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PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS DE LAVRAS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL LEIDIANE MENDES SANTANA POLLYANA GOMES DOS SANTOS LAVRAS - MG 2007 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS UNILAVRAS

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PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS DE LAVRAS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL

LEIDIANE MENDES SANTANA POLLYANA GOMES DOS SANTOS

LAVRAS - MG 2007

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

UNILAVRAS

LEIDIANE MENDES SANTANA

POLLYANA GOMES DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS DE LAVRAS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL

Projeto de Monografia apresentado ao Centro Universitário de Lavras como parte das exigências do Curso de Graduação em Enfermagem

ORIENTADORA

Profa. Vera Lúcia Lemos de Castro

UNILAVRAS

LAVRAS - MG

2007

LEIDIANE MENDES SANTANA POLLYANA GOMES DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS DE LAVRAS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL

Projeto de Monografia apresentado ao Centro Universitário de Lavras como parte das exigências do Curso de Graduação em Enfermagem.

APROVADO EM : ________/________/___________

PROF. Alex Luiz Silva Barbosa

PROF. Eliziany Mello Costa Correa

ORIENTADORA

Profa. Vera Lúcia Lemos de Castro

UNILAVRAS

LAVRAS - MG

2007

Dedicamos este trabalho a nossos pais, que

muitas vezes de abdicaram de seus sonhos

em prol dos nossos, não medindo esforços

para que esta vitória fosse alcançada.

AGRADECIMENTOS

À Deus que nos deste saúde para cuidar daqueles que buscam.

Aos nossos familiares e amigos dos quais recebemos todo incentivo, confiança

e compreensão.

Aos colegas de classe que caminharam conosco ao longo destes anos

trocando conhecimentos e experiências.

À nossa orientadora Vera pelo apoio e aos demais professores pelos

ensinamentos, amizade e carinho.

À enfermeira Sabrina de Souza Sales e ao nosso amigo Fábio Miliarellli que

muito nos ajudou para a concretização deste trabalho.

À todas as puérperas que prontamente se dispuseram a participar de nossa

pesquisa.

A todos os enfermeiros e demais funcionários da maternidade da Santa Casa

de Misericórdia de Lavras, os quais foram bastante receptivos para conosco.

E a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a

realização deste trabalho.

Os nossos sinceros agradecimentos

“Mantenham a mente aberta, assim

como a capacidade de se

preocupar com a humanidade e a

consciência de fazer parte dela"

(Dalai-Lama)

SUMÁRIO

RESUMO......................................................................................................... 08

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 09

2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 11

2.1 Um breve histórico sobre coto umbilical .................................................. 11

2.2 Circulação materno-fetal........................................................................... 11

2.3 A importância dos cuidados com o coto umbilical.................................... 12

2.4 Realização do curativo do coto umbilical ................................................ 13

2.5 Influência de hábitos culturais nos cuidados com o coto umbilical........... 14

2.5.1 Mal-de-sete-dias..................................................................................... 15

2.5.2 Ações educativas................................................................................... 16

2.6 Tétano neonatal........................................................................................ 19

2.6.1Manifestações clínicas............................................................................ 19

2.6.2 Formas de contaminação...................................................................... 20

2.6.3 Prevenção.............................................................................................. 21

3. METODOLOGIA......................................................................................... 22

3.1 Referencial teórico.................................................................................... 22

3.2 Referencial metodológico......................................................................... 22

3.3 Realizando a pesquisa............................................................................. 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 24

5 CONCLUSÃO.............................................................................................. 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 28

ANEXOS........................................................................................................ 31

RESUMO

SANTANA, L.M.; SANTOS, P.G. A percepção das puérperas de Lavras em

relação aos cuidados com o coto umbilical: 2007. 34 f. Monografia

(Graduação em enfermagem) – Centro Universitário de Lavras, Lavras, 2007.*

Após o nascimento o cordão umbilical é seccionado e laqueado. Uma

parte de aproximadamente 2 centímetros fica aderida a pele do recém-nascido,

o qual é chamado de coto umbilical. Por ser bastante suscetível à infecções

deve-se atentar quanto a realização correta do curativo do coto, afim de se

evitar danos à saúde do recém-nascido. Alguns mitos e crenças das puérperas

ou cuidadores podem interferir na prestação de cuidados ao recém-nascido

principalmente no que se refere ao coto umbilical, sendo assim torna-se

necessário identificar essas crenças para que se possa corrigir hábitos

errôneos sem no entanto, desconsiderar seus conhecimentos prévios. Este

estudo teve como objetivo conhecer os hábitos culturais das puérperas quanto

a realização do curativo e cuidados com o coto umbilical.Trata-se de um estudo

de caso de caráter descritivo, tendo como fonte de inspiração a teoria de

LENINGER. Foi realizado na Santa Casa de Misericórdia da cidade de Lavras,

durante o período de 20 a 27 de setembro de 2007, onde participaram 9

puérperas que tiveram seu parto ocorrido neste período. Com este trabalho foi

possível perceber que o medo é o principal motivo da não realização do

curativo do coto umbilical por parte das mães, além disso evidenciou-se que as

orientações relativas ao curativa do coto só foram fornecidas às mães durante

o puerpério.

Palavras chaves: coto umbilical; puérpera; percepção.

* Orientadora: Profª. Vera Lucia Lemos de Castro – UNILAVRAS

1 INTRODUÇÃO

Durante o sexto período, tivemos a oportunidade de realizarmos estágio

curricular na maternidade, na qual nos deparamos com puérperas que

apresentavam-se inseguras quanto aos cuidados com o recém-nascido

principalmente no que se refere ao coto umbilical.

Bohes, Monticelli e Elsen, citados por D’Ávila e Gonçalves (2003)

enfatizam que as mães chegam às instituições de saúde com conhecimentos

prévios e crenças no que diz respeito aos cuidados com o coto umbilical, o

autor ainda cita, que isto se deve ao fato de o mesmo apresentar vários

significados: para algumas pessoas o coto umbilical representa a vida, para

outras o perigo, a morte ou, ainda o poder sobre o futuro da criança.

Tais interpretações levam as mulheres a executarem práticas no cuidado

e a sentirem necessidade de pessoas experientes para ajudá-las a cuidar neste

período. Por outro lado este saber é desconsiderado pelos profissionais de

saúde, entre eles o enfermeiro. Ao desconsiderar o saber popular impõe o seu

conhecimento científico no cuidado.

Assim, tornou-se necessário conhecermos as crenças das puérperas,

que na maioria das vezes são transmitidas ao longo das gerações e exercem

grande influência no modo de se realizar o curativo do coto umbilical.

D’Ávila e Gonçalves (2003) ressaltam a influência da cultura nas atitudes

e comportamentos do indivíduo. Essa cultura é expressa pelos seus membros

por meio de crenças, cuidados e condutas que norteiam a decisão do que

podem ou não fazer em cada situação da vida.

É extremamente necessário o cuidado e manuseio corretos do coto

umbilical afim de se evitar danos à saúde do recém-nascido, como a onfalite

(inflamação do coto umbilical) e até mesmo o tétano neonatal, que segundo

Marcondes et al (2003), é uma doença do sistema nervoso central causada

pela ação de uma exotoxina (tetanospasmina) elaborado por um bacilo

anaeróbio o clostridium tetanium.

Na maternidade, a mãe recebe orientações sobre os cuidados referentes

ao coto umbilical, porém, algumas vezes essas orientações são ignoradas e,

10

quando retornam às suas casas, as puérperas sofrem influência da família e

conhecidos que parecem ter mais crédito que os profissionais da saúde.

Campedelli e Friedlanter (1998) relatam que durante a consulta de

enfermagem, a enfermeira da unidade tem melhores condições para detectar

mudanças bruscas de comportamento, a ansiedade da mãe no momento e

diversificação dos problemas levantados na puérpera e no recém-nascido. Este

conhecimento é um componente valioso para decisão das condutas e soluções

fazendo com que as mesmas não sejam padronizadas e sim individualizadas

atendendo as necessidades próprias de cada cliente.

Com isso nota-se que é imprescindível o acompanhamento das

puérperas mediante visita domiciliar reforçando as orientações recebidas

durante o pré-natal quanto aos cuidados com o coto umbilical (VIEIRA,2003).

A enfermagem por responsabilizar-se pelo grande contingente das

ações educativas na assistência à saúde do grupo materno-infantil deve estar

atenta à influência dos familiares, especialmente as mães, na transmissão de

ensinamentos e “conselhos”.

Este trabalho justifica-se pelo reconhecimento das práticas populares, no

planejamento da orientações ás mães com o intuito de produzir mudanças, se

necessárias, no ato de cuidar.

Desta forma o objetivo deste estudo é conhecer os hábitos culturais das

puérperas quanto à realização do curativo e cuidados com o coto umbilical.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Um breve histórico sobre coto umbilical

Durante a gestação, a união vital entre o bebê e sua mãe será rompida

logo após o nascimento, esta ligação é feita pelo cordão umbilical que segundo

D’avila e Gonçalves (2003), insere-se próximo ao centro da placenta, tem em

média 1 a 2 cm de diâmetro, 55 cm de comprimento e duas artérias e uma

veia.

Após o nascimento, o cordão umbilical do recém-nascido (RN) é cortado

e clampeado pelo obstetra. Uma pequena parte de aproximadamente 3cm

permanece, a qual é chamada coto umbilical. Brasil (2001) cita que, após ser

seccionado e laqueado, o cordão umbilical irá mumificar-se no terceiro dia de

vida, desprendendo-se da base entre a primeira e a terceira semana de vida.

O grande objetivo do cuidado neste local é prevenir infecções e

promover a desidratação, a mumificação e a queda do coto umbilical.

A enfermeira deve enfocar os cuidados com o coto umbilical, ressaltando

a técnica correta do curativo e sua permanência até que a base do cordão

cicatrize por completo (MELSON, et al).

2.2 A circulação materno-fetal

A placenta é responsável pela circulação do sangue entre a mãe e o

feto, possibilitando a troca de oxigênio e nutrientes. Ao contrário do padrão

usual, a artéria carrega sangue venoso e a veia transporta sangue oxigenado.

De acordo com Ziegel (1985) o sangue do feto flui através das duas

artérias umbilicais para a placenta, onde deixa seus produtos degradados, e a

veia conduz sangue oxigenado e sustento alimentar da placenta para o feto.

As artérias descrevem um trajeto helicoidal no cordão umbilical, dividem-

se na superfície da placenta e ramificam-se nas vilosidades coriônicas. O

sangue materno é transportado por uma única veia umbilical calibrosa até os

12

espaços intervilosos, assim, os vasos sanguíneos fetais existentes dentro das

vilosidades são banhados pelo sangue materno. (BRANDEN,2000).

Branden (2000) ainda cita que os nutrientes e o oxigênio são

transferidos pelas paredes capilares ao feto, enquanto que os produtos

metabólicos do feto entram na circulação materna pelas artérias umbilicais e

placenta.

2.3 A importância dos cuidados com o coto umbilical

O cordão umbilical é o primeiro local do recém-nascido a ser colonizado.

Branco (2003) enfatiza que esta colonização é influenciada principalmente pelo

tipo de parto, flora materna, prestadores de cuidados e pela presença de um

tecido de desvitalização que torna o coto umbilical um excelente meio de

cultura para microorganismos.

Branco (2003) ainda afirma que as infecções de origem umbilical podem

ser localizadas (onfalite), ou tornarem-se generalizadas com elevado risco de

vida (fasceíte necrosante, peritonite, sepsis,...)

D’Ávila e Gonçalves (2003) afirmam que, por constituir-se uma das mais

importantes portas de entrada para infecções em recém-nascidos, deve-se

orientar a mãe como cuidar do coto umbilical. Kimura, Tsunechiro e Bonadio

(1991), acrescentam a isso que as experiências e os conhecimentos anteriores

da puérpera têm grande influência no desempenho do papel materno. Segundo

Pirolo (1983) o grande objetivo do cuidado neste local é prevenir infecções e

promover a desidratação, a mumificação e a queda do coto umbilical.

Visto que o coto umbilical é bastante suscetível à infecções, torna-se

imprescindível o papel da enfermagem no que diz respeito às orientações

sobre a realização do curativo de maneira adequada.

13

2.4 Realização do curativo do coto umbilical

A técnica para realização do curativo de coto umbilical recomendada por

Brasil (2001) é a seguinte: o curativo deve ser realizado após cada banho e

troca das fraldas. Utilizar “cotonetes” embebidos em solução de álcool a 70%,

Limpar o local da inserção do coto umbilical com a pele, removendo a secreção

presente e atentando para as características da secreção e presença de sinais

de infecção. Evitar o uso de anti-sépticos coloridos, substâncias estranhas ou

contaminadas. Florentino e Gualda (1998) recomendam, rotineiramente, o

álcool como solução de escolha para o cuidado do coto umbilical.

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do

Estado de São Paulo, recomenda como rotina o uso dessa solução no coto

umbilical devido a sua rápida ação anti-séptica, mesmo sem possuir efeito

residual, além de acelerar a secagem e queda do coto.

O álcool absoluto ou o álcool a 70% são os produtos mais utilizados na

realização do curativo do coto umbilical dos recém-nascidos nas instituições de

saúde em nosso meio. Perry (1982) citado por Florentino e Gualda (1998)

relata a preferência, por parte de alguns profissionais, de somente manter a

área umbilical limpa e seca, até a ocorrência de queda do coto.

Miura et al. (1990) em estudo realizado para avaliar a função tireoidiana

no recém-nascido sob ação do iodo aplicado no coto umbilical demonstraram

que o iodo é absorvido pelo coto umbilical. O risco surge pelo fato de que os

anti-sépticos iodados são comumente utilizados pela população em geral e

nem sempre considerados como drogas pelas mães, concluindo que as

soluções iodadas podem ser causa de hipotireoidismo transitório não

reconhecidas nos RNs.

Cunha, Mendes e Bonilha (2002) citam ainda que as soluções de iodo

estão associadas a queimaduras e bolhas na pele do pré-termo reafirmando

que a absorção destas soluções pode causar alterações no funcionamento da

glândula tireóide.

Kimura, Tsunechiro e Bonadio (1991) ao estudarem as condições do

sistema tegumentar do recém-nascido no primeiro retorno ao ambulatório após

14

alta hospitalar observaram que, quanto ao cuidado com o coto umbilical

verificou-se que apenas três puérperas referiram executar o curativo conforme

orientação recebida.

Uma prática em desuso como a faixa abdominal foi observada em um

RN; a mãe justificou como sendo um meio para “segurar” o coto umbilical que

estava desprendendo. Egry, em estudo realizado em 1977 com 200 mães

sobre conhecimento a respeito do curativo umbilical encontrou que 91 delas

acharam adequado ocluir o coto umbilical com gaze, algodão, fralda, entre

outros.

Florentino e Gualda (1998) consideram que, mais do que o uso de uma

determinada solução na higiene do coto umbilical, a atenta observação do

mesmo e a correta higiene são fatores fundamentais para o controle das

possíveis infecções no coto umbilical.

Nas literaturas pesquisadas não encontram-se razões científicas que

contra-indiquem o banho de imersão (em banheira) antes da queda do coto

umbilical, nem tampouco o uso de faixa abdominal como meio de “segurar” o

coto e nem por outros motivos, já que o intuito é sua queda.

Outro ponto importante a citar é que o tempo de queda do coto depende

de vários fatores como a espessura do mesmo e o material utilizado no

curativo. Nota-se então, que o banho de imersão nada tem a ver com o tempo

de queda do coto umbilical. Estas práticas são originadas de culturas

adquiridas pelas mães através da sociedade e da família.

2.5 Influência de hábitos culturais nos cuidados com o coto umbilical

Rouquayrol (1999) define cultura como sendo o conjunto dos padrões de

social criados, aprendidos, modificados e transmitidos de uma geração a outra,

entre os membros de um grupo humano, que pode ser, excepcionalmente,

nômade ou, como regra geral, ocupante de um espaço geográfico definido,

formando uma população organizada em sociedade.

Monticelli e Elsen (1989) citam que a crença popular é bastante sólida e

enraizada em fatos acontecidos anteriormente na família ou em medidas

15

terapêuticas largamente utilizadas na comunidade em que a família

comportamentovive.

Afirmam também que as mães relatam com freqüência as complicações

que poderão advir se os procedimentos não forem eficientes ou mesmo se a

mulher não tiver uma experiência anterior de cuidado com qualquer criança

(...”antes de cair o umbigo a criança não deve receber banho de banheira

porque o umbigo pode infeccionar...”; ”...o menino de minha prima morreu

porque ela não sabia como cuidar do umbigo”).

Devido à crenças e costumes é comum nos depararmos com a utilização

de certas substâncias impróprias na realização do curativo do coto umbilical,

como o óleo de amêndoas, fumo de rolo, pó de hortelã, cinza, pó de esteira

queimada, teia de aranha, pós de casca de marimbondo, picumã e outras

substâncias conforme o folclore regional, muitas vezes em associação com

álcool, mercúrio cromo, iodo e sulfas, ressaltando ainda o uso freqüente de

moedas e faixas compressivas com o intuito de evitar a protusão do umbigo.

Bohes, Monticelli e Elsen, citadas por D’Ávila e Gonçalves (2003)

enfatizam que as mães chegam às instituições de saúde com conhecimentos

prévios e crenças, principalmente no que diz respeito aos cuidados com o coto

umbilical.

Isto se deve ao fato do mesmo apresentar vários significados: para

algumas pessoas o coto umbilical representa a vida, para outras o perigo, a

morte ou, ainda, o poder sobre o futuro da criança.

Tais interpretações levam as mulheres a executarem diversas práticas

no cuidado e a sentirem necessidade de pessoas experientes para ajudá-las a

cuidar da criança neste período. Por outro lado, este saber é desconsiderado

pelos profissionais de saúde, entre eles o enfermeiro. Ao desconsiderar o saber

popular, impõe o seu conhecimento científico do cuidado.

2.5.1 O mal-de-sete-dias

A expressão mal-de-sete-dias ou simplesmente “mal” ou “male” ainda

está presente em nossa cultura, principalmente na zona rural. Segundo Vieira

16

et al (2003) as mulheres atribuem a sua ocorrência ao fato de a criança até o

sétimo dia ficar desprotegida do vento e da claridade.

Em alguns casos , os contatos da mãe com a criança se limitam aos

momentos da amamentação, preconizando-se até mesmo a necessidade de

que ela também evite o contato com a parte externa da casa, procedimento

preservado por comunidades que ainda acreditam ser importante o período

determinado como resguardo, reforça Vieira et al (2003).

Entende-se por resguardo como sendo o ato da puérpera se resguardar

no período subseqüente ao parto, observando cuidados principalmente em

relação ao repouso e alimentação. De acordo com Vieira (2003) algumas mães

correlacionam mal-de-sete-dias ao tétano umbilical, outras não fazem essa

correlação, de modo que torna importante a utilização desta sinonímia nas

ações educativas.

2.5.2 Ações educativas

Scochi e Kock, citados por Scochi et al. (1992) em seu estudo,

encontrou no pessoal da área de saúde a principal fonte de informação, o que

reforça a necessidade de preparo adequado e atualizado destes profissionais

para melhor fundamentar sua prática.

Os dados também demonstraram que as pessoas não ligadas à área da

saúde constituem-se em fonte significativa de informação para as puérperas,

sendo mencionadas em segundo lugar em quase todas as questões

levantadas.

É imprescindível o acompanhamento das puérperas mediante visita

domiciliar, reforçando as orientações recebidas durante o pré-natal quanto aos

cuidados com o coto umbilical (VIEIRA,2003).

Segundo estudo realizado por D’Ávila e Gonçalves (2003) referente à

qualidade da atenção dedicada ao pré-natal, nota-se que os principais

problemas referem-se ao não cumprimento de normas e rotinas por parte dos

profissionais de saúde e os cuidados dispensados, geralmente, são

inversamente direcionados às necessidades dos clientes.

17

D’Ávila e Gonçalves (2003) ainda citam que algumas práticas populares

do cuidado não são totalmente benéficas ao recém-nascido, mas continuam

sendo executados pelas mães, apesar das orientações dadas na maternidade.

Campedelli e Friedlanter (1988) relatam que durante a consulta de

enfermagem, a enfermeira da unidade tem melhores condições para detectar

mudanças bruscas de comportamento, ansiedade da mãe no momento e

diversificação dos problemas levantados na puérpera e no recém-nascido.

Este conhecimento prévio é um componente valioso para a decisão das

condutas e soluções fazendo com que as mesmas não sejam padronizadas e

sim individualizadas atendendo as necessidades próprias de cada cliente.

Já Scochi et al. (1992) em seu estudo, mencionam que de 92 puérperas

entrevistadas, apenas uma relatou que usava óleo com fumo no coto umbilical,

tanto na primeira quanto na segunda entrevista, denotando que as orientações

recebidas no hospital não foram suficientes para mudar este comportamento de

risco para o neonato.

Vieira (2003) menciona que poderia ser suposto que mães multíparas,

por terem vivenciado outras situações de saúde-doença, fossem mais

experientes no cuidado da criança, diminuindo o risco de adoecimento do

recém-nascido.

Entretanto, deve ser considerado que, mesmo em gestações futuras, as

mães mantêm hábitos e práticas de risco há muito tempo sedimentado no

conhecimento popular, utilizadas por ocasião da primeira gestação.

É destacado por Scochi et al. (1992) que embora o período de

internação seja reduzido para modificar práticas inadequadas, tais casos

devem ser detectados em nível de unidade de internação, merecendo atenção

especial dos profissionais da área da saúde, necessitando inclusive de

acompanhamento domiciliar.

Mesmo que o profissional de saúde tenha feito referência ao diagnóstico

de tétano ou tétano umbilical, muitas pessoas desconhecem a doença, embora

para algumas tenha chegado a informação de que a causa foi do óbito foi o

tétano (VIEIRA, 2003).

18

Neste sentido, D’Ávila e Gonçalves (2003) consideram importante

ressaltar a influência da cultura nas atitudes e comportamentos dos indivíduos.

Essa cultura é expressa pelos seus membros, por meio de crenças, cuidados e

condutas que norteiam a decisão do que podem ou não fazer em cada situação

da vida.

Bohes, Monticelli e Elsen (1989) citam que a crença popular é bastante

sólida e enraizada em fatos acontecidos anteriormente na família ou em

medidas terapêuticas largamente utilizadas na comunidade em que a família

vive.

Ressaltam também que as mães relatam com freqüência as

complicações que poderão advir se os procedimentos não forem eficientes ou

mesmo se a mulher não tiver uma experiência anterior de cuidado com

qualquer criança

Cosminsky, citado por Bohes, Monticelli e Elsen (1989) ao estudar as

práticas de saúde relacionadas aos cuidados pós-parto nas comunidades rurais

da Guatemala, faz referência ao significado e destino do coto umbilical,

afirmando que este é examinado pelas parteiras buscando-se inúmeros

símbolos que possam explicar ocorrências futuras: “os nós ou marcas do

cordão umbilical simbolizam quantas crianças a mulher terá e o intervalo entre

as crianças”.

Quanto ao destino dado ao coto umbilical, Cosminsky (ainda na

Guatemala) tenta relatar o depoimento das mulheres rurais, referindo-se a esse

assunto (... “algumas jogam o coto fora, outras colocam sob uma árvore para

que a criança tenha habilidades em subir em árvores quando crescer ou ainda,

se for menina, o coto será colocado na altura do coração, assim ela

desenvolverá habilidades para o trabalho doméstico”),

Os resultados da pesquisa de Kimura, Tsunechiro e Bonadio (1991)

evidenciaram que a secreção umbilical constitui o problema mais freqüente –

33 RN (84,6%). A secreção umbilical apresentada pelos recém-nascidos era

principalmente do tipo seroso (24) e os demais sanguinolento (6) e sero-

sanguinolento (3). Nenhum deles apresentou odor fétido.

19

Na prática diária observamos que é comum a presença de secreção

serosa no coto umbilical, por isso é extremamente necessário orientar as

puérperas quanto a troca freqüente de curativo, pois o acúmulo dessa secreção

poderá favorecer o desenvolvimento de germes patogênicos.

Desta forma, a enfermagem por responsabilizar-se pelo grande

contingente das ações educativas na assistência à saúde do grupo materno-

infantil, deve estar atenta sobre a influência dos familiares, especialmente das

mães, na transmissão de ensinamentos e “conselhos”.

2.6 Tétano neonatal

O tétano é uma síndrome neurológica aguda e grave que acomete seres

humanos e outros mamíferos, provocada pela toxina tetânica. O

microorganismo causador do tétano é comum no ambiente, está presente no

solo e no intestino delgado de muitos animais (RUBIN, 2002).

Segundo D’Ávila e Gonçalves (2003) o tétano neonatal é uma doença

infecciosa, não contagiosa causada pela neurotoxina liberada por um

microorganismo anaeróbico, o clostridium tetani

O tétano ocorre quando o microorganismo contamina feridas e prolifera

nos tecidos, liberando sua exotoxina (RUBIN, 2002).

2.6.1 Manifestações clínicas

O período de incubação do tétano é de uma a três semanas. A doença

começa sutilmente com fadiga, fraqueza e câimbras musculares que progridem

até rigidez muscular, a qual se inicia nos músculos da face, originando o

“trismo”, provocando um sorriso fixo (riso sardônico) (RUBIN, 2002).

Rubin (2002) ainda afirma que estímulos súbitos, incluindo som, luz ou

toque, podem precipitar espasmos musculares generalizados dolorosos. A

deglutição e a respiração podem estar comprometidas pelo envolvimento dos

músculos associados.

O mesmo autor cita que o desfecho do tétano depende da idade do

20

paciente, do inoculo da toxina e da disponibilidade de suporte médico, sendo

os lactentes e as pessoas com mais de 50 anos de idade a população com

maior taxa de mortalidade.

2.6.2 Formas de contaminação

D’Ávila e Gonçalves (2003) mencionam que alguns materiais utilizados

facilitam a penetração e o crescimento de microorganismos patogênicos entre

eles o Clostridium tetani, causador do tétano neonatal.

Vieira (2003) cita que a grande proporção de atendimentos prestados

por pessoa sem preparo profissional (60,8%) é condição de risco para o

adoecimento, por não oferecer segurança quanto à correta higienização das

mãos, de objetos cortantes do cordão umbilical e uso de substâncias próprias

para curar o coto, apontando para a possibilidade da maioria dos recém-

nascidos ter contraído a doença no momento do parto.

A elevada ocorrência de partos no domicílio pode não ser uma opção

das mães, mas conseqüência da dificuldade de acesso e de atendimento em

serviços de atenção ao parto, levando, na maioria das vezes, à assistência por

indivíduo despreparado e aumentado os riscos para o recém-nascido contrair o

tétano neonatal.

Bazin e Scheufler e Pinto citados por Veronesi et al. (2001) mencionam

que no Estado do Rio de Janeiro, e o Estado do Rio Grande do Sul, através de

sua Secretaria de Saúde, referiram que na maioria dos casos de tétano

neonatal o parto foi realizado no domicílio, por parteiras curiosas ou parentes

das crianças, sem condições sépticas, sendo a onfalotomia realizada com

tesoura doméstica sem cuidados de assepsia.

Ainda reforçam que a ligadura do coto umbilical é realizada com

barbante ou linha de costura, submetendo-se o coto umbilical à agressão com

diversas substâncias sépticas, com a finalidade de acelerar a cicatrização e

evitar hemorragia.

21

2.6.3 Prevenção

Segundo Brasil (2001) para prevenção do tétano neonatal e para

proteção da gestante, é administrada a vacina dupla do tipo adulto (dT) ou, na

falta desta, com o toxóide tetânico, seguindo esquema de três doses para

gestante não-vacinada; completando esquema de gestante com vacinação

prévia e aplicando o reforço a cada dez anos.

De acordo com Branco (2003) a organização mundial de saúde

recomenda que se após um parto hospitalar, o recém-nascido ficar junto com a

mãe e esta for a principal prestadora de cuidados e se existe uma taxa baixa

de infecções cutâneas, a aplicação de antisépticos não será necessária, sendo

assim as atenções a ter com o coto umbilical serão de limpeza, secagem e

vigilância.

As mães, enquanto prestadora de cuidados e elemento vigilante no

eventual aparecimento de complicações, deverão ser orientadas com clareza

durante o processo de cicatrização do coto.

3 METODOLOGIA

3.1 Referencial teórico

Para Leninger (1991), a cultura é definida como valores, crenças,

normas e modos de vida de um determinado grupo aprendidos, compartilhados

e transmitidos e que orientam seu pensamento, suas decisões e suas ações de

maneira padronizada.

Foi utilizada esta teoria visto que este trabalho busca conhecer hábitos

culturais e crenças de uma determinada população e a maneira como estes

elementos influenciam no cuidado.

3.2 Referencial metodológico

Segundo Martins (2000), estudo de caso é uma pesquisa realizada

sobre determinado grupo ou indivíduo para analisar aspectos variados de sua

vida, trata-se de uma pesquisa empírica analítica que possibilita um

aprofundamento da realidade social. Consiste em um trabalho de campo que

tem como parâmetro a solução de um determinado problema. Utiliza-se a

coleta de dados com técnicas adequadas e específicas para o objeto de

estudo.

O estudo foi do tipo descritivo. De acordo com Gil (2002) a pesquisa

descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre

variáveis.

3.3 Realizando a pesquisa

A pesquisa foi realizada na Santa Casa de Misericórdia de Lavras, no

período de 20 a 27 de setembro de 2007, após a aprovação pelo Comitê de

23

Ética e Pesquisa sobre o protocolo nº 0082.0.189.000.07, seguindo a

Resolução 196/96 do conselho nacional de saúde.

Foram entrevistadas 9 puérperas cujo parto ocorreu na Santa Casa de

Misericórdia de Lavras no período de 20 a 27 de setembro. Após termos

explicado o objetivo da pesquisa e esclarecido qualquer dúvida sobre a

mesma, solicitou-se que as envolvidas na pesquisa lessem e assinassem o

termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 2) e logo após

respondessem o questionário (ANEXO1) formado por perguntas abertas e

fechadas.

Foram excluídas da pesquisa as puérperas cujo parto ocorreu fora do

período de 20 a 27 de setembro ou em outra instituição, as analfabetas, as

portadoras de sofrimento mental e as que se opuseram a qualquer um dos

termos da pesquisa.

O encerramento da pesquisa deu-se com o término do prazo estipulado,

que coincidiu com a saturação teórica dos dados, lembrando que as duas

últimas entrevistas foram realizadas no intuito de validar os resultados obtidos

na pesquisa.

Foram garantidos o sigilo das informações, o anonimato das

participantes, bem como a possibilidade de deixarem de participar deste estudo

a qualquer momento, mesmo após terem assinado o termo, sem penalização

alguma.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste trabalho compreendeu-se a percepção das puérperas em relação

aos cuidados com o coto umbilical, onde a análise dos resultados revelou uma

reflexão importante sobre a escassez de orientações durante o pré-natal, visto

que 100% da puérperas entrevistadas disseram não ter recebido informações

relativas aos cuidados com o coto umbilical.

Os profissionais de saúde deveriam se preocupar em fornecer essas

orientações especialmente no terceiro trimestre de gravidez, pois neste período

é grande a procura das gestantes por informações sobre os cuidados com o

recém-nascido, uma vez que se aproxima o término da gestação.

Outro dado importante é que 88,9% das puérperas não realizarão o

curativo do coto de seu filho, sendo o medo a cauda primordial citado pelas

entrevistadas.

Algumas mães têm receio de machucar a criança e delegam esta tarefa

a outra pessoa, que nem sempre está preparada, o medo é uma característica

do ser humano, um comportamento de conservação.(BRANCO,2003).

Das puérperas que não realizarão o curativo do coto, 50% eram

primíparas e 50% multíparas, fato este que leva a crer que não interfere nos

cuidados com o coto umbilical o fato de ser ou não a primeira gestação.

Quanto ao nível de escolaridade, 33,3% das puérperas relataram ter

cursado o terceiro grau, 33,3% o segundo grau enquanto que 33,3% cursaram

apenas o primeiro grau, estando a faixa etária das entrevistadas entre 21 a 39

anos. Portando pôde-se deduzir que o medo em realizar o curativo do coto

pode não relacionar-se com a idade ou nível de escolaridade.

Quanto à substância utilizada no curativo do coto, 88,9% das puérperas

relataram que será usado álcool absoluto e 11,1% citaram o azeite como

substância de escolha.

Este dado leva a refletir que mesmo não sendo instruídas por

profissionais da saúde durante a gestação, a grande maioria das puérperas

estão conscientes sobre o uso da solução adequada na realização curativo.

25

Sendo assim, evidencia-se que o álcool absoluto passou a ser uma

substância de uso frequente na realização do curativo do coto umbilical,

tornando-se um hábito cultural. Atualmente, a indicação desta substãncia

também é fornecida por pessoas leigas no assunto, tornando-se o uso do

álcool absoluto um hábito cultural.

Os sistemas de cuidados genéricos (populares ou leigos) são

“conhecimentos e habilidades tradicionais, populares (com base doméstica),

culturalmente aprendidos e transmitidos usados para proporcionar atos

facilitadores ou capacitadores para outro ou por outro indivíduo, grupo ou

instituição com necessidades evidentes de melhorar um modo de vida humana,

uma condição de saúde (ou bem estar).” (LEININGER,1991)

5 CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento do trabalho, ficou evidente a importância da

realização de práticas educativas na área de saúde.

Notou-se que não há uma preocupação por parte dos profissionais da

saúde em orientar as gestantes quanto aos cuidados com o coto umbilical

durante o pré-natal, sendo estas informações passadas somente após o

nascimento da criança.

Percebeu-se que os resultados tomaram rumos diferentes do esperado

devido a objetividade das puérperas ao responder o questionário.

Ressalta-se que ao abordar as puérperas, procurou-se conhecer seus

hábitos culturais, sem no entanto desconsiderar seus conhecimentos prévios,

evitando assim qualquer aborrecimento por parte das mesmas.

O choque cultural pode ocorrer quando alguém externo tenta

compreender ou adaptar-se, efetivamente, à um diferente grupo cultural. O

estranho apresentará sentimentos de desconforto e desamparo e algum grau

de desorientação devido as diferença de valores, de crenças e de práticas

culturais.(LEININGER, 1978).

Segundo Branco (2003), mesmo que a mulher tenha sido orientada

sobre a forma correta de prestar os cuidados a influência do grupo social a que

pertence é tão forte que paira dúvidas entre as novas orientações e as antigas.

Mediante este fato, torna-se necessário identificar os receios por parte

das puérperas, abordando-as da melhor forma possível afim de que se reduza

seus medos, para que a própria mãe possa prestar os cuidados relativos ao

coto umbilical de seu filho.

Atualmente, grande parte das gestantes e puérperas recorrem ao

Programa Saúde da Família (PSF) em busca de atendimentos, sendo

necessário criar estratégias para um melhor acompanhamento durante o pré-

natal e purpério, conscientizando as gestante sobre o risco de contaminação

27

durante a realização do curativo, e destacando a vacinação antitetânica como

uma das formas de se reduzir o risco de tétano neonatal.

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29

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ZIEGEL, E. E.; CRANLEY, M. S. Enfermagem Obstétrica. 8. ed. Rio de

Janeiro: Interamericana. 696 p. 1985

31

ANEXO I

QUESTÕES NORTEADORAS DO ESTUDO

1. Qual sua idade e grau de escolaridade?

_______________________________________________________________

2. Esta é sua primeira gestação?

( )Sim ( ) Não

3. Durante o pré-natal você foi orientada quanto a realização do curativo do

coto umbilical (umbigo)?

( )Sim ( ) Não

4. O curativo do coto umbilical (umbigo) de seu filho será realizado por você

mesma?

( )Sim ( ) Não Por que?__________________________________

____________________________________________________________

5. O que você utilizará na realização do curativo do coto umbilical (umbigo) de

seu filho?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________.

6. Quem te instruiu a utilizar esta técnica?

______________________________________________________________.

32

ANEXO 2

Termo de consentimento livre e esclarecido para participação na pesquisa científica

Nós, Leidiane Mendes Santana e Pollyana Gomes dos Santos,

graduandas em enfermagem pelo Centro Universitário de Lavras, sob orientação da professora Vera Lúcia Lemos de Castro, estamos realizando um estudo que pretende compreender a percepção das puérperas de Lavras com relação aos cuidados com o coto umbilical. Para tanto, estamos entrevistando puérperas que tiverem seu parto ocorrido na Santa Casa de Lavras durante o período de 20 a 27 de setembro de 2007, e que aceitem voluntariamente a participar da pesquisa.

A entrevista será realizada na maternidade da santa Casa de Lavras, por meio de um questionário contendo perguntas abertas e fechadas. Os resultados da pesquisa permanecerão guardados com as pesquisadoras e somente elas e sua orientadora terão acesso a seu conteúdo.

Esta pesquisa não trará custo ou prejuízo algum para as entrevistadas e para a instituição sediadora da pesquisa. Serão garantidos os sigilos das informações, o anonimato das pessoas participantes, bem como a possibilidade de deixar de participar deste estudo a qualquer momento, mesmo após ter assinado o termo, ou seja, você poderá retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma.

Os resultados obtidos poderão ser divulgados em eventos e publicações científicas.

PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA

Eu, _______________________________________, declaro que tomei ciência do estudo a ser realizado por Leidiane Mendes Santana e Pollyana Gomes dos Santos e concordo em participar da entrevista.

Se quiser que os dados não sejam mais utilizados, entrarei em contato com Leidiane Mendes Santana, pelos telefones xxx e Pollyana Gomes dos Santos pelos telefones: xxx

Este documento possui duas vias, uma ficará em posse da entrevistada

e a outra arquivada com as pesquisadoras Leidiane Mendes Santana e Pollyana Gomes dos Santos.

Lavras, ____ de _____________________ de 2007

___________________________ ____________________________

Entrevistadoras Entrevistada

ANEXO 3

33

Termo de Consentimento da Instituição sediadora (Santa Casa) Nós, Leidiane Mendes Santana e Pollyana Gomes dos Santos,

graduandas em enfermagem pelo Centro Universitário de Lavras, sob orientação da professora Vera Lúcia Lemos de Castro, estamos realizando um estudo que pretende compreender a percepção das puérperas de Lavras com relação aos cuidados com o coto umbilical. Para tanto, estamos entrevistando puérperas que tiverem seu parto ocorrido na Santa Casa de Lavras durante o período de 20 a 27 de setembro de 2007, e que aceitem voluntariamente a participar da pesquisa.

A entrevista será realizada na maternidade da santa Casa de Lavras, por meio de um questionário contendo perguntas abertas e fechadas. Os resultados da pesquisa permanecerão guardados com as pesquisadoras e somente elas e sua orientadora terão acesso a seu conteúdo.

O presente estudo será de grande benefício, visto que no ato da entrevista as puérperas serão orientadas sobre a maneira correta de se realizar o curativo do coto umbilical e sobre os devidos cuidados que deverão ser dispensados a este, afim de que se possa ser prestada uma assistência de qualidade também a nível domiciliar.

Estarão inclusas na pesquisa as puérperas que aceitarem participar e assinarem o TCLE; e que tiverem seu parto ocorrido entre os dias 20 a 27 de setembro de 2007 na Santa Casa de Misericórdia de Lavras.

Estarão exclusas da pesquisa as puérperas cujo parto ocorreu fora deste período e desta intituição; as analfabetas; as portadoras de sofrimento mental e as que se opuserem a qualquer um dos termos da pesquisa.

Ressaltamos que a realização da pesquisa obedecerá aos preceitos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, ou seja, será iniciada a coleta de dados após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Unilavras, a qual se deu no mês de julho de 2007.

Esta pesquisa não trará custo ou prejuízo algum para as entrevistadas e para a instituição sediadora da pesquisa. Serão garantidos o sigilo das informações, o anonimato das pessoas participantes, bem como a possibilidade de deixar de participar deste estudo a qualquer momento, mesmo após ter assinado o termo, ou seja, a puérpera poderá retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma.

Os resultados obtidos poderão ser divulgados em eventos e publicações científicas.

Autorização da Instituição sediadora

34

Eu______________________________________________,enfermeira

responsável pela Santa Casa de Misericórdia de Lavras , declaro que tomei ciência do estudo a ser realizado por Leidiane Mendes Santana e Pollyana Gomes dos Santos e concordo que a mesma seja realizada nesta instituição. Se tiver dúvidas, entrarei em contato com Leidiane Mendes Santana pelo telefone xxx e Pollyana Gomes dos Santos pelos telefones: xxx. Este documento possui duas vias, uma ficará em posse da instituição e a outra arquivada com as pesquisadoras.

Lavras, _____ de ______________________ de 2007

_____________________________________________________ Assinatura da enfermeira responsável