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0 CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas PUC RIO Empreendedorismo Para Formadores Mariceia Ribeiro Lima Monografia apresentada ao Programa de Pós- Graduação PUC-RIO, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialização em Educação Empreendedora. Orientador: Rosemary Fernandes da Costa Rio de Janeiro, 8 de Julho de 2017

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CTCH Centro de Teologia e de Ciências Humanas

PUC RIO

Empreendedorismo Para Formadores

Mariceia Ribeiro Lima

Monografia apresentada ao Programa de Pós-

Graduação PUC-RIO, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Especialização

em Educação Empreendedora.

Orientador: Rosemary Fernandes da Costa

Rio de Janeiro, 8 de Julho de 2017

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Mariceia Ribeiro Lima

Empreendedorismo para formadores

Rio de Janeiro, 8 de Julho de 2017

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Ficha Catalográfica

CDD: 370

Lima, Mariceia Ribeiro Empreendedorismo para formadores / Mariceia Ribeiro Lima ; orientador: Rosemary Fernandes da Costa. – 2017. 35 f. : il. ; 30 cm Curso em parceria com o Instituto Gênesis (PUC-Rio), através da plataforma do CCEAD (PUC-Rio). Com o patrocínio do Sebrae em parceria com o MEC. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)–Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Empreendedora, 2017. Inclui bibliografia 1. Educação – TCC. 2. Educação empreendedora. 3. Formação de docentes. 4. Ensino fundamental. I. Costa, Rosemary Fernandes da. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Educação. III. Título.

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Perfil do aluno

Mariceia Ribeiro Lima é Licenciada em

Pedagogia pela Universidade Federal do

Maranhão. É especialista em

Psicopedagogia, Especialista em

Atendimento Educacional Especializado,

Especialista em Educação à distância e

mestranda do Programa de Pós-Graduação

em Gestão do Ensino da Educação Básica

pela UFMA.

Atualmente é pedagoga do Instituto Federal

do Maranhão e Chefe do Departamento

Pedagógico. Atua na Educação Profissional e

no Ensino Superior.

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Dedicatória

Ao meu bom e amado pai, Antonio Ribeiro Lima (in memoriam) que não teve a oportunidade de ver

minhas vitórias nos últimos sete anos.

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Agradecimentos

À Deus pelas bênçãos a mim concedidas.

Ao meu esposo e companheiro Marco Torreão pela presença constante.

Aos meus filhos Felipe, Maria Eduarda e Rebeca pela compreensão da minha ausência para

estudar.

À minha mãe pelas orações e amor.

À minha família que acompanha a 600 km de distância as minhas conquistas.

À minha orientadora Rosemary Fernandes pela paciência na orientação deste trabalho.

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Resumo

O momento histórico em que vivemos aponta para a necessidade de desenvolvimento de competências

empreendedoras em todas as etapas da Educação Básica e no Ensino Superior. O Curso “Empreendedorismo para

formadores” será uma oportunidade de contribuir com a formação de professores para o ensino da educação

empreendedora que hoje tem uma posição estratégica tanto social como econômica. Trata-se de uma proposta em

que o ponto central da formação é o educador, que será o mediador das formações com os estudantes. O curso

busca incentivar o desenvolvimento de atitudes empreendedoras - persistência, independência,

comprometimento, autoconfiança, entre outros - nos docentes que, por sua vez, estarão capacitados a transmiti-las

aos estudantes.

Palavras-chave: Educação empreendedora; formação de docentes; ensino fundamental

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Sumário

1 Introdução 8

2 Educação Empreendedora: Contextualização 9

3 A Instituição lócus da formação 12

4 Educação Empreendedora: fundamentação teórica 13

5 Organização teórica e metodológica do curso 15

6 Conclusões 20

7 Considerações Finais 21

Referências 22

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1. Introdução

Considerar o espaço escolar como “lócus privilegiado de formação” é um desafio para os

profissionais da educação. Atualmente nem sempre se reserva tempo para momentos de formação e

atualização profissional dos professores.

Pensar em formação continuada para docentes é pensar na ampliação das bases teóricas e

conceituais destes a partir da dinâmica ação-reflexão.

Este trabalho apresenta uma proposta de formação/capacitação para professores da educação

básica centrada no eixo Educação, Trabalho e Empreendedorismo. Trata-se de um curso de formação

inicial cujo objetivo é possibilitar momentos de formação através da reflexão voltada para os

conhecimentos da educação empreendedora na Educação Básica.

A proposta de formação docente contempla a oferta de conteúdos que tratam dos fundamentos

teóricos e práticos do Empreendedorismo assim como de metodologias que poderão ser utilizadas na

escola ou em sala de aula, por meio de disciplinas ou projetos.

Nas últimas décadas, teóricos e educadores como Saviani (2013), Frigotto (1994) dentre outros,

se dedicaram a analisar as relações entre educação e trabalho, bem como as políticas educacionais

vigentes e suas influências sobre a educação. Em geral, as análises realizadas pelos autores constatam as

pressões da sociedade capitalista sobre a escola enquanto mola propulsora do desenvolvimento, e

destacam a necessidade de uma escola que promova formação integral do indivíduo como centro do

processo educativo.

Atualmente torna-se imprescindível ao jovem, futuro trabalhador, o desenvolvimento de

competências e habilidades que o possibilitam sua inserção no mercado de trabalho. De acordo com

Saviani (2013 apud SILVA 2016) “a educação institui-se no conjunto das relações sociais e do trabalho

e tem a função de responder às necessidades postas pelo mundo do trabalho a cada momento histórico”.

Nos últimos anos, o momento histórico em que vivemos aponta para a necessidade de

desenvolvimento de competências empreendedoras em todas as etapas da Educação Básica e no Ensino

Superior. De acordo com Magalhães (2011), a escola sai da ótica centenária de treinar pessoas para

mercado de trabalhos e passa a formar empreendedores com maior capacidade de desenvolver seu

próprio negócio.

O Curso “Empreendedorismo para formadores” será uma oportunidade de contribuir com a

formação de estudantes no que tange à educação empreendedora que hoje tem uma posição estratégica

tanto social como economicamente. Trata-se de uma proposta em que o ponto central da formação é o

aluno, que será o mediador da aprendizagem dos docentes.

Considerando que essa formação não pode ocorrer de forma aleatória, o curso está organizado de

forma que possa ser viabilizado através de duas possibilidades: um curso intensivo ou, em etapas,

durante os encontros pedagógicos das escolas.

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A proposta busca incentivar o desenvolvimento de atitudes empreendedoras - persistência,

independência, comprometimento, autoconfiança, entre outros - nos docentes que, por sua vez, estarão

capacitados a transmiti-las aos estudantes.

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2. Educação Empreendedora: Contextualização

A temática da Educação Empreendedora tem sido amplamente debatida nos últimos anos em

busca de uma consolidação ou mesmo um amadurecimento. Autores como Lopes, Torkomian, Laviere

(2010), Chér (2013) fazem importantes considerações sobre a temática, destacando que ainda carece de

uma discussão sólida e embasada.

De acordo com Laviere (2010) o ensino do Empreendedorismo nasceu nos EUA nas faculdades

de Administração, sendo realizado em 1947 o primeiro Curso de Empreendedorismo em Harvard pelo

professor Myles Mace.

De lá pra cá, com a ampliação do mercado e o surgimento de novas formas de organização

econômica, foi se tornando mais evidente a importância do Empreendedorismo para a economia como

uma possibilidade de geração de renda para determinados grupos sociais até então fora do mercado de

trabalho.

No Brasil, em 1981, foi realizado o primeiro curso de Empreendedorismo pelo professor Ronald

Degen, como disciplina do curso de Especialização em Administração. O foco estava na visão

acadêmica a partir de um modelo simplificado de grandes empresas multinacionais (LOPES, 2010).

Outra problemática do ensino de Empreendedorismo centrava-se na visão de que havia pessoas

com perfil empreendedor nato e outras sem nenhum perfil, chegando a classificá-las em pessoas em

empreendedoras e não-empreendedoras.

Embora essa visão ainda permaneça em grande parte das pessoas, profissionais e educadores, o

ensino de empreendedorismo tem-se voltado para superar essa visão e capacitar o indivíduo a ter

atitudes empreendedoras e não conteúdos do Empreendedorismo.

Outro ponto destacado por alguns autores é o que “ensinar?”. Os cursos de educação

empreendedora em geral estão centrados na elaboração do plano de negócio e nos conceitos gerais

básicos do empreendedorismo e até mesmo da administração (LAVIERE, 2010). Para superar essa

visão academicista, é necessário fugir um pouco da prática de trabalhar incessantemente o conteúdo,

incluindo metodologias que desenvolvam habilidades e despertem o espírito inventivo, investigativo,

criativo, inovador.

O modelo de educação empreendedora precisará favorecer metodologias criativas,

reconhecimento de suas capacidade e limitações, ajudando-os a descobrir e as belezas, as vantagens de

ser empreendedor.

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3. A Instituição lócus da Formação

A Escola Pedro de Tasso é uma instituição de ensino fundamental maior que atende crianças de

10 a 14 anos. A instituição conta com 6 salas de aulas e possui 480 alunos distribuídos igualmente nos

turnos matutino e vespertino. No turno noturno atende 160 alunos na modalidade de jovens e adultos

oferecendo também o Ensino Fundamental.

De acordo com a diretora, a escola possui trinta professores, em sua maioria com formação

superior em nível de especialização lato sensu. Localizada no centro da cidade de São José de Ribamar,

a escola possui boa estrutura física e espaços como área de vivência, biblioteca, sala de informática e

cantina.

O cenário escolhido justifica-se pela intenção da proposta de formação dos docentes que atuam

no ensino fundamental. A Educação Empreendedora, inserida como tema transversal, pode desenvolver

competências e habilidades em crianças e adolescentes, público alvo do Ensino Fundamental,

colaborando com a formação crítica e uma visão empreendedora. .

Repensar o papel do professor enquanto formador de crianças e adolescentes exige reflexão e

compromisso mútuo com sua própria formação. Nesse contexto, para trabalhar com a temática do

Empreendedorismo, torna-se necessário uma formação específica dentro de uma abordagem

interdisciplinar para além do modelo atual de formação centrada numa abordagem especificamente

técnica.

Assim, uma formação crítica e reflexiva, exige um novo formato e portanto objetivos específicos

que estabeleçam o alcance da proposta. O curso que apresentamos neste trabalho, portanto, tem como

objetivos:

Possibilitar a formação contínua e interdisciplinar dos docentes do Ensino Fundamental séries

finais;

Incentivar uma postura empreendedora nos docentes;

Estimular a reflexão sobre a prática empreendedora pelos docentes e a ampliação/criação de

metodologias que possibilitem o desenvolvimento de posturas empreendedoras nos estudantes.

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4. Educação Empreendedora: Fundamentação Teórica

Alguns estudos têm buscado investigar mais detalhadamente a temática do empreendedorismo e,

principalmente, Educação Empreendedora. Fernandes (2011), em seus estudos buscou identificar os

impactos do projeto Empreendedorismo na Educação Básica, em Rondônia.

Sua pesquisa centrou-se nos estudantes e procurou identificar como a educação empreendedora

incentiva a construção do perfil empreendedor em estudantes. Outro ponto importante que também foi

investigado foi a preparação dos docentes para desenvolver o projeto.

Alguns estudos centram em buscar respostas a questões: seria possível ensinar a ser

empreendedor? Quais os objetivos da educação empreendedora?

Quanto ao primeiro questionamento, Lopes (2010) destaca que profissionais e instituições que

oferecem formação na área de empreendedorismo compartilham a visão de que a atitude e o

comportamento empreendedor resultam de um longo processo de aprendizagem durante toda a vida e

que se faz necessário, desde cedo, desenvolver todas as habilidades empreendedoras abrangendo todos

os níveis escolares.

Quanto aos objetivos da educação empreendedora, Lopes (2010, p 25) apresenta três principais

objetivos: “Aprender sobre empreendedorismo; Aprender a comportar-se de forma empreendedora

(foco no indivíduo); Aprender a se tornar um empreendedor”.

Em suas análises, Lopes (2010, p. 29) destaca que a educação empreendedora deve enfatizar “o

uso intenso de metodologias de ensino que possibilitam aprender fazendo”. O ideal é utilizar recursos,

estratégias e contextos que levarão o indivíduo a se defrontar com desafios que exigirão uma busca de

alternativa.

Bedê (2010), em seu artigo “Uso de técnicas lúdicas no ensino de empreendedorismo”, apresenta

que grande parte da literatura sobre empreendedorismo dá destaque à capacidade de inovação, à busca

pela realização, à disponibilidade para assumir riscos e trata o empreendedor como pessoa com poder de

transformar o meio em que vive.

Guerra e Graziotim (2010) apontam que a formação do estudante deve propiciar o aluno

condições para assumir o papel de sujeito pleno, conciliando com as complexas relações entre racional e

sensível. Assim, advoga que o ensino de empreendedorismo deve possibilitar o desenvolvimento da

criatividade, pois “não há atitude empreendedora que não tenha nascido do ato criativo” (2010, p. 85).

Para Kuratko (apud Guerra e Graziotim, 2010), “o poder de um fazendo a diferença é mais

aparente no campo do empreendedorismo do que em qualquer outra disciplina”. Nesse sentido, Guerra

e Graziotim (2010) defendem que o ensino do empreendedorismo deve incentivar e promover a

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interdisciplinaridade, de forma que suas questões sejam contempladas em todas as disciplinas, por todo

grupo de professores.

Assim, as questões anteriormente apresentadas servirão de base para a construção da proposta de

formação docente no campo do empreendedorismo.

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5. Organização Teórica e Metodológica Do Curso

Concebemos formação continuada como momento de reflexão da prática pedagógica para

aprimoramento, ampliação de conhecimentos e realizada em serviço, tendo a escola como local de

formação, para melhor aproveitamento das condições de trabalho e tempo dos professores.

Nesse sentido, o curso aqui proposto está organizado de forma a aproveitar os momentos de

formação surgidos na escola durante todo o semestre ou aluno letivo.

- Duração do curso e materiais didáticos

O curso proposto tem a duração de 10 horas, podendo ser organizado em tempos conforme a

disponibilidade do horário para formação continuada da escola.

Quanto ao número de participantes, não há limite mínimo de participantes, recomenda-se turmas

com até 30 participantes.

Para realização do curso será necessário uma sala de aula com computadores, datashow, além

dos materiais de consumo, de acordo com o número de participantes, como: caixas de lápis de cor;

tesouras; blocos de papel; canetas hidrocor; folhas de cartolinas cores variadas; papel A4.

- Organização curricular

O curso está dividido em duas unidades. A duração de cada unidade está condicionada ao tempo

disponível de cada momento de formação com os professores, desde que sejam garantidas o

cumprimento da carga horaria estabelecida para cada unidade/tema.

UNIDADE I

A necessidade de incentivar os sonhos é o tópico principal da Unidade I. Nesse tópico os

participantes poderão identificar seus potenciais e reconhecer seu perfil de empreendedor.

A unidade está subdividida em três temáticas que tratam de qualidades e habilidades necessárias

ao empreendedor.

Temas:

1. Somos empreendedores!

2. Características necessárias ao empreendedor

3. Despertando o espírito empreendedor: Sonhar é necessário, realizar é um caminho

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UNIDADE II

A Unidade II também está dividida em três temas. No primeiro tema trabalha-se com um

diagnóstico da sala de aula, buscando identificar os caminhos possíveis de serem seguidos. O segundo

e o terceiro temas apresentam dicas metodológicas para educação empreendedora na sala de aula e

sugestões para desenvolvimento de projetos de empreendedorismo, nesse momento os participantes

poderão conhecer, elaborar algumas propostas e desenvolver propostas de projetos e ações que

incentivem a postura empreendedora dos estudantes.

Temas:

1. Diagnosticando a sala de aula – possibilidades e desafios.

2. Ensino de empreendedorismo: dicas metodológicas

3. Projeto e ações empreendedoras na sala de aula

Bibliografia Básica para o Curso

LOPES, Rose Mary. Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. São Paulo: Sebrae, 2010.

ALVES, Alexandre Rodrigues.Empreendedorismo. Apostila E-TEC. Disponível em:

http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_automacao/sexta_etapa/empreendedorismo_2012.pdf Acesso

em: 03 de maio de 2017.

Metodologia De Avaliação

Considerando os objetivos definidos para o curso, o processo avaliativo será realizado tendo

como ponto principal a autoavaliação por parte dos participantes.

A participação e envolvimento nas atividades propostas e a frequência de 75% para certificação

também serão considerados como ponto de avaliação para certificação.

Estratégias Metodológicas

UNIDADE I

CONTEÚDO

METODOLOGIA ATIVIDADES RECURSOS TEMPO

Boas vindas;

Dinâmica de

apresentação

Música: Trem bala

(ANEXO A)

Momento de reflexão:

Somos só passageiros

nesta vida

O formador distribuirá a letra da música

antes de tocá-la.

Individualmente os participantes falarão

sobre a música relacionando com sua

vida.

Xerox com letra da

música.

30 min

Todos somos

empreendedores

Leitura e explanação do

Texto (Anexo B)

O formador poderá

acessar cada link

constante no texto para

- Após a leitura das experiências

empreendedoras constante do site o

formador deverá incentivar a

participação dos participantes para

socializar momentos em que já fomos

Papel; Caneta;

Data show;

- Perguntas para

reflexão

90

minutos

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que os participantes

visualizem os sites e

visualizem as várias

experiências

empreendedoras.

empreendedores.

Este momento pode ser orientado pelas

perguntas constante no anexo B.

- Características

necessárias ao

empreendedor

Dinâmica do “Cuidado

com o Terremoto” Anexo

C

Sou empreendedor?

Análise das

características de

um empreendedor (Anexo

D)

A turma será organizada em grupos para

dinâmica do Terremoto detalhado no

anexo C.

Após a socialização da dinâmica, o

formador fará a pergunta “SOU

EMPREENDEDOR? entregará papel

A4 para que cada participante escreva as

características de um empreendedor

segundo seu ponto de vista.

A atividade deve ser socializada.

Em seguida será apresentado o Texto

Anexo E “Característica de um

empreendedor.” Onde o formador leva

para discutir as principais características

elencadas pelo SEBRAE (constante no

Anexo D) em contraponto com a

característica apresentadas pelos

participantes.

.

Papel e caneta 30 min

30 min

Despertando o

espírito

empreendedor:

Sonhar é necessário

Ideias empreendedoras

Coloquem no papel suas ideias

empreendedoras!

Este será o comando dado pelo

formador para os participantes.

Em dupla socializar as ideias e discutir

qual delas vocês tem a capacidade de

colocar em prática para se tornar um

empreendedor de sucesso. Cada dupla

deve organizar para socialização a

defesa de suas ideias.Levar em

consideração as expertises e vivências.

Socialização para a turma.

Papel

Caneta

30 min

70 min

20 min

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MÓDULO II CONTEÚDO METODOLOGIA ATIVIDADES RECURSOS TEMPO

Diagnosticando a sala

de aula

Apresentação vídeo:

Modernidade Líquida

Video:

https://www.google.com.br/search?q=

sociedade+liquida&oq=sociedade+liq

uida&aqs=chrome.0.0l6.2804j0j4&so

urceid=chrome&ie=UTF-8#

E realizar um debate sobre o perfil

necessário à escola e aos professores

para trabalhar com esse público.

Em seguida realizar o quadro de

diagnóstico da sala de aula para

possibilidades de atuação com

educação empreendedora.

Scocialização dos diagnósticos

Texto

Quadro

diagnóstico

30 min

90 min

LINHA DA VIDA O que eu fiz nos

últimos 5 anos?

Cada participante deverá elaborar uma

linha da vida em que retrate os seus

últimos 5 anos de vida.

Em seguida casa participante fará uma

projeção de vida para os próximos 5

anos

Identificação e compartilhamento das

ações empreendedoras já realizadas.

60 min

60 min

- Dicas

Metodológicas

Desenvolvimento do

encontro a partir da

realização de

dinâmicas

O formador desenvolverá com os

professores as dinâmicas propostas no

anexo.

50 min

Encerramento Socializando as

impressões

O formador entrega a ficha de

avaliação dos trabalhos e pede que

socializem suas impressões acerca do

curso.

10 min

Mediações previstas entre professores e alunos

MÓDULO I

Dê boas vindas aos estudantes e apresente-se de forma objetiva.

Para iniciar toque a música (baixada no youtube ou salva em pendriver previamente) Trem-Bala.

Estimule os participantes a cantá-la.

Ao término da música peça para cada um se apresentar, buscando relações com a música e diga

quais suas expectativas quanto ao curso.

Caso haja expectativas que não poderão ser atendidas, explique ao término das apresentações.

Apresentar o módulo, sensibilizando para a necessidade de cumprir o tempo previsto para cada

atividade.

Relate o objetivo do módulo.

Siga o roteiro das atividades.

Mantenha a turma motivada

Ao final, despeça-se do grupo, motivando-os a participar do próximo encontro.

MÓDULO II

Inicie o módulo destacando a necessidade de conhecermos o perfil dos alunos que trabalhamos.

Apresente a proposta.

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Estimule o compartilhar

No segundo momento oriente o participante a voltar o olhar para o passado a fim de projetarmos

o nosso futuro.

Oriente a elaboração da linha do tempo.

Esclareça o que será realizado nesta etapa.

Conduza as atividades propostas da etapa três.

Mantenha a turma motivada.

Ao final entregar as fichas de avaliação dos trabalhos e pedir que socializem suas impressões

acerca do curso.

Despedida.

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6. CONCLUSÕES

A escola atualmente é vista como um espaço fundamental na formação do aluno empreendedor,

pois é através dela estudante adquire conhecimentos e desenvolve atitudes que serão utilizadas ao longo

de sua vida como a cooperação, participação e autonomia.

Somos desafiados a educar para o empreendedorismo. Somos incentivados a utilizar estratégias

e recursos variados para que ocorra a aprendizagem e planejar atividades curriculares que favorecerão o

desenvolvimento do perfil empreendedor nos alunos.

O curso proposto neste trabalho possibilita um olhar voltado para essa perspectiva. Não

buscamos apresentar todas as respostas para formação de professores para o ensino do

empreendedorismo, mas estamos dando os primeiros passos rumo ao desenvolvimento de atitudes

empreendedoras nas escolas.

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7. Considerações Finais

O curso de Especialização em Educação Empreendedora, de forma geral, possibilitou o

desenvolvimento de atitudes positivas acerca do empreendedorismo e ampliou meus conhecimentos ao

trazer um olhar específico para educação empreendedora na instituição escolar.

A proposta apresentada, consolidada no TCC, visa iniciar as discussões sobre empreendedorismo

na escola. Passivo de ampliações este projeto é fruto de minha construção formativa ao longo do curso

de especialização.

Não se pretendeu esgotar os debates acerca da temática, mas desenvolver e estimular o interesse

pelo novo, abrindo espaços que proporcionem conhecimentos relevantes e indiquem caminhos para o

desenvolvimento de novos modelos para trabalhar a educação empreendedora na escola.

Nesse contexto, o curso de especialização apresentou-se como um meio de estímulo ao processo

de inovação e criação dos participantes ao trabalhar para além dos conceitos que permeiam a formação

para o empreendedorismo e apresentar uma nova perspectiva na qual o aluno é construtor de seu

conhecimento de forma crítica e criativa.

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Referências

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Horizonte. v. 25. n. 3, p. 77- 88, set – dez, 2016. Disponível em:

http://www.portal.fae.ufmg.br/revistas/index.php/trabedu/article/view/2442/1680 Acesso em: 01 de maiol de

2017

SAVIANI, Dermeval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETTI, Celso J.

et al. (Org.). Novas tecnologias, trabalho e educação. 16. ed. Petrópolis:Vozes, 2013.

FRIGOTTO, Gaudêncio. As mudanças tecnológicas e educação da classe trabalhadora:

politecnia, polivalência ou qualificação profissional? In: KUENZER, A. Z.; FRIGOTTO, G. et al.Trabalho e

educação. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 1994. (Síntese do Simpósio).

BEDÊ, Marco Aurélio. Uso de técnicas lúdicas no ensino de empreendedorismo. In: LOPES, Rose Mary.

Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. São Paulo: Sebrae, 2010.

FERNANDES, Waldenice Martins Pierre. Efetividade Do Projeto Empreendedorismo Na Educação Básica

Seduc/RO Do Ponto De Vista Dos Alunos Atendidos. UNB, 2011.

http://Bdm.Unb.Br/Bitstream/10483/3246/1/2011_Waldenicemartinspierrefernandes.Pdf. Acesso em: 28 de abril

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GUERRA, Maria José; GRAZZIOTIN, Zilá Joselita. Educação Empreendedora na Universidades Brasileira. In

LOPES, Rose Mary A. (Org.). Educação Empreendedora: modelos, conceitos e Práticas. Rio de Janeiro: Elsevier;

São Paulo: SEBRAE, 2010.

LAVIERI, Carlos. Educação... empreendedora? In: LOPES, Rose Mary. Educação Empreendedora: conceitos,

modelos e práticas. São Paulo: Sebrae, 2010.

LOPES, Rose Mary. Educação Empreendedora: conceitos, modelos e práticas. São Paulo: Sebrae, 2010.

MAGALHÃES, Cezar. Por que estudar empreendedorismo. Disponível em:

http://www.cezarmagalhaes.com.br/2011/09/por-que-estudar-empreendedorismo/ Acesso em: 01 de abril de

2017.

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Anexos

Anexo A

MÚSICA : TREM BALA

TREM BALA

(Ana Vilela)

Não é sobre ter

Todas as pessoas do mundo pra si

É sobre saber que em algum lugar

Alguém zela por ti

É sobre cantar e poder escutar

Mais do que a própria voz

É sobre dançar na chuva de vida

Que cai sobre nós

É saber se sentir infinito

Num universo tão vasto e bonito

É saber sonhar

E, então, fazer valer a pena cada verso

Daquele poema sobre acreditar

Não é sobre chegar no topo do mundo

E saber que venceu

É sobre escalar e sentir

Que o caminho te fortaleceu

É sobre ser abrigo

E também ter morada em outros corações

E assim ter amigos contigo

Em todas as situações

A gente não pode ter tudo

Qual seria a graça do mundo se fosse assim?

Por isso, eu prefiro sorrisos

E os presentes que a vida trouxe

Pra perto de mim

Não é sobre tudo que o Teu dinheiro

É capaz de comprar

E sim sobre cada momento

Sorriso a se compartilhar

Também não é sobre correr

Contra o tempo pra ter sempre mais

Porque quando menos se espera

A vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo

Sorria e abrace teus pais

Enquanto estão aqui

Que a vida é trem-bala, parceiro

E a gente é só passageiro prestes a partir

Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Segura teu filho no colo

Sorria e abrace teus pais

Enquanto estão aqui

Que a vida é trem-bala, parceiro

E a gente é só passageiro prestes a partir

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Anexo B

Será que somos todos empreendedores?

O empreendedorismo não é um dom divino, seja lá qual for a sua divindade. Desta forma não há

pessoas condenadas a nunca serem empreendedoras, todos podem ser.

É possível desenvolver comportamentos que se aplicados levam ao sucesso empreendedor. Mas então

onde está o problema para quem está montando um novo negócio?

A resposta está em um antigo dito popular: “Quem tem pressa come cru e quente”.

Imagine o funcionário de uma empresa. Ele conhece o valor financeiro do seu salário e as datas em que

irá recebê-lo.

Imagine também que ele esteja sempre com o saldo negativo na conta bancária e sempre paga o valor

mínimo do cartão de crédito, ou ainda, tem diversos carnês com prestações longas e gasta mais do que

ganha.

A pergunta é simples: Se não sabe administrar o que tem garantido nas mãos, como vai conseguir

administrar um negócio onde recebimentos são apenas previsões e metas?

Pense em um candidato a empresário que “descobre” um “bom” negócio, porém, em um ramo de

atividade que ele desconhece. Se não conhece tecnicamente o negócio, o mercado, os concorrentes e os

clientes, como vai construir um diferencial competitivo?

Empreendedorismo também se aprende

Uma pessoa pode ter desenvolvido os comportamentos empreendedores antes de montar um negócio,

pela sua capacidade cognitiva e pelo histórico da sua educação. Podem, também, adquiri-los e

desenvolve-los posteriormente com o intuito de montar seu negócio próprio.

Muitas pessoas acreditam que somente a boa idéia é garantia de sucesso, que se não montar logo o

negócio deixará o “cavalo encilhado” passar em frente aos olhos e perderá a pseudo-oportunidade. Por

vezes, é melhor perder uma oportunidade do que herdar dívidas de um negócio malfadado. Prepare-se

antes!

Ser empreendedor não é garantia de sucesso

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Lembre-se: Desenvolver características e comportamentos empreendedores não é garantia de sucesso.

Não significa que o seu negócio está blindado e não vai falir. Ser empreendedor lhe dá condições de

avaliar cenários, agir com antecedência e com uma chance maior de acerto. O sucesso do negócio

depende também de fatores internos e externos. Os fatores internos levam em conta, por exemplo,

controles financeiros, de produção e de ações de marketing. Já os fatores externos são representados por

mudanças de mercado, políticas públicas e até mesmo variações do câmbio.

Não acreditou? Então eu vou listar aqui alguns exemplos:

1) Venda seus serviços e horas-extras

Você sabe traduzir, fazer filmagens, fotografar, costurar, dar consultoria, fazer churrasco, limpar

piscina, cortar grama, desenvolver logmarcas, etc.? Tem tempo livre fora ao longo do seu dia ou final de

semana? Então, visite um desses sites:

Getninjas.com.br

Recomind.net

Wedologos.com.br (apenas serviços de design)

Mechanicalturk.com (em inglês)

Taskrabbit.com (somente EUA)

2) Venda suas habilidades artísticas

Você sabe fazer vestidos, pulseiras, sapatados, cadernos, bijouterias, almofadas, itens de decoração e

peças de arte? Se sua habilidade como artesão é boa e isso lhe dá prazer, busque os sites abaixo para

ganhar um bom dinheiro com suas peças. Conheça:

Elo7.com.br

Tanlup.com.br

Etsy.com (em inglês)

3) Alugue sua casa ou apartamento por temporada

Você vai viajar e ficar alguns tempo fora? Que tal ganhar dinheiro alugando seu apê para pessoas

confiáveis? Pode parecer estranho, mas eu pessoalmente conheço duas pessoas que já fizeram uma boa

grana com isso e com zero de estresse aqui no Brasil! Conheça o Airbnb:

Airbnb.com.br

4) Venda o seu conhecimento

Agora os especialistas são os novos professores! Portanto, se você é especialista em algum assunto, por

mais maluco e não-convencional que seja, você pode vender uma aula sua online! Conheça:

Easyaula.com.br

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Skillshare.com (em inglês)

# Os serviços abaixo só estão disponíveis nos Estados Unidos, mas eu acho que vão surgir empresas

semelhantes no Brasil muito em breve. Estou torcendo para isso! #

5) Alugue o seu carro quando você não estiver usando

Que tal ganhar uma grana com aquele seu carro que fica a semana inteira parado na garagem esperando

o final de semana para você viajar com ele? É sério e dá certo! Conheça o Getaround:

Getaround.com

6) Seja um guia de turismo nas suas horas vagas

Já pensou aproveitar os seus finais de semana para levar turistas para lugares muito mais legais do que

aqueles pontos turísticos que todo mundo já conhece? Além de legal, isso pode render uma boa

remuneração por hora para você. Conheça o Vayable:

Vayable.com

7) Venda sua carona por um preço camarada

Quem disse que carona tem que ser de graça? Dar carona e receber uma ajuda para pagar sua gasolina e

a manutenção do seu carro pode ser uma belíssima relação de ganha-ganha! Conheça o Lyft:

Lyft.com

Viram como é possível? Ganhe dinheiro compartilhando! Compartilhando seus conhecimentos, suas

habilidades, seus bens materiais e etc. Já imaginou os impactos que teremos em nossas vidas? Em nossa

economia? Imagine, sonhe um pouco com isso, pois vai ser demaisss!

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Anexo C

Cuidado com o terremoto

Participantes: Devem ser múltiplos de três e sobrar um. Ex: 22 (7×3 = 21, sobra um).

Tempo: 40 minutos.

Material: Para essa dinâmica só é necessário um espaço livre para que as pessoas possam se

movimentar

Desenvolvimento:

Dividir em grupos de três pessoas lembre-se que deverá sobrar um. Cada grupo terá 2 paredes e 1

morador. As paredes deverão ficar de frente uma para a outra e dar as mãos (como no túnel da quadrilha

da Festa Junina), o morador deverá ficar entre as duas paredes. A pessoa que sobrar deverá gritar uma

das três opções abaixo:

MORADOR!!! – Todos os moradores trocam de “paredes”, devem sair de uma “casa” e ir para a outra.

As paredes devem ficar no mesmo lugar e a pessoa do meio deve tentar entrar em alguma “casa”,

fazendo sobrar outra pessoa.

PAREDE!!! – Dessa vez só as paredes trocam de lugar, os moradores ficam parados. Obs: As paredes

devem trocar os pares. Assim como no anterior, a pessoa do meio tenta tomar o lugar de alguém.

TERREMOTO!!! – Todos trocam de lugar, quem era parede pode virar morador e vice-versa. Obs:

NUNCA dois moradores poderão ocupar a mesma casa, assim como uma casa também não pode ficar

sem morador. Repetir isso até cansar…

Conclusão: Como se sentiram os que ficaram sem casa? Os que tinham casa pensaram em dar o lugar

ao que estava no meio? Passar isso para a nossa vida: Nos sentimos excluídos no grupo?Na Escola? No

Trabalho? Na Sociedade? Sugestão: Quanto menor o espaço melhor fica a dinâmica, já que isso

propicia várias trombadas. É muito divertido!!!

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Anexo D

Características do empreendedor

(Fragmento do texto “Características do empreendedor” disponível em

http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_automacao/sexta_etapa/empreendedorismo_2012.pdf)

Vamos conhecer nesse item as principais características do empreendedor, elencadas pelo SEBRAE.

a)Busca oportunidades e tem iniciativa

• Faz as coisas antes de ser solicitado ou antes de ser forçado pelas circunstâncias.

• Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.

• Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos,

equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.

b)Corre riscos calculados

• Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.

• Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.

• Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.

c)Exige qualidade e eficiência

• Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas, ou mais baratas.

• Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência.

• Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o

trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.

d) Persistência

• Age diante de um obstáculo significativo.

• Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo.

• Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir metas e objetivos.

e)Comprometimento

• Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para completar uma tarefa.

• Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho.

• Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade em longo prazo,

acima do lucro em curto prazo.

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Anexo E

A nova geração de alunos

Aos quatro anos, a pequena Manuela Pockrandt Robaina já domina as “manhas” do iPad dos pais.

Liga sozinha o aparelho – se for necessário, sabe desbloqueá-lo e digitar a senha que libera o acesso,

e diverte-se com vários jogos de desenhar, montar quebra-cabeça, andar por um labirinto, entre

outros.

Ela também manipula com tranquilidade o iPhone do pai, no qual sabe acionar jogos e visualizar

fotos, ou seja, é bem familiarizada com a tecnologia touch. Conhece o Facebook e assiste a vídeos no

Youtube, sempre com a supervisão dos pais. Na escola, Manuela, que frequenta a educação infantil –

está no nível Infantil V – em uma escola particular de Curitiba (PR), também já tem contato com o

computador, na Biblioteca, onde desenvolve com seus colegas, uma vez por semana, atividades

lúdicas e educativas.

Manuela faz parte da mais nova geração de pessoas do planeta: a Geração A, formada pelos pequenos

que estão nascendo agora e têm até 12 anos de idade. Juntamente às gerações Z e Y, as crianças dessa

geração compõem o grupo dos estudantes que frequentam a educação básica – ensinos infantil,

fundamental e médio – atualmente. Em comum, essas gerações têm o fato de terem nascido ou

crescido na chamada era digital, dominada pelo computador e pela internet. Fato determinante para

moldar novas características no perfil do aluno e exigir, da escola e do professor, atualização

constante. A filósofa Tania Zagury, professora-adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ), mestre em Educação e autora do livro O professor refém (Editora Record), entre outros

títulos, destaca a multifuncionalidade – ou capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo – e o

imediatismo – ou falta de paciência para esperar resultados – como as principais características dessas

novas gerações. “No entanto, eles se adaptam bem a mudanças e são bastante criativos, por estarem

sempre em contato com novas tecnologias, eles assimilam [as informações] com bastante rapidez,

estão acostumados a sempre ter [contato com] novidades”, ressalta Tania.

E como despertar – e prender – a atenção desses alunos que, como a pequena Manuela, têm contato

desde cedo com a tecnologia, o que propicia um variado cardápio de novidades e possibilidades

interativas? O que fazer numa sala de aula em que a maioria tem como características dominantes o

imediatismo, a impaciência e a sede pelo novo? Enquanto isso, por outro lado, o professor esbarra em

questões práticas, como a falta de tempo para se reciclar, o pouco contato com a tecnologia – cujos

aparatos demandam investimento financeiro –, entre outras dificuldades. Para a psicóloga Rosely

Sayão, consultora educacional, escritora e colunista da Folha de S. Paulo, é um equívoco as escolas

introduzirem o “aparelho tecnológico” quando poderiam usar a “linguagem tecnológica”. “Eu vejo as

escolas distribuindo tablets, não sei se isso adianta. Usar a linguagem, mais do que qualquer outra

coisa, e assim entrar no mundo em que eles são acostumados a entrar. Comunicar, basicamente, é a

comunicação”, afirma a psicóloga.

Rosely não acredita que a presença maior da tecnologia na vida das pessoas tenha alterado o perfil

das crianças dessas novas gerações. “A criança usa essa ‘traquitana’ tecnológica como brinquedo, e

brinquedos tecnológicos a gente sempre teve, é claro, que cada um de acordo com a tecnologia da

época. Ela brinca com o tablet, o celular, sabe mexer, joga, mas, na escola, não faz diferença”,

observa a psicóloga. E completa: “vai fazer uma diferença maior lá no final do ensino fundamental,

no ensino médio, quando eles [os alunos] já têm outros usos para isso [os aparelhos tecnológicos],

que não só o uso lúdico”.

A partir daí, a orientação da especialista é introduzir diversidade na aula. “Eu não descarto a aula

expositiva, mas só a aula expositiva ficará entediante. É preciso alternar, diversificar mesmo a

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didática em sala de aula”, considera Rosely. E sugere: um dia uma aula expositiva, no outro dia uma

aula com trabalho em grupo, e, em outro dia, um assunto atual. “Nós temos tantas possibilidades de

mudar o jeito de dar aula. Creio que a tecnologia traz de interessante justamente isso: a diversidade.

Uma criança, um adolescente fica horas em frente a um computador, a um tablet, porque não se

mantêm na mesma página: experimenta um jogo, vai para um bate-papo, lê uma notícia que

interessou, pergunta a respeito do trabalho que precisa fazer, ou seja, há uma diversidade. Essa é uma

característica que a tecnologia trouxe e que os professores podem usar, sem, necessariamente, usar o

aparato tecnológico”, explica.

Tania acredita que o professor da atualidade deve ter como objetivos atingir duas etapas: a primeira é

conquistar a atenção e o interesse do aluno e, a segunda, é deslocar esse interesse para o aprendizado

do conteúdo. “Esse é o grande desafio do professor. Se por um lado ele [o aluno] é capaz de fazer

várias coisas ao mesmo tempo, por outro ele também perde o interesse pelas coisas muito rápido, e

tem um poder de concentração menor”, analisa. Ela comenta que o estudante, ao ter acesso a tantas

benesses da tecnologia, chega à escola e acha chato, desagradável, monótono. “Numa sala com 35, 40

alunos, o professor não tem condição de usar o tempo todo recursos multissensoriais. O grande

desafio do professor é tornar a sala de aula atraente para que esse aluno motive-se para o estudo”,

afirma a educadora.

Professor on-line

O professor de Química, Levi Gonçalves, leciona há 24 anos e sabe bem o que significa esse desafio.

No Colégio Santa Marina, de São Paulo, ele dá aulas para turmas dos ensinos fundamental ao médio.

“As escolas estão se adaptando à época em que vivemos, uma época de disponibilização mais

constante de informações. Precisamos lidar com várias situações ao mesmo tempo e, para interagir

com a turma, temos que usar as tecnologias”, comenta. O professor conta que a escola já adota lousa

digital, projetores multimídia, tablets e computadores em sala de aula e, para isso, a escola ofereceu

um treinamento aos docentes. “O professor tem que se atualizar e se preparar para o uso dos recursos

midiáticos”, completa. Gonçalves usa blog, Facebook, MSN e e-mail. “Estamos em uma época muito

interativa e isso acontece na vida pessoal e na profissional”, afirma. Ele acredita que o acesso a tanta

informação exige a formação de alunos mais críticos, capazes de serem exigentes com fontes e de

analisar os meios antes de buscar informações.

O professor lembra que disputar a atenção do aluno – na atualidade com os equipamentos

tecnológicos – não é uma novidade. Isso já aconteceu com a televisão, por exemplo, e há tempos

acontece, no caso dos adolescentes, com os shoppings, os shows. “A gente tem que evoluir junto, se

ficarmos só na lousa e no giz, certamente perderemos a atenção do aluno e ficaremos sem atingir

nosso objetivo”, alerta.

Uma experiência diferente movimenta as turmas do ensino médio, durante as aulas de Química com o

professor Levi. Ele incentivou a criação de um blog (http://chemistryonboard.blogspot.com.br/), que

é alimentado pelos próprios alunos. No espaço, são registradas as experiências realizadas no

laboratório da escola: cadeia carbônica, separação de misturas, determinação da carga elementar,

entre outras. Os alunos fotografam e filmam os testes e as explicações. “Com o blog, eles se tornam

produtores e distribuidores de informações”, comenta o professor. Unir o conteúdo da disciplina com

os recursos tecnológicos, na opinião dele, ajudam a facilitar o aprendizado. Ele ainda sugere que as

redes sociais e as ferramentas de bate-papo também sejam utilizadas para o debate do conteúdo e

informações sobre trabalhos escolares. “A tecnologia faz a gente ser mais produtivo, tanto o professor

como o aluno”, atesta.

No entanto, Levi ressalta que o cérebro não mudou, e que ainda são necessários os momentos de

estudo. “O aluno tem que manter momentos de estudo para absorver a quantidade de informações

recebidas, ou o aprendizado não vai ocorrer. Por isso, essa necessidade permanece, isso não muda”.

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Para Tânia de Sá Custódio, professora de Geografia também na escola Santa Marina e da rede pública

de São Paulo, a chegada da tecnologia é algo complexo. “Para a minha geração, foi um choque”,

afirma a professora que está há 25 anos no magistério. Com experiência nas duas redes – pública e

particular –, Tânia comenta que na rede privada a escola exige mais do professor em relação à

capacitação na área de tecnologia, e para isso investe em cursos e coloca os docentes em contato com

especialistas. Na rede pública, há pouco investimento em relação à formação do professor, mas

também não há tanta exigência na questão digital. “Na escola particular, nos comunicamos por e-

mail, enquanto, na pública, essa comunicação é por meio de bilhetes”, conta – um exemplo que situa

bem as diferenças entre as duas realidades, da escola pública e da privada.

O aluno de uma escola e de outra também é diferente. “Na escola particular, a geração é digital

mesmo”, afirma Tânia. “Isso é um transtorno, às vezes, pois temos que controlar os alunos conforme

as regras da escola em relação ao uso de celular e tablets”, comenta. Ao mesmo tempo, Tânia

aproveita as facilidades da tecnologia. Fatos da atualidade, como a morte do presidente venezuelano

Hugo Chávez e a escolha do novo papa, puderam ser pesquisados em sala de aula. “A internet é um

recurso que não pode ser dispensado, mas deve ser uma forma de uso orientada, direcionada”,

acredita.

A professora Tânia sente que os alunos, apesar de mais dinâmicos, não têm concentração total em

determinadas situações. “Eles estão acostumados com atividades mais dinâmicas, então, ao usarmos a

lousa digital, a internet, eles prestam mais atenção”, conta. O fato de o aluno ser multitarefa é ótimo,

mas a aula para esse perfil de aluno requer do professor, na opinião de Tânia, maior preparo, mais

leitura e análise, mas o docente, muitas vezes, não tem tempo disponível para isso. “Às vezes, o

professor recebe das mãos do aluno um material que ainda não viu ou aprende com eles a usar um

determinado programa [de computador]”, admite. Nesses casos, Tânia procura pesquisar e se

informar para poder interagir em sala de aula. “Senão, o professor se torna um dinossauro”, adverte.

[...]

Fonte: revista Profissão Mestre (por Carolina Mainardes)

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Anexo F

DINÂMICA 1

Tema: Descobrindo as características do empreendedor

Atividade 1

IDENTIFIQUE uma ou mais características do empreendedor nos textos abaixo

Texto 1

Um homem investe tudo o que tem na fabricação de uma lixeira. Trabalha dias e dias refazendo o

produto para que ele ficasse cada vez melhor. Quando finalmente apresenta o produto a uma grande

empresa, recebe a resposta que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não! Volta, faz um curso sobre qualidade de produtos durante dois meses, aplica

parte do aprendizado no produto, apresenta-o novamente à empresa e tem o contrato assinado.

Possíveis respostas: Características: •iniciativa de fazer um produto; perseverança; aprende com seus

erros; acredita no que faz

Texto 2

Amir Klink estava ancorando na Antártida e ouviu alguns ruídos que pareciam fritura. Eram cristais de

água doce congelada que faziam aquele som quando estavam em contato com a água salgada. O efeito

visual era maravilhoso.

Ele pensou em fotografar, mas disse para si mesmo: “Calma, você terá muito tempo para isso...”.

Acontece que durante os 365 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Ele concluiu que

algumas oportunidades são únicas.

Características: aprendeu com os erros; perseverança; busca oportunidade.

Texto 3 O segredo do sucesso

Liberte sua mente: seja flexível, preste atenção no outro, no que ele tem de melhor.

Inove: construa o que não existe, ultrapasse o óbvio Sonhe: não desista, inspire as pessoas

Lidere com alma e vá sempre, sempre além do trabalho, além do que é esperado de você

(Fonte: w.globo.com/maisvoce)

Atividade 2

PENSE nas pessoas que convivem com você. Dentre essas pessoas, ESCOLHA uma que você acha que

é empreendedora e FAÇA o que se pede:

1.RESPONDA: em que essa pessoa trabalha?

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2.IDENTIFIQUE três ou mais atitudes empreendedoras nessa pessoa

Obs: Dê a seguinte orientação para os alunos: -A pessoa pode ser o pai, a mãe, o irmão, o vizinho, etc.

-Pode ser jovem ou adulto

-Pode ser empregado, autônomo, estudante, dono de um negócio, cantor, etc.

Atividade 3

PENSE em você a)IDENTIFIQUE três ou mais atitudes empreendedoras em você b)CITE três ou mais

atitudes empreendedoras que você gostaria de desenvolver

Como podemos nos tornar um empreendedor?

As sugestões abaixo servem como um roteiro básico para se tornar um empreendedor do futuro.

•Procure algo (um emprego, um negócio, um curso) que você acredita que irá torná-lo uma pessoa

melhor na sociedade.

•Tire suas dúvidas com pessoas mais experientes.

•Encontre alguém para “apadrinhar” sua idéia, lhe dar suporte e até protegê-lo. Essa pessoa não precisa

ser necessariamente de sua família.

•Esteja disposto a fazer qualquer trabalho necessário para que sua idéia dê certo (se tiver que varrer o

chão, faça-o, etc.).

•Faça um plano para ajudá-lo a transformar sua idéia em realidade

DINÂMICA 2

Tema: Um empreendedor de verdade

Atividade: entrevista com um empreendedor

O instrutor e a equipe técnica da escola deverão articular um convite a uma pessoa de sucesso na

comunidade. Essa pessoa poderá ser alguém indicado pelo aluno. A entrevista deve ser descontraída e

versar sobre:

1.Em que a pessoa se realizou (sendo um comerciante de sucesso, uma costureira conceituada, um

empregado de carreira, etc.)?

2.Como a pessoa descobriu que era isso que ela queria ser?

3.Solicitar que a pessoa descreva sua trajetória (contar sua história de vida).

4.Discutir os erros cometidos e como eles foram superados.

5.Solicitar que o entrevistado deixe uma mensagem para os futuros empreendedores

Observações:

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O instrutor deverá orientar os alunos sobre o entrevistado e incentivá-los a fazer perguntas sobre seus

sucessos e seus fracassos. Deverão prestar atenção nos valores que o entrevistado irá citar, tais como:

ética, educação, religião, família, honestidade, respeito a seu semelhante, dentre outros.

O tempo estimado para entrevista é em torno de duas horas. Os alunos deverão elaborar perguntas antes

do entrevistado chegar à sala de aula. Eles devem estar sentados e dispostos em um semicírculo. O

entrevistado deverá estar assentado no centro.

Após a entrevista, o instrutor deverá possibilitar algumas reflexões, tais como: o que fez o entrevistado

sentir que teve sucesso na vida?

-Foi o dinheiro que ele ganhou?

-Foi o reconhecimento pelo seu trabalho por parte de sua família, amigos e/ou vizinhos?

-Foi seu deslocamento na pirâmide social (passou da classe baixa para a média...)?

-Foi ter mais poder sobre seus subordinados?

-Foi sentir realizado consigo mesmo?

-Foi provar para os outros que ele é inteligente ou capaz de vencer sozinho?

Depois da identificação pelos alunos do segredo do sucesso do entrevistado, o instrutor deverá solicitar

a todos que façam a mesma entrevista com a pessoa que ele indicou na atividade 2 (na segunda aula).

Na aula seguinte, cada um deverá relatar suas impressões sobre o entrevistado.

Essa solicitação deverá fortemente frisada pelo instrutor (de preferência que o aluno leve por escrito no

caderno essa incumbência) para que ele não deixe de trazer por escrito as perguntas e as respostas dadas

pelo entrevistado.

DINÂMICA 3

Tema: Mitos do empreendedorismo

Iniciar a aula com os alunos relatando suas impressões sobre o entrevistado da Atividade 2 após

refazerem a entrevista (ver final da aula nº 3).

Em nossa sociedade, alguns mitos sobre o papel da pessoa empreendedora têm se tornado regra. Esses

mitos devem ser trabalhados para deixarem de ser verdades absolutas. Alguns deles estão relacionados

abaixo:

1.Todo empreendedor deve abrir sua empresa 2.Dinheiro é o principal ingrediente para se chegar ao

sucesso 3.Uma boa idéia é a garantia do sucesso do empreendedor

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4.Ao encontrar dificuldades, o empreendedor desiste do seu sonho

5.Todo empreendedor é sortudo

Atividade: dinâmica

Material

-5 fichas de papel -5 envelopes

Preparação

O instrutor deverá fazer cinco fichas, cada uma com um mito, e colocar uma em cada envelope. Depois,

deverá dividir a turma em cinco grupos.

A Dinâmica

Cada grupo deverá retirar um envelope dentre os cinco e terá em torno de vinte minutos para discutir o

quanto de verdade ou de mentira está contido na afirmativa. Após a discussão, deverão preparar uma

argumentação a favor ou contra e apresentá-la aos demais grupos (no estilo de uma mesa redonda).

O papel do professor será o de orientador na condução da discussão. Não existem frases verdadeiras nos

mitos. Elas devem ser trabalhadas de forma que esses mitos sejam desfeitos pelos próprios alunos.

Essa dinâmica irá possibilitar a apresentação do “empregado empreendedor”, desfazendo o mito nº1 de

que todo empreendedor deve abrir sua empresa. Quando uma pessoa ainda não se sente preparada para

abrir seu próprio negócio, ou seja, não sabe o que quer, não tem experiência suficiente, dentre outros,

ela poderá desenvolver atitudes empreendedoras como empregado de alguém, tornando-se uma pessoa

IMPRESCINDÍVEL no local de trabalho.

Insubstituível x Imprescindível Ninguém é insubstituível, mas algumas pessoas são imprescindíveis.

O que vem a ser imprescindível

Segundo o dicionário Aurélio, é um adjetivo que significa “não prescindível”. Prescindível, por sua vez,

significa aquele do qual se pode prescindir (esquecer, deixar de lado, não levar em conta, etc.). Assim,

uma pessoa imprescindível é aquela que não podemos esquecer, não podemos deixar de levar em conta;

ou seja, é uma pessoa boa no que faz e por isso faz falta quando não está presente.

Os empreendedores, na sua maioria, se tornam pessoas imprescindíveis por se destacarem com suas

atividades: têm iniciativa, perseverança, gostam de fazer tudo bem feito e com dedicação, têm bom

relacionamento com os outros empregados, dentre outros.