agrupamento vertical de escolas … · freguesias do concelho (pereiras, castro da batoqueira e...
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“O SUCESSO DOS NOSSOS ALUNOS SERÁ O SUCESSO DO NOSSO CONCELHO”
PROJETO EDUCATIVO
Agrupamento de Escolas de Vimioso
2 Projeto Educativo 2013/2017
Índice Parte I ............................................................................................................................................................ 4
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ENVOLVENTE ................................................................................................... 5
Identificação da região e localidade ................................................................................................ 5
CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO EDUCATIVO ............................................................................................. 9
RECURSOS MATERIAIS ................................................................................................................................. 10
Edifícios ......................................................................................................................................... 10
Biblioteca Escolar - Centro de Recursos Educativos...................................................................... 11
RECURSOS HUMANOS ................................................................................................................................. 11
Alunos ............................................................................................................................................ 11
Pessoal Docente ............................................................................................................................ 13
Pessoal Não Docente ..................................................................................................................... 13
Pais e Encarregados de Educação ................................................................................................. 14
Relações Institucionais .................................................................................................................. 14
Parte II ......................................................................................................................................................... 16
ESTRUTURA ORGANIZATIVA DO AGRUPAMENTO ...................................................................................... 16
REGIME DE FUNCIONAMENTO DO AGRUPAMENTO .................................................................................. 17
ATIVIDADES CURRICULARES – DESENHO CURRICULAR .............................................................................. 17
Atividades e medidas de apoio educativo..................................................................................... 18
Atividades de complemento curricular ......................................................................................... 19
CLUBES ESCOLARES ..................................................................................................................................... 19
DESPORTO ESCOLAR .................................................................................................................................... 20
Missão ........................................................................................................................................... 20
Objetivos Estratégicos ................................................................................................................... 20
FORMAÇÃO CONTÍNUA ............................................................................................................................... 20
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO .................................................... 21
PARTE III ...................................................................................................................................................... 22
CONSTRANGIMENTOS E NECESSIDADES ..................................................................................................... 22
Dimensão Curricular ...................................................................................................................... 22
Dimensão Física ............................................................................................................................. 22
Dimensão Organizacional .............................................................................................................. 22
DEFINIÇÃO DO PROJETO ............................................................................................................................. 22
PLANO DE AÇÃO .......................................................................................................................................... 23
Metas ............................................................................................................................................. 23
Objetivos gerais ............................................................................................................................. 24
Agrupamento de Escolas de Vimioso
3 Projeto Educativo 2013/2017
Dimensão curricular ...................................................................................................................... 26
Dimensão organizacional .............................................................................................................. 27
Dimensão Física ............................................................................................................................. 27
Dimensão Institucional .................................................................................................................. 27
FORMAS DE CONSECUÇÃO/ LINHAS GERAIS DE ATUAÇÃO ........................................................................ 28
Dimensão curricular ...................................................................................................................... 28
Dimensão organizacional .............................................................................................................. 28
Dimensão Física ............................................................................................................................. 28
Dimensão Institucional .................................................................................................................. 28
ARTICULAÇÃO COM AS ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES ......................................................... 29
APOIO AO ESTUDO ...................................................................................................................................... 29
OFERTAS COMPLEMENTARES ..................................................................................................................... 30
DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................................................... 30
Divulgação ..................................................................................................................................... 30
Avaliação ....................................................................................................................................... 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................................. 32
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 33
Agrupamento de Escolas de Vimioso
4 Projeto Educativo 2013/2017
Parte I
INTRODUÇÃO
“O projeto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma ideia a transformar em ato.”
Jean Marie Barbie
O Projeto Educativo assume-se como a expressão do exercício da autonomia da comunidade educativa,
pelo que a sua implementação leva a Escola a autodeterminar-se, adquirindo uma identidade própria.
O Decreto-Lei n.º 43/89 de 3 Fevereiro, refere no preâmbulo que «a autonomia da escola se concretiza na
elaboração de um projeto educativo próprio, constituído e executado de forma participada, dentro de princípios de
responsabilização dos vários intervenientes na vida escolar e de adequação a características e recursos da escola e
às solicitações e apoios da comunidade em que se insere» e que se entende por autonomia da escola a
«capacidade de elaboração e realização de um projeto educativo em benefício dos alunos e com a participação de
todos os intervenientes no processo educativo».
O mesmo diploma refere também que «o projeto educativo se traduz, designadamente, na formulação de
prioridades de desenvolvimento pedagógico, em planos anuais de atividades educativas e na elaboração de
regulamentos internos para os principais sectores e serviços escolares».
Surge como um instrumento que vai possibilitar a definição e a formulação das estratégias que vão fazer da
escola um espaço onde se decidem os desafios educativos, funcionando como fator impulsionador da autonomia.
Pode ser também um fator de inovação, orientação e condutor das mudanças transformadoras da ação educativa e
um elemento estruturante do planeamento e da ação da escola.
O Projeto educativo é um documento fundamental da política interna de cada agrupamento, cuja finalidade
é apresentar e explicitar as linhas orientadoras da atividade educativa e o modo como se combina com as linhas
orientadoras da política nacional. O princípio do seu sucesso irá depender, em grande parte, da capacidade que o
agrupamento tiver para mobilizar recursos e vontades e definir, de forma coerente, o seu percurso.
Ninguém como a escola deverá conhecer a comunidade, os seus costumes, tradições e anseios. O nosso
objetivo é continuar a construir a escola que somos em estrita relação com a sociedade, a família e a vida. Nesta
perspetiva o Projeto Educativo do Agrupamento não é mais que O Rosto do Agrupamento, com as especificidades
que lhe são próprias, com o meio físico, social e económico que a circunda.
Considerando necessário o conhecimento das realidades escolares, onde a gestão flexível do currículo e a
formação para uma cidadania de qualidade se apresentam como princípios fundamentais da organização escolar,
procedeu-se à análise da documentação produzida ao nível do Ministério da Educação, nomeadamente o Decreto-
Lei nº43/89 de 3 de Fevereiro e o 75/2008 de 22 de Abril, com a nova redação dada pelo Decreto-Lei 137/2012 de 2
de julho.
Os conceitos de mudança e de reflexão partilhada apresentam-se como pilares da construção de uma nova
realidade de escola onde cada agente se assume como construtor ativo do saber e implicado na construção de
novas realidades sociais e culturais.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
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De uma primeira consulta a toda a comunidade escolar, pessoal docente, pessoal não docente, alunos,
pais e encarregados de educação, obtivemos contributos para a elaboração do diagnóstico e para a caracterização
do Agrupamento, uma vez que se pretende que este Projeto Educativo seja um instrumento de trabalho realista e
flexível, adaptado à realidade.
Porque os jovens de hoje são os homens/mulheres de amanhã, este projeto “O SUCESSO DOS NOSSOS
ALUNOS SERÁ O SUCESSO DO NOSSO CONCELHO” tem como lema promover a elevação de expectativas nos
alunos visando a melhoria das suas aprendizagens; duma forma responsável. O sucesso deste concelho está nas
suas mãos.
Caraterização do meio envolvente
A pertinência das características do meio envolvente para compreender as funções da escola conduziu à
elaboração de um capítulo que apresente uma perspetiva histórica e sociológica da realidade, ainda que de forma
sucinta.
Cada escola existe integrada num determinado contexto (o da comunidade local e regional), e os valores
de cada comunidade entram na escola, nomeadamente, através dos pais e dos alunos (Lima et Haglund, 1985), que
vivem e integram uma realidade mais vasta que é o grupo de pertença e a realidade envolvente.
Identificação da região e localidade
A área pedagógica do Agrupamento de Escolas do Concelho de Vimioso tem um rico e vasto património, e
é atualmente a memória e o testemunho de homens e mulheres que ao longo de gerações têm vindo a moldar a sua
estrutura.
Vimioso é uma vila portuguesa situada geograficamente em Trás-os-Montes, pertencente ao distrito de
Bragança. É sede de um concelho com 482 km² de área, limitado a norte pela Espanha (município de Alcañices), a
leste pelo concelho de Miranda do Douro, a sul por Mogadouro, a oeste por Macedo de Cavaleiros e a noroeste por
Bragança.
O concelho de Vimioso situa-se entre o Planalto Mirandês e os vales dos rios Maçãs e Sabor e faz parte da
Terra Fria transmontana que também inclui os concelhos de Miranda do Douro, Bragança e Vinhais. É um concelho
acidentado, atravessado por três rios: Sabor, Angueira e Maçãs, que delimitam o seu território dos concelhos
vizinhos. Estas fronteiras naturais influenciaram ao longo dos tempos o desenvolvimento de Vimioso, embora
ultimamente se registem progressos significativos nas comunicações, pois todas as aldeias estão ligadas à sede do
concelho por estrada asfaltada e possuem eletricidade, água e saneamento básico.
Há indícios de povoamento pré-histórico em vários locais e Castros existentes no termo de várias
freguesias do concelho (Pereiras, Castro da Batoqueira e Castro da Terronha) e parece ter sido um desses Castros
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luso-romanos de raiz pré-histórica, situado a leste de Vimioso, num local denominado de Atalaia, que deu origem à
atual vila de Vimioso.
Com outros da região (Bragança, Outeiro, Miranda do Douro, Mogadouro, Penas Róias), os castelos de
Vimioso e Algoso fizeram parte da linha de defesa da fronteira oriental do reino. A fortificação terá sido reforçada e
sofrido constantes modificações, em consequência das lutas entre cristãos e mouros. Em Vimioso, além do castelo
destruído no século XVIII, existia a torre da Atalaia de que ainda restam vestígios.
Em 1492, o concelho viu chegar grande afluência de judeus expulsos dos reinos de Leão e Castela tendo
sido autorizados a estabelecerem-se em várias aldeias e vilas da região (Vimioso, Argozelo, Carção, no que se
refere ao atual concelho de Vimioso). Convertidos pela força à religião católica formaram nessas localidades
comunidades importantes, mantendo a sua identidade. Os judeus distinguiam-se dos lavradores pelos ofícios
exercidos, ligados ao artesanato e comércio.
Em 1516, Vimioso foi elevada a vila por foral do rei D. Manuel, estando até então sob jurisdição de Miranda
do Douro. Esta vila está ligada ao título de conde: o primeiro conde de Vimioso (D. Francisco de Portugal), conferido
por D. João III, em 1534.
Símbolos do direito de exercer justiça, foram erguidos pelourinhos em Vimioso e em Algoso.
Vimioso foi alvo da dureza das várias guerras. Em 1658, sofreu um ataque de forças espanholas vindas de
Alcañices.
Com as reformas administrativas do século XIX, o concelho de Vimioso cresceu incorporando o extinto
concelho de Pinelo e parte dos de Algoso (freguesias de Algoso e Matela), Miranda do Douro (freguesia de
Caçarelhos) e Outeiro (freguesias de Argozelo e Santulhão).
Durante todo o século XX, vários surtos migratórios levaram grande parte da população para o Brasil – até
à década de 1960 – e para a Europa (principalmente para França), provocando a desertificação do concelho.
O concelho de Vimioso guarda um considerável património arquitetónico. Merecem particular destaque em
Vimioso a Igreja Matriz (séc. XVI/XVII), Pelourinho (Idade Média), Castros de Batoqueira e do Vale de S. Miguel; em
Algoso o Solar dos Távoras, Castelo (séc. XIII), Pelourinho (séc. XVI), Igreja Matriz e Capela de São João (séc.
XVII); em Angueira os Castros do Gago e da Cocoia; em Argozelo a Capela de S. Bartolomeu, Castros da Terronha
e do Cerro Grande; em Caçarelhos a Capela Joanina e o Cruzeiro de estilo barroco, erguido em 1777 ; em Carção a
Ponte Romana sobre o rio Sabor e o Castro de Carção;
O artesanato da região: cestaria, tecelagem, cobres, colchas, curtumes, cantarias (granito) e mármores.
O feriado municipal é no dia 10 de Agosto – dia de S. Lourenço com a realização da feira anual – nessa
semana realizam-se também as festas em honra de St.ª Bárbara, Sr.ª dos Remédios e Sr.ª da Saúde.
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Fig.1: Freguesias do Concelho de Vimioso
Ordem Freguesias Distância à sede de concelho (km) População residente
1 Argozelo 20 701
2 Carção 12 419
3 Matela 25 228
4 Pinelo 8 222
5 Santulhão 18 423
6 União de Freguesias de Algoso
Campo de Víboras e Uva 14 567
7 União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira
10 335
8 União de Freguesias de Vale de
Frades e Avelanoso 8 308
9 Vilar Seco 16 181
10 Vimioso - 1285
Total ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4669
Na vila de Argozelo realizam-se as festas em honra de S. Bartolomeu (24 de Agosto) e Sr.ª das Dores (1°
domingo de Setembro).
São 7 freguesias e 3 uniões de freguesias que dependem administrativamente do concelho de Vimioso.
(fig.1 e quadro)
É uma comunidade com cerca de 4669 habitantes segundo os Censos de 2011. A população deste
concelho, tal como outros do interior transmontano, sofreu um forte declínio nos últimos dez anos. De acordo com
os Censos 2001, entre 1991 e 2001, verificou-se um decréscimo de 16% no total de habitantes do concelho, mas é
nas camadas mais jovens, dos 0 aos 14, que a redução é mais significativa, uma vez que se regista um decréscimo
que ronda os 50%. Por outro lado, a população mais idosa tem vindo a aumentar, na faixa com 65 ou mais anos
houve um acréscimo de 23%. Deste modo é fácil constatar o envelhecimento da população do concelho. Provas de
tal facto são o fecho de escolas e em contrapartida a construção de lares e centros para a terceira idade.
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À exceção das freguesias de Vimioso e Argozelo que concentram os serviços (administração, bancos,
comércios, …), o concelho de Vimioso é um município rural cuja população exerce atividades essencialmente
agrícolas e agropecuárias, dedicado à criação de gado bovino (com destaque para a raça mirandesa), suíno, ovinos
e caprinos, ao cultivo dos cereais (centeio, cevada, milho, trigo), da oliveira, da vinha, da batata e de hortaliças
(abóbora, couve, feijão, etc.). Outrora importante, a criação de gado caprino e ovino está hoje em declínio. A
indústria está representada por empresas de construção civil, serralharias e serrações de madeira. Os fracos
recursos económicos, a falta de emprego, a crise da agricultura, o acesso às modernas vias de comunicação têm
provocado a desertificação populacional, obrigando os jovens a demandar outras paragens do litoral português ou
do estrangeiro, deixando as aldeias cada vez mais cheias de gente idosa, casas e campos abandonados.
A população residente possui na generalidade um índice baixo de escolaridade, como se pode constatar no
gráfico relativo à escolaridade da população do concelho (fig.2). A maioria é constituída por agricultores e
empregados da construção civil, havendo também alguns funcionários públicos e comerciantes.
Fig.2: População residente por nível de escolaridade
A aposta no aproveitamento dos recursos endógenos, nomeadamente na fauna e flora que enriquecem a
paisagem, tem sido uma constante. Existe, todavia, a necessidade urgente de organizar a comercialização dos
produtos locais e reforçar a capacidade “exportadora” do concelho.
No concelho de Vimioso encontram-se os seguintes serviços públicos e privados que servem a comunidade
local: Câmara Municipal de Vimioso, Juntas de Freguesia, Centro de Saúde, Guarda Nacional Republicana,
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, Delegação do Centro Regional de Segurança Social, Biblioteca
Municipal, Repartição de Finanças, CTT, Associações Desportivas e Recreativas, Lares e Centros de Dia da
Terceira Idade em Vimioso, Algoso, Argoselo, Carção, Santulhão, Avelanoso e Pinelo; Santa Casa da Misericórdia
em Vimioso, Algoso e Santulhão, IPSS em Carção, Avelanoso, Pinelo e Argozelo.
Há muito que a gente destas terras vem sofrendo um processo de alteração e parte da sua estrutura
socioeconómica e cultural tem vindo a degradar-se.
Importa que reflitamos sobre estes novos contextos de vida, que implicam uma nova e permanente
educação para a adaptação às novas realidades.
Estamos face a uma comunidade com diagnóstico complexo: por um lado uma crise populacional
(envelhecimento e desertificação), por outro a crise de identidade (valores, tradições, …). Há, deste modo, que
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catalisar formas de interação e regulação de uma ordem social (participada e democrática) e é aqui que a escola
pode e deve desempenhar um papel importante.
CARATERIZAÇÃO DO CONTEXTO EDUCATIVO
A Escola EB/2,3 de Vimioso foi criada pela Portaria nº486/70, de 2 de Outubro, com o nome de Escola
Preparatória de S. Vicente e como secção da Escola Preparatória Augusto Moreno de Bragança, fruto dos esforços
do Dr. Sidónio Augusto Fernandes, na altura Presidente da Câmara Municipal de Vimioso e do Dr. Alberto Machado,
na época Secretário-Geral do Ministério da Educação.
A autarquia não tinha nem meios financeiros, nem dispunha de instalações e a concessão limitava-se a
recursos humanos pelo que o Dr. Sidónio Fernandes resolveu colocar as instalações da Câmara Municipal ao
serviço da Escola, limitando o espaço físico destinado à autarquia.
O Salão Nobre dos Paços do Concelho foi dividido em duas salas de aula, o gabinete do Presidente foi
transformado em sala de professores, o gabinete do vereador em sala de aula, o atual gabinete técnico em
secretaria e nas traseiras da Câmara foram construídos dois pré-fabricados onde funcionaram as aulas de
Educação Visual e Trabalhos Manuais.
Em 1970 a escola Preparatória de S. Vicente iniciou funções com 50 alunos que constituíam duas turmas
do 1º ano e uma do 2º ano.
Em 1971 foram colocados quatro pavilhões, de cor verde, no espaço situado junto às casas dos
Magistrados e ao Parque Municipal. Esta situação durou até 1973, ano em que foram colocados mais cinco
pavilhões, de cor amarela, destinando-se um a secretaria, concelho diretivo, sala de professores e de pessoal; o
segundo a ginásio, o terceiro a biblioteca e sala de convívio; o quarto a sala de Trabalhos Manuais e um último a
balneários e instalações sanitárias.
No ano de 1977, com a autorização para o funcionamento do Ensino Secundário, 7ºano, recorreu-se
novamente à Câmara que cedeu as instalações do “Conde Ferreira”.
Devido ao aumento do número de alunos era imprescindível uma cantina pois era intolerável obrigar os
alunos a comer merendas. Em 1978, com a cedência da garagem do Magistrado, ficou colmatado temporariamente
esse problema, funcionando lá um pequeno bufete.
Nesse mesmo ano, o equipamento escolar, através dos Eng. Silvino Maio, Eng. Gonçalves e Arq. Varela,
recorrendo ao apoio americano, deu início à construção da Escola Preparatória em pré-fabricado fixo.
Em 1980, deu-se a mudança para as novas instalações, mas por serem insuficientes, pois haviam sido
pensadas somente para o Ensino Preparatório, o Ministério da Educação procedeu à sua ampliação.
Somente em 1982 a Escola ficou com o seu tamanho atual, dispensando os pavilhões pré- fabricados. Em
1985 este estabelecimento de ensino passou a designar-se por Escola C+S de Vimioso.
Passou a designar-se mais tarde de Escola Básica 2,3 de Vimioso e em 22/05/2000 passou a designar-se
de Agrupamento.
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RECURSOS MATERIAIS
Edifícios
A escola sede deste Agrupamento é a Escola EB/ 2,3 de Vimioso, localizada no Bairro de S. Sebastião na
vila de Vimioso. Trata-se de um Agrupamento, com Educação Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.
Na vila de Argozelo apenas funciona a Educação Pré-escolar .
O edifício da escola sede é pré-fabricado e foi construído na década de oitenta ao abrigo do Programa de
Cooperação Económica Luso-Americana. Encontra-se desenraizado da arquitetura local e do clima da região, com
uma estrutura, em alguns casos, desadaptada às finalidades educativas e com alguma falta de espaços. Sofreu
alterações no ano letivo 2006/2007, devido à integração do Pré-Escolar no edifício sede e do Primeiro Ciclo num
edifício contíguo a este, construído de raiz para o efeito, que reúne melhores condições.
Mais recentemente sofreu obras de requalificação, tendo sido construído um auditório.
O edifício alberga 8 salas de aula, distribuídas por dois pisos e salas específicas: 2 laboratórios (Ciências
Naturais – 1; Ciências Físico-Química – 1); 1 sala de Educação Musical; 1 sala de Educação Visual e Tecnológica; 1
sala de Educação Visual.
A escola sede possui uma sala direcionada exclusivamente para a disciplina de Tecnologias da Informação
e Comunicação. Esta sala está equipada com 14 computadores ligados à Internet, 1 Web cam, 1 projetor
multimédia, uma impressora, um painel e mobiliário diverso necessário ao suporte destas estruturas.
Em edifício independente funciona o ginásio onde são lecionadas as aulas de Educação Física, tendo
também este sido melhorado com obras de requalificação que incidiram tanto na fachada, como no interior do
edifício. No recinto exterior existem duas áreas destinadas às atividades desportivas: 1 campo de futebol e 1
pequeno campo desportivo.
A estrutura do edifício contempla ainda espaços e serviços sociais: biblioteca, reprografia c/ serviço de PBX,
papelaria, gabinete do Diretor, Serviços Administrativos, 1 gabinete de apoio ao aluno, gabinete da Associação de
Pais e Encarregados de Educação, gabinetes de departamento, gabinete de Diretores de Turma, sala de reuniões,
sala dos professores, sala dos assistentes operacionais e auditório.
No que respeita aos serviços sociais, há ainda a referir o refeitório e a cozinha e bufete. Os espaços que os
alunos têm para convívio no interior do edifício é o espaço que rodeia o bufete, manifestamente insuficiente para os
albergar quando as condições climáticas não permitem o convívio no recinto escolar.
A escola está também equipada com duas casas-de-banho para deficientes com fraldário: uma no edifício
da EB 2,3 e outra no Centro Escolar.
A Sala de Recursos de Educação especial funciona na sala 1 do Centro Escolar.
No espaço exterior, o recinto escolar comporta uma área de recreio e um espaço ajardinado, na parte da
frente, onde se encontram motivos etnográficos.
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Biblioteca Escolar - Centro de Recursos Educativos
A Biblioteca Escolar é concebida como centro multimédia, disponibilizando aos utilizadores os recursos
necessários à leitura, ao acesso, utilização e produção da informação em diferentes suportes, desempenhando um
papel central na aquisição e desenvolvimento de competências de informação e na formação de leitores.
Objetivos:
Proporcionar um conjunto de recursos e equipamentos adequados às necessidades e interesses das
populações que serve;
Promover a formação individual dos alunos e as aprendizagens,
Apoiar o desenvolvimento do currículo e projetos em curso no Agrupamento;
Incentivar o gosto pela leitura e pela escrita;
Responder a necessidades lúdicas, recreativas e de ocupação de tempos livres dos alunos;
Cooperar com a comunidade local.
Estabelecer uma cooperação com as escolas do 1º ciclo e do Pré-Escolar.
Componente de apoio às atividades da componente não letiva dos outros níveis de ensino.
A BE dispõe as seguintes zonas funcionais: Receção/Zona de atendimento (2 computadores); zona de
leitura individual, zona de leitura informal; zona de trabalho colaborativo, zona multimédia (2 computadores
c/NET+10 computadores e 1 vídeo +televisor e zona de exposições, zona de trabalho na área de biblioteconomia).
Composição da equipa multidisciplinar: 1 professor bibliotecário + 2 professores tempo parcial (90m+90m
seguidos) + 1 operacional administrativo.
Horário de funcionamento: Das 9 horas às 12.30h e das 14.00h às 17.30h.
As atividades gerais estão contidas no plano anual e no Regimento da BE/CRE.
Toda a regulamentação respeitante encontra-se no dossiê específico.
RECURSOS HUMANOS
Alunos
Os alunos provêm de meios familiares, socioeconómicos e culturais heterogéneos. Os elementos do
agregado familiar dedicam-se a atividades agrícolas, construção civil, serviços domésticos e funcionários públicos.
Neste ano a Escola Sede do Agrupamento é frequentada por 159 alunos do segundo e terceiro ciclos,
tendo-se verificado um elevado decréscimo em relação ao triénio anterior.
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A sua distribuição é a seguinte1:
Número de alunos por nível de ensino (2013/14)
Ano
Tur
ma Número de alunos
M F Total 9
Anos 10
Anos 11
Anos 12
Anos 13
Anos 14
Anos 15
Anos 16
Anos 17
Anos 18
Anos
5.º A 9 5 14 13 1
B 9 5 14 12 1 1
6.º A 3 9 12 11 1
B 6 5 11 9 2
7.º A 7 7 14 12 2
B 8 8 16 11 3 1 1
8.º A 8 6 14 9 4 1
B 9 6 15 10 4 1
9.º A 6 7 13 4 3 4 2
9.º B 10 4 14 12 1 1
Total 75 62 137 25 22 26 23 27 7 4 3
Número de alunos dos 2º e 3º Ciclos por turma (2013/14)
DISCIPLINA 5.º A 5.º B 6.º A 6.º B 7.º A 7.º B 8.º A 8.º B 9.º A 9.ª B TOTAL
Inglês 14 14 12 11 51
Francês - - - - 14 16 14 15 13 14 86
E.M.R.C. 14 13 12 10 14 10 14 15 12 13 127
Alunos dos 2º e 3º Ciclos inscritos em disciplinas de opção
1 As atualizações dos quadros estatísticos serão integradas anualmente como anexos. 2 Adequações Curriculares Individuais 3 Adequações no Processo de Avaliação 4 Apoio Pedagógico Individualizado 5 Currículo Específico Individual
Nível de Ensino Número de alunos por Nível de Ensino
Pré-escolar 60
1.º Ciclo 87
2.º Ciclo 51
3.º Ciclo 86
Total 284
Nív
el d
e
Ens
ino
Número de alunos Total Sexo
Escola Medidas Educativas
M F ACI2 APA3 API4 CEI5
Educação Pré-escolar
1 J. Inf. DE ARGOSELO 1
1
Agrupamento de Escolas de Vimioso
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Número de alunos com Necessidades Educativas Especiais
Pessoal Docente
Embora o número de professores do quadro de agrupamento seja reduzido, a atual legislação que
regulamenta a colocação de professores possibilita que estes se mantenham por três anos consecutivos na mesma
escola, o que permite ter um corpo docente mais estável.
É de salientar que o corpo docente do 3ºciclo é muito diminuto.
Pessoal Não Docente
Trata-se de um grupo, constituído por 28 elementos, bastante heterogéneo com poucas habilitações para o
desempenho do cargo, o que se reflete no clima de escola.
Educação Pré-escolar
1 J. Inf. de Vimioso 1
1
1º Ciclo 1 5 EB1 de Vimioso 5 1 6
2.º Ciclo 2 1 EB2,3 de Vimioso 2 1 3
3º Ciclo 4 6 E.B.2,3 de Vimioso 6 4 10
Total 21
Nív
el d
e E
nsi
no
Caracterização do pessoal docente
To
tal d
e p
rofe
sso
res Situação Profissional Habilitações Académicas Idade
Con
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o
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QZ
P
Bac
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lato
Lice
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trad
o
20-2
9
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39
40-4
9
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9
60-6
5 M F M F M F M F M F M F
Pré
-
esco
lar
0 0 0 4 0 1 0 0 0 4 0 1 0 0 1 3 1 5
1.º Ciclo
0 0 1 5 0 2 0 0 1 6 0 1 0 0 2 6 0 8
2.º Ciclo
1 3 4 3 1 2 0 1 8 4 0 1 1 2 4 7 0 14
3.º Ciclo
2 4 4 2 1 1 1 0 4 9 0 0 0 7 5 2 0 14
Total 3 7 9 14 2 6 1 1 13 23 0 3 1 9 12 18 1 41
Agrupamento de Escolas de Vimioso
14 Projeto Educativo 2013/2017
CARATERIZAÇÃO DO PESSOAL NÃO DOCENTE
Cat
ego
ria
Situação
Prof. Habilitações Académicas Idade
To
tal
Con
trat
ado
Qua
dro
Bac
hare
lato
Lice
ncia
tura
Ens
ino
Sec
undá
rio
3º C
iclo
2º C
iclo
1º C
iclo
20-2
9
30-3
9
40-4
9
50-5
9
59-6
0
M F M F M F M F M F M F M F M F
AO6 0 0 3 20 0 0 0 0 2 10 1 6 0 2 0 2 0 2 10 8 3 23
AT7 0 0 1 4 0 1 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 1 3 0 5
TOTAL 0 0 4 24 0 1 0 1 3 12 1 6 2 0 2 0 3 11 11 3 28
Pais e Encarregados de Educação
A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas do Concelho de Vimioso
conta com cerca de 30 associados. Os órgãos eleitos participam na vida da escola de acordo com o estabelecido
por lei, tendo um papel ativo na definição das estratégias e nas orientações da vida escolar.
A representatividade que tem mantido nos diversos órgãos contribui para que a Associação de Pais e
Encarregados de Educação desempenhe um papel ativo na definição das políticas educativas da escola, assim
como na formulação de orientações consideradas, quer no domínio pedagógico, quer em outros de interesse para a
comunidade educativa.
Os Encarregados de Educação possuem na generalidade um índice baixo de escolaridade, como se pode
constatar no gráfico relativo à escolaridade da população do concelho. A maioria é constituída por agricultores e
empregados da construção civil, havendo também alguns funcionários públicos e comerciantes.
Relações Institucionais
Se já anteriormente se verificava a implementação de relações institucionais com diversos organismos de
âmbito local, estas apresentam-se reforçadas, recebendo um influxo maior. Com efeito, o entendimento de que as
boas práticas contemplam a interação com outras instituições fomentou as parcerias em que os objetivos e as
obrigações de ambas as partes se encontram claramente definidas.
Desde então, têm sido estabelecidos protocolos/parcerias com diversas instituições: Câmara Municipal de
Vimioso, Juntas de Freguesia, Centro de Saúde de Vimioso, Bombeiros Voluntários de Vimioso, Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens, IPSS Concelhias, Guarda Nacional Republicana, Santa Casa da Misericórdia,
6 Assistente Operacional 7 Assistente administrativo
Agrupamento de Escolas de Vimioso
15 Projeto Educativo 2013/2017
Associação Industrial, Comercial e de Serviços de Vimioso, Rancho Folclórico, Clubes de Futebol e outras
associações recreativas e culturais das localidades.
Os protocolos e parcerias apresentados representam bem o dinamismo e a projeção que o Agrupamento
de Escolas de Vimioso tem na comunidade em que se insere e atesta a importância que a mesma adquiriu na
relação com as instituições do concelho. Por outro lado, o facto de manter redes de contato com diversos
organismos potencia o seu caráter agregador.
Parte II
ESTRUTURA ORGANIZATIVA DO AGRUPAMENTO- ORGANOGRAMA
SERVIÇOS
CONSELHO GERAL DIRECÇÃO EXECUTIVA CONS. ADMINISTRATIVO CONSELHO PEDAGÓGICO
PRESIDENTE
DIRETOR PRESIDENTE
PRESIDENTE
Subdiretora
Adjunto Ensino
Especial Coordenadora
Diretores
Turma
Departa-
mentos Coord.
Projetos
Vice-
Presidente
Secretária
Conselho
Administrativo
Coordenadora dos Assistentes
Operacionais
Coordenador Técnico dos
Serviços de
Administração Escolar
Cantina / Bufete
Ase
Expediente Geral
Alunos
Contabilidade
Tesouraria
Pessoal
Pré-Escolar Ciências Sociais e Hum.
Línguas 1.ºCiclo Mat. e Ciências Experi. Expressões
Adjunta
Bibliotecário
REGIME DE FUNCIONAMENTO DO AGRUPAMENTO
Atividades curriculares – desenho curricular
As atividades curriculares e carga horária do 1º ciclo são as que constam dos planos de estudo que se segue:
1.º 2.º 3.º 4.º
Língua Portuguesa 8 8 8 8
Matemática 8 8 8 8
Estudo do Meio Estudo do Meio 3 3 3 3
Expressões Artísticas e Físico-Motoras
Área das Expressões 3 3 3 3
AEC’s a)
Inglês 1 1 2 2
Atividade Física/Desportiva 2 1 1 1
Ensino da Música 1 2 1 1
Educação Moral e Religiosa b) 1 1 1 1
Apoio ao estudo 2 2 2 2
Oferta Complementar (TIC) c) 1 1 1 1
TOTAL 30 30 30 30
As atividades curriculares e carga horária do 2º ciclo são as que constam dos planos de estudo que se segue:
Componentes do currículo 5.º 6.º TOTAL
Português 2+2+2 2+2+2 12
Língua Estrangeira (Inglês) 2+1 2+1 6
História e Geografia de Portugal 2+1 2+1 6
12 12 24
Matemática 2+2+2 (2+2+1+1) 2+2+2 (2+2+1+1) 12
Ciências Naturais 2+1 2+1 6
9 9 18
Educação Visual 2 2 4
Educação Tecnológica 2 2 4
Educação Musical 1+1 1+1 4
6 6 12
Educação Física 2+1 2+1 6
3 3 6
E.M.R.Católica 1 1 2
1 1 2
Oferta Complementar (Área Cidadania - DT) 1 1 2
Apoio ao Estudo 2 (P)+2 (Mat)+1 (Ing) 2 (P)+2 (Mat)+1 (Ing) 10
6 6 12
TOTAL 37 37 74
Agrupamento de Escolas de Vimioso
18 Projeto Educativo 2013/2017
As atividades curriculares e carga horária do 3º ciclo são as que constam dos planos de estudo que se segue:
Componentes do currículo 7.º 8.º 9.º Total
Português 2+2+1 2+2+1 2+2+1 15
Língua Estrangeira I (Inglês) 2+1 1+1 2+1 8
Língua Estrangeira II (Francês) 2+1 2+1 1+1 8
11 10 10 31
História 1+1+1 1+1 1+1+1 8
Geografia 1+1 1+1+1 1+1+1 8
5 5 6 16
Matemática 2+2+1 2+2+1 2+2+1 15
5 5 5 15
Ciências Naturais 2+1 2+1 2+1 9
Físico-Química 2+1 2+1 2+1 9
6 6 6 18
Educação Visual 2 2 2 6
T.I.C. 1 1 - 2
Oferta Escola (Ciênc. Agro - Pecuárias) 1 1 1 3
4 4 3 11
Educação Física 2+1 2+1 2+1 9
3 3 3 9
E.M.R.Católica 1 1 1 3
1 1 1 3
Oferta Complementar (Área Cidadania - DT) 1 1 1 3
1 1 1 3
TOTAL 36 35 35 106
Atividades e medidas de apoio educativo
“Num confronto entre certas realidades socioculturais e o ritmo de aprendizagem do aluno, foi determinado
que cada estabelecimento de ensino possa dispor de um número de horas de crédito que permita ao professor
experimentar novos métodos e novas motivações, e ao aluno sentir-se seguro de si, na sala de aula,
acompanhando o ritmo da turma.” In Apoio Pedagógico Acrescido – DREN
O Agrupamento em consonância com a Educação Especial procuram incrementar medidas que visem a
inclusão e sucesso educativos dos alunos identificados com necessidades educativas especiais, de um modo tão
pleno quanto possível. Num espírito de articulação com outras estruturas do Agrupamento, asseguram, para além
do previsto no Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro, um acompanhamento dos alunos, das suas famílias e dos
profissionais docentes e não-docentes. Elaborando protocolos com Instituições locais, para os alunos com Plano de
Acompanhamento Individual, fazendo com que estes se sintam cidadãos de plenos direitos, tornando a Escola
Inclusiva uma realidade.
O modelo de Apoio Pedagógico procura compensar os alunos com mais dificuldades e pretende responder,
de imediato e localmente, à diversidade de necessidades e aos diferentes ritmos de aprendizagem.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
19 Projeto Educativo 2013/2017
O Apoio Pedagógico será ministrado aos alunos com dificuldades às disciplinas de Língua Portuguesa,
Matemática, Inglês e Francês, desenvolvendo assim, na generalidade, o cálculo mental e as competências de
compreensão e produção oral e escrita, quer à língua portuguesa, quer às línguas estrangeiras.
As Aulas de apoio pedagógico - funcionam no horário a determinar pela Direção Executiva, ouvido o Conselho
Pedagógico.
As tutorias serão implementadas ao longo do ano letivo, de acordo com as necessidades, sempre que o
conselho de turma sinalize alunos para este tipo de acompanhamento. O professor a implementar a medida será
designado pelo conselho de turma e aprovado pela direção executiva.
Atividades de complemento curricular
Espaço de trabalho de concretização da transdisciplinaridade. Frequência facultativa, fora das horas letivas
do currículo.
As atividades de complemento curricular, organizam-se em clubes escolares e têm os seguintes objetivos:
Complementar os conteúdos e as competências desenvolvidas na componente letiva;
Proporcionar o enriquecimento cultural e cívico;
Promover a educação física e desportiva e a inserção dos educandos na comunidade;
Contribuir para a formação integral e a realização pessoal dos alunos.
Clubes Escolares
Clube Xadrez
Clube de Comunicação Social
Clube de Teatro
Clube de Música
Clube Europeu
Outros que vierem a ser criados
Os clubes pretendem implementar uma cultura de participação ativa e generalizada por parte dos alunos e
criar entre os diferentes elementos da comunidade escolar um verdadeiro espírito europeu.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
20 Projeto Educativo 2013/2017
Desporto Escolar
Missão
Contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover a inclusão, a aquisição de hábitos
de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar, através da prática de atividades físicas e
desportivas.
Cada ano letivo serão definidas as modalidades a desenvolver no âmbito desta atividade.
As atividades do Desporto Escolar ocupam 6 horas, na totalidade das modalidades, e estão a cargo dos
professores de Educação Física. Os alunos realizam algumas saídas às Quartas-Feiras à tarde a diversas escolas
do distrito realizando o campeonato previsto no calendário do Desporto Escolar.
Objetivos Estratégicos
Melhorar a qualidade da educação;
Aumentar as oportunidades de prática desportiva de qualidade;
Aumentar o sucesso escolar;
Formar mais e melhores praticantes;
Garantir a igualdade de oportunidades;
Aumentar a visibilidade das boas práticas;
Melhorar métodos de ensino/aprendizagem;
Adaptar ofertas às necessidades;
Criar instrumentos facilitadores da inclusão;
Melhorar a imagem e divulgação do Desporto Escolar;
Valorizar a formação profissional;
Potenciar projetos estruturantes em parcerias;
Desenvolver tecnologias de apoio;
Implementar um sistema de informação e comunicação.
Formação Contínua
Um dos grandes desafios do sistema educativo é a formação contínua de professores. O professor faz
parte integrante da difusão do conhecimento, é um ator educativo.
O conhecimento hoje tem um período de duração curto e é fundamental que o professor esteja em contacto
permanente com as inovações, resultantes da investigação científica, tecnológica e da própria realidade social.
A formação contínua é assim uma exigência e deverá incidir sobre as seguintes vertentes: científica,
pedagógico-didática, pessoal e social.
A formação contínua tem por finalidade essencial garantir a qualidade da educação e do ensino, através da
melhoria das competências profissionais dos professores.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
21 Projeto Educativo 2013/2017
Numa escola participativa os assistentes operacionais são membros responsáveis da comunidade escolar,
participando na formação integral do aluno. Também estes devem ser objeto de formação permanente.
Horário de funcionamento dos estabelecimentos de ensino
ESCOLA MANHÃ TARDE
ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA
Jardim-de-Infância De Argozelo
9:00 horas 12:30 horas 14:00 horas 15:30 horas
Jardim-de-infância De Vimioso
9:00 horas 12:30 horas 14:00 horas 15:30 horas
EB1 de Vimioso 9:00 horas 12:30 horas 14:00 horas 17:30 horas
EB 2,3 de Vimioso 9:00 horas 12:30 horas 14:00 horas 17:30 horas
Agrupamento de Escolas de Vimioso
22 Projeto Educativo 2013/2017
PARTE III
Constrangimentos e necessidades
A equipa encarregue da elaboração do Projeto Educativo, após consulta feita à comunidade educativa e
análise dos contextos educativos em que trabalha, através da caracterização do meio e da escola, identificou os
seguintes problemas:
Dimensão Curricular
Fraca consciencialização dos alunos e das suas famílias para a importância da formação escolar;
Baixas expectativas escolares e profissionais dos alunos e pais, levando ao conformismo, apatia e
desinteresse;
Famílias desestruturadas/ casos sociais problemáticos;
Alunos com interesses divergentes dos escolares;
Desmotivação e baixa autoestima dos alunos;
Problemas comportamentais, manifestados por uma linguagem imprópria, ausência de civismo e regras
de atuação;
Reduzidos hábitos de higiene pessoais;
Descuido com o material/ equipamento escolar;
Ausência de hábitos e métodos de trabalho;
Carência de hábitos de leitura.
Dimensão Física
Edifício pouco adequado às condições climatéricas da região;
Instalações desportivas sem aquecimento.
Dimensão Organizacional
Horário de funcionamento da Biblioteca Escolar é insuficiente, pelo que se ira desenvolver esforços no
sentido de rentabilizar este espaço.
DEFINIÇÃO DO PROJETO
O Projeto Educativo tem que refletir os princípios e finalidades do Sistema Educativo e da sua Lei de Bases
que representam os valores orientadores de uma sociedade. Esse projeto reflete a forma que cada escola encontra
no processo de concretização dessas finalidades e princípios, conferindo-lhe, assim, uma identidade própria. Nesse
sentido, os princípios e finalidades de um projeto de escola devem ser um instrumento personalizado dos princípios
decretados pela referida lei.
O Projeto Educativo apresenta-se como um quadro de referência constante da comunidade educativa para
a construção da sua identidade, assumindo-se como um instrumento de mudança. Serve como referência para a
elaboração dos Planos Anuais de Atividades, definindo prioridades e calendarizando iniciativas que garantam os
Agrupamento de Escolas de Vimioso
23 Projeto Educativo 2013/2017
benefícios educativos esperados, bem como quadro de referência para a elaboração do Regulamento Interno do
Agrupamento.
Plano de ação
O Plano de Ação apresenta algumas das linhas a seguir por um período de quatro anos, com a finalidade
de responder aos constrangimentos e às necessidades detetadas. É fundamental que todos os agentes da
comunidade educativa contribuam para a aplicação das propostas apresentadas, uma vez que o seu sucesso
depende do envolvimento de todos os implicados no processo educativo.
A operacionalização das propostas assenta na periodicidade e nas áreas de intervenção. As reformulações
sugeridas e as propostas apresentadas devem refletir as vontades de quantos participam no processo educativo do
Agrupamento.
Metas Gerais
Desenvolver um verdadeiro clima de escola baseado na Educação, Respeito, Solidariedade,
Participação/Intervenção Social e Tolerância;
Desenvolver atitudes, valores, espírito crítico e autonomia, potenciadores do respeito por si e pelo outro,
bem como pelos materiais utilizados e meio envolvente, incluindo o património cultural;
Diversificar as ofertas educativas;
Assegurar aos alunos com necessidades educativas especiais condições adequadas ao seu
desenvolvimento e pleno aproveitamento das suas capacidades;
Promover a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, como formação transdisciplinar;
Promover iniciativas alargadas a toda a comunidade educativa;
Envolver e apoiar os Encarregados de Educação nas atividades do Agrupamento;
Fomentar a participação do pessoal não docente nas atividades educativas;
Respeitar a diversidade cultural, religiosa, sexual ou outra;
Sensibilizar os alunos para hábitos de promoção da saúde, defesa do ambiente e preservação do
património;
Promover hábitos saudáveis de vida;
Fomentar a participação cívica na comunidade.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
24 Projeto Educativo 2013/2017
Metas Específicas
Relativamente à avaliação sumativa externa as metas que o Agrupamento se propõe alcançar são os
acréscimos estabelecidos na tabela, no sentido de alcançar as metas nacionais para 2015.
Português
Metas para o Agrupamento Meta Nacional 2015
12/13 13/14 14/15
P 4° ano 0,5 0,2 0,4 95%
P 6° ano 0,1 0,1 0,1 92%
P 9° ano 0,5 0,5 0,5 75%
Matemática
Metas para o Agrupamento Meta Nacional 2015
12/13 13/14 14/15
M 4° ano 0,1 0,1 0,1 92%
M 6° ano 0,1 0,1 0,1 80%
M 9° ano 0,5 0,5 0,5 55%
Os valores de referência usados pelos departamentos para a definição destas metas por ciclo e por
disciplina foram as percentagens disponibilizadas pelo programa de alunos no final do ano letivo anterior,
2012/2013.
No segundo ciclo:
Disciplina P M CN HGP ING EV EM
%em 2012/2013 96,23% 90,57% 98,11% 96,30% 91,30% 100% 100%
Meta 2013/2014 +0,1 +0,1 +0,1 +0,1 +0,1 Manter Manter
No Terceiro Ciclo:
Disciplina P M CN HIS ING FRA GEO CFQ ET TIC
%em 2012/2013 80,28% 78,87% 98,59% 90,41% 91,67% 95,83% 93.06% 84,51% 100%
%
100%
Meta 2012/2013 +0,1 +0,1 +0.1 +0,1 +0,1 +0,1 +0,1 +0,1 Manter Manter
Agrupamento de Escolas de Vimioso
25 Projeto Educativo 2013/2017
OBJETIVOS GERAIS
Propõe-se que as ações a desenvolver tenham como denominador comum os seguintes objetivos:
Promover a elevação de expetativas nos alunos visando a melhoria das suas aprendizagens;
Implementar uma cultura de participação ativa generalizada por parte dos alunos;
Desenvolver um processo de autoavaliação mais abrangente e extensivo a mais domínios do
funcionamento do agrupamento;
Manter a Escola e o Órgão de Gestão abertos a toda a Comunidade Educativa;
Proporcionar formação que vá ao encontro das necessidades de todos os elementos da comunidade
escolar;
Promover um ambiente escolar seguro e saudável, incentivando a prática de atitudes e
comportamentos promotores de saúde;
Promover uma escola inclusiva;
Criar um Centro de Recursos para as Aulas de Substituição;
Criar o espírito Escola Comunidade através do desenvolvimento de uma cultura de reflexão,
participação, colaboração, cooperação e coresponsabilização de todos na identificação e resolução dos
seus problemas, visando a melhoria do funcionamento do Agrupamento, a todos os níveis;
Fortalecer a participação e intervenção de todos os membros da comunidade educativa, com vista a
incutir-lhes responsabilidade na vida escolar, bem como no meio ambiente e na sociedade onde
efetivamente estão inseridos;
Reforçar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais, bem como a formação do
caráter e da cidadania;
Desenvolver projetos e ações em comum que valorizem a interação e articulação dos vários níveis de
ensino;
Contribuir para o bem-estar profissional e familiar dos Professores;
Apoiar atividades organizadas por grupos de professores e alunos;
Promover a formação contínua de pessoal docente e não docente tendo em vista a melhoria do seu
desempenho profissional bem como a sua realização pessoal;
Apoiar as Visitas de Estudo propostas pelos diversos Departamentos nas várias vertentes;
Identificar com todos os intervenientes no processo ensino/ aprendizagem, problemas que afetem a
comunidade educativa, a fim de os resolver;
Aumentar os níveis de sucesso real dos alunos dos diferentes anos de escolaridade;
Referenciar no pré-escolar as crianças com problemas graves, para poderem ser encaminhadas;
Prevenir a exclusão social, assegurando a formação integral de todos os alunos preparando-os para a
vida ativa e/ou para o prosseguimento de estudos;
Agrupamento de Escolas de Vimioso
26 Projeto Educativo 2013/2017
Promover a igualdade de oportunidades de sucesso escolar, nomeadamente através da adoção de
medidas que contribuam para compensar desigualdades económicas, sociais e culturais e resolver
dificuldades específicas de aprendizagem;
Promover uma escolaridade de Novas Oportunidades, aos que dela não usufruíram na idade própria,
aos que abandonaram precocemente o sistema educativo e aos que a procuram por razões de
promoção cultural ou profissional;
Reforçar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais, bem como a formação do
caráter e da cidadania;
Preparar o educando para uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e
cívicos;
Coresponsabilizar os pais no sucesso educativo dos alunos;
Promover a formação contínua de pessoal docente e não docente tendo em vista a melhoria do seu
desempenho profissional bem como a sua realização pessoal;
Contribuir para a defesa da identidade nacional e o reforço da fidelidade à matriz histórica em que nos
inserimos, através do contato com o património cultural, no quadro de uma tradição universalista
europeia e da crescente interdependência e necessária solidariedade entre todos os povos do mundo.
Dimensão curricular
Humanizar a comunidade escolar, promovendo o respeito mútuo e a valorização da diversidade dos
indivíduos e dos grupos através do direito a uma integração plena – a diferença como referencial de
valorização individual e coletiva;
Promover a liberdade responsável das crianças e dos jovens e regras de convivência que contribuam
para a sua educação como cidadãos responsáveis e intervenientes na sociedade;
Orientar o desenvolvimento dos alunos quanto à seleção e prática de valores, para que cada um e
todos se sintam atores implicados na criação de um clima escolar harmonioso e na dinâmica do
Agrupamento em geral;
Potencializar todas as capacidades atitudinais, cognitivas, afetivas, motoras e a aquisição progressiva
de competências suscetíveis de tornar o aluno agente da construção do seu próprio saber;
Prevenir a indisciplina através de estratégias de apoio sócio afetivo;
Envolver todos os elementos da comunidade escolar em projetos de “enriquecimento” da escola;
Proporcionar aos alunos formas espontâneas de ocupação de tempos livres a nível artístico, desportivo,
científico, lúdico, …
Gerir o espaço e o tempo escolar proporcionando o envolvimento das várias áreas curriculares em
projetos comuns e abrangentes;
Apoiar o processo educativo de modo a sustentar o sucesso de todos os alunos através do
reajustamento do Projeto Curricular de Agrupamento e Plano de Estudos e Desenvolvimento Curricular,
Agrupamento de Escolas de Vimioso
27 Projeto Educativo 2013/2017
nomeadamente quanto à seleção de metodologias, estratégias e recursos em função das necessidades
educativas dos alunos;
Dinamizar o intercâmbio de projetos, ideias, atividades e recursos;
Promover o desenvolvimento integrado do Agrupamento / Escolas como comunidades educativas – a
comunidade como espaço educativo interativo e integrado.
Dimensão organizacional
Fomentar o envolvimento progressivamente mais participativo e responsável da Família/ Encarregados
de Educação na vida escolar dos seus educandos no reforço do seu papel enquanto educadores e
parceiros educativos, passando por uma articulação concertada entre professores, alunos, pais e
funcionários;
Definir as regras de utilização do espaço escolar tendo em vista a prática responsável da cidadania;
Envolver os assistentes operacionais na promoção e na eficácia da observação de normas
regulamentares definidas pela escola;
Promover o desenvolvimento de competências nos diversos agentes da comunidade educativa de
acordo com o seu papel e função;
Valorizar os recursos humanos existentes e potenciar a sua ação de acordo com os interesses e
necessidades manifestados;
Primar pela eficácia, respeitando cada indivíduo no coletivo;
Apostar na formação contínua interna e externa do Pessoal Docente e Não Docente visando o seu
contributo para o sucesso educativo do Agrupamento;
Promover a interação entre os diversos agentes da comunidade educativa;
Aprofundar a articulação entre os diferentes ciclos de ensino;
Melhorar a divulgação e o acesso à informação em tempo útil, as atividades programadas e os projetos
em estudo ou em desenvolvimento;
Dar a conhecer as atividades de complemento curricular e os projetos que propiciem a participação
voluntária dos alunos.
Dimensão Física
Enriquecer e cuidar dos espaços escolares, interiores e exteriores;
Adquirir equipamentos em falta.
Dimensão Institucional
Reforçar a relação institucional com organismos regionais e locais de particular interesse para a
prossecução das iniciativas e projetos da escola;
Reforçar as relações interinstitucionais e interpessoais, de forma a estabelecer protocolos com
entidades exteriores à escola para a concretização de componentes curriculares de carácter vocacional
e profissionalizante.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
28 Projeto Educativo 2013/2017
FORMAS DE CONSECUÇÃO/ LINHAS GERAIS DE ATUAÇÃO
Instrumentos operacionalizadores do Projeto:
Regulamento Interno;
Plano Anual de Atividades;
Projeto Curricular de Agrupamento;
Planos de Estudos e Desenvolvimento Curricular;
Atividades de Complemento Curricular;
Atividades na componente curricular complementar - Oferta Complementar
Dimensão curricular
Competências a desenvolver em oferta complementar;
Implementação de atividades de educação para a cidadania;
Concertação de estratégias para a diminuição das situações de indisciplina o que passará pela
uniformização de critérios de atuação dos docentes e auxiliares de ação educativa face às situações de
indisciplina e implementação de regras que conduzam a uma moderação das atitudes e
comportamentos dos alunos e regulem a sua circulação no interior dos edifícios;
Comemorações e festividades suscetíveis de, progressivamente, contribuírem para a criação de uma
cultura escolar;
Continuação da atribuição de prémios para alunos em função dos conhecimentos e atitudes
demonstradas.
Dimensão organizacional
Articulação escola - família, mantendo um contacto periódico com as famílias e envolvendo-as nas
atividades desenvolvidas;
Relações de cooperação com a Associação de Pais, no desenvolvimento de ações conjuntas, visando a
superação de problemas e a otimização das condições de funcionamento da Escola;
Articulação entre os vários Ciclos através da intensificação das relações entre os profissionais dos
vários níveis de ensino;
Promoção de reuniões entre os coordenadores de departamento.
Dimensão Física
Remodelação/ readaptação / requalificação e/ou redistribuição dos espaços existentes;
O horário de funcionamento da BE deve ser alargado de forma a servir a população escolar.
Dimensão Institucional
Para que possamos prestar um serviço de educação de qualidade e ir ao encontro das expectativas e
necessidades da comunidade onde nos inserimos, pretendemos intervir através do:
Agrupamento de Escolas de Vimioso
29 Projeto Educativo 2013/2017
Estabelecimento de protocolos com parceiros institucionais estratégicos;
Aperfeiçoamento das parcerias existentes na Comunidade Educativa.
ARTICULAÇÃO COM ATIVIDADES EXTRACURRICULARES.
Estas atividades contribuem para que os alunos desenvolvam, ao longo da educação básica, um conjunto
de capacidades fundamentais para o seu percurso de formação ao longo da vida. Deste modo, ao serem
contempladas no plano de estudos dos alunos, visam, fundamentalmente colmatar algumas lacunas que a
generalidade dos professores tem vindo a sentir ao longo dos tempos. As razões são variadas, de acordo com a
especificidade de cada ciclo.
As atividades extracurriculares só terão sentido se forem articuladas, em Conselho de Turma com as
necessidades efetivas dos alunos da turma. Neste caso, estas áreas curriculares poderão permitir em tempos letivos
próprios o desenvolvimento das competências prioritárias, explicitadas nos Planos de Estudo e Desenvolvimento
Curricular.
Apoio ao Estudo
O Apoio ao Estudo visa a “aquisição de competências que permitam a apropriação pelos alunos de
métodos de estudo e de trabalho e proporcionem o desenvolvimento de atitudes e de capacidades que favoreçam
uma cada vez maior autonomia na realização das aprendizagens”.
As atividades a desenvolver no âmbito desta área curricular não disciplinar devem promover o
desenvolvimento de competências gerais e transversais definidas para a turma e respeitar os diferentes ritmos de
aprendizagem dos alunos.
O Apoio ao Estudo é um espaço-tempo privilegiado para que os alunos se possam apropriar de metodologia
de estudo e formas de trabalho que lhes permitam ter melhores desempenhos académicos, mas que também os
levem a desenvolver competências que lhes sejam úteis enquanto cidadãos críticos e participativos. O carácter
flexível que está associado às atividades que se podem propor nesta área permite-lhe desenvolver no aluno aspetos
diversificados. O capital cultural de cada aluno deve ser considerado um ponto de partida e devem ser dadas a
todos as condições necessárias para serem capazes de construir um projeto de vida e para tentarem concretiza-lo
em termos académicos e não só.
Apresentam-se as seguintes sugestões que deverão ser adaptadas às caraterísticas de cada aluno/turma e
desenvolvidas nesta área curricular:
Organização do ambiente de trabalho;
Organização e planificação do estudo;
Pesquisa, seleção, tratamento e organização da informação;
Desenvolvimento da capacidade de expressão oral e escrita;
Trabalho de Grupo;
Apoio à realização de tarefas escolares;
Métodos de estudo e de trabalho.
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OFERTAS COMPLEMENTARES
No sentido de diversificar a oferta educativa e valorizar as aprendizagens, tendo também em conta carências
evidenciadas ao nível do contato com as Tecnologias da Informação e Comunicação e com o exercício de uma
cidadania plena, foram criadas as seguintes ofertas complementares:
TIC para o 1º Ciclo do Ensino Básico;
Sensibilização para o exercício cidadania para o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico.
Ciências Agropecuárias para o 3º Ciclo do Ensino Básico.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Divulgação
O Projeto Educativo de Escola, sendo um documento de interesse geral para a comunidade educativa,
deve ser dado a conhecer ao maior número de intervenientes.
Do documento será fornecido um exemplar (em suporte papel) a cada coordenador de Departamento,
representante da Associações e Presidentes dos diversos órgãos da Escola. Proceder-se-á também à afixação em
lugares de estilo e à colocação em computadores ao serviço da comunidade educativa, bem como na página da
Escola.
Avaliação
Pelo fato de se pretender uma avaliação consistente e objetiva das orientações e aplicação do Projeto
Educativo, considera-se que importa proceder a uma avaliação no mínimo anual, sendo, no entanto, aconselhável
fornecer sugestões pontuais para a sua valorização e ajustamento à realidade imediata.
Os Departamentos Curriculares e os Conselhos de Docentes poderão analisar o Projeto e elaborar
propostas de ajustamentos a serem apresentadas ao Conselho Pedagógico, que emitirá o seu parecer. Para
concretizar a avaliação deste Projeto Educativo, a Assembleia do Agrupamento deverá, em conjunto com o
Conselho Pedagógico, emitir um parecer anual sobre o nível de desenvolvimento do mesmo. Um projeto envolve
sempre uma antevisão de resultados. É importante estarem definidos os critérios de sucesso esperados, que são o
reflexo dos desejos e expetativas dos vários intervenientes, garantindo referenciais para a avaliação, monitorização
ou acompanhamento do percurso do projeto e para a apreciação final do mesmo em termos da sua eficácia e
eficiência (relação entre objetivos definidos e atingidos, relação entre objetivos atingidos e respetivos custos).
Nesse sentido o projeto deve antecipar a sua avaliação, o modo como pretende que a avaliação se
realize. A atividade reguladora da avaliação deverá testar de forma continua a “eficácia, a harmonia interna e a
pertinência efetiva do projeto em relação ao contexto em que está inserido.” (Carvalho, 1993).
Na avaliação importa não apenas a deteção dos níveis de coincidência e/ou desfasamento entre a
situação idealizada e a situação em curso de realização, mas também a busca de resultados que, nunca tendo sido
previstos, possam ocorrer, revelando, então, ter ou não vantagens para a lógica e para o desenvolvimento do
projeto (Carvalho, 1993).
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Nesse sentido e não querendo influenciar outros processos de avaliação que a partir deste projeto
possam e devam surgir, propomo-nos apresentar um conjunto de elementos de referência que poderão vir a servir
de pontos de partida para uma recolha de informação que ajude, posteriormente, os intervenientes a otimizar a sua
eficácia e eficiência, sendo assim um instrumento ao serviço da formação contínua de todos; que oriente os
processos contínuos e finais de tomada de decisão; dar informações sobre o projeto, explicando com pormenor a
relevância e o significado do mesmo no contexto específico em que ocorre.
Utilizamos como referência a “Avaliação para as decisões”. Este modelo encontra-se ligado à
necessidade de tomar decisões. A recolha de dados e a metodologia a utilizar depende do tipo de decisões que
poderão ser tomadas ou se pretende tomar e consequentemente as questões que lhes estão subjacentes.
Em conformidade a avaliação proposta abrange, neste caso, três momentos:
Avaliação de entrada – Avaliação do projeto, tendo em conta o contexto. Anotamos como questões a
considerar:
Adequação / inadequação das estratégias adotadas para alcançar as finalidades e objetivos;
As potencialidades do projeto;
Avaliação do processo – Apontamos para a recolha de informação que ajude na tomada de decisões
que são necessárias para o desenvolvimento eficaz do projeto, ou seja, o processo de desenvolvimento real (as
dificuldades encontradas, a adequação das estratégias, etc.).
Avaliação do produto – indica a recolha de informações sobre o valor do Projeto. Nesse sentido
avançamos algumas questões a considerar:
Relação entre o realizado e o programado;
Valor das atividades desenvolvidas;
Modificações ocorridas no desenvolvimento do projeto;
Comparação entre os objetivos e finalidades definidas e os resultados obtidos;
Interpretação do valor e mérito do que foi conseguido;
Ganhos pessoais (alunos, docentes, não docentes e encarregados de educação);
Grau de satisfação obtido por todos os intervenientes.
Pensamos que, com uma postura crítica, reflexiva, construtiva e interventiva de todos os participantes
neste Projeto Educativo, podemos cimentar as nossas capacidades de resposta, face às exigências e pressões
institucionais e sociais, tendo em vista – o sucesso educativo para todos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Educativo pretende assumir-se como um documento global, generalista e, ao mesmo tempo,
orientador das práticas educativas e procedimentos a adotar por um período de 4 anos. A opção por uma perspetiva
pedagógica fundamentada nos princípios da valorização social e cultural dos alunos, assim como dos valores que
cada um já integra na sua estrutura pessoal visa, claramente, a integração de todos os indivíduos. A necessidade de
contribuir para dar aos alunos oportunidades idênticas e contribuir para a mobilidade social dos mesmos.
O Projeto Educativo sugere a necessidade de consolidar estruturas já existentes, de forma a dar resposta
aos problemas de ordem social, que não sendo gerados no interior da escola, urge solucionar por força das
consequências que têm ao nível do sucesso pessoal de cada aluno. Dado que os mecanismos ao dispor da escola
pouco acrescentam ao nível da resolução das questões problemáticas dos alunos, na medida em que, para além da
sinalização dos casos, é de reduzido impacto o campo de ação da mesma, devem ser implementadas redes efetivas
de interação com os mais diversos organismos com competências no domínio da ação social, nomeadamente com
a Delegação da Segurança Social através das suas equipas de zona e os serviços concelhios da autarquia e Juntas
de Freguesia.
Procedeu-se à reestruturação de alguns espaços e salas de aula, bem como outros centros de recursos.
O reforço do papel interventivo dos mais diversos agentes na tomada de decisões relativas à vida escolar
deve ser um dos aspetos a merecer uma atenção redobrada no que se refere à participação ativa do maior número
de pessoas no planeamento e dinamização das mais diversas atividades. A necessidade de proporcionar a todos os
elementos as condições necessárias a uma participação mais ativa, quer ao nível das decisões, quer nas atividades
contempladas no Plano de Atividades deve assumir-se como uma preocupação dos órgãos de gestão da escola,
nomeadamente do Diretor. A implicação dos Professores e dos Encarregados de Educação nas atividades passa,
por uma nova forma de entender a sua função e o papel que cada um deve assumir na comunidade escolar. Esta
nova atitude será o resultado da alteração de formas de gerir e estruturar o sistema, de modo a potenciar tal
envolvimento e que conduzam a um maior indicador de satisfação no exercício da profissão. Este princípio aplica-se
também aos Funcionários Administrativos e aos Auxiliares da Ação Educativa.
Neste momento, merecem ainda ser destacados, pela sua pertinência, os Projetos orientados para a
formação de estilos de vida saudáveis, nos quais a preocupação com o bem-estar do indivíduo deve aparecer
associada aos cuidados com o ambiente. A articulação destes ventores deve ser desenvolvida sob os princípios da
interdisciplinaridade e de uma visão global do indivíduo na sua formação e desenvolvimento ao longo da vida.
Por último, o diálogo com a sociedade civil e a projeção da imagem da Escola como polo de aprendizagem na
região devem ser reforçados com o recurso às tecnologias da informação e da comunicação e com a valorização do
papel dos órgãos da escola, nomeadamente a Assembleia de Escola e o Conselho Pedagógico, mediante a ação
que desenvolvam em prol da comunidade.
Agrupamento de Escolas de Vimioso
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Aprova as alterações ao regime de funcionamento das Associações de Pais
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Lei de Bases do Sistema Educativo, 46/86, de 14 de Outubro.
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Regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos escolares
Despacho n.º 13170/2009 de 4 de Junho.
Critérios para a constituição das turmas e horários.
Despacho n.º 11120-B/ 2010 de 6 de Julho
Organização do ano escolar
- Lei nº 51/2012 de 5 de Setembro – Estatuto do aluno e ética escolar
- Decreto –lei nº 139/2012 de 5 de Julho – Organização e gestão dos currículos
- Despacho nº 24-A/2012 de 6 de dezembro- Avaliação do ensino básico
- Despacho nº 5048-B/2013 de 12 de abril – Matriculas
- Decreto –lei nº 41/2012 de 21 de fevereiro – Estatuto da carreira docente.