microsoft word - corpo trabalho
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1
Índice Resumo ..............................................................................................................2
1. Introdução ...................................................................................................3
1.1. Caracterização da Obra .......................................................................4
1.2. Plano de Segurança e Saude...............................................................5
1.3. Plano de Protecções Individuais ..........................................................6
1.4. Plano de Protecções Colectivas...........................................................7
1.5. Plano de Monitorização e Prevenção...................................................9
2. Análise de Riscos......................................................................................10
2.1. Delimitação Física da Obra ................................................................10
2.2. Organização da Circulação ................................................................10
2.3. Retroescavadora ................................................................................10
3. Avaliação dos Riscos ................................................................................11
3.1. Estimativa dos Riscos ........................................................................12
3.1.1. Nível de Deficiência (ND) ...................................................................12
3.1.2. Nível de Exposição (NE) ....................................................................14
3.1.3. Nível de Probabilidade (NP) ...............................................................15
3.1.4. Nível de Severidade (NS)...................................................................17
3.1.5. Nível de Risco (NR)............................................................................18
4. Medidas de Prevenção..............................................................................21
4.1. Delimitação Física da Obra ................................................................21
4.2. Organização da Circulação ................................................................21
4.3. Retroescavadora ................................................................................22
5. Conclusões................................................................................................23
6. Bibliografia.................................................................................................25
Agradecimentos................................................................................................26
ANEXOS
Anexo A – Legislação consultada
Anexo B – Tabela Tipo de EPI a Usar por Categoria Profissional
Anexo C – Fichas do Plano de Monitorização Preventiva (PMP)
Anexo D – Fichas do Registo de Monitorização Preventiva (RMP)
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Resumo O objectivo deste trabalho consiste na Análise de Riscos, Avaliação de
Riscos e Medidas de Prevenção na implantação de infra-estruturas de
saneamento (emissários e condutas elevatórias).
Na primeira parte do trabalho apresenta-se uma caracterização muito
sintética da obra (Localização, Plano de Segurança e Saúde, Plano de
Protecções Individuais, Plano de Protecções Colectivas e Plano Monitorização
e Prevenção).
No Ponto 2 encontra-se um levantamento dos trabalhos e equipamentos
presentes na obra que envolvem riscos especiais para a segurança e saúde
dos trabalhadores. Após a identificação dos riscos foram propostas as
respectivas medidas de prevenção.
Seguidamente é proposta uma Avaliação de Riscos através do Método de
Avaliação Simplificado desenvolvido pelo INSHT – Instituto Nacional de
Seguridad e Higiene en el Trabajo, concebida por Kinney. No caso concreto
deste trabalho foi estimado o risco apenas para 3 actividades: Delimitação
Física da Obra, Organização da Circulação e a Utilização da Retroescavadora.
Na Parte final do Trabalho é feita uma analise critica dos resultados obtidos
na matriz de avaliação de risco e são propostas algumas medidas de
prevenção para os riscos mais elevaados.
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1. Introdução O presente trabalho pretende apresentar as actividades desenvolvidas na
componente Prática em Contexto Real de Trabalho (PCRT) relativa ao curso
de Técnico Superior de Higiene e Segurança ministrado pela Conforturis.
A PCRT consistiu numa duração de 120 horas seguindo um plano de
actividades aprovado previamente, do qual faz parte a elaboração do presente
trabalho.
Este diz respeito à implantação de infra-estruturas de saneamento
(emissários e condutas elevatórias) que irão permitir que as águas residuais do
Concelho da Moita sejam encaminhadas para tratamento na Estação de
Tratamento de Águas Residuais (ETAR do Barreiro/Moita).
Actualmente reconhece-se que a análise e avaliação de riscos é a base para
uma gestão activa da segurança e saúde no trabalho.
De facto, o Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, que transpôs a
Directiva Quadro, Directiva 89/391/CEE, estabelece como uma obrigação do
empregador: Planificar a acção preventiva a partir de uma avaliação de riscos e
Avaliar os riscos na altura de escolher os equipamentos de trabalho,
substâncias ou preparações químicas e a implantação dos locais de trabalho.
No sentido lato, através da avaliação de riscos é possível admitir um certo
risco. O processo da análise e avaliação de riscos é formado por várias fases,
tais como a Análise do Risco, através da qual se identifica o perigo, estima o
risco, quantificando conjuntamente a probabilidade e a consequência da
materialização do perigo.
Outra fase é a Quantificação do Risco, com o valor do risco obtido e
comparando com o valor do risco máximo admissível, emite-se um juízo de
valor sobre a aceitabilidade do risco em questão. Se da avaliação do risco se
deduz que o risco não é aceitável, há que Controlar o Risco.
O processo descrito atrás composto pela Avaliação do Risco e Controlo do
Risco, é normalmente, denominado de Gestão do Risco.
.
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1.1. Caracterização da Obra
A empreitada respeita às infra-estruturas de saneamento (emissários e
condutas elevatórias) que irão permitir que as águas residuais do Concelho da
Moita (Figura 1), sejam encaminhadas para tratamento na Estação de
Tratamento de Águas Residuais (ETAR do Barreiro/Moita) do Sistema
Multimunicipal da SIMARSUL1, actualmente em construção, contribuindo para
o tratamento de efluentes correspondentes a 290.000 habitantes equivalentes.
Figura 2 - Localização da Obra
A ETAR de Barreiro/Moita destina-se a efectuar o tratamento das águas
residuais urbanas provenientes dos concelhos do Barreiro e da Moita, além de
receber águas residuais de algumas zonas industriais existentes nos concelhos
da Moita e Barreiro, desde que essas descargas cumpram os requisitos que
serão estabelecidos no âmbito de um Regulamento de Descargas de Águas
Residuais Industriais na Rede Pública da SIMARSUL e, consequentemente,
possam vir a ser equiparadas a águas residuais urbanas.
1 A SIMARSUL, S.A., constituída em 8 de Novembro de 2003, é uma sociedade anónima que tem como accionistas a Águas de Portugal - SGPS, S.A. e os Municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.
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Prevê-se que, no ano horizonte do projecto (ano 2035), esta infra-estrutura
venha a tratar os efluentes de uma população estimada de cerca de 290 000
habitantes. Em termos de população servida, a ETAR irá tratar cerca de 90%
do Concelho do Barreiro e 92% do Concelho da Moita.
O processo de tratamento adoptado consiste num sistema de lamas
activadas em regime de média carga, composto por 4 linhas de tratamento,
com decantação primária a montante, sistema de desinfecção final e digestão
anaeróbia das lamas com sistema de cogeração, com uma potência de 598
kW, estando ainda prevista a desodorização da ETAR.
A ETAR contempla, ainda, uma linha de tratamento paralela, para os caudais
pluviais, composta por uma etapa de tratamento físico-químico e decantação
primária, em 4 linhas, seguida de desinfecção final.
1.2. Plano de Segurança e Saude
Baseando-se no Artigo 11.º (Desenvolvimento do Plano de Segurança e
Saúde para a execução da obra) do Decreto – Lei n.º 273/2003 de 29 de
Outubro e nos requisitos exigidos no Plano de Segurança e Saúde de projecto,
O Plano de Segurança e Saúde tem como principais objectivos (entre outros):
� Elaborar e implementar regras de prevenção a serem seguidas durante
os trabalhos de execução da obra;
� Reduzir os riscos de acidentes de trabalho com os operários da
construção, durante o faseamento da obra;
� Garantir a consciencialização dos trabalhadores sobre os riscos dos
trabalhos a efectuar, tornando-se indispensável o uso dos Equipamentos
de Protecção Colectiva e Individual;
� Realizar todos os trabalhos respeitando e garantindo a eficácia de todos
os requisitos relacionados com a Segurança, não esquecendo a sua
relação directa ou indirecta com a Qualidade dos trabalhos e
preservação do Meio Ambiente.
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1.3. Plano de Protecções Individuais
Nos termos do Dec-Lei 441/91, de 14 de Novembro a protecção dos riscos
devem ser feito na origem e deve ser dada prioridade à protecção colectiva em
relação à protecção individual.
Ainda nos termos deste diploma, os empregadores são obrigados a fornecer
aos trabalhadores os equipamentos de protecção individual necessários para
prevenir os riscos a que os trabalhadores estão sujeitos.
Equipamento de protecção individual é todo o equipamento, bem como
qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador
para se proteger dos riscos a que está exposto, para sua segurança e para a
saúde. Devem ser: cómodos, robustos, leves e adaptáveis.
Os trabalhadores são obrigados a utilizar os equipamentos de protecção
individual, e a mantê-los em bom estado de conservação, comunicando aos
seus superiores hierárquicos qualquer deficiência.
O objectivo do Plano de Protecções Individuais é proteger os trabalhadores
por meio de utilização de equipamentos de protecção individual, contra os
riscos que não seja possível eliminar ou controlar eficazmente através de
medidas de protecção colectivas.
Na tabela 1 estão representados os diferentes EPI´s, a parte do corpo
protegida e os respectivos riscos a proteger.
Tabela 1 - Parte do corpo protegida pelos diferentes EPI´s e os respectivos Riscos.
EPI Parte do corpo a proteger Riscos a proteger
•Capacete de protecção
Cabeça
Pancadas na cabeça, por queda de objectos e por queda ao mesmo nível
•Botas com palmilha e biqueira de aço
Pés
Queda por escorregamento, objectos pontiagudos e
cortantes, esmagamento do pé e torção do pé
Luvas de protecção Mãos
Cortes, entalamentos,
queimaduras
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•Protectores auriculares
Ouvidos Proteger os ouvidos de
ruídos.
•Óculos de protecção
Olhos
Cegueira e outras doenças dos olhos
•Máscara de soldadura
Olhos e rosto Cegueira, queimaduras e projecção de partículas
•Filtro facial
Vias respiratórias Inalação de poeiras e substâncias toxicas e
câncerisnas
•Colete retro-reflector Corpo inteiro Atropelamento
•Arnês de segurança Corpo inteiro Quedas em altura
1.4. Plano de Protecções Colectivas
Equipamento de Protecção Colectiva é todo o equipamento de protecção,
utilizado para a prevenção de riscos especiais, em que se protege o conjunto
de trabalhadores, eliminando, afastando ou interpondo barreiras, entre estes e
o riscos. Deve ser dada prioridade ao equipamento de protecção colectiva em
relação ao equipamento de protecção individual.
O objectivo do plano de protecções colectivas é definir os equipamentos de
protecção colectiva adequados à prevenção de certos riscos especiais, de
forma a garantir as condições de segurança necessárias para a execução dos
trabalhos.
Aplica-se a todos os trabalhos a realizar nesta Empreitada, em que se
verifiquem riscos especiais cuja prevenção obrigue à utilização de protecções
colectivas.
Na tabela 2 descrevem-se o tipo de equipamento de protecção colectiva a
utilizar nos trabalhos a realizar.
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Tabela 2 - Tipo de equipamento de protecção colectiva a utilizar nos trabalhos a realizar.
Tipo de Equipamentos Riscos Trabalhos
Guarda corpos (rodapé com pelo menos 15cm,e separado na base no máximo de 0.5 cm + guarda corpos intermédio a 45 cm + guarda corpos superior a 90 cm)
Queda em Altura
� Em andaimes;
� Em plataformas de trabalho.
� Bordaduras de tabuleiros
� Na crista de taludes
Passadiços Queda em Altura;
� Execução de valas.
� Execução de tabuleiros.
� Demolições
Entivações • Soterramento
• Aluimento
� Abertura e tapamento de Valas.
� Escavações;
� Execução de sapatas
Vedações nas Zona de Trabalhos
• Queda ao nível
• Queda em altura;
• - Atropelamento
� Trabalhos de escavação;
� Separar Zonas de trabalhos.
PMP’S
Protecções móveis de plástico
• Atropelamento
• - Colisão com estruturas
� Delimitar zonas de trabalho
� Proteger estruturas metálicas (cimbres, etc..).
Pimenteiros Electrocussão; � Na utilização de
equipamentos eléctricos
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Extintores Incêndio
� Em todas as máquinas.
� Nos estaleiros.
� Nos geradores;
� Sinalização � Colisão.
� Atropelamento.
� Nos acessos aos estaleiro
� Nos estaleiro.
� Em todos os locais que se justifique colocação de sinalização para segurança dos trabalhadores e de terceiros (frentes de trabalho).
1.5. Plano de Monitorização e Prevenção
O Plano de Inspecção e Prevenção consiste na criação de um sistema de
identificação e monitorização dos elementos / operações de construção com
riscos associados.
A identificação dos riscos é realizada através dos “Procedimentos de
Monitorização e Prevenção” e a monitorização é registada nos “Registos de
Monitorização e Prevenção”.
Quando, durante a monitorização de determinada actividade, é detectada
uma situação de desrespeito do disposto nos “Procedimentos” ou nas normas
gerais de segurança, há que registar esta situação bem como a medida
correctiva a aplicar. Este registo é transcrito no “Registo de Não-Conformidade
e Acções Preventivas”.
O Técnico de Segurança em Obra, encarrega-se da manutenção deste
arquivo. Os responsáveis pela promoção dos registos devem efectuar as
respectivas verificações e rubricar tal verificação, após a qual a Fiscalização
deverá proceder também a uma verificação e consequente rubrica.
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2. Análise de Riscos
2.1. Delimitação Física da Obra
Riscos Mais Frequentes � Acidentes por falta de visibilidade;
� Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou
automóveis;
� Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização
reguladora;
� Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes;
2.2. Organização da Circulação
Riscos Mais Frequentes � Atropelamento;
� Choque de viaturas;
� Esmagamento por viaturas;
� Queda de viaturas de altura;
2.3. Retroescavadora
Riscos Mais Frequentes � Esmagamento por queda de máquina;
� Esmagamento por terceiros;
� Queda de altura;
� Soterramentos;
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3. Avaliação dos Riscos A avaliação dos riscos consiste num processo que permite identificar os perigos (situações
que podem originar danos à segurança ou à saúde), avaliar a probabilidade de ocorrência de
um acidente, devido a esse perigo, e estimar a probabilidade da sua ocorrência e as suas
possíveis consequências e, com base nos níveis de risco (o risco é a conjugação da
probabilidade de ocorrência do acidente e a estimativa das suas consequências expectáveis)
propor medidas que permitam minimizar e/ou controlar os riscos avaliados como não aceitáveis
(ou graves, usando a terminologia da legislação).
Existem vários métodos para avaliar riscos. Determinados riscos específicos, relativos a
certos agentes físicos, químicos ou biológicos, devem ser analisados e quantificados de acordo
com o estipulado em legislação própria e, na maior parte dos casos com recurso a
equipamentos e metodologias muito especificas, pelo que têm de ser efectuadas por técnicos
especializados.
A metodologia de Avaliação/ Gestão de Risco utilizada neste trabalho foi o Método de
Avaliação Simplificado (Figura 3) - que se apresenta de seguida foi desenvolvida pelo INSHT –
Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo, concebida por Kinney.
Figura 3 – Fluxograma do Método de Estimativa do Risco
Nível de Deficiência (ND)
Nível de Exposição (NE)
Nível de Probabilidade (NP)
Nível de Severidade (NS)
Danos Físicos
Danos Materiais
Nível de Risco (NR)
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Este método dinâmico de Avaliação/Gestão de Riscos é totalmente dirigido para
salvaguarda da segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, decorrente dos perigos
existentes, visando eliminar ou minimizar os riscos associados.
3.1. Estimativa dos Riscos
No caso concreto deste trabalho foi estimado o risco apenas para 3 actividades: Delimitação
Física da Obra, Organização da Circulação e a utilização da Retroescavadora. Pretende-se
aqui demonstrar o método e não fazer um estudo exaustivo do risco envolvido em todas as
actividades e processos construtivos presentes na empreitada.
O processo de Estimativa dos Riscos foi conduzido tendo em conta os seguintes níveis:
� - Nível de Deficiência (ND);
� - Nível de Exposição (NE);
� - Nível de Probabilidade (NP);
� - Nível de Severidade (NS)
� - Nível de Risco (NR)
3.1.1. Nível de Deficiência (ND)
Designa-se por nível de deficiência (ND), ou nível de ausência de medidas preventivas.
Na tabela 3 encontram-se os vários Níveis atribuídos ás actividades em questão:
Tabela 3 – Níveis de Deficiência (ND)
Riscos ND
Acidentes por falta de visibilidade; 2
Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou automóveis;
2
Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização reguladora;
2
Delim
itação Física da Obra
Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes;
2
da
Circula
ção
Atropelamento; 2
13
Choque de viaturas; 2
Esmagamento por viaturas; 6
Queda de viaturas de altura; 2
Esmagamento por queda de máquina; 2
Esmagamento por terceiros; 2
Queda de altura; 2
Retroescavadora
Soterramentos; 2
Na delimitação física da obra foram detectados factores de risco de importância reduzida e
sendo a eficácia das medidas preventivas adequada. Na organização da Circulação a situação
que apresenta risco significativo, ou seja, que precisa de ser eliminada são os trabalhos com as
diferentes máquinas com a presença de trabalhadores no raio de acção da máquina.
Na utilização da retroescavadora não foram detectados riscos de maior importância sendo
as medidas preventivas adequadas.
O Nível de Deficiência foi estimado de acordo com o descrito na seguinte tabela:
Tabela 4 – Significado dos vários Níveis de Deficiência atribuídos
Nível de Deficiência ND Significado
Muito Deficiente (MD) 10
Quando forem detectados factores de riscos significativos que determinam a elevada probabilidade de acidente e quando as medidas preventivas existentes são ineficazes
Deficiente (D) 6
Quando existe um factor de risco significativo, que precisa de ser eliminado e quando o conjunto de medidas preventivas existente tem a sua eficácia drasticamente reduzida.
Melhorável (M) 2
Quando forem detectados factores de risco de importância reduzida e quando a eficácia das medidas preventivas não é globalmente posta em causa.
Aceitável (A) 0 Quando não se detectam anomalia(s) e quando o risco esta controlado.
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3.1.2. Nível de Exposição (NE)
O nível de exposição (NE) é uma medida da frequência em que se está exposto ao risco.
Tabela 5 – Nível de Exposição (NE) atribuído ás diferentes actividades
Riscos NE
Acidentes por falta de visibilidade; 2
Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou automóveis; 3
Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização reguladora; 3
Delim
itação Física da Obra
Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes; 1
Atropelamento; 3
Choque de viaturas; 3
Esmagamento por viaturas; 3
Organização da Circulação
Queda de viaturas de altura; 3
Esmagamento por queda de máquina; 2
Esmagamento por terceiros; 1
Queda de altura; 3
Retroescavadora
Soterramentos; 3
Os riscos mais frequentes (classe 3) detectados estão relacionados directamente ou
indirectamente com movimentação de viaturas ou circulação rodoviária em trabalhos junto a
estradas com elevada circulação rodoviária.
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O nível de exposição é estimado de acordo com o descrito na tabela.
Tabela 6 – Nível de exposição e seu significado
Nível de Exposição NE Frequência de Exposição
Duração (% do tempo)
Continua (EC) 4
Varias vezes ao longo do período laboral, com exposição prolongada.
> 50 %
Frequente (EF) 3
Varias vezes ao longo do período laboral,
ainda que por períodos reduzidos.
10 – 50 %
Ocasional (EO) 2
Algumas vezes, ao longo do período laboral, por um
período de tempo reduzido.
0,1 – 10 %
Esporádica (EE) 1 Rara < 0,1 %
3.1.3. Nível de Probabilidade (NP)
O nível de probabilidade (NP) é determinado em função do nível de deficiência e do nível de
exposição ao risco:
NP = ND x NE
Tabela 7 – Matriz do Nível de Probabilidade (NP)
Nível de Exposição (NE) 4 3 2 1
10 MA -40 MA - 30 A - 20 A – 10
6 MA - 24 A - 18 A - 12 M – 6
Nível de Deficiência (ND)
2 M - 8 M - 6 B - 4 B – 2
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Tabela 8 – Nível de Probabilidade obtido através da formula NP = ND x NE
Riscos ND NE NP
Acidentes por falta de visibilidade; 2 2 4
Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou automóveis;
2 3 6
Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização reguladora;
2 3 6
Delim
itação Física da Obra
Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes;
2 1 2
Atropelamento; 2 3 6
Choque de viaturas; 2 3 6
Esmagamento por viaturas; 6 3 18
Organização da Circulação
Queda de viaturas de altura; 2 3 6
Esmagamento por queda de máquina; 2 2 4
Esmagamento por terceiros; 2 1 2
Queda de altura; 2 3 6
Retroescavadora
Soterramentos; 2 3 6
Nesta análise dos níveis de probabilidade obtidos destaca-se o risco alto de esmagamento
por viaturas, sendo os restantes riscos considerados médios e baixos.
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Na tabela abaixo encontram-se os Significados dos diferentes Níveis de Probabilidade
Tabela 9 - Significado dos vários Níveis de Probabilidade (NP).
Nível de Probabilidade
NP Significado
Muito Alta (MA) 24-40 Situação deficiente, com exposição continuada ou muito deficiente, com exposição frequente. A materialização do risco ocorre com frequência.
Alta (A) 10-20
Situação deficiente, com exposição frequente ou ocasional ou situação muito deficiente com exposição ocasional ou esporádica. A materialização do dano é possível em vários momentos do processo operacional
Média (M) 6-8 Situação deficiente, com exposição esporádica ou situação melhorável com exposição continuada ou frequente. Existe possibilidade de dano.
Baixa (B) 2-4
Situação possível de ser melhorada, com exposição ocasional ou esporádica. Não é espectável a ocorrência de risco, ainda que seja concebível.
3.1.4. Nível de Severidade (NS)
O nível de severidade/consequências (NS) tem em conta duas categorias de danos: os
materiais e os físicos (lesões).
Ambas as categorias devem ser consideradas de forma independente, tendo sempre mais
peso os danos físicos que os danos materiais.
Tabela 10 - Níveis de Severidade (NS) atribuídos ás diferentes actividades.
Riscos NS
Acidentes por falta de visibilidade; 25
Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou automóveis;
25
Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização reguladora; 60
Delim
itação Física da Obra
Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes; 100
da
Circula
ção
Atropelamento; 100
18
Choque de viaturas; 25
Esmagamento por viaturas; 100
Queda de viaturas de altura; 60
Esmagamento por queda de máquina; 100
Esmagamento por terceiros; 60
Queda de altura; 25
Retroescavadora
Soterramentos; 60
As situações consideradas mais graves foram mais uma vez foram situações relacionadas
com a movimentação de viaturas e também a existência de infra-estruturas encontradas na
escavação de valas para colocação de tubagem, nomeadamente cabos com corrente eléctrica.
Tabela 11 - Significado dos vários Níveis de Severidade (NS)
Nível de Severidade
NS Danos Físicos Danos Materiais
Mortal ou catastrófico (M)
100 Morte Destruição total do sistema
Muito Grave (MG)
60 Lesões graves que podem ser irreparáveis
Destruição parcial do sistema
Grave (G) 25 Lesões com incapacidade temporária absoluta ou parcial
È necessária parar o processo operativo para proceder á reparação
Leve (L) 10 Pequenas lesões que não requerem internamento
Pode proceder-se á reparação sem parar o processo.
3.1.5. Nível de Risco (NR)
O nível de risco (NR) é o resultado do produto do nível de probabilidade pelo nível de
severidade:
NR = NP x NS
A matriz do nível de risco indica a prioridade de intervenção a qual é expressa em quatro
níveis:
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Tabela 12 – Significado dos valores obtidos na Matriz do Nível de Risco obtida através da formula NR = NP x NS
Nível de Probabilidade (NP) 40-24 20-10 8-6 4-2
100 Risco
Inaceitável (4000-2400)
Risco Inaceitável (2000 – 1200)
Risco Inaceitável (800 – 600)
Risco Importante (400
- 200)
60 Risco
Inaceitável (2400 – 1440)
Risco Inaceitável (1200 – 600)
Risco Importante (480 – 360)
Risco Importante (240
- 120)
25 Risco
Inaceitável (1000 – 600)
Risco Importante (500 - 250)
Risco Importante (200 - 150)
Risco Moderado (100 -50)
Nível de Severidade (NS)
10 Risco
Importante (400 - 240)
Risco Importante (200 – 100)
Risco Moderado (80 - 60)
Risco Baixo (40 – 20)
Tabela 13 - Matriz do Nível de Risco obtida através da formula NR = NP x NS
Riscos NS NP NR
Acidentes por falta de visibilidade; 25 4 100
Acidentes por condicionalismos impostos ao transito de peões e/ou automóveis;
25 6 150
Acidentes viários por ocultação ou iluminação de sinalização reguladora;
60 6 360
Delim
itação Física da Obra
Electrocussão por aparecimento de corrente eléctrica nos tapumes;
100 2 200
Atropelamento; 100 6 600
Choque de viaturas; 25 6 150
Esmagamento por viaturas; 100 18 1800
Organização da Circulação
Queda de viaturas de altura; 60 6 360
Esmagamento por queda de máquina; 100 4 400
Retroesc
avadora
Esmagamento por terceiros; 60 2 120
20
Queda de altura; 25 6 150
Soterramentos; 60 6 360
21
4. Medidas de Prevenção
4.1. Delimitação Física da Obra
Medidas de Prevenção � Escolher o tipo e a cor do material de vedação de acordo com os
condicionalismos do meio envolvente e do tipo de obra;
� Estudar os transportes da obra (tipo de viaturas, frequência, sentidos de
circulação, comprimentos das cargas, etc.), e de acordo com o estudo
escolher o local e tipo de portões a implantar;
� Escolher a localização das entradas do estaleiro de acordo com um estudo
prévio da circulação, quer da obra quer da área envolvente;
� Evitar tanto quanto possível a existência de uma mesma entrada para
viaturas e pessoal, se tal não for viável, criar um resguardo para o caminho
dos operários;
� Em todas as entradas da obra colocar avisos e informações dissuasoras da
entrada de pessoas estranhas;
4.2. Organização da Circulação
Medidas de Prevenção � Escolher um traçado de vias, tendo presente quer o "lay out" da produção
quer o cronograma de execução da obra, de modo a que as vias se tornem,
o mais possível, definitivas e que o seu traçado não inviabilize a
simplificação das tarefas a exercer no estaleiro;
� Evitar o mais possível os cruzamentos e curvas cegas;
� Adaptar os declives ao tipo de circulação esperada e, como princípio, evitar
rampas com inclinações superiores a 12%;
� Sempre que for possível os caminhos pedonais devem ser independentes
dos reservados aos veículos motorizados;
� As vias de circulação, e muito especialmente os caminhos pedonais
deverão ser prudentemente afastados dos locais onde exista o risco de
22
queda de objectos de altura;
4.3. Retroescavadora
Medidas de Prevenção � A máquina deverá estar equipada com protecção ROPS e FOPS2;
� O condutor deverá ser maior de idade e ter preparação adequada para a
manobra do equipamento específico;
� O trabalho deverá ser organizado de modo a que no perímetro da giratória
(contrapesos e colher) não permaneça nem passe ninguém quando o
equipamento estiver em funcionamento;
� Se a máquina estiver montada sobre pneus, a giratória só poderá funcionar
com os estabilizadores actuados;
� Só é permitido o “ataque” de escavação com a máquina colocada no
escoramento do talude se esta tiver os rastos orientados
perpendicularmente ao talude ou se se encontrar a uma distância prudente
do coroamento do mesmo (pelo menos 1/3 da altura do talude);
2 ROPS - rollover protective structures FOPS - falling object protective structure
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5. Conclusões
O objectivo da avaliação de riscos proposta neste trabalho, pretende
exemplificar o Método de Avaliação Simplificado aplicado a uma situação real.
Como todas as avaliações, a componente subjectividade e importância
atribuída aos diferentes riscos depende em grande parte do Técnico de Higiene
e Segurança que através das várias ferramentas que tem á sua disposição
(Consulta dos trabalhadores, observação directa, procedimentos de trabalho,
fichas de segurança de produtos,…) elabora a matriz de avaliação de riscos.
Para a recolha de todos estes dados que permitiram a elaboração da matriz
de avaliação de riscos todos os dias eram efectuadas visitas ás diferentes
frentes de obra em actividade, nas quais era feita a monitorização dos riscos
através dos “Registos de Monitorização e Prevenção”, constantes nos
“Procedimentos de Monitorização e Prevenção”. Eventualmente sensibilizava-
se alguns trabalhadores para eventuais medidas de prevenção a ter em conta
para o tipo de actividade que estavam a desenvolver e fazia-se o
acompanhamento de trabalhos envolvendo riscos especiais.
No final de cada dia era efectuado um relatório diário de actividades a
entregar ao orientador.
Na analise dos resultados obtidos da avaliação do risco destaca-se o facto
de não existirem Riscos baixos, isto é, todas as actividades analisadas
apresentaram níveis de risco moderado a inaceitável. Esta situação deve-se ao
facto de os processos construtivos utilizados neste tipo de empreitada
requerem auxilio de maquinas de movimentação de terras, escavações em
terrenos pouco estáveis, transporte de tubagens de grandes dimensões, etc….
Todas estas actividades acarretam riscos especiais e necessitam de um
acompanhamento constante.
As duas actividades que apresentaram um nível de risco inaceitável foram o
Esmagamento por viaturas e os atropelamentos. As medidas Preventivas a
tomar para que estas situações nao venham a ocorrer podem passar pela
interdição de trabalhadores no raio de acção das maquinas e tambem quando
existem trabalhos junto ás vias de circulação (abertura de valas) deverá existir
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um adequado plano de sinalização rodoviária temporário. As actividades que
se inserem dentro da classe de risco inaceitável foram: atropelamento e o
esmagamento por viaturas. Estas duas actividades requerem a mais elevada
prioridade de intervenção aqui presente.
O esmagamento por terceiros, ou seja, queda de pessoas a nível diferente
que atingem na queda outros tem um risco baixo e consequentemente uma
prioridade baixa de intervenção. Esta situação é devida ás valas terem no
máximo 3 m de profundidade. Existem outras situações que se encontram na
fronteira entre a classe de Risco Importante e Risco moderado tais como:
Queda de altura; Choque de viaturas e Acidentes por condicionalismos
impostos ao transito de peões e/ou automóveis.
A existência de infra-estruturas encontradas na escavação de valas para
colocação de tubagem, nomeadamente cabos com corrente eléctrica apresenta
um nivel de risco Importante, no entanto com o valor quase na classe dos
riscos moderados. Esta classificação nao corresponde á realidade, nem
mesmo a uma aproximação desta. Trata-se de um risco Inaceitavel, visto a
principal actividade nesta empreitada é a abertura de vala para colocação de
tubagem. Muitas das infraestruturas encontradas na escavação (tubagem de
abastecimento de água, cabos electricos, cabos de televisão, etc ) estão
cadastradas, mas muitas nao o estão. Aumentando a imprevisibilidade de
encontrar e danificar este tipo de estruturas electrificadas aquando da
escavação.
No final deste estágio posso dizer que de alguma forma todas as actividades
directamente ou indirectamente levadas a cabo durante o periodo de estágio
contribuiram para um enriquecimento da experiencia no ambito do que deve
ser a função do Tecnico de Higiene e Segurança na área da construção civil e
obras de engenharia.
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6. Bibliografia
Acordo Específico de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Edição Ministério do Trabalho, 1991
Bureau International du Travail — Equipament de protection individuetle. 12 fichas. BIT. Genève
Coelho, P. - Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde para a Empreitada de Execução dos Sistemas de Drenagem e Elevatórios do Subsistema do Barreiro/Moita
Freitas, L. e Cândido, M.A. - Manual de SHST. Edição UGT, 1996
IDICT — Notificações/Comunicações obrigatórias no domínio da SHST. Edição IDICT, 2002
INSHT —La exposición laboral at ruído. Madrid, 1996
Linaza, A.L. — Gestion integrada de [a Prevencion de Riesgos Laborales. APA. San Sebastian, 1999
Monte, M., Cecília, J. e Comeche, S. — Seguridad en et Trabajo. INSHT. Barcelona, 1984
Pettit, T.A. e Linn, H.E. —A guide of safety in confined spaces. DHHS (NIOSH), 1987
Pinto, A. - Manual de Segurança – Construção, Conservação e Restauro de Edifícios. Edições Sílabo, 2008
Reis, A. Correia - Organização e Gestão de Obras. Edição do Autor, 2009
Roxo, M. — Segurança e Saúde no Trabalho: avaliação e controlo de riscos. Almedina, 2003
Vertãg Dashoffer — Higiene, Segurança e Prevenção de Acidentes de Trabalho, 2002
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Agradecimentos A realização deste trabalho e as actividades realizadas no qual se baseia não
teria sido possível sem a preciosa ajuda, colaboração e disponibilidade das
seguintes pessoas: Eng.º Paulo Coelho, Eng.ª Gisela Inocêncio, Eng.º Filipe
Balau, Eng.º Francisco Medeiros e Sr. Silvério.
Muito obrigado.
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