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Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008
For the International Surviving Sepsis Campaign Guidelines Committee
Estágio Supervisionado em Medicina de UrgênciaHospital Monsenhor Walfredo Gurgel
Dda. Alyssa CarvalhoDda. Karina Lopes
Natal, 16 de setembro de 2010
Crit Care Med 2008 Vol. 36, No. 1
Por que sepse?
• Alta prevalência• Alta morbidade• Alta mortalidade• Alto custo
Introdução
• The Surviving Sepsis Campaign– Internacional guidelines.
Métodos
• SSC e o processo de revisão do guideline:• Protocolo de cuidados para melhoria da prática
assistencial;– Objetivo: atualizar o SSC original publicado em
2004;– Baseado em consensos e conferências
internacionais;– Baseado em pesquisas do ano de 2007;
Métodos
• Nível de qualidade da evidência (GRADE)• A) Alto• B) Moderado• C) Baixo• D) Muito baixo
Métodos
• Grau da recomendação:
• 1) Forte: a recomendação é válida para a maioria dos pacientes na maioria das circunstâncias (“nós recomendamos...”)
• 2) Fraco: existe a necessidade de se considerar mais cuidadosamente as características individuais de cada paciente (“nós sugerimos...”)
Definições
• Sepse: SIRS associada a foco infeccioso reconhecido ou suspeito:
• T > 38ºC ou < 36ºC;• FC > 90 bpm;• Fr > 20 ipm ou PCO2 < 32mmHg;• Leuco > 12.000 ou < 4.000 ou > 10% de
bastões.
Definições
• Sepse grave:– Sinais de hipoperfusão ou disfunção orgânica:
• Hipotensão (PAS < 90mmHg; PAM < 70 mmHg; queda de mais de 40 mmHg na PAS);
• Alteração do nível de consciência;• Acidose lática;• Oligúria;• Índice P/F < 250;• Plaquetas < 80.000;• Bilirrubina > 1,2 mg/dL.
Definições
• Choque séptico:– Sepse grave + Hipotensão refratária à reposição
volêmica.
I. Manejo da Sepse Grave
1 hora e outros exames laboratoriais
gaso arterial
A. Ressuscitação Inicial
• Hipoperfusão tecidual– Hipotensão – Lactato > 4 mmol/l)
• Metas (6 horas)– PVC 8-12 mmHg;– PAM ≥ 65 mmHg;– DU ≥ 0,5 ml/kg/h– SVc O2 ≥ 75% ou SVo2 ≥ 65%
Recomendação forte!
LEMBRETE!Sala de Emergência
SOLUÇÕES PADRÕES VASOPRESSORES
DOPAMINA - 5 ampSG 5% - 200 ml
DOBUTAMINA - 1ampSG 5% - 230 ml
NORADRENALINA- 1ampSG 5% - 100 ml
Iniciar 20 ml / h
Iniciar 10 ml / h
Iniciar 20 ml / h(Máx. 20 mcg/ k/ m)
A. Ressuscitação inicial
• Se alvo da SvO2 não é atingido:
– Transfusão de [hemácias] até atingir Ht > ou igual a 30% e/ou
– Infusão de dobutamina.
* Escolha baseada na preferência do médico e nas características clínicas do paciente.
Recomendação fraca!
A. Ressuscitação inicial
• Outras considerações:– Lactato sérico:
– Deve ser colhido em todo paciente séptico ou na suspeita;– Elevados níveis na sepse direcionam para suporte
agressivo de ressuscitação volêmica;
– Quando manter PVC entre 12 e 15 mmHg?• Diminuição da complacência do VD (ventilação mecânica,
disfunção diastólica);• Hipertensão arterial pulmonar;• Aumento da pressão abdominal.
A. Ressuscitação Inicial
• Outras considerações:– Parâmetros de compensação volêmica:
• Redução da frequência cardíaca• PVC: frequentemente a mais prontamente obtida para
avaliação da reposição volêmica.
– PAM > 65 mmHg e SvO2 > 70% são associados a melhor prognóstico;
B. Diagnóstico
• Culturas apropriadas devem ser obtidas antes do início da terapia antimicrobiana *
– Hemoculturas (mínimo 2);– Outros fluidos corporais de acordo com a indicação
clínica (urina, secreção respiratória, LCR, fragmentos);
.Recomendação forte!
B. Diagnóstico
• Estudos de imagem devem ser prontamente realizados caso as condições clínicas do paciente permitam.
Recomendação forte!
B. Diagnóstico
• Biomarcadores:
– Procalcitonina– PCR
C. Antibioticoterapia
• Administrar antibióticos intravenosos de largo espectro em até 1 hora do diagnóstico de sepse grave ou choque séptico.
Recomendação forte!
C. Antibioticoterapia
• Terapia empírica inicial:• Largo espectro contra os patógenos mais
comuns;• Endovenosa;• Doses plenas (* I. renal/hepática);• Boa penetração no provável sítio;• Perfil de sensibilidade na comunidade e no
hospital;• Preferência para drogas infundida em bólus.
C. Antibioticoterapia
• Reavaliação diária: otimizar atividade, prevenir resistência, reduzir toxicidade e reduzir custos;
• Duração até 7 a 10 dias;• Suspender ATB se causa não infecciosa;• Evitar cursos prolongados de terapia
empírica.
Recomendação forte!
C. Antibioticoterapia
• Outras considerações:
• Associação de ATB (≤ 5 dias): Pseudomonas; Neutropênicos ;
• Culturas são negativas em > 50% dos casos. A clínica é soberana para decidir sobre mudança, suspensão ou manutenção da ATB.
Recomendação fraca!
# Prioridades #
# Acesso venoso#Reposição volêmica#Coleta de culturas
#ATB
LEMBRETE!
O Paciente vai iniciar Antibioticoterapia?
Já colheu culturas?
D. Controle do Sítio
• Estabelecer focos passíveis de controle nas primeiras 6 horas;
• Implementar controle dos focos o mais precocemente possível;
• Preferência por intervenções menos invasivas.
Recomendação forte!
E. Reposição Volêmica
• Tanto cristalóides quanto colóides podem ser usados e não há evidência em favor de um deles.
*Cristalóides são mais baratos e requerem maior volume para o mesmo efeito.* Manter PVC ≥ 8 mmHg.
Recomendação forte!
E. Reposição Volêmica
• Dose: 1000 ml de cristalóides ou 300-500 ml de colóides a cada 30 minutos.
• Reduzir volume infundido se aumento das pressões cardíacas sem melhora dos parâmentros hemodinâmicos.
* BH não é bom parâmetro para julgar a necessidade de mais fluidos.
Recomendação forte!
F. Vasopressores
• Quando a ressuscitação volêmica adequada falha em restabelecer a PA e perfusão adequadas, deve-se iniciar o uso de vasopressores.
• Manter PAM ≥ 65mmHg
*A administração de volume sempre precede vasopressores e estes não a substituem;
Recomendação forte!
F. Vasopressores
• Primeira escolha para corrigir hipotensão no choque séptico: noradrenalina ou dopamina (acesso central).
• Doses baixas de dopamina não devem ser usadas como proteção renal no choque séptico.
• Inserir catéter arterial em todos os pacientes em uso de vasopressores assim que possível (PAI).
Recomendação forte!
F. Vasopressores
• Epinefrina, fenilefrina e vasopressina não devem ser primeira escolha no choque séptico;
• Em casos de choque refratário a catecolaminas, a adição de vasopressina à noradrenalina é equivalente ao uso isolado de noradrenalina.
• Epinefrina é primeira escolha em choque não responsivo a dopamina e noreprinefrina.
Recomendação fraca!
F. Vasopressores• Nora: aumenta PA, poucas mudanças na FC, parece
ser mais potente que dopamina em reverter o choque;
• Dopa: aumenta a PA e DC. Útil em pacientes com disfunção cardíaca sistólica. É mais arritmogênico;
• Epinefrina: causa mais taquicardia, efeitos ruins no território esplâncnico e aumenta lactato. Os estudos não mostraram piores desfechos com seu uso.
LEMBRETE!Sala de Emergência
SOLUÇÕES PADRÕES VASOPRESSORES
DOPAMINA - 5 ampSG 5% - 200 ml
DOBUTAMINA - 1ampSG 5% - 230 ml
NORADRENALINA- 1ampSG 5% - 100 ml
Iniciar 20 ml / h
Iniciar 10 ml / h
Iniciar 20 ml / h(Máx. 20 mcg/ k/ m)
G. Agentes Inotrópicos• Dobutamina deve ser usada em pacientes com
disfunção miocárdica: elevadas pressões de enchimento cardíaco + baixo DC
• O DC não deve ser aumentado para níveis superiores aos fisiológicos .
Recomendação forte!
H. Corticosteróides
Choque séptico em adultos mesmo com adequada infusão de fluidos e uso de DVA ;
Não fazer teste de estimulação com ACTH ; Hidrocortisona deve ser a primeira opção ; Fludrocortisona se o necessitar de efeito mineralocorticóide; Reduzir quando não houver necessidade de DVA; Após 5 – 7 dias, reduzir 50% da dose, a cada 2-3 dias
RECOMENDAÇÃO FRACA
H. Corticosteróides
Doses altas de corticosteróides NÃO devem ser utilizadas para tratamento de choque séptico.
NÃO utilizar doses baixas de corticosteróides na sepse na ausência de choque.
RECOMENDAÇÃO FORTE
I. PCArh
• Adultos– Sepse grave/estado clínico crítico
• APACHE II ≥ 25• DMOS
– Salvo CI
RECOMENDAÇÃO FRACA
I. PCArh
• Sepse grave e baixo risco de morte (APACHE II < 20 ou uma insuficiência orgânica) não deve receber PCArh.
RECOMENDAÇÃO FORTE
J. Hemoderivados
Alvo Hb 7 – 9 g/Dl - Exceto: hipoxemia, DAC, hemorragia aguda.
Não use EPO
Não use terapia antitrombínica
RECOMENDAÇÃO FORTE
J. Hemoderivados
Não use PFC a menos que haja sangramentos ou planos de procedimentos invasivos .
Plaquetas • < 5.000 independente de sangramento• 5.000 – 30.000 se há risco de sangramento• > 50.000 se procedimentos invasivos/cirurgia
RECOMENDAÇÃO FRACA
II. Terapia de Suporte na Sepse Grave
A. Ventilação mecânica
• LPA/SDRA – (CCAE – 1994)– Início agudo de desconforto respiratório– Hipoxemia
• LPA – PaO2 /FiO2 ≤ 300 mmHg
• SDRA – PaO2/FiO2 ≤ 200 mmHg
– Consolidação blt ao Rx– Ausência de sinais de falência VE
(PCCP≤18mmHg)– Fator predisponente (choque)
Am J Resp Crit Care Med. 1994;149(3 Pt 1):818-24
The American-European consensus Conference on ARDS: definitions, mechanisms, relevant outcomes, and clinical trial coordination
A. Ventilação mecânica
• LPA/SDRA– Baixo volume corrente 6mL/kg ;– Limitar pressão de platô inspiratória ≤ 30 cmH2O; – Hipercapnia permissiva (S/N) para minimizar
pressão de platô e volume corrente ;– Aumentar PEEP – recrutamento alveolar; – Cabeceira elevada a 45o
RECOMENDAÇÃO FORTE
A. Ventilação mecânica
• Ventilação prona –↑↑FiO2 – equipe treinada
• Cabeceira elevada 30 – 45o;
• VNI pode ser considerada numa minoria.
RECOMENDAÇÃO FRACA
A. Ventilação mecânica
Evitar uso rotineiro do cateter arterial pulmonar;Reposição volêmica se não há hipoperfusão; Protocolo de desmame da VM regularmente ;
• ↓pressão de suporte com pressão contínua ≈ 5cmH2O
Necessário↓ pressão de suporte, PEEP
e FiO2
Sem novas condições
potencialmente graves
HD estável
Acordado
RECOMENDAÇÃO FORTE
B. Sedação + Analgesia + BNM
• Sedação– Bolus intermitente/BIC - VM– despertar diário
• Analgesia
• Bloqueio Neuromuscular– Evite!
RECOMENDAÇÃO FORTE
C. Controle glicêmico
– Insulina BIC – após estabilização na UTI – Glicemia 1-2h → 4h – Fornecer fonte de calorias– Hipoglicemia pelo HGT → CUIDADO!!!
– < 150mg/dL após estabilidade inicial
RECOMENDAÇÃO FORTE
RECOMENDAÇÃO FRACA
D. Hemodiálise
– Equivalência entre o método intermitente e contínuo.
– Em pacientes com instabilidade hemodinâmica e IRA, recomendanda-se a hemodiálise contínua no intuito de facilitar o manejo do equilíbrio hidro-eletrolítico.
RECOMENDAÇÃO FRACA
E. Bicarbonato
• NÃO usar para melhorar HD ou redução da dose de vasopressores quando tratando acidose láctica hipoperfusão-induzida com pH ≥ 7,15 .
RECOMENDAÇÃO FORTE
F. Profilaxia de TVP
HNF baixa dose (2-3x/dia) ou HBPM Compressão mecânica intermitente/meias
Combinar farmacológica/não farmacológica nos pcts altíssimo risco
preferir HBPM em pacientes graves
RECOMENDAÇÃO FORTE
RECOMENDAÇÃO FRACA
G. Profilaxia de úlcera de estresse
– IBP ou Bloqueador H2 : Pesar o benefício da prevenção de úlcera de estresse, com relação a elevação do risco de PNM associada a VM com o aumento do pH.
RECOMENDAÇÃO FORTE
H. Descontaminação seletiva do TGI
Estudos complementares são necessários; Benefício na prevenção da PNM associada a VM X
Indução de resistência.
III. PediatriaMaior utilidade da terapia guiada pelo exame
físico;Dopamina como escolha para hipotensão;Corticóide somente na suspeita/confirmação de
Insuficiência Adrenal;
NÃO É INDICADO rhPCA .
RECOMENDAÇÃO FRACA
RECOMENDAÇÃO FORTE
Sumário e Direções Futuras
• F• A• S• T• H• U• G
eeding
nalgesia
edaction
EP prevention
ead elevated
lcer stress prophylaxis
licemic control
RESSUSCITAÇÃO INICIAL DIAGNÓSTICO ANTIBIÓTICOS CONTROLE DO FOCO REPOSIÇÃO VOLÊMICA INOTRÓPICOS
ESTERÓIDES PROTEÍNA C ATIVADA DERIVADOS DE SANGUE
VENTILAÇÃO MECÂNICA SEDAÇÃO / ANALGESIA / BLOQUEIO
CONTROLE GLICÊMICO RIM E BICARBONATO
TROMBOSE VENOSA ÚLCERA DE STRESS
LIMITES NO TRATAMENTO
Resumindo ...
Pacote 24 horas
Pacote 6 horas
Dellinger et al, CCM 30:536, 2004
Referências• Surviving Sepsis Campaign: International
guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008
• www.sepsisnet.org• www.ineti.med.br (UTI – Diretrizes
Assistenciais – Sepse)
“ Não há medicina sem amor, não há amor que não cure um sofrimento...”
Faltam 08 dias!!!!!
Obrigada!!!
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