agenda jan fev mar 2014
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Programação de janeiro, Fevereiro e Março de 2014TRANSCRIPT
JANFEVMAR14ANTES DE ABRIL
PROGRAMAO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT / TONDELAINFORMAO ASSOCIATIVA
JANEIROFEVEREIROMARO2014
APOIOS
Edio
ACERT Associao Cultural e Recreativa de Tondela
R. Dr Ricardo Mota; 3460-613 Tondela 232 814 400geral@acert.ptwww.acert.pt
Edio 2.000 exemplaresDezembro 2013impresso e acabamento: Organi
MECENAS
A ACERT UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
CO-FINANCIAMENTO
ACERT, 2014 de Abril E assim vamos celebrar ABRIL, com o que melhor sabemos fazer, convocando o pblico para o celebrar connosco. Muitas iniciativas acontecero este ano, muito se escrever, muitos sero
convocados para isso. Os testemunhos escritos provocaro conversas por escrever. E muitas conversas vo acontecer, todos os trimestres.
Para coordenar este projeto de escrita e do que dele poder sair, convidmos Joo Lus Oliva, alimentador da plataforma
giratria de afectos em que a ACERT se tem transformado. Debates, exposies, artes
de palco, publicaes, de tudo se (re)far Abril.
ABRIL HOJE, 40 ANOS DEPOISAbril aquele Abril foi j h quarenta anosLembrar e celebrar Abril , para a ACERT, obrigatrio. Ela, que nasceu, cresceu e vive sobretudo vive no horizonte de li-berdade e vida que os acontecimentos de ento proporcio-naram.Mas ateno!Sem programar comemoracionismos ocos e de conveniente obrigao institucional; sem assinalar efemrides saudosis-tas que se esgotam na evocao ritualista do passado; sem participar na redaco de um captulo da histria dos ven-cedores, cronista tentao, comum e acrtica.Lembrar e celebrar Abril , para a ACERT, pr em prtica du-rante o ano de 2014 um conjunto de realizaes culturais afinal, o seu mbito e objecto que se referenciem com a marcha do progresso humano de que essa data , no espao portugus, momento marcante; como o foram, de h dois s-culos para c, Agosto/Setembro de 1820 e Outubro de 1910.Mas Abril de 1974 est mais perto e foi vivido por muitos de ns.O que no quer dizer que o envolvimento nessa celebrao se resuma aos seus contemporneos. Nas mostras criativas, atra-vs de exposies e artes de palco, bem como no debate de ideias, convocamos testemunhos e registamos envolvimen-tos estticos dessa altura; mas considermos indispensvel a participao de quem nasceu depois e nos ensina Abril de muitas outras e diversas maneiras.Enfim, o tempo e o modoPorque Abril hoje, quarenta anos tambm depois.E porque Abril teve, certo, protagonistas. Mas no tem donos.Lembrar e celebrar Abril viver o quotidiano de liberdade, reactualizar os princpios que lhe do corpo, agir nos mo-mentos em que esses princpios so postos em causa; e es-tamos a viver um deles assim que queremos lembrar e celebrar um dos marcos mais presentes de um interminvel caminho: o da histria, em direco ao encontro solidrio e universal de todos ns.
2013 em revistaACERT um 2013 a fazer da cultura coraoA ACERT regozija-se por ultrapassar as 5.000 fs no Facebook, mas quer aumentar o nmero dos seus scios. Faa-lhe a vontade.
Deixamos aqui o testemunho um pouco do que que foi, a ACERT, no ano de 2013.
O Azar13 Queima e Rebentamento do Judas, um cone impar da nossa regio contou com mais de uma centena de participantes e milhares de espectadores. Juntos, na construo, no exorcizar de males numa queima e rebentamento. H quem diga que o Judas no Judas sem chuva! Uma semana rdua e entusiasmante prevamos que, este ano se afogasse, mas, naquela habitual aberta que nos concede a noite, acabou por rebentar
Entretanto, iniciaram-se os trabalhos de montagem e produo de uma nova viagem uma ousadia criativa onde investimos energias e recursos. Momento de sonho partilhado, rumando contra a mar. Mais um sonho palmilhando terras, arrebatando generosos marinheiros locais. A
Viagem do Elefante de Jos Saramago e as pegadas deixadas por Salomo no teriam sido possveis sem o apoio da Fundao Jos Saramago, da Flor de Jara, de todos os municpios por onde Salomo viajou e as populaes de cada localidade a que se juntaram milhares de espectadores. A primeira etapa est concluda, mas em 2014 a viagem tomar novos rumos.
Por entre as pegadas de A Viagem do Elefante, o Trigo Limpo estreou um espetculo para o pblico infanto-juvenil Faz de Conta e apresentou as vrias produes em digresso por todo o pas, num total de mais de 60 apresentaes.
Seguiu-se o Tom de Festa, Festival de Msicas do Mundo. Na sua 23 Edio, a comear com um dos mais virtuosos msicos da atualidade, Richard Bona, e a terminar com Dead Combo, contando com outros grupos/artistas de eleio. Foi mais um grande momento com as portas escancaradas para a comunidade, para os visitantes de todos os cantos do pas, com en(cantos) e abraos multiculturais dirigidos ao mundo
E, enquanto o elefante Salomo hiberna e se abastece para a viagem do prximo ano, 2013 recebe mais uma edio do FINTA 19 Festival Internacional de Teatro da ACERT. Foi a festa do teatro com o Chevre, Jangada Teatro, A Barraca, Projecto Llull, dOrfeu, Teatro Novo do Brasil, Zunzum Associao Culturalas exposies, debates e, particularmente, o nosso pblico que encheu com os seus mimos e aplausos um Novo Ciclo ACERT que a sua casa.
E as digresses dos vrios espetculos de norte a sul do pas, associada a uma constante programao com assinalveis momentos de grupos e artistas, parcerias e apoiantes que ACERT se associam porque o pblico merece o melhor.
Neste final de ano, a 10 de Dezembro, junto da oliveira que guarda as cinzas de Jos Saramago, uma pegada do elefante marca monumentalmente a passagem do Trigo Limpo e de Tondela em Lisboa. Um sinal de reconhecimento pela parceria amistosa da Fundao Jos Saramago.
No dia 18 de Dezembro, apagaram-se 37 belas memrias da estreia do primeiro espetculo do, ento, Grupo de Teatro Amador Trigo Limpo, gnese da ACERT.
Mas, para que esta informao no cheire a testamento, preparem-se para mais uma surpreendente estreia. j a 18 de Janeiro de 2014. O Fascismos dos Bons Homens combina a escrita de Valter Hugo Me com uma encenao e interpretaes que no prescindem da vossa presena.
At l, continuem a viver com a ACERT momentos de felicidade que desejamos poderem contribuir para uma passagem de ano cheia de cultura, solidariedade, luta e compromisso cvico que construa um pas inclusivo, soberano e dono do seu prprio destino.
Juntos continuaremos a fazer da ACERT uma grande casa, a vossa casa um espao de partilha de sonhos, inquietaes e inconformismo para no embandeirar em arco, demonstrando que a genuinidade e a coerncia so valores inalienveis.
Sem vocs, isto no poderia ter acontecido e, diramos mesmo, no teria graa.BOM ANO deseja esta vossa ACERT!
www.acert.ptwww.facebook.com/acert.pt
programao
Foto de Carlos Telesfinal do concerto de Richard Bona no Tom de Festa 2013
Estreia Teatro / 18 e 25 de janeiro antes de abril /
o fascismo dos bons homens Trigo Limpo Teatro ACERT
a partir de a mquina de fazer espanhis de valter hugo meExistir, por si s, fazer parte disto?
A mquina de fazer espanhis de valter hugo me , j por si, um retrato da nossa portugalidade. Na situao que vivemos atualmente o texto ganha ainda mais sentido e mais sentidos. E uma ferramenta espetacular, um ponto de partida nico e motivador para quem, como ns, adora contar histrias.
O Trigo Limpo teatro ACERT, ao colocar em cena um espetculo baseado neste texto pretende, no s, contar a histria de Antnio Silva, personagem central e narrador do romance, mas tambm a do lar A Feliz Idade, o nosso lar, o nosso Portugal de agora mas antigo, por vezes, muito antigo mesmo
Entre o trgico e o cmico, esta aventura de final de vida ganha, em palco, uma dimenso que nos remete novamente para o mundo do faz de conta, essa fantstica brincadeira que, em pequenos nos permite reinar e, j adultos, nos reaproxima da menoridade. Tudo isto atravessado de poesia. Personificada no Esteves. O Esteves sem metafsica da Tabacaria de Fernando Pessoa que, a determinada altura questiona os seus companheiros:
- Que me dizem a isto? Digam-me se no a violncia na terceira idade. Isto violncia na terceira idade.
O grupo de sete atores que constri o espetculo tem trinta e seis anos de mdia de idades o que nos lana um desafio acrescido de trabalho sobre a memria e a anteviso. A memria de um tempo passado, que a maioria de ns no viveu, e a anteviso de um outro tempo futuro, que normalmente se pretende distante e longnquo. O tempo presente, o da ao teatral, fica naturalmente limitado por esse duplo desafio, lembrando-nos hoje, a cada instante, o ontem e o amanh e provocando-nos uma mistura de sentimentos marcante para as personagens que interpretamos.
Adaptao e encenao - Pompeu JosCenografia - Ztavares e Pompeu JosMsica - Filipe MeloInterpretao - Antnio Rebelo, Hugo Gonzalez, Joo Silva, Pedro Sousa, Pompeu Jos, Raquel Costa e Sandra Santos
Foto:
Carlo
s Tele
s
DO TEXTO
() Cristiano Silva Quando dizemos que antigamente que era bom estamos s a ter saudades. uma saudade de ns prprios, e no exatamente do regime e menos ainda de Salazar.
Antnio Silva Isso faz de ns bons homens?
Cristiano Silva Claro que somos bons homens, senhor Silva, temos saudades, porque somos velhos. O fascismo dos bons homens.
Pereira Como diz?
Cristiano Silva O fascismo dos bons homens. o que para a abunda. J quase no faz mal a ningum e no para prejudicar.Mas um sentimento que fica escondido, boca fechada, porque sabemos que talvez no devesse existir, mas existe porque o passado, neste sentido, mais forte do que ns. Quem fomos h-de sempre estar contido em quem somos, por mais que mudemos ou aprendamos coisas novas.
Antnio Silva Haviam todas as coisas de ser de comer. Tudo. Carros e casas haviam de ser de comer. E no momento