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Instrumentos e Mercados FinanceirosA crise do “Subprime” no mercado Norte-Americano
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Noção do Subprime
Causas da crise
Consequências da crise
A crise subprime em Portugal
Previsões para as economias afectadas pela crise
Introdução
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Noção de “subprime”• A hipoteca clássica americana era uma hipoteca que cobrava uma taxa de
juros “fixa” que permanecia a mesma durante os 30 anos do empréstimo
Facilitava os pagamentos, já que a renda do tomador subia de acordo com a
inflação
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SUBPRIME Crédito à habitação de alto risco que se destina à
população com baixos rendimentos, a única garantia exigida é o imóvel, através de uma hipoteca.
Risco que as instituições de crédito
Baixas garantias do pagamento dos empréstimos
O Subprime é um empréstimo de taxas de juros altas Risco elevado
Noção de “subprime”
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Community Reinvestment Act [Lei de reinvestimento comunitário], de 1977, tornou ilegal a prática de restrição de crédito por motivos de raça ou de prevenção econômica
Congresso e a administração Clinton, em 1990 estimularam políticas favoráveis à aquisição de um grande número de moradias.
Depois do crescimento tecnológico no início do século XXI, deu-se uma fuga de capitais de investimento em direcção aos bens imobiliários.
Atentados do 11 de Setembro anunciavam um clima de instabilidade internacional que levou os Bancos Centrais baixarem as taxas de juro para níveis muito baixos, com o objectivo de voltar a aumentar o consumo e a produção através do crédito, ou seja, com o objectivo de estimular a economia.
Formação de uma bolha imobiliária justificada por uma enorme liquidez
Causas da crise
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Causas da crise
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2004 A Reserva Federal dos Estados Unidos começou a subir a taxa de juro para tentar controlar a inflação.
O crescimento do preço das casas que tinha sido alto entre os anos de 2001 e 2005 passou a decrescer de forma contínua.
Causas da crise
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Em Agosto de 2005 o preço da habitação e as taxas de venda caíram de forma acentuada.
As execuções hipotecárias cresceram
Várias instituições começaram a ter problemas de liquidez para devolver o dinheiro aos investidores e problemas a obter recursos.
Causas da crise
2005 foi o ano em que se concederam
mais hipotecas subprime, e haviam
créditos por um período de 2 anos, o
que acontece é que, em 2007 acaba o
período de carência para estes
indivíduos.
vendiam a casa a um preço
mais alto do que o da
aquisição e pagavam a dívida.
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Instituição de Crédito concede uma hipoteca
Regista esta acção no balanço, o que significa que insere os benefícios mas também assumo o risco do crédito.
Pela regulação, o risco e as reservas limitam o número de hipotecas que as instituições podem conceder.
Para reduzir o risco assumido e as reservas necessárias
As entidades começaram a passar a outros as hipotecas, para que quem as adquire-se ficasse com os benefícios mas também assumisse os riscos
Assim, as instituições podem conceder mais créditos hipotecários do tipo subprime.
Titularização
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Em situação normal não haveria ninguém a querer comprar uma hipoteca
subprime, então o que as entidades fizeram foi a chamada titularização
As entidades das hipotecas “agarram” em muitas hipotecas, algumas subprime e outras não, combinam-nas num “pacote” e vendem-nas, isto é, embrulham as suas hipotecas e vendem-nas em lotes como derivados de crédito
Collateralized Debt Obligations (CDOs)
Instrumentos que teoricamente são de alta qualidade, pois estão bem diversificados e salvaguardados com garantias imobiliárias, até reconhecidos pelos a Standard & Poors, a Moody’s e Fitch
Titularização
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Estes derivados de créditos foram comprados
Primeiro nível por hedge funds
Segundo nível houve fundos de rendimento fixo e planos de pensões que compraram participações nestes hedge funds
Terceiro nível ao comprarem os fundos que agora constituíam os hedge funds
Titularização
Foi deste forma que o
produto se dispersou e em
vez de haver apenas uma
entidade que assumia todo
o risco
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Consequências da crise dos créditos "subprime" sobre a economia americana
A crise dos créditos "subprime" fez alguns estragos em todo o mercado imobiliário, nomeadamente os seguintes:
As vendas consecutivas de habitações com falhas no pagamento têm como primeiro efeito saturar o mercado imobiliário, dando origem a uma descida dos preços
A construção de novas habitações abranda, e as revendas baixam
A descida dos preços do mercado imobiliário diminui as possibilidades de empréstimo
para as famílias que querem hipotecar as suas habitações devido à subida das taxas
Consequências
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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais
Consequências
Novas hipotecas
Se o tomador não conseguir pagar a sua dívida inicial, inicia-se a um ciclo de
não-recebimento por parte dos compradores dos títulos, provocando falta de
confiança no mercado de emprestar e comprar os „subprime‟
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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais Os créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em activos que vão render juros
para investidores na Europa e outras partes do mundo
como os mercados estão interligados a crise da liquidez também atinge a Europa
Banco Francês BNP Paribas
congelou três dos seus fundos de investimento que tinham recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hipotecárias nos EUA
IKB alemão e o NIBC holandês
A crise de liquidez na Europa não é mais do que um reflexo directo do pânico que se instalou entre os investidores, que correram a levantar as aplicações.
Consequências
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Consequência da crise ‘subprime’ nos mercados globais
O mercado do Japão, da Índia e China, vão ser atingidos pela crise visto serem os
grandes motores de crescimento mundial
EUAEUA
China
Índia
Consequências
Consumo do mundo
Sendo o maior importador mundial de produtos
manufacturados na China, a crise irá provocar
uma redução drástica das exportações chinesas
O crescimento económico oscila entre 0,6% e 4%
Europa
•Estima-se um crescimento de apenas 2,25%
•Os bancos estão a aumentar as suas taxas de juro estando muito acima da
taxa de referência do BCE
•Os bancos estão a restringir a disponibilidade do crédito para novos
investimentos
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Consequências nos mercados financeiros
As faltas de pagamento dos créditos "subprime" recaem em primeiro lugar sobre as entidades financeiras especializadas no mercado imobiliário
Devido á globalização, muitos desses títulos de crédito difundiram-se por todo o ramo financeiro americano e mesmo do mundo
Este método permite repartir os riscos, mas também generalizá-los em caso de crise
As perdas dos bancos reduzem as suas possibilidades de oferecerem créditos. Para encontrar uma liquidez as entidades financeiras não têm outra hipótese senão a venda dos títulos nos mercados de acções, alastrando deste modo a crise do crédito para as bolsas internacionais
Consequências
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Consequências:
• Uma queda violenta de 311
pontos no índice bolsista
Dow&Jones mas que não deixa
de ser apenas a 698ª maior da
história
•Uma maior aversão ao risco,
o que está a levar ao investimento
em activos com mais qualidade
ConsequênciasConsequências nos mercados financeiros
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Os Bancos Centrais têm uma função fundamental para intervir, desempenhando um papel importante na concessão de empréstimos em último recurso, de forma a financiar os bancos
concentrando a sua liquidez suficiente para evitar a paralisia do sistema financeiro, e foi o que alguns bancos nomeadamente no caso europeu e japonês actuaram para fazer face ao segmento ‘subprime’
Os Bancos Centrais procuraram
acalmar os mercados, introduzindo
grandes somas de liquidez. A FED
estima-se que injectou mais de
7 mil milhões de dólares (5 milhões
de euros) de liquidez e ainda reduziu
a taxa de redesconto americana de 6,25% para 5,75%
Como estão a agir os Bancos centrais perante esta crise?
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O Caso PortuguêsCaracterização do mercado
Pais com maior nível de Endividamento da Europa
Grande subida nos últimos tempos
PRINCIPALMENTE
Crédito ao Consumo
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“Subprime” no Mercado Português
Crise de Liquidez;
Extinção de Fundos de Investimento: BPI;
BCP;
Cobertura dos resgates dos Fundos de Investimento através de empréstimos bancários (CMVM);
Queda das Quotas de Mercado das Sociedade Gestoras de Fundos de Investimento;
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Previsões das Consequências
Duas Situações Possíveis no Mercado Americano:
Aumento das Taxas de Juro;
Diminuição das Taxas de Juro;
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Aumento da taxa de juro
Aumento do crédito mal parado;
Aumento da oferta dos imóveis;
Diminuição das concessões de créditos;
Abrandamento no sector da construção;
Aumento do desemprego;
RECESSÃO DA ECONOMIA AMERICANA
RECESSÃO DA ECONOMIA MUNDIAL
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Diminuição das Taxas de Juro
Fomenta-se crescimento dos mercados financeiros;
Aumento das concessões de crédito;
Anula-se a curto prazo a crise no mercado imobiliário;
Perpetua-se o crescimento
económico ao endividamento
cada vez MAIOR
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Previsões para Economia, com a crise do “SubPrime”
Deutsche Bank de NY estima:
Crédito SubPrime atinge os 300 a 400 mil milhões de dolares;
30% a 40% vão entrar em incumprimento;
Em Portugal, os cinco maiores bancos admitem:
Restringir a concessão de crédito a empresas e particulares;
Aumento dos Spreds;
Instabilidade nos mercados Financeiros
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Conclusões
Fuga dos investimentos relacionados com os mercados imobiliários;
Diminuição do poder de compra das famílias, e aumento do desemprego;
Dificuldades do Sector Bancário;
Alastramento da crise ao mercado MUNDIAL;
Arrefecimento da Economia Europeia provocado:
Aumento do preço do Petróleo;
Queda no mercado Imobiliário;
Falta de informação relativa à exposição ao subprime;
CRISE DE CONFIANÇA
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Conclusões
Desafio à robustez da Economia Mundial, para superar o arrefecimento da economia Americana;
Contágio Psicológico que a crise do subprime impôs no mercado imobiliário;
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