eua x china: a disputa pela supremacia 20150909 rl

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EUA x ChinaA disputa pela supremacia no mundo globalizado

Robson Lelles, MBAfalecom@robsonlelles.com+55(21)98858-5492

Agenda1. Como chegamos a esse embate?2. Que forças estão em jogo?3. EUA x China é uma dicotomia real?4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?5. China: do século XVIII ao século XXI6. EUA: do século VXIII ao século XXI7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças8. Hipóteses mais prováveis9. Rotas mais prováveis para a economia brasileira

1. Como chegamos a esse embate?

1. Como chegamos a esse embate?

• Desvalorização do Yuhan• Desaceleração do crescimento econômico

chinês – de 10% para 7,5%• De um lado, o grande exportador de meios de

pagamento.• Do outro lado, o maior importador de

matéria-prima do planeta – e segunda maior economia

• Se a China cresce menos, os exportadores vendem menos.

• Se os exportadores vendem menos, empregam menos.

• Se os empregos somem, a sociedade se desestabiliza.

• Se a sociedade se desestabiliza, ocorrem conflitos.

1. Como chegamos a esse embate?

• Graças aos avanços das telecomunicações, o mundo inteiro está conectado on-line 24hx7d

• Tanta interconectividade aumenta enormemente a interdependência das economias

2. Que forças estão em jogo?

Forças econômicas:

• Preço das commodities• Petróleo – em queda• Aço – em queda• Água – em alta

• Estabilidade cambial• Dólar – variando com o mercado• Euro – variando com o mercado• Libra – variando com o mercado• Yuhan – variando artificialmente

2. Que forças estão em jogo?

Forças Militares:

• Potências nucleares estabelecidas• EUA• Rússia• Zona do Euro• Reino Unido• Índia• Japão• China

• Potência nuclear candidata• Irã

2. Que forças estão em jogo?

Forças Sociais:

• Liberalismo econômico• Comunismo remanescente• Teocracia islâmica• Populismo latino

3. EUA x China é uma dicotomia real?

• Conceito de “dicotomia”

• China depende da matéria-prima do mundo para girar sua economia

• EUA depende da sua moeda forte para girar sua economia

• Os atores coadjuvantes são vários...

3. EUA x China é uma dicotomia real?

RússiaAlemanha

GréciaOPECBRICSCuba

Coréia do NorteBloco Islâmico

Israel

4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?

Há muito mais um clima de vigilância mútua, do que uma disputa pela supremacia econômica, propriamente dito.Ex.1: Recente visita de Obama ao Alaska, abreviada pela presença da frota chinesa, em exercício militar no Pacífico Norte.

Ex.2: Visita relâmpago do então presidente George W. Bush à China por ocasião de um suposto projeto chinês de trocar 20% de suas reservas (US$) em Euros.Detalhe: Adivinhem qual país tem mais dólares em caixa fora dos EUA? Adivinhou...

4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?

Supremacia econômica é geralmente estabelecida por ocasião de eventos disruptivos em escala global, tais como:

1. Conflitos internacionais de grande porte

4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?

Supremacia econômica é geralmente estabelecida por ocasião de eventos disruptivos em escala global, tais como:

2. Surtos epidêmicos em escala global

4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?

Supremacia econômica é geralmente estabelecida por ocasião de eventos disruptivos em escala global, tais como:

3. Eventos climáticos intensos e em larga escala

4. Há realmente uma disputa pelo predomínio econômico?

Sempre haverá muita relutância em relação a intervenções de terceiros em conflitos considerados regionais.

O problema é que a causa da não intervenção passa longe de critérios ideológicos, como isenção, autonomia etc.

O problema é que ações militares de grande porte descapitalizam fortemente a economia do interventor.

Ex.1: Europa pós-guerra

5. China: do século VXIII ao século XXI

China possui cultura milenar, diversificada, multiétnica... e repleta de conflitos internos!

Definitivamente, chinês não é tudo igual!

Histórico preponderantemente aristocrático, dinástico, multifragmentado, unificado no século XX pela Revolução Cultural Maoísta.

RCM: Viés comunista, totalitário, anti-religioso, ateu...

5. China: do século VXIII ao século XXI

Com a morte do patriarca Mao Zedong, experimentou uma purga violenta nas altas esferas do poder.Partiu para um modelo híbrido: capitalismo selvagem para com o resto do mundo, controlado internamente com mão de ferro pelo estado totalitário.Câmbio artificial, direitos humanos deficientes, produção em massa de commodities e política hermética tem sido as molas propulsoras da pujança econômica chinesa.

6. EUA: do século XVIII ao século XXI

Tornou-se independente do Reino Unido em 1776, abandonando o viés monarquista, para abraçar a visão democrática moderna, preconizada pelos ideais da Revolução Francesa, sob patrocínio da Maçonaria.Adotou a visão econômica protestante, expansionista, territorialista, avançando sobre possessões espanholas, francesas e nativas, até chegar à atual conformação territorial e política.

Tornou-se potência econômica e militar hegemônica após a II Guerra Mundial, representando a vertente capitalista democrática, em oposição ao comunismo totalitário soviético até o fim da década de 1980, com a derrocada da URSS.

6. EUA: do século XVIII ao século XXI

A bipolaridade política passaria à China, não fosse pela ascensão de Vladimir Putin ao poder na Rússia militarizada.Hoje, a preocupação é dupla, portanto.Sem esquecer da ascensão do radicalismo islâmico, é claro!Definitivamente, não tem sido fácil ser o guardião do mundo nesses últimos dias!

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Forças:• Estabilidade política, mantida sob rígido

controle estatal.• Estabilidade econômica, mantida sob câmbio

artificial e padrões de produção intensivos, voltados para a exportação de manufaturados commoditizados, produzidos em série e de forma massiva, a custos muito baixos, por vezes subsidiados.

• Potência militar majoritária na Ásia.• Maior reserva mundial de dólares fora dos EUA.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Fraquezas:• Dependência extrema de matéria-prima

importada para manutenção da sua produção.• Maior importador mundial de tecnologia.• Barreiras idiomáticas externas.• Barreiras sociais internas.• Baixa confiabilidade em relação à propriedade

industrial.• Segundo maior poluidor do planeta

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Oportunidades:• Evolução do padrão de qualidade da sua

produção, através de submissão aos processos de certificação internacionalmente conhecidos.

• Maior distribuição de riqueza entre a classe proletária.

• Abertura econômica gradual.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Ameaças:• Sanções econômicas internacionais, com

motivações políticas e ideológicas – a exemplo do que aconteceu com a Rússia em 2014, por ocasião da invasão da Ucrânia.

• Disputas internas e corrupção no poder central podem desestabilizara implementação do plano econômico.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Forças:• Estabilidade política, mantida sob rígido

controle social.• Estabilidade econômica, mantida sob forte

política de manutenção do câmbio e padrões de produção intensivos, voltados para a exportação de produtos e serviços de alto valor agregado.

• Estímulo à livre iniciativa e ao risco calculado.• Potência militar majoritária no mundo.• Proprietário do principal meio de pagamento

internacional.• Grandes reservas de petróleo e gás.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Fraquezas:• Dependência de matéria-prima importada para

manutenção da sua produção.• Alvo preferencial de iniciativas extremistas.• Barreiras sociais internas.• Perda gradual da liderança tecnológica para

outros países.• Maior poluidor do planeta.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Oportunidades:• Consolidação do papel de estado regulador da

paz mundial.• Retomada da liderança tecnológica mundial

através do estímulo à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias disruptivas.

• Continuidade das ações de desmobilização de movimentos extremistas.

7. Comparativo de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

Ameaças:• Sua condição de alvo preferencial de

movimentos extremistas o expõe a ações de grupos terroristas.

• Banalização do consumo de drogas pesadas.• Mudanças climáticas tem afetado o

desempenho de sua produção agropecuária.

8. Hipóteses mais prováveis

a. Hipótese Otimista• Pressionada pela conjuntura da crise

mundial, a China evolui inexoravelmente para um regime capitalista de mercado, ainda que mantenha seu regime político intacto.

b. Hipótese Neutra• EUA e China permanecem por mais

algumas décadas no jogo de vigilância mútua, sem mudanças significativas de parte a parte.

c. Hipótese Pessimista• O enfraquecimento das instituições

democráticas permite o avanço dos movimentos extremistas e o mundo é levado ao uma nova crise de credibilidade econômica, desdobrando-se em conflitos internacionais pela posse de matérias-primas essenciais

8. Hipóteses mais prováveis

a. Hipótese Otimista• A desvalorização inicial do Yuhan

devolverá a China a uma posição secundária no tabuleiro do poder mundial. Isso terá reflexos diretos sobre a economia, principalmente sobre os exportadores.

b. Hipótese Neutra• O único risco aparente é a ocorrência de

algum evento exógeno disruptivo, que mude a regra do jogo.

c. Hipótese Pessimista• EUA experimentarão situação semelhante

à do Reino Unido atualmente – perda da supremacia econômica, sem no entanto perder o poderio militar. Essa pode ser a condição inicial para o recrudescimento de ações contra os fatores causadores da perda da sua supremacia.

9. Rotas mais prováveis para a economia brasileira

• Manutenção da sua vocação de provedor de matérias-primas alimentadoras das manufaturas dos países detentores das tecnologias de produção.

• Minérios (incluindo o Pré-sal)• Agricultura• Pecuária• Extrativismo intensivo

9. Rotas mais prováveis para a economia brasileira• Manutenção da sua vocação de polo tecnológico

regional da América Latina.

• Centro de distribuição de tecnologia estrangeira

• Exportação de talentos para os grandes centros tecnológicos mundiais

• Pesquisa e desenvolvimento voltadas para o aperfeiçoamento de sua vocação de provedor de matérias-primas

9. Rotas mais prováveis para a economia brasileira• Só que nada disso acontece, sem antes:

• Sanearmos os três poderes...• ...nas três esferas governamentais:

• Federal• Estadual• Municipal

• Extinguirmos o voto obrigatório, vinculado a legendas, que mantém dinastias corruptas no poder

• Extinguirmos a imunidade parlamentar que fomenta o banditismo político

EUA x ChinaA disputa pela supremacia no mundo globalizado

Robson Lelles, MBAfalecom@robsonlelles.com+55(21)98858-5492

Muito obrigado!

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