infecÇÕes relacionadas À assistÊncia À saÚde dra. marianna tassara infectologista scih ufg/hc

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INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Dra. Marianna TassaraInfectologista SCIH UFG/HC

Atualmente, tem sido sugerida a mudança do termo infecção hospitalar por INFECÇÃO

RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IrAS),

que reflete melhor o risco de aquisição dessas infecções.

DEFINIÇÃO

Considera-se IrAS a infecção adquirida durante a hospitalização e que não estava presente, e nem em período de incubação por ocasião da admissão do paciente.

São diagnosticadas, em geral, A PARTIR DE 72 HORAS após a internação.

DEFINIÇÃO

Também são consideradas hospitalaresaquelas infecções manifestadas antes de 72

(setenta e duas) horas de internação quando associadas a procedimentos

diagnósticos e/ou terapêuticos realizados depois da mesma.

HISTÓRICO

HISTÓRICO

FLORENCE NIGHTINGALE- enfermeira inglesa: Implantação de medidas de higiene e limpeza no hospital que assistia os militares feridos na Guerra da Criméia em 1854.

HISTÓRICO

Após LISTER e PASTEUR (fim do século XIX e no início do século XX):

Conhecimento sobre as bactérias, fungos e vírus.

Desenvolvimento da MICROBIOLOGIA como ciência de apoio no combate ás infecções.

HISTÓRICO

HALSTED , cirurgião americano (início século XX):

Introdução do uso de Luvas nos procedimentos hospitalares.

HISTÓRICO PENICILINA Seguida pelos demais antibióticos (corrida

vertiginosa da potente indústria farmacêutica)

Resistência Bacteriana → CONTROLE !!!

# CCIH

LEIS E PORTARIAS REFERENTES AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

DECRETO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE N° 77.052 de 19 de janeiro de 1976, em seu Artigo 2°, Item IV, determinou que NENHUMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR PODE FUNCIONAR NO PLANO ADMINISTRATIVO SE NÃO DISPUSER DE MEIOS DE PROTEÇÃO CAPAZES DE EVITAR EFEITOS NOCIVOS À SAÚDE DOS AGENTES, PACIENTES E CIRCUNSTANTES.

LEIS E PORTARIAS REFERENTES AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

PORTARIA 19624 JUNHO DE 1983

TODOS OS HOSPITAIS DO PAÍS DEVERÃO MANTER

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH)

INDEPENDENTE DA ENTIDADE MANTENEDORA!

LEIS E PORTARIAS REFERENTES AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

COM a promulgação da LEI FEDERAL N° 9431, DE 6 DE JANEIRO DE 1997:

Obrigatoriedade da CCIH!

LEIS E PORTARIAS REFERENTES AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

PORTARIA 2.616/9813 DE MAIO DE 1998

Esta Portaria é composta por CINCO ANEXOS. O primeiro trata da ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CCIH E DO PCIH. No anexo II, temos CONCEITO E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS

INFECÇÕES HOSPITALARES. No anexo III, ORIENTAÇÕES SOBRE A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DAS INFECÇÕES HOSPITALARES E SEUS INDICADORES.. Nos anexos IV eV, observamos RECOMENDAÇÕES SOBRE A LAVAGEM DAS MÃOS e

outros temas - como o uso de germicidas, microbiologia, lavanderia e farmácia, dando ênfase à OBSERVÂNCIA DE PUBLICAÇÕES ANTERIORES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Os hospitais deverão constituir CCIH para produzir normas para orientar a execução do PCIH.

O QUE É CCIH?A CCIH É UM ÓRGÃO DE ASSESSORIA À AUTORIDADE MÁXIMA DA INSTITUIÇÃO E DE PLANEJAMENTO E NORMATIZAÇÃO

DAS AÇÕES DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, QUE SERÃO EXECUTADAS

PELO SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH). A CCIH

DEVERÁ SER COMPOSTA POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE DE

NÍVEL SUPERIOR.O PRESIDENTE OU COORDENADOR DEVERÁ SER

FORMALMENTE DESIGNADO PELA DIREÇÃO DO ÁREA DA SAÚDE DE NÍVEL

SUPERIOR.

O QUE É PCIH?

É UM CONJUNTO DE AÇÕES DESENVOLVIDAS, DELIBERADAS E SISTEMATIZADAS,COM VISTAS À REDUÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL DA

INCIDÊNCIA E DA GRAVIDADE DASINFECÇÕES HOSPITALARES

A SITUAÇÃO DO CONTROLE DE INFECÇÃO NO BRASIL

APESAR de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatório: CARÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS NAS INSTITUIÇÕES de saúde (principalmente nas públicas), AUSÊNCIA DE CCIHS ATUANTES em grande parte dos hospitais, ou ainda, PROFISSIONAIS exercendo a função SEM CONHECIMENTO ADEQUADO DA ATIVIDADE - o que resulta em elevadas taxas de infecção hospitalar, ocorrência de surtos não detectados em berçários e unidades de terapia intensiva, ESTA REALIDADE PRECISA DE MUDANÇAS!

QUAIS AS CAUSAS DA INFECÇÃO HOSPITALAR?

A IH pode ser atribuída às condições próprias do paciente com dificuldade em conviver com as bactérias que lhe COLONIZAM A PELE E AS MUCOSAS, pois sua microbiota endógena é importante na aquisição desta infecção.

QUAIS AS CAUSAS DA INFECÇÃO HOSPITALAR?

As IH podem decorrer de falhas no processo de assistência, que elevem o risco de aquisição de infecções para os pacientes:

falhas no processo de esterilização, falhas no preparo de medicações

parenterais, falhas na execução de procedimentos

invasivos etc.

CLASSIFICAÇÃO DAS IRAS POR TOPOGRAFIA

1- INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Mais comum Instrumentação trato urinário - sonda vesical – 80% - outros – 5 a 10% Idade avançada Sexo feminino Gravidez / Puerpério Uso indiscriminado de antimicrobianos Doenças subjacentes graves

CLASSIFICAÇÃO DAS IRAS POR TOPOGRAFIA

2- INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO Tempo de internação Condições pré-operatórias Corpos estranhos, drenos, próteses Técnica cirúrgica Antibioticoprofilaxia

CLASSIFICAÇÃO DAS IRAS POR TOPOGRAFIA

3-INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO Idade Patologia base Instrumentação do trato respiratório Colonização orofaringe Broncoaspiração

CLASSIFICAÇÃO DAS IRAS POR TOPOGRAFIA

4- INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA Técnica Acesso vascular → tipo cateter → curativo → tempo → local Hospedeiro – doença base Insumos contaminados

IMPORTÂNCIA

As infecções hospitalares são consideradas as principais causas de morbidade e de mortalidade, além de

aumentarem o tempo de hospitalização do paciente, elevando

o custo do tratamento.

AGENTES a) bactérias Gram-negativas: - fermentadoras de glicose (Enterobacter spp.,

E.coli, Serratia spp., Klebsiella spp., Proteus spp., Citrobacter spp. E

- não-fermentadoras de glicose (Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii)

b) bactérias Gram-positivas - Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-negativa e Enterococcus spp.

c) fungos: Candida albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis e C. glabrata.

PREVENÇÃO

Higiene de mãos Precauções Limpeza e anti-sepsia Prevenções específicas

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