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X Jornada de Iniciação Científica do PIBIC/INPA • 04 a 06 de Julho de 2001 • Manaus - AM
OFICINA PEDAGÓGICA: ELABORANDO E CONSTRUINDO UMAPRÁTICA EDUCATIV A DO USO E APLICABILIDADE DO JOGODOMIZOO (DOMINÓ DE ANIMAIS AMAZÔNICO), COMPROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL!.
Wollace Scantbelruy da Rocha'!"; Genoveva C. de Azevedo'" e Cristina Nogueira Arcos'"(I) Bolsista CNPq/INPA, (2) Pesquisadora PCI/GTEAlINPA,(3) Técnica em Meio Ambiente.
A produção de recursos didáticos-pedagógicos contemplando os conhecimentos
amazônicos pode ainda ser considerada incipiente no processo de ensino e da aprendizagem
para uso em sala de aula nas Escolas. O jogo DOMIZOO (Dominó de Animais Amazônicos)
foi produzido em 1994 pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental do INPA em 1994
visando estimular o interesse de crianças e adolescentes pela fauna amazônica. Constituindo-
se num auxílio didático de ensino desse conteúdo, o professor o utilizaria de forma lúdica e
interativa em sala de aula.
Acredita-se que a aquisição de novas informações e conhecimentos é mais eficaz
quando acontece de maneira lúdica e interativa, onde professores e alunos interagem com o
objeto específico desse conhecimento. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o (a)
professor (a) saiba como utilizar de maneira apropriada os recursos de que dispõe para o
processo de ensino e da aprendizagem.
E nesse sentido, a Oficina pedagógica, objeto principal deste estudo, se constituirá
num momento interativo, construtivo, baseada na relação dialógica em que pesquisadores e
professores buscarão a aplicabilidade do jogo. É nosso entendimento que esse jogo específico
necessita ser validado para uso em sala de aula, e, saber quais os seus limites, qual a sua
abrangência real para ser um recurso de ensino e verificar quais as maneiras que o professor o
usará efetivamente e se servirá para "transmitir" conteúdos, será de fundamental relevância
didática. Assim, assumimos a postura de que o professor já possui um saber (Candau, 1997).
Segundo Engers (1994) a produção coletiva do conhecimento leva ao rompimento do
monopólio do saber e da informação, dessa forma, a Oficina trabalhará com esses
pressupostos.
A escolha da pesquisa participante como metodologia do trabalho se deve ao fato de
ser um processo de descoberta, criação e recriação de conhecimento. (Jará apud Engers,
1997), enfatiza que essa opção de pesquisa possibilita que a teoria produzida passe a existir a
I O presente resumo refere-se a dois meses de pesquisa, a mesma está prevista para terminar em julho. Dessaforma os dados ainda estão sendo analisado e a Oficina ainda será realizada, de maneira que os resultados da
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partir de uma prática real. Candau (1997) acrescenta que, as oficinas se contrapõem à
educação tradicional, mesmo encarando o ser humano como um ser racional, o
descontextualiza de seu momento histórico e social.
Este estudo tem como objetivo desenvolver uma prática educativa através do uso e
aplicação do jogo Domizoo com 40 professores do ensino fundamental da SEMED,
representantes das seis zonas da cidade, através da realização de uma Oficina pedagógica de
formação, informação e prática do Jogo Domizoo. Anterior à Oficina, através de um
formulário de pesquisa (Lakatos e Marconi, 1994), buscou-se levantar e sistematizar o
conhecimento que visitantes dos parques públicos de Manaus (Centro de Instrução de Guerra
na Selva - CIGS; Bosque da Ciência - BC; e o Parque Municipal do Mindú - PMM), e
particularmente os escolares de 7 a 15 anos, sabem a respeito da fauna amazônica. Juntamente
com este formulário, foi apresentado aos entrevistados uma prancha contendo doze figuras de
animais, sendo seis pertencentes a fauna amazônica (onça, tucano, ariranha, boto, peixe-boi e
arara) e seis animais não amazônicos (elefante, urso, pingüim, leão, girafa e rinoceronte). Os
dados estão sendo tabulados no Excel. As entrevistas foram aplicadas durante os meses de
abril e maio, em caráter individual e aleatório a partir dos visitantes que freqüentavam os
parques no momento em que os pesquisadores estavam realizando a coleta.
Os resultados aqui apresentados ainda são preliminares e de caracterização geral dos
visitantes dos parques. Dessa forma, foram entrevistados 170 visitantes, sendo 86 de 7 a 15
anos. O gráfico abaixo indica a distribuição total dos visitantes nos três parques:
Distribuição dos visitantes por Parques
70
VI 60
SI 50
tar 40nit 30e'
20
10
o
Verifica-se que foram realizadas 46 (27%) entrevistas no CIGS, 66 (39%) no Bosque
da Ciência e 58 (34%) no Parque Municipal do Mindú. Ressalta-se que essa distribuição não
CIGS Bosque da Ciência Parque do Mindú
Oficina só poderão ser relatados no Relatório da continuidade do Projeto.
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foi intencional, mas deve-se ao fato de que a equipe (3 pessoas) estar situada no INPA e,
portanto, o BC era o lugar de maior acesso.
Do total dos entrevistados (170), apenas 24% (41) identificaram os seis arumais
amazônicos na prancha, ou seja, 76% "erraram". Isso pode indicar um desconhecimento da
fauna amazônica, ou o visitante pode não ter reconhecido o animal no desenho, apesar de se
ter tido o cuidado de esclarecer devidamente o entrevistado quanto aos mesmos; além, é claro,
de outras probabilidades explicativas.
Em termos de escolaridade, dos 41 entrevistados que indicaram os animais
corretamente, 15 estão no ensino fundamental incompleto e 9 possuem o ensino médio
completo. Esse dado pode estar indicando que nível de escolaridade não significa
necessariamente maior conhecimento dos animais amazônicas.
Em relação ao que os visitantes preferem ver ao visitar um parque público, 113 (66%)
preferem os animais; 14 (8%) preferem a vegetação, e 37 (22%) preferem tanto animais
quanto a vegetação. Em relação ao público escolar, 66 (81%) preferem ver os animais, 06
(7%) preferem a vegetação e 14 (12%) preferem tanto um quanto o outro. Esses dados
evidenciam a preferência do público pela fauna.
Animais Vegetação Animais e Vegetação
Distribuição das preferências dos visitantes entrevistados
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Do total da amostra, 86 são escolares de 7 a 15 anos. Destes, 80% já haviam visitado o
parque em outra oportunidade, 58% já haviam visitado outro (S) parque(s) público. Quando
perguntados se sabiam da existência de outros animais amazônicos que não constavam na
prancha, o macaco, cobra, jacaré e a preguiça foram os animais mais citados. Ressalta-se que,
em geral, os entrevistados, independente da escolaridade e idade, ao citar o animal ou
animais, ficou evidente a falta de noção de classificação zoológica; o nível de conhecimento
fica no plano superficial e geral.
Os dados preliminares desse estudo nos dão um perfil do que os escolares e o público
em geral, sabem a respeito da fauna amazônica, ainda que seja uma amostra pequena em
relação ao universo de visitantes dos parques públicos. Por outro lado, essas informações
servirão de subsídios para serem levadas em consideração na Oficina.
A Oficina está planejada para ser realizada em julho/200l. A mesma depende da
parceria com a SEMED, que no momento estás-se nos últimos acertos. Abaixo o
Planejamento previsto para a realização da mesma.
PLANEJAMENTO DA OFICINAOOUE QUANDO COM QUEM TEMPO QUEM
- Apresentação da estrutura da Oficina, lQdia 40 professores 4 horas Coordenadora doobjetivos e pressupostos; Projeto, Bolsista e- Diagnóstico do nível de informação do Auxiliarprofessor; Coordenado do GTEA- Discussão das respostas.- Palestra/aula sobre a Classe dos Insetos 2Qdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e Equipe- Palestra/aula sobre a Classe dos Peixes 3Qdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e Equipe- Palestra/aula sobre a Classe dos Anfíbios 4Qdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e Equipe- Palestra/aula sobre a Classe dos Répteis SQdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e Equipe- Palestra/aula sobre a Classe das Aves 6Qdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e Equipe- Palestra/aula sobre a Classe dos Mamíferos 7Qdia 40 professores 4 horas Pesquisador(Cartilha) e atividades de fixação de conteúdo convidado e EquipePrática do Jogo para avaliação gQdia 20 professores S horas Equipe do ProjetoPrática do Jogo para ensino 9Qdia 20 professores g horas Equipe do ProjetoAvali ação e Confraternização l~dia 40 professores 4 horas Equipe e convidados
Candau, V. M. 1997. Magistério: Construção Cotidiana. - Petrópolis, RJ: Vozes.
Engers, M. E. A. Paradigmas e metodologias de pesquisas em educação. - Porto Alegre:
Edipucs.
Lakatos, E. Me Marconi, M de A. (1991). Fundamentos de metodologia científica. - 3. Ed.
Ver. E ampl. - São Paulo: Atlas.
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