3x vs até 3x 1,79 1,47-2,18   3,50 1,96-6,25  

  Música balada            

  Sertanejo vs Eclética 0,43 0,30-.0,61 <0,001 0,06 0,01-0,57 0,015  Funk vs Eclética 0,76 0,39-1,48 0,422 2,65 0,60-11,77 0,201  Eletrônica vs Eclética 1,31 0,89-1,94 0,171 9,86 5,36-18,12 <0,001  PopDance vs Eclética 0,96 0,62-1,48 0,855 0,17 0,02-1,58 0,120  Rock vs Eclética 1,94 1,36-2,77 <0,001 2,29 1,30-4,04 0,004  HipHop vs Eclética 1,93 1,38-2,70 <0,001 10,13 6,23-16,45 <0,001  Forró/Zouk vs Eclética 0,36 0,26-0,50 <0,001 0,25 0,08-0,75 0,013

Modelo multivariado de regressão logística multinomial com variável resposta classe latente entre frequentadores de baladas (N=2420) na cidade de São Paulo, 2013.

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Discussão

Baladeiros propensos a fazer poliuso de substâncias;

Maioria dos estudos examina prevalência de consumo e correlaciona o uso entre grupos, porém não caracteriza grupos de poliuso.

(Ramo et al., 2010)

(Measham et al., 2013 e Herbeck et al., 2013)

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Discussão

Presente estudo se diferencia por examinar padrões de poliuso nos últimos 12 meses em uma amostra representativa de frequentadores de baladas em SP;

Poliuso avaliado no período de 1 ano: vantagem de capturar período ainda recente; mais amplo do que o consumo no dia; poliuso poderia não estar presente em

frequência adequada.

(Quek et al., 2013)

(Smith et al., 2011)

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Discussão

Análise de Classe Latente: Classe 1 – “não poliuso”; Classe 2 – “poliuso moderado”; Classe 3 – “poliuso severo”.

Vários estudos de poliuso em populações específicas: usuários de ecstasy; usuários de alguma droga.

Estudos em amostras de população geral.

(Carlson et al., 2005 e Scheier et al., 2008)

(Smith et al., 2011)

(Ramo et al., 2010)

Page 37: Análise de classe latente de padrões de consumo de álcool e outras drogas em baladas na cidade de São Paulo, Brasil Doutoranda: Adriana Sañudo Orientadora:

Discussão

Não obtenção de uma classe “Não usuários”.

População diferenciada mesmo a classe não poliuso apresenta 50% de binge drinking.

Binge drinking – padrão de consumo de álcool associado: Complicações sociais – morbidade psiquiátrica, acidentes. Comportamentos de risco: Sexo sem proteção, Overdose, Quedas, Violência, Acidentes de carro, Suicídio.

(Bartoli et al., 2014)

(Naimi et al., 2003)

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Discussão

Diferenças de gênero em poliuso de drogas: variam pelo tipo de drogas avaliadas; variam de acordo com a população em questão.

Homens mais expostos poliuso severo entre baladeiros de SP.

Idades mais avançadas parecem mais protegidas ao poliuso.

Maior importância na associação das classes de poliuso com a opção de escolha do tipo de balada e frequência à balada do que variáveis relacionadas ao perfil sociodemográfico.

(Carlson et al., 2005 e Ramo et al., 2010) (Smith et al.,

2011)

(Smith et al., 2011)

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Discussão

Frequência às baladas mais do que 3 vezes no mês

maior chance de pertencer às classes de poliuso.

Frequentadores de baladas com músicas rock e hiphop maior chance de pertencer às classes com poliuso de drogas;

Frequentadores de baladas com músicas eletrônicas

maior chance de pertencer à classe poliuso severo.

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Limitações do Estudo

Possível viés de informação caracterizado nesse estudo pelo viés de memória dos frequentadores;

Taxa de aceite entre as baladas amostradas.

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Potencialidades do Estudo

Primeiro estudo no mundo com amostra probabilística de baladas;

Primeiro estudo epidemiológico com amostra representativa de baladeiros em um país em desenvolvimento;

80% de aceite na participação de clientes na entrada de casas noturnas em uma das maiores cidades do mundo.

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Conclusão

Nossos dados sugerem que próprio contexto da balada parece estar associado ao poliuso;

Políticas públicas devem ser implementadas nos locais de recreação para atingir seus frequentadores. Possíveis medidas:

Controle de venda de álcool para pessoas já intoxicadas;Aumento de fiscalização para drogas ilícitas na entrada de

estabelecimentos de recreação, principalmente baladas eletrônica, rock e hiphop;

Informações sobre redução de danos a baladeiros.

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