flora apícola serra de pelotas
Post on 08-Sep-2015
34 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
-
DDDDDocumentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 242242242242242
Pelotas, RS2008
ISSN 1806-9193
Dezembro, 2008Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro de Pesquisa Agropecuria de Clima TemperadoMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
Flora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreanatinatinatinatinativa na regio serva na regio serva na regio serva na regio serva na regio serranaranaranaranaranade Pde Pde Pde Pde Pelotas para aelotas para aelotas para aelotas para aelotas para aapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naMetade Sul do RioMetade Sul do RioMetade Sul do RioMetade Sul do RioMetade Sul do RioGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do Sul
Luis Fernando WolffGustavo Crizel GomesWalter Fagundes RodriguesRosa La BarbieriCarlos Alberto B. MedeirosJoel Henrique Cardoso
Editores tcnicosEditores tcnicosEditores tcnicosEditores tcnicosEditores tcnicos
-
Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:
Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadoEndereo: BR 392, km 78Caixa Postal 403, CEP 96001-970 - Pelotas, RSFone: (53) 3275 8199Fax: (53) 3275 8219 - 3275 8221Home page: www.cpact.embrapa.brE-mail: sac@cpact.embrapa.br
Comit de Publicaes da UnidadeComit de Publicaes da UnidadeComit de Publicaes da UnidadeComit de Publicaes da UnidadeComit de Publicaes da Unidade
Presidente: Walkyria Bueno ScivittaroSecretria-Executiva: Joseane M. Lopes GarciaMembros:Membros:Membros:Membros:Membros: Cludio Alberto Souza da Silva, Lgia Margareth CantarelliPegoraro, Isabel Helena Vernetti Azambuja, Lus Antnio Suita de Castro, SadiMacedo Sapper, Regina das Graas V. dos SantosSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Daniela Lopes Leite e Lus Eduardo Corra Antunes
Revisor de texto: Sadi Macedo SapperNormalizao bibliogrfica: Regina das Graas Vasconcelos dos SantosEditorao eletrnica: Oscar CastroArte da capa: Miguel ngelo (estagirio)
1 edio1 edio1 edio1 edio1 edio1 impresso 2008: 100 exemplares
TTTTTodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosA reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constituiviolao dos direitos autorais (Lei no 9.610).
Flora apcola arbrea nativa na regio Serrana de Pelotas para a apicultura sustentvel do Rio Grande do Sul / Luis Fernando Wolff ... [et al.]. Pelotas: Embrapa Clima Temperado 2008. 37 p. (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 242).
ISSN 1516-8840
Abelha Criao Apis mellifera L. Agroecologia Polinizao. I.Wolff, Luis Fernando. II. Srie.
CDD 638.1
-
AutorAutorAutorAutorAutor
Luis FLuis FLuis FLuis FLuis Fernando ernando ernando ernando ernando WWWWWolfolfolfolfolffffffEng. Agrn., MSc. em FitotecniaEmbrapa Clima Temperado(wolff@cpact.embrapa.br)
Gustavo Crizel GomesGustavo Crizel GomesGustavo Crizel GomesGustavo Crizel GomesGustavo Crizel GomesEng. Agrn.,Mestrando em Sist. de Produo AgrcolaFamiliarUniversidade Federal de Pelotas(crizelgomes@gmail.com)
WWWWWalter Falter Falter Falter Falter Fagundes Ragundes Ragundes Ragundes Ragundes RodriguesodriguesodriguesodriguesodriguesEclogo(walterfagundes@bol.com.br)
Rosa La BarbieriRosa La BarbieriRosa La BarbieriRosa La BarbieriRosa La BarbieriBiloga, Dra.Gentica e Biologia MolecularEmbrapa Clima Temperado(barbieri@cpact.embrapa.br)
-
Carlos Carlos Carlos Carlos Carlos AlberAlberAlberAlberAlberto B. Medeirosto B. Medeirosto B. Medeirosto B. Medeirosto B. MedeirosEng. Agrn., Dr. em SolosEmbrapa Clima Temperado(medeiros@cpact.embrapa.br)
Joel Henrique CardosoJoel Henrique CardosoJoel Henrique CardosoJoel Henrique CardosoJoel Henrique CardosoEng. Agrn., Dr. em AgroecologiaEmbrapa Clima Temperado(joel@cpact.embrapa.br)
-
ApresentaoApresentaoApresentaoApresentaoApresentao
A apicultura est crescendo como atividade econmica naMetade Sul do Rio Grande do Sul e se consolidando tantocomo uma alternativa de renda e segurana alimentar para aagricultura familiar, quanto como um produto de exportao,que colocou em 2007 o Estado como o primeiro produtornacional.
O conhecimento sobre as espcies botnicas de valor apcola,seus perodos de florao e suas capacidades de forneceremnctar e plen, fator determinante para a tomada de decisosobre os manejos a serem adotados no apirio e para aobteno de boas safras apcolas.
No cumprimento de seu mandato ecorregional, a EmbrapaClima Temperado desenvolve atividades em diferentes reas deproduo e, h dois anos, inclui a Apicultura, a Meliponicultura(criao de abelhas indgenas sem ferro) e a polinizao entresuas linhas de pesquisa, voltadas ao desenvolvimento ruralsustentvel, agricultura familiar e agroecologia.
As abelhas efetuam numerosas e importantes atividades quefavorecem a humanidade, iniciando pela polinizao, quegarante maiores e melhores produes de frutos e gros, eestendendo-se produo de mel, cera, prpolis, gelia real,plen e apitoxina, produtos com vasta gama de aplicaesnutracuticas.
-
A criao de abelhas deve ser encarada como atividadeindispensvel para um sistema de agricultura familiar de baseecolgica, onde fica garantida a polinizao dos cultivos, aproduo de excelente alimento para o consumo da famlia e agerao de renda pela venda do excedente do mel, prpolis,cera e outros produtos das colmias.
Nessa publicao a Embrapa Clima Temperado apresenta olevantamento da flora apcola arbrea nativa em parte daMetade Sul do Rio Grande do Sul, resultando em um calendriode florao da regio serrana de Pelotas, como subsdio para aapicultura sustentvel.
Chefe-GeralEmbrapa Clima Temperado
Waldyr Stumpf Junior
-
Sumrio
Flora apcola arbrea nativa na regio serrana deFlora apcola arbrea nativa na regio serrana deFlora apcola arbrea nativa na regio serrana deFlora apcola arbrea nativa na regio serrana deFlora apcola arbrea nativa na regio serrana dePelotas para a apicultura sustentvel na MetadePelotas para a apicultura sustentvel na MetadePelotas para a apicultura sustentvel na MetadePelotas para a apicultura sustentvel na MetadePelotas para a apicultura sustentvel na MetadeSul do Rio Grande do Sul Sul do Rio Grande do Sul Sul do Rio Grande do Sul Sul do Rio Grande do Sul Sul do Rio Grande do Sul .................................................
Introduo Introduo Introduo Introduo Introduo ................................................................................
VVVVVegetao na regio egetao na regio egetao na regio egetao na regio egetao na regio ............................................................
Fluxos de nctar e plen Fluxos de nctar e plen Fluxos de nctar e plen Fluxos de nctar e plen Fluxos de nctar e plen ...................................................
Floradas e produo apcola Floradas e produo apcola Floradas e produo apcola Floradas e produo apcola Floradas e produo apcola ...........................................
Benefcios ambientais Benefcios ambientais Benefcios ambientais Benefcios ambientais Benefcios ambientais .........................................................
Deslocamento de comias e localizao deDeslocamento de comias e localizao deDeslocamento de comias e localizao deDeslocamento de comias e localizao deDeslocamento de comias e localizao deapirios apirios apirios apirios apirios .....................................................................................
VVVVVantagem das espcies arbreas antagem das espcies arbreas antagem das espcies arbreas antagem das espcies arbreas antagem das espcies arbreas ..................................
Levantamento da flora arbrea nativa Levantamento da flora arbrea nativa Levantamento da flora arbrea nativa Levantamento da flora arbrea nativa Levantamento da flora arbrea nativa .......................
Calendrio da flora apcola nativa Calendrio da flora apcola nativa Calendrio da flora apcola nativa Calendrio da flora apcola nativa Calendrio da flora apcola nativa ..............................
Benefcios para a produo de mel Benefcios para a produo de mel Benefcios para a produo de mel Benefcios para a produo de mel Benefcios para a produo de mel ..............................
Referncias Referncias Referncias Referncias Referncias ..............................................................................
9
9
11
15
16
17
18
20
21
29
31
33
-
Flora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreaFlora apcola arbreanatinatinatinatinativa na regio serva na regio serva na regio serva na regio serva na regio serranaranaranaranaranade Pde Pde Pde Pde Pelotas para aelotas para aelotas para aelotas para aelotas para aapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naapicultura sustentvel naMetade Sul doMetade Sul doMetade Sul doMetade Sul doMetade Sul doRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do SulRio Grande do Sul
IntroduoIntroduoIntroduoIntroduoIntroduo
Luis Fernando WolffGustavo Crizel GomesWalter Fagundes RodriguesRosa La BarbieriCarlos Alberto B. MedeirosJoel Henrique Cardoso
Projetos de pesquisa sobre a flora apcola na Metade Sul do RioGrande do Sul devem ser desenvolvidos em trs reasprioritrias: o estudo das caractersticas botnicas e melitfilasdas espcies nativas ocorrentes, a avaliao da capacidade desuporte apcola dos diferentes ecossistemas e a definio deum zoneamento agroecolgico e apibotnico para toda aregio. Esta publicao aborda a primeira destas trs etapas eapresenta um levantamento parcial dos recursos disponveisque possui a flora apcola lenheira da Metade Sul, com o intuitode formar uma estrutura bsica para o desenvolvimento daapicultura no Rio Grande do Sul.
-
11Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
A falta de informaes sobre a flora apcola regional uma dasgrandes limitaes ao incremento planejado da apicultura emeliponicultura na Metade Sul. A adequada identificao dasplantas visitadas pelas abelhas de importncia fundamentalpara apicultores e meliponicultores (Figuras 1 a 1Figuras 1 a 1Figuras 1 a 1Figuras 1 a 1Figuras 1 a 100000). O estudoda flora apcola indica as fontes de alimento utilizadas pelasabelhas na coleta de nctar e de plen e possibilita maximizar autilizao dos recursos naturais, tanto na implantao como namanuteno de pastos apcolas locais, em reas de vegetaonatural ou cultivada (WOLFF et al. 2006). Seus perodos deflorao determinaro a alternncia entre as pocas de fartura eas de escassez de alimento s abelhas. Estes perodos causamuma srie de mudanas comportamentais nas abelhas, exigindomanejos especficos a serem aplicados pelos apicultores emsuas colmias.
Neste sentido, o conhecimento das principais fontes de nctare de plen fundamental ao crescimento da economia apcolana Metade Sul do Estado e ao desenvolvimento da polinizaodirigida de cultivos na regio. Apicultores e meliponicultoresque desejam atingir sua mxima produo de mel precisamestar com as colmias em seu melhor potencial quando asplantas melitfilas da regio comearem a florescer. Naprestao de servios de polinizao em pomares, pastagens elavouras oleaginosas, os produtores devem, igualmente,conhecer as plantas nativas existentes e as pocas em que asmesmas fornecem nctar e plen aos enxames.
Essa publicao tem o objetivo de orientar agricultoresfamiliares, assentados de reforma agrria, apicultores depequeno e mdio porte, extensionistas rurais, tcnicos edemais agentes da cadeia produtiva do mel, sobre a floraarbrea nativa de valor apcola, no s identificando espcies,mas tambm suas pocas de florao (e oferta de plen)atravs dos estudos de fenologia, auxiliando na elaborao deum calendrio apcola regional, o que apoiar a tomada dedecises pelos apicultores na Metade Sul quanto ao manejo deapirios em funo da disponibilidade de nctar e plen em
-
12Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
relao ao tempo e espao, levando-se em considerao osaportes melferos de rvores nativas. Ainda possibilitar acoordenao de esforos entre a atividade apcola e dereflorestamento para uma complementao dos perodos deflorao de forma a suprir as colmias com alimento o anointeiro.
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1..... Ramo florido de aroeira-mansa com presenade abelha.
Au
tor:
L.
F. W
olff
VVVVVegetao na regioegetao na regioegetao na regioegetao na regioegetao na regio
A rea de abrangncia deste trabalho insere-se no contextohistrico de degradao da mata atlntica, localizada nosudeste do estado do Rio Grande do Sul, na vertente leste doPlanalto Sul-Rio-Grandense (regio geomorfolgica), mais
-
13Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
precisamente na metade austral da Serra do Sudeste (regiofisiogrfica), regio genericamente conhecida por Serra dosTapes, considerado o limite austral da mata atlntica. Abrange aparte serrana do municpio de Pelotas e adjacentes, MorroRedondo, Capo do Leo e Canguu, e abriga remanescentesda Floresta Estacional Semidecidual Submontana, biomaaltamente ameaado no Estado e que outrora praticamentecobria toda essa regio. A Floresta Estacional Semidecidual tipologia vegetal contida na rea de domnio da MataAtlntica (SCHFFER e PROCHNOW, 2002), juntamente comoutras formaes vegetais que anteriormente formavam umacobertura florestal praticamente contnua desde o Rio Grandedo Norte at o Rio Grande do Sul.
De acordo com o CONAMA (Conselho Nacional do MeioAmbiente) o domnio da Mata Atlntica compreende asseguintes tipologias vegetais: Floresta Ombrfila Densa,Floresta Ombrfila Aberta, Floresta Ombrfila Mista, FlorestaEstacional Decidual e Floresta Estacional Semidecidual, comrestingas, manguezais e campos de altitude como ecossistemasassociados. Segundo este conceito, a Mata Atlntica cobriauma rea original de aproximadamente 1.300.000 kmquadrados, equivalente a quase 15% do territrio nacionaldistribuda em 17 estados (SCHFFER e PROCHNOW, 2002).
A Floresta Estacional Semidecidual no Rio Grande do Sul,abrange rea de 9.862 km, distribuda em duas partesdisjuntas: parte na vertente leste do Planalto Sul-Riograndensee parte a leste da Depresso Central gacha. Est subdivididaem quatro formaes, utilizando-se basicamente critriosaltimtricos, denominadas de floresta aluvial, floresta terrasbaixas, floresta montana e floresta submontana. (PASTORE eRANGEL FILHO, 1986; MARCHIORI, 2002).
-
14Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. Abelha em flor de quebra-foice.
A formao submontana a mais extensa e est situada tantona vertente leste do Planalto Sul-Rio-Grandense, como noextremo leste da Depresso Central, na bacia do Rio dos Sinos,em reas superiores a 30 m de altitude..... Por compreender a reade abrangncia deste trabalho, a primeira regio da florestasubmontana merece descrio mais detalhada. Ocupa terrenospertencentes ao perodo Pr-Cambriano, que apresentam relevoondulado a forte ondulado, em altitudes que variam de 30 at400 m. Nas reas de relevo ondulado a forte onduladogeralmente ocorrem solos Podzlicos, pouco profundos,associados a Cambissolos rasos e cascalhentos. Nas reas derelevo forte ondulado, os solos, de modo geral, so litlicos,distrficos, rasos e pedregosos. A ocupao desta rea,outrora floresta, iniciou-se em 1857 com a colonizao em SoLoureno do Sul.
Foto
: Lu
is M
on
ks
-
15Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Atualmente esta rea encontra-se totalmente desbravada compredomnio dos cultivos de fumo, milho, soja, feijo, frutas ereas de pastagens, na sua maior parte em pequenaspropriedades. H um grande nmero de pequenas reas comcondies agrcolas desfavorveis, onde houve o abandonodas lavouras, sobrevindo o desenvolvimento de capoeiras, queso classificadas como vegetao secundria. A superfcieoriginal desta floresta era de aproximadamente 6.000 km, dosquais restaram apenas 32 km, sem considerar a inexpressivasuperfcie de pequenos agrupamentos florestais relictos,situados em locais de difcil acesso, dispersos na regio(PASTORE e RANGEL FILHO, 1986).
Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3. Cerejeira-do-rio-grande florida, com presena deabelha.
Foto
: G
ust
avo
G
om
es
-
16Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
A Floresta Estacional Semidecidual caracterizada porapresentar 20-50% de rvores caduciflias no conjunto florestalem perodo desfavorvel (estacionalidade fisiolgica), comtemperaturas mdias compensadas mensais inferiores a 15Cdurante quatro meses ao ano (PASTORE e RANGEL FILHO,1986; GLUFKE, 1999; MARCHIORI, 2002; CARVALHO, 2003).
Fluxos de nctar e plenFluxos de nctar e plenFluxos de nctar e plenFluxos de nctar e plenFluxos de nctar e plen
Na criao de abelhas melferas africanizadas e na criao deabelhas indgenas sem ferro, os fluxos de nctar e plen daregio so determinantes para uma boa safra de mel e demaisprodutos da colmia.
O mel, por definio, a substncia viscosa, aromtica eaucarada obtida a partir do nctar das flores ou nectriosextraflorais e exudatos sacarneos, que as abelhas produzem(CAMARGO et al. 2006). Os nectrios florais so glndulasespecializadas da planta que se encontram, geralmente, aoredor da base de suas flores e que secretam uma substnciaaucarada e nutritiva, cuja origem est nos nutrientes e na guaabsorvidos do solo pelas razes da planta (DADANT, 1979).Atravs do processo de fotossntese, os nutrientes absorvidospela planta so transformados em acares e amido, sendoarmazenados nas folhas e ramos e, posteriormente,convertidos em secrees aucaradas e disponibilizados sabelhas nos nectrios florais.
As diferenas nas caractersticas intrnsecas destas secreesdeterminam as diferenas nas caractersticas regionais esazonais de cada tipo de mel colhido. Com isto, torna-sepossvel uma identidade territorial e o estabelecimento darastreabilidade do mel produzido na regio, atendendo-se aexigncias internacionais e padres de qualidade quefavorecem a insero do mel da Metade Sul no mercado globale induzem o aumento do consumo interno de mel no Brasil.
-
17Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Alm disso, conforme argumentam Souza et al. (2004), doconhecimento das floradas locais que advm toda apossibilidade de interferncias positivas pelos produtores naproduo apcola, potencializando o aproveitamento dosperodos de fluxos de nctar por colnias fortalecidas e sadias.Manejos realizados fora da poca propcia, por outro lado,comprometem a produo e reduzem a rentabilidade doempreendimento apcola.
Floradas e produo apcolaFloradas e produo apcolaFloradas e produo apcolaFloradas e produo apcolaFloradas e produo apcola
O maior problema da apicultura na Metade Sul, sobre o qual osprodutores tm pouco ou nenhum controle, o regimefenolgico das espcies melferas nas reas de atuao de seusapirios. O principal fator produtivo de uma colmia aquantidade e a qualidade de seu pasto apcola, ou seja, apresena e a abundncia das espcies melferas na regio.
Os fatores climticos tpicos de cada estao, tais comotemperatura, umidade relativa do ar, ventos e intensidade daradiao solar, exercem influncia direta sobre ascaractersticas e a sazonalidade das floraes de cada espcie elocalidade. Alm disto, as informaes sobre a flora apcolanativa so fundamentais para a tomada de deciso sobre o localadequado para a instalao dos apirios (WOLFF, 2007).Apicultores e meliponicultores no devem se basearexclusivamente em pastos apcolas de culturas agrcolas oureflorestamentos da indstria de madeira e papel, pois adependncia de monoculturas no aconselhvel (CAMARGOet al. 2002), alm do risco de mortandade ou contaminao porpesticidas e, no caso dos reflorestamentos, do freqente cortedas rvores antes da sua plena maturidade reprodutiva.
-
18Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4. Abelha nativa metlica (famlia Halictidae)visitando flor de aoita-cavalo.
Foto
:: W
alte
r F.
Ro
dri
gu
es
Benefcios ambientaisBenefcios ambientaisBenefcios ambientaisBenefcios ambientaisBenefcios ambientais
Quanto mais abundantes forem as floradas e quanto mais pertodelas estiverem as colmias dos apicultores e meliponicultores,maior ser a produtividade dos apirios (WOLFF, 2007).Entretanto, alm da produo de alimentos e produtos para osagricultores, apicultores, meliponicultores e consumidores, asabelhas so organismos extremamente importantes para ascomunidades vegetais nativas e cultivadas, por serem agentespolinizadores das diferentes espcies botnicas. As abelhascontribuem para o equilbrio das populaes de plantas e asustentabilidade das populaes de animais silvestres, quevivem em ecossistemas naturais ou agroecossistemas e delestiram seu sustento.
-
19Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Conforme lembra Carvalho (2003), existe uma relao muitoestreita entre as abelhas e as plantas. As abelhas dependemdas plantas para obterem comida, sendo o plen e o nctar dasflores sua nica fonte natural de alimento. As plantas, por suavez, se beneficiam com o efeito polinizador da intensa visitaopelas abelhas s flores. A polinizao das flores o nico meiopara a produo de frutos com sementes viveis e,conseqentemente, reside a a base da reproduo da maioriadas plantas e a sua garantia de perpetuao como espciesbotnicas (MICHENER, 2000). As abelhas so fundamentaispolinizadores de plantas cultivadas, onde cerca de um tero daproduo mundial agrcola depende da visita de animais sflores, sendo elas responsveis por 38% da polinizao destasplantas florferas (KERR et al. 2002). A Organizao das NaesUnidas para a Agricultura e Alimentao (FAO) considera que,dentre as pouco mais de 100 espcies de plantas cultivadas queproporcionam os 90% de alimentos populao mundial, 71delas so polinizadas por abelhas. Uma polinizao insuficientetraduz-se em escassa produo de frutos ou em perdasqualitativas e de diversidade gentica.
Os servios ambientais proporcionados pelos polinizadoresso essenciais para a produo de alimentos, tanto emquantidade como em qualidade, e contribuem para os meios desubsistncia de agricultores em todo o mundo (REISDRFER,2006). A apicultura integrada em pomares costuma propiciarmtuos benefcios, tanto para aumentar a quantidade ou aqualidade das frutas (FLORA, 2001), quanto para favorecer aproduo de mel e derivados (WALFLOR et al., 2004). Emhortalias, a polinizao cruzada extremamente importante naproduo de sementes de muitas espcies. A presena deabelhas em agroecossistemas vital e sua integrao emsistemas agroflorestais (SAFs) favorvel, tendo muito acontribuir para a sustentabilidade da agricultura familiar naMetade Sul.
De acordo com o Departamento de Agricultura, Biossegurana,Nutrio e Proteo ao Consumidor da FAO, as populaes de
-
20Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
polinizadores naturais esto diminuindo drasticamente em todoo mundo, incluindo o nmero de colnias de abelhas melferas,e, especialmente, de colnias de abelhas nativas sem ferro.Conforme aponta Riechmann (2002), no h soluo possvelpara a crise ecolgica global sem uma ecologizao do setoragroalimentar. Neste sentido, a criao de abelhas uma dasraras atividades pecurias que no acarreta nenhum impactoambiental negativo e, pelo contrrio, transforma o agricultor emum ecologista prtico (SOARES, 1998).
Deslocamento de colmias eDeslocamento de colmias eDeslocamento de colmias eDeslocamento de colmias eDeslocamento de colmias elocalizao de apirioslocalizao de apirioslocalizao de apirioslocalizao de apirioslocalizao de apirios
A intensificao da criao de abelhas, buscando obter maiorprodutividade com o mesmo nmero de colmias eequipamentos, e com a mesma mo-de-obra, encontra naapicultura migratria a sada ideal: as colmias se beneficiamdas floraes de mais de uma regio, complementares notempo, conforme o clima, a altitude ou a latitude de cadalocalidade.
Na apicultura migratria, os apicultores obtm o rendimentomximo de cada enxame. As grandes populaes de abelhasexistentes em cada colmia ao final de uma florada, que noseriam mais aproveitadas caso as colmias permanecessem nomesmo local, podem manter sua produtividade em outra regiocujas plantas estejam no auge da florao. Todo o potencialdesta nova florada ser aproveitado, uma vez que rainhas eoperrias no precisam perder tempo produzindo novasabelhas e crescendo em populao. Com o deslocamento dascolmias, a coleta de nctar e plen e o armazenamento de melpelas abelhas simplesmente continuam em seu ritmo intenso deplena safra. Alm disso, quando colmias so transportadas deum local para outro, h uma acelerao da coleta, transporte earmazenamento de alimentos. Conforme Feeburg (1989),
-
21Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Figura 6. Figura 6. Figura 6. Figura 6. Figura 6. Florada de ch-de-bugre, muito atrativa para asabelhas.
Foto
: L.
F. W
olff
colmias com o mesmo peso inicial, sendo uma original dolocal e outra trazida de outra parte, apresentam diferenassignificativas em favor daquela que foi deslocada.
O conhecimento da extenso de um pasto apcola, bem comoda sua qualidade, considerando a variedade e a densidadepopulacional das espcies botnicas, os tipos de produtosfornecidos, nctar ou plen, e seus diferentes perodos deflorao, ir determinar a capacidade de suporte da rea(CAMARGO et al., 2002). Com base nesta capacidade, poderser determinado o nmero potencial de colmias a seremalocadas em cada rea da regio.
-
22Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
VVVVVantagem das espciesantagem das espciesantagem das espciesantagem das espciesantagem das espciesarbreasarbreasarbreasarbreasarbreas
A Metade Sul do Rio Grande do Sul detentora de uma floraapcola rica em espcies arbreas, arbustivas e subarbustivas,variada quanto ao tipo e hbitos de crescimento e equilibradaentre as fontes de plen e de nctar.
As vegetaes subarbustivas e arbustivas nativas, em suamaioria, costumam apresentar maiores fluxos de nctar, commaior concentrao de acares e, geralmente, originando misde colorao clara, muito valorizados pelo mercadoconsumidor (SILVA & SATTLER, 2003). Entretanto, as espciesarbreas nativas da Metade Sul do Rio Grande do Sul so deextremo valor para a apicultura e a meliponicultura regional,pois tendem a apresentar maior estabilidade de floradasdurante perodos mais longos, menor suscetibilidade a secasprolongadas e maior concentrao e diversidadade de mineraisna composio do nctar, originando, com isto, mis mais ricose nutritivos aos consumidores finais.
Da composio florstica arbrea da Metade Sul, umaconseqncia caracterstica a ocorrncia de numerosasfloradas consecutivas ao longo do ano, viabilizando um perodode safra apcola prolongado, que se estende por vrios meses,conforme a favorabilidade climtica e ambiental. Outraconsequncia positiva verificada a possibilidade de produode distintos tipos de mel, diferenciados pelas suascaractersticas sensoriais e aptos ao atendimento de nichos demercado especficos, com melhor retorno econmico do queaquele obtido no mercado do mel sem origem botnicaconhecida.
A existncia de rvores no agroecossistema modificapositivamente os microclimas locais. As rvores protegem osolo e retm umidade (SOARES, 1998), alm de propiciar aproduo de madeira, lenha, carvo, resina, cobertura verde,adubao e correo do solo (NAIR, 1993). Em sistemas
-
23Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
agroflorestais apcolas, por exemplo a insero de colmias ervores melitfilas, de forma integrada ao manejo de um pomarou de uma lavoura, favorece a produo orgnica e a proteoambiental (WOLFF et al, 2008).
Levantamento da flora arbreaLevantamento da flora arbreaLevantamento da flora arbreaLevantamento da flora arbreaLevantamento da flora arbreanativanativanativanativanativa
Foi realizado um levantamento da flora arbrea em matasciliares e de encosta de trs localidades, onde ainda restamfragmentos da cobertura florestal nativa: Estao ExperimentalCascata - EEC, da Embrapa Clima Temperado, Colnia Maciel eSanto Amor (Morro Redondo). Foram feitas duas viagensmensais (de setembro de 2007 a setembro de 2008) em finais desemana alternados, para coleta de material botnico, uma paraColnia Maciel e outra para Colnia Santo Amor, alm de umacoleta por semana na EEC da Embrapa Clima Temperado. Foirealizada coleta de material botnico frtil e montagem deexsicatas para organizao de um herbrio seguindo asrecomendaes de Zanin & Hepp (2001). Material botnico decada espcie tambm foi fotografado detalhadamente durante aflorao para documentao (Figuras 01 a 08).
Para a identificao das famlias botnicas, foi adotada a chaveBotnica Sistemtica: Guia ilustrado para a identificao dasfamlias de Angiospermas da flora brasileira de Souza e Lorenzi(2005), que est baseada na proposta da APG II (AngiospermPhylogeny Group II) de 2003. Os gneros e espcies foramidentificados com o auxlio de chaves analticas, dendrolgicas,guias e manuais de identificao. A aptido apcola dasespcies arbreas foi considerada com base nas definies deFaegri, & Pijl, atravs de reviso bibliogrfica (LORENZI, 1992;MARCHIORI, 1997A; MARCHIORI, 1997B; MARCHIORI eSOBRAL, 1997; DIMITRI, LEONARDIS e BILONI, 1998; LORENZI,1998; LAHITE e HURREL, 1999; MARCHIORI, 2000; BACKES eIRGANG, 2002; CARVALHO, 2003; HAENE e APARCIO, 2004;PIEDRABUENA, 2004; MUOZ, ROSS e CRACCO, 2005), assim
-
24Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7Figura 7..... Abelha visitando flores de pitangueira.
Foto
: G
ust
avo
G
om
es
como em dados empricos obtidos atravs de observaes decampo.
Os eventos fenolgicos foram estudados de acordo com omtodo proposto por Marchiori (1995) para fenologia emdendrologia, com a anlise de no mnimo trs indivduosadultos por espcie em intervalos mensais pelo perodo de umano (de setembro de 2007 a setembro de 2008).
Foram registradas 50 espcies arbreas com aptido apcola(Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1), de 23 famlias botnicas. As famlias maisrepresentativas foram Myrtaceae, com 14 espcies, seguida deAnacardiaceae, com 4 espcies (Quadro 2Quadro 2Quadro 2Quadro 2Quadro 2).
-
25Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Quadro 1:Quadro 1:Quadro 1:Quadro 1:Quadro 1: nome popular, perodo de florao e potencial melfero dasespcies arbreas nativas levantadas na regio serrana de Pelotas, nametade Sul do RS:
Perodo de florao Nome popular Valor Apcola
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Aoita-cavalo
Nctar e Plen X X
Ara
Plen X X
Ara-do-mato
Nctar e Plen X
Aroeira-braba
Nctar e Plen X X
Aroeira-mansa; Aroeira-vermelha
Nctar e Plen X
Aroeira-salsa
Nctar e Plen X
Batinga
Nctar e Plen X
Branquilho
Nctar e Plen X
Branquilho-leiteiro
Nctar e Plen X X
Caixeta
Plen X
Cambar
Nctar e Plen X
Camboat-vermelho
Nctar X
Cambu
Plen X
Canela-amarela; Canela-merda
Nctar e Plen X X
Canela-guaic; Canela-sebo
Nctar X
Canela-lageana
Nctar X X
Cangerana
Nctar e Plen X X
Cedro
Nctar e Plen X
Cerejeira-do-rio-grande
Nctar e Plen X
Coco
Nctar e Plen X
Coentrilho
Nctar e Plen X X
Corticeira-do-banhado
Nctar e Plen X
Ch-de-bugre
Nctar e Plen X X
-
26Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Continuao Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1..... ......
Chal-chal; Baga-de-morcego
Nctar e Plen X
Geriv; Coqueiro-geriv
Plen X X
Goiabinha-do-campo; Feijoa
Plen X
Guabiju
Nctar e Plen X X
Guabirobeira
Nctar e Plen X
Guaatunga
Nctar e Plen X X
Guamirim
Nctar e Plen X
Guamirim
Nctar e Plen X X
Louro-mole
Nctar X
Mamica-de-cadela
Nctar X
Marica
Nctar e Plen X X
Molhe; Assobieira
Nctar e Plen X
Murta
Nctar e Plen X X
Murtilho
Nctar e Plen X
Pessegueiro-do-mato
Nctar e Plen X X
Pitangueira Nctar e Plen X
Quebra-foice-rosa
Nctar e Plen X
Quebra-foice
Nctar e Plen X
Salgueiro
Nctar X
Sarandi
Nctar e Plen X
Sete-sangrias
Nctar X X
Sucar; No-me-toque
Nctar e Plen X X
Tarum-branco Nctar X X
Tarum-de-espinho; Tarum-do-banhado
Nctar X
-
27Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Continuao Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1Quadro 1..... ......
Timbava; Sabo-de-soldado
Nctar e Plen X
Ub
Nctar e Plen X
Umbuzeiro
Nctar e Plen X
-
28Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2. nome popular, nome cientfico e famlia botnicadas espcies arbreas nativas apcolas levantadas na regioserrana de Pelotas, na metade Sul do RS.
Nome popular Nome cientfico Famlia
Aoita-cavalo Luehea divaricata Mart. Tiliaceae
Ara Psidium cattleyanum Sabine Myrtaceae
Ara-do-mato Myrcianthes gigantea (Legr.) Legr. Myrtaceae
Aroeira-braba Lithraea brasiliensis March. Anacardiaceae
Aroeira-mansa; Aroeira -vermelha
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae
Aroeira-salsa Schinus molle L. Anacardiaceae
Batinga Eugenia rostrifolia Legr. Myrtaceae
Branquilho Sebastiana commersoniana (Baill.) L.B. Smith & R.J. Euphorbiaceae
Branquilho-leiteiro Sebastiana brasiliensis Spreng. Euphorbiaceae
Caixeta
Didymopanax morototonii (Aubl.) Done & Planch. Araliaceae
Cambar Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr. Asteraceae
Camboat-vermelho Cupania vernalis Camb. Sapindaceae
Cambu Eugenia uruguayensis Camb. Myrtaceae
Canela-amarela; Canela -merda
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Lauraceae
Canela-guaic; Canela -sebo
Ocotea puberula Ness. Lauraceae
Canela-lageana Ocotea pulchela (Ness et Mart. Ex Ness) Ness Lauraceae
Cangerana Cabralea cangerana (Vell.) Mart. Meliaceae
Cedro Cedrela fissilis Vell. Meliaceae
Cerejeira-do-rio-grande Eugenia involucrata DC. Myrtaceae
Coco Erythroxylum argentinum O. E. Schulz Erythroxylaceae
Coentrilho Zanthoxylum hyemale A. St. Hil. Rutaceae
Corticeira-do-banhado Erythrina crista-galli L. Fabaceae
Ch-de-bugre Casearia sylvestris Sw.. Flacourtiaceae Chal-chal; Baga -de-morcego
Allophylus edulis (St. Hil.) Radlk . Sapindaceae
Geriv; Coqueiro-geriv Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glass. Arecaceae
Goiabinha-do-campo; Feijoa
Acca selowiana (Berg) Burret Myrtaceae
Guabij Myrcianthes pungens (Berg) Legr. Myrtaceae
-
29Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Continuao Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2.Quadro 2. ......
Guabirobeira Campomanesia xanthocarpa Berg Myrtaceae
Guaatunga Casearia decandra Jacq. Flacourtiaceae
Guamirim Gomidesia palustris (DC.) Kaus. Myrtaceae
Guamirim Myrceugenia euosma (Berg) Legr. Myrtaceae
Louro-mole Cordia ecalyculata Vell . Boraginaceae
Mamica-de-cadela Zanthoxylum rhoifolium Lam . Rutaceae
Marica Mimosa bimucronata (DC.) O. Kuntze Mimosaceae
Molhe; Assobieira Schinus polygamus (Cav.) Cabr. Anacardiaceae
Murta Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg Myrtaceae
Murtilho Myrrhinium atropurpureum Schott Myrtaceae
Pessegueiro -do-mato Prunus sellowii Koehne Rosaceae
Pitangueira Eugenia uniflora L. Myrtaceae
Quebra-foice-rosa Calliandra brevipes Benth. Mimosaceae
Quebra-foice Calliandra tweediei Benth. Mimosaceae
Salgueiro Salix humboldtiana Willd. Salicaceae
Sarandi Terminalia australis Camb. Combretaceae
Sete-sangrias Simplocos uniflora (Pohl) Bentham Symplocaceae
Sucar; No-me-toque Xylosma pseudosalzmanii Sleumer Flacourtiaceae
Tarum -branco Cithrarexylum myrianthum Cham. Verbenaceae
Tarum -de-espinho; Tarum -do-banhado
Cithrarexylum montevidense Cham. Verbenaceae
Timbava; Sabo -de-soldado
Quillaja brasiliensis (St. Hil. & Tul.) Mart . Quillajaceae
Ub Myrcia glabra (Berg) Legr. Myrtaceae
Umbuzeiro Phytolacca dioica L. Phytolaccaceae
-
30Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Calendrio da flora apcolaCalendrio da flora apcolaCalendrio da flora apcolaCalendrio da flora apcolaCalendrio da flora apcolanativanativanativanativanativa
As investigaes sobre o comportamento fenolgico davegetao nativa arbrea da Metade Sul permitiram oestabelecimento de um calendrio de floradas apcolasregional. Este calendrio possibilita a identificao dosperodos de mxima oferta de alimentos, nctar e plen, sabelhas, e a anlise dos momentos mais adequados para oplanejamento e a antecipao dos manejos nas colmias.
Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8.Figura 8.Abelha em flores de aroeira-salsa.
Foto
: G
ust
avo
G
om
es
-
31Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Grfico 1Grfico 1Grfico 1Grfico 1Grfico 1.....Oferta de nctar e plen em espcies arbreasnativas levantadas na Metade Sul do Rio Grande do Sul, noperodo de 2007/2008.
O calendrio de floradas apcolas apresentado dever serpermanentemente aperfeioado pelos apicultores,meliponicultores e tcnicos do setor, medida em que novosdados e informaes de campo forem se somando aosconhecimentos atuais. Foi elaborado baseado nos dados de umano, e no se deve desconsiderar o fato de que a fenologia dasespcies pode variar em funo do ano em virtude de fatoresclimticos. Algumas espcies florescem mais de uma vez aoano, porm apresentam um pico notvel de florao numapoca do ano, como o caso de Calliandra. Outra espcie, oSyagrus romanzoffiana, floresce durante a maior parte do ano,porm com maior intensidade entre setembro e maro. Nessecaso, foi considerado apenas seu perodo de mxima florao.
Os perodos de maior e menor oferta de nctar e plen ao longodo ano (Grfico 1Grfico 1Grfico 1Grfico 1Grfico 1), evidenciam maior aporte nos meses deprimavera (outubro e novembro) e nenhuma espcie floridadurante os meses de junho e julho.
-
32Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Figura 9. Figura 9. Figura 9. Figura 9. Figura 9. Abelha em flor de coco.
Foto
: G
ust
avo
G
om
es
Benefcios para a produo deBenefcios para a produo deBenefcios para a produo deBenefcios para a produo deBenefcios para a produo demelmelmelmelmel
O estudo das caractersticas fenolgicas das espcies melferase polinferas nativas da Metade Sul do Estado, contribui parapromover no apenas a cadeia apcola da Regio Sul, mastambm a produo de gros oleaginosos, a produo desementes de olercolas e forrageiras e, em especial, afruticultura de clima temperado, dependente, na maioria desuas espcies, da polinizao cruzada.
O conhecimento sobre as espcies botnicas nativas de valorapcola, seus perodos de florao e suas capacidades defornecerem nctar e plen, fator determinante para a tomadade deciso sobre os manejos a serem adotados no apirio epara a obteno de boas safras apcolas. Da mesma forma,
-
33Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
quanto ao manejo da cobertura arbrea nos agroecossistemasenvolvendo abelhas e direcionados sustentabilidade daagricultura familiar, o calendrio de floradas possibilitar oreflorestamento com as espcies nativas mais indicadas para amanuteno de enxames de abelhas melferas e indgenas semferro, alm de propiciar a tomada de deciso sobre cortesseletivos ou manejos de biomassa em sistemas agroflorestaisapcolas.
Com base neste conhecimento, as intervenes pelosagricultores, apicultores e meliponicultores podem obedecer acritrios de sustentabilidade melhor definidos, tanto para oambiente natural de hoje, quanto, conforme lembra Soares(1998), para as geraes futuras, que dele tambm dependero.
Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 10.0.0.0.0.Abelha visitando flores de goiabeira-serrana.
Foto
: W
alte
r F.
Ro
dri
gu
es
-
34Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
RefernciasRefernciasRefernciasRefernciasReferncias
BACKES, P.; IRGANG, B. rvrvrvrvrvores do Sul: ores do Sul: ores do Sul: ores do Sul: ores do Sul: guia de identificao& interesse ecolgico. Santa Cruz do Sul: Instituto Souza Cruz,2002. 326 p.
CAMARGO, R.C.R.; PEREIRA, F.M.; LOPES, M.T.R. PPPPProduo deroduo deroduo deroduo deroduo demelmelmelmelmel. Embrapa Meio-Norte; Teresina, 2002. (Embrapa Meio-Norte. Sistemas de produo, 3).
CAMARGO, R. C. R.; PEREIRA, F.M.; LOPES, M. T. R.; WOLFF, L. F.MelMelMelMelMel: caractersticas e propriedades. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2006. 29 p. (Embrapa Meio-Norte. Documentos, 150)
CARVALHO, P.E.R. RRRRReflorestamento e pasto apcolaeflorestamento e pasto apcolaeflorestamento e pasto apcolaeflorestamento e pasto apcolaeflorestamento e pasto apcola. In:ENCONTRO ESTADUAL DE APICULTURA, 8., 2003, Cruz dasalmas. Anais...Anais...Anais...Anais...Anais... Cruz das Almas: UFBA, 2003. p. 38-40.
CARVALHO, P. E. R. Espcies arbreas brasileiras. Espcies arbreas brasileiras. Espcies arbreas brasileiras. Espcies arbreas brasileiras. Espcies arbreas brasileiras. Braslia,DF. Embrapa Informao Tecnolgica; Colombo: EmbrapaFlorestas, 2003. 1039 p.
DADANT, C. La colmena y la abeja meliferaLa colmena y la abeja meliferaLa colmena y la abeja meliferaLa colmena y la abeja meliferaLa colmena y la abeja melifera. Montevideu:Hemisferio Sur, 1979. 936 p.
DIMITRI, M. J.; LEONARDIS, R. F. J.; BILONI, J. S. El nuevEl nuevEl nuevEl nuevEl nuevooooolibro del rbol:libro del rbol:libro del rbol:libro del rbol:libro del rbol: especies forestales de la Argentina occidental.Buenos Aires: El Ateneo, 1998. 120 p.
FAEGRI, K.; PIJL, L. V. The principles of polinationecologyThe principles of polinationecologyThe principles of polinationecologyThe principles of polinationecologyThe principles of polinationecology.....London: Pergamon Press, 1979. 291 p.
FEEBURG, J.B. TTTTTcnica e prtica de apiculturacnica e prtica de apiculturacnica e prtica de apiculturacnica e prtica de apiculturacnica e prtica de apicultura. PortoAlegre: Casa da Abelha, 1989. 144 p.
FLORA, C. Interactions between agroecosystems and Interactions between agroecosystems and Interactions between agroecosystems and Interactions between agroecosystems and Interactions between agroecosystems andrural communities. rural communities. rural communities. rural communities. rural communities. Whashington: CRC, 2001. 273 p.
HAENE, E.; APARICIO, G. Cien rboles argentinos. Cien rboles argentinos. Cien rboles argentinos. Cien rboles argentinos. Cien rboles argentinos. Buenos
-
35Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
Aires: Albatroz, 2004. 128 p.
LAHITTE, H. B.; HURREL, J. A. rboles Rioplatenses:rboles Rioplatenses:rboles Rioplatenses:rboles Rioplatenses:rboles Rioplatenses: rbolesnatives y naturalizados del Delta del Paran, Isla Martn Garca yRibera Platense. Buenos Aires: L.O.L.A. 1998. 300 p.
GLUFKE, C. EspciesEspciesEspciesEspciesEspcies florestais recomendadas paraflorestais recomendadas paraflorestais recomendadas paraflorestais recomendadas paraflorestais recomendadas pararecuperao de reas degradadasrecuperao de reas degradadasrecuperao de reas degradadasrecuperao de reas degradadasrecuperao de reas degradadas. Porto Alegre: FZB, 1999.48 p.
KERR, W.K.; CARVALHO, G.A.; NASCIMENTO, V.A. A abelhaA abelhaA abelhaA abelhaA abelhaurucuurucuurucuurucuurucu: biologia, manejo e conservao. Paracatu: Acangau,1996. 144 p.
LORENZI, H. rvrvrvrvrvores brasileirasores brasileirasores brasileirasores brasileirasores brasileiras: manual de identificao ecultivo de plantas arbreas nativas do Brasil. Nova Odessa:Plantarum, 1992. 352 p.
LORENZI, H. rvrvrvrvrvores brasileiras: ores brasileiras: ores brasileiras: ores brasileiras: ores brasileiras: manual de identificao ecultivo de plantas arbreas nativas do Brasil. v. 2. NovaOdessa: Plantarum, 1998. 352 p.
MARCHIORI, J. N. C. Elementos de dendrologia. Elementos de dendrologia. Elementos de dendrologia. Elementos de dendrologia. Elementos de dendrologia. SantaMaria: UFSM,1995. 163 p.
MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: dasmagnoliceas s flacurticeas. Santa Maria: UFSM, 1997b. 271p.
MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das angiospermas:Dendrologia das angiospermas:Dendrologia das angiospermas:Dendrologia das angiospermas:Dendrologia das angiospermas:leguminosas. Santa Maria: UFSM, 1997a. 271 p.
MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: Dendrologia das angiospermas: dasbixceas s rosceas. Santa Maria: UFSM, 2000. 240 p.
MARCHIORI, J. N. C. Fitogeografia do Rio Grande do SulFitogeografia do Rio Grande do SulFitogeografia do Rio Grande do SulFitogeografia do Rio Grande do SulFitogeografia do Rio Grande do Sul:enfoque histrico e sistemas de classificao. Porto Alegre:EST, 2002. 118 p.
-
36Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
MARCHIORI, J. N. C.; SOBRAL, M. Dendrologia dasDendrologia dasDendrologia dasDendrologia dasDendrologia dasangiospermas: angiospermas: angiospermas: angiospermas: angiospermas: Myrtales. Santa Maria: UFSM, 1997. 304 p.
MICHENER, C. D. The bees of the worldThe bees of the worldThe bees of the worldThe bees of the worldThe bees of the world. Baltmore: The JohnsHopkins University Press, 2000. 914 p.
MUOZ, J.; ROSS, P.; CRACCO, P. Flora indgena delFlora indgena delFlora indgena delFlora indgena delFlora indgena delUruguay:Uruguay:Uruguay:Uruguay:Uruguay: rboles y arbustos ornamentales. Montevideo:Hemisferio Sur, 2005. 320 p.
NAIR, P.K.R. An introduction to agroforestryAn introduction to agroforestryAn introduction to agroforestryAn introduction to agroforestryAn introduction to agroforestry. London;Kluwer Academic Publishers, 1993. 499 p.
PASTORE, U.; RANGEL FILHO, A. L. R. Vegetao. As regiesfitoecolgicas, sua natureza, seus recursos econmicos.Estudo fitogeogrfico. In: IBGE. Folha Uruguaiana.Folha Uruguaiana.Folha Uruguaiana.Folha Uruguaiana.Folha Uruguaiana. Rio deJaneiro, 1986. p. 541-632.
PIEDRABUENA, F. P. Flora natiFlora natiFlora natiFlora natiFlora nativa:va:va:va:va: arboles y arbustos deluruguay y regiones vecinas. Maldonado: Guyunusa, 2004. 213p.
REISDRFER, A.F. Mercado apcola. Conselho em revistaConselho em revistaConselho em revistaConselho em revistaConselho em revista,Porto Alegre, n. 27, ano 3, p. 13 - 15. 2006.
RIECHMANN, J. Agricultura, ganadera y seguridad alimentaria:la necesidad de un giro hacia sismas alimentarios sustentables.In: FRUM PER A LA SOSTENIBILIAT DE LES ILLES BALEARS,4; JORNADA: SEGURETAT HUMANA
-
37Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apicultura
sustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
SILVA, F. M. B.; SATTLER, A. LLLLLevantamento das pocas eevantamento das pocas eevantamento das pocas eevantamento das pocas eevantamento das pocas edistribuio geogrfica da flora apcola do Rio Grandedistribuio geogrfica da flora apcola do Rio Grandedistribuio geogrfica da flora apcola do Rio Grandedistribuio geogrfica da flora apcola do Rio Grandedistribuio geogrfica da flora apcola do Rio Grandedo Suldo Suldo Suldo Suldo Sul. pg. 55-66. In: SEMINRIO ESTADUAL DEAPICULTURA, 8., 2003, Horizontina. Porto Alegre: EMATER,2003. p. 54-66.
SOARES, A. L. F. Conceitos bsicos sobre permaculturaConceitos bsicos sobre permaculturaConceitos bsicos sobre permaculturaConceitos bsicos sobre permaculturaConceitos bsicos sobre permacultura.Braslia: MA/SDR/PNFC, 1998. 53p.
SOUZA, D. C. ApiculturaApiculturaApiculturaApiculturaApicultura: manual do agente dedesenvolvimento rural. Braslia: Sebrae, 2004. 178 p.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botnica sistemtica:Botnica sistemtica:Botnica sistemtica:Botnica sistemtica:Botnica sistemtica: guiailustrado para identificao das famlias de Angiospermas daflora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: InstitutoPlantarum, 2005. 640 p.
WALFLOR, M. F. G.; SILVA, I. C.; E CAMARGO, P. C. C.Desenvolvimento sustentado: seleo de sistemasagroflorestais, implantao de unidade de demonstrao naregio de Batuva Guaraqueaba, PR. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE EXTENSO UNIVERSITRIA, 2., 2004, BeloHorizonte. Anais... Anais... Anais... Anais... Anais... 2004, Belo Horizonte: UFMG, 2004. 1 CD-ROM.
WIESE, H. NoNoNoNoNovvvvvo manual de apiculturao manual de apiculturao manual de apiculturao manual de apiculturao manual de apicultura. Porto Alegre:Agropecuria, 1995. 292 p.
WOLFF, L. F.; LOPES, M. T. R.; PEREIRA, F. M.; CAMARGO, R. C.R.; VIEIRA NETO, J. M. LLLLLocalizao do apirio e instalaoocalizao do apirio e instalaoocalizao do apirio e instalaoocalizao do apirio e instalaoocalizao do apirio e instalaodas colmias.das colmias.das colmias.das colmias.das colmias. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2006. 30p. (Embrapa Meio-Norte. Documentos, 151).
WOLFF, L. F. Apicultura sustentvel na propriedadeApicultura sustentvel na propriedadeApicultura sustentvel na propriedadeApicultura sustentvel na propriedadeApicultura sustentvel na propriedadefamiliar de base ecolgica.familiar de base ecolgica.familiar de base ecolgica.familiar de base ecolgica.familiar de base ecolgica. Pelotas: Embrapa ClimaTemperado, 2007. (Embrapa Clima Temperado. Circular tcnica,64.) 16 p.
-
38Flora apcola arbrea nativa na regio serrana de Pelotas para a apiculturasustentvel na Metade Sul do Rio Grande do Sul
WOLFF, L.; CARDOSO, J.; SCHWENGBER, J.; SCHIAVON, N. P.Sistema agroflorestal apcola em parreiral com aroeiras-vermelhas, abelhas melferas africanizadas e abelhas nativassem ferro na regio Sul do Brasil. In: SEMINRIOINTERNACIONAL DE EDUCAO E PESQUISA EM ECOLOGIA,2008, Pelotas. RRRRResumos... esumos... esumos... esumos... esumos... Pelotas: Educat, 2008. p. 240-243.
ZANIN, E. M.; HEPP, L. U. Botnica:Botnica:Botnica:Botnica:Botnica: manual de laboratrio.Erechin: Uricer, 2001. 102 p.
top related