a linguagem sobrenatural de oracao

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A Linguagem Sobrenatural de Oração Pr. Luciano Subirá É proibida a reprodução deste material. Conteúdo disponível apenas para leitura... Uma das mais poderosas ferramentas de edificação que Deus deu ao seu povo é a linguagem sobrenatural de oração. Quando descobrirmos o investimento divino que há no falar em línguas e fizermos dele uma prática diárias, seremos levados a uma nova dimensão de vida no Espírito. Nada do que Deus nos dá é em vão. Contudo, a maioria dos cristãos ignora o valor da linguagem de oração no Espírito Santo. Neste livro você poderá compreender mais acerca das verdades que envolvem esta preciosa manifestação espiritual. Dedicatória Dedico este livro àqueles que Deus usou em minha vida para trazer luz num dos assuntos que mais me influenciaram (e revolucionaram) até hoje: Dave Roberson e Bernardo Snelgrove - do ministério Verdade Viva; e Harold McLaryea, amigo e companheiro desde o começo da minha caminhada ministerial. Só o Senhor poderá recompensá-los! ÍNDICE: 01 Uma ferramenta de edificação 02 Os diferentes tipo de línguas 03 É para todos? 04 Uma linguagem de oração 05 Os benefícios 06 O conhecimento revelado 07 Edificação da fé 08 Orando a vontade de Deus 09 Sensibilidade espiritual 10 Vencendo a carne 11 O perfeito louvor 12 Intercessão 13 Mantendo a lâmpada acesa 14 A prática 15 Uso & abuso 16 Como receber

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  • A Linguagem Sobrenatural de Orao Pr. Luciano Subir proibida a reproduo deste material. Contedo disponvel apenas para leitura... Uma das mais poderosas ferramentas de edificao que Deus deu ao seu povo a linguagem sobrenatural de orao. Quando descobrirmos o investimento divino que h no falar em lnguas e fizermos dele uma prtica dirias, seremos levados a uma nova dimenso de vida no Esprito. Nada do que Deus nos d em vo. Contudo, a maioria dos cristos ignora o valor da linguagem de orao no Esprito Santo. Neste livro voc poder compreender mais acerca das verdades que envolvem esta preciosa manifestao espiritual. Dedicatria Dedico este livro queles que Deus usou em minha vida para trazer luz num dos assuntos que mais me influenciaram (e revolucionaram) at hoje: Dave Roberson e Bernardo Snelgrove - do ministrio Verdade Viva; e Harold McLaryea, amigo e companheiro desde o comeo da minha caminhada ministerial. S o Senhor poder recompens-los! NDICE: 01 Uma ferramenta de edificao 02 Os diferentes tipo de lnguas 03 para todos? 04 Uma linguagem de orao 05 Os benefcios 06 O conhecimento revelado 07 Edificao da f 08 Orando a vontade de Deus 09 Sensibilidade espiritual 10 Vencendo a carne 11 O perfeito louvor 12 Intercesso 13 Mantendo a lmpada acesa 14 A prtica 15 Uso & abuso 16 Como receber

  • Copyright 1998 - Luciano P. Subir - 1a Edio Todos os textos bblicos foram extrados da verso Revisada da traduo de Joo Ferreira de Almeida, da Imprensa Bblica Brasileira/Juerp. 1 - "UMA FERRAMENTA DE EDIFICAO" "Se estiver embotado o ferro, e no se afiar o corte, ento se deve por mais fora; mas a sabedoria proveitosa para dar prosperidade." Eclesiastes 10:10. Quando o rei Salomo foi inspirado pelo Esprito Santo a escrever estas palavras, no nos deixou apenas um princpio natural, mas, paralelamente estabeleceu um fundamento espiritual. Assim como a sabedoria de afiar o corte do machado no rachar lenhas torna o trabalho mais eficaz, tambm h recursos espirituais que tornaro nosso andar em Deus mais frutfero. Se o machado de um lenhador encontra-se embotado, sem corte, ele tem que empreender muito mais fora e energia em seu trabalho, consumindo assim mais do seu tempo. Mas ao investir uma parte do seu tempo afiando o corte do machado, no fim ter economizado tempo e energia. A partir do momento que a ferramenta tem melhor corte, ser o corte que determinar o resultado, e no a fora do golpe na lenha. Resumindo: Se tentamos economizar o tempo que usaramos dando manuteno ferramenta, acabamos perdendo mais tempo ainda no trabalho que executamos. O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lio! Penso que a Igreja nunca esteve com o ferro to embotado nas questes espirituais como agora. Queremos fazer tudo no esforo da carne, na nossa dinmica e ativismo meramente naturais, e esquecemo-nos das palavras do profeta: "...No por fora nem por poder, mas pelo meu Esprito, diz o Senhor dos exrcitos." Zacarias 4:6b.

  • O que quero compartilhar com voc neste livro que h um afiador espiritual para as ferramentas que Deus nos deu; e podemos us-lo tanto no que diz respeito nossa vida crist pessoal como tambm no ministrio: O FALAR EM LNGUAS! Reconheo este ensino como uma das coisas que mais afetaram minha vida e ministrio at hoje. E quando olho para os que tambm o tem praticado e vejo os mesmos resultados em suas vidas, s consigo ver um nico interessado em que ele no seja divulgado: Satans, nosso adversrio. O nico que ganha cada vez que se polemiza este assunto ele; mas o Senhor colocar todo engano maligno por terra! E esta mensagem ter um papel significativo no preparo do Corpo de Cristo para o grande avivamento que est por vir. Nada do que Deus nos d intil. E com o falar em lnguas no diferente. No recebemos do Senhor to preciosa ferramenta toa, devemos utiliza-la de maneira consciente e proposital, usufruindo assim de seus benefcios. O falar em lnguas a linguagem sobrenatural de orao do Esprito Santo; se a orao algo que j vimos como poderosa e essencial na vida do crente, o que no dizer da orao no Esprito? O PROPSITO Infelizmente, o propsito das lnguas no tem sido entendido e temos perdido o melhor de Deus. Estamos nos aproximando da virada do sculo, quase cem anos depois do que tornou-se mundialmente conhecido como o "Avivamento da Rua Azuza", onde a prtica do falar em lnguas foi definitivamente restaurada na vida da igreja; mas vejo que no amadurecemos muito nesta rea. A experincia espalhou-se por todo o mundo porque Deus fez com que isto acontecesse; mas e quanto nossa parte? Ser que entendemos o propsito de Deus em relao ao falar em lnguas? Ser que estamos usando devidamente aquilo que o Pai Celeste nos deu? Entre muitos evanglicos o falar em lnguas virou um sinal de "espiritualidade", o meio de se saber quem so "os melhores". S que isto no passa de infantilidade e ignorncia, uma vez que o falar em lnguas em si no indica o menor sinal de maturidade na vida crist; o uso devido e contnuo delas que nos conduzir at l!

  • A definio costumeira do que o falar em lnguas, a de que ele a evidncia do batismo no Esprito Santo. Mas isto limitar o que Deus planejou. Ao olhar para o falar em lnguas somente como evidncia do batismo no Esprito, estamos perdendo, pois as lnguas so muito mais que isto! Considere o seguinte: quando tomamos banho, samos molhados do chuveiro. E a gua em nosso corpo uma evidncia de que tomamos banho. Mas no por causa disto que vamos definir a gua como "a evidncia do banho"... A gua muito mais do que isto. Sua utilidade e definio se estende a tantas outras reas! Da mesma forma com o falar em lnguas. No porque seja a evidncia fsica inicial do batismo no Esprito Santo, que ser somente isto. A promessa de Jesus no termina no dia do batismo no Esprito, apenas se inicia como uma evidncia deste e ento se estende a outras reas como a edificao espiritual. Pois como escreveu o apstolo Paulo: "...o que fala em lnguas edifica-se a si mesmo" (I Co.14:4a). O propsito de Deus no era o de nos rotularmos com este ou aquele ttulo por falarmos ou no em lnguas. No era o de falarmos em lnguas quando recebemos o batismo no Esprito para ento no voltar a faze-lo nunca mais. O livro de Atos diz que em Pentecostes, eles COMEARAM a falar em lnguas. Isto significa que daquele dia em diante eles usariam o que Deus lhes dera! O que eles receberam no dia de Pentecostes era apenas o comeo de uma nova dimenso de edificao pessoal. Quando a Igreja de Jesus Cristo compreender e praticar o verdadeiro propsito de Deus para o falar em lnguas, conhecer a maior dimenso de uma vida no Esprito j desfrutada em todos os tempos! No entendo como as pessoas no conseguem ver propsito nesta prtica; nada, absolutamente nada do que Deus nos d em vo. O Senhor no nos daria algo s para dizer que deu; quando Ele o faz, tem em vista os benefcios daquilo; quer que cresamos, que avancemos na f. E exatamente isto que quero enfatizar; o falar em lnguas deve ser usado dia aps dia, pois aquilo que Deus o deu para ser usado. O falar em lnguas uma linguagem de orao, que deve ser distinguida do dom de variedade de lnguas, e a porta de entrada para uma vida intensa no Esprito.

  • 2 - "DIFERENTES TIPOS DE LNGUAS" Numa loja de calados encontramos diferentes tipos de calados: esportivos e sociais; masculinos e femininos; modelos grandes e pequenos. O fato serem todos calados no quer dizer que sejam iguais entre si. H diferenas entre eles. Diferena de tamanho, material empregado, de modelo; as diferenas variam de acordo com a finalidade de cada um. Com o falar em lnguas, no diferente. Deus estabeleceu tipos diversos, que operam de forma distintas para atingir fins distintos. No podemos usar os textos do falar em lnguas como se falasse de uma s manifestao. Isto s gera confuso, e na verdade exatamente o que tem ocorrido nas igrejas em geral. H trs tipos distintos da manifestao do falar em lnguas no Novo Testamento: 1 - a orao em lnguas; 2 - o dom de variedade de lnguas; 3 - lnguas como sinal aos incrdulos. A carta de Paulo aos Corntios no foi escrita com o propsito de ensinar sistematicamente nenhuma doutrina, mas sim para corrigir aqueles irmos em reas em que j haviam recebido ensino. Quando o apstolo esclarece algumas questes, est apenas tocando em detalhes de um assunto que, em linhas gerais j era conhecido. Portanto, os tipos do falar em lnguas no so claramente diferenciados, mas percebidos dentro do contexto. No clssico captulo do falar em lnguas, Paulo nos mostra as diferentes manifestaes do falar em lnguas: "Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em lngua no fala aos homens, mas a Deus; pois ningum o entende; porque em esprito fala mistrios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificao, exortao e consolao. O que fala em lngua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Ora, quero que todos vs faleis em lnguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza maior do que aquele que fala em lnguas, a no ser que tambm interprete para que a igreja receba edificao". - I Corntios 14:1-5

  • Qual a nfase principal do apstolo, nestes versculos ? Ele compara duas manifestaes do Esprito Santo: o falar em lnguas e o profetizar. E ento estabelece os contrastes entre uma manifestao e outra. Ele declara no versculo dois que o que fala em lnguas no fala ao homem, mas a Deus; por outro lado, temos como subentendido que a profecia justamente o oposto, pois nela Deus que fala ao homem. Depois, ainda no versculo dois, ele diz que ningum entende o falar em lnguas; mas deixa claro no versculo quatro que a profecia todos entendem, onde mais uma vez vemos o quanto so distintas. Finalmente, no versculo quatro ele contrasta o falar em lnguas com a profecia ao mostrar o nvel de edificao que cada um produz. Todos os contrastes esto resumidos no quadro abaixo: LNGUAS PROFECIA 1- O homem fala a Deus (v.2) 1 Deus fala aos homens (v.3) 2 Ningum entende (v.2) 2 Todos entendem (v.4) 3 Edificao pessoal (v.3) 3 Edificao coletiva (v.4 Observando as distines estabelecidas por Paulo nos versculos acima, podemos afirmar taxativamente que no h qualquer semelhana entre o falar em lnguas e o profetizar, salvo o fato de serem ambos uma fala inspirada pelo Esprito Santo de Deus. Estamos destacando as distines entre o falar em lnguas e o profetizar por uma nica razo: no versculo 5, Paulo diz que lnguas com interpretao equivalente profecia. Ou seja, h um aspecto do falar em lnguas totalmente oposto profecia, e outro igual a ela; logo, so diferentes entre si. Nesta comparao feita pelo apstolo podemos perceber que se tratam de dois tipos distintos do falar em lnguas. As lnguas SEM interpretao so exatamente o oposto do profetizar. J as lnguas COM interpretao, so o mesmo que a profecia. Se no reconhecermos as distines entre os dois aspectos do falar em lnguas (sem e com interpretao), teremos ento uma grande incoerncia.

  • Fazendo um novo quadro comparativo das distines entre lnguas e profecia, e trocando o ttulo "profetizar" por "lnguas com interpretao", fica clara a diferena entre estes dois tipos do falar em lnguas. Lnguas SEM interpretao Lnguas COM interpretao O homem fala a Deus Deus fala aos homens Ningum entende Todos entendem Edificao pessoal Edificao coletiva Quero estabelecer termos diferentes para as manifestaes das lnguas sem e com interpretao, ligados ao seu propsito distinto: "Se algum falar em lngua, faa-se isso por dois, ou quando muito trs, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se no houver intrprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus." - I Corntios 14:27 e 28. Nas lnguas sem interpretao, o homem fala a Deus, portanto, uma linguagem de orao. Em I Corntios 14:14, o escritor diz: "Se eu orar em lnguas...", mostrando ser o falar em lnguas ento uma linguagem de orao, razo pela qual estaremos denominando as lnguas sem interpretao como: "orao em lnguas". As lnguas com interpretao, no so uma linguagem de orao para edificao pessoal, e sim uma mensagem para a edificao da Igreja. a manifestao de um dos nove dons do Esprito Santo alistado em I Corntios 12:10; portanto, denominaremos este outro tipo do falar em lnguas com o mesmo ttulo constante nas Escrituras: "variedade de lnguas". Mas h ainda um terceiro aspecto mencionado por Paulo no captulo 14 de Primeira aos Corntios: "Est escrito na lei: Por homens de outras lnguas e por lbios de estrangeiros falarei a este povo; e nem assim me ouviro, diz o Senhor. De modo que as lnguas so um sinal, no para os crentes, mas para os incrdulos; a profecia, porm, no sinal para os incrdulos, mas para os crentes." - I Corntios 14:21,22 Aqui temos outro aspecto das lnguas que denominaremos como "sinal aos incrdulos". No uma meno da orao em lnguas que se dirige

  • a Deus e nem tampouco da variedade de lnguas que se dirige Igreja. Trata-se de um aspecto distinto dos demais; e encontramos um exemplo bblico desta manifestao logo no incio de Atos dos Apstolos: "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do cu um rudo, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas lnguas como que de fogo, que se distribuam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Esprito Santo, e comearam a falar noutras lnguas, conforme o Esprito lhes concedia que falassem. Habitavam ento em Jerusalm judeus, homens piedosos, de todas as naes que h debaixo do cu. Ouvindo-se, pois, aquele rudo, ajuntou-se a multido; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua prpria lngua. E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois qu! no so galileus todos esses que esto falando? Como , pois, que os ouvimos falar cada um na prpria lngua em que nascemos? Ns, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotmia, a Judia e a Capadcia, o Ponto e a sia, a Frgia e a Panflia, o Egito e as partes da Lbia prximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como proslitos, cretenses e rabes - ouvmo-los em nossas lnguas, falar das grandezas de Deus. E todos pasmavam e estavam perplexos, dizendo uns aos outros: Que quer dizer isto?" - Atos 2:1-13 O que exatamente aconteceu nesse dia? Crentes cheios do Esprito Santo falaram - sem possurem esse conhecimento - em lnguas conhecidas de vrios povos que se encontravam em Jerusalm por ocasio da Festa do Pentecostes. Foi algo to forte para aqueles homens, que quando Pedro pregou-lhes o

  • arrependimento, cerca de 3.000 almas renderam-se a Cristo. Isto foi um sinal aos incrdulos! Devido a expresso usada no v.6: "porque cada um os ouvia falar na sua prpria lngua", tem-se perguntado se foram os discpulos que falaram essas lnguas conhecidas desses povos, ou se, falando em lnguas desconhecidas, Deus fez com que aqueles homens ouvissem sua prpria lngua. Porm, uma coisa no se discute: foi um sinal aos incrdulos. Neste tipo de manifestao creio que podem acontecer as duas coisas. O Esprito Santo pode operar o milagre fazendo algum falar ou ouvir. Embora pessoalmente eu creia que eles realmente falaram nestas lnguas, sei que as duas manifestaes existem pelas experincias que tem acontecido a ministrios que conheci. O irmo Dave Roberson, relata em seu livro* "Andando no Esprito", ter passado pelas duas experincias. Em uma ocasio estava presente em suas reunies um francs, usando um interprete ao lado, uma vez que o irmo Dave prega em ingls. Mas repentinamente, em meio a ministrao, o homem rejeitou o servio do interprete porque comeou a ouvir a mensagem em francs, embora todo o restante do auditrio o tenha ouvido em ingls! Numa outra ocasio, pregando num programa de televiso, o Esprito Santo o moveu a falar em lnguas, e ao faze-lo, falou em alemo e moradores de uma colnia alem que o ouviam foram tocados! O importante, porm, ressaltar que tanto em uma como outra experincia, foi um sinal que Deus evidenciou. Tive o privilgio de ouvir o pastor Samuel de Souza, da Igreja Nova Aliana de Londrina, partilhar uma doce experincia vivida no muito depois de ser batizado no Esprito Santo, no incio de sua vida crist. Samuel contou-me que nesta poca trabalhava dando assistncia tcnica para aparelhos de rdio e televiso, e que tinha por costume levar em sua pasta de ferramentas a sua Bblia. Certo dia, chegando casa de um cliente, tirou sua Bblia da pasta e colocou-a sobre a mesa; pegou suas ferramentas, fez o servio e na hora de sair, o dono da casa que havia reparado na Bblia, perguntou-lhe o que aquele livro significava para ele. De pronto, nosso irmo aproveitou a deixa, e testemunhou-lhe sobre sua experincia com Jesus, o que deixou o homem admirado, mas sem nada falar; foi quando

  • Samuel ofereceu-se para orar por ele e sua casa e obteve consentimento. No instante em que orava, um forte impulso para orar em lnguas veio sobre ele; era quase irresistvel, e ele orou mesmo em lnguas na frente daquele homem por cerca de trs a quatro minutos. Terminada a orao, aquele senhor, emocionado, perguntou se Samuel era judeu, e custou-lhe convencer o homem que no, uma vez que lhe entregara uma palavra em hebraico fluente, com o detalhe de trazer includo na mensagem at mesmo o sotaque da regio de onde ele viera... Glria a Deus! O Senhor pode fazer tanto algum falar na lngua do incrdulo, como tambm fazer com que o incrdulo oua. Frederico Barros, um dos pastores da Comunidade Crist de Curitiba, narrou-me uma experincia que viveu logo no incio de sua converso e que demonstra a realidade do que estamos dizendo. Fred foi hippie at a sua converso, que aconteceu numa de suas viagens quando ele comprou uma Bblia e decidiu l-la, o que culminou no seu encontro com Jesus, sozinho, numa aldeia de pescadores l no nordeste do pas. Recm nascido de novo, ele encontrou nesta mesma aldeia um hippie francs; o homem no falava uma palavra em portugus, e tentou usar um livreto de frases traduzidas para o portugus, mas no foi bem sucedido. Mais tarde, enquanto Fred estava silencioso e pensativo, o francs apontou para a Bblia grande na mochila do Fred e perguntou em francs: - "Voc carrega esta Bblia para pagar alguma promessa"? Fred entendeu em portugus, e por vrios minutos falou para aquele hippie acerca de sua experincia com Cristo. Enquanto um falava francs o outro entendia portugus e vice-versa. Somente depois de ter relatado todo o seu encontro com Jesus, Fred caiu em si e percebeu o que estava ocorrendo. Conta que sentiu sua lngua enrolar e j no pde se comunicar mais, e que o hippie francs ficou muito tocado com que aconteceu, e sem meios de voltar a comunicar-se. Vemos, portanto, que as lnguas como sinal aos incrdulos so diferentes dos outros aspectos do falar em lnguas. Comparemos num novo quadro as caractersticas de cada um destes trs tipos distintos das lnguas:

  • ORAO EM LNGUAS VARIEDADE DE

    LNGUAS SINAL AOS INCRDULOS

    O homem fala a Deus Deus fala ao homem O homem fala de Deus a outro homem

    Edificao pessoal Edificao coletiva Edificao de terceiros

    Ningum entende Todos entendem S quem recebe a mensagem entende

    semelhana dos calados, que genericamente recebem um mesmo ttulo, mas diferem nos seus tipos, assim tambm so as diferentes manifestaes do falar em lnguas, que apesar de receber uma mesma denominao genrica, devem ser diferenciadas pelos seus diferentes propsitos. Se considerarmos a distino que h entre cada um dos trs aspectos, e procurarmos entender as passagens bblicas observando qual das manifestaes do falar em lnguas est sendo abordada, para ento sabermos quais as regras que se aplicam a ela, escaparemos ento das confuses doutrinrias. Este um dos passos mais importantes para podermos compreender mais profundamente a linguagem sobrenatural de orao do Esprito Santo. 3 - " PARA TODOS ?" Durante muito tempo, os pentecostais enfrentaram imensa resistncia por parte dos demais evanglicos devido ao falar em lnguas, uma vez que foram neste sculo o instrumento usado por Deus para a restaurao desta manifestao como prtica na vida do crente. At no muito tempo atrs, as questes que geravam grandes debates e discusses eram se o falar em lnguas era ou no de Deus, e se era ou no para os dias de hoje. A discusso girava em torno da autenticidade e contemporaneidade das lnguas. Mas atualmente vivemos um derramar to intenso do Esprito de Deus, que tal como profetizado por Joel, toda carne tem estado debaixo das chuvas celestiais; todas as denominaes histricas e tradicionais esto sob este derramar! No h uma igreja sequer, seja batista, presbiteriana, luterana, e at mesmo catlica, onde no se oua de pessoas que tenham provado a doce linguagem celestial. Hoje tudo j bem diferente de quando se iniciou o movimento pentecostal, e as

  • lnguas eram motivo de escndalo; agora esta manifestao vivida em toda parte. Em nossos dias a polmica outra. J no versa sobre a autenticidade e contemporaneidade, ou mesmo o valor da experincia. Que se trata de uma manifestao divina para os crentes destes dias, praticamente nem se discute mais. Mas uma nova pergunta tem sido feita: - "O falar em lnguas para todo o crente, ou no?" Diante deste questionamento os telogos, pregadores e estudantes da Bblia , seguidos de um sem nmero de leigos, dividem-se em dois grupos. De um lado temos os que podem defender com unhas e dentes a idia de que seja para todos. De outro, temos os que com dentes e unhas, rejeitam tal possibilidade. E o interessante que se voc ouve a argumentao e exposio bblica de uma parte, voc lhe d todo crdito e acaba dizendo: " isso a. Est certo. por a mesmo." Mas se voc ouve a outra parte tambm acaba convencendo-se de que esto com a razo Se a verdade uma s, quem est errado? Na verdade, ambos tem incorrido em erro. A verdade que at hoje, nenhum dos dois pontos de vista tinha a razo. O prprio fato de um no conseguir responder ao questionamento do outro, j indica a falta de consistncia do que se pensa ser a verdade. Toda verdade passvel de documentao e prova; no h verdade que seja insustentvel diante do que se lhe ope. A verdade prevalece sobre o engano, pois justamente ao oposto deste ela coerente, e no se contradiz. O que tem acontecido at hoje, ento? Cada um dos grupos defendia sua opinio sem considerar os diferentes tipos de lnguas! Tentavam explicar versculos que referiam-se a um tipo especfico do falar em lnguas, como se aquilo falasse dos demais aspectos das lnguas. Como j vimos, os diferentes tipos operam por diferentes meios e atingem diferentes fins; no podemos mistur-los em hiptese alguma! Quando falamos de esportes, usando este termo genrico, no podemos perder de vista que h diferentes tipos de esporte. No caso do vlei e do basquete, por exemplo, pode at haver semelhanas, como o jogarem a bola com as mos, mas so regras completamente diferentes! No h como jogar um com as regras de outro; se as misturarmos, no fim no teremos nem uma coisa nem outra. Assim tambm com o falar em

  • lnguas. Contudo, cada um dos dois grupos com pontos de vista diferentes, nunca consideraram os diferentes tipos de lnguas, talvez por nem sequer t-los enxergado nas Escrituras. CONFRONTANDO OS ARGUMENTOS Antes de respondermos se o falar em lnguas ou no para todos, queremos confrontar os argumentos dos dois grupos, analisando os textos bblicos que usam. Isto indispensvel, uma vez que telogos "em confronto" se parecem muito com alguns casais que aconselho na igreja; s vezes h muita conversa, mas pouca comunicao. O que um fala no entendido da devida forma pelo outro lado, e vice-versa. Minha esposa e eu sempre comentamos quando vamos ouvir um casal em conflito: "agora cada um ter cem por cento de razo". algo mais ou menos assim: voc ouve um e ele tem razo. Depois ouve outro e ele tambm tem razo. Como pode ser assim? Na verdade, o erro est quase sempre dos dois lados, mas como possuem ticas diferentes de uma mesma coisa, no chegaro a um acordo. E se na hora do aconselhamento no trabalharmos a comunicao, que exatamente conseguir que se transmita ao outro o seu ponto de vista, no conseguiremos ajud-los. Porm, isto envolve discusso; no simples. Envolve ouvir e ser ouvido. Repassar vrias vezes um mesmo ponto at que se chegue a um denominador comum. Queremos, portanto, confrontar o ponto de vista dos que crem ser o falar em lnguas para todos com o dos que no crem que seja para todos; vejamo-los: PARA TODOS H dois textos que usam para fundamentar esta viso: Marcos 16:17 e I Corntios 14:5. Observe o raciocnio: "E estes sinais acompanharo aos que crerem; em meu nome expulsaro demnios; falaro novas lnguas." - Marcos 16:17. V-se aqui, que mesmo antes do dia de Pentecostes, Jesus j havia prometido esta manifestao. E a quem Ele prometeu? A resposta : aos que crerem. E quem, exatamente, so estas pessoas?

  • Para compreendermos isto, temos que observar o contexto; veja os versculos anteriores: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer [no evangelho] e for batizado, ser salvo; mas quem no crer ser condenado." - Marcos 16:15,16. O Senhor Jesus est falando acerca daqueles que creriam no evangelho que ele mandou pregar e seriam salvos; ou seja: a todo crente. No se trata de quem cr na manifestao especfica do falar em lnguas, mas sim no evangelho e na pessoa de Cristo. Isto parece bem claro. Vejamos agora o outro texto: "Ora, quero que todos vs faleis em lnguas, mas muito mais que profetizeis..." - I Corntios 14:5 A expresso "quero que todos" a base da interpretao deste grupo. Afirmam que Paulo jamais diria querer que todos falassem em lnguas se este benefcio no estivesse disposio de todos. A verso Contempornea de Almeida, expressa esta frase assim: "eu gostaria que"; enquanto a verso Atualizada diz: "eu quisera que"; como se Paulo realmente quisesse que eles falassem mas no necessariamente fosse possvel. Contudo, as verses Corrigida e Revisada de Almeida, e a verso portuguesa de Figueiredo, traduzem esta frase no tempo presente: "quero". As tradues de Matos Soares, a de Mateus Hoepers e a da Bblia de Jerusalm, trazem a palavra "desejo", sinnimo de quero, e tambm no tempo presente. No parece duvidoso que o apstolo Paulo realmente tenha intentado dizer que o que ele realmente desejava, era que todos falassem em lnguas. E se ele de fato queria, a concluso no pode ser outra a no ser a de que realmente esta manifestao encontra-se ao alcance de todos. Agora passemos ao outro grupo: NEM TODOS "E a uns ps Deus na igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de lnguas.

  • Porventura so todos apstolos? so todos profetas? so todos mestres? so todos operadores de milagres? Todos tm dons de curar? falam todos em lnguas? interpretam todos?" I Corntios 12:28-30. O escritor est dizendo que Deus distribuiu funes diferentes aos membros do Corpo de Cristo, de modo que um recebe algo especfico da parte de Deus e outro recebe algo diferente, que faz com que o Corpo se complete. Ento ele questiona se so todos que fluiro num mesmo ministrio ou dom, e medida que pergunta, a resposta inferida para cada pergunta "no". Nos versculos anteriores, Paulo havia estabelecido um paralelo entre o Corpo de Cristo e o corpo humano, perguntando se todos podiam ser olhos, ou ouvidos, ou bocas, e a resposta no, pois o corpo se completa nas diferenas e no na repetio dos dons e ministrios. Olhando por este prisma, fica clara a interpretao apresentada, no mesmo? Para a pergunta feita no versculo trinta, se todos falam em lnguas, a resposta implcita negativa. CONTRADIO Como j afirmei, se voc examina apenas o raciocnio de uma das duas ticas de interpretao, cr que ela est certa. Depois, se voc muda de lado, pensa a mesma coisa! Obviamente, a verdade no se contradiz. Conclumos ento que, embora o raciocnio de interpretao de cada grupo parea certo, falta-lhes algo que prove que a interpretao contrria esteja errada; porque apenas defender um versculo declarando o que ele diz, no suficiente se voc no explica outro que parea contradiz-lo. E nenhum dos dois grupos oferece uma resposta clara para o outro. A ponte que falta para as duas interpretaes, entender que existe tipos diferentes do falar em lnguas e procurar examinar e compreender QUAL TIPO de lnguas est em questo em cada texto utilizado. O fato que cada interpretao est enfocando um aspecto diferente da linguagem sobrenatural do Esprito Santo; h um tipo que para todos e se encaixa perfeitamente nos textos que o grupo "para todos" est analisando, enquanto que h outro tipo que no para todos e o grupo que o analisa enxergou o claro fato de que ele assim apresentado. Mas

  • o que ambos no notaram , que misturaram os diferentes tipos como se fosse uma s coisa! Lembre-se: no h como comparar vlei e basquete e querer igualdade; vlei vlei e basquete basquete. So esportes diferentes; portanto, regras diferentes. DISTINGUINDO OS TIPOS Reexaminando o enfoque de cada grupo, podemos perceber qual o tipo de lnguas que era analisado. Ento saberemos qual est disposio de todos e qual no est. PARA TODOS: Como j mencionado, h uma comparao estabelecida entre o falar em lnguas e o profetizar nos cinco primeiros versculos deste captulo, e esta diferena concluda neste versculo 5. Ao afirmar que quem fala em lnguas edifica-se a si mesmo, enquanto que quem profetiza edifica toda a igreja, o escritor conclui da seguinte forma: "quem profetiza maior do que o que fala em lnguas". Mas quando h interpretao das lnguas, ento ela eqivale profecia. Neste versculo, ele deixa bem claro a existncia de dois distintos tipos de lnguas: SEM interpretao - menor que a profecia; COM interpretao - igual profecia. No momento em que ele diz "quero que todos vs faleis em lnguas", refere-se s lnguas SEM interpretao, que diferente da profecia; percebemos isto em duas expresses: "...mas muito mais que profetizeis..." "...a no ser que tambm interprete..." V-se de forma clara que, neste caso, Paulo no se refere s lnguas com interpretao (Variedade de Lnguas), mas sim s lnguas para edificao pessoal, que denominamos orao no Esprito. Esta sim pode ser classificada como disponvel a todos.

  • PARA ALGUNS: "E a uns ps Deus na igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de lnguas. Porventura so todos apstolos? so todos profetas? so todos mestres? so todos operadores de milagres? Todos tm dons de curar? falam todos em lnguas? interpretam todos?" - I Corntios 12:28-30. Em I Corntios 12:28, Paulo alista os ministrios e dons que Deus distribuiu, e depois pergunta se so para todos, inferindo que no. Ao perguntar se cada cristo pode experimentar todas estas manifestaes, o apstolo usa a expresso Variedade de Lnguas, a mesma que empregada em I Co.12:10 quando ele fala dos nove dons do Esprito Santo. Portanto, quero deixar bem claro que aqui se trata de um outro tipo de lnguas, a que seguida de interpretao. Pois quando Paulo alista primeiramente os dons e ministrios no v.28, ele apenas fala sobre variedade de lnguas, sem mencionar o dom de interpretao. Mas na hora de perguntar se todos falam em lnguas, ele acrescenta: "interpretam todos?", deixando ntido e cristalino o conceito de que quando se fala de Dom de Variedade de Lnguas, subentende-se que a interpretao a acompanha, pois s assim que a igreja edificada. Observe que o dom de variedade de lnguas foi dado, como todos os demais, PARA PROVEITO COMUM (I Co.12:7); ou seja: para a edificao de todos. Este dom s estar em operao na igreja, quando houver junto a interpretao, e se no houver, no se trata do dom de variedade de lnguas, e sim da linguagem pessoal de orao no esprito. E este dom no para todos, como nenhum outro dos dons espirituais alistados em I Co.12:8-10 so para todos. Este grupo analisa, portanto, um tipo diferente de lnguas que o primeiro grupo analisa. Vou ser repetitivo: Paulo est falando de manifestaes que abenoam a igreja e menciona o falar em lnguas, portanto s pode estar referindo-se s lnguas COM interpretao, uma vez que desprovida desta, as lnguas no tem valor coletivo algum:

  • "E agora, irmos, se eu for ter convosco falando em lnguas, de que vos aproveitarei, se vos no falar ou por meio de revelao, ou de cincia, ou de profecia, ou de doutrina? Ora, at as coisas inanimadas, que emitem som, seja flauta, seja ctara, se no formarem sons distintos, como se conhecer o que se toca na flauta ou na ctara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparar para a batalha? Assim tambm vs, se com a lngua no pronunciardes palavras bem inteligveis, como se entender o que se diz? porque estareis como que falando ao ar." -I Corntios 14:6-9. O povo no receber edificao alguma, a menos que haja interpretao: "Se, pois, eu no souber o sentido da voz, serei estrangeiro para aquele que fala, e o que fala ser estrangeiro para mim. Assim tambm vs, j que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificao da igreja. Por isso, o que fala em lngua, ore para que a possa interpretar." - I Corntios 14:11-13 O que se enfatiza neste captulo 14, que as lnguas sem interpretao so para uso e benefcio pessoal, enquanto que as lnguas com interpretao servem toda a igreja. bem clara esta distino no comportamento e aproveitamento que se tem com cada uma delas: "Se algum falar em lngua, faa-se isso por dois, ou quando muito trs, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se no houver intrprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus." - I Corntios 14:27,28. O uso das lnguas sem interpretao PESSOAL: "fale consigo mesmo e com Deus" (v.28). O uso das lnguas com interpretao COLETIVA: "para que a igreja receba edificao" (v.5).

  • H uma manifestao do falar em lnguas que Jesus prometeu a todo crente; no para edificao da igreja, mas pessoal. um BENEFCIO! E h uma outra manifestao das lnguas que um DOM DO ESPRITO SANTO para o proveito comum, no todo crente que a experimentar, mas neste caso poder ser til ao Corpo da mesma forma, fluindo em outro dom. Diferenciamos uma da outra ao observar se h ou no interpretao. Embora no seja o fato de haver ou no interpretao que se determine que tipo de lnguas se estar falando, mas o contrrio; o tipo de lngua que se est falando que gerar uma manifestao de interpretao ou no. Quando algum fala em lnguas para edificao pessoal, fala mistrios (segredos) e NINGUM ENTENDE. Creio que at mesmo o diabo os demnios ficam sem entender nada nesta hora. No h interpretao para este tipo de lnguas, se o Senhor falou que ningum entende, porque ningum entende mesmo. uma linha exclusiva com o Pai Celestial. SINAIS X DONS DO ESPRITO Sempre que ensino que a orao em lnguas diferente do dom de variedade de lnguas, alguns ficam confusos, e questionam: - "Mas no vem ambos do Esprito Santo? No so ambos uma ddiva do Pai Celeste?" Claro que sim! Mas h diferenas entre as manifestaes que vem do mesmo Deus; Jesus mencionou sinais que seguiriam todos os que nele cressem, e isto diferente dos dons espirituais. Compreendemos isto quando consideramos que entre estes sinais que o Senhor disse que nos seguiriam, est o da cura: "imporo as mos sobre os enfermos e os curaro"(Mc.16:18). E tal qual as lnguas, este sinal tambm para todo crente. Mas quando se trata dos dons do Esprito, lemos: "e a outro dons de curar"(I Co.12:9), e fica claro na Bblia que os dons de curar no so para todos (I Co.12:30). Agora veja outro exemplo: a f experimentada por aqueles que so salvos vem de Deus (Ef.2:8), todos os salvos tem esta f; Deus repartiu uma medida da f com cada um. Mas h uma manifestao do dom da f, um dos dons do Esprito, que no para todos: "a outro, no mesmo Esprito, a f"(I Co.12:9).

  • De igual modo, h um sinal que pode ser manifesto na vida de todo crente: "falaro novas lnguas"(Mc.16:17); mas h um dom do Esprito que no manifesto na vida de todos: "a outro, a variedade de lnguas" (I Co.2:10). No difcil compreender isto! Como crente em Jesus, voc tem direito de experimentar todos os sinais prometidos pelo Senhor em Marcos 16:17,18; voc pode orar por esta promessa e esperar seu PLENO cumprimento. Mas em relao aos dons espirituais, no adianta orar para que todos eles se manifestem em nossa vida, pois a Palavra clara: "Mas um s e o mesmo Esprito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer." - Corntios 12:11. Podemos orar buscando as manifestaes (I Co.12:31 e 14:1), mas no cabe a ns decidir o qu ou quanto experimentaremos. Os dons no so para medir o nvel de espiritualidade, so para o servio, para abenoar outras vidas; no servem para quem os experimenta, pois no so para edificao pessoal, e sim para o proveito comum. Assim, o que interessa que o crente flua nos dons, independentemente de em qual dom ele vai fluir. Se um cristo flui em um dom, outro flui em um dom diferente, e um terceiro flui num outro dom ainda, no podemos dizer que Deus est fazendo distino entre eles, uma vez que permitiu a cada um servir e fluir no Esprito. A forma como Deus os usa no interessa, o que interessa que os usa. Portanto, se um crente no flui no dom de variedade de lnguas, mas flui em qualquer dos outros dons, amm. Entretanto, se Deus desse a alguns o privilgio de edificarem-se a si mesmos com a linguagem de orao do Esprito Santo (alm de serem edificados pelos dons que fluem na igreja) e no colocasse o mesmo benefcio disposio de outro, estaria fazendo distino entre um e outro. S que Deus no faz acepo de pessoas! Em se tratando de benefcios, o que Ele concede a um, concede a todos. E, sem sombra de dvida, o falar em lnguas como linguagem de orao para edificao pessoal est ao alcance de todos, disponvel a todo o que cr em Jesus. E OS QUE NO FALAM ? Sei de pessoas que no crem que este benefcio esteja disposio de todos, argumentando que na experincia do dia-a-dia no vem todos

  • os crentes falando em lnguas. uma oposio muita fraca; o que estamos dizendo no que cada crente TENHA que falar em lnguas, mas que est disposio dele. So duas coisas diferentes. E como j dissemos, ningum menor na vida crist por no falar em lnguas, mas est deixando de utilizar uma ferramenta preciosa para o viver cristo. A salvao tambm oferecida a todos (I Jo.2:2), mas no experimentada por todos, uma vez que responsabilidade de cada um de ns busc-la. Nada do que o Senhor nos oferece automaticamente cumprido em ns. Temos que conhecer nossos direitos e busc-los at que os recebamos. Partindo da premissa que o Senhor no nos d nada que no seja til, ento Ele julga muito til o falar em lnguas. E se Ele julga til, quem somos ns para achar que no? Sei que muitos cristos que nunca falaram em lnguas vivem uma vida to mais santa, devotada ao Senhor, que muitos dos que falam. Porm, o inverso tambm verdade: h muitos cristos que falam em lnguas e que vivem uma vida to mais santa, consagrada, do que muitos cristos que nunca falaram em lnguas! E da? Isto no estatstica, e no serve para nada. preciso entender que no estamos falando sobre ser mais ou menos santo por causa de falar ou no em lnguas; estamos falando sobre experimentar uma ao ainda mais profunda do Esprito Santo atravs de uma prtica intensa da orao no esprito. Se quem no fala em lnguas j uma beno, pode ser mais ainda! Para que parar antes de utilizar todo potencial que temos em Deus? Amigo, por favor no se acomode, nem se justifique por ainda no falar em lnguas, uma vez que voc no obrigado a isto, e no pecado se no falar. Mas abra seu corao e mente para aquilo que o Senhor tem colocado sua disposio. 4 - "UMA LINGUAGEM DE ORAO" O falar em lnguas para edificao pessoal uma linguagem de orao. Paulo disse aos corntios que quem fala em lnguas no fala a homens, mas a Deus. Portanto, uma ligao direta com o cu, que revoluciona a vida de qualquer um que a pratique. H trs trechos bblicos que deixam bem claro isto. No primeiro texto, o apstolo fala claramente sobre ORAR em lnguas - em esprito. E mostra que uma perfeita linguagem de orao, onde somos levados a dar

  • bem as graas! o nosso prprio esprito, atravs do Esprito Santo em ns, falando com Deus em orao: "Porque se eu ORAR em lngua, o meu esprito ORA, sim, mas o meu entendimento fica infrutfero. Que fazer, pois? ORAREI com o esprito, mas tambm ORAREI com o entendimento; cantarei com o esprito, mas tambm cantarei com o entendimento. De outra maneira, se tu BENDISSERES com o esprito, como dir o amm sobre a tua AO DE GRAAS aquele que ocupa o lugar de indouto, visto que no sabe o que dizes? Porque realmente tu ds bem AS GRAAS, mas o outro no edificado." - I Corntios 14:14-17. No segundo texto, Paulo exorta os efsios a orar no Esprito, acrescentando que isto deve ser feito EM TODO TEMPO; ou seja: uma prtica de supremo valor na vida do cristo e no deve ser usada apenas ocasionalmente. Muitos cristos aprenderam que orar "em esprito", orar silenciosamente, consigo mesmo. Mas isto no orao no esprito, orao mental! Orar em esprito orar em lnguas, como est escrito: "se eu orar em lnguas, meu esprito ora" (I Co.14:14). Contudo, a orao no esprito no tem que necessariamente ser barulhenta; tanto pode ser em voz alta como tambm "falar consigo mesmo e com Deus" (I Co.14:28). "com toda a orao e splica ORANDO em todo tempo no Esprito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverana e splica, por todos os santos" - Efsios 6:18. No terceiro texto, Judas, irmo de Tiago e do Senhor Jesus, diz que devemos orar no Esprito Santo e afirma tambm que isto edifica nossa f. E ao usar o termo "Esprito Santo", ele est enfatizando que embora seja o nosso esprito orando em lnguas, pelo Esprito de Deus que isto acontece. "Mas vs, amados, edificando-vos sobre a vossa santssima f, ORANDO no Esprito Santo." - Judas 20. H uma parceria entre o Esprito Santo e o nosso prprio esprito neste tipo de orao:

  • "E todos ficaram cheios do Esprito Santo, e comearam a falar noutras lnguas, conforme o Esprito lhes concedia que falassem." - Atos 2:4. A inspirao vem do Esprito Santo; Ele quem concede a fala, a linguagem. No Ele quem fala, somos ns. Observe o sujeito da frase "comearam a falar"; o sujeito oculto "eles", ou seja, os irmos. No entanto no falavam algo de si mesmos, mas pela inspirao do Esprito. Estou dando nfase a isto porque necessrio entendermos que o falar em lnguas muito mais do que evidncia do batismo no Esprito; muito mais do que um "desabafo espiritual" quando voc sente a presena de Deus. uma LINGUAGEM SOBRENATURAL DE ORAO! o Ajudador orando atravs de voc. Enquanto acharmos que o uso das lnguas depende do Esprito Santo apenas, e no de quem fala, estaremos perdendo com isto. Deus nos deu uma linguagem de orao que pode ser acionada em qualquer hora e lugar. O ESPRITO NOS AJUDA A ORAR Enxergando estas coisas, torna-se mais fcil compreender o que Paulo escreveu aos romanos: "Tambm o Esprito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza, porque no sabemos orar como convm, mas o mesmo Esprito intercede por ns sobremaneira com gemidos inexprimveis." - Romanos 8:26 [Atualizada]. "E assim mesmo, o Esprito ajuda, tambm, a nossa fraqueza, porque no sabemos o que havemos de pedir como convm; mas o mesmo Esprito ora por ns com gemidos inexplicveis". - Romanos 8:26 [Figueiredo] Somos limitados na orao. No sabemos orar como convm, por isso necessitamos do auxlio do Esprito. A orao no Esprito Santo no apenas uma orao "mais fervorosa", ela uma linguagem sobrenatural, em novas lnguas concedidas pelo Esprito; sendo que s vezes pode ser que nem sequer haja uma linguagem, s gemidos inexprimveis. Temos um socorro celestial para a vida de orao: o Esprito Santo e sua linguagem de orao. Aleluia!

  • Ele intercede por ns! Isto no significa que Ele mexa sua boca como se brincasse com um fantoche ou agisse como ventrloquo com um boneco nas mos. No! A verdade que Ele nos AJUDA a orar, mas no ora em nosso lugar; uma obra de parceria e no de substituio. O Esprito de Deus no vai orar em seu lugar, voc ter que fazer sua parte! H tanta gente achando que quando Deus quiser podero voltar a falar em lnguas, no , e nunca foi assim! Se dependesse da vontade de Deus, estaramos orando no esprito sem cessar, pois em sua Palavra - que sua vontade revelada - lemos que devemos orar em todo tempo (Ef.6:18). O batismo no Esprito s o comeo; Atos 2:4 diz que os discpulos, naquele dia de Pentecostes, comearam a falar em outras lnguas... ou seja, o que havia iniciado-se ali deveria estender-se por toda a vida do crente. A orao faz parte da vida diria do cristo. Orar no s falar com Deus, pedindo-lhe algo; comunho. pedir, chorar, confessar, louvar, agradecer, abrir o corao, adorar, ouvir a Deus... comunho! Um crente que no ora, no tem intimidade com Deus. por isso que a Bblia diz: "orai sem cessar"(I Ts.5:17). Isto parece quase impossvel; afinal de contas no vivemos s para ficar orando. Precisamos trabalhar, cuidar de nossas vidas, famlias, trabalho, ministrio. So tantas coisas, tanta correria, que vivemos dizendo: "no tenho tempo para isto". Ser que no temos mesmo? ORAO ININTERRUPTA Deus sabe que voc tem que trabalhar, e Ele no contra isto, uma vez que foi Ele mesmo quem disse: "quem no trabalha, tambm no coma"(II Ts.3:10). O Pai celeste tambm sabe que voc tem que cuidar da famlia, e nunca ser contra isto, uma vez que foi Ele mesmo quem disse: "mas, se algum no cuida dos seus, e especialmente dos da sua famlia, tem negado a f e pior do que o incrdulo"(I Tm.5:8). No h como orar vinte e quatro horas por dia, vivendo s para isto, pois alm do cuidado com famlia e trabalho tambm precisamos dormir e descansar. E Deus tambm no contra isto uma vez que nos abenoa neste perodo, como est escrito: "pois ele supre aos seus amados enquanto dormem" (Sl.127:2).

  • O que vem a ser, portanto, orar sem cessar? manter um esprito de orao em todo o tempo, independente das atividades praticadas; trabalhar em esprito de orao, dar tempo a famlia e at mesmo ir dormir ao fim do dia, em esprito de orao. Embora no possamos tirar duas horas do emprego s para orar, podemos trabalhar oito com uma atitude de orao. Paulo escreveu aos efsios para que orassem "EM TODO TEMPO" no Esprito. Mas mesmo que orar sem cessar seja manter um contnuo esprito de orao, no podemos negar que embora mais acessvel do que orar vinte e quatro horas ao dia, ainda assim parece algo um tanto quanto distante. Como podemos praticar esta mandamento da Palavra? Orando no esprito! MENTE LIVRE A Bblia no diz que tenho que orar o tempo todo com a mente; ao contrrio, diz que TAMBM devo usar a mente, pois devo orar tambm com o esprito. Em tudo o que fazemos durante o decorrer do dia precisamos da mente e raciocnio, mas no do nosso esprito, uma vez que so atividades naturais e no espirituais. Por outro lado, para a orao que uma atividade espiritual, e no natural, precisamos do nosso esprito e no necessariamente da mente durante o tempo todo! Ento podemos usar nossa mente no trabalho enquanto nosso esprito envolve-se com a orao. Mas possvel conseguir as duas coisas ao mesmo tempo, sem que uma afete o desempenho da outra? Sim senhores. Paulo escreveu sobre isto tambm: "Porque se eu orar em lngua, o meu esprito ora, sim, mas o meu entendimento [mente, pensamento] fica infrutfero." - I Corntios 14:14. No uma grande estratgia de Deus? Enquanto seu esprito ora, ao falar em lnguas, sua mente no participa disto; no ela quem cria ou governa este fluir, vem do Esprito Santo por intermdio do nosso esprito. No momento em que se fala em lnguas, a mente fica infrutfera quanto orao; por isso que no versculo seguinte o apstolo diz para no se orar s em lnguas mas tambm com o uso do entendimento. Quando atento para o fato de Deus ter criado um tipo de

  • orao que deixe nossa mente livre, no consigo ver outro motivo a no ser remir o tempo, e poder realizar as atividades do dia a dia ao mesmo tempo em que oro. Assim que compreendi isto, comecei a praticar diariamente a orao no esprito, mesmo quando fazia outras coisas, e como eu cresci espiritualmente! Lembro-me que na poca do meu colegial eu no tinha tempo para nada; trabalhava, estudava, e nos fins de semana era bem envolvido com as programaes da igreja. Comecei, ento, a fazer as duas coisas juntas. Eu era escriturrio de um banco, e durante um bom tempo trabalhei com atividades que no me prendiam tanto no contato com o pblico; ento enquanto usava minha mente e minhas mos no trabalho, com meu esprito eu orava em lnguas. Logicamente eu no levantava a minha voz; resmungava comigo mesmo e com Deus. No comeo foi estranho, mas fui me acostumando e transferindo esta prtica para outras atividades alm do trabalho. tudo uma questo de prtica; at hoje quando viajo de carro, passo horas inteiras orando em lnguas e no me distraio no volante, pois enquanto meu esprito ora, minha mente est atenta estrada. AUSNCIA DE SENTIMENTOS O comentrio mais comum que ouvimos por parte daqueles que se dedicam prtica da orao em lnguas, que as vezes passam horas orando, mas sem sentirem nada. Pensavam que iriam sentir-se to cheios da presena de Deus ponto de levitarem, sentirem o perfume dos anjos, e coisas assim; mas nada disto acontece. Por qu? Exatamente pelo fato de que s o nosso esprito participa desta orao enquanto nossa mente, emoes e vontade, que compem a alma, nada tm a ver com isto! Estas pessoas no sentem nada porque no preciso sentir. Embora depois que ocorra a edificao no ntimo passamos a sentir o refrigrio e a paz que brotam, no nenhum terremoto ou avalanche de sentimentos. Recordo-me das primeiras conferncias sobre "Vida no Esprito" que participei com os irmos Dave Roberson e Bernardo, em So Paulo, no ano de 1990. Dave enfatizava que quando comessemos a praticar a orao no esprito HORA APS HORA, iramos sentir o mesmo que ele: "garganta seca e boca cansada".

  • E de fato, houve dias em que de tanto orar eu sentia meu maxilar doer, e nada mais que isto! Nem sempre haviam grandes sensaes, e o que me sustentou nesta prtica foi a f no que a Palavra dizia. Eu falava comigo mesmo: - "Se a Palavra diz que eu me edifico ao orar em lnguas, ento isto o que est acontecendo". E foi o tempo que se encarregou de mostrar-me O QUANTO eu estava edificando-me naquelas horas. Comece a ver o falar em lnguas como algo mais do que a evidncia do batismo no Esprito Santo; uma linguagem de orao para ser usada a cada dia, cuja prtica nos edificar. Desafie a si mesmo, e comece a gastar tempo no uso deste tipo de orao e descubra por si mesmo. 5 - "OS BENEFCIOS" Coisa alguma que Deus nos d sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem nos oferecido em vo; tudo tem proveito e utilidade. Deus no brinca com a humanidade fazendo as coisas s por fazer; mas a julgar pela forma como muitos cristos se portam diante do falar em lnguas, parece-nos que neste assunto talvez Deus tenha mudado... Mas no! Em sua grandiosa graa, Ele nos concede suas ddivas com a finalidade de podermos extrair benefcios. O falar em lnguas no coisa sem importncia, porque nada que Deus nos d sem importncia. Ele foi dado para o nosso bem, para a nossa edificao. Nesta prtica h benefcios que transformaro nossas vidas. A maioria dos crentes que j foram batizados no Esprito Santo e passaram a falar em lnguas, ainda no compreendeu o que receberam de Deus. Os conceitos so diversos, mas a grande maioria no v um propsito no uso contnuo da linguagem sobrenatural de orao do Esprito Santo. Se quem fala em lnguas j no v um motivo claro para isto, porque vamos esperar que aqueles que ainda no falam vejam uma razo para isto? Mas quando a igreja comear a enxergar o sublime propsito desta ddiva de Deus, haver um anseio maior pela manifestao do falar em lnguas. J tempo de compreendermos que mediante o uso das lnguas podemos enriquecer nossa vida espiritual, edificando-nos a ns mesmos. H bnos e vantagens a serem desfrutadas no uso desta prtica. E sei que o apstolo Paulo no pensava de forma diferente, pois

  • chegou a ponto de declarar: "dou graas ao meu Deus, que falo em lnguas mais do que todos vs" (I Co.14:18). Caso no houvesse proveito algum nas lnguas, ser que Paulo agradeceria a Deus por isso? Voc acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todos os corntios? E olhe que os corintos falavam mesmo em lnguas! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou at mesmo a transformar-se em abuso, o que foi um dos motivos que fez com que o apstolo escrevesse corrigindo-lhes. Note que ele no disse que falava em lnguas mais do que eles no sentido de diversidade, mas a nfase recai no valor da prtica, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E porque agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em lnguas? Est implcito que Paulo descobrira "uma mina de ouro", uma fonte de poder e edificao! Como ele mesmo afirmou: "O que fala em lnguas, edifica-se a si mesmo..." I Corntios 14:4. O falar em lnguas um instrumento de edificao. Edificar, construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual, edificao significa crescimento; fala construir algo mais sobre o alicerce da f em Jesus. O falar em lnguas acrescenta em ns, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar em Deus. A OBRA DO ESPRITO SANTO Ao falar da linguagem sobrenatural de orao do Esprito Santo, preciso que fique bem claro que h "uma sociedade" nesta manifestao. O Esprito Santo, no fala em lnguas, somos ns que o fazemos; mas por outro lado, no falamos de ns mesmos, somente o que o Esprito do Senhor nos inspira a falar. Se uma das partes desta sociedade faltar, no haver a manifestao. Partindo, portanto, deste princpio, tenhamos em mente o momento em que esta manifestao inicia-se nas nossas vidas, que quando recebemos o batismo no Esprito Santo. exatamente neste momento, quando somos cheios do Esprito e encontramo-nos totalmente rendidos a Ele, sob sua plenitude, que passamos a falar em lnguas. Mas por que ao sermos cheios do Esprito falamos numa linguagem diferente? Qual o valor desta manifestao? Qual a dimenso da edificao que se d em nosso ntimo?

  • O falar em lnguas faz parte do propsito de Deus para as nossas vidas. a ferramenta que o Esprito Santo usa para trabalhar em cada um de ns de forma mais profunda. O falar em lnguas vai produzir em nossas vidas a totalidade do ministrio do Esprito Santo. A linguagem sobrenatural de orao uma ferramenta do Esprito de Deus para realizar em ns sua obra. E h um motivo especial porque o Esprito Santo toca justamente em nossa fala a partir do momento que vem sobre ns. A fala um ponto estratgico, e o Esprito Santo no toca exatamente nesta rea em vo. Tiago falou sobre o poder da fala: "Pois todos tropeamos em muitas coisas. Se algum no tropea em palavra, esse homem perfeito e capaz de refrear tambm todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeam, ento conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede tambm os navios que, embora levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim tambm a lngua um pequeno membro e se gaba de grandes coisas. Vede quo grande bosque um to pequeno fogo incendeia. A lngua tambm um fogo; sim, a lngua, qual mundo de iniquidade, colocada entre nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda a espcie tanto de feras, como de aves, tanto rpteis como animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gnero humano; mas a lngua, nenhum homem a pode domar. um mal irrefrevel; est cheia de peonha mortal." Tiago 3:2-8 A cincia tem descoberto em nossos dias o que h dois milnios atrs o Esprito Santo j havia revelado a seu povo: que o sistema nervoso da fala influencia todo o corpo. Mas alm da influncia natural, a Bblia est mostrando que a fala tem tambm uma influncia espiritual; mostrando que quem estar no controle ser sempre Deus ou o diabo. Qual a causa do Esprito Santo controlar justamente esta rea to estratgica de nossa vida ao encher-nos com seu poder? porque atravs da fala Ele poder ampliar seu domnio em ns, e trabalhar com maior eficcia na execuo do seu ministrio!

  • O Esprito Santo trabalha nos homens. Desde o Velho Testamento Ele faz isto (Gn.6:3). Ele convence o mundo do pecado, da justia e do juzo (Jo.16:8). O Esprito Santo est trabalhando neste exato momento, nos quatro cantos da terra, mesmo naqueles que ainda no conhecem a Deus. Entretanto, Ele NO MORA DENTRO dessas pessoas, e elas nem sequer o conhecem, como declarou o Mestre bendito: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dar outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Esprito da verdade, o qual o mundo no pode receber, porque no o v nem o conhece; mas vs o conheceis, porque ele habita convosco, e estar em vs". Joo:16,17. Aleluia! Ns o conhecemos e Ele habita em ns. Portanto, seu agir nas nossas vidas muito mais profundo do que naqueles que ainda no so cristos. Se o Esprito Santo age neles at determinado ponto, voc imagina o quanto Ele no vai agir em ns? Ele veio habitar em ns para cumprir a parte que lhe toca no propsito divino. Quando Paulo escreve a Timteo, fala do bom depsito em ns (II Tm.1:14); ou seja, h um investimento de Deus em nossas vidas! O propsito de Deus ao enviar o Esprito Santo para habitar em ns foi para que Ele produzisse algo em nossas vidas. E saiba com certeza que o Esprito Santo no quer permanecer inativo. Habitar em voc parte do trabalho d'Ele, e medida que voc se rende, o agir dele vai tornando-se cada vez mais intenso. O Esprito de Deus est em voc para realizar a parte d'Ele no propsito eterno de Deus; veio concluir a obra da redeno, pois esta a parte que lhe cabe na ao da Trindade. O PAPEL DO ESPRITO SANTO NA REDENO O arrependimento comea no homem por uma ao divina. Sabemos disto porque Paulo disse aos romanos que a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento (Rm.2:4). E quem est por trs disto? o Esprito Santo; Jesus disse: "quando ele vier, convencer o mundo do pecado, da justia, e do juzo"(Jo.16:8). Aps o arrependimento, quando o homem exerce a f em Jesus e na obra da cruz, o Esprito Santo quem faz com que isto se torne realidade nele. Por isso se diz que ao nascer de novo, o homem nascido do Esprito (Jo.3:6). E na carta a Tito lemos acerca do lavar da regenerao do Esprito Santo (Tt.3:5), o que mais uma vez aponta para a atuao do Esprito na aplicao da redeno no homem.

  • Mas isto apenas o comeo. O reino de Deus tem trs etapas bsicas pelas quais o homem deve passar: porta, caminho, e alvo. A porta a entrada por meio de Jesus Cristo. O alvo a chegada estatura do varo perfeito e glria celestial. E entre a porta e o alvo, o que restou o caminho. O Esprito Santo no apenas nos faz passar a porta, mas quem leva-nos at o alvo, e para isto usa o caminho. O caminho o perodo onde experimentaremos o tratamento de Deus em ns na vida crist; o meio pelo qual se vai ao alvo. E tudo isto responsabilidade do Esprito Santo; Ele quem nos transforma de glria em glria na imagem do Senhor (II Co.3:18), produz em ns seu fruto (Gl.5:22,23), e nos leva a andar e viver n'Ele (Gl.5:25). A Nova Aliana chamada por Paulo de O MINISTRIO DO ESPRITO (II Co.3:8), mostrando-nos seu papel de produzir em ns a obra de Deus. O Esprito Santo veio concluir a obra da redeno; por isso que Ele est em ns. E trouxe consigo uma linguagem de orao, para que, atravs desta linguagem possa nos influenciar, uma vez que nossa lngua um meio to estratgico para isto; pois como disse Tiago, se a lngua do homem for controlada, com ela todo o ser da pessoa ser tambm influenciado! Embora seja necessrio ressaltar que este toque na lngua no "mgico", precisamos sujeita-la a cada novo dia. No apenas falar em lnguas ocasionalmente, ou no dia do batismo no Esprito, mas dia-a-dia, de forma constante e perseverante Mas o benefcio divino desta linguagem est longe de ser apenas este, uma vez que no se trata apenas da lngua estar sob controle, mas sim O QU ela fala quando est sob controle do Esprito Santo. preciso esclarecer que alm do toque estratgico justamente na nossa fala, o Esprito nos leva a falar numa linguagem sobrenatural; e O QUE FALAMOS sobrenaturalmente que nos afeta produz o que passaremos a tratar nos captulos seguintes: os benefcios. Alm de sujeitar-se ao Esprito do Senhor e entrar nos seus domnios, atravs da prtica diria da orao em esprito voc tambm experimentar: 1. Conhecimento por revelao; 2. A edificao da f; 3. Vitria sobre a carne;

  • 4. Cumprimento da vontade de Deus; 5. Sensibilidade espiritual; 6. Perfeito louvor; 7. Intercesso. So reas pertencentes ao ministrio do Esprito Santo e que sero trabalhadas mais profundamente em nossas vidas atravs do uso desta ferramenta. Passemos ento a analisar cada um destes benefcios maravilhosos que Deus nos tem oferecido... 6 - "O CONHECIMENTO REVELADO" A primeira rea de edificao onde percebi diferena em minha vida ao praticar os ensinos do irmo Dave Roberson, foi receber a compreenso espiritual da Palavra, que vai alm daquela dimenso de entendimento meramente intelectual, e penetra numa nova dimenso de conhecimento, que denomino conhecimento revelado; ou seja, um nvel de entendimento sob a revelao do Esprito Santo. Jesus disse: "as palavras que eu vos digo so esprito e vida"(Jo.6:63). Uma vez que a Palavra de Deus espiritual, no podemos compreend-la somente no nvel da razo; necessrio discerni-la espiritualmente. esta nossa limitao frente a ilimitao da Palavra que faz com que nos sintamos como o salmista, que declarou: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei" (Sl.119:18). Isto um fato; precisamos realmente da remoo desta venda que nos impede de discernir espiritualmente as Escrituras! OS MISTRIOS DO REINO Nos dias de hoje no pequeno o nmero dos que lem a Bblia sem compreender profundamente as verdades espirituais; a maioria diz que se sente afastada das Escrituras pela ausncia de entendimento. E no falo de conhecimento teolgico, mas de entendimento prtico, que transforma nossa vida, e no do que possuam estes judeus que na hora de crer na Escritura e se deixarem ser sarados por Deus, no o faziam. O Mestre falou sobre os "mistrios do reino dos cus"(Mt.13:11); o que significa SEGREDOS, ou mesmo COISAS OCULTAS. Ou, em outras palavras, h verdades que no so abertamente manifestas a qualquer um; necessrio ter entendimento espiritual para se penetrar determinados assuntos.

  • A verso atualizada de Almeida diz no Salmo 25:14: "A intimidade do Senhor para aqueles que o temem, aos quais ele dar a conhecer a sua aliana". No so todos que penetraro nas profundezas da Verdade de Deus; alguns, infelizmente excluem-se a si mesmos por no entrarem na dimenso de compreenso espiritual. O reino de Deus tem mistrios. No porque Deus deseja esconder nada de ns, mas porque nossa mente no pode compreend-los: "Ora, o homem natural no aceita as coisas do Esprito de Deus, porque para ele so loucura; e no pode entend-las, porque elas se discernem espiritualmente". I Corntios 2:14 A nica forma de compreender as coisas espirituais pelo discernimento espiritual, e somente pelo Esprito Santo de Deus chegaremos a desfrut-lo. FALANDO MISTRIOS Ao orarmos em lnguas, falamos em mistrios; ou, como diz a verso inglesa de Moffatt, falamos "segredos divinos"; j a verso inglesa de J.B.Phillips diz "segredos espirituais". Paulo mencionou isto com clareza na carta aos corntios: "Porque o que fala em lngua no fala aos homens, mas a Deus; pois ningum o entende; porque em esprito fala mistrios." I Corntios 14:2. Que mistrios so estes? Ser que Deus iria nos fazer falar coisas desconexas, sem p nem cabea? Claro que no! No se trata de coisas desconexas, mas sim DESCONHECIDAS para nossa mente. Contudo, h um propsito no fato de falarmos estes mistrios, e justamente para que mediante a constante orao deles, nosso esprito os absorva, recebendo a compreenso. O apstolo Paulo empregava muito este termo mistrio, referindo-se quelas coisas que s se tornaram compreensveis por revelao. Vejamos algumas de suas menes: "Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, no porm a sabedoria deste mundo, nem dos prncipes destes mundo, que esto sendo reduzidos a nada; mas falamos a sabedoria de Deus em mistrio, que esteve oculta, a qual Deus pr-ordenou antes dos sculos, para nossa glria" I Corntios 2:6,7.

  • "...fazendo-nos conhecer o mistrio da sua vontade..." Efsios 1:9. "Se que tendes ouvido a dispensao da graa de Deus, que para convosco me foi dada; como pela revelao me foi manifestado o mistrio, conforme acima em poucas palavras escrevi, pelo que, quando ledes, podeis perceber minha compreenso do mistrio de Cristo, o qual em outras geraes no foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Esprito aos seus santos apstolos e profetas. A mim, o mnimo de todos os santos, me foi dada esta graa de anunciar aos gentios as riquezas inescrutveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensao do mistrio que desde os sculos esteve oculto em Deus que tudo criou" Efsios 3:2-5 e 8,9. "e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir de minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistrio do evangelho" Efsios 6:19. "da qual eu fui constitudo ministro segundo a dispensao de Deus, que me foi concedida para convosco, a fim de cumprir a palavra de Deus, o mistrio que esteve oculto dos sculos, e das geraes; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais so as riquezas da glria deste mistrio entre os gentios, que Cristo em vs, a esperana da glria" Colossenses 1:25-27. "para que os seus coraes sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistrio de Deus - Cristo, no qual esto escondidos todos os tesouros da sabedoria e da cincia." Colossenses 2:2,3. "Perseverai na orao, velando nela com aes de graas, e ao mesmo tempo tambm por ns, para que Deus nos abra uma porta palavra, a fim de falarmos o mistrio de Cristo, pelo qual tambm estou preso, para que eu o manifeste como devo falar." Colossenses 4:2-4. A Bblia diz que o reino de Deus tem mistrios e que o Esprito Santo quem os revela; diz tambm que o Esprito Santo nos faz falar em mistrios... percebe a relao? O mesmo Esprito Santo que me foi dado para me fazer entender os mistrios do reino, tambm me deu uma linguagem de orao onde sou levado a falar mistrios. No tenho a menor sombra de dvida da relao de uma coisa com a outra! Quando oro em lnguas falo dos

  • mistrios da Palavra, e aciono o ministrio do Esprito da Verdade, de me guiar (por revelao) a toda verdade. O SEGREDO DE PAULO Citei acima um texto de Efsios onde o apstolo fala da compreenso que lhe foi dada por revelao do Esprito quanto ao mistrio da Igreja. O interessante que os captulos 1 e 2 de Efsios podem ser reconhecidos como alguns dos mais profundos captulos da Bblia, e Paulo depois de t-los escrito, chama a ateno dos irmos de feso para a profundidade da sua compreenso. E, ironia ou no, ainda diz que escreveu com "poucas palavras" (v.3), ou seja, resumidamente. O apstolo Paulo destaca-se grandemente no Novo Testamento pelas revelaes profundas que Deus lhe deu. E quando menciono as revelaes profundas, no estou falando necessariamente acerca de experincias como vises, xtases e arrebatamentos. Falo sobre COMPREENSO das Escrituras! Sabemos, porm, que sua compreenso no vinha unicamente dos estudos. O estudo produz informao, mas, s por revelao do Esprito Santo que experimentamos a compreenso, que bem diferente! Fica claro porm que a compreenso de Paulo no est ligada apenas aos seus estudos, mas sim revelao do Esprito Santo. QUAL ERA SEU SEGREDO? Nosso interesse no apenas saber quanta compreenso Paulo tinha, mas como ele chegou l. Vivemos dias onde procura-se de todas as formas saber o segredo dos homens e mulheres de sucesso, para que se possa us-lo como modelo! E o prprio Paulo chama a ateno dos seus discpulos para que o tivessem por modelo, tornando-se seus imitadores. Se voc pudesse perguntar a Paulo o que o levou a tamanha compreenso espiritual, voc o faria? Eu com certeza o faria! Durante muito tempo questionei-me acerca disto, at que um dia deparei-me com algo que parecia ser a resposta exata que Paulo daria a mim. Antes de mais nada quero lembrar-lhe que Paulo tinha muita informao. E embora o conhecimento em si queira dizer que h compreenso, a revelao s opera onde h informao! Se voc no l a Bblia nunca, no espere ter revelao alguma, pois a revelao a ao do Esprito que transforma a informao em compreenso.

  • ELE DISSE AOS CORNTIOS Quando Paulo escreve aos crentes de Corinto ele diz algo muito importante acerca de si mesmo e das suas prticas na vida em Deus: "Dou graas a Deus, que falo em lnguas mais do que vs todos." I Corntios 14:18 Por que ele d graas a Deus? Porque isso era algo maravilhoso em sua vida! Ele no somente agradece a Deus por falar em lnguas, mas sim por faze-lo mais do que todos os Corntios! O que est em questo o "mais". Paulo usava bastante a linguagem de orao do Esprito Santo e creio que isto est intimamente ligado ao conhecimento por revelao. O que fala em lngua edifica-se a si mesmo; ou seja, h benefcios nesta prtica! No algo dado por Deus para se perder tempo, para edificao, crescimento. Se o apstolo orava muito mais que todos porque ele tinha em sua prpria vida as evidncias de que era uma prtica edificante e frutfera. Como que Paulo tinha tamanha compreenso do mistrio de Cristo? Como compreendia tanto os mistrios do reino, sendo o homem que mais desvendou verdades para a vida da Igreja? Ora, ele falava muito em mistrios com Deus, e seu esprito, ao passar horas e horas em orao, absorvia as revelaes. Creio que Paulo no perdia tempo; nas prises, nas viagens, onde quer que estivesse, ele orava em lnguas. Orava mais do que todos os Corntios. Ele estava dizendo queles irmos: "se h algum que de fato valoriza e pratica a orao no Esprito Santo, este algum sou eu! E dou graas a Deus por isto, pois tenho crescido muito em Deus e na revelao de sua Palavra." ISAAS PROFETIZOU Como ter certeza de ser esta a convico de Paulo? Considerando que quando ele escreveu aos Corntios (I Co.14:21), citou esta profecia de Isaas: "Na verdade por lbios estranhos e por outra lngua falar o Senhor a este povo." Isaas 28:11

  • E por inspirao do Esprito Santo, ele nos mostrou que Isaas estava profetizando acerca do falar em lnguas, e que este seria um meio atravs do qual Deus falaria ao seu povo. Ao examinarmos o contexto desta profecia de Isaas, descobriremos vrios detalhes que comprovam o que estamos dizendo: "Ai da vaidosa coroa dos bbedos de Efraim, e da flor murchada do seu glorioso ornamento, que est sobre a cabea do frtil vale dos vencidos do vinho." Isaas 28:1 Sobre o que Deus est levando Isaas a profetizar? Ele est falando acerca dos bbados e dos vencidos do vinho. Mas ele no fala sobre os bbados em geral, ele fala sobre um grupo especifico: "Mas tambm estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; at o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, esto tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na viso, e tropeam no juzo. Pois todas as suas mesas esto cheias de vmitos e de sujidade, e no h lugar que esteja limpo." Isaas 28:7,8 QUE GRUPO ESTE? Os sacerdotes e os profetas eram os responsveis por entregarem a Palavra de Deus ao povo. O sacerdote ensinava a Lei de Moiss e o profeta exortava o povo a andar na presena de Deus, anunciando tambm o que ocorreria em caso de obedincia ou no. Ambos formavam o que podemos chamar de "o canal" atravs do qual flua a Palavra de Deus. E o que o profeta Isaas estava dizendo que este canal se maculara, e a Palavra de Deus j no estava fluindo com pureza, de forma lmpida. O v.8 fala sobre a sujeira neste canal; diz que h vmito por toda parte e que no h lugar que esteja limpo em suas mesas! Este o resultado da embriagues: sujeira. E que embriagues esta? a embriagues do pecado!

  • NO H CANAIS Agora considere isto: se o sacerdote e o profeta, que eram os nicos canais para o fluir da Palavra, estavam obstrudos, ento de que modo Deus faria fluir sua Palavra? disto que a profecia ento passa a falar: "Ora, a quem ensinar ele o conhecimento? e a quem far entender a mensagem? aos desmamados, e aos arrancados dos seios? Pois preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali;" Isaas 28:9,10 A quem Deus ensinaria o conhecimento? A quem Deus faria entender a mensagem, se os nicos canais para isto no estavam disponveis? Na falta dos profetas e sacerdotes, como Deus falaria com seu povo? Como os ensinaria? Como transmitiria sua Palavra? "Na verdade por lbios estranhos e por outra lngua falar a este povo; ao qual disse: Este o descanso, dai descanso ao cansado; e este o refrigrio; mas no quiseram ouvir. Assim pois a palavra do Senhor lhes ser preceito sobre preceito; regra sobre regra;" Isaas 28:11-13a Por lbios estranhos e outras lnguas. O versculo 13 diz: "assim pois". Voc pode ler esta expresso como: "desta maneira" ou "deste modo" a Palavra do Senhor lhes seria preceito sobre preceito... Isaas profetizou que o falar em lnguas se tornaria um meio de transmisso da Palavra de Deus! Ao falar em lnguas voc est falando mistrios, est falando acerca dos tesouros da sabedoria e da cincia que esto escondidos em Cristo. E medida que ora, seu esprito absorve a revelao que posteriomente passar sua mente. Paulo orava muito em lnguas. Paulo compreendia muito as Escrituras. Seria este o segredo de Paulo? H base suficiente para concluirmos assim, pois um dos benefcios do falar em lnguas justamente a compreenso das verdades de Deus, e ele dedicava-se a esta prtica. Se voc deseja receber o conhecimento por revelao, deve dedicar-se a esta prtica. Ore muito no Esprito Santo e voc experimentar por si mesmo o quanto isto real. Tenho comprovado na minha prpria vida a realidade disto; procuro gastar tempo com a Palavra e valorizo a leitura e estudo, mas posso

  • dizer que a maioria de tudo o que ensino tem vindo por meio deste maravilhoso canal que o Senhor nos deu. Muitas vezes, quando estou orando no Esprito, uma compreenso profunda de determinados assuntos brota no meu ntimo. Em segundos, recebo uma compreenso tamanha de certos princpios bblicos que levaro horas para serem ensinados. No encontro palavras ou ilustraes que possam descrever a beleza e a profundidade deste meio divino de comunicao de verdades da Palavra; tudo o que posso dizer que funciona! E hoje sei muito bem porque o diabo luta tanto para afastar-nos desta prtica; ele no tem interesse algum em que compreendamos a Palavra! Descubra em sua prpria vida que este era o segredo de Paulo e que ser funcional para qualquer um que o pratique, pois um princpio estabelecido por Deus. 7 - EDIFICAO DA F "Mas vs, amados, edificando-vos sobre a vossa santssima f, orando no Esprito Santo". Judas 20. Orar no Esprito Santo edifica a f; quando investimos tempo orando em lnguas, estamos na verdade investindo na nossa f. E ela realmente possui grande valor; um lugar de destaque na vida crist. Todo o nosso relacionamento com Deus est fundado na f. O justo vive da f. Sem f impossvel agradar a Deus e receber d'Ele qualquer coisa. A f o meio pelo qual tocamos em Deus e permitimos que Ele nos toque. Voc experimentar de Deus em sua vida tanto quanto voc crer; Ele ser sempre (para voc) do tamanho da sua f. Se ela pequena voc no ver muita coisa da parte d'Ele; mas se ela cresce, com ela tambm cresce o agir de Deus! Logo, precisamos aprender a fazer crescer a nossa f. Como diz a Escritura: "a justia de Deus se revela de f em f"(Rm.1:17). Poderamos exemplificar esta verdade dizendo que a vida de f como galgar uma escada, degrau aps degrau. H diferentes nveis de f e devemos crescer neles. O Senhor Jesus mencionou os diferentes nveis de f ao elogiar a "grande f" de alguns (aquele centurio romano que tinha um servo enfermo e tambm aquela mulher canania cuja filha encontrava-se

  • endemoninhada) e ao repreender a "pequena f" de outros, como por exemplo, os prprios discpulos. Deus no quer que sua f seja sempre pequena, mas que cresa. H um crescimento na f; a Bblia diz que a f dos tessalonicenses "crescia muitssimo"(II Ts.1:3). COMO GRO DE MOSTARDA Muitos no entendem o que Jesus quis dizer quando falou sobre ter f como gro de mostarda; saem por a dizendo que se voc tivesse um grozinho de f j veria milagres acontecendo, e que se voc no est experimentando nada, porque no tem f nenhuma. Mas o Mestre no seria incoerente, afirmando em um momento que uma pequenina f como um gro de mostarda resolve tudo, para logo a seguir repreender seus discpulos justamente por terem uma f pequena. De modo algum! Ento, o qu, de fato, Jesus estava ensinando? Vejamos o texto em que se encontra o registro destas suas palavras: "Disseram ento os apstolos ao Senhor: Aumenta-nos a f. Respondeu o Senhor: Se tivsseis f como um gro de mostarda, direis a esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria." Lucas 17:5,6. Tudo comeou com um pedido dos apstolos por uma f maior. O interesse deles pela questo do crescimento da f. Jesus havia ensinado algo sobre a prtica do perdo que lhes parecia impossvel de se viver; ento, como que dizendo que o nvel de f deles no alcanava este ensino, pedem mais f para poder perdoar como o Senhor quer. E exatamente nesta hora e contexto que Jesus lhes responde: "Se tiverdes f como um gro de mostarda"... Repare que Ele no disse do TAMANHO, mas falou claramente: COMO. Na verdade o Senhor ensinava sobre a semelhana e no sobre o tamanho. E que semelhana pode haver entre um e outro? Enxergue o paralelo que Jesus estabeleceu: os discpulos esto olhando para sua prpria f e vendo-a to pequenina que no alcana o nvel do ensino do Mestre; ento reconhecem que sua pequena f precisa

  • crescer. Mas como fazer crescer a f? Pedem a Jesus que faa sua f aumentar, s que Ele no faz nada pela f deles; Ele simplesmente ensina-os que a responsabilidade de aumentar a f no era de Deus, mas deles mesmo! E ento ensina-os como faze-lo: usando a lei de semeadura e ceifa. Se voc tem um gro de mostarda, mas reconhece que ele no suficiente para o que voc precisa, e quer aumentar seu estoque de mostarda, o que deve fazer? Plantar para que possa colher mais. Toda semente plantada se multiplica; e se o plantio for se repetindo, a mostarda ir multiplicando-se! Assim com a f. No importa se o que voc tem pouco, voc pode aumentar, fazer crescer sua f. No adianta orar para que Cristo o faa, pois Ele no vai fazer; j no fez pelos apstolos para ensinar que responsabilidade nossa, e no far por ns. H oraes que Deus jamais responder, uma vez que j tenha dado toda instruo em sua Palavra para resolvermos o problema. Para que nossa f cresa, temos que SEME-LA. E a forma pela qual se semeia a f mediante seu exerccio; quando usamos a f que temos em uma necessidade especfica, e vemos a interveno de Deus, colhemos mais f. Pois medida que a usamos, e vemos os resultados, ela se fortalece e assim vai crescendo at que possa chegar ao ponto de transportar no somente amoreiras, como tambm montes! O PONTO ALTO DA F Examinando as Escrituras, vejo esta f que transporta montes como o ponto alto, o cume da montanha, por assim dizer, na escalada da f sempre crescente. Embora ningum chegue l de um dia para outro, possvel chegar l! E devemos nos empenhar por isto se queremos uma vida crist vitoriosa; no podemos perder de vista que este um alvo a ser alcanado. A primeira epstola aos corntios fala sobre a excelncia do amor. Revela que nem mesmo as maiores manifestaes do Esprito esto acima do amor, pois este a base de toda manifestao divina, inclusive dos dons espirituais. o amor, a compaixo pelas almas, que nos far canais de Deus na terra. E ento, Paulo, falando da superioridade do amor sobre as manifestaes e atitudes espirituais, comea a listar algumas bem valorizadas entre os cristos, como profecia, lnguas, martrio pelo

  • evangelho, abnegao total a ponto de dar-se todos os bens aos pobres, e entre estas coisas ele inclui a f que transporta montes: "...ainda que tivesse toda a f, de maneira tal que transportasse os montes, e no tivesse amor, nada seria". I Corntios 13:2b Podemos perceber um detalhe do nvel de f a que Paulo se refere, pela sua afirmao conter o termo toda f. Isto fala de uma f madura, crescida, que chegou sua plenitude. Trata-se de medida cheia e no de algo incompleto. Voc no chega a transportar montes com "meio tanque"; preciso "tanque cheio" com o combustvel da f para se chegar l. Com isso quero dizer que se no houver investimento na edificao da f, jamais se chegar ao nvel de transportar montes! E saiba que isto para todos, est ao seu alcance, pois Cristo mesmo declarou que qualquer um pode experimentar esta f: "Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lana-te no mar; e no duvidar no seu corao, mas crer que se far aquilo diz, assim lhe ser feito." Marcos 11:23. Quando o Senhor Jesus Cristo nos fez esta bela e maravilhosa promessa Ele falava sobre obstculos aparentemente to impossveis de remoo como um monte; de problemas to pesados e acomodados em nossas vidas tais quais uma montanha. Ele estava dizendo que podemos vencer estas dificuldades por f. deste nvel de f que Paulo falava quando mencionou transportar montes. E s chegamos neste nvel de edificao na f por operao do Esprito Santo nas nossas vidas. COMO A F CRESCE J afirmei que a f no cresce por orarmos a Deus pedindo que a aumente, mas sim por acionarmos os princpios corretos. Alm de crescer porque a semeamos exercitando-a, a f cresce atravs de outras maneiras tambm. Abaixo relacionamos as formas pelas quais o crescimento da f pode se dar: exercitar a medida da f que j temos; ouvir a Palavra; e orar no Esprito Santo.

  • Uma vez que j compreendemos a operao do primeiro princpio, examinemos tambm os demais. O alimento da f a Palavra de Deus, e exatamente por isso que ela chamada a Palavra da f. Percebemos o quanto a f est ligada a ao da Palavra de Deus em ns quando consideramos alguns versculos bblicos como: "Logo a f pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo". Romanos 10:17. "Propondo estas coisas aos irmos, sers bom ministro de Cristo Jesus, nutrido pelas palavras da f e da boa doutrina que tens seguido." I Timteo 4:6. medida em que nos enchemos da Palavra pela meditao e o recebimento do ensino e pregao da mesma, nossa f vai sendo fortalecida e aumentada. Assim como no plano natural o crescimento est ligado a uma boa alimentao, o mesmo se d com a f; necessrio investir numa boa alimentao. Mas como declarou F. F. Bosworth, um homem de f muito usado por Deus, nosso grande problema que alimentamos o nosso corpo com trs refeies quentes ao dia, mas s damos ao nosso esprito um sanduche frio por semana! Vimos, portanto, que a f cresce pela prtica e exerccio da semente que j temos (e todos temos uma medida de f dada por Deus - Rm.12:3); e tambm que o alimento da Palavra a fortifica, mas como a orao no Esprito Santo afeta nossa f? Que relao h entre uma coisa e outra? NO POR FORA, NEM POR PODER Ningum jamais poder mover montes apenas por si mesmo. Isto no coisa da qual algum possa gabar-se, pois no possvel fazer isto sozinho, mas to somente pelo poder e interveno do Esprito Santo. Voc pode descobrir um canal e usufru-lo espiritualmente, mas jamais poder dizer que aquilo teu, ou que o fez por si mesmo. Se por um lado, mover montes no algo que peamos para Jesus fazer, pois Ele j disse que ns poderamos faze-lo, por outro, ele mesmo disse: "sem mim nada podeis fazer"(Jo.15:5). Foi Deus mesmo

  • que disse que no removeramos montes sozinhos, mas pelo ao do Esprito Santo: "Ele me respondeu, dizendo: Esta a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: No por fora, nem por poder, mas pelo meu Esprito, diz o Senhor dos Exrcitos. Quem s tu, monte grande? Diante de Zorobabel tornar-te-s uma campina..." Zacarias 4:6,7a. importante examinarmos a situao de Zorobabel, o lder da nao israelita no tempo da restaurao ps-exlica, e assim ampliarmos a compreenso do texto pelo seu contexto; mas antes, deixe-me enfatizar duas verdades bsicas que esto dentro da mensagem que Deus estava trazendo por intermdio do profeta Zacarias: Primeiro, havia um monte grande diante de Zorobabel. Montes falam de problemas graves, situaes difceis; mas ele no precisava desistir, pois montes podem ser removidos e Deus estava dizendo que aquele monte seria removido, no restando nada mais dele, a no ser uma campina. Segundo, este monte no seria removido pelo esforo de Zorobabel. No seriam suas qualidades ou empreendimentos humanos que o levariam vitria, mas o agir do Esprito Santo! COMPREENDENDO ZOROBABEL Eis um breve resumo da condio deste homem, prncipe em Israel: Descendente de Davi, era de linhagem real. Neto de Jeconias (ou Joaquim), rei de Israel que foi deportado para a Babilnia, Zorobabel nasceu no exlio j no tempo em que este chegava ao seu fim, os setenta anos de sua durao que foram profetizados por Jeremias (II Cr.36:21, Jr.25:11,12). Voltou a Israel juntamente com os chefes das casas paternas de Jud e Benjamim, e os sacerdotes e levitas, bem como todos aqueles cujo esprito Deus despertara para que edificassem sua casa em Jerusalm (Ed.1:5). Constitudo governador de Jud e superintendente da obra do Senhor, Zorobabel logo se viu diante de um grande problema que parecia contradizer a Palavra do Senhor na sua vida:

  • "Ora, ouvindo os adversrios de Jud e de Benjamin que os que tornaram do cativeiro edificavam o templo do Senhor, Deus de Israel, chegaram-se a Zorobabel e aos chefes das casas paternas... Ento o povo da terra debilitava as mos do povo de Jud, e os inquietava, impedindo-os de edificar." Esdras 4:1,2a e 4. E como se no bastasse esta presso local, arrumaram-lhe um outro problema, logo aps ele ter levantado o altar do Senhor e lanado os alicerces do templo; escreveram aos medo-persas (que haviam tomado o reino babilnico) com calnias acerca do propsito daquela obra, como se tratando de rebelio contra o rei. Consequentemente, veio a resposta do rei Artaxerxes: "Agora, pois, da ordem para que aqueles homens parem, a fim de que no seja edificada aquela cidade at que eu d ordem." Esdras 4:21. To logo chegou a carta, a crise agravou-se: "Ento, logo que a cpia da carta do rei Artaxerxes foi lida perante Reum e Sinsai, o escrivo, e seus companheiros, foram eles apressadamente a Jerusalm, aos judeus, e os impediram fora e com violncia. Ento cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalm, ficando interrompida at o segundo ano do reinado de Dario, rei da Prsia." Esdras 4:23,24. A obra de Deus, que estava sendo feita pelas mos de Zorobabel chega a parar, e mediante o emprego de fora e violncia por parte do inimigo. E sabe quanto tempo fica parada? O que a Bblia chama de "at o segundo ano do reinado de Dario" um perodo de cerca de quinze anos! No pouco tempo. O equivalente hoje seria ver a obra de Deus parando no nascimento de uma filha, e quando esta estivesse debutando, ainda presenciar a obra nas mesmas condies. Imagine a frustrao deste governador! Quais no foram seus conflitos ao ver uma situao totalmente diferente da que Deus lhe falara? Quinze anos... e lutar no adiantava, uma vez que na prpria luta j haviam perdido! O empecilho para a obra viera, e viera como um monte intransponvel e irremovvel. E parece que este monte aterrizara na vida de Zorobabel para ficar. Foram quinze anos de inrcia, de paralisia. Quinze anos de uma f desgastada, desacreditada.

  • E ento, de repente, Deus fala de novo sobre sua casa: "Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Jud e Jerusalm; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram." Esdras 5:1. Foi neste confuso momento da vida de Zorobabel que Deus lhe falou: "no por fora, nem por violncia, mas pelo meu Esprito". Ou, em outras palavras: "Zorobabel, pare de lutar na carne pois assim voc no vencer. pela ao do meu Esprito que vocs chegaro l". Esta palavra ressuscitou os ancios dos judeus, que por f voltaram a edificar. Tentaram barrar-lhes de novo, mas desta vez foi diferente. A carta real com a resposta de Dario chega autorizando a obra da casa de Deus e ainda fazendo com que os inimigos contribussem com toda a despesa e ainda com ofertas para os sacrifcios, sob severa punio aos que resistissem (Ed.6:6-12). O PAPEL DO ESPRITO SANTO E qual foi o papel do Esprito Santo na remoo deste monte na vida de Zorobabel? O que Ele fez para que o monte desaparecesse, restando somente uma campina? O papel desempenhado na restaurao da f deste governador judeu o mesmo nas nossas vidas nos dias de hoje. Observe o que Ele fez: Primeiro, vivificou a Palavra na vida dele ao dizer de novo: "As mos de Zorobabel tem lanado os alicerces desta casa; tambm suas mos a acabaro..."(Zac.4:9). Quando ele perdera de vista