a sciencia no lar moderno
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V. J . M. J .
A SCIENCIA
NO
L A R M O D E R N O
C O ^ K C a * A E A U G M E NT A O A
Nova col leo de recei tas de doces , iguar ias ,
.pet iscos e tudo o que diz respei to ar te cul inr ia ,
j conhec ida pe la p ra t ica da au tora
D . E U L A L I A V A Z
Professora a Cscola Profissional e So Paulo.
LIVRO TIL
E NECESSRIO AS BOAS DONAS DE CASAS
Quarta edio
V^P^rJ
\ ^ ^ ^ a ^ u ^ ^
912
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V- J. M. J.
A S G I E F C I A
NO
LAR MODERNO
C O I ^ E C T A E A U G M E N * T A D A
"*ova colleo de receitas de doces, iguarias,
it iscos e tudo o que diz respeito arte culinria,
j conhecida pela prat ic a da au tor a.
D. EULALIA VAZ
fcrRO
U TL E N ECE SS RIO A S BO A S DO N A S DE CA SA S
Quarta dio
1912
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MINHAS SENHORAS
Publicando este
pequeno livro,no tenho preteno
algumaseno concorrerpara que novosso lardomstico
encontreis maior facilidade na
confeco
de mais uma
novidadepara a vossa meza,colhendo mais um sorriso
amvel dovosso marido ou de algum a visitainteressada
pelos bons
accepipes,
ao
apresentardes
cada dia uma
surpreza no vossojantar, um preparado pelas vossas
mos.
Em tudoprecisamos agradar. O nosso fraco sexo
precisater todos ospredicados, infelizmente,
digo,
porque
a
maior
parte
dos homens vive
mal por causa da desor
dem na casa, e, si esto de mu humor,sempreencon
tram com o que no existe, em falta, notam defeitos
em tudo.
Portanto, apresento - lhes este modesto meio de
adquirir a pratica caseira da boa dona de casa.
E. V.
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So bre a Co s inha
Em seguida ao prefacio desta obra, vamos trazer
s donas de casa alguns pormenores sobre a vantagem,
da hygiene na cosinha. Vemo-nos em diversas e s
rias difficuldades que nos surgem de momento a
momento para entreter a ordem no principal elemento
para o nosso bem-estar, a cosinha.
Se bem que em geral parea um tanto secundaria
ou de pouca atteno os cuidados que devemos ter
nesta parte da nossa casa e da nossa vida, nunca so
excessivos se fizermos uma observa o constan te, uma
espcie de fiscalisao n este meio de que vivem os. A
pratica faz com que pen sem os desta frma hoje e para
o futuro. As senhoras, geralmente, que tm uma edu
cao fina, de salo, casam -se e veem-se em apu ros
para dirigir a sua casa. Esbarram com mil difficuldades,
soffrem, affligem-se por no saberem levar a effeito a
parte mais interessada da casa; felizmente vo appare-
cen do os livros prticos e auxiliares para este labo r
continuo e interminvel.
Ha tempos era um preconceito que os pes tinham,
como digo sempre, geralmente a educao que davam
s suas filhas extendia-se a prohibio de irem cosinha,
privarem-nas de tratar com fmulos. A educao de uma
moa de famlia distincta era incompatvel com o anda
m ento geral da casa. Qu antas no se viram em em
ba ra o. Ac ostum adas ao elemen to servil, sem pratica,
casavam-se e encontravam um marido amigo de gulodi-
ces,
quitutes e arranjo caseiro. Q ue supplicio ?
Se quizerdes conservar a vossa cosinha sempre em
asseio, q uan to ao assoa lho, tereis um meio mu ito fcil,
e econmico. Alm de laval-a duas vezes por semana.
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manda-se buscar areia da mais clara, beira do rio,
passa-se n'uma peneira grossa e, lavado o assoalho,
peneira-se por igual com a areia, que fique uma ca
mada leve. Assim conserva-se limpo por muito tempo
e todos os dias ao varrer repete-se a operao com
a areia, ficando os ciscos na mesma peneira, e no
preciso dispor de meios para isso. Alm de tudo, a
areia isetnpta o assoalho de receber ou impregnar-se
de nodoas de gordura.
Em seguida uma revista s prateleiras, exigindo da
empregada uma distribuio methodica das cassarolas
mudando os forros de papel varias vezes, vasculhando
o tecto, paredes, emfim, lavando todas as tardes o fogo,
a chapa superior, com gua quente e sabo.
O fogo mais econmico o fogo a gaz.
A pratica tem demostrado, e dispensa at a cosi-
nheira, pelo pouco que ha a limpar, nas cassarolas e
consumo regular.
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A a l i m e n t a o
Chegamos uma phase de economias, de trans
formaes methodicas, de maior cuidado domstico que
n'outro tempo no existia, a responsabilidade affecta a
famlia justa direco, de que depende a felicidade
social, a educao, o exemplo. Exercendo os seus mis
teres, a productora da sociedade tem por fim velar pelo
resultado de cada sr, da sua educao, dos seus as
cendentes e alimentao.
Entrando na vida econmica do indivduo, a ali
mentao como um factor. O trabalho intellectual
carece, para manter em equilbrio as foras physicas e
moraes, de alimentao condusente aos elementos de
sua cerebrao e bem estar physico. O regimem ali
mentar inteiramente diverso para o escriptor e para
o homem do commercio. Da profisso vem a economia
especial. Nisto influe a famlia. Um literato, por exem
plo,soffre forosamente as conseqncias da alimentao
que lhes drdes, si o privardes dos alimentos phospha-
tados, dando-lhe somente os calcareos e azotados, ele
mento que lhe serve de base na sua actividade intel
lectual .
Deve a esposa cuidar tanto da alimentao ad-
quada s funces sociaes do esposo, como a prpria
e a de seus filhos.
Quem ha de, portanto, cuidar e comprehender es
sas necessidades? A' esposa compete essa misso.
S a uma dona de casa, litterata perdoavel no
se envolver em cosinha, assim mesmo essas so as que
mais se desvelam.
O paladar varia conforme o temperamento, e assim
ps gostos differenciam, conforme a educao e profisso
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de cada um. Assim tambm a cosinheira est sempre
na espectativa se agrada r ou no. Se inteligente
comprehende logo se est lidando com um negociante,
ou com um pensador, homem fraco, exigente se igno
rante preciso que a dona da casa a dirija. Geralmente
o negociante o homem das carnes sangneas, gordu ras
e vinhos generosos. O fraco, o litterato, j tem outros
caprichos, o alimento para este uma obrigao animal,
dev e-se apresentar muito variado e enfeitado para o
n o indispor. E' preciso serem prepara dos de m od o
a lhe despertar o appetite, e muitas vezes com sa-
crificio que toleram os alimentos que lhe no so ade
quados .
E ha desses homens que precisam de companhia
mesa, que partecipe com elles dessa intimidade da
hora das refeies. Isto torna-se um problema a resolver
para a dona da casa, conhecer os gostos do seu marido.
En to o q ue torna-se indispensvel que ella inspeccine
a sua cosinha, procurando pelos meios mais suaves de
terminar com auctoridade essa parte integral do seu lar.
Quem no sorri e no se encanta ao aspecto de
uma mo desta e tratada cosinha ? E' ahi que se vem
arranjadas e distribudas as diversas peas e utenslios
indispensveis, a nova bateria em uso de loua esmal
tada, um bom fogo pequeno, servido a gaz ou coke,
tudo em harmonia, com as paredes limpas, claras, ou
a metade em azulejo; isto convida a se estar alli de
morado a conquistar a confeco de novas iguarias que
tenhamos adquirido por leituras da arte culinria.
Ainda sobre um a ssum pto que n os escapa, a col-
locao do fogo, o assentamento sempre se faz, e isto
notrio, contra a luz, ou num recanto, em logar dif-
ficil necessria limpeza.
Ou tra condio indispensvel para a boa cosinha
ter me sas de pedra mrm ore, separa das e junto pia
para lavagem de pratos, etc. Um armrio alli ao lado,
para guardar a loua, n'uma pequena copa, e outro ar
mrio de arame para se depositar carne s, ovos e tud o
o que precisa de ventilao e fresco.
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Sobre a bateria da cosinha preferimos a de loua
esmaltada modernalimpa-se com facilidade, sau
dvel e como ornamento o de uma luxuosa ou modesta
cosinha, o mais chie
Ainda que no seja to leve como era necessrio,
mas,
tal ser, to fraca a cosinheira que no supporte,
a sua lide.
Ha outras qualidades de baterias, fino ornamento,
a de nickel, por exemplo, linda e preciso um grande
trato e com facilidade se estraga, porm muito pesada.
A de cobre to perigosa que um pouco de tempo
que fique em deposito qualquer alimento para ser ser
vido mais tarde, principalmente fora do fogo, nociva
a sade e quando tenha sido composto com cidos
pode at produzir phenomenos de envenenamento e
a morte.
O cobre muito applicavel confeco de doces,
no se pode mesmo prescindir dessa qualidade de pa-
nella ou tacho, para certos doces. E quanto ao asseio,
preciso se usar de sal e cidos para o tratar e no
deixar nenhum vestgio de azinhavre, que faz mal ao
estmago. Por isso pensamos em instruir as leitoras
sobre os inconvenientes e perigo que nos provm da
cosinha dos alimentos deteriorados que muitas vezes
recebemos pela cosinheira ignorante, como a carne
em estado de decomposio, as farinhas mofadas, azedas,
o arroz ardido, o peixe moido, vinagre falsificado. Em-
fim, ahi encontramos a causa de muitas molstias.
Mas, ha muitas senhoras que zelam assim das su
as casas, tem um espirito atilado e investigador de
tudo o que se passa ou se refere cosinha.
Tenho em vista escrever este livro para as que
vo comear sem pratica ou as que j esto em
comeo de lueta no seu lar domstico, mostrando-lhe
pela pratica a facilidade de se dirigirem. E, ao mes
mo tempo, a educao fina exige que nos conservemos
sempre asseiadas em nosso vesturio, o nosso cabello
bem penteado, e um cuidado em extremo na casa
porque, se s vezes, por falta de tempo, a dona da casa
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n o poude se preparar, ou pela falta de creados, est
desgrenhada, desabotoada, de chinellos (o que rara
mente se v), se entra uma nova creada e a v neste
desarranjo, j pensa que a senhora no exigente, e
com certeza fcil de contentar. E este o juizo que
ellas fazem a primeira vista.
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ygiene
O perigo
Cassarolas de Agath louadas cinzentas so as
de mais durao as melhores, porm observae que dei
xando' no fogo a arder, derrete-se o esmalte e forma
pedacinhos vitreos, que juntando-se a iguaria, torna-se
causa de perturbaes do estmago e intestinose ha
pessoas que no prestam atteno a este imprescendi-vel cuidado na cosinha.
Banha
Devemos nos precarecer contra as banhas de la
ta, a maior parte de dyspepcias devido, unicamente
banha de lata. E para distinguir a que pde con
vir preciso fazer atteno.
Verificar ao abrir a lata si a banha molle e se
melhante de porco quando derretida.
Sendo dura e muito alva no serve.
Com tudo mais seguro usar toucinho ou banha
fresca.
Faamos economia n'outras cousas.
M i d o s d e v a c c a
Dos diversos e variados guizados que se faz com
estes factos depende a ba escolha na compra destes
retalhos. Os vendedores ambulantes ousam vender mi
olos deteriorados, miolos de trs dias passados. Indo
a uma casa de minhas relaes, havia um prato bem
feito,
porm eram estragados e tempo senti, no
continuando a coml-os.
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Por isso antes de se preparar, d-se uma fervura,.
para tirar qualquer mal que haja.
E verificar pelo olfato o estado d'esses factos.
V i n a g r e
Usemos raramente o vinagre, o limo verdadei
ro, demos preferencia ao seu summo.
Exijamos o rotulo de exame da Inspectoria.
A z e i t e
Actualmente o azeite preferido o Pagniolmas,,
temos marcas portuguezas boas.
M a s s a d e t o m a t e
E' a venenosa conserva qu e nos faz maior m al.
Log o que se abre uma lata, no faz mal, m as,
com os dias seguintes torna-se perigosa.
Usemos de preferencia o tomate.
V a s i l h a m e d e c o b r e
No se deve guard ar ou deixar depositado ali
m ento ou doce s ou qualquer iguaria n'esta qua lidad e
de panella ou tacho.
Torna-se um veneno qualquer resduo que esteija
adherido ao concavo da vasilha.
Apenas prompto o que se tem preparado retira-se
immediatamente para um prato.
Para bem se arear este vasilhame deve-se, usar,
limo e sal, ou vinagre e sal, ou limo e cinza.
H e r v a s e v e r d u r a s
Para se conseguir uma verdura com a cr na tu
ral prec iso n o se tampar a cassaroll dura nte o
preparo.
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Cosinha-se a seccodeixando evaporar o vapor.
Mas,
deve-se deitar a herva j em gua fervendo
*e com uma meia colherinha de bicarbonato de soda.
P e i x e
No se deve usar peixe ou camares sem primei
ro deixar por espao de meia hora dentro d'agua le
vemente salgada.
De ordinrio os vendedores ambulantes deitam
artifcios de drogas para conservao do peixe.
Meio de conhecer o estado perfeito do peixe.
Acalcar com o dedo o lombo.
Si estiver plcido do dia anterior.
Abrir as guelras.
Si estiverem violaceas est podre.
Ma r i s c o s
Deixam-se os mariscos 2 horas de molho em gua
fresca, depois de estarem bem lavados.
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^e
riirfe)
V ir Vf;
A D e s p e n s a
Entramos agora noutro assumpto tambm de ob
servao rigorosa. Nesta crise que attravessamos de eco
nomias, este de grande importncia para os nossos
cofres e finanas. E nesta direco tomamos o rumo
da base de solidez de nossos haveres.
Num a despen sa indispensvel que tenham os la
tas,
hermeticamente fechadas, para que no penetre o
ar, humidade ou nsecto algum que daminifique ou de
teriore os gn eros . E' assim que conservamol-o com
vantag em , economia e limpeza ; cada lata deve ter o
seu dstico com a nom enclatura dos g ne ros . Tu do
arrum ado com certa graa e alinham ento, prprio s
senhoras, os vinhos, as conservas, para determinados
dias de festa intima em familia. Os doces de caldas, ou'
em latas, feitos em casa, so os melhores.
Alguidares de barro para a conserva de carnes
temp eradas p ara o almoo ou jantar e protegidas por
uma cobe rta de aram e, ou de sobresa lente, as lingias
feitas em casa, a carne de fumeiro, que saborosa,
em tudo encontramos o recurso para variarmos.
Tem os uma necessidade imprescindvel de uma
balana peque na e de um jogo de pesos desde um a
gramm a at mil, ond e devem os conferir o peso da
carne e tudo o mais.
Q ua nto ao asseio que indispensvel, todo s os
dias,
ainda que ligeiramente, mas uma limpeza geral
uma vez na semana ou mais, evitando a agglomerao-
de ratos e baratas.
Antes de tudo, a despensa ou o comm odo para
esse fim, deve ser um dos mais frescos da casa, po
rm que confine com a cosinha e tenha janella para
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receber ar bastante, porque, como disse, da conserva
o do bom alimento ou gnero, depende a boa con
feco ; deve ter uma ordem em tudo o que lhe diz
respeito.
Nas pratelleiras mais altas que se deposita o vi
nho e frascos que no sejam de mais urgente neces
sidade. Nas outras baixas esto a distribuio de tu
do quanto fr de. uso dirio. Em baixo das pratellei
ras e sobre um banco de pu collocaremos latas com
diversas reparties para gneros. O toucinho, carne
secca, de porco salgada ou de fumeiro, lingias, etc,
devem estar numa corda de arame atravessado de um
lado para outro da despensa.
E qualquer trabalho concernente a carnes prepara
das pode ser feito numa mesa de mrmore collocada
a propsito para esse fim.
A dispensa assim organizada distribue com ordem,
presteza e economia de tempo o trabalho que se tem
a fazer na cosinha.
Ha casas em que a despensa o despejo da casa,
onde se guarda de tudomalas, ferramentas e outros
accessorios inherentes ao logaresto em completa de
sordem, cheirando a barata e rato, detestvel, sujeitan
do os gneros a apanhar micrbios dessa falta de as-
seio. Tanto assim que ao se proceder e finalisar a
limpeza, indispensvel a pessoa incumbida desse tra
balho entrar tambm em um banho e mudar toda a rou
pa pois, que se dalli cheia de p e salpicada de gor
duras,
farinhas, etc.
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^ \ s f W e >
A s a l a d a s r e f e i e s
Eis, minhas senhoras, o nosso ponto de concen
trao: aqui que devemos procurar, na simplicidade
e m odstia, ornal-as de pequenos attractivos; nesta
sala, onde passamos entretdas, onde se formam e co
meam todas as palestras, da mais ch mais erudita. A
leitora que se vae casar ou j se casou, pensa em tornar a
sua casa um ninho de ideal de felicidades e bem es
tar, imaginando a existncia do seu lar como conse
qncia do amor, sinceras alegrias, impresses e sur-
prezas causadas pelo seu espirito investigador, resume
nesta sala as impresses e surprezas causadas pelo
seu espirito investigador, resume nesta sala o empe
nho de realisar o seu ideal. Procura o seu papel de boa
dona de casa, proporcionando s pessoas presentes, de
sua intimidade, mostrar uma novidade, um conto interes
sante, um desenho ou pintura feita por si, uma costura em
que procura esmerar-se.
A
noite faz uma receita das des-
pezas do dia, l uma obra instructiva, joga ou recor
ta papeis para o gaz, arruma seus livros na estante
ou aproveita escrever a seus parentes. Assim aprovei
tamos com resultado o nosso tempo, enchendo essas
horas de labor domstico, de seductora intimidade.
Quando no a vantagem que se nos apresenta
em deliberarmos ir em visita, a uma reunio, theatro,
faz-nos sahir da monotonia de todos os dias, si o es
pirito da leitora volvel, fugitivo, dado a novas dis-
traces. Mesmo assim, quem no se sente feliz no
seu lar, rodeado de seu esposo, um homem intelligen-
te e cultivado, e seus filhos?
A nossa mesa deve estar adornada, sempre que pu
derm os, com uma simples jardineira ou um vaso de flores.
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Nas refeies deve sempre ter uma alva toalha e
guardanapos, tudo em harmonia com os talheres e co
pos, loua bem lavada e tratada.
Ser boa dona de casa, eis a nobre misso da mu
lher; si ella pode reunir a essa principal qualidade do
tes de cultivo pelas artes, musica, pintura, litteratura,
pde se considerar a mais elevada creatura, feliz, des
sa felicidade que ennobrece-a, eleva-a, tornando, aos
que a rodeiam, ditosos, engrandecidos.
Ainda na hora das refeies que se conhece a
pessoa bem educada, que uns avaliam aos outros pelo
seu modo de comer, a sua posio, a sua conversao
e escolha de palestras, resumindo ou augmentando a
voz, as palavras e qualidade de conversa. Durante as.
refeies devemos falar pouco, fina educao.
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B a s e d a e e o n o r o i a d o m e s t i c a
A crise que atravessamos nos obriga a zelar dos
estudos econmicos como uma necessidade.
A baixa do caf tem abalado muitas fortunas, e
os desastres tm dado causa a arrastar comsigo o pe
queno trabalho resultado da economia do pobre, a
suprema carestia que tende a tudo invadir, a limitada
remunerao sobre o trabalho, nos impe uma enrgi
ca reaco, sem todavia sahirmos fora da linha do di
reito e da razo.
O Estado quem primeiro se manifesta nos seus
oramentos, diminuindo a despeza administrativa, ga
rantindo um certo equilbrio commum, que dado ao
particular se acautelar para sua tranquillidade.
Assim tambm o soceg da famlia depende da receita
e despeza do recurso com que se conta absolutartiente.
Si o salrio de um chefe de famlia dispendido
at o ultimo vintm, no fica recurso para alguma
eventualidade que venha a succeder
como molstias,
etc : ficando desprevenidQ, resta agora restabelecer a
ordem nas suas despezas de maneira que fique um saldo
para satisfazer alguma necessidade mais urgente.
A economia domestica uma necessidade hoje,
s depende de fora de vontade da dona de casa. Co
mo esposa e me, ella deve ensinar a seus filhos a
mesma pratica, a trabalharem, ainda que muito pouco
resulte desse trabalho, e nisto resume-se a diminuio
da despeza, muitas vezes augm entando o capital.
No nosso lar no devemos ter mais que o ne
cessrio para o pessoal da casa, os moveis sufficien-
tes e indispensveis ao uso de uma modesta casinha
e decente.
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Nas mudanas de casa quanto augmenta a despeza
pela quantidade de trastes accumulados a um canto, que
no so precisos. A maior parte das vezes, as pessoas
que tm trastes com abundncia s por ostentao,
para occupar mais creados na limpeza e arrumao.
No devemos poupar com a limpeza da casa e
hygiene, que ao menos uma vez por semana necessria.
Quando o casal tem poucos recursos preciso um
certo equilbrio em manter a ordem, no podendo ter
uma despensa ou ir uma vez por mez ao mercado com
prar gneros para o gasto, a esposa deve ter o seu
caderno com uma receita da despeza de cada dia
ainda que seja massante a economia domestica, se o
marido dispe de poucos recursos. E cada mez fazer
uma comparao ao mez anterior, se foi de mais ou
de menos a despeza.
A dona da casa, sendo dotada de espirito atilado,
recorre ao jornal e l v os preos do mercado, a
alta e baixa dos gneros. E o segredo da economia
domestica est em economisar a verba que ha para a
despeza, sem prejudicar as necessidades imprescindveis.
No fim do anno, se vs fizerdes uma lista ou se
vs, durante o anno, de comeo a fim fizerdes um
relatrio da despeza e com isto uma espcie de ba
lano tereis conseguido verificar de Janeiro a Dezem
bro a importncia que despendestes com o vesturio, etc.
Quanto aos vesturios, podeis ter, para visita ou
caseiro, o essencial para inverno ou vero, mesmo
porque passam da moda e ficam pendurados no guar-
da-vestidos menos que no saia todo o dia da rua,
a senhora j no dona de casa. Assim tereis prati
cado a verdadeira economia e vencido as difficuldades
dos que tem poucos recursos. Procurando mudar
apenas de- vez em quando os enfeites de um chapo
que ainda possa ser aproveitvel e para isso tendes o
figurino que pde vos ensinar pouco mais ou menos
a collocao de uma pluma, flor, fita e tudo o mais.
E UL AL IA V A Z ,
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M e r r C t s
JMen Almoo gordo
Manteiga, Rabanetes, Ovos, Arenque, Lingias,
Frango de grelha, Molho de mostarda, Arros.
M enu A lmo o (magro)
Manteiga, Peixe, Tono, Azeitonas, Repolho roxo, Po
frito,
Risotto de bacalhau, Fructas.
Menu Jantar (magro)
Pure de hervilhas com pedacinhos de po frito,
na manteiga, Risotto de frango, Salada de couve-flor.
Sbre-meza Creme.
M e n u A l m o o
ipo em salada, Bife apressado, Sardinhas, Tripas
com ovos, Batatas com manteiga, Merveilles.
Sbre-meza Massa-frita.
Menu Jantar
Feijo verde com manteiga, Sallada de centro de Al
face,
Peixe, guarnecido de beterabas, Batatas, ou Cenou
ras,
Passarinhos assados com molho de laranja.
Rosbife com molho de mostarda.
Fructas, Pudins, gelados.
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M e n u A l m o o
Manteiga, Ostras medalho, Souffl de espinafre, Co-
ves (cevenole), Choucrtte, A nchovas, de molho bran co
Fructas, Caf.
M e n u A l m o o
Manteiga, M ortadella, Omellete de hervas finas, d e
Azedinha, etc. Camares fritos, Pure de batatas, ou
de fcula. Gaiantine de frango.
M e n u J a n t a r
Sopa espanhola, Arroz com , gallinha, Cebo lla re-
cheiada, (Salada-molho Creme). Assado com batatas.
Doces, Fructas.
A l m o o M e n u
Manteiga, Salada de pepinos, Macarrona da, Ca rne
ensopada, Croquette de batatas, Bifes, Arros.
J a n t a r M e n u
Sopa, Juiianna, Gallinha de molho pardo, Pure de
fub mimoso, Chuchu Ia creme, Arros, Croquettes.
Assado, Salada.
Sobre-meza, doces, fructas.
M e n u A l m o o
Manteiga, Sallada etc. Pasteis de carne, Massa fo
lhada, Arros, Bife, (frma moeda), de carne fina batida.
M e n u J a n t a r
Sopa de cevadinha, Salada de chuchu, Costelletas de
porco, Arros, Feijo, Bife ensopado com batatas,
Petit-pois au beurre, Assado, pure de batatas.
Sob re -mezas.
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A l m o o M e n u
Salada de carne fria, Jardineira, Carne, Arros, Bi
fes de espetto, Angu de fub mimoso.
Menu Jant ar
Sopa de Espargos, Torta de camares e palmito,
Arros, Peru, C. Salada de Alface.
Fructas, Doces.
A l m o o M e n u
Frango de inhques, Salada de alface, Cenouras
fritas, Bifes com molho de cebollas, Arros.
Menu Jantar
Sopa de massa, Salada de beterraba, Maijonaise,
Peixe frito cm molho, Arros, Assado, Bolinho de ba
tatas.
Sobre-meza, Fructas, doces.
M e n u A l m o o
Manteiga, Salada, Ovos recheiados, Lingua ensopa
da com vinho branco, Arros solto, Bife a milaneza.
Menu Jantar
Sopa de arros com abbora e tomates e cebola,
salsa, Rabiolis, Arros, Ervilha guizada, Assado rosbife
com batatas.
Al moo Menu
Tom ate cheio, com,, molho branco, Sallada de ba
tatas, Arros, Feijo, Ovos bahianos.
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DOCES
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B a l a s d e o v o s
M assa
Pe-se num a cassarola (prefere-se tacho de cobre
bem limpo), 460 grammas de assucar crystalisado ou em
ped ra com um copo d'agua, derrete-se o assucar at
tornar a calda em ponto de fio. Deixa-se esfriar a cal
da (fora do fogo), e junta-se 24 gemmas de ovossem a mnima clara e m istura-se. bem ao assucar,
mexendo-se com colher de pau; pe-se ento ao fogo
brando a cassarola e mexe-se at ficar a massa enxuta,
tira-se para um pra to e deixa-se esfriar.
Se a massa depois de fria estiver molle, junta-se
um pouco de assucar bem secco, passado em peneira
e faz-se um rolo, cortand o-se a massa em pedacinho s,
os quaes se enrolam nas palmas das mos. Promptas,
as bolinhas espeta-se num palito uma a uma e passa-se
num a calda em po nto forte de pasta ou de quebra r,uma a uma e colloca-se numa pedra mrmore tintada
d leve com manteiga.
Pde-se reduzir a receita metade.
B a l a s d e c h o c o l a t e
Meio kilo de assucar, meio copo de leite, 2 co-
lheres de mel de abelha, 1 de manteiga, 6 de choco
late
vae ao fogo e deixa-se ferver at dar o p on to,
que se experimenta num a vasilha com gua, qua ndo
dura,
pe-se numa mesa ou pedra mrmore untada
de manteiga a calda aos po uc os ; qua ndo quasi fria,
corta-se com thesoura aos peque nos quadro s.
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B a l a s d e a m e i x a s
6
ovo s, leva-se ao fogo meio kilo de ass uc ar
com meio cop o d'agua, quand o a calda estiver em
pon to de pasta, junta-se as seis gem m as, bem des
ma nchadas, vae ao fogo at formar uma ma ssa con
sistente, fogo brando: logo que esteja prompto,
tira-se a massa para um prato e vae-se enc he nd o
as ameixas que j a esse tempo devem estar co nv e
nientemente preparadas, tirados os caroos, fazendo-se
apenas a abertura de um lado das ameixas.
Depois passam-se numa calda em ponto de que
brar (em ponto de bala), e do assuca r dep end e a bl-
leza deste doce. Podendo ser feito com mais capricho
si se utilisar para esse fim o assucar de Pe rna m bu co ,
que se vende nas drogarias. \
As ameixas pas sadas na calda forte, pe-se na
pedra mrmore, untada de leve, de m anteiga .
P u d i m m a r a v i l h o s o
Este pudim leva diversas partes uma a um a
de preparos.
Faz-se uma pequena quantidade de creme, 2 co-
lheres de sopa de mayzena ba , 1 c op o de leite, 2
gemm as de ovos, meia colher de man teiga e 4 de
assucar, e deixa-se esfriar.
A mesma quantidade de creme leva-se ao fogo,
acerescentando 2 colheres bem cheias (das de sopa) de
chocolate prom pto, tira-se do fogo e deixa-se esfriar.
Desmancha-se (um prato) quantidade sufficiente pa
ra formar uma camada de goiabada com vinho do P or
to ,
meio co po talvez, e deixa-se a par te.
Faz-se um po de lot de ovos, 6 colheres (das de
sopa)
de farinha de trigo peneirada, 6 colhe res de a ssu ca r.
Bate-se muito bem as gemmas com assucar, depois
junta-se as claras que devem ser batidas parte; ba
tido junto, pe-se ento a farinha de trigo, assa-se em
frma untada de manteiga e forrada de papel. Depois
de frio, parte-se em fatias.
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M odo de se col locar o pu dim na frm a
Unta-se uma frma com manteiga e forra-se coms
papel branco , pe-se no fundo uma camada de po
de lot desmanchado com a mo e molha-se com leite
fervido em baunilha-apenas que no apparea o leite,,
em seguida uma camada de goiabada (preparada com
o vinho), em seguida pe-se uma camada de creme
simples, uma dita de gela allem de morangos, uma
dita de creme de chocolate at encher a frma. Note-
se que entre uma camada e outra indispensvel uma
pequena separao com o po de lot preparado co
mo fica descripto.
Depois vae ao forno at seccar, e depois de frio-
tira-se para um prato. Da belleza deste pudim depen
de o gosto da preparadora.
Bolo de D. Rita
4 ovos e uma chicara grande de assucar: bate-se
muito at ficar bem batido, junta-se uma chicara de
manteiga derretida Demagny, uma chicara de farinha
de trigo ou mayzena, um copo mal cheio de leite. Vae
ao forno em frma untada de manteiga e forrada de
papel branco.Forno quen te. *
Experimenta-se com um palito; se o palito sahir
molhado, porque no est completamente cosido.
Creme
p a r a c a n e q u i n h a s
Meio kilo de assucar refinado, 120 grammas de
farinha de trigo, um litro de leite, 10 a 14 gemmas
de ovos, meia fava de baunilhabate-se tudo com
uma colher de pau at desmanchar bem, tendo cuida
do na mistura, vae ao fogo num tachinho de cobre
ou panella esmaltada, fogo brando, mechendo-se con
tinuamente para no pegar no fundo, deixar-se levan
tar fervura de vez em vez para engrossar bem. Tira-
se ento do fogo para um bonito prato ou para as
canequinhas. Este creme applica-se tambm sobre
outros doces.
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C r e m e d e u v a s , d e l i c i o s o
Expreme-se uvas, quantidade de 3 copos; no sueco
addiciona-se 2 colheres (de sopa) mal cheias de may-
zena e 5 bem cheias de assucar.
Vae ao fogo, logo que esteja em consistncia de
mingau duro, pe-se num prato e cobre-se com o
creme de leite que se faz para can equ inha s ou cre -
meira.
Tambm pde-se pr em frma, esperando que o
creme amarello esfrie para depois collocar a outra ca
mada de creme de uvas.
C r e m e s i m p l e s , c a s e i r o
6 ovos, 6 colheres bem cheias de assucar, mistu
ra-se com um litro de leite, aos poucos, tendo o cui
dado de tirar duas claras. Bem misturado deita-s cas
quinhas de limo ou baunilha e pe-se num prato con-
ca v o ou tigella e vae assar no fo rn o; qu an do quasi
du ro bate-se muito bem as 2 claras junta nd o-se 6
colheres de assucar, bate-se muito bem e pe-se uns
pingos de caldo de limo e deita-se esta massa sobre
o creme, assando em forno brando. Emquanto se ba
te as claras o creme deve estar fora do forno. Frio
muito bom.
M a n j a r d a B a h i a
Rala-se um coco grand e, bem alvo, pe -se num
panno fino o bagao e deita-se gua fervendo, porm
que no exceda de quantidade igual a dois copos cheios
>d'agua. Expreme-se o guardanapo at se extrahir todo
o sueco de leite, depo is pe-se n'um a panella limpa,
clara, e junta-se 4 colheres (das de sop a) d e mayzen a,
assucar quanto adoce, a gosto, e vae ao fogo brando.
Mexe-se at ficar um migau bem cosido. Deita-se numa
frma untada de leve de man teiga lavada e deixa-se
esfriar. Quando frio, vira-se para outro prato.
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M a n j a r a r i s t o c r a t a s a b o r o s o
Deita-se n'ag ua fervendo (fora do fogo) 2 0 0 g ra m -
mas de am nd oas, deixa-se um pou co e esfrego-se-
num panno de algodo grosso at sahir a casca. So
cam-se num gral de mrmore at ficar fina, juntando-
se qu an do se soca, de vez em qua ndo , uma colher, de
gua de flor de laranja, para que a massa no seja
oleosa ; depois junta-se 2 litros de leite bom, bem des
manchado ca-se num panno espesso at sahir bem o
sueco, sendo o panno bem torcido. gua fervendo que
regule meia garrafa, 60 grammas de gelatina derretida'
no fogo cpm 400 gram m as de assucar de Ham burgo
(que se vende nas drogarias) bem dissolvido, mistura-
se ao leite de am ndoas, juntando-se lhe tambm 2
clices de Marrasquino de Zara.
Rodeia-se a frma Com gelo , deve ser da frma
de pyramede, gelo socado e misturado com sal de co
sin ha . Ench e-se a forma com a preparao que se fez-
e cobre-se com tampa prpria, pondo-se em cima quan
tidade d gelo. Hora e meia depois tira-se da frma e
serve-se.
P u d i m p a u l i s t a
12
gemmas de ovos e 6 claras, 150 grammas de-
farinha de^trigo pas sad o em peneira, 4 clices de vinh o
bran co bom, 600 gram ma s de assucar refinado, meia
noz-m oscada soca da ou ralada e 1 garrafa de leite.
Pe-se a farinha, o assucar, a noz-moscada numa va
silha, mistura-se bem e vae-se jun tan do um a um os
ovos,
mexendo com uma colher de pu; depois jun
ta-se o leite ao s pouc os e por ultimo o vinh o. Unta-
se a frma com calda forte de assucar para cosin har
em banho-Maria. Misturando-se antes de ir cosinhar
para no depositar no fundo a farinha.
G e l l a t i n a
1 qua rta ou 125 gram m as de gellatina, 2 copos-
de gua, meio de vinho branco, 250 grammas de as-
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suca r 2 claras dov os batidos, cravo, canella em pu,
noz-moscada. A mistura deve estar pegajosa ; expen-
menta-se na mo a consistncia. Depois debem fervi
do pe-se meio copo d'agua, caldo de limo1clice,
casca de dito, meio clice a um de cognac . Deita-
se na frma depois de coado com panno de linho. Se
o primeiro preparo no estiver em consistncia, pode-se
juntar mais 100 grammas de gellatina.
Pode-se juntar fructas as caiftadas, pouco a pou
co.
Fructas de calda, de compota.
E l e c t r i c o s
Pilam-se 250 grammas de amndoas doces e dei
tam-se ao sol para seccarem, ou em forno b ra ndo;
quando bem seccas, soca-se em gral com a mesma
quantidade de assucar de Pernambuco em caroos
proporo que estejam como farinha, passa-se em pe
neira e vae-se peneirando at tornar a massa leve.
Ento amassa-se com algumas claras, 3, por exemplo,
quantidade para tornar a massa em consistncia suffi-
ciente. Torna-se ao gral, juntando
:
se a raspa da casca
de limo verde e soca-se muito. Isto prompto, passa-
se gua nas pontas dos dedos e vae-se enrolando a
massa em feitio de bolas ou meia lua, como se quei
ra. Arrumam-se distanciados em assadeiras untadas de
manteiga e forradas de papel branco , alm a o; forno
muito brando.
Tambm podem ser enrolados em amndoas so
cadas, assucar crystalisado branco ou rosa.
F a c e i r o s
Pellam-se 250 grammas de amndoas em gua
fervendo, soca-se, junta-se-lhe ento meio kilo de assucar em calda, 12 gemmas de ovos, canella e cravo
em p. Vae ao fogo em uma cassarola limpa at dar
o ponto forte, que no assucare, preciso ter cuida-
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do deita-se numa pedra mrmore untada com man
teiga e deixa-se esfriar. Corta-se com faca bem amol-
lada em fatias de frmas oblquas e finas. E' um doce
muito gostoso.
Laranja do Co
Dzia e meia de gemmas de ovds, bate-se durante
hora e meia at ficar quasi branca, amarella a cla ra;
deita-se ento em canequinhas untadas de manteiga
sem sal e cosinha-se no forno ou em banho Maria,
tendo cuidado em no deixar entrar gua dentro.
Quando seccas jogam-se dentro de uma calda fria, at
ficarem transparentes, depois pe-se num prato ao sol
para seccarem. O assucar da calda deve ser crystalisa-
do,
alvo.
P u d i m
d e c r e m e
Bate-se 7 gemmas de ovos com 400 grammas de
as suca r; bem batido, junta-se 2 colheres rasas (das
de sopa) de manteiga, bate-se bem
:
addiciona-se 100
grammas de farinha de trigo peneirada, canella em p,
cravo ou baunilha s; um de leite frio e vae assar em
forno quente, em frma untada de manteiga.
Cr e me d e c h o c o l a t e
1 garrafa de leite, 2 grammas chocolate ralado, 2
colheres cheias de mayzena, 1 gemma de ovo, 5
CQ-
Iheres de assucar, meia fava de baunilha. Vae ao fogo
em uma cassarola, quando ficar em consistncia de
mingau pe-se uma clara de ovo bem batida e conti
nua-se a mecher, que no cosinhe muito a clara, ape
nas saia o cheiro de ovo cr. Deita-se ento n'uma for
ma e deixa-se ficar frio. Tira-se para um prato e faz-se
o molho seguinte para pr roda : meia garrafa de
leite, 1 colher rasa de maysena, 3 gemmas de ovos,
baunilha, adoa-se a vontade, quando este molho esti
ver cosido, deita-se roda do creme de chocolate.
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P r e n d a s d a s D a m a s
Pe-se n'um a vasilha 460 gramm as de assuc ar re
finado, den tro do assucar deita-se 460 gram m as de
manteiga bem lavada e derretida, mexe-se bem ate fi
car uma massa como creme, junta-se-lhe em seguida,
uma a uma, 12 gemm as de ovos, m exendo se m pr e;
em seguida junta-se-lhe 3 decilitros de vinho br an co ,
100 grammas de passas sem caroo, junta-se 400 gram
mas de farinha de trigo peneirada aos poucos e 8 cla
ras de ovos batidas como para suspiro. Mistura-se tu
do muito bem e deita-se em forminhas untadas de man
teiga e forradas de papel branc o. Fo rno regular. A
cr do bolo deve ser mais escura que a do po de lot
S u s p i r o s p r t i c o s
Para 6 claras bem batidas addiciona-se 18 colheres-
(das de sopa ) de assucar, bate-se at formar altura.
Pe-se algumas gottas de sumo de limo e casquinhas,
do mesmo.
Assa-se ao sol'ou em forno brando, em latas for
radas de papel.
M a s s a p a r a c a s t e l l o s ,
c e s t i n h a s ,
p a s t i l h a s ,
p e a s m o n t a d a s
p a r a
d o c e .
Gomma adragante 60 grammas, lava-se e deixa-se
de mo lho em bastante gua numa vasilha de barro,,
se for preciso um dia ou 24 horas: si, porm, a massa
estiver molle, deita-se n'um panno e passa se pelo mes;
mo,
torcendo -o, pe-se ento den tro de um gral de
mrmore bem lim po; logo que a gomm a esteja toda
passada, junta-se-lhe polvilho passa do em peneira de
seda e assucar bem secco, tambm passado em penei
ra, isto feito em partes eguaes, de frma a fazer uma:
massa que se possa estender com o rolo, sova-se esta
massa muito bem duran te 20 a 25 m inutos e p e-se
ento sobre a mesa de mrmore e junta-se o polvilho
preciso para fazer uma massa consistente, mas
n *o-
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quebrad ia e deposita-se em um a vasilha de barro co
berta com um panno humido, que no toque a massa.
Colloca-se esta massa em formas prprias em que
se possa effectuar o desejado figuras, peas, ornatos ,
enfeites para qualquer doce.
P u d i m d e l a r a n j a
p ara b an q u ete
Raspa-se ou rala-se casca de duas laranjas madu
ras,
pe-se n'uma vasilha, junta-se-lhe 400 grammas de
assucar, 100 grammas de farinha de trigo peneirada, 14
gemmas de ovos, 1 litro de leite, pouco a pouco vae-
se misturando com cuidado 4 claras batidas. Deve-se
misturar o leite depois de estar bem misturados todos
os outros emgredientes. Deixa-se descanar meia hora,
cobrindo-se a vasilha com um papel. Ca-se ento em
um panno ralo, que passe bem estes preparos. Passa-
se calda gro ssa po r uma frma, q ue fique bem untada ;
qu an do estiver fria pe-se dentro o pudim e leva-se a
cosinhar em banho-Maria, que uma cassarola grande
ond e tenha gua j fervendo e que ch egue a mais de
meio da frma, que deve estar tam pada e com algu
mas brasas em cima, havendo cuidado para no quei
mar ou tostar, no deixando entrar dentro nem um
pingo d 'agua.
M o l h o p r p r i o
Caldo de 3 laranjas, 3 colheres bem cheias de as
sucar refinado, 1 clice de cog nac fino, raspa de uma
laranja maduramexe-se tudo, deixa-se descanar duas
horas,
ca-se n'um guardanapo e em seguida pde-se
servir com o pudim.
E' delicioso.
C r e m e g e l a d o d e b a u n i l h a
Pe-se n'um a panella limpa 1 litro de leite, 125
gram m as de assucar refinado, 1 colher de farinha de
arroz, 6 gemmas de ovos, baunilha; mexe-se continua-
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mente, tendo cuidado em fazer a mistura pouco a pou-,
c o ;
leva-se a cosinhar em fogo brando at levantar
fervura: ento despeja-se em uma terrina e deixa-se
esfriar, depois junta-se-lhe 8 claras de ovos bem bati
das, mistura-se tudo muito bem e deita-se n'uma sor-
veteira, rodeia-se com gelo misturado com sal grosso
e faz-se girar a sorveteira. Quando principie a congelar
mexe-se com uma colher de pu at que todo elle es
teja gelado, sem comtudo estar duro : ento colloca-
se na frma (formando pyramide) e pe-se sobre um
prato,
quando geladoservindo-se immediatamente, an
tes que o contacto do ar faa derreter a superfcie do
creme.
Modo de tirar da frma:
Mergulha-se a forma n'um a vasilha d'agua quen
te durante um segundo, e ento que se vira o cre
me para o prato.
C r e m e d e a m n d o a s
P a r a S o b r e m e s a
250 grammas de amndoas doces; pellam-se n'a-
gua fervendo, scam-se n'um gral de mrmore at fi
car uma massa fina, juntando de quando em quando
uma colher de gua de flor de laranja; quando prom
pto junta-se meio kilo de assucar refinado, meia gar
rafa de leite fresco, 60 grammas de farinha de trigo.
Faz-se cosinhar em fogo brando, mexendo com uma
colher de pu at ferver, depois tira-se da cassarola e
deixa-se esfriar. Emprega-se at para encher massa.
F l u m i n e n s e
18 gemmas d'ovos, meio kilo de assucar refinado,
1 colher de manteiga. Faz-se uma calda em ponto de
pasta, depois de fria junta-se os ovos, e a manteiga.
A forma deve ser untada de manteiga ou calda grossa.
Forno quente ou banho-Maria.
Pudim saboroso e delicado.
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Pudim-Del icia
2 garrafas de leite deixa-se ferver at reduzir
metade; depois de frio, junta-se assucar, quanto adoce,
10 a 12 gemmas de ovos, meia fava de baunilha. Forno
quente ou banho-Maria. Frma untada com manteiga.
Bons-Boccados
Meio kilo de assucar: faz-se uma calda grossa em
ponto de pasta depois de prompta deixa-se esfriar,
mexe-se com um prato raso de queijo ralado, que seja
secco (queijo fresco no serve), 2 colheres de mantei
ga: deixa-se esfriar, depois junte-se 12 gemmas de ovos,
4 claras batidas e passa-se por uma peneira para no
ficar bagao do queijo. Vae ao forno em forminhas
untadas com manteiga ou chicaras pequenas, ao meio.
B a h i a n i n h a s
18 gemmas de ovos, meio kilo de assucar refina
do,
2 colheres de manteiga, (derretida), 1 coco ralado
mexe-se bem e deixa-se descanar 20 minutos. Assa-se
em tigellas de loua, untadas de manteiga. Forno re
gular.
R e p u b l i c a n o s
Pe-se n'uma vasilha 300 grammas de fub de
arroz, peneirado, 100 grammas de manteiga, 4 gram
mas de baunilha ralada ou pizada, 1 calix de kirsch
mexe-se tudo bem com colher de pu durante 6
minutos. Bate-se com um garfo em vasilha separada
12 gemmas de ovos, 460 grammas de assucar at
ficarem bem encorpadas; estando assim, junta-se ou
tra massa e mistura-se bem. Untam-se bem as frmas
com manteiga forradas de papel branco, enche-se pou
co mais de meio com esta massa e cosinham-se em
forno regular.
Plum-puding
Sca-se n'um gral de mrmore meio kilo de gordura
de rim de boi ou carneiro com 120 grammas de fari-
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nha de trigo, 300 grammas de passas, 1 calix de co-
gnac,
2 clices de vinho branco, a raspa da casca de
um limo, 200 grammas de assucar refinado, uma pita
da de sal fino e 4 ovos, tudo bem socado, junta-se-lhe
po uco a po uc o leite sufficiente para fazer a m assa um
po uc o molle. Deita-se ento em frma d e p o de lot
bem untada com manteiga e cosinha-se em forno
regular, por espao de 2 horas.
M o l h o p r p r i o p a r a o P l u m - P u d i n g
Pe-se numa cassarola 60 gram m as de assucar,
10 grammas de farinha de trigo, 120 grammas de man
teiga lavada, um pouc o de raspa da casca de limo,
mexe-se muito bem com uma colher de pu e junta-
se meio cop o de vinho Madeira. Em seguida vae ao
fogo e assim que ferver deita-se n'uma molheira para
servir com o Plum Puding.
S e r t a n e j o s
Pe-se n'um a vasilha 360 gram m as de fub de
arroz peneirado, 200 gram m as de assucar refinado, 120
grammas de manteiga, 100 grammas de chocolate em
p, 6 gemmas de ovos (uma a uma.) Mexe-se bem a
massa com uma colher de pu durante 5 m inutos. C o
sinha-se em frmas un tada s de manteiga e forradas
com folha de bananeira. Forno regular.
M a s s a
p r p r i a p a r a f o r r a r f o r m a s
Passa-se n'uma peneira, em cima d'uma mesa, 250
gram mas de farinha de trigo e amassa-se com gua
morna e sal, manteiga e 2 ovos. Amassa-se bem e pol-
vilha-se a mesa com farinha e estende-se a massa, que
fique da gros sura de um vintm. E' preciso que esta
massa fique um pouco molle para se poder estender
com facilidade. Esta massa tambm serve para fazer
tortas de fructas, doces ou de gallinha.
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C r e m e a r a b e s c o d e f o r m a
Pe-se n'um a vasilha 460 gramm as de assucar
refinado e 12 gemmas de ovos, bate-se muito, junta-se
ento 2 claras batidas, bate-se; em seguida 1 litro de
leite aos pou cos , 200 gram m as de farinha de trigo,baunilha ou raspa de limo ou gua de flor, conforme
o paladar.
Forram-se as forminhas lisas com a massa propia,
enchem-se quasi com este liquido. Cosinha-se em forno
regular durante quinze a vinte minutos.
P r a s e n t e i r o s
240 grammas de amndoas doces, pelladas, 240
grammas de assucar de Pernambuco em torres, sca-se
muito bem em gral de m rmore e passa se n'uma pe
neira de arame, deita-se outra vez no gral e junta-se-
lhe 4 ovos, 180 grammas de manteiga, 2 clices de
cog nac mistura-se tudo e torna-se a socar durante 3
m inutos. Un ta-se com manteiga as frmas forram-se
com massa, prpria e enche-se com esta massa. Forno
regular.
D epois de pro m pta s, ao sahir do forno, pe -se
em cima marmelada ou amndoas picadas.
B o m b a s d e c a c a u
Pe-se n u m a cassarola 1 litro de leite, 150 gram
mas de manteiga boa, e vae ao fogo ; qu and o ferver
junta-se-lhe pou co a po uco farinha de trigo peneirada,
m exendo ligeiramente com colher de pu at ficar
massa consistente, que se despegue do fundo da pa-
nella cosinha-s e bem a farinha, tira-se do fogo e
pe-se n'uma vasilha para esfriar. Depois de fria, de-
faze-se a massa com ovos at ficar de consistnc ia
regular, amollecer, bem lisa, mas que no espa rram e.
M odo de collocar na assadeira :
Pe-se n'um panno grosso, com um pequeno cor
te no centro, um po uc o de m assa e expreme-se na as-
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sadeira, em frma de rolos, do tam anho de um palito
ou bolas. A assadeira deve estar untada de manteiga
lavada e polvilhada de trigo, levemente. Pintam-se com
gemmas de ovos, com uma penna de gallinha e assa-
se em forno regular. Depois de cosidos e frios abra-se
ao meio, o quanto preciso para collocar dentro o recheio de creme de baunilha j preparado e em cima
deita-se o preparo de chocolate.
Ornamento
125 grammas de chocolate em p, ralado, 100
grammas de assucar refinado, 1 clara de ovo; se bate
muito bem at ficar bem lisa a massa. Deita-se nos
doces, um a um, quantidade sufficiente para cobrir a
capa e leva-se um instante ao forno para seccar.
Roscas de creme
8 ovos, bate-se as gemmas bem batidas com 6
colheres (das de sopa) de assucar, bate-se as 6 claras
como para suspiro e junta-se as gemmas, bate-se jun
to at formar uma massa quasi branca; deita-se ento
6 colheres cheias (de sopa) de farinha de trigo penei
rada, e vae ao forno, tendo-se j preparada a assadei
ra untada de manteiga e forrada de papel branco.
Forno quente, logo que esteja assado, de cr amarelloclaro, tira-se e deixa-sa esfriar um pouco, e enrola-se
com creme prprio, marmelada ou goiabada desm an
chada em vinho branco.
Creme prprio
Pe-se n'uma cassarola 2 copos de leite, 3 colhe-
reres de maysena, um pouco de manteiga, 2 gemmas
de ovos, assucar quanto adoce; vae ao fogo; depois
de estar bem desmanchado, cosinha-se, mexendo
sempre at formar um mingau, pe-se gua de flor,
baunilha ou canella. Se fr de chocolate, feito como
para as - Bombas de cacau o enfeite. Depois de en-
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rolado o po de lot, pe-se um instante no forno pa
ra seccar; apenas frio, corta-se em rodellas com uma
faca bem amollada.
Cr e me id e a l
Faam-se ferver 3 copos de leite com meia fava
de baunilha, e assucar vontade tira-se do fogo e
se deixa esfriar. Ento dissolve-se no leite 3 colheres
de maysena, leve-se ao fogo at cosinhar bem, desce-
se do fogo at esfriar. Em quanto isso, bate-se 3 cla
ras de ovos firmes como para suspiro e junte-se ao
creme mistura-se muito bem, e leve-se ligeiramente ao
ogo afim de cosinhar as claras. Estando assim prom
pto, deite-se na frma e quando frio vire-se para um
prato.
Faz-se uma gemmada com as trs gemmas, leite
e assucar aromatisado com baunilha e derrama-se so
bre o creme e serve-se frio.
Doce de le i te
500 grammas de assucar em ponto de pasta, 4
colheres de leite, 3 colheres de manteiga, 12 gemmas
de ovos vai ao fogo para engrossar, deite-se gua
de flor, toma-se o pon to de cocada, deite-se n'uma
pedra mrmore e corta-se em fatias, ou se pe tambm
s colheres. Antes de se pr na pedra se deve deixar
esfriar um pouco.
Cr e me d o P a l c io
(para cerimonia)
2 garrafas de leite, uma fava de baunilha; depois
de fervido e frio junta-se 12 gemm as de ovos batidos e
tempera-se de assucar; deita-se uma colherzinha de
trigo.
Passa-se n'um guardanapo de linho raso. Enche-
se as canequinhas de creme e pe-se em um banho
Maria e um texto com brasas em cima. Se experimenta
com um palito; quando estiver enchuto, est bom.
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C a n u d o s d e A m n d o a s
Meio kilo de farinha d e trigo peneir ad a; junte-se
a farinha em mo nte, e no cen tro se faz uma cova ,
onde deita 250 gram mas de a ssuc ar refinado, 250
grammas de manteiga lavada, 250 grammas de amn
doa s pelladas e picadas bem m idas, 2 ov os inteiros
e 1 decilitro de cognac; desmancha-se primeiro estes,
preparos com uma colher e depois pe-se na farinha
,se am assando tudo at ficar uma massa cons istente
porm molle de enrolar. Corta-se em rolinhos da gros-
sura de um dedo e tama nho de um palito : passa-se
em gem mas de ovos no assucar crystalisado e se a-
condicionam em latas bem limpas, distanciados. Forno
regular.
B r a s i l e i r o s
Pe-se em um tacho meio kilo de coco ralado, 620
gramm as de assucar refinado em ponto de calda que
forme pasta: vai ao fogo com o coco, cosinhe, mexen
do sempre para no queimar, at ficar enxuto e appa-
recer o fundo do taxo; tira-se ento do fogo e se deixa
esfriar para no talhar os ovos, 5 gemmas de ovos e
uma clara bem batida, mistura-se e torna a ir ao fogo
brando. Se deixa at ficar enxuto. Tira-se do fogo at
que esfrie. Pe-se em assadeiras polvilhadas com fari
nha de trigo aos poucos, em forma de pyram ide, se
endireitando para que se tornem pon tuda s. Fo rno
brando.
F i o s d e
o v o s
Se faz uma calda grossa em ponto de fio, estan
do sempre fervendo, passa-se n'um gua rda nap o as
gemmas e vai-se expremendo e virando para que fiquem
compridos os fios, pouco a pouco, no tudo de uma
vez; quando cozido deita-se um pouco de gua fria na
calda, para se poder tirar de cada vez os fios, deitan-
do-se n'uma peneira molhada: depois se acond iciona
no prato em o rde m . Um ov o de pato para cada dzia
dos de gallinha, excluindo as claras.
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'Me Benta
250 grammas de p de arroz, 250 grammas de as
sucar, 250 grammas de manteiga De Magny, 7 gemmas
4e ovos em clara fina, herva doce ou gua de flor.
Bate-se muito os ovos e o assucar, depois junta-se
a manteiga, a farinha e coco ralado e se torna a bater
at saltar, unta-se forminhas com manteiga, forradas de
papel branco e vai ao forno para assar.
Bolo Inglez Verdadeiro
Peza-se 12 ovos, e pelo pezo igual a mesma quan
tidade de assucar, idem de farinha de trigo peneirada,
idem de manteiga.
Bate-se muito as gemmas e o assucar, se faz o
mesmo com as claras parte, junta-se as gemmas e setorna a bater at ficar uma massa quasi branca. Em
seguida se junta a manteiga, a farinha e passas bate-
se muito e por ultimo 1 calix de cognac.
Forno bem quente.
Bolo Aml ia
250 grammas de amndoas descascadas e pelladas,
100 grammas de assucar, 100 grammas de manteiga,
50 grammas de farinha de arroz e 6 ovos inteiros.
Sca-se as amndoas com um pouco d'agua at
ficar uma massa fina.
Bate-se os ovos at ficar uma massa quasi branca,
junte-se a manteiga, batendo sempre e em seguida a
massa de amndoas, bate-se e junta-se a farinha de
arroz. Se forra a forma de papel branco, tendo antes
untado de manteiga; quando sahir do forno, se risca
o bolo em xadrez e se pe amndoas picadas nas ris
cas.
Po de Loth de Araruta
12
ovos e 250 grammas de assucar.
Bate-se muito as gemmas e o assucar, e as claras
separadamente. Se juntam as claras, as gemmas e o
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assucar e se torna a bater at ficar quasi branca a
massa. Ento se junta 150 grammas de araruta e 100
ditas de farinha de trigo, sendo ambas peneiradas jun
tamente. A frma deve estar preparada com antecedn
cia, untada de manteiga e forrada de papel branco.
Cobre-se o po de loth depois de prompto como seguinte preparo.
Mexe-se n'uma tigella 250 grammas de assucar
com 2 ou 3 claras de ovos e umas gottas de caldo
de limo durante uns 15 minutos, cobrindo-se com
um panno humido, emquanto espera que o po de
loth esteja prompto.
Dama Portugueza
B o l o F i n o
Bate-se 12 gemmas de ovos com 460 grammas de
assucar refinado, bate-se as claras parte como para
suspiros e se junta as gemmas ao assucar e torna-se
a bater at ficar uma massa quasi bran ca ; ento se
mistura farinha de trigo peneirada 500 grammas, mis
turando com cuidado e em seguida 100 grammas de
manteiga derretida Demagny ou Petersen. Forram-se as
formas de manteiga, passa-se farinha de trigo e se
enche da massa e vo ao forno, que deve ser regular.
Bolo Baiano
12 ovos, se bate como para po de lo th ; depois
de bem batido junta-se 400 grammas de assucar refi
nado bem batido, 400 grammas de farinha de trigo, 400
ditas de manteiga e 1 coco ralado, bate-se bem at
saltar. Ento se pe em formas pequenas ou grandes
untadas de manteiga e forradas de papel branco.
Forno bem quente.
Po de Loth fino
Deita-se numa vasilia 18 gemmas de ovos, 450
grammas de assucar refinado alvo, se bate muito bem
at que fique uma massa encorpada, se junta ento a
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i3
massa 230 grammas de farinha de trigo e 230 gram
mas de araruta peneiradas juntas com cuidado, vae-se
misturando a massa, em seguida 100 grammas de man
teiga derretida, 12 claras de ovos bem batidas. Es
tando tudo bem misturado se forram as latas com pa
pel branco e se despejar dentro a massa por igual.Quando prompto, se deixa esfriar para tirar da frma.
Para servir com chocolate.
P o d e L o t h c o m m u m
Bate-se numa vasilha 12 ovos com 230 grammas
de assucar muito bem batido, at ficar uma massa con
sistente, quasi branca, depois junta-se com cuidado 230
grammas de farinha de trigo peneirada, se mistura com
uma colher de pu, mas no se bate. Forma untada
de manteiga e forrada de papel branco.
Bolos de Amor
4 ovos e 10 colheres de assucar, bate-se bem, 3
colheres de manteiga lavada, 10 colheres de araruta,
mistura-se bem. Deita-se em forminhas untadas de
manteiga.
Forno regular.
Saudades Ternas
Meio kilo de polvilho peneirado, secco, meio kilo
de assucar, um pouco de sal, 4 gemmas de ovos e 3
colheres de manteiga.
Amassa-se bem e se faz os biscoitos do feitio que
se quizer.
M a r i q u i n h a s
Bate-se 12 gemmas de ovos e 550 grammas de
assucar refinado muito bem batido, se junta as claras
j batidas (como para suspiros), se bate mais e se
junta 600 grammas de farinha de trigo peneirada com
cuidado. Preparam-se assadeiras forradas com man
teiga e polvilhadas de trigo com uma peneira, que no
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passe de uma cam ada leve, para evitar o trans bor do
da massa. Se pe um pouco de massa n'um sacco de
algodo branco, pequ eno, cortado no fundo, do tama
nh o de um O, para se exprem er em roda s sobre a as-
sadeira, do tam anh o de um vintm devem ficar dep ois
de assad as, se calculando pou co mais ou m eno s aquantidade de massa crua que se deve arranjar nas
assadeiras.
P a r a E n f e i t a r b o l o s , D o c e s
Bate-se n'uma tigella ou prato fundo 2 claras de
ovos,
junta-se-lhes alguns pingos de caldo de limo
em 125 grammas de assucar refinado e se bate junto
as claras at formar uma massa firme.
B o l o s P r a t e a d o s
P a r a A l m o o
7 claras de ovos, 200 gramm as de assucar, 150
grammas de manteiga derretida, 150 grammas de fub
ou p de arroz passado em peneira, herva doce.
Forno quente.
B i s c o i t o s p a r a Ch
1 kilo de farinha de trigo, meio kilo de assu car
refinado, 200 grammas de manteiga derretida, a raspa
da casca de um limo. Passa-se a farinha de trigo
n'um a peneira e se faz um monte, no centro se faz
uma cova e se pe dentro o assucar, a manteiga e a
raspa de limo, 2 ou 3 ovos (quantos sejam precisos),
10 grammas de carbonato de amonaco em p. Mexe-se
com uma colher at misturar tudo e se amassa pouco
a pouco com ovos se faltar, at que fique uma massa
de consistncia reg ula r; se faz um a bola e dep ois,
qua ndo as assadeiras estiverem untad as com manteiga
e polvilhadas de trigo, se faz o s biscoitos a mo, ou
tira-se com formas prprias.
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Ant igos Tareeos
10 ovos, 3 chicaras de assucar, bate-se bem, 4
chicaras de farinha de trigo peneirada, se mistura a
farinha, mas no se bate. Deita-se s colherinhas de
espao em espao em assadeiras forradas de farinhade trigo primeira camada, fub, segunda.
Biscoi to Doce
Pe-se cangica de molho durante 8 dias, quanti
dade sufficiente que depois de socado d 4 pratos.
4 pratos de farinha de milho, 1 de raspa de man
dioca, 6 ovos, 2 libras de banha derretida morna, 2 li
bras de assucar refinado, cravo, canella, herva doce.
Faz-se os biscoitos e se assa.
Biscoi to de Polv i lho
e Car
1 prato de car cosido, 3 pratos de polvilho azedo,
6 ovos (sendo 3 sem clara,1 pires de ba nh a; se amassa
com leite e sal.
Forno brando.
Bisco i to de polv i lho
3 pratos de polvilho passado em peneira, 125 gram
mas de manteiga, 230 de banha derretida, sal fino, 10
ovos (5 sem claras), bem batidos, amassa-se com leite
quente, que escalde a massa at ficar em ponto de
fazer os biscoitos.
Forno esperto. Cuidado, e no tire logo.
Biscoi to doce
460 grammas de farinha, de trigo, 460 ditas de
farinha de araruta, 1 colher cheia de manteiga, 230
grammas de assucar feito em calda grossa, 5 ovos,
canella e cravo em p: se amassa com um pouco de
salmoura. Abre-se o folhado e se corta os biscoitos da
frma que se queira.
A massa deve ficar um pouco dura no pegar.
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Bo la c h in h a s d e f u b
4 pratos de fub peneirado, 1 dito de raspa de
mandioca em p, 1 dito de rosca socada (p) 1. dvm
de ovos batidos, 1 litro de leite, assucar e manteiga
herva doce e noz-moscada. Se faz uma e se extende
com o rolo sobre a mesa, apromptam-se os biscoitos
e se levam a assar em assadeiras em forno brando.
Biscoi to-sere ia
1 prato de araruta, 1 pires de polvilho, 1 dito de
trigo 1 dito cheio de assucar, 2 colheres de manteiga,
5 ovos, 2 claras-se amassa com leite. Sva-se bem e
bem e se faz os biscoitos do formato de um S.
R o s q u i n h a s
2 chicaras de polvilho ou araruta, 1 chicara de
trigo, 1 dita de gordura, 1 dita de assucar, 1 colher
demanteiga, 6 ovos (3 sem clara); se ficar duro, um
pouco de salmoura. Sva-se muito at a massa ficar
macia e leve. Faz-se as rosquinhas e se pe nas as
sadeiras. Forno brando.
Sequ i lho- fo r tuna
1 libra de assucar. 6 ovos; bate-se at desfazer o
assucar, um pouco de manteiga, cravo e canella em
p ;
ento se vai engrossando com polvilho passado
em peneira e amassando at ficar em ponto de se en
rolar; depois se pe em a^sadeira untada de manteiga
ou gordura.
Forno quente, regular. Deve-se sovar bem a mas
sa antes de se enrolar.
Bo lo d e ma n d io c a p u b a s a b o r o s o
Tiram-se as cascas de 4 ou 5 mandiocas e se pem
de molho em bastante gua, mudando-a todos os dias,durante 6 dias. Passa-se a mandioca em uma peneira
fina 3 vezes seguidas, pe-se em um panno tapado
torcendo, de modo que fique bem secca.
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Junta-se 1 kilo de farinha de mandioca peneirada
secca, 700 grammas de assucar refinado, 400 ditas de
manteiga lavada, o leite de um coco ralado e gua
de flor de laranja. Mexe-se o assucar e a manteiga
at ficar um creme, se junta a mandioca se mexe de
pressa at alisar a mesma. Depois se pouco a poucoos ovos e por ultimo o leite de coco. Os ovos devem
ser 10. Untem-se formas com manteiga, se forram de
papel e lavam-se no forno.
Bo lo s d e Ar r o z
2 pratos de p de arroz, 450 grammas de assucar
refinado em calda, 200 ditas de manteiga lavada, 1
vintm de fermento, 1 prato de car, sal em gua
morna. A calda deve ser morna.Amassa-se de vspera para assar no dia seguinte.
Forma untada de manteiga. Forno quente.
Bisco i to -F lo r
Meio kilo de assucar refinado, meio dito de fari
nha de trigo, 120 grammas de manteiga, oitos gemmas
de ove s. Sva-se ou se amassa at ficar bem macia,
abre-se um folhado grosso e tira-se com carretilha da
frma que se quizer dar. Untam-se as assadeiras.Forno quente.
Bolos de soda
Farinha de trigo peneirada 750 grammas, assucar
300 ditas, manteiga 111 ditas, 6 ovos e uma garrafa
de leite.
De tudo isto se faz uma mistura, que fique sem
caroos e se junta canella, raspa de limo verde, 15
grammas de cremor de tartaro, 8 ditas de bicarbonatode soda e misture bem. Pe-se em forninhas untada
de manteiga ou gordura.
Forno bem quente.
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B r o a s d e M i l h o
6 pires de farinha de milho torrada, 6 ditos de
polvilho peneirada, bom, 14 ovos, meio kilo de banha
fresca derretida, 2 colhere s de manteiga. Escalda-se a
farinha com leite fervido at encaroar, fora do fogo
r
deixa-se esfriar a massa e depo is se junta s ou tra s
misturas.
Forno muito quente.
B i s c o i t o -
P r m i o
Meia libra de araruta, meia libra de p de arroz,
meia libra de assuc ar refinado, m eia quarta de farinha
de trigo, meia quarta de manteiga, e gemmas de ovos
2 claras, herva doce.
Bate-se os ovos, junta-se o p de arroz, a araruta
e a manteiga, mexendo sempre, e por ultimo o assu
car e farinha de trigo.
Se a massa ficar dura, pe-se mais ovos. Sva-se
bem. Faz-se do feitio de umas cobrinhas.
Forno regularmente brando.
fc>
i
B i s c o i t o P a l m a
10 gemmas de ovos, trs quartos de libra de as
sucar n'um a terrina, pene ira-se as farinhas n'u m a vasilha e derram a-se os ovo s em cima e sova-se at
ficar bem ligada a massa, corta-se em peda os com
barbante e vae-se fazendo os sequilhos em forrna de
palmas, folhas, flores, etc.
Untam-se a assadeira com manteiga e assa-se em
forno regular.
B o l a c h i n h a M i m o s a
1 kilo de farinha de trigo, meio kilo de assucar
cr, 23 grammas de carbonato de ammonia, 6 ovos.
Mistura-se a farinha com o assucar e os ovos, me-se
o carbonato, pe-se em cima dos ovos, move-se bem
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e pe-se gordura pouco a pouco. Sova-se bem e pe-
se na assadeira, corta-se com clice ou chicara, a
massa quando estendida. Forno quente.
S e q u i l h o s
S i n h a
^Uma quarta de manteiga, derrete-se n'uma frigi-
deira e junta-se-lhe meia libra de assucar, junta-se em
seguida 6 ovos, metade com clara, despeja n'uma ga-
mella u tigella, caldo de dois limes, libra e meia de
farinha de trigo. Abre-se um folhado grosso e tira-se
com formas os biscoitos. Leva canella e cravo em p.
A assadeira untada com manteiga.
P o d o N o r t e
1 kilo de farinha de trigo, uma dzia de ovos,
bate-se as claras separadas, 2 colheres de manteiga,
1 chicara de gordura, 1 pires de fermento, 1 cop o
de leite, 1 pires cheio de assucar, amassa-se bem at
despegar da gamella, pe-se na forma e quando est
crescido vae ao forno que deve ser bem quente.
Po de Cerve ja ou de ovos
3 kilos de farinha de trigo, tira-se meio kilo para
fazer o fermento, e junta-se a uma chicara de fermento
de cerveja, 6 ovos, leite quanto preciso, meia libra de
gordura. Forno quente.
P o P a i z
Tome-se meio kilo de farinha de trigo. Para fer
mentar junte-se 4 colheres de fermento de cerveja,
amassa-se com gua morna de modo que a massa no
fique molle. No dia seguinte junte-se ao fermento 1
kilo e meio de farinha de trigo peneirada, mais 4 co
lheres de cerveja e outras tantas de banha fresca derre
tida. Deite-se gua m orna e sal, devendo a massa fi
car consistente, deixe-se crescer por meia hora na
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mesma vasilha, deite-se em formas untadas de mantei
ga e assa-se em forno regular.
P o Rio c h e
Meio kilo de farinha de trigo peneirada, 115 gram
mas de assucar refinado, 135 grammas de manteiga, 4
ovos, 2 decilitros de leite e 1 gramma de canella em
p.
Pe-se a farinha numa meza, faz-se-lhe no centro
uma cova em que se deito todos os preparos, mistu-
rando-se tudo pouco pouco, e logo que tudo esteja
em massa junta-se-lhe ocrescente ou fermento, tendo o
cuidado de o espalhar por toda massa ; sem comtudo
a trabalhar demasiado. Esta massa pe-se em um ai-
guidar bem polvilhado de farinha, dobre-se com um
panno branco e deixa-se descanar em um lugar quen
te durante 6 horas. Findo este tempo, achata-se a mas
sa a qual deve estar levantada e repete-se esta opera
o mais duas vezes com o intervallo necessrio para
esta massa tornar levantar. Depois tira-se do alguidar,
pe-se sobre a meza e faz-se uns pesinhos redondos
que se pinto por cima com gemma d'ovo, colloca-se
em cima uma cabecinha da mesma massa que tambm
se pinta. Arrumo-se em assadeiras untadas de man
teiga e polvilhadas, e cosinha-se immediatamente em
forno quente.
C r e s c e n t e o u F e r m e n t o
Para pes , b iscoi tos , e te .
A 125 grammas de farinha de trigo peneirada,
junta-se 20 grammas de bom fermento de cerveja e
desfz-se com meio copo d'agua morna, devendo esta
massa ficar um pouco molle, deita-se depois n'um al
guidar ou tigella grande e pe-se a levedar porta da
estufa at que o crescente tenha attingido ao triplo do
seu volume primitivo. Deve se ter muito cuidado em
observar o momento que o crescente fica prompto para
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servir. Se tiver fermento demasiado o crescente dar
a massa um gosto ru im; e se deixarem crescer mais
no Ieveder a massa.
Po Folhado
Amassa-se 460 grammas de farinha de trigo, pe
neirada, com um pouco de fermento, no dia seguinte
deita-se 3 libras de farinha de trigo, 12 ovos bem ba
tidos,
4 colheres de manteiga, 4 colheres de banha
fresca 1 pires bem cheio de assucar, meia chicara de
leite com sal. A massa deve ficar como po doce. O
forno regular, para assar devagar.
Po Doce
1 libra de farinha de trigo, fz-se o fermento e
no dia seguinte junta-se o mesmo a 3 libras de fa
rinha de trigo, peneirada. De*?e ser no outro dia, de
manhn, cedo, ao se juntar o fermento farinha, pe
um tanto, o sufficiente para borrifar, de gua morna
com sal, amassa-se, pe-se 4 ovos, 1 quarto de banha
fresca, cravo e canella em p, herva doce, meia libra
de assucar refinado e depois de tudo misturado e amas
sado,
sova-se muito, e sova-se os pesinhos um um,
faz-se em feitio de rosca tran ada ; preciso que a
massa no fique dura, abafa-se bem at ficarem bem
leves e crescidos. Vae ao forno em assadeiras untadas
de gordura e forradas de folhas de bananeira.
Biscoi to ou Sequi lho Fino
6 ovos, 4 sem clara, bate-se como para po de
loth com 250 grammas de assucar, bem batido junta-
se araruta aos poucos, e uma colher de manteiga, at
formar
massa de enrolar, ento deve pr os biscoitos
na assadeira untada de manteiga e polvilhada de trigo;
a massa muito seccante ; convm por no forno os
biscoitos quando promptos.
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R o s q u i n h a R e a l
9 ovos , 1 e meia libra de farinha de trigo, pe ne i
rada, que bate-se bem batidos os ovos, e jun ta-se a
farinha de trigo, pe se um pou co de fermento, mis
tura-se bem at desmanchar, um pouco de sal moidoquanto seja sufficiente : uma colher de manteiga, bem
misturado tudo e vae se dividindo a farinha, a massa
em peda os, sova-se e vae se fazendo as rosquinh a e
collocando n'um a meza forrada com uma toalha e dei
xa-se as rosqu inhas para crescer, duran te 2 hora s
Ento, atira-se as rosqu inhas n'agu a fervendo n'um
tacho,
vo ao fundo, e logo qu e chegu em tona d'a -
gua esto promptas, pe-se n'uma peneira para escor
rer e depo is arrum o-se em assadeiras e vo ao forno,
que no deve ser muito quen te, e deixa-se no fornobrando at abiscoitar.
B i s c o i t o d e
M i l h o , D o c e
2 pratos de fub de milho, pass ado em peneira
bem fina, 1 prato de po lvilho, coado , sal, 1 pra to de
gordu ra, raso, herva-do ce, 9 ovos, 5 sem clara assu
car refinado coado, qua nto ado ce, sovada a massa
vo os biscoitos ao forno quente em assadeira polvi-
lhada de trigo ou fub. D eve -se deixar os biscoitos
prompto algum tempo no forno para seccarem.
D o c e s
E s p e r a m a r i d o o u o v o s q u e i m a d o s
E' um doce que se faz ultima hora do jantar
e
o mais prompto.
Pe se ao fogo uma cassarola ou tachinh o com
meio kilo de assucar e uma chicara gra nde , d'agu a,
deixa-se formar uma calda grossa em ponto de pasta,
deita-se dentro canella e cravo, e fervendo pe -se-lhe
as 6 gemm as d 'ovo s e claras bem batidas, junto, mis
turado, deita-se na calda, e no se meche logo, deixa-
se ferver e vae-se viran do com a colhe r a t dar po nt o
que quando est secco e pe-se no prato.
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D o c e d e M a m o v e r d e
Rala-se os mames verdes, e deita-se a quantida
de de um prato dentro d'agua fervendo e espreme-se;
deita-se-lhe um prato bem cheio de assucar crystallisado
com um pou co d'agu a e vae ao fogo at dar po nto ,
app arec er o fundo do. tacho que est prom pto ; rolam-
se nas. mos em frma de bola e passa-se no assucar
cry stallisad o. Q ua nd o sahir do fogo deixa-se esfriar
para pode r fazer as bolas, e deixe-se temperar com
cravo e canella em pu quando se leva ao fogo para
dar o ponto .
D o c e s l i g e i r o s
Espumas f luctuanlcs
Bate-se 4 claras d'ov os bem batidas com o para
suspiro , at formar consistncia de um m onte por
exemplo; pe-se n'uma cassarola bem limpa ao fogo
1 garrafa de leite adocicado vontade e com casqui
nha de limo verde ou baunilha, conforme o paladar;
qu an do estiver fervendo o leite, deita-se-lhe de ntro
pelo tas da clara, e com uma e?pum adeira vira-se de
um lado para outro e vae-se tirando e collocando uma
a uma em um prato ou campoteira; depois, deixa-se
esfriar um po uc o o leite e desmanch a-se dentro 4
gem mas d'ov os e leva-se ao fogo para engrossar; fogo
brando, tendo-se o cuidado de no deixar talhar e
depois derrama-se sob re as claras para servir frio.
A P r a t i c a n t e
Bate-se 3 claras, com o para suspiro e junta-se as
gemmas, 6 colheres de assucar, 4 de farinha de trigo,
meia garrafa de leite, can ellae c ra vo . Pe-se ao fogo
um a frigideira com gordu ra, bem quente; deite-se den
tro o doc e e vae assar ao forno. Q uan do sahir do for
no deita-se-lhe uma colher de manteiga e 1 clice de
cognac.
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Coc adas ao so l , ou for no br ando , quas i f r io
Rala-se um coco , com limpeza, bem a lvo e m is-
tura-se-o 250 grammas de assucar crystallisado, ten
do o cuidado de pr o assucar, de menos; amassan
do com vagar o coco ao assucar, para que se pos sa
fazer as cocadas sem esborrachar. Se o dia est bo
nito,
pe-se ao sol para seccar; costuma-se pr alguns
pingos de limo no assucar. Tambm se pe estas co
cadas em obreia branca.
D a m a M i m o s a
Rala-se um coco e deita-se-lhe 100 grammas de
assucar crystallisado, 3 gemmas d'ovos, meia colher de
man teiga, que seja derretida e formam -se bo las emfrma de pyramide, tend o se forrado a assadeira com
trigo peneirado; depo is de untada, o trigo s uma
camada leve, arruma m -se distanciadas umas das outras
e vo assar n'um momento em forno forte.
A massa deve levar cravo em p e canella em p.
No se deixa seno amarella.
F l o r d e A l g o d o
Deita-se ao fogo um tacho e 1 e meio kilo de
assuca r crystallisado e gua sufficiente para formar
uma calda em ponto de fio, deita-se dentro cravo e
canella em pu e qua nd o a calda estiver prom pta
retira-se de dentro o cravo e cannella.
Separa-se 2 dzias de gemmas das claras, deixan
do-se junto as gem ma s algum as claras finas, as do fundo
do ovo, junta-se tambm duas gemmas de ovos de pato;
quando a calda estiver fervendo, vae-se-lhe deitando ou
entornando meia chicara (das de caf) do ovo dentro e
deixa-se cosinhar; cosida tira-se com uma espumadeira
para uma peneira m olhada. A calda d eve estar de
uma fervura forte e espumosa para se poder comear
a fazer as peas do do ce ; ao retirar cada uma de
dentro da calda preciso no momento deitar um
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pouco d'agua para no quebrar em pedaos a massa
do ovo.
Quando na peneira, enrola-se uma a uma com
doce de coco dentro, em ponto forte, que no alastre
e enroladas colloca-se no prato com graa. Quando
se puzer na calda, note-se bem, se o tacho fr largope-se uma separada da outra pela distancia para no
se pegarem- nem se envolverem.
M a g d a l e n a s
250 grammas de assucar, 200 de manteiga, 250
grammas de farinha de trigo peneirada, 8 ovos, raspa
de limo verde.
Deite-se os ovos e assucar numa cassarola, bate-
se e leva-se ao fogo brando sem cessar de bater.Estando consistente retira-se do fogo e continua-se a
bater at esfriar, juntando-se ento a raspa de limo.
Depois mistura-se lentamente a farinha com uma espu-
madeira e em seguida a manteiga fervendo, deita-se a
massa em uma assadeira untada e forrada com papel*
espalham-se amndoas picadas e assucar bastante, bor-
rifando por cima com gua. Cosinha-se em forno regu
lar; depois de frio, corta-se em fatias.
Cr e me Tu f o
6 ovos, meia garrafa de leite, uma colher de fa
rinha de trigo, assucar quanto adoce; pe-se, cravo e
canella ou outro qualquer tempero como casca de li
mo,
etc, e deita-se n'uma tigella ou prato fundo e vae
ao forno assar, ou em banho-maria com um texto de
brasas em cima. Quando prompto, frio arranja-se-lhe em
cima uma camada de um creme de chocolate frio.
S o n h o d e A m n d o a s
Pesam-se meio kilo de amndoas doces descascadas
soca-se em gral de mrmore com uma clara d'ovo, jun
ta-se-lhe pouco a pouco meio kilo de assucar refinado
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e a raspa da casca de limo, mistura-se em um alguidar
com 50 gram m as de famlia de trigo pene irada. Me
xe-se com 1 colher cc pu, amollecendo-se com claras
d'ovos. Cos.nna-se em forno regular; formas untadas
pequenas .
A m b r o s i a
Bate-se 6 claras d'ovos como para suspiro, junta-
se-lhe as gemmas, bate-se um pouco e junta-se canella
ou gua de flor, pouco.
Faz -se uma calda de meio. kilo de assu ca r e- uma
chicara (de ch ) de gua e qu and o estiver gro ssa, der
rama-se o leite e ovos de nt ro ; no se mexe se no
quando se verificar que est secando.
C a s a d i n h a
403 gram ma s de assuca r, 400 gra m m as de farinha
de trigo, 8 gemmas e 11 ovos inteiros, um pouco de
essncia de limo.
Deita-se o assucar e os ovos n'uma cassarola, ba-
tendo-se com um garfo ou vassoura de arame. Pe-se
depois ao fogo lindo, continuando-se a bater at ficar
bem consistente. Ch ega do a este pon to retira se do
fogo.
M a n u e s B a h i a n o s
12 ovos, 400 gram ma s de assucar, bate-se bem e
junte-se 200 gram m as de farinha de trigo, 1 prato raso
de queijo ralado, canella em p, uma colherinha.
Vae ao forno bem quente.
S o p a d e M a r m e l l o
12
marm ellos limpos e descascados , gua sufficiente,assucar q uan to ado ce, 1 colherinha de ma nteiga, 4 fa
tias de po; cravo e canella em pu, pe-se queijo em
pedacinhos ou ameixas pretas de lata.
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o/
P u d im S i c i l i a n o
Bate-se 6 gemmas d'ovos, bate-se bem com 400
grammas de assucar, em seguida pe-se 100 grammas
de manteiga 1 pires de queijo ralado, 4 colheres de fa
rinha de trigo, meio copo de leite, cravo em p, umapitada de canella em p. Meche-se tudo bem e assa-se
em forma untada de manteiga.
B i s c o u t i n h o s d e Al i c e
400 grammas de fub de arroz, 400 grammas
de araruta, passado em peneira fina, 250 grammas de
assucar, 250 grammas de manteiga, mistura-se tudo e
amassa-se com leite, quando estiver bem amassado e
bem macio, faz-se os biscoutos mimosos.
No leva ovos.
T r a n c i n h a s
Biscoi tos leves
400 grammas de trigo, 400 grammas de araruta 10
ovos, 100 grammas de manteiga. Amassa-se bem e faz-
se as trancinhas para ir para o forno em assadeiras.
Br o in h a s Mimo s a s
Para um prato fundo de fub, passado em peneira.
Deita-se leite fervendo com sal, quanto baste, e escal
da-se o fub. Amollece-se com ovos, 4, e1 colher de
manteiga, 1 copo de leite quanto chega para escal
dar o fub, 1 chicara de assucar.
Faz-se as broinhas n'uma tigellinha forrada de fub
seccopara no pegar; a massa na tigella. A massa
no deve ficar molle de mais.
Bolo de Nozes
Bate-se 6 ovos e 400 grammas de assucar, bem ba
tido,
junta-se 100 grammas de manteiga, 250 grammas
de farinha de trigo, torna-se a bater. Junta-se-lhe
ento 1 pires bem cheio de massa de nozes. As nozes
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so socadas e reduzidas a m assa. Vae ao forno assar.
Quando prompto pde-se glaar com suspiro, cobrindo
a superfcie do bolo.
E' questo de gosto.
B o l o d a s T r s I r m n s
Bate-se 500 gramm as de assucar, com 300 gram ma s
de man teiga, junta-se 6 ovo s, bate-se muito, deita-se
raspa de limo 1 colherinha, 1 colherinh a de byc arbo -
nato de soda, 1 dita de cremor, 1 pires de amndoas
socadas, em massa, 400 grammas de farinha de trigo.
Bate-se at formar olhos. Assa-se em formas untadas
de manteiga.
B i s c o u t o s d e M i l h o
1 prato de fub, passado em peneira, bem fino, 1
prato de araruta, 1 prato de polvilho, passado em pe
neira, 250 grammas de assucar, 100 grammas de man
teiga, uma chicara de ba nh a derretida, (de toucinho),
ovos quanto baste para a massa enrolar, herva doce.
Sova-se bem, enrola-se os biscoutos e vo assar em
forno quente.
B o l i n h o d e M i l h o
1 pires de fub, 1 pires de araruta, 4 ovo s, sendo
2 sem clara, 2 colheres de man teiga, 2 de go rdu ra.
Mistura-se e vae ao forno em formas.
B o l o d e A i p i m o u M a n