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PARASITOLOGIA
VETERINARIA
PROFESSORAS:
ISABELLA V. F. MARTINS
LUIZE NÉLI NUNES GARCIA
Programa de disciplina
• OBJETIVOS
Fornecer ao aluno do curso de Medicina
Veterinária conhecimentos básicos sobre
parasitologia, seus conceitos e relações,
apresentando os principais grupos de parasitos,
suas adaptações a vida parasitária, morfologia,
biologia e importância. Estimular o
desenvolvimento da capacidade de melhor
interpretar e situar-se no mundo científico.
Programa da disciplina
Informações
via portal
Disciplina Parasitologia Veterinária
Código: VET 05596
Co requisito: Histologia Veterinária
TEL: 5 – 0 – 2
Créditos: 05
medicinaveterinaria.alegre.ufes.br
http://lipp-hovet-
ufes.webnode.com/disciplinas/parasitologia-
veterinaria/
Programa de disciplina
• EMENTA
Etiologia de doenças parasitárias dos
animais domésticos. Helmintos,
artrópodes e protozoários de interesse
veterinário. Taxonomia e morfologia dos
agentes etiológicos. Biologia e interações
com o agente etiológico.
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA
ECTOPARASITOS X ENDOPARASITOS
INSETOS E
ARACNIDEOSHELMINTOS E
PROTOZOÁRIOS
Programa de disciplinaCONTEÚDO PROGRAMÁTICO RESUMIDO
• Introdução à Parasitologia. Conceitos, relações interespecíficas.
• Classificação dos seres vivos:Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica
• FILO ARTHROPODA: Morfologia, Biologia e importância CLASSE INSECTA E CLASSE ARACHNIDA
• Zoologia Médica: classes anfíbia, reptilia, mammalia (chiroptera)
• HELMINTOS: Classe Trematoda;Classe Cestoda; Classe Nematoda. Filo Acantocephala
• REINO PROTOZOA: Filo sarcomastigophora; Apicomplexa E Ciliophora; ordem Rickettsiales
Programa de disciplinaBIBLIOGRAFIA BÁSICA
• MONTEIRO, S.G. Parasitologia na Medicina Veterinária. 1 ª ed. Editora
Roca, 2011.
• BOWMAN, D.D. et al. Georgis Parasitology Veterinary 9ª ed. Editora W.B.
Saunders Company, 2009.464p.
Complementar:
• MARTINS, I.V.F. Caderno Parasitologia Veterinária. Vitória, Edufes, 2007.
• URQUHART, G.M. Parasitologia Veterinária. Rio de Janeiro. 2ª ed. Editora
Guanabara Koogan. 1996.
• FOREYT, W. Manual de referência: Parasitologia Veterinária. 1ª ed. Editora
Roca. 2005.
• ACHA, P. N. & SZYFRES, B. Zoonoses and Communicable diseases common
to man and animals. Volume III. Parasitoses. 3ª ed. Editora PAHO. 2003.
• REY, L. Parasitologia. 3ª ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001.
• GUIMARÃES, J.H.; TUCCI, E. C.; BARROS-BATTESTI, D.M. Ectoparasitos de
Importância Veterinária. Editora Fapesp. 213p.
• SOULSBY, E.J.L. Parasitologia y enfermidades parasitarias en los animales
domésticos. 7. ed. México: Interamericana, 1987.
Programa de disciplinaCRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Provas: P1, P2, P3 - a nota atribuída as provas varia de 0 a 10. A média utilizada é a ponderada, onde:
• Prova prática vale 40%. (Pp)
• Prova teórica vale 60% (Pt)
Prova Final - O conteúdo a ser estudado para a prova será todo aquele ministrado ao longo do semestre.
TRABALHO (0,5 ponto na média):
• Imagem e Ação parasitológico: 30% da nota
• Coleção parasitológica em grupo: grupos de 5 alunos: 70% da nota
Critérios de avaliação: número de espécies, raridade das espécies, número de espécimes, conservação, doação ou coleta, etc.
Nota final: (P1+P2+P3)/3 +trabalho
Coleta de espécimes
parasitários• Ectoparasitos: fixação em álcool 70 %
ou montagem em alfinetes entomológicos
• Helmintos:
– Platelmintos (vermes chatos): formol 10% frio
após fixação entre lâminas por 24h
– Nematelmintos (vermes redondos): formol a
10% frio após morte em água quente (70ºC)
Calendário da disciplinaDATAS CONTEUDO
07 A 09.03 Conceitos, morfologia geral e RINZ
14.03 a 05.04 ECTOPARASITOS
06 e 11.04 PR1 (11 teo e 6 – prat): 8h da manha
12.04 a 11.05 HELMINTOLOGIA
16.5 e 18.05 PR2 (16 – teo e 18-prat) 8h da manha
23.5 a 22.6 PROTOZOOLOGIA
27.6 e 29.6 PR3 (27 – teo e 29-prat) 8h da manha
05.07 Avaliação das coleções
06.07 imagem e ação ( 8h)
11 e 12.7 PROVA FINAL (11.7 – teo e 12.7-prat)
Exigências da disciplina
• frequência
• Uso de jaleco e roupa fechada em aulas
práticas
• nota para aprovação sem prova final: 7,0
• presença nas monitorias
INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA
CONCEITOS
Conceitos em parasitologia
PARASITO X PARASITA
PARASITISMO
+ / 0 ou + / -
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
HARMÔNICA OU POSITIVA
Simbiose vida em conjunto.
Ex: Liquens
+ / +
DESARMÔNICA OU NEGATIVA
Competição Os exemplares lutam pelo
mesmo abrigo ou alimento
Ex: hiena e abutre
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
- / -
DESARMÔNICA OU NEGATIVA
Predação predador mata a presa
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
+ / -
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
PARASITISMO
Associação entre seres vivos onde existe unilateralidade de benefícios; tende para o equilíbrio.
É toda relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variado.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
PARASITISMO
Ferreira et al. (2008) – visão ecológica
Parasitos são serem que encontram em outrosseu nicho ecológico, sendo que neste ultimohá envolvimento dos limites de variaçõesambientes – bióticas e abióticas – obde umaespécie se adapta e reproduz.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
PARASITISMO
O caráter patogênico não é obrigatório
Infecção parasitária doença parasitária
+ / 0
ou
+ / -
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
Competência parasitária - Co-evolução
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIAAdaptações parasitárias
Alterações morfológicas e fisiológicas
castração parasitária
alteração
espacial
+
+
INTRODUÇAO À PARASITOLOGIA
Ectoparasito
Endoparasito
Obs: hemoparasito
INTRODUÇAO À PARASITOLOGIA
Hospedeiro
Hospedeiro definitivo É o que apresenta o
parasito em fase adulta ou em fase sexuada.
Hospedeiro intermediário É o que apresenta
o parasito em fases imatura ou fase assexuada.
INTRODUÇAO À PARASITOLOGIA
Hospedeiro
Hospedeiro anormal ou acidental É o que o parasito consegue se desenvolver. Ex: Dipylidium no homem
Hospedeiro paratênico ou de transporte É o que não apresenta desenvolvimento do parasito
Hospedeiro experimental o parasito só se desenvolve experimentalmente
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
• INFECÇÃO Penetração e desenvolvimento
do agente infeccioso no corpo do
homem/animal.
(Endoparasitos)
INFESTAÇÃO Alojamento e desenvolvimento
de artrópodes na superfície do corpo do
homem/animal.
(Ectoparasitos)
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
Agente etiológico É o agente
causador da doença
Agente transmissor é o agente que
transmite a doença
Ex: Malária
Causador: Plasmodium
Transmissor: Anopheles
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
Zoonose Doenças que sãonaturalmente transmitidas entre animaisvertebrados e o homem.
Antropozoonose Doença primária de animais, que pode ser transmitida ao homem
Zooantroponose Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
TIPOS DE PARASITOS
Quanto a relação parasito x hospedeiro
PARASITO OBRIGATÓRIO É aquele incapaz de viver
fora do hospedeiro. Ex: Plasmodium, T. gondii.
PARASITO FACULTATIVO pode sobreviver sem parasitar. Ex: Strongyloides
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
TIPOS DE PARASITOS
Quanto a relação parasito x hospedeiro
PARASITO ERRÁTICO OU ECTÓPICO ou também chamado de acidental Vive fora do seu hábitat natural.
Ex: Toxocara como larva migrans no homem
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
TIPOS DE PARASITOSQuanto a permanência no hospedeiro
PARASITO PERMANENTE passa a vida toda sobre o hospedeiros. Ex: ácaros de sarna
PARASITO PERIÓDICO (ou temporário) parasita em alguma fase da vida. Ex: Aedes.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
TIPOS DE PARASITOS
• PARASITO ESTENOXÊNICO Possui
hospedeiro específico. EX: PIOLHOS
PARASITO EURIXÊNICO possui muitos
hospedeiro. Ex: Toxoplasma
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
• Tipo de ciclo biológico
CICLO HETEROXÊNICO
CICLO MONOXÊNICO
+ de 1
hospedeiro
apenas 1
hospedeiro
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
• Tipo de ciclo biológico
CICLO HETEROXÊNICO
CICLO MONOXÊNICO
+ de 1
hospedeiro
apenas 1
hospedeiro
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
OUTROS CONCEITOS
VETOR É um artrópode que transmite o parasito entre 2 hospedeiros.
VETOR BIOLÓGICO o parasito se desenvolveno vetor.
VETOR MECÂNICO só ocorre a transmissãodo parasito
• VETOR INANIMADO OU FÔMITE o parasito étransportado por objetos, como lenços, seringas,espéculos, talheres, etc.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
OUTROS CONCEITOS
PARASITEMIA É o número de parasitos
no tecido ou órgão
PARASITÓIDE OU HIPERPARASITO É o
parasito do parasito
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
• AÇÃO ESPOLIADORA Quando o parasito
absorve nutrientes ou mesmo sangue do
hospedeiro.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
• AÇÃO TÓXICA Algumas espécies produzem
enzimas ou metabólitos que podem lesar o
hospedeiro.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
• AÇÃO MECÂNICA Algumas espécies podem
impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
• AÇÃO TRAUMÁTICA É provocada principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de faze-lo.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
• AÇÃO IRRITATIVA Deve-se a presença constante
do parasito que, sem produzir lesões traumáticas,
irrita o local parasitado.
RINZ
–Regras de classificação dos animais através de características semelhantes
– LINNEAUS, 1758: 10a edição sistema naturae
– Taxonomia: ramo da biologia que estuda a classificação e nomenclatura dos seres vivos
RINZ
REINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
RINZREINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
CHORDATA
MAMMALIA
PRIMATA
HOMINIDAE
Homo
Homo sapiens
ANIMAL
RINZREINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
ARTHROPODA
INSECTA
SIPHONAPTERA
PULICIDAE
Pulex
Pulex irritans
ANIMAL
RINZREINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
SUBFILO
SUBCLASSE
SUBORDEM / SUPERFAMILIA
SUBFAMÍLIA
SUBGÊNERO
SUBESPÉCIE
RINZREINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
SUBFILO
SUBCLASSE / INFRA-CLASSE
SUBORDEM / SUPERFAMILIA
SUBFAMÍLIA
SUBGÊNERO
SUBESPÉCIE
Reino animal
Filo Chordata
Subfilo Vertebrata
Classe Mammalia
Infra-classe Placentária
Subespécie Homo sapiens sapiens
Espécie Homo sapiens
Gênero Homo
Ordem Primata
Família Hominidae
Subfamília Homininae
RINZ
• TERMINAÇÕES DE TAXONS
SUPERFAMIÍLIA: OIDEA
FAMÍLIA: IDAE
SUBFAMÍLIA: INAE
TRIBO: INI
RINZ
• TAXONS DE GRAFIA DIFERENCIADA
GÊNERO: latim, uninominal, primeira letra maiúscula, diferenciado
Ex: Trypanossoma
ESPÉCIE: latim, binominal, primeira letra da primeira palavra maiúscula, diferenciado
Ex: Trypanossoma cruzi
RINZ
• TAXONS DE GRAFIA DIFERENCIADA
SUBGÊNERO: latim, trinominal, primeira letra maiúscula (Gênero), subgênero entre parênteses e nome específico, diferenciado
Ex: Trypanossoma (Dutonella) vivax
SUBESPÉCIE: latim, trinominal, primeira letra da primeira palavra maiúscula, diferenciado
Ex: Ctenocephalides felis felis
RINZ
• TAXONS DE GRAFIA DIFERENCIADA
VARIEDADE: Quando muda somente o hospedeiro
Trinominal
Nome da espécie + var. + nome latim do hospedeiro
Ex: Sarcoptes scabiei var. hominis
Ex 2: Sarcoptes scabiei var. canis
RINZ
• ESPÉCIE: NOME GÊNERO + NOME ESPECÍFICO
NOME ESPECÍFICO:
- Adjetivo
- Relação ao hospedeiro, local de parasitismo ou localização geográfica
- Homenagem
RINZNOME ESPECÍFICO:
- Adjetivo Ex: Musca domestica
RINZNOME ESPECÍFICO:
- Relação ao hospedeiroEx: Ctenocephalides felis
RINZNOME ESPECÍFICO:
- Local de parasitismoEx: Phthirus pubis
RINZNOME ESPECÍFICO:
- Localização geográficaEx: Ancylostoma braziliense
RINZNOME ESPECÍFICO:
- Homenagem: acrescentar i (♂) ou ae (♀)Ex: Trypanosoma cruzi
RINZLEI DA PRIORIDADE:
- É autor da espécie quem a descreveu primeiro, seja parte do parasito, fase de vida, sexo ou hospedeiro
Sinonímia: 1 sp 2 nomes
Homonímia: 2 sp 1 nome
RINZNOMENCLATURA CIENTÍFICA
COMPLETA:
Espécie + autor, data
Ex: Musca domestica Linnaeus, 1750
• sp. n.
• sp ≠ spp
RINZTROCA DE GÊNERO:
Ex: Eucoleus tenuis Capilaria tenuis
Capilaria tenuis (Dujardin, 1845) Travassos, 1915
RINZCADASTRO DE EXEMPLARES EM
MUSEUS:
Tipo ou holótipo: exemplar em que se baseia a descrição
Alótipo: exemplar do sexo oposto ao tipo
Neótipo: novo exemplar
Parátipo: demais exemplares
Coleta de espécimes
parasitários• Ectoparasitos: fixação em álcool 70 %
ou montagem em alfinetes entomológicos
• Helmintos:
– Platelmintos (vermes chatos): formol 10% frio
após fixação entre lâminas por 24h
– Nematelmintos (vermes redondos): formol a
10% frio após morte em água quente (70ºC)
PRÁTICA
• Ectoparasitos = artrópodes
• INSETOS e ARACNIDEOS
• Endoparasitos
• Helmintos
PLATELMINTOS e NEMATELMINTOS
• Protozoários
Filo Arthropoda: exoesqueleto quitinoso e
patas articuladas
Classe Insecta: corpo dividido em cabeça,
tórax e abdome, 3 pares de patas
Classe Arachnida: corpo dividido em
cefalotórax e abdome, 4 pares de patas
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