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Instrução de Trabalho no. 62
Versão no.01 data: 02/03/2018
Assunto: Linha de Distribuição de Alta Tensão – LDAT Classe de Tensão 72,5kV
DOCUMENTO INVÁLIDO SE IMPRESSO OU GRAVADO 1
Áreas de aplicação Perímetro: Brasil Função Apoio: - Função Serviço: Linha de Negócio: - Infraestrutura e Redes
CONTEÚDO
1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO ..................................................................... 2
2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO ............................................................................................... 2
3. UNIDADES DA VERSÃO DO DOCUMENTO ........................................................................................... 2
4. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 2
4.1 NORMAS BRASILEIRAS - ABNT ..................................................................................................... 2
4.2 DOCUMENTOS TÉCNICOS ENEL DISTRIBUIÇÃO CEARÁ .......................................................... 3
4.3 OUTROS DOCUMENTOS NORMATIVOS ....................................................................................... 3
5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE ................................................................................................................. 3
6. DESCRIÇÃO.............................................................................................................................................. 4
6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................... 4
6.2 CONDIÇÕES DE SERVIÇO .............................................................................................................. 6
6.3 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT ........................................................................................ 8
6.4 PROJETO ELETROMECÂNICO ..................................................................................................... 13
6.5 PROJETO ........................................................................................................................................ 28
6.6 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO ................................................................ 30
7. ANEXOS .................................................................................................................................................. 33
RESPOSANVEL OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO BRASIL
Victor Balbontin Artus
Instrução de Trabalho no. 62
Versão no.01 data: 02/03/2018
Assunto: Linha de Distribuição de Alta Tensão – LDAT Classe de Tensão 72,5kV
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1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO
O documento estabelece os requisitos técnicos mínimos a serem atendidos nos projetos e construção de
Linhas de Distribuição Aéreas de Alta Tensão, classe de tensão 72,5kV, na busca das melhores soluções, de
forma a assegurar que o desempenho do sistema elétrico da Enel Distribuição Ceará garanta o fornecimento
de energia com confiabilidade, segurança e qualidade.
Os critérios definidos neste documento devem ser de aplicação obrigatória, pelas Áreas de Planejamento,
Projetos e Obras, e empresas parceiras da Enel Distribuição Ceará, em todos os projetos de LDAT (novos,
extensões, reformas e melhorias) localizadas nas áreas de concessão da Enel Distribuição Ceará,
respeitando-se o que prescrevem as normas da ABNT e a legislação emanada pelo órgão regulamentador
do setor elétrico ANEEL.
2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO
Versão Data Descrição das mudanças
1 02/03/2018 Emissão da Instrução de Trabalho
3. UNIDADES DA VERSÃO DO DOCUMENTO
Responsável pela elaboração do documento:
Operação e Manutenção Brasil.
Responsável pela autorização do documento:
Qualidade de Processos Brasil;
4. REFERÊNCIAS
4.1 NORMAS BRASILEIRAS - ABNT
ABNT IEC/TR 60815, Guia para seleção de isoladores sob condições de poluição;
NBR 5422, Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica;
NBR 6535, Sinalização de linhas aéreas de transmissão com vistas à segurança da inspeção aérea;
NBR 7095, Ferragens eletrotécnicas para linhas de transmissão e subestação de alta tensão e extra
alta tensão;
NBR 7276, Sinalização de advertência em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica –
Procedimento;
NBR 8664, Sinalização para identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica –
Procedimento.
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4.2 DOCUMENTOS TÉCNICOS ENEL DISTRIBUIÇÃO CEARÁ
WKI-OMBR-MAT-18-0057-EDRJ Serviços de Topografia
WKI-OMBR-MAT-18-0248-INBR Utilização de Materiais em Linhas e Redes de Distribuição Aéreas
de AT, MT e BT
WKI-OMBR-MAT-18-0070-EDCE Uso de Emendas em Condutores Elétricos Nus
E-LT-001, Conductores Desnudos para Líneas Aéreas de Alta Tensión;
E-LT-002, Aisladores Polimericos para Líneas Aéreas de Alta Tensión;
E-SE-004, Seccionadores de Alta Tensión;
MAT-OMBR-MAT-18-0115-EDCE Postes de Concreto Armado e Protendido
MAT-OMBR-MAT-18-0116-EDCE Postes de Fibra de Vidro
MAT-OMBR-MAT-18-0117-EDCE Cruzeta de Concreto Armado e Protendido para Rede de
Distribuição e Linha de Distribuição de Alta Tensão
MAT-OMBR-MAT-18-0119-EDCE Conectores para Redes, Linhas e Subestações
WKI-HVOU-CHV-18-0010-EDCE Projetos de Linhas de Distribuição de Alta Tensão
CNC-OMBR-MAT-18-0127-EDCE Fornecimento de Energia Elétrica em Alta Tensão - 69 kV
CNS-OMBR-MAT-18-0129-EDCE Compartilhamento de Infraestrutura de Linha de Distribuição
Aérea
CNS-OMBR-MAT-18-0143-EDCE Padrão de Circuito Duplo para Linha de Distribuição de AT
WKI-OMBR-OeM-18-0193-EDBR Supressão Vegetal na Faixa de Domínio de Redes de Alta Tensão
WKI-HVOU-CCE-18-0002-EDCE Construção e Reforma de Linhas de Distribuição de Alta Tensão
WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de Distribuição de Alta
Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão
WKI-OMBR-OeM-18-0113-EDCE Implantação ou Recuperação de Defensas de Postes de Linhas
Aéreas de Alta Tensão
4.3 OUTROS DOCUMENTOS NORMATIVOS
Resolução CONAMA Nº 237, Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política
Nacional do Meio Ambiente.
5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE
Palavras Chaves Descrição
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Áreas de aplicação Perímetro: Brasil Função Apoio: - Função Serviço: Linha de Negócio: - Infraestrutura e Redes
Redes de Linhas de Distribuição
Conjunto de estruturas, utilidades, condutores e equipamentos
elétricos, aéreos ou subterrâneos, utilizados para a distribuição da
energia elétrica, operando em baixa, média e, ou alta tensão de
distribuição. Geralmente, as linhas são circuitos radiais e as redes são
circuitos malhados ou interligados.
6. DESCRIÇÃO
6.1 DISPOSIÇÕES GERAIS
6.1.1 Geral
As LDATs devem ser instaladas, preferencialmente, em domínio público.
Os projetos das LDATs devem ser realizados, aplicando de forma integrada, critérios gerais relacionados a
Funcionalidade das Instalações, Tecnologia, Meio Ambiente, Condições de Trabalho, Confiabilidade e
Custos, Cumprimento de Normas e Regulamentações existentes.
6.2.2 Funcionalidade das Instalações
Quanto as instalações das LDATs, observar as seguintes funcionalidades:
a) disposições físicas que permitam realizar a manutenção, substituição de elementos e ampliações futuras, com o mínimo de interrupções de serviço;
b) para linhas críticas, devem ser buscadas configurações que permitam realizar a manutenção, substituição e ampliação aplicando técnicas de trabalho em linhas vivas.
6.1.3 Tecnologia
Quanto aos materiais utilizados nas LDATs, devem ser observados os seguintes requisitos:
a) a escolha dos materiais deve garantir elevada confiabilidade: a qualidade dos materiais deve garantir este pré-requisito mediante as condições, critérios e exigências definidos nas Especificações Técnicas e Padrões de Materiais da Enel Distribuição Ceará nos quais se baseiam os ensaios exigidos nas normas aplicadas;
b) escolha de materiais que necessitem de baixa ou nenhuma manutenção;
c) os materiais devem ter características padronizadas e corresponder aos das linhas normais de fabricação;
d) incorporação de materiais com nova tecnologia somente quando se tenha demonstrada suficiente experiência em linhas em operação, e estejam devidamente homologados pela Enel Distribuição Ceará.
6.1.4 Meio Ambiente
Antes da elaboração do projeto, é de fundamental importância que o projetista visite o local da obra para que
se conheçam as dimensões dos problemas de integração da LDAT com o meio ambiente e sejam estudadas
as melhores alternativas para que o projeto apresente a maior integração possível com o meio ambiente e
cumpra a legislação em vigor.
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O projetista deve levar em consideração que o aspecto exterior das instalações elétricas é um fator muito
relevante para a boa imagem e prestígio da Enel Distribuição Ceará junto aos consumidores e ao público em
geral. Portanto, as LDATs devem ser construídas com bom acabamento e estética de modo a minimizar o
impacto com os locais onde a LDAT for instalada.
Durante as fases de projeto, construção e manutenção das LDATs devem ser tomadas as seguintes medidas:
a) solicitar Licença ao órgão de meio ambiente;
b) aplicar medidas para atenuar os efeitos negativos durante a construção e manutenção;
c) aplicar medidas para minimizar o impacto visual;
d) aplicar medidas para atenuar o corte e poda de árvores;
e) desenvolver projetos que permitam ampliações com o mínimo de atividades futuras que afetem o meio ambiente;
f) alvarás das prefeituras.
6.1.5 Condições de Trabalho
Quanto as condições de trabalho, devem ser observados os seguintes itens:
a) facilidade e segurança para as pessoas durante a etapa de construção, manutenção e operação;
b) ausência de obstáculos nas faixas de servidão durante sua operação;
c) identificação das estruturas e circuitos;
d) sinalização adequada dos riscos elétricos, mecânicos, etc.
6.1.6 Confiabilidade e Custos
Nos projetos de LDAT devem ser utilizados exclusivamente os materiais padronizados no Padrão de Material
e Especificações Técnicas, em vigor na Enel Distribuição Ceará, e de fabricantes devidamente homologados,
observando:
a) escolha de condutores, isoladores, estruturas e materiais baseados na obtenção dos melhores índices confiabilidade/investimento e aprovados pela Enel Distribuição Ceará;
b) escolha de materiais que permitam otimizar qualidade, custos e prazos de construção.
6.1.7 Cumprimento das Normas e Regulamentações
6.1.7.1 Quanto as normas e regulamentações devem ser observados os seguintes itens:
a) códigos elétricos e regulamentos nacionalmente reconhecidos;
b) normas de higiene e segurança do trabalho;
c) cumprimento deste Critério e das referências normativas citadas no Item deste documento, bem como outras normas e regulamentações existentes sobre o assunto, desde que aceitas pela Enel Distribuição Ceará.
6.1.7.2 Quando os projetos e obras forem realizados por terceiros, a empresa responsável pelo projeto e
construção deve sempre consultar a Enel Distribuição Ceará sobre a aplicação deste Critério e outros
documentos relacionados à construção de linhas de transmissão, assim como verificar qualquer outro
procedimento vigente que seja complementar a esse Critério de Projeto. A utilização de materiais e
equipamentos deve ser somente de fabricantes qualificados e com modelo homologado na Enel Distribuição
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Ceará. Os modelos e fabricantes aprovados na Enel Distribuição Ceará devem ser previamente verificados
na Área de Normas de Distribuição, para que quando de uma fiscalização ou comissionamento por parte da
Enel Distribuição Ceará, a empresa não tenha problemas na entrega da linha para energização.
6.1.7.3 Quando da necessidade do compartilhamento de redes com níveis de tensão inferiores a 69kV, nos
postes das LDATs, deve ser consultada a norma técnica CNS-OMBR-MAT-18-0129-EDCE Compartilhamento
de Infraestrutura de Linha de Distribuição Aérea da Enel Distribuição Ceará.
6.2 CONDIÇÕES DE SERVIÇO
6.2.1 Condições Ambientais
Os equipamentos, materiais e acessórios abrangidos por este Critério devem ser apropriados para clima
tropical e atmosfera salina, devendo, portanto, estarem aptos para resistirem às seguintes condições
ambientais especificadas na Tabela 1:
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Tabela 1: Condições Ambientais
Característica Enel Distribuição Ceará
Altitude Máxima (m) 1.000
Temperatura Mínima (°C) +15
Temperatura Máxima (°C) +40
Temperatura Máxima Média (°C) +25
Media das Temperaturas Mínimas Diárias (°C) +20
Umidade Relativa Média (%) > 80
Pressão Máxima do Vento (N/m²) 700
Velocidade Máxima do Vento (km/h) 110
Nível de Contaminação (ABNT IEC/TR 60815) Muito Alto (IV)
Nível de Salinidade (mg/cm² dia) > 0,3502
Radiação Solar Máxima (wb/m²) 1.000
6.2.2 Características Gerais do Sistema Elétrico
5.2.1 Na Tabela 2 são apresentadas as características principais do Sistema Elétrico Enel Distribuição Ceará.
Tabela 2: Características Principais do Sistema Elétrico da Enel Distribuição Ceará
Nível de
Tensão
Tensão Nominal do Sistema
/ Tensão Máxima de
Operação
(kV)
Nível de Curto-Circuito
Simétrico
(kA)
Nível Isolamento
(kV)
Um / Uf / Ui NOTA 1
AT 69 / 72,5 31,5 72,5 / 140 / 325
MT 13,8 / 15 16 15 / 38 / 110
Tipo do Sistema Estrela com neutro
solidamente aterrado.
Número de Fases AT e MT 3
Frequência (Hz) 60
Conexão do Transformador AT/MT Dyn1
NOTA 1: Significado das variáveis, nos dados referentes ao nível de isolamento:
– Um: Tensão máxima do equipamento (kVef);
– Uf: Tensão suportável de freqüência industrial (kVef);
– Ui: Tensão suportável de impulso atmosférico (kVcrista).
5.2.2 Na Tabela 3 são apresentadas as características nas condições de projeto.
Tabela 3: Condições de Projeto
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Característica Enel Distribuição Ceará
Temperatura Máxima do Condutor para Projeto (°C) 85
Velocidade do Vento de Projeto (m/s) 29,16
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CA (%) 21
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAA (%) 20
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAL (%) 18
Pressão Dinâmica no Projeto da Estrutura (kg/m²) 51,90
Período de Retorno Considerando a Fluência do Cabo (Creep) (anos) 10
Faixa de Servidão – Estrutura Convencional (Rural) (metros) 15
Faixa de Servidão – Estrutura Compacta (Urbano) (metros) 6
NOTA 1: No caso de ser utilizado condutor termorresistente, a temperatura máxima considerada para projeto
é de até 150°C durante o carregamento máximo;
NOTA 2: Quando necessária a utilização de valores de tração superiores aos recomendados na norma NBR
5422, se faz necessário a apresentação de memória de cálculo.
6.3 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT
6.3.1 Geral
As obras de LDATs, antes de seu projeto e construção, devem ser precedidas de um adequado planejamento
e avaliação de viabilidade técnica realizada pela Área de Planejamento da Enel Distribuição Ceará.
Na fase de projeto, todas as condições ambientais locais necessárias à construção, manutenção e operação
da LDAT de forma integrada com meio ambiente, devem ser obtidas e consideradas pelo projetista.
A elaboração do projeto deve abranger as etapas de Planejamento Básico, Estudo do Aterramento, Projeto
Eletromecânico e Elaboração do Orçamento.
6.3.2 Planejamento Básico
6.3.2.1 Responsabilidades
O planejamento básico da LDAT deve ser efetuado pela Área de Projetos baseado no Plano de Obras da
Transmissão, emitido pela Área de Planejamento. Este planejamento básico deve permitir um
desenvolvimento progressivo da LDAT dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser atendida.
6.3.2.2 Obtenção de Dados Preliminares
Devem ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se os relacionados a seguir,
dentre outros:
a) grau de urbanização da área;
b) características das edificações;
c) arborização das ruas;
d) terrenos de terceiros;
e) planos diretores governamentais;
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f) consulta aos órgãos ambientais.
6.3.2.3 Traçado de LDAT
6.3.2.3.1 Geral
No traçado da LDAT devem ser estudadas as melhores alternativas, procurando atender o Critério de
Execução CE-002 e os fatores relacionados no itens 6.3.2.3.2 a 6.3.2.3.6.
6.3.2.3.2 Menor extensão
O encaminhamento da LDAT deve ser escolhido tomando como base a menor extensão, visando obter uma
linha com um menor custo. Porém, deve ser observado que nem sempre a menor extensão corresponde ao
menor custo, haja vista que indenizações de terrenos particulares e manutenção futura, bem como obras em
áreas de preservação ambiental podem elevar o custo da mesma. Portanto, sempre que possível, deve ser
evitado o cruzamento de terrenos particulares e o impacto sobre o meio ambiente.
6.3.2.3.3 Apoio rodoviário e facilidade de acesso
A linha deve ser projetada, preferencialmente, próxima a estradas e em locais de fácil acesso, para facilitar
sua construção e manutenção, devendo-se restringir ao mínimo possível as travessias sobre rodovias,
ferrovias, gasodutos, etc. Devem ser atendidas as distâncias referentes às faixas de domínio das rodovias
federais e estaduais conforme estabelecido pelos órgãos competentes.
6.3.2.3.4 Melhor suporte elétrico
Deve ser verificado qual o sistema mais adequado para derivar a nova linha, obedecendo aos estudos da
Área de Planejamento para a respectiva área.
6.3.2.3.5 Traçado
O traçado da LDAT deve contornar, quando possível, os seguintes tipos de obstáculos:
a) picos elevados de montanhas e serras: quando for inevitável cruzar áreas montanhosas, deve-se procurar locais de menores alturas e adaptando ao máximo a LDAT as curvas de nível do terreno, escolhendo-se os locais onde a linha passe despercebida, evitando-se assim impacto visual com o meio ambiente;
b) terrenos muito acidentados: devem ser evitados terrenos muito acidentados a fim de evitar o uso de estruturas especiais e facilitar a construção, operação e manutenção;
c) terrenos de terceiros;
d) áreas de reflorestamento;
e) mato denso: as áreas de mato denso devem ser contornadas a fim de se evitar desmatamentos e impacto ambiental, quando da abertura da faixa e consequente manutenção da mesma;
f) pomares: colocar o posteamento, de preferência fora das áreas de cultivo, procurando situá-los nas divisas dos terrenos;
g) lagos, lagoas, represas e açudes;
h) locais impróprios para fincamento de postes: devem ser evitados locais pantanosos, locais sujeitos a alagamentos, marés ou erosão, e terrenos com inclinação transversal superior a 50%;
i) vias sem calçada definida;
j) vias estreitas: devem evitar locais onde inviabiliza a entrada de caminhão para executar a obra e efetuar manutenções;
k) locais com alto índice de poluição atmosférica (salina ou industrial);
l) locais onde normalmente são detonados explosivos;
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m) loteamentos: nos casos em que forçosamente o traçado tenha que atravessar loteamentos, devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis indenizações, devendo a linha ser construída em padrão urbano (LDAT Compacta);
n) edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações, procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações;
o) campos de pouso e aeródromos: quando a LDAT for localizada nas proximidades de aeroportos e campos de pouso, é necessário, antes de iniciar o projeto, uma consulta prévia ao órgão responsável, pertencente ao Comando da Aeronáutica, objetivando atender as distâncias mínimas de segurança;
p) áreas de preservação ambiental: o traçado de LDAT deve, sempre que possível, contornar áreas de preservação ambiental. Em casos excepcionais, quando isto não for possível, deve ser realizado um estudo individual visando encontrar uma solução ótima que cumpra a Legislação, e equilibre o fator técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste caso, deve ser anexada ao projeto uma cópia da Licença Prévia emitida pelo órgão de controle do meio ambiente (Ex: Guaramiranga, Jericoacoara, Parque de Ubajara, etc).
NOTA 1: Conforme determinado na Resolução Nº. 237 do CONAMA, todas as obras de transmissão de energia devem ser autorizadas pelo órgão de Meio Ambiente. Portanto, na fase de projeto deve ser solicitado uma Licença Prévia ao órgão competente.
NOTA 2: É importante lembrar que a Licença Prévia (LP) não autoriza o início das obras e nem o de qualquer outro tipo de atividade, conforme prescrito no PTO-004 da Enel Distribuição Ceará. Posteriormente será necessária a Autorização Ambiental para Desmatamento, Redesmatamento ou Poda, Licença de Instalação (LI) e a Licença de Operação (LO).
q) áreas de riqueza paisagística: o projeto e construção de LDAT devem, sempre que possível, contornar
áreas de riqueza paisagística. Estas áreas são zonas que mesmo não sendo consideradas de preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou por sua relevância histórica (parque naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de montanhas, zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua visão e diminuam seu valor natural.
6.3.2.3.6 Diretrizes básicas para o traçado das LDATs
Para orientação do traçado das LDATS, devem ser observadas as seguintes diretrizes básicas:
a) evitar LDAT em frente a igrejas, paisagens ou monumentos históricos para que não venha a interferir no seu visual;
b) deve ser localizada no lado da rua com menor arborização;
c) deve ser localizada, de preferência, no lado da rua em que não haja rede aérea de comunicação, redes de distribuição aéreas de média e baixa tensão, galerias de águas pluviais, esgotos, construção com sacadas, colégios, praças ou outros obstáculos que possam interferir na construção da mesma;
d) deve evitar, sempre que possível, cruzar terreno de particular;
e) sempre que possível evitar ruas e avenidas com tráfego intenso de veículos;
f) a LDAT deve ser localizada sempre do mesmo lado da rua, evitando o zig-zag da rede e voltas desnecessárias;
g) não cruzar praças e outras áreas de lazer, sempre que possível;
h) deve-se evitar LDAT na proximidade de sacadas, janelas e marquises, mesmo respeitadas as distâncias de segurança;
i) encaminhamento da LDAT deve favorecer a expansão do sistema;
j) procurar sempre utilizar arruamentos já definidos, se possível, com meio-fio e calçada definida;
k) evitar ângulos desnecessários;
l) evitar ruas e avenidas de orla marítima;
m) considerar o máximo aproveitamento da LDAT existente nos projetos de reforma.
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6.3.2.4 Locação do Posteamento
Os postes devem ser locados obedecendo aos seguintes critérios básicos:
a) não locar postes em frente à entrada de garagens e guias rebaixados (meio fio). Deve evitar, sempre que possível, a locação dos postes em frente a anúncios luminosos, outdoors, câmeras de segurança dos órgãos de trânsito e de polícia, marquises e sacadas;
b) projetar conforme definido nos padrões de estrutura de LDAT;
c) procurar locar os postes, sempre que possível na divisa dos lotes, ou seja, no limite entre residências, prédios ou terreno, etc.;
d) quando não houver posteamento, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação da LDAT;
e) respeitar as distâncias mínimas de segurança especificadas neste Critério de Projeto;
f) evitar o uso de postes em esquinas, principalmente em ruas estreitas, e sujeitas a trânsito intenso de veículos, e em esquinas que não permitam manter o alinhamento dos postes.
NOTA 1: Quando não for possível outra posição e o poste esteja sujeito a abalroamento, no projeto já deve
ser previsto a implantação de “defensas” para proteção e preservação de terceiros, e do sistema elétrico da
Enel Distribuição Ceará, conforme PEX-097. A construção de “defensas” deve ser precedida de autorização
do Órgão Municipal/Estadual no intuito de se evitar problemas futuros.
6.3.2.5 Plantas
6.3.2.5.1 Plantas Cadastrais
Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas já
existentes, confiáveis e atualizadas, ou através de um novo levantamento topográfico, ou mesmo através de
levantamentos aerofotogramétricos feitas por câmeras analógicas e digitais. Em caráter especial e após
acordado com a Área de Projetos da Enel Distribuição Ceará, também podem ser aceitas imagens
georreferenciadas de programas da rede mundial de computadores (internet).
6.3.2.5.2 Mapa de Reconhecimento
Nesta planta deve constar o traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e outros
pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde será construída, reformada ou
ampliada a LDAT, em desenho com escala adequada. Nas obras localizadas em áreas rurais indicar também,
município, localidade, rios ou açudes como pontos de referência, estradas de acesso, a subestação ou LDAT
de onde deve derivar a nova LDAT e os códigos operacionais das linhas e estruturas locadas a montante e a
jusante da derivação.
O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado da LDAT. No mapa
de reconhecimento deve conter dois ou mais encaminhamentos levantado por sistema de posicionamento
global, GPS (Global Positioning System), para que o projetista possa escolher entre as opções apresentadas
o encaminhamento mais adequado. O técnico incumbido do levantamento cadastral deve orientar o topógrafo
na localização de todos os pontos dos suportes viários existentes. Não havendo estrada, a locação será
através de picadas, que devem evitar, ao máximo, o corte da vegetação.
Com base no mapa de reconhecimento, a Área de Projetos determinará as diretrizes da LDAT em toda sua
extensão, devendo qualquer alteração neste traçado, ser efetuada mediante prévia autorização por escrito da
Área de Projetos.
6.3.2.5.3 Mapa Chave
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O mapa chave é utilizado para traçar o circuito da LDAT e tem a finalidade de dar uma visão geral do sistema
elétrico, devendo-se indicar nesta planta a diretriz da LDAT assinalados os pontos de deflexão (em graus,
minutos e segundos), entradas e saídas de linhas. Além disso, deve conter todos os acidentes ao longo da
LDAT. O desenho do mapa chave deve ser feito através do software Autocad no formato e escala conveniente.
6.3.2.5.4 Perfil Planialtimétrico
O perfil planialtimétrico é destinado à locação das estruturas do projeto e a representação planimétrica da
LDAT, podendo ser executado com equipamento topográfico como a Estação Total ou GPS. O desenho do
perfil planialtimétrico deve ser feito através do software Autocad no formato mais conveniente e escala
horizontal 1:5000 e escala vertical 1:500, conforme Desenho 010.01. Esta planta deve conter:
a) desenho do perfil planialtimétrico, com as estruturas, condutores, vãos, as estacas referentes a cada estrutura, os nomes dos proprietários dos terrenos atravessados pela LDAT, o tipo de solo, o tipo de vegetação e a planta baixa contendo a representação das estruturas com as deflexões da LDAT e os detalhes existentes ao longo da mesma;
b) na vista planimétrica: os detalhes enumerados a seguir, desde que contidos na faixa de servidão da LDAT e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas do eixo da LDAT:
indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias;
todos os caminhos, rios, córregos, açudes, lagoas, etc.;
todas as LDATs, redes de distribuição urbana e rural, e redes de comunicação;
indicação de cercas contendo o número de fios de arame;
divisões de propriedades com a denominação do proprietário, alturas, tipo de vegetação e solo;
detalhes dos pontos de saída e chegada da LDAT, com indicação de linhas e redes existentes, ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente com sua respectiva coordenada georreferenciada UTM (Universal Transverse Mercator);
núcleos populacionais;
indicação das estacas nos pontos de deflexões, utilizando marcos de concreto nestes pontos;
indicação de campos de pouso e aeroportos.
6.3.2.5.5 Levantamento Topográfico
Consiste na determinação planialtimétrica do terreno, ao longo do caminhamento de toda a LDAT. Neste
levantamento devem ser determinados os acidentes considerados relevantes à elaboração do projeto, quais
sejam: cruzamento de estradas de ferro e rodagem, linhas telegráficas e de energia elétrica, pontes ou
viadutos, campo de pouso, tipos e características de cercas, edificações contidas na área do projeto e outros
acidentes notáveis, devendo-se, em casos excepcionais, levantarem-se perfis paralelos ao eixo da LDAT. O
levantamento topográfico deve ser feito conforme prescrições do critério de execução CE-002 da Enel
Distribuição Ceará.
6.3.3 Projeto de Aterramento das Estruturas
6.3.3.1 Medição da Resistividade do Solo
Uma das condições para que um sistema elétrico de potência opere corretamente, mantendo a continuidade
de serviço e a segurança, é que o neutro do sistema e demais partes metálicas não energizadas, estejam
devidamente aterrados.
O projeto das LDATs deve prever em cada estrutura, no mínimo, um ponto de terra visando atingir uma
resistência de aterramento de pé de torre o mais próximo possível de 20Ω, conforme estruturas de
aterramento do Desenho 010.13.
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Para atingir a finalidade que se destina, um sistema de aterramento deve atender e proporcionar os seguintes
requisitos:
manter valores de tensão estrutura-terra dentro do nível de segurança, no caso das partes metálicas serem acidentalmente energizadas;
proporcionar um caminho de escoamento para a terra das descargas atmosféricas ou sobretensões provocadas por manobras de equipamentos, fixando a tensão de isolação a valores determinados;
permitir aos equipamentos de proteção isolar rapidamente as falhas à terra;
proporcionar o escoamento para a terra da eletricidade estática gerada, por equipamentos ou por indução, evitando o faiscamento.
A resistividade do solo varia de acordo com o tipo de solo, conforme os valores orientativos do Desenho
010.13. Durante a fase de projeto da LDAT devem ser realizadas, no mínimo, 2 (duas) medições de
resistividade em cada tipo de solo existente ao longo da LDAT. Caso o tipo de solo seja praticamente o mesmo
ao longo da LDAT, pode existir diferença de resistividade do solo devido a áreas mais baixas, onde existe
presença de lagoas, açudes, ou mesmo rios, em detrimento a outras áreas totalmente áridas. Nesses casos,
recomenda-se que pelo menos devem ser efetuadas medições em trechos da linha escolhidos de forma que
as medições sejam representativas em relação à quantidade total de estruturas previstas (sugere-se que
sejam realizadas medições em 1/6 da quantidade de estruturas previstas e ao longo dos diversos trechos da
LDAT).
6.3.3.2 Tipos de Aterramento
A partir dos valores obtidos nas medições, o projetista deve elaborar um memorial de cálculo, definindo o
comprimento do contrapeso (condutor de interligação entre as hastes) e a quantidade de hastes necessárias,
e o tipo de aterramento para cada estrutura.
Na elaboração do memorial devem ser consideradas as seguintes prescrições:
a) devem ser preenchidos os formulários do Desenho 010.14, folhas 1/2 e 2/2, com os valores reais medidos de resistividade, tipos de aterramento utilizado e demais informações solicitadas;
b) deve constar o tipo de aterramento que deverá ser utilizado por tipo de estrutura;
c) devem ser utilizados, os tipos de aterramento do Desenho 010.13, folhas 1/2 e 2/2, observando os seguintes critérios:
utilizar o aterramento convencional com 01 (uma) haste, sem contrapeso, tipo ATER-LTS, no caso de terrenos com baixo valor de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2;
utilizar os aterramentos tipo ATER-LT1 a ATER-LT6, com hastes e contrapeso, no caso de terrenos com
resistividades variando de 100.m a 2000.m, conforme Desenho 010.13, folha 1/2;
utilizar o aterramento convencional com haste e com concretagem tipo ATER-LTC, para terrenos rochosos com altos valores de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2.
6.4 PROJETO ELETROMECÂNICO
6.4.1 Condutores
6.4.1.1 Condutores Padronizados
Os condutores a serem utilizados nas LDATs são definidos a partir dos estudos realizados pela Área de
Planejamento. As LDATs novas devem ser projetadas com condutores em liga de alumínio CAL ou em
situações especiais, como em áreas densamente povoadas, em alumínio CA Termorresistente, conforme
apresentados na Tabela 4.
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Para maior proteção dos condutores contra danos devidos à vibração ocasionada pelos ventos, deve ser
prevista a utilização de dispositivos especiais ou amortecedores de vibração, principalmente nos casos de
vãos grandes, travessias de grandes rios, açudes ou lagos, ou ainda quando as características dos ventos
locais, aliadas à tensão mecânica e diâmetro do cabo, favoreçam a ocorrência de vibração eólica. A
necessidade da utilização desses dispositivos deve ser definida pela Área de Projetos através dos dados
históricos da região e/ou informações do levantamento realizado, e devem ser adquiridos conforme Desenhos
730.45 e 730.46 do PM-01 da Enel Distribuição Ceará.
Tabela 4: Condutores Aplicados em LDATs Novas
Tipo
(mm²)
Bitola
(MCM)
Nº de
Fios
Seção
(mm²)
Diâmetro
do
Condutor
(mm)
Massa
(kg/km)
Carga de
Ruptura
Máxima
(daN)
Capacidade
Nominal
(A)
Condutores com
Diâmetros Equivalentes
(AWG ou MCM)
CAA CA
160 CAL 321,8
A6201 19 158,5 16,35 441 4.762 460 266,8 -
315 CAL 652,5
A6201 37 330,6 23,03 866 9.198 730 - 556,5
500 CAL 927,2
A6201 37 469,80 29,05 1.397 14.583 1.018 - 954
T-Dahlia 556,5 CA 19 282,37 21,75 779,09 4.333 1.080 - 556,5
NOTA 1: Para fins de aquisição no mercado nacional, estamos considerando os cabos de liga de alumínio
(CAL) 160, 315 e 500, respectivamente, os denominados como BUTTE, ELGIN e GREELEY.
Na Tabela 5 são apresentados os condutores que podem ser utilizados somente em projetos de reformas de
LDATs existentes que previamente foram construídas com estes tipos de cabos.
Tabela 5: Condutores Aplicados em Reformas de LDATs Existentes
Condutores
Tipo Formação
Nº de Fios
Diâmetro
do
Condutor
(mm)
Massa
(kg/km)
Carga de
Ruptura
Máxima
(daN)
Capacidade
Nominal
(A)
Alumínio
(AWG/MCM) Cobre
(mm2) CAA CA
1/0 - - Raven 6/1 10,11 216,34 1.904 242
4/0 - - Penguin 6/1 14,31 433,40 3.709 350
266,8 - - Partridge 26/7 16,31 547,00 4.936 475
336,4 - - Linnet 26/7 18,31 689,80 6.273 510
477 - - Hawk 26/7 21,78 975,33 8.538 640
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636 - - Grosbeak 26/7 25,16 1.299,00 11.038 790
- 336,4 - Tulip 19 16,90 469,10 2.656 495
- 556,5 - Dahlia 19 21,70 773,30 4.246 680
- - 50 - 7 9,00 444,00 2.023 294
- - 150 - 37 15,68 1.360,00 6.095 510
6.4.1.2 Emendas de Condutores
A utilização de emenda em condutores na fase de projeto e construção é terminantemente proibida. O seu
uso está autorizado somente na manutenção, em caráter provisório, conforme o que determina a decisão
técnica DT-097 da Enel Distribuição Ceará.
6.4.2 Aplicação do Padrão de Estrutura
6.4.2.1 Critérios Gerais
Os projetos de LDATs devem ser elaborados tomando como referência este Critério de Projeto e os padrões
de LDAT, classe de tensão 72,5kV da Enel Distribuição Ceará. Os padrões de LDAT têm por objetivo nortear
os projetistas na definição e elaboração do projeto e fixar as características básicas para a montagem
eletromecânica das estruturas de LDAT.
Os critérios adotados pelo projetista para aplicação dos padrões de LDAT devem levar em consideração o
tipo de circuito (simples ou duplo), a localização geográfica (urbano ou rural) e comprimento dos vãos
(distâncias entre estruturas), conforme definido a seguir para os padrões de LDAT: PE-044, PE-045, PE-046,
PE-047, PE-048 e PE-049.
Em casos excepcionais, em que o estudo técnico permitir, o projetista pode utilizar as estruturas informadas
abaixo com ângulos diferentes dos indicados. Neste caso, o projetista deve apresentar um memorial de
cálculo para ser submetido à aprovação da Área de Projetos.
No projeto deve ser informado o sentido da Carga e da Fonte para que a convenção estabelecida pela Chesf
em relação às fases seja única durante as etapas de projeto, construção e manutenção. Essa convenção foi
definida considerando quando um observador de costas para fonte e olhando de frente para a estrutura,
iniciando as fases da esquerda para direita independente da estrutura.
6.4.2.2 Padrão de Estrutura - Convencional sem Cabo Para-raios
O Padrão PE-044 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs convencionais,
sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância de vãos médios e
grandes, sem a utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 6 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-044.
Tabela 6: Estruturas de LDAT Convencional sem Cabo Para-raios - PE-044
Tipos de Estruturas do PE-044 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados
()
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TAR
Simples
= 0º HAR
HAL 0º 2º
HAB 3º 25º
HALA 25º 90º
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-044:
– TAR - Triangular em Ângulo Reto;
– HAR - Horizontal em Ângulo Reto;
– HAL - Horizontal Amarração em Alinhamento;
– HAB - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz;
– HALA - Horizontal Amarração em Ângulo.
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6.4.2.3 Padrão de Estrutura - Convencional com Cabo Para-raios
O Padrão PE-045 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs convencionais,
sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância de vãos médios e
grandes. Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível Isoceráunico alto onde se dá a necessidade de
utilização de cabo Para-raios.
Na Tabela 7 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-045.
Tabela 7: Estruturas de LDAT Convencional com Cabo Para-raios - PE-045
Tipos de Estruturas do PE-045 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados
()
TAR-PR
Simples
= 0º HAR-PR
HAL-PR 0º 2º
HAB-PR 3º 25º
HALA-PR 25º 90º
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas:
– TAR-PR - Triangular em Ângulo Reto com cabo para-raios;
– HAR-PR - Horizontal em Ângulo Reto com cabo para-raios;
– HAL-PR - Horizontal Amarração em Alinhamento com cabo para-raios;
– HAB-PR - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz com cabo para-raios;
– HALA-PR - Horizontal Amarração em Ângulo com cabo para-raios.
6.4.2.4 Padrão de Estrutura - Compacta sem Cabo Para-raios
O Padrão PE-046 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs compactas, sempre
que estas estejam localizadas em áreas rurais ou urbanas e que exista a predominância de vãos pequenos e
médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m, e sem a utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 8 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-046.
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Tabela 8: Estruturas de LDAT Compactas sem Cabo Para-raios - PE-046
Tipos de Estruturas do PE-046 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados
()
CVAR
Simples
= 0º
CVAL 0º 25º
CVALA 25º 80º
CVAG 80º 90º
CVAB
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-046:
– CVAR - Compacto Vertical Ângulo Reto;
– CVAL - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo);
– CVALA - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo);
– CVAG - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande;
– CVAB - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.
6.4.2.5 Padrão de Estrutura - Compacta com Cabo Para-raios
O Padrão PE-047 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs compactas, sempre
que estas estejam localizadas em áreas rurais e urbanas e que exista a predominância de vãos pequenos e
médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m. Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível
Isoceráunico alto onde se dá a necessidade de utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 9 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-047.
Tabela 9: Estruturas de LDAT Compactas com Cabo Para-raios - PE-047
Tipos de Estruturas do PE-047 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados
()
CVAR-PR
Simples
= 0º
CVAL-PR 0º 25º
CVALA-PR 25º 80º
CVAG-PR 80º 90º
CVAB-PR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-047:
– CVAR-PR - Compacto Vertical Ângulo Reto com cabo para-raios;
– CVAL-PR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com cabo para-raios;
– CVALA-PR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com cabo para-raios;
– CVAG-PR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com cabo para-raios;
– CVAB-PR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com cabo para-raios.
7.2.6 Padrão de Estrutura - Estruturas Especiais de LDAT e Detalhes de Instalação
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Na Tabela 10 são apresentadas as seguintes estruturas contempladas no PE-048, para chave secionadora e
derivações em LDAT, sem cabo para-raios, conforme a estrutura de referência.
Tabela 10: Estruturas Especiais de LDAT - PE-048
Tipos de Estruturas do PE-048 Tipo de Circuito Estrutura de Referência
ESTV
Simples
CVALDR CVAL
CVALADR CVALA
CVAGDR CVAG
CVABDR CVAB
ESTVDR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-048:
– ESTV - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical;
– CVALDR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com Derivação;
– CVALADR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com Derivação;
– CVAGDR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com Derivação;
– CVABDR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com Derivação;
– ESTVDR - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical Especial com Derivação.
NOTA 2: Nas estruturas ESTV e ESTVDR as chaves seccionadoras devem estar instaladas no alinhamento da
LDAT, permitindo a utilização de ângulos apenas na estrutura de derivação, e em hipótese alguma nas chaves.
NOTA 3: Para maiores detalhes da chave seccionadora, deve ser consultada a especificação corporativa
E-SE-004.
NOTA 4: O Padrão PE-048 também deve ser utilizado como referência na elaboração dos projetos de todos
os tipos de estruturas de LDATs. Neste padrão constam os detalhes de instalação das estruturas e a relação
completa dos materiais e equipamentos utilizados.
6.4.2.7 Padrão de Estrutura - Circuito Duplo
O Padrão PE-049 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs com circuito duplo
independente, seja no padrão urbano (vãos pequenos e médios) ou rural (vãos grandes), com um ou dois
postes. Podem ser utilizados também com cabos para-raios em áreas com nível Isoceráunico elevado.
Quando a LDAT for projetada no padrão de circuito duplo, a Área de Projetos da Enel Distribuição Ceará deve
ser previamente consultada para definição da melhor alternativa.
Tabela 11: Estruturas de LDAT com e sem Cabo Para-raios - PE-049
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Tipos de Estruturas do PE-049 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados
()
2T-ARH / 2T-ARH-PR
Duplo
= 0º
D-HAL / D-HAL-PR 0º 2º
D-HAB / D-HAB-PR 3º 25º
D-TAR / D-TAR-PR = 0º
CVARD
2xCVAL / 2xCVAL-PR 0º 25º
2xCVALA / 2xCVALA-PR 25º 80º
2xCVAG / 2xCVAG-PR 80º 90º
2xCVAB / 2xCVAB-PR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-049:
– 2T-ARH - Circuito Duplo Duas Tangentes Alinhamento Reto Horizontal;
– D-HAL - Circuito Duplo Horizontal Amarração em Alinhamento;
– D-HAB - Circuito Duplo Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz;
– D-TAR - Circuito Duplo Triangular em Ângulo Reto;
– CVARD - Circuito Duplo (em 01 poste) Compacto Vertical Ângulo Reto;
– 2xCVAL - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo);
– 2xCVALA - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo);
– 2xCVAG - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande;
– 2xCVAB - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.
NOTA 2: A estrutura CVARD somente deve ser projetada como última alternativa, pois as distâncias
reduzidas dificultam a manutenção dessas linhas, e quando da sua construção as furações utilizadas do
poste devem ser alternadas, ou seja, o mesmo parafuso não deve fixar as duas bases deformáveis.
6.4.3 Posteamento
6.4.3.1 Critério para Escolha do Poste
O critério para adoção do comprimento dos postes deve ser em função das estruturas, afastamentos e da
flecha dos condutores, sendo de responsabilidade da Área de Projetos.
6.4.3.2 Engastamento
6.4.3.2.1 Quanto a Classificação
Os engastamentos das LDATs são classificados em 3 (três) tipos básicos: simples, base com manilha e
fundação especial. Na Tabela 12 e no Desenho 010.02 são apresentados os detalhes de cada tipo.
Após o fincamento do poste, a terra deve ser bem compactada energicamente em camadas de, no máximo,
20cm ao redor do poste. A última camada de terra, mesmo ficando abaixo de 20cm, também deve ser
compactada.
6.4.3.2.2 Engastamento Simples
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O poste deve ser fincado e aterrado com areia grossa.
6.4.3.2.3 Engastamento com Manilha
As manilhas devem ser de concreto armado vibrado mecanicamente, com espessura de no mínimo, 5cm e
altura de 50cm, constando de 5 anéis de ferro de 3/16” espaçados de 10cm, amarrados por ferros verticais
de 3/16” espaçados de 25cm aproximadamente.
O enchimento da manilha deve ser com areia grossa e fechada na parte superior com argamassa de cimento
de 2cm de espessura e traço de 1:5 (cimento: areia grossa), e as junções das manilhas devem ser rejuntadas.
6.4.3.2.4 Engastamento com Fundação Especial
A fundação especial deve apresentar dois conjuntos de manilhas, um interno e outro externo, e as manilhas
devem ter as características citadas no item “b” acima.
O enchimento do conjunto interno de manilhas deve ser com areia grossa compactada em camada de no
máximo de 20cm.
O fechamento das partes superior e inferior, deve ser em concreto simples, traço 1:3:4 (cimento : areia grossa
: brita) com espessura de 5cm e 10cm respectivamente. O espaçamento entre os conjuntos de manilhas
(interno e externo) deve ser preenchido com pedra de mão argamassada com traço 1:8 (cimento : areia
grossa), e as junções das manilhas devem ser rejuntadas.
6.4.3.3 Postes Padronizados
Na Tabela 12 são apresentados os dados especificados para cada tipo de poste, conforme a especificação
técnica ET-300 da Enel Distribuição Ceará, e suas respectivas aplicações conforme Desenho 010.02.
Conforme a necessidade de cada projeto, postes especiais de 25, 27, 28, 29, 30 metros, ou superiores, podem
ser solicitados. Os postes superiores a 23 metros devem ser solicitados de encaixe, para facilitar o transporte
e instalação em áreas urbanas.
Como alternativa para as LDATs onde a implantação dos postes seja caracterizada como área de difícil
acesso, e desde que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de execução de serviço,
previamente justificado, podem ser utilizados postes poliméricos (fibra de vidro) conforme especificação
técnica ET-301, da Enel Distribuição Ceará. Salientamos que na tecnologia atual padronizada, postes de fibra
acima de 12 metros devem ser bipartidos, circulares e com topo quadrado atendendo nossa furação padrão.
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Tabela 12: Postes Padronizados para LDAT
POSTE TIPO DE ENGASTAMENTO
Comprimento
Nominal
(m)
Tipo
Resistência
Nominal
(daN)
Engastamento
(m)
(e)
Simples Base Reforçada
Manilha
(fig. 4)
Fundação Especial (Fig. 5)
Escavação
Retangular
(Fig. 1)
Escavação
Circular
(Fig. 2)
Bloco Concreto
Armado p/ Estai
(Fig. 3)
Dimensões
(m)
Manilha Interna Manilha Externa
Dimensões
(m)
(a x b)
Diâmetro
(m)
(d1)
Dimensões
(m)
Diâmetro
(m)
(d2)
(d3) ( l ) (d4) (n)
14
B 600
2,00
0,90 x 0,80 1,00
0,16 x 0,20 x 1,50
1,00
1,20 2,00
1,50 1,50 B-1,5 1000 1,00 x 0,80
B-3 1500 1,00 x 0,90 1,10 1,20
B-6 2400 1,10 x 0,90 1,20
17
B 600
2,30
1,00 x 0,90 1,10
0,16 x 0,20 x 1,50 1,20 1,20
2,50 1,50
2,00 B-1,5 1000
1,10 x 0,90 B-3 1500 1,20
B-6 2400 1,20 x 1,00 1,30 1,50 1,50 2,00
20
B-1,5 1000
2,60 1,20 x 1,00
1,20
0,16 x 0,20 x 1,50
1,20 1,20 3,00 1,50
2,50 B-3 1500 1,30 1,50 1,50 2,00
B-6 2400 1,30 x 1,10 1,40
23 B-3 1500
2,90 1,30 x 1,10 1,40
0,16 x 0,20 x 1,50 1,50 1,50 3,00 2,00 2,50 B-6 2400 1,40 x 1,10 1,50
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6.4.4 Estaiamento
Em todos os casos onde forem utilizados estais, deve ser obrigatório que os estais sejam sinalizados com
pintura na cor laranja retro-reflexiva, ou empregado cobertura sinalizadora que faça o recobrimento do cabo
de aço do estai na cor auto retro-reflexiva, até no mínimo, 2 (dois) metros de altura, conforme padronizado no
Desenho 220.35 do padrão de material da Enel Distribuição Ceará.
A alternativa de fundação especial nas estruturas de amarrações em substituição aos estais deve ser avaliada
pelo projetista.
6.4.5 Aterramento
O projetista deve utilizar no aterramento das estruturas os materiais e critérios definidos neste documento,
conforme especificados a seguir:
6.4.5.1 Haste de Aterramento
A haste de aterramento deve ser de aço cobreado, circular, 13x2000mm, conforme Desenho 800.01 do
padrão de material da Enel Distribuição Ceará e instalada com o conector cunha de aterramento, conforme
Desenho 710.40 do padrão de material PM-01 e especificação técnica MAT-OMBR-MAT-18-0119-EDCE
Conectores para Redes, Linhas e Subestações da Enel Distribuição Ceará.
6.4.5.2 Profundidade da Haste de Aterramento
A haste de terra deve ser fincada no solo de maneira que a sua extremidade superior fique a uma profundidade
mínima de 60cm da superfície do solo.
6.4.5.3 Conexões
O conector utilizado para fazer as conexões de aterramento deve ser para condutor de cobre 16-120mm²,
conforme Desenho 710.26 do PM-01 e especificação técnica MAT-OMBR-MAT-18-0119-EDCE Conectores
para Redes, Linhas e Subestações da Enel Distribuição Ceará.
6.4.5.4 Condutor
O aterramento deve ser feito com cabo de aço cobreado 7x10AWG, conforme Desenho 805.02 do padrão de
material PM-01 da Enel Distribuição Ceará.
6.4.5.5 Configuração do Aterramento
A configuração da malha deve, sempre que possível, atender aos seguintes critérios:
– a malha deve ser em linha reta e paralela a estrutura, devendo ficar a haste situada a 1 metro do poste;
– a malha deve ficar do lado oposto a via de trânsito;
– a quantidade de hastes da malha a ser instalada depende da resistividade do solo e conseqüen-temente dos cálculos apresentados no memorial de cálculo da malha de terra de cada estrutura;
– o projeto da malha deve garantir que a resistência equivalente do solo atinja um valor o mais próximo possível de 20Ω (ohms).
6.4.5.6 Aterramento e Seccionamento de Cercas
No aterramento de cercas deve ser utilizada uma haste de terra afastada da base do mourão a uma distância
nunca inferior a 1 metro.
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O seccionador preformado utilizado em seccionamento de cercas de arame deve ser especificado, conforme
Desenho 750.01 do padrão de material PM-01 da Enel Distribuição Ceará.
6.4.5.6.1 Aterramento de Cercas em Áreas Urbanas
As cercas localizadas na mesma calçada do posteamento da LDAT devem ser aterradas, conforme
especificado no padrão de estrutura PE-048 e obedecer aos seguintes critérios:
– cercas paralelas a LDAT até 50m, aterrar no ponto central da cerca;
– cercas paralelas a LDAT, com comprimento acima de 50m, fazer o seccionamento a cada 50m e aterrar no ponto central do vão secionado. Quando no último vão da cerca tiver fração inferior a 15m, o seccionamento da cerca deve ser no final da mesma;
– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas.
6.4.5.6.2 Aterramento de Cercas em Áreas Rurais.
O aterramento das cercas deve estar de acordo com o padrão de estrutura e obedecer aos seguintes critérios:
– todas as cercas que correm em paralelo com a LDAT, a uma distância igual ou inferior a 30m entre o condutor e o arame mais próximo devem ser seccionadas a cada 500m e aterrada a cada 250m, fazendo coincidir os aterramentos próximos ao seccionamento;
– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas;
– todas as extremidades das cercas devem ser aterradas junto às porteiras.
6.4.5.6.3 Aterramento de Cercas Eletrificadas
A finalidade da cerca eletrificada é manter animais confinados em uma determinada área ou proteger
propriedades contra o acesso de animais domésticos e selvagens, portanto em nenhuma hipótese deve ser
usada para proteger a propriedade contra pessoas.
A cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construída por empresa idônea, que
possa dar garantia, assistência técnica e orientações quanto à operação e manutenção do equipamento. O
proprietário é responsável por qualquer anormalidade ou acidente que venha ocorrer na cerca eletrificada e
com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar. A cerca não deve, em nenhuma hipótese, ser
eletrificada com energia diretamente da rede elétrica sem que seja por meio de eletrificador (pulsos elétricos).
Nas aproximações ou cruzamentos da LDAT sobre cercas eletrificadas devem ser adotados os seguintes
procedimentos:
– cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30m do deixo da LDAT;
– nos casos onde for necessário cruzar a LDAT sobre a cerca eletrificada, devem ser colocados dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de ruptura do condutor da linha este venha a cair sobre a cerca eletrificada.
Os dois condutores de proteção devem ter 60m de comprimento, sendo 30m para cada lado, devendo ser
aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 010.03.
6.4.6 Indicador de Falta
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Este equipamento tem a capacidade de detectar e indicar faltas em linhas de transmissão, conseguindo
reduzir de forma considerável os tempos de inspeção associados à respectiva falta. O indicador de falta
utilizado nas LDATs deve conter as características técnicas especificadas no Desenho 141.01 do padrão de
material PM-01 da Enel Distribuição Ceará.
Este dispositivo deve ser instalado nas LDATs rurais a cada 15km, o mais próximo das estruturas e em
situação de fácil visualização, obedecendo ao procedimento de execução WKI-HVOU-DCE-18-0002-EDCE
Construção e Reforma de Linhas de Distribuição de Alta Tensão da Enel Distribuição Ceará.
Quando se tratar de LDAT em circuitos duplos ou em paralelo com outros circuitos, deve-se evitar a sua
instalação, pois pode ocorrer a sinalização indevida do equipamento ocasionado pela presença do campo
elétrico produzido pelo outro circuito. Na estrutura também não deve haver seccionador, para-raios ou outro
componente que possa influenciar o campo elétrico. Para verificar as distâncias com outros circuitos, deve-
se consultar manual do fabricante.
Para a fixação do indicador de corrente de falta, ou falha, ao cabo, deve ser utilizada vara de manobra, para
encaixar a alça articulada, situada em sua parte superior, no cabo, conforme apresentado no Desenho 010.04.
6.4.7 Travessias e Distâncias de Segurança
As disposições deste item relacionam-se com as condições que devem ser satisfeitas nas travessias de
LDATs sobre outras linhas e redes, vias de transporte, edificações, florestas e demais formas de vegetação
consideradas de preservação permanente.
As distâncias de segurança são os afastamentos mínimos recomendados do condutor e seus acessórios
energizados e quaisquer partes, energizadas ou não, da própria linha, do terreno ou dos obstáculos
atravessados, conforme prescrições constantes das seções subseqüentes.
A distância mínima de segurança do condutor ao solo ou obstáculos, deve ser verificada nas condições mais
desfavoráveis da flecha, considerando a fluência do condutor por um período mínimo de 10 anos (Creep), em
condições de ar calmo (sem vento), em horário de temperatura máxima ambiente, bem como, após um
período mínimo a ser considerado que possibilite a acomodação do cabo após os trabalhos de montagem.
As plantas de travessias devem ser elaboradas baseadas nas normas dos órgãos afetados pela travessia e
devem ser submetidas a aprovação dos mesmos. O desenho da planta de travessia deve ser elaborado
conforme modelo apresentado no Desenho 010.05.
Na Tabela 13 são fixadas as distâncias mínimas de segurança, o número do desenho da travessia e o ângulo
de deflexão que devem ser considerados e obedecidos no projeto e construção da LDAT.
Tabela 13: Espaçamentos Elétricos e Distâncias de Segurança para LDAT de 72,5kV
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Natureza da Região ou Obstáculo Próximo ou
Atravessado pela LDAT de 72,5kV
Distância “D” Mínima
do Condutor
(m)
N.º do
Desenho
Ângulo de
Deflexão
Mínimo
Locais acessíveis apenas a pedestres 6,00 010.06
-
Locais onde circulam máquinas agrícolas 6,50 -
Rodovias, ruas e avenidas 8,00 010.07 15°
Ferrovias não eletrificadas 9,00
010.08 60° Ferrovias eletrificadas ou com previsão de eletrificação 12,00
Suporte de linha pertencente à ferrovia 4,00 NOTA 1
Águas navegáveis H + 2,00 NOTA 2
010.09 15° Águas não navegáveis 6,00
LDATs de 550kV 6,00
010.10 15°
LDATs de 242kV 3,00
LDATs de 72,5kV 1,70
Redes de Distribuição de 38kV 1,70
Redes de Distribuição 15kV 1,70
Redes de Telecomunicações 2,00
Paredes 3,00
010.11 - Telhados, terraços ou sacadas (não acessíveis a pedestres) 4,00
Telhados, terraços ou sacadas (acessíveis a pedestres) 6,00
Instalações transportadoras (Ex.: teleféricos) 3,00 010.12 -
Veículos rodoviários e ferroviários 3,00
NOTA 1: Distância mínima exigida na NBR 5422.
NOTA 2: O valor H corresponde à altura, em metros, entre a superfície da água e o topo do maior mastro.
Este valor deve ser fixado pela autoridade responsável pela navegação na via considerada, levando-se em
conta o nível máximo de cheia ocorrida nos últimos 10 anos.
6.4.7.1 Travessia sobre Locais Acessíveis Apenas a Pedestres ou Onde Circulam Máquinas Agrícolas
A distância de segurança que corresponde a altura do condutor da LDAT ao solo em locais acessíveis
somente a pedestres deve ser no mínimo 6m e onde circulam máquinas agrícolas deve ser no mínimo 6,5m,
conforme apresentado no Desenho 010.06.
6.7.7.2 Travessias sobre Rodovias, Ruas e Avenidas
A distância de segurança dos condutores á superfície do solo na condição de flecha máxima nos trechos da
LDAT sobre rodovias, ruas e avenidas deve ser no mínimo 8m, conforme apresentado no Desenho 010.07.
Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos:
a) o projeto de LDAT deve evitar ao máximo possível as travessias;
b) as estruturas de travessia sobre rodovias e avenidas devem ser obrigatoriamente de amarrações;
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c) a execução de travessia, deve ter uma autorização prévia do órgão responsável;
d) o ângulo mínimo entre os eixos da LDAT e da rodovia deve ser 15º, conforme norma NBR 5422 e detalhado no Desenho 010.07;
e) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias, sempre que possível em posição tal que a distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior do acostamento, seja maior que a altura da estrutura.
Em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsável pela rodovia, as estruturas podem ser
colocadas à distância inferiores às apresentadas na alínea “e” e até mesmo dentro da faixa de domínio das
rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com pistas múltiplas.
6.4.7.3 Travessias Sobre Ferrovias
A distância de segurança que corresponde a altura mínima do condutor da LDAT, sobre ferrovias não
eletrificadas deve ser de no mínimo 9m e ferrovias eletrificadas deve ser de no mínimo 12m, conforme
apresentado no Desenho 010.08. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes
requisitos:
a) para a execução da travessia, deve ser previamente solicitado um termo de permissão ao órgão responsável;
b) a travessia deve ser projetada conforme o modelo apresentado no Desenho 010.08 e norma NBR 5422;
c) as estruturas de travessia sobre vias férreas devem ser obrigatoriamente de amarrações;
d) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das ferrovias e em posição tal que a menor distância medida sobre a superfície do terreno, do suporte ao trilho mais próximo, seja maior que a altura da estrutura;
e) sempre que possível às travessias sobre áreas das estações ferroviárias não devem ser projetadas. Em
casos excepcionais, mediante acordo com o órgão responsável pela ferrovia a LDAT pode ser projetada.
Em travessia de LDAT quando a ferrovia for existente, deve ser previsto uma malha sobre a ferrovia
exatamente no trecho da travessia, isso para proteger a ferrovia de um eventual rompimento do condutor
sobre a linha férrea. O projeto da malha, assim como os custos envolvidos, deve ser acordado entre a Enel
Distribuição Ceará e o órgão responsável pela ferrovia antes do projeto e construção da travessia da LDAT.
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6.4.7.4 Travessias Sobre as Águas Navegáveis ou Não Navegáveis
A distância de segurança, que corresponde à altura do condutor da LDAT na condição de flecha máxima
sobre águas navegáveis deve ser 2 metros + “H”, onde “H” corresponde a altura do topo do maior mastro à
superfície da água, e para águas não navegáveis deve ser no mínimo 6m, conforme apresentado no Desenho
010.09. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos:
a) as estruturas de travessia sobre águas devem ser obrigatoriamente de amarração;
b) o ângulo mínimo entre o eixo da LDAT e o curso de água deve ser de 15º, conforme Desenho 010.09 e norma NBR 5422.
7.7.5 Travessia sobre Linhas e Redes
A distância de segurança que corresponde à altura mínima do condutor da LDAT, sobre linhas de distribuição
aéreas de alta tensão e redes de distribuição de média tensão, ou redes de telecomunicações deve ser
calculada conforme especificado na norma NBR 5422. Na Tabela 13 são apresentados os valores das
distâncias de segurança, e no Desenho 010.10 os detalhes. Além da distância de segurança, a LDAT deve
atender aos seguintes requisitos:
a) o ângulo mínimo entre os eixos das redes de telecomunicações, rede de distribuição de média tensão ou LDATs deve ser de 15º, conforme especificado no Desenho 010.10 e na NBR 5422;
b) a LDAT de mais elevada tensão deve sempre ser projetada em nível superior;
c) sempre que uma LDAT projetada estiver em nível superior a uma LDAT, rede de distribuição ou redes de telecomunicações, o projeto deve atender aos requerimentos da norma NBR 5422;
d) travessias sobre redes de distribuição de até 34,5kV e redes de telecomunicações não necessitam de apresentação de projetos de travessias, devendo, caso seja solicitado pelos proprietários dessas redes ou linhas, ser apresentado projeto plotado (perfil e planta) da LDAT, com indicação das alturas dos cabos das instalações atravessadas no eixo de cruzamento.
6.4.7.6 Distância de LDAT para Paredes, Telhados, Terraços ou Sacadas
A distância de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e uma parede deve ser no
mínimo 3m, conforme apresentado no Desenho 010.11. Enquanto à distância de segurança que o projetista
deve prever entre o condutor da LDAT e um telhado, terraço ou sacada deve ser de no mínimo 4m, conforme
apresentado no Desenho 010.11.
As distâncias indicadas no Desenho 010.11 para terraços, telhados ou sacadas não são válidas para os casos
em que os mesmos sejam acessíveis a pessoas. Nestes casos, à distância de segurança da LDAT ao terraço,
telhado ou sacada deve ser no mínimo 6m. As distâncias devem ainda ser aumentadas convenientemente,
se isso se fizer necessário, em vista da existência de equipamentos como guindastes ou andaimes, piscinas,
jardins, ou da execução de trabalhos de conservação, extinção de incêndios, etc.
6.4.7.7 Distância de LDAT para Instalações Transportadoras, Veículos Rodoviários e Ferroviários
A distância mínima de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e instalações
transportadoras (teleféricos, bondinhos, etc.), veículos rodoviários e ferroviários deve ser no mínimo 3m,
conforme apresentado no Desenho 010.12.
6.5 PROJETO
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O projeto deve ser elaborado com a inteira responsabilidade do projetista, considerando os aspectos elétricos
e dimensionais dos postes e estruturas, seguindo o que determina este critério. Nas plantas do projeto da
LDAT o projetista deve adotar as simbologias apresentadas no Desenho 010.15.
6.5.1 Apresentação do Projeto
Os projetos para análise devem ser apresentados em 2 (duas) vias, plotados em papel opaco e em meio
magnético. A pasta do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes requisitos.
6.5.1.1 Identificação do Engenheiro Responsável
A empresa responsável pelo projeto deve apresentar a identificação, comprovação de credenciamento junto
à Enel Distribuição Ceará, o número do telefone e o endereço do responsável técnico.
6.5.1.2 Documentação
Deve ser apresentada a seguinte documentação:
a) uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;
b) cópia do Certificado de Credenciamento para elaboração de projeto e execução de obras, emitido pela Enel Distribuição Ceará, caso necessário;
c) licença junto aos órgãos responsáveis, nos casos de travessias de ferrovias, rodovias ou aproximação de aeroportos;
d) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente;
e) fichas cadastrais dos proprietários, conforme modelo apresentado no Anexo A;
f) Termo de Permissão de Passagem para Levantamento Topográfico quando a LDAT cruza terrenos de terceiros, conforme modelo apresentado no Anexo B;
g) solicitação de documentação para Indenização de Faixa de Servidão, conforme modelo apresentado no Anexo C.
h) resumo de Custo de Indenização de Linha de Distribuição Aérea de Alta Tensão, conforme Anexo D.
6.5.1.3 Planta
Nos desenhos das plantas o projetista deve adotar a simbologia apresentada no Desenho 010.15.
Na pasta do projeto devem constar as seguintes plantas e documentos adicionais:
a) Mapa de Reconhecimento;
b) Perfil Planialtimétrico;
c) Mapa Chave;
d) Desenho dos detalhes a seguir, em plantas individuais:
cruzamento de linhas e redes;
travessias de rios;
travessias de rodovias;
travessias de ferrovias;
estaiamento especial;
desenho e montagem de estruturas especiais, com a justificativa da não utilização das estruturas padronizadas.
e) documentos adicionais
folha de locação;
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tabela de tensionamento;
laudo técnico de avaliação e levantamento cadastral de proprietários.
6.5.1.4 Memorial de Cálculo do Aterramento da LDAT
Este memorial deve conter os cálculos dos aterramentos, a configuração da malha de cada estrutura, com a
quantidade de hastes e tipo do solo.
6.5.1.5 Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo deve ser elaborado conforme modelo apresentado no Anexo E.
6.5.2 Análise e Aceitação do Projeto
Os projetos elaborados por terceiros devem ser analisados pela Enel Distribuição Ceará e seguir as seguintes
prescrições:
a) para aceitação pela Enel Distribuição Ceará o projeto deve, obrigatoriamente, estar de acordo com as normas e padrões da Enel Distribuição Ceará, com as normas da ABNT e com as Normas e resoluções expedidas pelos órgãos oficiais competentes;
b) após análise do projeto, a Enel Distribuição Ceará deve devolver uma via ao interessado, para providências;
c) toda e qualquer modificação no projeto já aceito, somente pode ser feita através do responsável pelo mesmo, mediante consulta a Enel Distribuição Ceará;
d) a Enel Distribuição Ceará não receberá a obra caso haja discordância com o projeto aceito.
6.6 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO
O projeto e demais documentação legal deve estar disponível, a qualquer hora, no local da obra.
6.6.1 Procedimentos de Execução
Durante as etapas de levantamento de dados no campo, de projeto e de construção das linhas, devem ser
seguidos as instruções de trabalho, relativos a cada atividade que esteja sendo executada.
6.6.1.1 Faixa de Servidão
A empresa responsável pela execução da obra deve fazer uma adequada limpeza da faixa de servidão,
conforme especificado nos seguintes Procedimentos de Execução:
– WKI-OMBR-OeM-18-0110-EDCE Execução de Mudança de Tap em Transformadores de Distribuição – Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15kV e 72,5kV);
– WKI-HVOU-DCE-18-0002-EDCE Construção e Reforma de Linhas de Distribuição de Alta Tensão – Construção e/ou Reforma de Linha de Distribuição de Alta Tensão.
6.6.1.2 Codificação de Postes e Estruturas
A empresa responsável pela execução da obra deve codificar os Postes e Estruturas de acordo com o
procedimento de execução WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de
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Distribuição de Alta Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão. Além disso, devem ser observados e
adotados os seguintes procedimentos:
a) quando o posteamento mudar de lado da rua, deve tomar o número da trilha correspondente, par (lado direito) e ímpar (lado esquerdo);
b) quando um poste for deslocado do seu local de origem para outro local da LDAT, este poste deve receber o código, adequado ao novo local;
c) quando um poste codificado for danificado e for necessário substituí-lo por outro no mesmo local até 1(um) metro de distância, este novo poste deve receber o mesmo código do poste que foi retirado da LDAT;
d) interligação de LDAT em estrutura tipo derivação deve ser pintado só um número para cadastramento, embora o poste deva ser cadastrado nos dois circuitos;
e) quando, por qualquer motivo, o poste pertencente a uma SUBESTAÇÃO/LDAT passar a pertencer a outra, é necessário fazer alteração no cadastro da LDAT informando que o poste ficou pertencendo a uma nova SUBESTAÇÃO/LDAT. A codificação existente no poste não será alterada;
f) o campo da codificação deve ser pintado com aplicação de duas demãos de tinta esmalte sintético na cor amarela, notação Munsell 5y8/12;
g) na codificação do poste será pintado sobre o campo amarelo, apenas o código operacional da LDAT e o número seqüencial do poste, para os padrões rural e urbano. Nos casos de intercalação de postes onde não seja possível renumerar a linha toda devido envolver um custo significativo, recomenda-se que os postes intercalados sejam numerados segundo as letras A, B, C, conforme apresentado na Figura 1:
Figura 1: Codificação de poste - Intercalação
h) os algarismos e letras devem ser pintados na cor preta, notação Munsell n.º 1 e possuir os tipos e dimensões indicados no WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão com duas demãos de esmalte sintético;
i) o campo deve ser pintado na face lisa do poste. Quando a face lisa não estiver para o lado da rua, pintar na face voltada para o lado de crescimento da numeração, conforme detalhado no WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão;
j) no caso de estruturas tipo H (HAR, HAL, HAB) com 2 postes, ou com 3 postes, tipo HALA, a numeração deve ser feita no poste mais próximo da rua, conforme já apresentado nos itens anteriores;
k) quando houver descida de cano de ferro ou eletroduto, do lado do poste que dá para rua ou estrada, o campo e os códigos devem ser pintados neste mesmo lado, só que na vertical, sendo o código operacional da LDAT a esquerda e o número do poste a direita do eletroduto, conforme detalhado no WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão.
6.6.2 Fiscalização e Comissionamento da Obra
A área responsável pela fiscalização da nova linha deve acompanhar todo o processo de construção
constante nos procedimentos de execução: WKI-OMBR-OeM-18-0193-EDBR Supressão Vegetal na Faixa de
Domínio de Redes de Alta Tensão, WKI-HVOU-DCE-18-0002-EDCE Construção e Reforma de Linhas de
Distribuição de Alta Tensão e WKI-HVOU-CHV-18-0006-EDCE Numeração de Estruturas de Linhas de
Distribuição de Alta Tensão e Rede de Distribuição de Média Tensão.
30A 30B 30C 31A 31B 31C
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Um ponto importante que o fiscal da obra deve observar é o que diz respeito a utilização de termômetro e
dinamômetro para o correto tensionamento dos cabos de acordo com as trações especificadas no projeto. A
não utilização desses equipamentos deve ser informada pelo fiscal no relatório de fiscalização para futura
avaliação junto as Áreas envolvidas e maior acompanhamento das flechas da LDAT. Além disso, na fase de
fiscalização e comissionamento deve ser contemplado:
a) a Enel Distribuição Ceará fiscaliza os projetistas/empresas parceiras contratadas para elaboração dos projetos, devendo os mesmos informarem toda a metodologia e ferramentas utilizadas para tal, e que atenda a todos os itens especificados nos contratos para execução de serviço;
b) antes de ser energizada, a LDAT deve ser cuidadosamente inspecionada a fim de verificar a conformidade com o projeto, com as normas técnicas e o seu correto acabamento;
c) uma cópia do relatório de inspeção deve ser fornecida ao construtor para que o mesmo possa adotar medidas corretivas necessárias;
d) verificar a adequada sinalização e pintura;
e) verificar o acabamento e concerto de calçadas;
f) deve ser dada atenção especial aos postes da LDAT implantados muito próximos aos muros e edificações, devido às calçadas estreitas, isso para não possibilitar o acesso de terceiros às residências utilizando as gavetas do postes. Para isso, as gavetas mais próximas do solo devem ser completadas com argamassa;
g) observar a limpeza de todos os locais utilizados durante a execução da obra, devendo todos os lugares ficarem limpos e livres de qualquer tipo de entulho, sobras de construção, galhos, gravetos, etc.
Para uma melhor fiscalização e entendimento, o inspetor deve ter a consciência que a convenção do
faseamento das LDATs a ser seguida é a convencionada pela CHESF, devendo um observador de costas
para fonte e olhando de frente para a estrutura, as fases devem iniciar da esquerda para direita independente
da estrutura.
6.6.3 Medição de Aterramento nas Fases de Construção e Comissionamento
6.6.3.1 Medição de Resistência de Pé de Estrutura
A medição de resistência de pé de estrutura, deve ser realizada observando os seguintes critérios:
– durante as medições em estrutura que possuam para-raios, os mesmos devem ser totalmente isolados da estrutura;
– os eletrodos auxiliares tem um comprimento de 70cm, e a cravação dos mesmos deve ser executada na vertical de modo firme e contínuo, a uma profundidade de aproximadamente 60cm;
– as medições devem ser realizadas com solo mais seco possível. Recomenda-se que não sejam executados ensaios em dias chuvosos ou sujeitos a trovoadas;
– quando o cabo do aterramento não estiver embutido no poste, o mesmo deve ser instalado via um eletroduto;
– em hipótese alguma a haste de terra deve ser aterrada no mesmo buraco do poste.
– a resistência de aterramento de pé de torre deve atingir um valor o mais próximo possível de 20Ω (ohms).
6.6.3.2 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Construção
Na fase de construção, após concluído o aterramento, a empresa responsável pela execução do serviço deve
realizar as medições de aterramento nas estruturas definidas no memorial de cálculo de aterramento com as
piores resistividades do solo, isso ao longo dos diversos trechos da LDAT.
Após concluir as medições de aterramento da LDAT a empresa responsável pela execução do serviço deve
emitir um Relatório Final de Medição de Resistência de Aterramento contendo os valores medidos com o
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Assunto: Linha de Distribuição de Alta Tensão – LDAT Classe de Tensão 72,5kV
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horário e a data da medição. Este relatório será submetido a aprovação da Enel Distribuição Ceará e caso
considere necessário a mesma poderá solicitar novas medições de resistência de terra.
6.6.3.3 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Comissionamento
A empresa, ou área de Enel Distribuição Ceará, responsável pelo comissionamento da LDAT deve escolher
10% das estruturas da LDAT e realizar novas medições de resistência de terra para verificar a veracidade do
relatório e memorial de cálculo emitido pela empresa responsável pelo projeto e de execução da obra. Esta
amostragem deve ser por tipo de solo.
7. ANEXOS
Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários
Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico
Anexo C– Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT
Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT
Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo
Desenho 010.01 – Modelo Orientativo – Perfil Planialtimétrico
Desenho 010.02 – Tipos de Engastamentos de Postes
Desenho 010.03 – Detalhes de Aterramento – Cruzamento sobre Cerca Eletrificada
Desenho 010.04 – Indicador de Corrente de Falha 72,5 kV para LDATs – Instalação em Cabo
Desenho 010.05 – Travessia - Modelo
Desenho 010.06 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Locais Acessíveis apenas
a Pedestres ou onde Circulam Máquinas Agrícolas
Desenho 010.07 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Rodovias, Ruas e Avenidas
Desenho 010.08 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Ferrovias
Desenho 010.09 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Águas Navegáveis ou Não
Navegáveis
Desenho 010.10 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Linhas e Redes
Desenho 010.11 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Paredes, Telhados,
Terraços ou Sacadas
Desenho 010.12 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Instalações
Transportadores, Veículos Rodoviários e Ferroviários
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Desenho 010.13 – Tipos de Aterramento em Estruturas de Linhas de Transmissão
Desenho 010.14 – Medição da Resistividade
Desenho 010.15 – Simbologia
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Assunto: Linha de Distribuição de Alta Tensão – LDAT Classe de Tensão 72,5kV
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Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários
FICHA CADASTRAL DE PROPRIETÁRIOS
LDAT 72,5kV ____________________ / ____________________
FICHA CADASTRAL Nº: _________
PARCEIRA RESPONSÁVEL: ______________________________________________________________
NOME COMPLETO DO PROPRIETÁRIO: ____________________________________________________
______________________________________________________________________________________
IDENTIDADE: _________________________________ CPF: __________________________________
ENDEREÇO COMPLETO DA LOCALIDADE ATINGIDA PELA FAIXA DE SERVIDÃO: _______________
______________________________________________________________________________________
TELEFONE: __________________ FAX: _____________________ CELULAR: ____________________
ESTACA INICIAL: ________ +________ ESTACA FINAL: ________ + ________ LARGURA: _______ (m)
COMPRIMENTO: __________ (m) ÁREA: __________ (m2) ÁREA DA PROPRIEDADE: __________ (m2)
Item
Benfeitorias (reprodutiva e não reprodutiva) Subtotal
(R$) Descrição Quantidade Unidade Preço
unitário
TOTAL (R$)
OBSERVAÇÕES GERAIS:
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Fortaleza, ________ de _____________________ de ________
__________________________________________
Parceira (Assinatura e Carimbo)
NOTA: Os dados aqui registrados terão que ser consistentes e quando necessário, sujeitos à comprovação
técnica cuja responsabilidade é só do assinante da presente ficha cadastral.
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Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico
PERMISSÃO PARA LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Sr(a) __________________________________________________________________________
A Área da Engenharia de Rede AT, da Enel Distribuição Ceará, leva ao conhecimento de V.Sa, que estamos
iniciando os estudos topográficos para a construção de uma Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) de
72,5kV, interligando as localidades de ________________________ a _________________________, com
o objetivo de melhorar a qualidade de energia na sua região.
Solicitamos, portanto, permissão para darmos início ao levantamento topográfico, na sua propriedade,
buscando definir o encaminhamento real da linha.
Esclarecemos que o levantamento topográfico consiste em medições com instrumentos, fixação de piquetes
e provável poda de vegetação para abrir o caminhamento.
Caso a LDAT venha realmente a passar por dentro de sua propriedade, comunicaremos posteriormente, a
V.S.a para que possa providenciar a documentação necessária (RG (identidade); CPF; documento
comprobatório de propriedade ou posse do imóvel) para efetuarmos o pagamento da indenização que lhe for
devida.
Antecipadamente, agradecemos a atenção.
Área da Engenharia de Rede AT – Enel Distribuição Ceará
Fortaleza, ________ de ______________________ de ________
____________________________________
Assinatura do Proprietário ou Responsável
____________________________________
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Anexo C – Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT
SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO PARA INDENIZAÇÃO
DE FAIXA DE SERVIDÃO DE LDAT
Sr(a) __________________________________________________________________________________
A Área da Engenharia de Rede AT, da Enel Distribuição Ceará, leva ao conhecimento de V.S.a, que os
estudos topográficos realizados em sua propriedade, concluíram da necessidade da Linha de Distribuição de
Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV, que interligará as localidades de _______________________ a
_______________________, passar por dentro de sua propriedade.
Com efeito, deveremos proceder a devida indenização, pelo que de logo solicitamos providenciar os seguintes
documentos: RG (identidade); CPF; documento comprobatório de propriedade ou posse do imóvel.
Objetivando a agilização dos serviços, solicitamos a V.S.a permissão para adentrarmos a sua propriedade,
para iniciarmos a execução dos serviços.
Antecipadamente, agradecemos a atenção.
Área da Engenharia de Rede AT - Enel Distribuição Ceará
Fortaleza, ________ de ______________________ de ________
____________________________________
Assinatura do Proprietário ou Responsável
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Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT
RESUMO DE CUSTO DE INDENIZAÇÃO DE LDAT
LDAT
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Localidade Período
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(km) (m²) (m²) (m²) (R$) (R$/km) Ind./ m² (R$) (%)
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo
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1. OBJETIVO
Construção de Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV que tem como origem o barramento da SED
PRESIDENTE KENNEDY e será interligada a SED MAGUARY, ambas de propriedade da Enel Distribuição Ceará.
2. LOCALIZAÇÃO
A LDAT 72,5kV PRESIDENTE KENNEDY / MAGUARY - 02P5 localiza-se no município de Fortaleza apresentando
uma extensão de 5,1km.
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As estruturas seguem o padrão urbano da Enel Distribuição Ceará, portanto tem uma configuração vertical e utilizam
postes em concreto armado. Neste padrão de estruturas tanto as suspensões como as ancoragens são autoportantes.
De acordo com os estudos de fluxo de carga e queda de tensão realizados pela Área de Planejamento da Enel
Distribuição Ceará, o cabo definido foi o cabo CAL 500mm². As cadeias de isoladores utilizam isoladores poliméricos
para classe de tensão 72,5kV.
4. DADOS DE PROJETO
O projeto foi desenvolvido de acordo com a norma NBR 5422, e foram utilizados os seguintes dados:
4.1 Dados do Cabo
Material ......................................................................................................................... Alumínio/Liga
Código ........................................................................................................................... GREELEY
Formação ...................................................................................................................... 37 fios
Seção Nominal .............................................................................................................. 469,80mm²
Diâmetro Nominal ......................................................................................................... 29,05mm
Massa............................................................................................................................ 1.397kg/km
Tração de Ruptura ........................................................................................................ 14.583daN
Módulo de Elasticidade Inicial ....................................................................................... 4.500kg/mm²
Módulo de Elasticidade Final ........................................................................................ 5.976kg/mm²
Coeficiente de Dilatação Térmica Inicial ....................................................................... 23x10-5 1/ºC
Coeficiente de Dilatação Térmica Final ......................................................................... 23x10-5 1/ºC
4.2 Condições Ambientais
Temperatura Mínima ..................................................................................................... 15ºC
Temperatura Máxima Média ......................................................................................... 25ºC
Temperatura Máxima no Condutor ............................................................................... 85ºC
Temperatura Coincidente com Vento Máximo .............................................................. 20ºC
Velocidade do Vento de Projeto .................................................................................... 29,16 m/s
4.3. Hipóteses de Carregamento
A norma ABNT NBR 5422 prevê que na determinação dos esforços mecânicos nos cabos devam ser elaboradas as
seguintes hipóteses de carregamento:
4.3.1 Máximo Carregamento
– Temperatura - igual à temperatura coincidente por ocasião do vento máximo;
– Velocidade do Vento - igual à velocidade do vento de projeto;
– Tração Máxima nos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.
Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
SUMÁRIO
1. OBJETIVO
2. LOCALIZAÇÃO
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
4. DADOS DE PROJETO
4.1. DADOS DO CABO
4.2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS
4.3. HIPÓTESES DE CARREGAMENTO
4.3.1 Máximo Carregamento
4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária – EDS)
4.3.3 Flecha Mínima
5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR
6. CONDIÇÃO REGENTE DO PROJETO
7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO
8. FLUÊNCIA METÁLICA
9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO
10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS
11. ANEXO A
12. ANEXO B
13. ANEXO C
14. ANEXO D
15. ANEXO E
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária - EDS)
– Temperatura - igual à temperatura máxima média;
– Velocidade do Vento - nula;
– Tração Máxima nos Cabos - 3% da tração de ruptura do cabo.
4.3.3 Flecha Mínima
– Temperatura - igual à temperatura mínima;
– Velocidade do Vento - nula;
– Tração Máxima dos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.
Para os trechos urbanos, em função dos fatos já mencionados, os limites de tração impostos aos cabos
assumem valores reduzidos em relação aos valores máximos admissíveis pela norma ABNT NBR 5422. Estes
valores são variáveis em função dos vãos, uma vez que vãos pequenos apresentam fortes variações de tração
em função da variação da temperatura, o que poderia exigir estruturas de ancoragem pesadas nestes vãos.
A Tabela de Locação e Parâmetros de Projeto, apresentada no Anexo A, mostra os valores das trações em
cada hipótese de carregamento para cada tramo da LDAT.
5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR
Ao longo da LDAT foram estimados vários vãos básicos, a fim de se iniciar o processo de locação das estruturas
sobre os perfis do terreno. Após se concluir a locação das estruturas de uma seção de tensionamento, foi
calculado o vão isolado virtual que tem o mesmo comportamento mecânico do tramo. Este vão é denominado
de vão regulador, o qual será usado para calcular a curva para locação definitiva das estruturas em questão.
6. CONDIÇÕES REGENTES DE PROJETO
A partir do valor da tração de partida de projeto (EDS), são verificados para cada valor de vão básico adotado,
os esforços máximos de tração calculados para as condições limitantes (temperatura mínima e vento máximo).
Estes esforços máximos deverão ser inferiores aos limitantes adotados nas condições de carregamento. Para
isso, torna-se necessário em determinados valores de vão básico adotado, diminuir o valor da tração de partida
de projeto (EDS). Quando isso ocorre aparece na coluna “condição de governo” a descrição “temperatura
mínima” ou “vento máximo”. Quando na coluna “condição de governo” aparece “EDS”, significa que o valor da
tração de partida de projeto (EDS) atende as condições de carregamento do cabo.
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO
Nos trechos urbanos os cabos deverão ser lançados sobre roldanas de baixo atrito e permanecer em repouso
com uma tração de 2% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 3 horas, depois permanecer em
repouso com uma tração de 5% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 1 hora.
Durante o lançamento, pré-tensionamento nivelamento e grampeamento dos cabos deverão ser tomados
medidas adicionais de estaiamento das estruturas a fim de que os esforços dinâmicos e estáticos destas
operações não venham a comprometer a integridade das estruturas e o seu engastamento no solo.
8. FLUÊNCIA METÁLICA
Os valores dos alongamentos dos cabos, resultantes do efeito da fluência metálica foram calculados a partir
das equações de Harvey e Larson, metodologia recomendada pelo IEEE. O período considerado foi de 10
anos.
O alongamento final considerado para locação das estruturas foi resultado do alongamento total durante o
período acima, aplicando-se a tração da condição diária, deduzindo-se as parcelas ocorridas durante o
lançamento e pré-tensionamento dos cabos.
9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO
Após serem atendidas as exigências de lançamento e pré-tensionamento, os cabos deverão ser
tensionados/nivelados e grampeados, de modo a garantir as distâncias de segurança previstas no projeto e
não aplicar esforços sobre as estruturas acima dos valores especificados.
A tabela de tensionamento mostra as trações dos cabos para diversas temperaturas, em cada tramo, bem
como os valores das flechas de cada vão, de todos os tramos, para cada uma das temperaturas da tabela.
Vale salientar que os valores de temperatura da tabela deverão ser comparados com os valores de temperatura
dos cabos medida no ato do nivelamento e a partir daí encontrado na tabela o valor correspondente da tração
dos cabos bem como o valor das flechas dos vãos escolhidos como vãos de controle do nivelamento de cada
tramo.
Os valores de tração foram calculados por programa computacional e baseiam-se nas curvas tensão x
deformação de cabos, referência “THE ALUMINUM ASSOCIATION - 1969”, para as condições de
carregamento adotadas.
Para se obter as flechas foi usado a equação da catenária aplicada para cada vão, de todos os tramos, nas
diversas trações correspondentes a cada temperatura.
10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS
QUANTIDADE DE ESTRUTURAS 67
CVAR 600/17 21
CVAR 1000/20 18
CVAL 2400/17 24
CVALA 2400/17 01
CVAB 2400/17 01
CVAG 2400/20 02
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Assunto: Linha de Distribuição de Alta Tensão – LDAT Classe de Tensão 72,5kV
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (conclusão)
QUANTIDADE DE POSTES 89
600/17 21
1000/20 18
2400/17 26
2400/20 24
11. ANEXO A - TABELA DE LOCAÇÃO E PARÂMETROS DE PROJETO
12. ANEXO B - TABELA DE TENSIONAMENTO
13. ANEXO C - LISTA DE MATERIAL
14. ANEXO D - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART
15. ANEXO E - INFORME AMBIENTAL PRELIMINAR - RPA-10/01
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