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C M Y K TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,24 Dólar turismo R$ 2,30 Dólar/Real R$ 2,24 Euro x real R$ 2,97 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 8% INDICADORES: OPINIÃO - Página 2 Juarez Chagas Gileno Guanabara Elísio Augusto de Medeiros e Silva Ilma Araújo Montenegro Antonio José Ferreira de Melo Newton Mousinho Albuquerque Alex Medeiros Página 11 Ministério Público investiga servidores cedidos pela Sesap para outros órgãos. Daniela Freire Página 12 Quando cultuei o mito Djal- ma Santos na final do Mo- rumbi de 1985. Marcos A. de Sá Página 7 Embrapa e Banco do Nordes- te lançam Portfólio de Tecno- logias Agropecuárias. ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE Quarta-feira R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 24 DE JULHO DE 2013 Nº 4.696 Prefácio para Gilda Avelino e sua poesia nascida de um mar antigo aceso em lua. Vicente Serejo Página 13 A última gravação do mestre Dominguinhos com o músico potiguar Jubileu Filho Perder Djalma Santos e Do- minguinhos é desfalcar de mor- te o time dos bons. Rubens Lemos F. Página 16 SYLVIA SÁ (INTERINA) > UMA DÉCADA DE ESPERA... Câmara devolve o projeto de licitação do transporte público a Carlos Eduardo VEREADORES COBRAM INFORMAÇÕES SOBRE O ATUAL SISTEMA, MINUTA DO EDITAL E ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICA, ALÉM DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO POLÍTICA 3 Polícia apreende 134 kg de maconha > A SANFONA CHORA Dominguinhos morre aos 72 anos, após luta contra câncer de pulmão CIDADE 9 Manifestantes, que fecharam a rua e as duas portas da sede do executivo, exigem mudanças no sistema de bilhetagem eletrônica de Natal. CIDADE 6 > DE CARA NOVA Técnico do América faz mudança geral e espera resultado já na 6 a feira ESPORTE 15 > PROPOSTA 'DOBRADA ABC poderá acelerar debate por acordo para jogar na Arena das Dunas ESPORTE 16 > ATENÇÃO ELEITOR Agendamento prévio garante agilidade no recadastramento biométrico em Natal CIDADE 8 Em menos de duas semanas, 15 mil pessoas já reali- zaram o recadastramento biométrico junto ao Tribunal Regional Eleitoral – que é obrigatório para as eleições de 2014. A estrutura montada no Fórum Eleitoral de Natal está preparada para receber todos os eleitores, mas o planejamento é essencial para evitar transtornos. Wellington Rocha Canindé Santos > CRISE FINANCEIRA Governo do Estado repassa duodécimo do TCE e do MP com corte nos recursos POLÍTICA 3 Arquivo pessoal/Jubileu Filho > EM PARNAMIRIM CIDADE 8

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Page 1: 24072013

C M Y K

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,24Dólar turismo R$ 2,30Dólar/Real R$ 2,24

Euro x real R$ 2,97Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 8%

INDICADORES:

OPINIÃO - Página 2

Juarez Chagas

Gileno Guanabara

Elísio Augusto de Medeiros e Silva

Ilma Araújo Montenegro

Antonio José Ferreira de Melo

Newton Mousinho Albuquerque

AlexMedeiros

Página 11

w Ministério Público investigaservidores cedidos pela Sesappara outros órgãos.

DanielaFreire

Página 12

w Quando cultuei o mito Djal-ma Santos na final do Mo-rumbi de 1985.

Marcos A. de Sá

Página 7

w Embrapa e Banco do Nordes-te lançam Portfólio de Tecno-logias Agropecuárias.

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE

Quarta-feira R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 24 DE JULHO DE 2013 w Nº 4.696

w Prefácio para Gilda Avelinoe sua poesia nascida de ummar antigo aceso em lua.

VicenteSerejo

Página 13

A última gravação do mestre Dominguinhos com o músico potiguar Jubileu Filho

w Perder Djalma Santos e Do-minguinhos é desfalcar de mor-te o time dos bons.

RubensLemos F.

Página 16

SYLVIA SÁ(INTERINA)

> UMA DÉCADA DE ESPERA...

Câmara devolve o projetode licitação do transportepúblico a Carlos EduardoVEREADORES COBRAM INFORMAÇÕES SOBRE O ATUAL SISTEMA, MINUTA DO EDITAL E

ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICA, ALÉM DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO

POLÍTICA 3

Polícia apreende 134 kg de maconha

> A SANFONA CHORA

Dominguinhos morreaos 72 anos, após lutacontra câncer de pulmão

CIDADE 9

Manifestantes, que fecharam a rua e as duas por tas da sede do executivo, exigem mudanças no sistema de bilhetagem eletrônica de Natal. CIDADE 6

> DE CARA NOVA

Técnico do América fazmudança geral e esperaresultado já na 6a feira

ESPORTE 15

> PROPOSTA 'DOBRADA

ABC poderá acelerar debate por acordo parajogar na Arena das Dunas

ESPORTE 16

> ATENÇÃO ELEITOR

Agendamento prévio garante agilidade no recadastramentobiométrico em Natal

CIDADE 8

Em menos de duas semanas, 15 mil pessoas já reali-zaram o recadastramento biométrico junto ao TribunalRegional Eleitoral – que é obrigatório para as eleiçõesde 2014. A estrutura montada no Fórum Eleitoral deNatal está preparada para receber todos os eleitores, maso planejamento é essencial para evitar transtornos.

Wellington Rocha

Canindé Santos

> CRISE FINANCEIRA

Governo do Estado repassa duodécimodo TCE e do MP com corte nos recursos

POLÍTICA 3

Arquivo pessoal/Jubileu Filho

> EM PARNAMIRIM

CIDADE 8

Page 2: 24072013

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013 Opinião

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

O que estáem jogono Egito

NEWTON MOUSINHO DEALBUQUERQUE, ex-adido dasForças Armadas junto à Embaixadado Brasil no Cairo/Egito (1991/92)([email protected])

A violência da luta pelopoder no Egito está perto de atin-gir uma centena de mortes emviolentos distúrbios no Cairo eem algumas cidades do interior,insuflados pela Irmandade Mu-çulmana, inconformada com adeposição de Muhammad Mursipelas Forças Armadas com umano de presidência, na primeiraeleição verdadeiramente demo-crática registrada no país (os che-fes políticos egípcios anterioresse sucediam no poder através dereferendos). As previsões do fu-turo político egípcio agora apon-tam para uma possível guerracivil de efeitos devastadores emsuas instituições e de imensa re-percussão no instável OrienteMédio. O que deu errado noEgito após um promissor iníciode democracia? Que facções emconfronto podem levar o país aocaos político e econômico?

Quase todos os arabistas quediscutem a atual cena políticaegípcia concordam que o cerne doproblema é mais econômico quepolítico. O Egito há décadas sofrecom a decadência de suas trêsfontes básicas de renda: o turis-mo, a exploração do Canal deSuez e as remessas em moedaforte dos seus emigrantes embusca de oportunidades de traba-lho, notadamente na Europa. Comescoamento lento e caro e o ad-vento dos superpetroleiros dequase impossível navegação emseu interior, o Canal reduziu emmuito a sua contribuição à eco-nomia. A crise econômica mun-dial, particularmente na UniãoEuropeia, fez as remessas dosemigrantes caírem drasticamen-te. E o turismo, a maior fonte derenda egípcia, sofreu o imensobaque do massacre de 57 turistasno Cairo, em 1997, por extremis-tas islâmicos, e a insegurança pro-vocada pela contínua eclosão deagitações em sua capital. Moham-med Mursi no poder só fez pio-rar a situação, ao aumentar a es-tagnação da modernização da eco-nomia e ameaçar a supressão dasliberdades civis em razão de umcrescente predomínio dos funda-mentalistas islâmicos em seu go-verno.

As Forças Armadas egípcias,respeitadíssimas, com um passa-do de luta contra as ameaças àestabilidade política desde 1950e mais de 95% de aprovação po-pular, inicialmente respaldou opresidente eleito. Entretanto, a Ir-mandade Muçulmana no poder,ao conduzir abertamente o paísem direção ao radicalismo islâmi-co procurando substituir a demo-cracia pela lei islâmica ("sharia"),obrigou as Forças Armadas adepor Mursi, na tentativa de con-ter o caos político e administra-tivo que se instalava no país,mesmo sabendo que iriam sofreruma violenta oposição nas ruas doCairo e em muitas das pequenase pobres cidades do vale do Nilo,a maioria dominada por radicaisislâmicos, dentre eles alguns ter-roristas.

A Irmandade Muçulmana éuma associação criada em 1928,de perfil religioso fundamenta-lista e, como tal, altamente con-centradora de poder, que nasceuempunhando a bandeira do re-gresso do Egito à lei islâmica,por considerar que os valores oci-dentais não se coadunam com oIslamismo. Marcada pela intole-rância religiosa, foi protagonistade vários atentados violentos aogoverno, entre os quais o assas-sinato do presidente Anwar ElSadat, perpetrado pela facção in-terna Jihad Islâmica Egípcia(Jihad: guerra santa), assim comoa várias igrejas coptas cristãs(10% dos egípcios são coptas, daigreja mais antiga cristã). Banidada cena política desde GamalAbdel Nasser, voltou à legalida-de com a renúncia de Hosni Mu-barak e, antevendo a chance de as-sumir o poder, criou em 2011 oPartido da Liberdade e da Justi-ça, seu braço político. A 30 dejunho de 2012, os seus partidários,auxiliados pelo desalento da clas-se média com os rumos da eco-nomia, elegeram Mursi, primei-ro presidente egípcio claramenteislamista, com pouco mais de30% dos votos válidos (o sufrá-gio no Egito não é obrigatório).Caminhou o Egito, previsivel-mente, em marcha batida para osatuais distúrbios e um futuro in-definido.

João Maria FurtadoArtigo GILENO GUANABARA, advogado ([email protected])

Retomei a leitura do livro "Vertentes -Memórias" (João Maria Furtado - O. Edi-tora. 1976, RJ). Conheci o juiz no pleitoeleitoral de 1960. Mais amiúde o visitei naRua Princesa Izabel, magistrado já aposen-tado. Vi suas caminhadas ao final da tarde,no rumo da Rua João Pessoa, nas visitasdiárias que fazia aos amigos. Andar firme.Rosto sério, quase contraído. Fala simples,dava respostas prontas.

As reminiscências de João Maria Furta-do sobre as terras de "Assunção", que per-deu de ser sede do município, em face do des-vio da linha do trem. Os que enriqueceramfavorecidos pela inexplicável alteração dotraçado da estrada de ferro que se construíarumo a Caicó e que parou em Jucurutu epassou pelo lugarejo "Matas", que se chamou"Baixa Verde" e depois "João Câmara". Oautor expõe provas que brotam de sua obser-vação sem ressentimentos. Sua morada emCeará-Mirim e os estudos na Faculdade deDireito do Recife. A advocacia, a promoto-ria e, por fim, juiz de Direito, de volta à terraque o viu nascer. A discordância com o poderoligárquico local, que vinha desde seus pais,teve um preço a ajustar, a perseguição, afuga inóspita, a fim de evitar a prisão imi-nente e injusta. Colheu boas amizades.

A denúncia dos privilégios econômicosde famílias que se locupletavam politica-mente das ações governamentais e pairavamacima de todos. A expansão da economia al-godoeira no Mato Grande, ocupando terraspúblicas devolutas, só equiparável à expan-são do ouro no Oeste americano.

Como promotor nomeado teve contatocom o rábula João Café Filho, num julgamen-to em Ceará-Mirim e aceitou o convite de par-ticipar de sua banca advocatícia. Consoli-dou-se a amizade duradoura de ambos, fir-mada sobre as convicções da luta que trava-vam pelos ideários de combater "as velhasformas de governar o Brasil", assinalou emsuas memórias. Para João Maria Furtado, aRevolução de 1930, por arte dos "tenentes"e seus líderes civis, identificada como "Alian-ça Liberal", representou projetos contraditó-rios de reforma por parte das lideranças novasque assumiram o país, ao lado do conserva-dorismo das elites apeadas do poder e o opor-tunismo do Governo Central.

Na sua análise, após 1930, a luta políti-ca no Rio Grande do Norte tinha, de umlado, os progressistas que nomeia - SeabraFagundes; Djalma Marinho; Edgar Siquei-ra; Lauro Pinto; Rosemiro Silva e o próprioJoão Maria Furtado, liderados por João CaféFilho. Do outro lado, partidários do PartidoPopular do ex-governador José Augusto Be-zerra de Medeiros, os liberais e outros gru-pos menos representativos. A tentativa de

nomear interventor o Dr. Silvino Bezerra,por iniciativa do seu irmão, José Augusto, re-sultou na radicalização entre aqueles blocos.

João Maria Furtado conta que, por maisque os interventores no Rio Grande do Nortese mostrassem apartidários, embora depen-dessem do apoio de João Café, se enfraque-ciam na medida em que as oligarquias con-servadoras conspiravam contra as institui-ções, a fim de reconquistarem os espaçosperdidos. Investiam contra João Café, sob opeso intimidatório das prisões e da selvage-ria policial, tão logo farejavam a fraquezapolítica dos interventores. Com a conivênciade Juarez Távora, "O Vice-Rei do Norte", asoligarquias se protegiam no Governo Central.

A Interventoria do Dr. Mário Câmara foia mais combatida, tendo em vista seus méri-tos pessoais e administrativos. Em que pesemsuas vacilações, vários foram os embustes eatos criminosos que visavam até sua elimina-ção física. Apossibilidade real de unidade dos"maristas" e "cafeístas" dava sentido à eleiçãodaquele líder numa eleição popular. Daí oapoio incondicional que o Partido Popular eos liberais prestaram à eleição de Rafael Fer-nandes "um homem sem nenhum predicadoespecial, um ricaço, manobrou nele ao sabordos interesses de sua firma comercial." (Ver-tentes, pg. 105). Foi o período mais conturba-do da política no Estado, posterior a 1930.

Se até a eleição o clima era de agitação,inapetência e crimes, assim continuou no go-verno de Rafael Fernandes. Num primeiromomento decretou a extinção da Guarda Civile desempregou 300 de seus integrantes. Eis ofermento propício para o "levante de 1935",momento que vinha, pois, de conspiraçõespermanentes dos diversos grupos, em todo opaís. Esses grupos locais se contrapunham aosInterventores nomeados pelo Governo Central.Mais severamente atingiam os "cafeístas", cujolíder tinha prestígio popular inegável e nãocontava com as simpatias de Getúlio. Os "per-repistas" e os liberais conspiravam junto aosrevoltosos, infiltrando-se insidiosamente nosmovimentos e não eram molestados. Os pou-cos comunistas eram militares rasos do 21BC, afirma João Maria, repetindo João Café.

No meio das conspiratas, navegou Getú-lio Vargas. Assumiu a Presidência ao clamorda morte de João Pessoa (1930). Debelou a re-vanche de São Paulo (1932). Sublimou osavanços constitucionais (1934). Simpatizoucom o nazi-facismo, fez acordo com os ame-ricanos e acolheu em audiência a cúpula inte-gralista. Confabulou com Luis Carlos Prestese o prendeu. Reprimiu o levante que acusouao Partido Comunista (1935). Deu promoçãoaos "tenentes". Conviveu com as oligarquias.Tornou-se "o pai dos pobres" e instaurou o"Estado Novo". Revela João Maria Furtado.

Estudo da morte nomeio acadêmico

Artigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociência da UFRN([email protected])

É um fato que nos últimos anos as uni-versidades e instituições acadêmicas têm sepreocupado de forma mais consistente compalestras, seminários e cursos expansionis-tas sobre a questão da morte. Por outro lado,isso evidencia a falta do assunto em seucontexto curricular e formativo, uma vezque profissionais, tanto das áreas filosóficas,como médicas e psicológicas ainda care-cem deste conteúdo em seus cursos de for-mação académica, para melhor exercer suasprofissões e melhor tratar do assunto com ooutro e consigo mesmo.

Evidentemente, que a razão para estalacuna é a mesma ocorrida no âmbito fami-liar e escolar, ou seja, o distanciamento sobrea questão da finitude humana, como se elaexistisse apenas veladamente e, surgisse edesaparecesse da mesma forma, sem que aimportância real lhe fosse atribuída.

Sobre isso, vale ilustrar exemplo comuma importante pesquisa realizada na UNB,intitulada" O Estudante, o Médico e o Pro-fessor de Medicina perante a Morte e o Pa-ciente terminal" (Vianna & Picceli, 1993),cujo objetivo foi determinar os perfis do es-tudante, do médico e do professor de Medi-cina em um hospital universitário, em pacien-tes terminais, portanto, diante da morte, paraque possíveis mudanças fossem identifica-das, ao longo da formação médica, assimcomo também, após a formação médica.

É importante também observar que naconclusão de sua pesquisa, os autores suge-rem que a educação formal sobre o assuntonas escolas de medicina, do início ao térmi-no do curso, tenha especial atenção a essaproblemática por parte dos profissionais, nosentido de modificar o comportamento do es-tudante e do médico, capacitando-os a melhorlidar com a morte e o paciente terminal.

Realizamos, recentemente também umapesquisa local para reforçar e constatar a ne-cessidade de reforços e ações que mudem arealidade desta questão. Foi então que resol-vi elaborar a Tese intitulada "Representaçõesda Morte nos meios Escolar e UniversitárioNatalenses" em razão dos motivos expostose, tentando atingir um universo de contextoeducacional e formativo, optamos por ouviros alunos de instituições de ensino médio eestudantes e professores do ensino superior,com o objetivo de saber o que os mesmos pen-sam e refletem sobre essa questão, ainda tãopolémica na sociedade moderna, como umtodo. As instituições escolhidas para aferireste estudo são provenientes de diferentes ní-veis e áreas, a saber: Colégio Estadual doAtheneu Norteriograndense, CDF e a Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN), todas instituições de ensino da ci-dade do Natal, RN, Brasil. Através de ques-tionários específicos, buscamos saber como

eles vêm a questão do fenómeno da morteatravés das representações da mesma e doseu conteúdo subjetivo e acima de tudo, sobrea compreensão da finitude humana e suasconsequências.Partindo da construção desteobjeto de estudo, podemos observar que anossa comunidade universitária, apesar dedeter conhecimentos académicos nas váriasáreas das ciências, apresenta dificuldades emcompreender a morte e enfrentar o medo damorte, justamente por não ter sido prepara-da para tal, ao longo da sua vivência em seucontexto humanitário.

Portanto, o objectivo desta investiga-ção foi detectar como esse problema acon-tece, pois apesar da certeza da morte e daconstatação da mesma a todo instante navida, tanto dos seres humanos como dosanimais em geral, esta certeza, ao invés defuncionar como estímulo à reflexão sobreeste fenómeno, funciona justamente ao con-trário, aumentando cada vez mais o medo,a ansiedade e o terror, fatores estes desen-cadeadores de mudanças comportamentaisnas pessoas, o que influi sobremaneira na suaforma de ser e agir socialmente.

Ainda sobre a elaboração deste trabalho,que foi desenvolvido em Natal e Lisboa,entre 2006 e 2012, achamos importante, re-buscarmos os diversos conceitos de morte,assim como também tentarmos identificar oque a comunidade universitária local pensae entende sobre as diversas representaçõesda morte e qual a sua influencia na questãosubjetiva e no próprio medo da morte. Tam-bém a questão do medo da própria morte,ou seja, da morte de si próprio, do self, assimcomo também da morte do outro ou da mortedo próximo, tem uma importância e todoum sentido fundamentais no contexto destetrabalho, uma vez que são questões ineren-tes e intrínsecas e que habitam a subjetivi-dade de cada um de nós e de todos.

Por outro lado, não foi esquecida nemtão pouco relegada, a questão da tempora-lidade do ser humano, o que na verdade,constitui uma consciencialização estimulan-te sobre o próprio tempo de vida do ser hu-mano, ao longo de sua escala ontogenéticae filogenética.

Aproveito para informar que, nosso De-partamento de Morfologia do Centro de Bio-ciências da UFRN, criou recentemente a dis-ciplina complementar (talvez a primeira uni-versidade brasileira a oferecer curricular-mente esta disciplina), oferecida para todosdos cursos da área de saúde e humanas, "Fun-damentos de Bioética e Tanatologia", a qualfuncionará, já a partir de 2013.2, dentro dasnecessidades acadêmica e socioculturais,para que possamos assim, debelar o maiortabu da humanidade, a terminalidade huma-na. (http:Juarez-chagas.blogspot.com/).

Heroísmo a bordo da Corveta CamaquãArtigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor

e membro da AEILIJ ([email protected])

Luís Sabino de Senna, ex-telegrafis-ta de um navio de guerra da MarinhaBrasileira, foi um daqueles heróis pro-tagonistas de uma das milhares de his-tórias que envolvem a II Guerra Mun-dial (1939-1945).

Luís Sabino foi um dos sobreviven-tes de um espetacular naufrágio, ocor-rido em 21 de julho de 1944, na costabrasileira, próximo a Recife.

O navio de combate da MarinhaBrasileira, o "Camaquã", fora lançado aomar em 16 de setembro de 1939 e incor-porado à Armada Brasileira em 7 dejunho de 1940. Em plena Segunda Guer-ra Mundial, patrulhava do Rio de Janei-ro para Pernambuco, com a missão deproteger os navios cargueiros aliadoscontra os submarinos inimigos que in-festavam as águas brasileiras. Váriosepisódios valem ser destacados da açãodo "Camaquã" como, por exemplo, emfevereiro de 1942, quando pôs em fugaum submarino italiano "Tazzoli", res-ponsável pelo afundamento de váriosnavios aliados.

O comboio do qual o "Camaquã"fazia parte já havia realizado mais decem viagens e se arriscado em inúme-ras situações de perigo - uma delas in-clusive nessa mesma viagem.

Alguns dias antes, o telegrafista LuísSabino havia recebido uma mensagemavisando que submarinos inimigos esta-vam próximos à frota. Segundo ele con-tou: "A ordem era desviar a rota".

No dia do acidente as possibilidadesde um ataque grave eram remotas - nãoimaginavam o que iria ocorrer. Às dezhoras da manhã começou o terrível nau-frágio. 117 pessoas estavam a bordo.

O navio já estava próximo a Reci-fe, e vários cargueiros americanos jáestão sob a responsabilidade de outrasembarcações aliadas. O "Camaquã" ba-lançava muito em virtude dos grandes va-gões, rangia e tremia.

De repente, uma grande onda var-reu os tripulantes que estavam no con-vés, e o "Camaquã" acabou emborcan-do com a força das ondas. O navio afun-dou levando metade de sua tripulação,em um dos acidentes mais marcantes daépoca. Enquanto o oceano engolia onavio e alguns tripulantes, a força dosventos deixava os náufragos sobrevi-ventes à deriva.

Dois navios de apoio manobravampara tentar resgatar os sobreviventes. Umdos companheiros que ficara preso a bordoSabino tentou soltá-lo, mas desistiu quan-do percebeu que ele já estava sem vida.

Cansado de lutar contra as ondasbravas, nadava desesperadamente, semter como chamar atenção das equipesde resgate, que começavam a se afastardo local com outros sobreviventes.

- "Senti uma profunda solidão. Pen-sei que fosse ficar ali e morrer sozinho".Comentou em entrevista concedida anosatrás para um jornal local. Outro de seusgrandes receios era a explosão de algu-mas das bombas de profundidade que onavio carregava. Se isso ocorresse ma-taria os marinheiros que estavam na su-perfície. Contudo, tentou manter a calma,e ao cabo de algum tempo os marinhei-ros do caça-submarino, o "Graúna", per-cebendo que ainda havia náufragos naárea, voltaram em operação de socorro.Finalmente resgatado, Sabino, cansadoe atônito, chegou em Recife no início damesma noite.

Segundo conclusões do IPM ins-taurado pela Marinha após o naufrá-gio, o "Camaquã" operava no limitedo seu raio de ação, cerca de 2.500 mi-lhas náuticas.

Em 1947, Sabino recebeu sua apo-sentadoria e continuou nas Forças Arma-das, trabalhando no setor de rotas aé-reas do Ministério da Aeronáutica emParnamirim.

O DNIT, a PRF e suas "arapucas"Artigo ANTONIO JOSÉ FERREIRA DE MELO ([email protected])

Diz o noticiário que a "presidenta"Dilma Russellf está irritada (sic) comObama, pela espionagem aos cidadãosbrasileiros.

Ora vejam só! O que diríamos nósda irritação que temos do governo bra-sileiro, já que somos espionados em todasas nossas movimentações?

Segundo é divulgado na Internet, aReceita Federal conta com um super-computador, o T-Rex (Tiranossauro Rex),e com o software Harpia, (poderosa avede rapina), que teriam até a capacidadede aprender com o comportamento doscontribuintes.

O programa cruza as informaçõesdas secretarias estaduais de fazenda, dasinstituições financeiras, das administrado-ras de cartões de crédito e dos cartórios.

Além de espionados, somos rouba-

dos pela faminta máquina arrecadadorae se fosse particularizar, o artigo não ca-beria no jornal.

Apenas como exemplo:Você já teve a preocupação de obser-

var a coerência das placas de sinalizaçãodas "nossas" rodovias federais?

Você já prestou a atenção aos rada-res ou "pardais" das estradas e foi sur-preendido pelos que são colocados "es-condidos"?

Eles não visam a nossa segurança,são "arapucas". Servem para nos induzirao erro e pagarmos multas, enriquecen-do o caixa do governo, que sustenta osseus apaniguados.

Na verdade, para justificar o paga-mento das suas diárias, os "técnicos" doDNIT saem por aí, espetando placas,aleatoriamente, que prescindem do mí-

nimo critério técnico.Vocês já prestaram atenção aos "nos-

sos" policiais rodoviários federais?Parecem componentes da Gestapo.

Hitler teria inveja da postura deles.É comum encontrá-los nos restauran-

tes de estrada ostentando as suas pisto-las que, ao invés de transmitir seguran-ça ao cidadão, transmitem medo.

Os "seus" veículos enquanto lhes es-peram, ficam com os motores funcio-nando, para não desligar o ar-condicio-nado. Sabe quem paga tudo isso? Nós,os bestas.

Se hoje os delegados e policiais civise militares estão compondo as quadri-lhas de traficantes, assaltantes e afins, élembrar o apelo desesperado da compo-sição de Chico Buarque:

Chame o ladrão, chame o ladrão!!!

O tempo e a velocidadeArtigo ILMA ARAÚJO MONTENEGRO, psicóloga clínica ([email protected])

A velocidade com que estão se pro-cessando mensagens e informações, mar-cam os dias atuais. Não se dá mais lugara máquina Remington e nem ao bico depena, vivemos o tempo dos aparelhoseletrônicos. Não pretendo desconsiderara importância dos avanços tecnológi-cos, mas, de analisar em torno dela, suasconsequências e rapidez. Considerandoa carta que no passado era enviada pelocorreio e passava trinta dias pra chegar,era também um tempo de se viver assensações mais diversas, o romantismo,como tal, não se anseia mais. Hoje, o pas-sado tornou-se virtual e o futuro é vivi-do no presente, é o prazer rápido, curto-circuitado.

No meu entendimento, está se per-dendo a possibilidade de criar, inven-tar, exercitar a escrita e a leitura, de sedeleitar com um livro nas mãos, queefetivamente estrutura um saber, além desublimar as angústias da vida. Pois, ocomputador, o celular, entre outros, quaseestá pensando pelo homem. Não há lugarpara elaboração, pensar, colocar em pa-lavra o sofrimento. Deste modo, nos de-paramos com pessoas vazias, sem nar-rativas. As falas se reduzem a repeti-ções, nenhum outro fato é acrescentado.No consultório, nos chegam pessoas cor-rendo, querendo respostas imediatas e in-dolores. O que me chama atenção é a sa-tisfação imediata, impedindo uma falaintrospectiva, reflexiva, relacionada como mundo passado e atual, com o mundo

do curto prazo que trás a idéia de tempoinstantâneo. Estamos mergulhados numasociedade que não permite um compro-metimento a longo prazo, tudo tem queser a toque de caixa. No entanto, trata-se de um transbordar em excesso, um ex-ceder de limite onde não se produz enem se inventa, tudo é copiado e cola-do, esse é o imperativo virtual. Os usuá-rios obsessivos por aparelhos eletrôni-cos reagem de modo que entra em tran-se, caso não seja atendido a tempo, em-barca numa angústia e o imaginário co-meça a circular.

Seguramente, o tempo atrelado aidéia de reelaboração, seja através danoção de posteridade, ou de antecipa-ção, esse é um movimento próprio dopsiquismo: o de produzir novas associa-ções. Relendo os textos de Freud (1915)e, adaptando ao modo como o sujeito dehoje se relaciona com o tempo, surgeuma luz acerca do mal-estar. Este mal-estar remete a uma ameaça, à certeza daperda de controle sobre sua própria vida,quando esta se torna um somatório deproblemas. A partir daí, começo a rela-cionar com as psicopatologias e os sin-tomas ditos contemporâneos – anorexia,bulimia, ansiedade, síndrome do pâni-co, somatizações, etc – a uma falta de ca-pacidade de elaborar. Os novos modelosde família apontam para ausência do pai,de ter quem barre, de limite e rotina. Por-tanto, o sujeito contemporâneo, estar en-veredando por redes sociais e grupos dos

que usam piercing, funk, tatuagens, etc,e, caso não siga os padrões, os signos,não será aceito por estes novos grupos.Este é o modelo de demanda que surgenesse novo processo civilizatório. Assim,o homem assina as marcas da precarie-dade, anula qualquer possibilidade decriação. Com estas marcantes transfor-mações, metaforicamente, o mundo semostra desorganizado, com cicatrizes,cortes e queimaduras. Trago um exem-plo, diante do contexto da época atual,nas caminhadas da vida, deparei-me comtrês moças sentadas a uma mesa, todascom celular se conectando. E aí pensei:elas estão se conectando entre elas? Nãosei, certamente nunca vou saber. Ficaramhoras sem que a palavra circulasse. Acena era uma caricatura. Não é uma ques-tão de certo ou errado, mas pra pensarnesses modelos civilizatórios que estãose construindo.

Diante disso, pensei nos momentosperdidos em fila de espera, em trem quepodiam ser aproveitados otimamente,por exemplo, lendo um livro. Para talfim, nos deparávamos no passado, compessoas que traziam consigo livros, ano-tações de bolsos, papéis, nos quais es-tavam em contato com a literatura, idio-mas, música, poesia, entre outros. Infe-lizmente, a riqueza vocabular, o clássi-co das palavras não faz mais balbuciare, no entanto, o homem contemporâneo,trocou livros e papeletas por aparelhoseletrônicos.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 24 de julho de 2013Política

Túlio [email protected]

Acoluna recebeu e-mail do diretor presidente da Ur-bana, Jonny Costa. Como faço sempre, democraticamen-te, a coluna publica na íntegra a versão oficial e ama-nhã publica a resposta da própria coluna diante do tema:

"Prezado Jornalista Túlio Lemos; face as notas pu-blicadas na coluna de sua assinatura no Jornal de Hoje- 22/07/2013 - sob títulos: Lixo, Veículos, Gordura,Queijo e Investigação, na condição de diretor-presi-dente da Urbana Natal, cumpro o dever de esclarecer,em respeito aos seus leitores, os seguintes pontos:

01- O processo licitatório na modalidade de con-corrência pública/registro de preço, ao contrário, ga-rante a participação de toda e qualquer empresa nacio-nal ou estrangeira que comprove capacidade de habili-tação, técnica e financeira para a execução dos servi-ços a serem contratados pelo período de 60 meses, por-tanto, não exclui e nem afasta a competitividade, garan-tindo a ampliação da disputa, o que é de absoluto inte-resse da empresa.

02- Os preços que definiram o custo total do pro-cesso licitatório baseiam-se nos seguintes fatores:

" No método de composição de preços adota-do pelo TCE do Estado de Minas Gerais.

" Nas planilhas de composição de preços daFundação Getúlio Vargas - FGV, da Associação Brasi-leira de Empresas de Limpeza Pública - ABLP, da Pre-feitura de Salvador, e do Supremo Tribunal Federal - STF.

" Na pesquisa realizada nas seguintes fontes:Planilha de custos do DNIT/RN, Dados da Agencia Na-cional de Petróleo - ANP, Dados do IBGE, Dados doBACEN/COPOM - Taxa de Juros, Custo de salários dacategoria/Acordo Coletivo, e;

" Dados da própria Urbana.03- A Urbana tem hoje um custo mensal entre

4,5 a 5 milhões de reais para a execução da limpezapública e não 2,5 milhões como foi informado. Oacréscimo de valor no montante global do novo pro-cesso licitatório se deve entre outras coisas a amplia-ção dos serviços ali previstos, que exigirão aumentodo nº de equipamentos e de mão de obra, como formade garantir o alcance da meta de 100% de coberturapara a cidade em todos os serviços de limpeza, o que

não é a realidade atual.04- É importante destacar que o atual processo

licitatório da Urbana vem obedecendo rigorosamente todoo trâmite legal, especialmente no que diz respeito àtransparência e à participação da sociedade civil orga-nizada e, principalmente, dos órgãos de controle, queparticiparam das duas audiências públicas convocadase já realizadas pela empresa, quando da elaboração doprojeto básico e da aprovação do edital final já publi-cado no DOM/Natal e nos demais órgãos de imprensado estado e de circulação nacional.

05- A Urbana se encontra em estado de Interven-ção Judicial desde o ano de 2012 e, nessa condição temirrestrito acompanhamento do Sr. Interventor em todosos atos administrativos desde então. Quanto ao envol-vimento do Ministério Público numa análise mais apro-fundada ao atual processo licitatório, antes de um deverdesse órgão, se constitui numa medida de alto interes-se por parte da Urbana, que já vem disponibilizando àque-le órgão cópia de toda a documentação do processo, comoforma de atestar a lisura e a eficiência perseguidos pela

nova diretoria desta Companhia.06- O resultado de todo esse trabalho se configu-

ra nos seguintes aspectos:" Os preços individuais propostos no novo pro-

cesso licitatório são mais baratos que os do processo an-teriormente anulado e que os atualmente praticados -salvo os casos de maior incidência de valor de mão deobra, em função dos reajustes salariais;

" O preço por tonelada de resíduo domiciliar pro-posto pelo novo processo licitatório é menor que o apre-sentado no processo anulado e que o atualmente vigen-te;

" Os preços orçados no novo processo serão osmenores entre as principais capitais do nordeste.

Na expectativa de contar com a vossa especial aten-ção, renovo protestos de apreço e respeito.

Atenciosamente,

JONNY COSTA

DIRETOR-PRESIDENTE

CARTA DA DIREÇÃO DA URBANA SOBRE LICITAÇÃO DO LIXO

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O governo do Estado repassouo duodécimo do Tribunal de Con-tas do Estado e do Ministério Pú-blico, só que com corte. O MP re-cebeu apenas 90%, já o TCE cercade 80%. Segundo o presidente doTCE, conselheiro Paulo RobertoAlves, o valor equivale ao paga-mento da folha de pessoal, cerca deR$ 4,2 milhões. Já o procurador-geral de Justiça, Rinaldo ReisLima, disse que ainda iria discutirinternamente o restante do repas-se. Até o fechamento desta edição,a Assembleia Legislativa ainda nãohavia recebido o seu repasse. OTribunal de Justiça, por sua vez,não confirmou o recebimento doduodécimo. Segundo a assessoriade imprensa do órgão, não foi pos-sível checar se houve o repasse.

"O repasse foi efetivado ontemquase que integral. Vamos apenastratar do restante. Foi feito quase90%. Nós vamos nos reunir para

tratar disso", disse o procuradorRinaldo Reis. "Não vou chamar dealívio. Seria se fosse repassadotudo e se tudo isso configurasseapenas um boato. Mas, de qual-quer maneira, com esse valor repas-sado, vai ser possível pagar o valorintegral da folha de pagamento.Depois, vamos tratar do restante.Porque são recursos necessáriospara cobrirmos os compromissosque nós temos".

Paulo Roberto Alves confir-mou que foi chamado pelo gover-no para tratar da diminuição dos re-passes do duodécimo. "Já fui cha-mado (para conversar), o governorepassou o valor referente ao pa-gamento de pessoal e vai repassaro custeio de acordo com as entra-das das receitas", explicou. "Achoque a gente tem que ter o espíritode colaboração, se a situação édessa forma que está se apresen-tando, mas lutando para que anossa instituição não seja prejudi-cada nas suas atividades essen-ciais", ressaltou.

A procuradora-geral da Assem-bleia Legislativa, Rita das Mercês,disse esta manhã, após checar como departamento financeiro da Casa,

que o órgão ainda estava aguar-dando uma comunicação do go-verno sobre o repasse do valor de-vido. "Até agora, não houve o re-

passe. Estamos esperando um co-municado do Planejamento, mas,até agora, não foi repassado", ex-plicou.

HISTÓRICONão é a primeira vez que o

Executivo Estadual ameaça não re-passa o duodécimo aos demais ór-gãos da estrutura administrativa doEstado. Desde outubro do ano pas-sado uma liminar concedida peloSupremo Tribunal Federal (STF)ao Tribunal de Justiça obriga o go-verno do Estado a repassar rigoro-samente em dia o duodécimo doPoder Judiciário potiguar.

A liminar está em vigor e, casoo governo deixe de repassar o duo-décimo ao Tribunal de Justiça, oórgão gestor da justiça estadualpode fazer valer sua determinação.Segundo uma fonte do TJ expli-cou esta manhã, porém, durante aconversa que teve com a governa-dora na última segunda-feira, o pre-sidente do TJ, Aderson Silvino, re-cebeu a informação de que não ha-

veria atraso no pagamento do duo-décimo. Portanto, não seria neces-sário usar a liminar.

Também o ano passado, o Mi-nistério Público Estadual buscoua via judicial para que o governodo Estado repassasse os recursos doduodécimo. Na época, o procura-dor-geral de Justiça, Manoel Ono-fre Neto, impetrou o Mandado deSegurança (MS) nº 2012.015.409-4, com a finalidade de garantir o re-passe dos valores previstos na LeiOrçamentária do Estado em favorda instituição.

O ajuizamento do Mandado deSegurança foi necessário na épocaem razão do governo do Estado, aolongo de 2012, não ter repassado aoMinistério Público a integralidadedos recursos financeiros que foramprevistos em favor da instituiçãono Orçamento Geral do Estado, si-tuação que ocasionou transtornosao bom funcionamento da institui-ção. Ao todo, o governo deixou derepassar ao MPE mais de R$ 20milhões em 2012. (AV)

Deputado cobra explicações do governo sobre crise financeiraO deputado estadual Kelps Lima

(PR) disse enxergar com "muita preo-cupação" as notícias de crise finan-ceira no Estado do Rio Grande doNorte. Ele defendeu que a Assem-bleia Legislativa cobre explicações aogoverno do Estado. "Acho que a As-sembleia Legislativa deve tomar umaposição e pedir explicações sobre acrise, e que medidas serão tomadaspara sair dela, no curto, médio e longo

prazo. Porque o Estado está ficandoinviabilizado sob o ponto de vistaadministrativo, para esse e para ospróximos governos".

A preocupação do parlamentarse fundamenta no fato de que atra-sos nos salários dos servidores de-veria ser um tema que nem de longeera para entra em pauta. "Este é umtema que estava fora da pauta admi-nistrativa do RN e deve continuar

fora. Espero que fique só no âmbi-to da especulação", afirmou.

Nesta segunda-feira, a governa-dora cobrou corte de despesas dos se-cretários estaduais. Paralelamente,pediu ao Tribunal de Justiça, à Assem-bleia Legislativa, ao Tribunal de Con-tas e ao Ministério Público, que acei-tem apenas a parte do duodécimo re-lativa ao pagamento dos salários, dei-xando para receber o custeio confor-

me os recursos forem entrando nos co-fres do Estado. MP e TCE recebe-ram nesta manhã cerca de 80% a 90%dos respectivos duodécimos. No casoda AL, a Casa do Povo ainda nãohavia recebido o duodécimo estamanhã. Já o Poder Legislativo nãoconfirmou a entrada do recurso até ofechamento desta edição.

Para Kelps, porém, discutir oduodécimo do TJ e da AL não é a

questão central. "Porque aparentaque é a AL e o TJ que levaram o Es-tado a essa situação financeira. Oque não é verdade. É o desvio dofoco do tema central, que é comoestá sendo gerido o Estado. E me-didas precisam ser tomadas, por maisamargas que sejam para colocar oEstado no prumo de novo. Não seresolve com vara de condão".

Ainda segundo Kelps Lima, a

classe política e o governo preci-sam ter coragem de colocar o deba-te na mesa e discutir com a socie-dade. "Se é mau gerenciamento dogoverno, ou se as contas do Estadoestão inviabilizadas. Se estão, pre-cisa tomar medidas. O governo tema obrigação de dizer o que está in-viabilizando o Estado e quais as me-didas que precisam ser tomadas paraalterar esse cenário", afirmou. (AV)

Câmara devolve projeto de licitação dostransportes para a Prefeitura de NatalCASA COBRA DO EXECUTIVO A PARTICIPAÇÃO POPULAR E INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA

A Câmara Municipal vai de-volver à Prefeitura de Natal a men-sagem número 029/2013 e o Pro-jeto de Lei número 095/2013, quetratam do processo licitatório dotransporte urbano da Capital. Issoporque quando enviou - com atra-so - os dois itens, o Executivo nãomandou informações sobre o sis-tema de transporte em Natal, a mi-nuta de edital e dados que compro-vam que houve a participação po-pular no tema.

O documento número162/2013, oficializando a devolu-ção, deve ser entregue na tarde dehoje na Prefeitura de Natal, peloprocurador Eriberto da Costa, masé assinado pelo presidente da Câ-mara, o vereador Albert Dickson,do PP. A decisão da Câmara acon-tece pouco mais de um mês de-pois que o Executivo enviou amensagem e o projeto para que aCasa Legislativa, mesmo duranteo recesso, continuasse a discussãosobre as melhorias no transporte.

E esse foi justamente um dosmotivos para a devolução do pro-jeto: a Câmara deveria dar conti-nuidade à discussão e não iniciá-la. Antes do envio, segundo a Casa,

não houve qualquer debate, orga-nizado pelo Executivo. Tanto foiassim que a Câmara, que já haviaelaborado um calendário de dis-cussões que seria iniciado na se-gunda-feira e previa a votação doprojeto no dia 30, teve que sus-pendê-lo a pedido dos estudantes.Estes ocuparam a Casa Legislati-va (na semana passada) e pediramum prazo de 100 dias para que otema fosse exaustivamente discu-tido pela população antes de sernovamente debatido na CâmaraMunicipal.

“O artigo 39 da Lei nº8.666/1993, que exige a realiza-ção de audiências públicas antes doinício do processo licitatório destanatureza”, fundamentou a Câma-ra no ofício que será enviado àPrefeitura. “O Município, na pres-tação de serviços públicos de trans-porte coletivo, obedecerá, obriga-toriamente, o princípio de garan-tia da participação da comunida-de, através de suas entidades repre-sentativas”, continuou o documen-to, acrescentando “a necessidadede ampla participação da socieda-de em audiências públicas comoinstrumento de efetivação dos di-

reitos sociais”.Porém, esse não era o único

ponto que faltava no que diz res-peito ao processo licitatório. Fal-tou, também, a "apresentação de

projeto básico e minuta do editalda licitação dos serviços públi-cos de transporte coletivos no Mu-nicípio de Natal" e a "apresenta-ção prévia dos estudos de viabi-

lidade econômica da tarifa de re-muneração dos serviços públicosde transporte coletivos de passa-geiros, realizado pelo órgão ges-tor do Sistema de Transporte Pú-

blico Municipal". É importante lembrar que isso

não é nada mais do que o que mui-tos vereadores de oposição - e go-vernistas - cobram desde o iníciodo debate a cerca do aumento dapassagem de ônibus em Natal. Se-gundo os legisladores, há falta detransparência no sistema de trans-porte urbano e uma prova dissofoi a ausência de detalhamento dedespesas e lucros por parte da Pre-feitura de Natal, quando anunciouo reajuste da tarifa no início doano (na época, o valor subiu deR$ 2,20 para R$ 2,40).

Segundo os vereadores daMesa Diretora, com a devolução damensagem e do projeto de lei, a ex-pectativa é que a Prefeitura deNatal realize - e comprove a rea-lização - de audiências públicas eantes de enviá-los novamente aCasa Legislativa, junto com “asinformações relativas ao Projetobásico, Minuta de Edital da Lici-tação e estudos de viabilidade eco-nômica da tarifa de remuneraçãodos serviços, todos referentes à li-citação dos serviços públicos detransporte coletivos de passageirosdo Município”. (CM)

Documento oficializando a devolução será entregue hoje e assinado pelo presidente da Câmara, o vereador Albert Dickson

> CRISE ECONÔMICA

Governadora não repassa duodécimo integral aos poderes

Procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, confirmou que repasse foi incompleto

José Aldenir

Wellington Rocha

Page 4: 24072013

> EM CAICÓ

> DICUSSÃO

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

Olhar rápido na economiaA flexibilidade do Banco Central em relação ao teto do

índice inflacionário desampara a inflexão da política mone-tária “pautada pela idiossincrasia” da chefe do governo. Ana-listas sem alinhamento político-partidário discordam de DilmaRousseff, economista de formação, no plano de engessar,“ainda mais”, o gasto público.

n n n

Já o presidente do BC, Alexandre Tombini, repete que asua tarefa é trazer a inflação à meta estabelecida e “reco-nhecida como absolutamente razoável”. Explica que a recen-te elevação da Selic – taxa referencial dos juros – foi paraevitar o enrijecimento do processo de desinflação. Não foi,portanto, para barrar um evento fortuito, sublinha. A referên-cia é o recente choque agrícola.

n n n

Sincero, diverge do ministro da Fazenda no capítulo dapolítica de câmbio. Ao contrário do que Guido Mantega de-clarara, Tombini afirma que a queda de 20% do real repre-senta “um caminhão de inflação”. Garante que é segura aproposta de desinflação, “mas lutamos contra o déficit deconfiança”.

n n n

Pós-escrito: A Confederação Nacional da Indústria infor-ma que a construção civil alcançou o menor patamar desde2009. O setor é responsável pelo sustento de três milhõesde trabalhadores. Mais: participa com 7% da composição doPIB nacional.

Fonte da atençãoSugestão de Geraldo Alckmin (foto) a José Serra.Convencido de que o (ainda) tucano planeja con-

correr ao Palácio do Planalto, o governador (recandi-dato) de São Paulo propõe-lhe disputar a indicação “noplenário democrático adequado” – a convenção nacio-nal do PSDB.

A resposta de Serra é uma pergunta: “E vale apena?”.

Para ele, a tendência da cúpula do partido é ungirAécio Neves.

n n n

Daí suas articulações com o PPS, liderado pelo de-putado Roberto Freire, e o PSD, dirigido por GilbertoKassab, ex-prefeito da capital paulista.

Freire e Kassab são amigos de Serra há anos; e elei-tores dele nos pleitos de 2010 (Presidência da Repú-blica) e 2012 (prefeitura paulistana).

Fora de controleLula da Silva falseia os fatos, mesmo os notórios.Na verdade, a relação de parte do PT – sobretudo da

representação parlamentar – com a presidente da Repú-blica inclui o xingamento.

De parte a parte, aliás.n n n

Ele próprio, nos comentários em círculo fechado, criti-ca o amadorismo da sucessora no “trono” da República.

Quando, porém, fala em público, o autoproclamado“metamorfose ambulante” usa o adjetivo “extraordinária” aoreferir-se à senhora Rousseff.

n n n

No disse não disse, amplia-se o mal-estar por causa docoro “Volta, Lula”, entoado por petistas de múltiplas tendên-cias.

tO líder do PMDB na Câ-mara aproveita a reper-cussão das manifesta-ções de rua para fustigaro governo. Diz o deputa-do Eduardo Cunha (RJ):“Estamos vivendo um es-tado de anarquia, que sesobrepõe ao Estado real.”t Caso raro na política.Marcio Lacerda, prefeito (re-conduzido) de Belo Hori-zonte, bom de voto e ges-tor elogiado, resiste a dis-putar o governo de MinasGerais. Teria dois palan-ques presidenciáveis de su-porte: o de Aécio Neves(PSDB) e o de EduardoCampos (PSB).tUma observação majo-ritária nos esvaziados Se-nado e Câmara, casas emrecesso. A reeleição dapresidente Dilma depen-de de duas mudançassubstanciais: 1) na eco-nomia: 2) na articulaçãopolítica.t Desafio a Michel Temer,vice-presidente da Repúbli-ca. O PMDB, partido quelidera no país, deseja aliar-

se ao tucanato na campa-nha para o governo de SãoPaulo. O projeto peemede-bista é indicar o vice de Ge-raldo Alckmin.t Mais um livro de Fer-nando Henrique Cardo-so. Com 304 páginas evendido a R$ 35, chegaao leitor “Pensadores queinventaram o Brasil”. Naobra, desfilam persona-gens da admiração do so-ciólogo ex-presidente daRepública. Alguns deles:Caio Prado, Celso Furta-do, Raymundo Faoro eSérgio Buarque de Holan-da.t Iniciada a contagem re-gressiva para a substitui-ção de Antônio Andrade noMinistério da Agricultura.Peemedebista de MinasGerais, ele chegou à pastapara complicar, proclamamprodutores rurais.t Para refletir: “Os ho-mens de poucas palavrassão os melhores” (Wil-liam Shakespeare, drama-turgo inglês).

Segurança da Câmara deve serreforçada para garantir a ordemESSA FOI A DECISÃO DOS VEREADORES APÓS REUNIÃO NA CASA LEGISLATIVA

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

Vereadores de Natal, tendo àfrente o presidente da Câmara Mu-nicipal, Albert Dickson, do PP, reu-niram-se nesta última terça-feira ànoite para discutir sobre os últimosacontecimentos envolvendo mani-festantes e integrantes da GuardaLegislativa. Os vereadores mos-tram-se preocupados com a segu-rança da instituição, Câmara Mu-nicipal e a integridade física dospróprios vereadores, praticamenteimpossibilitados de exercerem seusmandatos com segurança. Os verea-dores concordam com as manifes-tações pacíficas, mas condenam ex-cessos que estão sendo praticadospor determinado grupo.

O vereador Adão Eridan, doPR, diz que as manifestações pa-cíficas são aceitas, mas afirma que"os bagunceiros têm que ser repri-midos com rigor". Ele informa quea Guarda Legislativa será devida-mente treinada para defender a ins-tituição e se necessário agir comrigor objetivando garantir a ordem.Outras decisões, como instalar câ-meras em todas as dependências doprédio também ficou acertado."Queremos um ambiente de pazpara trabalhar e para isso é preci-

so haver entendimentos entre aspartes", disse Franklin Capistra-no, lembrando que a opinião unâ-nime dos vereadores no encontrofoi defender o estado de direitodemocrático.

Franklin Capistrano lembra queno primeiro entendimento com osmanifestantes foram concedidas asreivindicações, principalmente oadiamento da votação do projeto

de licitação para os transportes pú-blicos e mesmo assim, continua-ram as ameaças de ocupação doprédio do Poder Legislativo Muni-cipal. "O que queremos é estabele-cer o estado de direito democráti-co que está sendo ferido", comple-tou Franklin Capistrano.

Igualmente, os vereadores Mau-rício Gurgel, do PHS, e AquinoNeto, do PV, concordam que a in-

tegridade física dos vereadores sejapreservada e que os parlamentarestenham o direito de exercer seusrespectivos mandatos com segu-rança. "É preciso mais cuidado paraque os vereadores possam traba-lhar num ambiente que se sinta se-guro", diz Maurício Gurgel, en-quanto Aquino Neto considera omovimento legítimo, desde que sejaordeiro e pacífico.

Fátima Bezerra debate saneamentointegrado para zona Norte de Natal

Reunião do PHS analisa cenário político do Estado

A deputada federal Fátima Be-zerra (PT) participou na noite destasegunda-feira (22) de reunião comlideranças comunitárias da zonaNorte, em que foi detalhado os pro-jetos de saneamento integrado parao Nossa Senhora da Apresentaçãoe Lagoa Azul, Novo Horizonte eBrasil Novo. Evento realizado nobairro Panatis contou com a parti-cipação da secretária de Planeja-mento de Natal, Virgínia Ferreira,e do vereador Hugo Manso.

A secretária de Planejamento,Virginia Ferreira fez explanaçãodos projetos de saneamento inte-grado para Nossa Senhora da Apre-sentação e Lagoa Azul (orçado emR$ 164.538.926,37), Novo Hori-zonte e Conjunto Brasil Novo (or-çado em R$ 21.368.600,72).

"Essa é apenas a primeira ativi-dade. Vamos realizar ciclos de reu-

niões nas comunidades que serão be-neficiadas com esses investimentospara que sejam apresentados, detalha-damente, os projetos de saneamentointegrado. Estou confiante que nós

vamos conseguir os recursos neces-sários. Tenho acompanhado em Bra-sília a tramitação desses projetos apre-sentados pela Prefeitura de Natal, queestão sendo bem avaliados tecnica-

mente nos ministérios das Cidades edo Planejamento. É hora de recupe-rar o tempo perdido para que Natalpossa avançar bastante no que dizrespeito aos investimentos na infraes-trutura urbana e social", disse a de-putada Fátima.

Projetos contam com: CentrosIntegrado de Atendimento ao Tra-balhador; Ecoponto, Ponto JogoLimpo; Quadra Poliesportiva Mo-delo; Urbanização de Praças; Cen-tro de Controle de Zoonose; Uni-dade da Saúde da Família; Esco-la Municipal de Ensino Funda-mental; Reassentamento das Co-munidades; Programa BanheiroLegal; Trabalho SocioAmbiental;Parque Ecológico de Lagoa Azul;Ampliação e melhorias da rede deAbastecimento d'água e Drenageme Pavimentação de diversas comu-nidades.

Fátima Bezerra e Virgínia Ferreira no encontro realizado na zona Norte de Natal

O PHS, partido presidido no Es-tado por Leandro Carlos Prudêncio,realizará uma plenária hoje em Caicóa partir das 19 horas na Câmara Mu-nicipal para discutir assuntos como aregionalização do partido e o atual qua-dro político estadual, além da campa-nha de novas filiações de lideranças po-

tenciais candidatos em 2014. "O ob-jetivo é percorrer todo o Estado paraestruturar e ampliar o partido nos mu-nicípios", disse o presidente, destacan-do que atualmente o PHS está cons-tituído em 50 cidades com previsãode que até final de setembro esse nú-mero será ampliado para 80 cidades,

chegando a 100 no próximo ano.Segundo Leandro Prudêncio, o

PHS está intensificando o trabalhode filiações em todos os municípiosdo Estado e irá apresentar aos elei-tores 36 candidatos a deputado es-tadual e 20 candidatos a deputadofederal. "Ameta do PHS é eleger no

próximo pleito 2 deputados esta-duais e 1 deputado federal", prevêo Leandro Prudêncio. O evento emCaicó contará com a presença dedirigentes partidários, filiados e sim-patizantes da legenda de diversosmunicípios do Rio Grande do Norte.(JP)

Adão Eridan cobrou rigor da Câmara no que diz respeito a manifestações: “os bagunceiros têm que ser reprimidos com rigor”

Heracles Dantas

Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 24 de julho de 2013Política

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A governadora Rosalba Ciarli-ni, do DEM, foi na onda e aprovei-tou o corte de despesas anunciadospor muitas gestões - inclusive a fe-deral - e solicitou aos secretários es-taduais uma redução de até 20%nos gastos públicos. O problema éque aqui no Rio Grande do Norte,há grande possibilidade da redu-ção ser inócua. Afinal, como não hávalor mínimo para o corte e mui-tas pastas já estão trabalhando "nolimite" desde o início da adminis-tração rosalbista, alguns gestoresjá revelaram que não terão comorealizar um "arrocho" ainda maisnas contas públicas.

E mais: com uma análise nosdados referentes às contas públicasconstantes no Portal da Transparên-cia, é possível constatar que as des-pesas públicas aumentaram, prin-cipalmente, em dois pontos não tãoessenciais assim, o pagamento da dí-vida pública e o Gabinete Civil daGovernadora do Estado.

Com relação à impossibilida-de de cortes, entre as pastas queos gestores disseram que não con-seguirão realizar um "arrocho"ainda maior que o atual, estão asde Trabalho e Assistência Social(Sethas), do secretário LuizEduardo Carneiro, e a de Tribu-tação, de José Airton. As duas,

somando as de Saúde, de Educa-ção e de Segurança Pública, quea governadora afirmou que nãovai pedir redução alguma, repre-sentaram boa parte dos gastos pú-blicos do ano passado e tambémdeste ano.

Se considerar o orçamento doano passado, que segundo o Por-tal da Transparência teve um totalde gastos na ordem de R$ 5,9 bi-lhões, pode-se dizer que mais dametade disso, ou melhor, 3,3 bi-lhões, foram para educação,saúde, segurança pública, tribu-tação e assistência social. Só a

Secretaria de Educação, gastoumais de R$ 1,2 bilhão. A deSaúde, R$ 1 bilhão. As policiaisMilitar e Civil, mais de meio bi-lhão de reais.

Neste ano, se considerarmos aspastas com mais despesas, o pano-rama não é muito diferente. A deEducação segue em primeiro lugar,com R$ 672 milhões já gastos atéjulho (segundo o Portal da Trans-parência). Porém, a pasta da Saúde,com R$ 476 milhões em gastos,era a segunda em 2012 e agora é aquarta, atrás da Secretaria de Pla-nejamento e das Finanças (R$ 598

milhões), do titular Obery Rodri-gues, um dos braços direitos da go-vernadora Rosalba Ciarlini; e doInstituto da Previdência dos Servi-dores do Estado (R$ 507 milhões).

GABINETE CIVILPor sinal, em sete meses de

2013, a Secretaria de Planejamen-to e das Finanças já gastou mais doque o total de despesas de 2012.Este ano foram R$ 598 milhões,contra R$ 405 milhões do ano pas-sado, considerando números doPortal da Transparência. Fazendouma média mensal das despesas,

é possível dizer que no ano passa-do se gastou R$ 12 milhões napasta e, este ano, 85 milhões (jácontando o mês de julho). O au-mento de gastos na ordem de600%.

E analisando que tipos de des-pesas, dentro da pasta de Planeja-mento e Finanças, mais cresceram,encontra-se outro dado importante:foram o pagamento da dívida inter-na, que foi de R$ 10,1 milhões em2012 para R$ 394 milhões em 2013;e o Gabinete Civil da Governado-ra do Estado, que foi de R$ 68 mi-lhões em 12 meses no exercício

passado, para R$ 40 milhões emapenas sete do exercício atual.

É importante lembrar, nesse as-pecto, ponto importante: foi justa-mente comprometendo as contaspúblicas e provocando, consequen-temente, uma necessidade de "ar-rocho" em outras pastas que o Go-verno do Estado pode realizar umnovo empréstimo, desta vez, juntoao Banco Mundial. A operação decrédito, no entanto, ainda não foiconcluída e a injeção de R$ 1,2 bi-lhão chegará ao Estado com o des-tino já "comprometido": será usadopara projetos do RN Sustentável.

Despesas em 2013 cresceram no gabineteda governadora e no pagamento da dívida

Um dos maiores crescimentos de gastos foi na Secretaria de Planejamento, do gestor Obery Rodrigues Governadoria foi um dos locais onde houve aumento nos gastos: R$ 800 mil neste sete primeiros meses

ALÉM DISSO, PEDIDO DE CORTE DE DESPESAS PODE FICAR INÓCUO PORQUE MAIORES “GASTADORES” NÃO FARÃO PARTE

O economista Aldemir Freireacha que a questão envolvendo apossibilidade de não pagamentoda folha de julho dos servidores doEstado é de gestão do caixa e nãode falta de recursos. Segundo ele,no primeiro semestre de 2013, nocomparativo com o primeiro se-mestre de 2012, as receitas totaisdo Estado cresceram 16%, enquan-to que as despesas com pessoalcresceram abaixo disso, em tornode 10%.

"Há dificuldade de recursospara investimento. Mas acho que

há mais dificuldade de gestão decaixa. De entrada e saída de re-cursos. Não há problema de quedade receita; esta vem subindo. Faltauma melhor gestão do caixa", ana-lisou, durante entrevista ao Jornalda Cidade (94 FM), esta manhã.

Segundo Aldemir, entre o pri-meiro semestre de 2010, últimoano da gestão do PSB, e o primei-ro semestre de 2013, a receita doEstado aumentou R$ 1,6 bilhão -acréscimo de 40% na receita doEstado. Já a folha de pessoal nomáximo manteve o mesmo peso

que vinha mantendo anteriormen-te, ou seja, aumentou menos doque cresceu a receita. "A folha temconstrangimento, mas ela não estácomendo mais dinheiro proporcio-nalmente do que estava comendoantes de Rosalba entrar", afirma oeconomista.

Portanto, o que pode estaracontecendo é o superdimensio-namento das receitas do Estado, oque tem gerado a frustração dasreceitas. "O problema pode estarno fato de que o governo calculaa receita sobre o que achava que

deveria receber e não sobre o querecebia anteriormente. Assim, ogoverno superdimensiona sempre,principalmente as receitas de ca-pitais e investimento, que são em-préstimos e repasses do governofederal. Só que quase nunca essasreceitas de capital se confirmam",avalia.

Para se confirmarem, as recei-tas de capitais dependem de re-passes do governo federal, masfaltam projetos para a captação derecursos. A solução, então, é fazerum orçamento mais acurado, o que

pode facilitar a gestão do governo."Porque assim o governo vai tra-balhar com um número que real-mente ele vai ter. Fazer um orça-mento estourado, que não vai seconcretizar, leva o governo a ima-ginar que vai ter recursos e come-ça a gastar. Só que chega ao meiodo ano, vê que não vai ter esse re-curso todo e começa a travar todosos gastos".

Segundo Aldemir, as receitasde capital têm girado em torno deR$ 300 milhões a R$ 400 milhõespor ano. No entanto, o orçamento

prevê acima de R$ 1 bilhão. "Elanão se concretiza, mas o governopõe no orçamento a expectativa dereceita de capitais acima de R$ 1 bi-lhão. Ora, não consegue nem os R$300 milhões, que dirá acima disso.Falta melhorar a captação de re-cursos. Para isso precisa ter proje-tos. Se o governo federal chegarhoje e disser que tem um bilhãopara o RN, e isso seria receita decapital, o governo do RN não teriacomo captar esse recurso porquesimplesmente não tem projetos",explicou Aldemir. (AV)

Economista diz que problema de Rosalba é de “gestão do caixa”

Ao que parece, o pedido de sus-peição ao juiz eleitoral Herval Sam-paio, feito pela defesa da prefeitade Mossoró, Cláudia Regina, doDEM, foi um "artifício" jurídicopara tentar protelar a decisão decassação. Afinal, nesta terça-feira,o Tribunal Regional Eleitoral(TRE), decidiu desconsiderar o pe-dido, por unanimidade, e manter omagistrado com o poder de julgaro processo contra a gestora mosso-roense e o vice, Wellington Filho,do PMDB. Dessa forma, a cassa-ção de Cláudia Regina e de Wel-lington Filho volta a valer.

O pedido dos advogados deCláudia Regina sustentou que Her-val Sampaio seria um magistradoparcial, com interesse em prejudi-car os componentes da chapa, umavez que já havia cassado CláudiaRegina e Wellington Filho em outradecisão, publicada em março. O

problema é que a defesa esqueceuque o mesmo juiz eleitoral já con-denou, também, a deputada Laris-sa Rosado, do PSB, que foi perdeupara Cláudia Regina e entrou comprocessos contra a candidatura de-mocrata.

Para quem não lembra, esseprocesso é referente a segunda cas-sação que Cláudia e Wellington so-freram este ano, baseado pratica-mente nas mesmas denuncias deabuso de poder econômico e polí-tico, por utilizar a máquina públi-ca estadual e municipal em bene-fício dela, desequilibrando o plei-to eleitoral.

No mesmo dia que a decisão foipublicada pela zona eleitoral, ela foisuspensa pelo TRE porque anteshavia sido feito esse pedido de sus-peição, negado pelo juiz, mas queobrigatoriamente parava a trami-tação processual até que fosse ana-

lisado pelo Tribunal. Herval, con-siderando a medida um instrumen-to para atrasar a publicação da sen-tença, não parou o processo e cas-sou novamente Cláudia Regina.

PROCESSOSDessa forma, os advogados da

prefeita de Mossoró terão que bus-car o TRE para recorrer da decisãode cassação (que volta a valer). Eterão que se preocupar, também,com pelo menos outras três denún-cias que tem "potencial" para pro-vocar outras condenações a prefei-ta. Duas delas tramitando em pri-meira instância e a outra, já no Tri-bunal.

A primeira, trata-se da absolvi-ção de Cláudia Regina na denún-cia de utilização da máquina públi-ca quando a governadora RosalbaCiarlini, apoiadora dela, nomeoua filha do ex-vereador Chico da

Prefeitura para um cargo no De-tran, como forma de garantir oapoio dele. A absolvição foi anu-lada e o processo remetido nova-mente para a primeira instânciaeleitoral.

A segunda diz respeito a cas-sação que Cláudia Regina sofreuem março. A Procuradoria-Regio-nal Eleitoral (PRE) apresentou pa-recer onde afirma que a decisãonão deveria ter sido anulada paraa inclusão da governadora Rosal-ba Ciarlini, conforme ocorreu. Sea decisão voltar a valer, significadizer que a prefeita terá que recor-rer de duas decisões contrárias noTRE.

A terceira preocupação para osadvogados da prefeita diz respei-to a um recurso contra expediçãodo diploma, que está no Tribunale deve ser julgado nas próximassemanas. (CM)

O Jornal de Hoje revelou: empoucos meses, a Prefeitura deMacau já havia gasto mais de meiomilhão de reais com o pagamen-to de cargos comissionados. Sóum mês depois da matéria, porém,é que parece que o prefeito do mu-nicípio, Kerginaldo Pinto, doPMDB, parece ter sentido o pesodos pagamentos e decidiu exone-rar, de uma só vez, 250 funcioná-rios.

O anúncio foi feito na segun-da-feira, na sede da Federação dos

Municípios do Rio Grande doNorte (Femurn) em Natal, em en-contro com os vereadores da ban-cada governista. A medida, segun-do o prefeito, foi necessária devi-do as quedas frequentes de recei-ta (FPM e ICMS), que tem previ-são de recuperação somente emnovembro. E na Femurn, aparen-temente, os parlamentares aceita-ram a medida, até porque perma-neceriam nos cargos os secretá-rios, os diretores de escolas e osdiretores de unidades de saúde.

O problema foi que, à noite, opresidente da Câmara Municipalde Macau, o vereador Oscar Pau-lino de Souza, do mesmo partidode Kerginaldo Pinto, informou quese reuniu com os vereadores dabase aliada, e todos afirmaram queromperiam com o sistema gover-nista do prefeito de Macau, casoas demissões sejam mesmo con-firmadas.

"Comuniquei ao prefeito orompimento dos vereadores dabase aliada caso o prefeito man-

tenha a decisão de exonerar opovão, nos reunimos e decidi-mos, todos os dez vereadores emnão acatar a decisão do prefeito,que irá deixar 250 pais de famí-lias sem emprego." DeclarouOscar a um blog de notícias daregião.

A matéria d'O Jornal de Hojepublicada em junho se baseou eminformações do Portal da Transpa-rência do Município. Até aquelemês, a gestão de Kerginaldo haviaarrecadado R$ 16,5 milhões, sendo

boa parte dessa quantia provenien-te dos repasses constitucionais,como royalties e Fundo de Parti-cipação dos Municípios (FPM).Porém, só estavam registradospouco mais de R$ 8 milhões e,deste total, 567 mil foram parapagar apenas os gastos do gabine-te do prefeito Kerginaldo Pinto,do PMDB.

Desse meio milhão, cerca deR$ 170 mil foram para disponibi-lizar os salários dos cargos comis-sionados. Para se ter uma ideia do

quanto esse valor é elevado, o qua-dro que mais consumiu despesas,que foi a Secretaria de Infraestru-tura, consumiu R$ 243 mil com opagamento de servidores. A dife-rente é que todos esses são efeti-vos e não comissionados, comono gabinete do prefeito.

Se os pagamentos a pessoasfísicas fossem somados aos cargoscomissionados, os gastos do gabi-nete do prefeito subiriam paraquase R$ 459.668,34 de janeiro ajunho. (CM)

> SEM SUSPEIÇÃO

TRE inocenta juiz e mantém cassação em Mossoró

> CORTE DE DESPESAS

Depois de gastar meio milhão com cargos comissionados, prefeito de Macau faz exonerações e desagrada aliados

Herval Sampaio já havia apontado que pedido era forma de atrasar decisão

ArquivoHeracles Dantas

Arquivo

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Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013 Cidade

Em seu último dia de progra-mação, a I Semana de Prevenção deAcidentes e Educação no Trânsito jápode ser considerada um avançopositivo no que diz respeito à criaçãode uma campanha de controle e dis-cussão dos acidentes automobilísti-cos, que afetam diretamente a saúdepública do Estado.

O evento, que teve início na úl-tima segunda-feira (22), foi ideal-izado pela direção do Hospital Mon-senhor Walfredo Gurgel (HMWG),que baseada nas estatísticas deatendimentos a vítimas de acidentesgraves achou importante se criar umespaço de discussão aprofundada doproblema. Para a coordenadora doNúcleo de Educação do HMWG,Luzicínia Costa, a semana depalestras representa uma importanteiniciativa que deverá desencadearações de educação no trânsito emdiversas frentes.

"Contamos com a participaçãode parceiros importantes como oDetran, a Polícia Rodoviária Fed-eral, a Secretaria Estadual de Mo-bilidade Urbana, a Iniciativa Paz NoTrânsito, o Samu Natal, entre out-ros órgãos que atuam diretamenteno trânsito da cidade. A expectativa

é que ações como esta se propagueme possam de alguma forma refletirna educação dos motoristas e nadiminuição do número de acidentesde trânsito", declara Luzicínia.

Ela destaca que apenas noprimeiro trimestre de 2013, 1.502vítimas de acidentes automobilísti-cos foram atendidas no Pronto So-corro Clóvis Sarinho, sendo 2/3desse contingente de condutores demotos. Isto dá uma média de aprox-imadamente 500 vítimas do trânsi-to atendidas por mês. Apesar de osnúmeros terem recuado com relaçãoao ano passado, a parcela de feridosainda é preocupante.

Para o ortopedista do HMWG,Julimar Nogueira, que proferiupalestra na manhã de hoje, o prob-lema dos acidentes passa por umcenário de mobilidade urbanaprecária, má educação dos condu-tores e leis que não punem os in-fratores de forma adequada. Ele ap-resentou dados da OrganizaçãoMundial de Saúde apontando que1,3 milhões de pessoas morrem an-ualmente em acidentes de trânsito."Só no RN, foram registrados noano passado mais de 7.700 acidentesautomobilísticos, o que dá uma

média aproximada de 0,8 acidentepor hora. É um dado preocupantede uma realidade que precisa sercontrolada", explica Julimar.

A I Semana de Prevenção deAcidentes e Educação no Trânsitoencerra hoje à tarde com a apresen-tação das palestras "Educação noTrânsito do Ponto de Vista do De-tran", às 15h, com o pedagogo do de-partamento, Jacob Costa de Oliveira,e "Relato de uma Famíla", que seráproferida pelos fundadores da Ini-ciativa Paz No Trânsito", AndreaAlmoedo e Marcelo de Souza

Moura.O evento reuniu representantes

de instituições da área de trânsito eassociações de motoqueiros, pa-cientes, acompanhantes e profis-sionais da área médica. Nos três diasde programação, o público pôde con-ferir temas diversos como estatísti-cas e análises sobre os acidentes detrânsito no Brasil e no RN e as ví-timas atendidas, a visão de difer-entes especialidades médicas a re-speito das consequências físicas esociais dos acidentados, além de in-formações sobre campanhas e leg-

islação de trânsito vigente.

CARRO CAPOTA AO LADODA ARENA DAS DUNAS

Por volta das 10h30 da manhãde hoje, um acidente envolvendodois veículos deixou o tráfego lentona avenida Lima e Silva, que liga aavenida Prudente de Morais à aveni-da Senador Salgado Filho, próximoao entorno do estádio Arena dasDunas, no bairro de Lagoa Nova,zona Sul de Natal. O acidente é maisuma prova do número exagerado deacidentes no Estado.

Segundo informações cedidaspelo Cabo Maurent, da Ronda Os-tensiva Com Apoio de Motocicletas(Rocam), o acidente foi causado peladesatenção de uma senhora que di-rigia um veículo de modelo HondaFit branco. "O sinal da avenida Limae Silva é sempre livre para quemquer entrar na avenida RomualdoGalvão, vindo no sentido SalgadoFilho/Prudente de Morais. A pro-prietária do Honda Fit se confundiue achou que o sinal estava verdepara seguir em frente, quando foiatingida por um Ford Focus que de-scia em direção à Arena das Dunas,para pegar a BR", explica o poli-cial.

Com o impacto, o carro queavançou indevidamente o sinal foilançado à frente, pegando de raspãoem uma árvore, o que causou ocapotamento do veículo, inter-rompendo parcialmente o trânsitona pista contrária.

Ainda de acordo com os polici-ais, felizmente ninguém se feriu noincidente. Pouco tempo depois, oscarros envolvidos foram rebocadose a situação foi normalizada. Os en-volvidos preferiram não dar entre-vistas.

ROBERTO CAMPELLO

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Cerca de 100 permissionários,motoristas e cobradores das linhasdo transporte alternativo invadiramna manhã desta terça-feira (24) aPrefeitura de Natal exigindo mu-danças no sistema de bilhetagemeletrônica de Natal. Os manifes-tantes chegaram nos alternativos,pararam em frente à Prefeitura eentraram na sede do Palácio FelipeCamarão, pouco antes das 8h damanhã. Os guardas municipais nãoconseguiram deter a ação dos man-ifestantes, que logo assumiram ocontrole da situação e fecharam asduas portas que dão acesso às de-pendências da sede do ExecutivoMunicipal.

Os permissionários ocuparama Prefeitura com o objetivo de con-seguir uma reunião com o prefeitoCarlos Eduardo para discutir a unifi-cação da bilhetagem eletrônica einclusão do transporte alternativo naLicitação do Transporte Públicoque se encontra na Câmara Mu-nicipal de Natal, para apreciaçãodos vereadores. Eles querem queos cartões eletrônicos utilizados notransporte público também possamser aceitos nos alternativos. Alémdisso, os permissionários pedem aredução da tarifa do transportepúblico para R$ 2. Os manifestantestambém pararam os alternativos ecerca de 50 carros interditaram asruas Ulisses Caldas e a JunqueiraAires.

Como o prefeito Carlos Eduar-do está no Rio de Janeiro, acom-panhando a visita do Papa Fran-cisco ao Brasil, os manifestantespretendem permanecer acampadosno prédio até a volta do chefe doExecutivo Municipal. Como formade mediar o conflito, os manifes-tantes permitiram a entrada do se-cretário do Gabinete Civil, SávioHackrat, e dos vereadores HugoManso, Sandro Pimentel, MarcosAntônio, George Câmara, Fernan-

do Lucena e Amanda Gurgel, alémdo presidente do Conselho Estad-ual dos Direitos Humanos, MarcosDionísio. Estes foram os únicos queconseguiram adentrar a sede daPrefeitura, pois os manifestantessequer permitiram a presença daimprensa. Até o fechamento destaedição, os manifestantes estiveramreunidos com as autoridades e nãochegaram a nenhum consenso sobrea saída do prédio.

Quando os manifestantes en-traram, alguns servidores já estavamdentro da Prefeitura prontos paratrabalhar. Os primeiros servidoressó puderam sair depois das 9h damanhã. Justino Tavares trabalha noProtocolo da Prefeitura e conta quea invasão foi feita de forma pacífi-ca. "Não houve quebra-quebra enem violência. Eles entraram e ocu-param as salas e as portas daPrefeitura. Como eles estavam den-tro, não tinha condições de ter ex-pediente e eles nos escoltaram, comum cordão, até a porta. Eles estãono controle de tudo lá dentro", afir-mou o funcionário.

A jornalista Vilma Lúcia se re-cusou em sair da sala da comuni-cação da Prefeitura, que tambémfoi ocupada pelos manifestantes.Ela disse que a maioria dos mani-festantes agiu de forma normal,porém quando ela concedia umaentrevista para uma emissora de

televisão foi surpreendido por ummanifestante, que de forma gros-seira, exigia que ela fechasse ajanela imediatamente. "Vou per-manecer aqui até o fim do meu ex-pediente. Só saio quando eu quis-er e se eu quiser sair e se nãodeixarem eu ligo para a polícia,pois será cárcere privado", afirmou.

A copeira Francisca Copeira daSilva, de 67 anos, foi à última a serliberada pelos manifestantes, porvolta das 10h. Ela conta que os per-missionários ocuparam todas assalas da Prefeitura, inclusive o gabi-nete do prefeito. "Tudo aconteceumuito rápido. Quando vimos, elesjá estavam dentro e não podíamosfazer mais nada. Eles estavam tran-qüilos e eu servi até café para elespara amenizar a situação", desta-cou.

O permissionário Romildo Linonão entrou na Prefeitura. Ele chegoudepois da invasão e se juntou àquase 50 pessoas que também es-tavam do lado de fora protestando.Ele conta que o sistema do trans-porte alternativo está quase falido,pois anos atrás eram 178 transportesalternativos e hoje pouco mais de60 carros circulam na cidade. "Sema unificação dos cartões não temoscondições de operar, pois não temosdemanda. O que ganhamos não estádando nem para o óleo, quem dirápara pagar a prestação dos carros,

motoristas, cobradores e as multasque eles aplicam constantemente.Queremos apenas que o passageiropossa escolher o seu transporte",disse.

Por volta das 11h, o motoristade transporte alternativo Erijack-son Silva de Araújo saiu da Prefeitu-ra. Ele conta que foi comunicadohoje pela manhã que não deveriacumprir a rota normal e que deve-ria seguir para a sede da Prefeitu-ra, que ocupariam o prédio. "Nãofoi nada planejado. Fui trabalharnormalmente e soube no caminhodo terminal que eu tinha que virpara a Prefeitura. Nosso sistema jáestá quase falido. Estávamos es-perando a licitação do transportepúblico, mas a Prefeitura deixou agente de fora de tudo", afirmou.Erijackson trabalha na linha 604que faz o percurso Felipe Camarão/ Centro e dos sete carros, apenasdois estão funcionando. "Vamoscontinuar até a unificação do sis-tema. Até isso, ninguém sai", afir-mou. Ele afirmou que os manifes-tantes não vieram preparados paraacampar, mas que tem uma pessoavendendo lanche dentro da Prefeitu-ra.

O uso da bilhetagem eletrôni-ca apenas pelos ônibus, segundoMaurízia Oliveira da Silva, temcausado enorme prejuízo aos al-ternativos, uma vez que os pas-

sageiros destes só podem utilizaro transporte se efetuar o pagamen-to em dinheiro. Ela possui um al-ternativo que faz a linha do lotea-mento José Sarney. Por dia, se-gundo Maurízia, o veículo faz seisviagens e transporta cerca de 200passageiros, que pagam a passagemem espécie.

Levando as contas para a 'pontado lápis', Maurízia explica que ar-recada diariamente a média de R$440. Porém, os custos são muitos.Para o abastecimento do veículo adiesel, é gasto R$ 150 por dia, alémdos pagamentos com a diária domotorista (R$ 70), do cobrador (R$60), do fiscal (R$ 30) e a alimen-tação dos funcionários (R$ 30)."'Sobra R$ 100, mas ainda pre-cisamos contar com a manutençãodo veículo, com os impostos e comas multas, que são constantes", diz,acrescentando que os fiscais da Sec-retaria Municipal de MobilidadeUrbana (Semob) ficam até altashoras nas paradas para tentar flagrarpossíveis infrações. "Apenas umpneu furado por conta da grandequantidade de buracos na cidadecusta R$ 800", completa.

O presidente do Conselho dosDireitos Humanos, Marcos Dioní-sio disse que será feita uma comis-são entre os permissionários e coma presença de vereadores, para dis-cutir junto à administração munic-

ipal o melhor caminho a ser trilha-do para a resolução do conflito eque a normalidade seja restaurada.

Durante toda a manhã, além daguarda municipal, a Polícia Militartambém esteve em frente à Prefeitu-ra Municipal para garantir a segu-rança do patrimônio público. Otenente coronel Júlio Cesar contaque a Polícia Militar foi comunicadaque um grupo de manifestantesadentrou a Prefeitura com o obje-tivo de serem recebidos peloPrefeito. "Viemos para avaliar asituação. Já existe uma guarniçãoem frente à Prefeitura impedindo aentrada de novos manifestantes e atéo presente momento na há nenhu-ma ação que justifique a entradada Polícia Militar. Não fomos so-licitados para isso, mas se for pre-ciso, será avaliado pelos superi-ores", destacou o tenente.

SemobA secretária de Mobilidade Ur-

bana de Natal (Semob), Elequici-na dos Santos, explicou que já estáprevisto no projeto de licitação dotransporte público a disponibiliza-ção de um bilhete eletrônico únicoque poderá ser usado tanto nas lin-has de ônibus quanto nos trans-portes alternativos. A medida,porém, depende da aprovação doprojeto de lei que autorizará a lic-itação nos transportes públicos deNatal. No projeto, de acordo comElequicina dos Santos, ficarãodefinidas linhas "complementares"a serem cumpridas pelos transportesalternativos. A titular da Semob nãodetalhou quais seriam os trajetosdas linhas.

No entanto, o vereador MarcosAntônio afirmou que o projeto, talcomo foi apresentado à CâmaraMunicipal, quase que extingue otransporte alternativo. "Ele dá ape-nas uma brecha para a permanên-cia do transporte alternativo, fun-cionando apenas como transportesuplementar, servindo como umaespécie de interbairros e isso nãoaceitamos", afirmou.

Permissionários do transporte alternativo invademPrefeitura e cobram bilhetagem eletrônica unificadaMANIFESTANTES FECHARAM AS PORTAS DO PALÁCIO FELIPE CAMARÃO COM O LEMA “NINGUÉM ENTRA E NINGUÉM SAI”

Na ausência do prefeito Carlos Eduardo, Sávio Hackradt chegou para negociar Jornalista Vilma Lúcia foi uma das servidoras que ficou dentro do prédio ocupado

> SEMANA DE PREVENÇÃO

HWG atende cerca de 500 vítimas de acidentes de trânsito por mês

Na manhã de hoje, veículo capotou, na avenida Lima e Silva, nas proximidades do estádio Arena das Dunas

Canindé Santos

Canindé SantosCanindé Santos

José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 24 de julho de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Embrapa e Banco do Nordeste lançamPortfólio de Tecnologias AgropecuáriasnA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá-ria (Embrapa) e o Banco do Nordeste lançaram se-mana passada o Portfólio de Tecnologias Agrope-cuárias, contendo 223 tecnologias para o homemdo campo. nA coletânea, que é destinada aos agentes de de-senvolvimento, assessores do Programa de Mi-crocrédito Rural do Banco do Nordeste (Agroa-migo), extensionistas rurais e usuários de tecno-logia agropecuária, tem como objetivo apoiar o pro-cesso de transferência de tecnologia para as ativi-dades produtivas da região Nordeste. nEm razão da importância do portfólio e tambémdos 61 anos de atuação do Banco do Nordeste, a co-luna abre espaço para texto do Chefe da Secretariade Negócios da Embrapa, Vitor Hugo de Oliveira. n "Os desafios da transferência de tecnologian "A Embrapa entregou à sociedade brasileiramais um produto com a sua marca, dessa vezacompanhada de uma outra marca de peso e comum forte vínculo com a região: o Banco do Nor-deste. O Portfólio de Tecnologias Agropecuárias,lançado durante o Fórum Banco do Nordeste deDesenvolvimento, reúne mais de 200 tecnologiaspara o homem do campo, veiculadas nos progra-mas Dia de Campo na TV e Prosa Rural, doisgrandes sucessos editoriais da Embrapa, enquan-to ferramentas de transferência de tecnologia.n "O programa Dia de Campo na TV estreou em1998 e, desde então, apresenta, semanalmente, osresultados da pesquisa gerados pela Embrapa paradiversos segmentos da sociedade. Conta hoje commais de 400 programas editados. Já o programade rádio Prosa Rural, criado em 2003, com o ob-jetivo de divulgar informações úteis para o dia adia das famílias rurais do semiárido nordestino, foiao ar, inicialmente, para o Nordeste, mas hoje éveiculado em emissoras de todo o País.

n "O portfólio compõe-se de 16 cds, metade delescom 143 edições do programas de rádio ProsaRural e outra metade com 80 vídeos do Dia deCampo na TV. Os programas estão divididos emoito grandes temas: leite, arroz e feijão, outrosgrãos, frutas, olerícolas, gado de corte, pequenosanimais e temas diversos.n "O principal objetivo do produto editorial éapoiar o processo de transferência de tecnologiapara as atividades produtivas da região Nordes-te. E o portfólio é lançado em um momento pro-pício, quando o Governo Federal cria a AgênciaNacional de Assistência Técnica e Extensão Rural(Anater) e em que surgem novos desafios para aEmbrapa. Um deles é o de desenvolver novos mé-todos de transferência tecnológica e de promo-ver a capacitação de profissionais multiplicado-res de conhecimento. Dessa forma, a Embrapa fa-cilita a participação de outros atores no proces-so de assistência técnica, como agentes de desen-volvimento regional, e aqui se insere o Banco doNordeste, institutos federais de pesquisa e em-presas privadas.n "Todos estes atores têm à disposição um gran-de acervo de conhecimentos prontos e que devemser levados ao campo nas mais diversas áreas,para que os produtores alcancem mercados cadavez mais rentáveis. Hoje, cerca de 8% dos agri-cultores brasileiros respondem por quase 86% daprodução agrícola nacional. Esse dado mostra queexiste um passivo de transferência de informa-ções a um número enorme de produtores rurais.n "Quando o Banco do Nordeste aposta em ini-ciativas como o Portfólio de Tecnologias Agro-pecuárias, impulsiona o acesso de uma parcelado conhecimento gerado no Brasil ao público.Dessa forma, reforça o seu papel no contexto dapromoção da inteligência territorial." (VitorHugo de Oliveira - Chefe da Secretaria de Ne-gócios da Embrapa)

Petrobras garante investimentos no Rio Grande do NortenO diretor de Exploração e Pro-dução da Petrobras, José Formi-gli, garantiu investimentos daPetrobras na região Nordeste,nesta terça-feira, durante ceri-mônia de lançamento de doisprojetos estratégicos para au-mentar a produção de petróleono Rio Grande do Norte e garan-tir o escoamento do óleo produ-zido nos campos terrestres emMossoró (RN). n "O óleo desses campos é ex-tremamente importante para aPetrobras. Ele tem uma geraçãode receita que garante os inves-timentos da Companhia no RioGrande do Norte e nos demaisestados da região. A Petrobrasnão tem nenhuma previsão dedesinvestimento nesse momen-to no Rio Grande do Norte ou em

outras áreas de onshore", disseFormigli.nO primeiro projeto está volta-do para a ampliação do sistemade injeção de água no CampoPetrolífero de Canto do Amaro,em Mossoró - um dos maiores dopaís em áreas terrestres, com re-servas provadas de 107,5 mi-lhões de barris. nO objetivo é aumentar o fatorde recuperação do óleo (a propor-ção que pode ser retirada do re-servatório, de acordo com os pa-drões tecnológicos e comerciais),com aumento de 4,9%, ou 58milhões de barris, bem como re-verter o declínio da produção,que é uma característica naturaldos campos maduros. n Com a implantação do proje-to a partir do ano de 2007 houvea reversão do declínio de produ-ção, tendo a produção do campoaumentado desde o ano de 2009,atingindo seu máximo no ano de2013. n Na ocasião, os executivos re-gistram, também, o início dasobras de um oleoduto de 100km de extensão que interligaráo campo de Canto do Amaro àUnidade de Tratamento e Pro-cessamento de Fluidos (UTPF),em Guamaré. O projeto buscamodernizar a malha de escoa-mento do petróleo produzidonos campos terrestres no RioGrande do Norte.

Brasil gera 123 mil empregos com carteiraassinada em junhon Os dados do Cadastro-Geralde Empregados e Desemprega-dos (Caged) demonstram que nomês de junho de 2013, o paísgerou 123.836 empregos comcarteira assinada, o que repre-sentou um crescimento de 0,31%em relação ao estoque do mêsanterior. n No ano o total acumulado deempregos foi de 826.168 postosde trabalho, uma expansão de2,09% no nível de emprego.n No período entre janeiro de2011 a junho de 2013 já foi cria-do um total de 4.428.220 empre-gos, um crescimento de 10,05%. n Nos últimos 12 meses, foramabertas 1.016.432 vagas, corres-pondendo à elevação de 2,58%no nível de empregon Para o ministro do Trabalho eEmprego, Manoel Dias, o resul-tado do mês mantém a tendên-cia de crescimento do emprego,visto que a geração de vagas nomês supera ligeiramente o regis-trado em junho do ano passadoe o número de empregos do maiodesse ano, quando foram geradas72.028 vagas formais.n Em termos setoriais, mere-ce destaque a Agricultura comgeração de 59.019 postos e osetor Serviços com geração de44.022 postos.

SYLVIA SÁ - [email protected] - (INTERINA)

Hotel dos Reis Magos terásolução lenta, diz CastimPROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO FALA EM MAIS DE UM ANO

MARCELO HOLLANDA

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Qualquer solução para o Hoteldos Reis Magos, na Praia do Meio,que passe pela desapropriação doimóvel, vai demorar pelo menos de12 a 15 meses para começar a ga-nhar forma jurídica. Nesta quarta-feira, o procurador geral do muni-cípio, Carlos Castim, disse que a le-gislação impede um desfecho maisrápido para o problema que se ar-rasta há anos.

Enquanto isso, a comunidadeserá obrigada a ver um dos símbo-los da hotelaria da cidade se dete-riorando porque os proprietários -o Grupo de Hotéis Pernambuco -encontra dificuldades para captarum parceiro disposto a injetar di-nheiro no Reis Magos e trazê-lo devolta à vida, seja como flat ou qual-quer outro empreendimento.

Em janeiro, logo após tomarposse, o prefeito Carlos Eduardo de-clarou que não toleraria Natal "con-vivendo com escombros" e mandouque seus auxiliares cobrassem umasolução em caráter de urgência comos proprietários do imóvel.

Em fins de abril, ele se reuniuno Palácio Felipe Camarão comJosé Pedroza, acionista do grupoHotéis Pernambuco S/A, dono doReis Magos, onde foram até deba-tidas soluções para revitalizar a áreae a estrutura onde está localizado ohotel, na praia do Meio.

Pedroza, que é médico, dono declínicas no Recife e criador de ca-valos, pediu tempo enquanto nego-ciava com quatro potenciais inves-tidores estrangeiros uma nova feiçãopara o imóvel a partir de uma jointventure. Sem resposta desde então,ao que parece, a paciência de Car-los Eduardo chegou ao fim.

Hoje, o procurador geral do mu-nicípio lembrou que aguarda rela-tório já solicitado da Secretaria da

Tributação sobre possíveis débitosdo hotel dos Reis Magos, bemcomo da Secretaria de Urbanismoe Meio Ambiente e até da Covisa,demandada para verificar possíveisfocos de endemias na área. Até a Se-cretaria de Obras Públicas e In-fraestrutura (Semopi) foi consulta-da para avaliar o valor de mercadodo hotel.

De antemão já se sabe que háum programa de parcelamento dedívidas em curso, o que impede aprefeitura de desapropriar o imóvel.Segundo Carlos Castim, a preocu-pação maior do município é nãopermitir que o Reis Magos sirva aonada nobre propósito da especula-ção imobiliária. Mas ele alertou queé preciso paciência. "Não vamosresolver esse problema de um diapara o outro", alertou.

O Hotel Internacional dos ReisMagos foi inaugurado em sete desetembro de 1965 pelo então gover-nador Aluízio Alves numa épocaem que não existia ainda a Via Cos-teira e Natal só tinha o hospital Mi-guel Couto (atual Hospital Univer-sitário Onofre Lopes) e o GrandeHotel, no bairro da Ribeira, como

opção para hospedar autoridadesou para simples pernoites.

Na época, a imponência doHotel impressionava, pois não exis-tia nada parecido em qualquer outrapraia do Nordeste. Com 60 aparta-mentos na época, uma suíte presi-dencial e seis salões suntuosos, umparque aquático e um requintadorestaurante, passando pela boateBambelô, tudo fascinava a socieda-de num tempo em que a Praia doMeio nem de longe lembra o queé hoje.

O Hotel Reis Magos foi arrema-tado em 1978 pelo Grupo de Ho-téis Pernambuco durante uma lici-tação na qual um único empresáriopotiguar deu as caras. Os seis sa-lões foram derrubados para darlugar a apartamentos, mas a ViaCosteira se encarregaria de abre-viar o fim do empreendimento.

Pedroza arrendou o Hotel parao Grupo Othon e depois para outrospretendentes menos conhecidos,entre os quais o ex-arrendatário daboate. E em meados da década pas-sada, o Hotel retornaria aos donosoriginais, já exibindo as marcas doabandono e da decadência.

Hoje, o secretário de Turismoe Desenvolvimento Econômico,Fernando Bezerril, disse que a pro-posta de sua pasta para o hotel seriatransformá-lo num centro de for-mação de mão-de-obra para a ho-telaria, uma extensão do "sistemaS", a exemplo do Hotel Escola Bar-reira Roxa, adaptando o prédio paraservir de albergue para receber es-tudantes de todo o mundo.

"Penso que isso atenderia a umanecessidade que temos, aproveitan-do a oportunidade para criar maisuma estrutura de formação de pro-fissionais para a hotelaria", afir-mou. "Mas essa é apenas uma daspropostas que ainda surgirão até seobter uma solução para o proble-ma", acrescentou.

Castim: lei impede desfecho rápido

Oficialmente, as obras de aces-sos ao novo aeroporto de São Gon-çalo do Amarante começaram estasemana. Com a mesma lentidãocom que elas caminham, emborajá exista uma data para o terminalestar concluído - abril de 2014 -, oprocesso de encerramento da ope-ração do aeroporto Augusto Seve-ro continua uma incógnita. Asupe-rintendência da Infraero, que jámanteve encontro com o Coman-do Aéreo para discutir essa pauta,não solta qualquer informação.

Nesta quarta-feira, a mesmaconduta que releva a importânciade bem informar o público, con-firmou-se quando o JH entrou emcontato com a assessoria de im-prensa da Infraero local para en-trevistar o superintendente. Dian-te de uma série de protocolos, o jor-nal, a pedido da assessoria, envioue-mail com quatro perguntas ele-mentares.

São elas: 1. Como se encontraa questão do fim das operaçõespara vôos comerciais do aeropor-to Augusto Severo a partir do anoque vem com o início do terminalde São Gonçalo. 2. O que o supe-rintendente tratou com o coman-dante João Campos a respeitodesse assunto em recente encontroentre os dois? 3. Existe um crono-

grama oficial acerca da desativa-ção comercial do aeroporto de Par-namirim? E, finalmente, 4. Quaisas propostas alternativas exami-nadas?

Aresposta veio 20 minutos de-pois.

"Em atenção à sua demanda,informamos que a futura utilizaçãodo sítio aeroportuário e instalaçõesdo Aeroporto Internacional Au-gusto Severo está sendo coordena-da pela Superintendência da Regio-nal Nordeste, cujo Superintenden-te está em férias. Caso queira re-tornar o assunto pedimos que o

contato seja retomado a partir dodia 2 de agosto."

Em recente reportagem, o JHmostrou o ambiente de incertezaque cerca funcionários de estabe-lecimentos comerciais e fornece-dores do aeroporto Augusto Seve-ro. No mesmo dia em que a re-portagem passou por lá, os fun-cionários da Infraero, no prédiocontíguo ao terminal, concentramsuas energias numa ruidosa festajunina, com direito a folhagenspresas ao longo de um corredor. Areportagem foi publicada no dia14 de junho.

> CAIXA PRETA

Infraero dificulta acesso àsinformações sobre aeroporto

Herácles Dantas

Canindé Santos

Aeroporto Augusto Severo está com os dias contados e sem informação

Canindé Santos

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Quarta-feiraNatal, 24 de julho de 2013

C M Y K

Cidade8 O Jornal de HOJE

CAROLINA SOUZA

[email protected]

Cerca de 15 mil pessoas já rea-lizaram o recadastramento biomé-trico junto ao Tribunal Regional Elei-toral (TRE), que passará a valer comoregistro do eleitor já nas próximaseleições. Aestrutura montada na Cen-tral de Atendimento, localizada noFórum Eleitoral da capital, na ave-nida Rui Barbosa, está preparadapara receber todos os eleitores quevotam em Natal, os quais deverãoficar atentos para comparecer ao localno período reservado conforme mêsde nascimento. Serão quatro etapasde recadastramento, sendo esta pri-meira reservada para aqueles quefazem aniversário nos meses de ja-neiro, fevereiro e março.

Para fazer o recadastramento, oeleitor deverá comparecer ao FórumEleitoral portando documento deidentidade com foto, título eleitorale um comprovante de residência.Nesse processo, uma ferramenta está

se mostrando bastante importante,segundo a diretora geral do órgão,Andréa Guedes Toscano. "Estamoscomprovando a importância das pes-soas fazerem o agendamento, umavez que nos garante planejamento eagilidade dos atendimentos aos elei-tores", afirmou.

O agendamento para o recadas-tramento biométrico pode ser feitopor meio do site www.tre-rn.jus.br oupelo telefone 3654-5000, de segun-da a sexta-feira, das 8h às 18h. "Ofator muito positivo desses primei-ros dias de recadastramento é queas pessoas realmente estão compa-recendo. A nossa maior preocupa-ção é com as pessoas que não agen-daram os seus atendimentos, poisestamos com uma demanda alta nodisk-atendimento, sem conseguiratender a toda demanda. Nossa orien-tação é que as pessoas deem prefe-rência ao agendamento pela inter-net", disse Andréa Toscano.

Na medida do possível, todos oseleitores serão atendidos, garante a

diretora do TRE. Entretanto, já houvequem precisou passar mais de cincohoras na fila esperando pelo reca-dastramento. "São aqueles que nãoagendaram. Quem teve a oportuni-dade de agendar, chegou a esperar nomáximo 40 minutos, o que ainda éum tempo considerado alto, mas quefoi preciso para dar vazão a alta de-manda", declarou. "Nós estamosvendo que tem muitas pessoas quenão possuem acesso aos meios deagendamento, mas precisamos aten-der a todos. É importante que todosos eleitores de Natal compareçamno período específico".

Maria Irani da Silva, 51, foi umadas pessoas que precisou encarar umafila na manhã de hoje para poder ficarcom os dados atualizados e garantir seudireito com a Justiça Eleitoral. Segun-do ela, todo esse processo é "desne-cessário". "Ainda não entendi o mo-tivo desse recadastramento. Eles dizemque é mais seguro, mas não sei se ébem por aí. Eu até soube do agenda-mento, mas para não sair de casa duas

vezes, pois não tenho internet em casa,resolvi fazer tudo de uma vez só",disse à equipe de reportagem.

Já Ivonete Lucena, aos 62 anos,disse que preferiu a comodidade doagendamento. "Só esperei uns 20minutos aqui e estou achando tudomuito rápido. Não tenho o que recla-mar do sistema e do atendimento.Se temos que nos apresentar à Jus-tiça, que assim seja", afirmou. Assimcomo Ivonete, todos os eleitores de-verão cadastrar as digitais de todosos dedos das mãos, que ficarão guar-dadas no sistema do TRE.

O grande fluxo de pessoas noFórum foi enxergado como umaoportunidade de lucro para pessoasque trabalham com vendas ambulan-tes. Fredson da Silva e mais dois ami-gos estão oferecendo o serviço deplastificação do novo título eleitoral."As pessoas saem com o documen-to e já podem plastificar aqui mesmo.É uma forma de facilitar a vida do ci-dadão e de nós lucrarmos. Procura-mos a Prefeitura de Natal, nos regu-

larizamos, e estamos autorizados aficar na frente do Fórum", explicouFredson, afirmando que está tirandoum lucro de R$ 600 por dia.

A Secretaria Municipal de Mo-bilidade Urbana (Semob) está fixa-da no local e permanecerá assim todosos dias para garantir que não haja en-garrafamento, nem prejuízo ao pe-destre. "Colocamos cones na aveni-da Rui Barbosa para que os motoris-tas fiquem em alerta, já que há mui-tas pessoas atravessando a rua. Alémdisso, estamos permitindo o estacio-namento no canteiro central, já que

se trata de uma eventualidade", afir-mou o agente de fiscalização da se-cretaria, Francisco Cavalcante.

Quem não comparecer ao reca-dastramento biométrico terá o títulode eleitor cancelado. Com isso, alémde não poder votar nas eleições, apessoa é considerada irregular coma Justiça Eleitoral, sem poder assu-mir cargos públicos, comissionadose efetivos; receber programas assis-tências do Governo Federal; tirarpassaporte; assumir vaga em univer-sidade pública e contrair empréstimosem bancos oficiais do governo.

TRE reforça importância do agendamentoprévio para recadastramento biométricoCERCA DE 15 MIL ELEITORES NATALENSES JÁ REALIZARAM CADASTRAMENTO, QUE PROSSEGUE ATÉ O MÊS DE NOVEMBRO

> ‘NEM POR UM MINUTO’

Campanha pretende conscientizar motoristas sobre vagas especiaisO desrespeito às vagas espe-

ciais nos estacionamentos da cida-de é um problema recorrente queatrapalha a mobilidade dos idosose portadores de deficiência. Mesmocom a realização periódica de fis-calizações e campanhas educativas,o problema ainda incomoda o dia adia das pessoas que deveriam usu-fruir deste direito. Na tentativa demudar esta realidade e conscienti-zar os condutores natalenses, a Se-cretaria Municipal de MobilidadeUrbana (Semob) deu início na últi-ma segunda-feira (22), à campanha'Nem por um minuto', que deverápercorrer diversos pontos da cida-de onde o desrespeito à Lei da VagaEspecial é mais frequente.

De acordo com a diretora doDepartamento de Educação noTrânsito da Semob, Patrícia Me-deiros, a campanha tem caráter pre-ventivo/educativo e o principal in-tuito é desenvolver uma consciên-cia cívica dos motoristas, estimu-lando o respeito e o uso adequado

das vagas especiais. "Todo mundoque estaciona nas vagas para idosoou portadores de deficiência costu-ma dar a desculpa de que parou nolugar somente por alguns minutos.Mas o fato é que aqueles que têmdireito à vaga acabam sendo preju-dicados por esse tipo de atitude,quando mais precisam estacionar.É essa postura que pretendemosmudar", declara Patrícia.

Hoje pela manhã, as equipes deeducadores do trânsito estiverampresentes em pontos de grandefluxo como as imediações da Re-ceita Federal, na Ribeira, o Bancodo Brasil, na avenida Rio Branco,os canteiros da Salgado Filho, pró-ximo ao Hospital Walfredo Gurgele no colégio Facex. A campanhadeverá percorrer nas próximas se-manas as imediações do HospitalPapi e Natal Hospital Center, alémde estacionamentos de shoppings,supermercados e teatros da cidade.

Inicialmente a campanha 'NemPor Um Minuto' estará notificando

quem desrespeitar as vagas espe-ciais com uma espécie de multamoral. O veículo do infrator rece-be um adesivo alertando sobre ainfração, com a placa do carro e olocal da irregularidade anotados.Na manhã de hoje, as educadorasda campanha, Jerliana Samita eAlana Echelly contabilizavam maisde 15 veículos notificados, no Facexe Banco do Brasil. "Boa parte dosmotoristas são pegos de surpresacom a notificação e alguns até ficambravos", contam elas.

Foi o caso do representante co-mercial Carlos Augusto, que tentoujustificar o uso indevido da vagaespecial dizendo que, em geral, fal-tam lugares onde estacionar. "De-pendendo do horário, a gente nãoacha uma vaga sequer e fica difí-cil pra gente que precisa trabalhar.Passei só cinco minutos enquantoresolvia uns assuntos no banco, masreconheço que estou errado. Achoque deviam aumentar as áreas de es-tacionamento na cidade", avalia.

A secretária de Mobilidade Ur-bana, Elequicina Maria dos San-tos, reforça a importância de se res-peitar a Lei da Vaga Especial, lem-brando que o seu descumprimentoé considerado crime, previsto noartigo 181, inciso XVI, do Códigode Trânsito Brasileiro, sujeito in-clusive à remoção do veículo. Ocondutor também pode ser multa-do no valor de R$ 53,20.

A Semob informa que paraidentificar quem tem direito à vaga,é disponibilizado um banco dedados na sede do órgão assim comoé emitido um cartão exclusivo de"Estacionamento Vaga Especial".Para ter acesso ao documento, épreciso ter mais de 60 anos e en-caminhar-se à Central do Usuárioda secretaria com comprovante deresidência, CPF e número de tele-fone. No caso dos portadores dedeficiência, a documentação deve-rá conter também o laudo médico.Para mais informações, ligue 3232-9115 ou 3232-9145. Campanha percorrerá pontos em que o desrespeito à Lei da Vaga Especial é frequente

MÊS DE NASCIMENTO PERÍODO PREFERENCIAL DA BIOMETRIAJaneiro, fevereiro e março 17 de junho a 17 de agosto de 2013Abril, maio e junho 19 de agosto a 14 de setembro de 2013Julho, agosto e setembro 16 de setembro a 11 de outubro de 2013Outubro, novembro e dezembro 14 de outubro a 09 de novembro de 2013

Local: Fórum Eleitoral de Natal - Avenida Rui Barbosa, S/N, Tirol

CALENDÁRIO DO CADASTRAMENTO BIOMÉTRICO

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 24 de julho de 2013

Cidade

O candeeiro se apagou. O sanfoneiro cochilou.

O candeeiro se apagou. O sanfoneiro cochilou.

CLEO LIMA

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Dominguinhos. Até no nome pelo qual ficou co-

nhecido no Brasil inteiro, José Domingos de Mo-

rais carregava ternura e amabilidade. Dono de um

semblante sereno, que transmitia paz e sossego

ao menor esboço de sorriso, o genial pernambu-

cano possuía o dom raríssimo de criar no peito

da gente um amor sem muita explicação, como se fosse parte da

família. Não é estranho, pensar que ele não está mais entre nós?

Parece que perdemos um pedacinho de luz, um ente querido,

mesmo sem conhecê-lo pessoalmente.

Dominguinhos foi cedo. Completara 72 anos em fevereiro;

queríamos muitos mais. Só que Deus não pôde esperar, ansioso

por sua presença, e mandou chamá-lo na noite de ontem, 23 de

julho. Triste noite. Mesmo tendo eternizado vários dos maiores clás-

sicos da música brasileira, é inevitável pensar que muito mais es-

tava por vir, sempre. Poderia viver 100, 200 ou 300 anos; nunca

haveria tempo suficiente para dar conta de tanto talento. Seu Do-

mingos nunca deixou de criar, jamais aceitou limitações, fossem

elas estilísticas, técnicas ou mesmo físicas. Sua sanfona não se con-

tentou em dominar, mais que qualquer outro, o idioma ensinado

pelo mestre Gonzagão. Versou-se - com honras e méritos - no

xote, no xaxado e no baião, mas também em choro, bossa, jazz e

o que mais viesse. Poliglota, a sanfona.

O travo que vem à garganta é plenamente justificável. São pou-

cos os seres humanos dotados de tão boa índole, de coração tão

puro, de uma humildade por vezes desconcertante. O sanfonei-

ro - filho de Garanhuns, no agreste pernambucano - teve origem

humilde. Seu pai, Mestre Chicão, também tocava acordeom. Foi

por influência dele que Dominguinhos se interessou pelo som cho-

rado de um fole de oito baixos, ainda aos seis anos de idade. Aos

nove, com pleno domínio sobre o instrumento, se apresentava em

portas de hotéis e feiras livres de sua cidade natal para levantar

uns trocados junto com seus irmãos, no conjunto "Os Três Pin-

guins". Foi em uma dessas empreitadas que conheceu Luiz Gon-

zaga, o mestre Lua. Ao bater os olhos no garoto, o filho de Ja-

nuário sentiu que ali havia um herdeiro, um sucessor. O único

capaz, a bem da verdade. Chamou-o para ir morar no Rio de Ja-

neiro, certo da grandeza de seu talento. O convite foi aceito tem-

pos depois, e Dominguinhos, junto ao pai e aos dois irmãos, de-

sembarcou na Cidade Maravilhosa em 1954. Quando reencon-

trou Luiz Gonzaga, o Rei do Baião lhe deu de presente uma san-

fona nova e o incorporou à equipe de músicos de apoio em seus

shows. Em 1956 debutou em estúdio, gravando seu primeiro

álbum ao lado do mestre.

Ao agarrar essa oportunidade, Dominguinhos pôde conhecer

o Brasil inteiro, tendo contato com outros músicos, outras cultu-

ras, outros ritmos. Tudo isso foi engrandecendo o vocabulário da

sanfona esperta do discípulo de Gonzagão, que aos poucos foi

deixando de ser apenas um excelente músico, para se tornar um

verdadeiro mito da Música Popular Brasileira.

O resto é história. A imagem do, agora saudoso, mestre sem-

pre representará uma perfeita síntese entre o apego às raízes nor-

destinas, o apuradíssimo senso musical e um carisma inacredi-

tável. Com essa reunião celestial entre Luiz Gonzaga, Jackson

do Pandeiro, Sivuca e agora Dominguinhos, o que resta ao Bra-

sil é entoar os célebres versos de José Fernandes imortalizados

na canção do Rei do Baião: "Olha pro céu, meu amor. Vê como

ele está lindo".

O músico potiguar Jubileu Filho, do grupo Perfu-me de Gardênia, teve a honra de dividir preciosos mo-mentos com Dominguinhos. "Ouvia muito as músicasdele desde criança, por causa de minha mãe, que erafã. O conheci pessoalmente no fim da década de 1990,quando produzi um disco de Elino Julião - outro sau-doso mestre do forró - intitulado "Canto do Seridó 1",que teve participações de diversos artistas nacionais,entre eles Dominguinhos. Já tinha participado de umagravação com ele sem contato pessoal, em 1995, épocaem que eu acompanhava a cantora Eliane", relembra.

Jubileu conta ainda que uma das maiores honras desua vida foi participar de uma sessão de gravações comDominguinhos no fim do ano passado. "A provável úl-tima gravação dele foi comigo, quando veio em dezem-bro para se apresentar no Forró da Lua, que foi seu pe-núltimo show (o último foi no centenário de Luiz Gon-zaga, em Exu/PE). Ele já estava com a saúde muito de-bilitada, então tivemos que levar o estúdio pro quartodele, para que pudesse gravar a sanfona. Infelizmente asituação já era bem complicada e ele sequer conseguiucantar", conta o multi-instrumentista, emocionado.

Para Jubileu Filho, "Seu Domingos" se destaca,dentre outros músicos da MPB, pela inquietude musi-cal, indispensável entre os grandes músicos da histó-ria. "Ele nunca estava satisfeito, queria sempre desen-volver mais. Apesar de ser autodidata, o mestre tinhaum ouvido muito precioso e estava sempre ligado a todotipo e estilo de música. Lembro que assistia ao 'FreeJazz Festival' em 1987, pela televisão, quando perce-bi que haveria um show instrumental de Dominguinhos.Quando vi o mestre improvisando na sanfona fiqueicompletamente extasiado e comecei de imediato a es-tudar a música instrumental brasileira, o que norteia meutrabalho até hoje. Tenho grandes amigos músicos quetocaram muito tempo com ele, todos fazem questão deressaltar a pessoa doce, tranquila e humilde que pos-suía uma sensibilidade fora do comum. Ele estavamuito além, talvez até mesmo do próprio Luiz Gon-zaga", destaca Jubileu Filho, que é considerado umdos mais talentosos músicos do Brasil, na atualidade.

ÚLTIMO REGISTRO FOI EM TERRAS POTIGUARES

"É tão difícil ficar sem você

O teu amor é gostoso demais

Teu cheiro me dá prazer

Eu quando estou com você

Estou nos braços da paz"

GOSTOSO DEMAIS

Dominguinhos/Nando Cordel

"Estou de volta pro meu aconchego

Trazendo na mala bastante saudade

Querendo um sorriso sincero

Um abraço para aliviar meu cansaço

E toda essa minha vontade"

DE VOLTA PRO ACONCHEGO

Dominguinhos/Nando Cordel

"Que falta eu sinto de um bemQue falta me faz um xodó

Mas como eu não tenho ninguémEu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amorQue acabe o meu sofrer

Um xodó prá mim do meu jeito assimQue alegre o meu viver"

EU SÓ QUERO UM XODÓDominguinhos/Anastácia

Dominguinhos faleceu nesta terça-feira(23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês,em São Paulo, após seis anos de batalha con-tra um câncer no pulmão. Ao longo do trata-mento contra a doença, o músico desenvolveuinsuficiência ventricular, arritmia cardíaca ediabetes. Após um mês de internação no Re-cife, Dominguinhos estava sendo tratado nacapital paulista desde 13 de janeiro deste ano.Segundo a ex-mulher dele, Guadalupe Mendon-ça, o velório em São Paulo ocorrerá até as 16hde hoje. Na sequência, o corpo seguirá para acapital pernambucana. Na quinta (25), o corposerá velado da Assembleia Legislativa do es-tado de Pernambuco. O enterro deve ocorrerna sexta-feira (26), em Recife/PE.

Fotos: Divulgação

Com o músico potiguar Jubileu Filho e sua família duranteúltima gravação, realizada no final do ano passado

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Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013 Cidade

Uma operação conjunta dasPolícias Civis da Paraíba e do RioGrande do Norte, deflagrada nanoite desta terça-feira (23), resul-tou na apreensão de mais de 160quilos de maconha prensada. Dessetotal, 134 kg estava em Parnami-rim, armazenada em um galpão,na rua Feliciano Martins, bairrode Monte Castelo. De acordo coma polícia, o material está avaliadoem R$ 162 mil.

De acordo com o delegado Ro-naldo Gomes, da 1ª Delegacia dePolícia de Parnamirim, a opera-ção se deu após informações vin-das da Paraíba. “A apreensão dessematerial foi realizada após um tra-balho de investigação da Delega-cia de Entorpecentes da Paraíbaque localizou a droga aqui em Par-namirim e entrou em contato co-nosco. Na manhã de hoje nossaequipe foi até o galpão, onde re-colhemos a droga”, explicou.

Mesmo com fuga dos trafican-tes o delegado Ronaldo Gomes

afirma já ter identificado os respon-sáveis de terem alugado o localonde a droga foi encontrada. “Essegalpão havia sido alugado há cercade 30 dias, as pessoas que aluga-ram já estão sendo identificadas evamos solicitar que os mandadosde prisão sejam expedidos contraelas”, ressaltou, porém com a preo-cupação de evitar citar nomes paranão atrapalhar as investigações.

Conforme o delegado da Paraí-ba, Allan Murilo Terruel, titularda DRE, a ação aconteceu em con-tinuidade à apreensão de 24 table-tes de maconha, equivalentes a 30quilos de drogas, ocorrida na noiteanterior, quando uma adolescentede 17 anos foi apreendida ao che-gar ao Terminal Rodoviário deJoão Pessoa, no bairro do Vara-douro. “Essa menor foi contrata-da para ir buscar a droga em Par-namirim e trazer para a Paraíba”,afirmou.

De acordo com o delegadoAllan Terruel, por volta das 15h de

terça-feira, duas equipes passarama monitorar a jovem de 17 anosque foi ao estado vizinho em umveículo alternativo. “Ela pegouuma caixa lacrada, que estava coma droga, e voltou à Paraíba em umônibus interestadual, sendo abor-dada pela DRE assim que chegou”,revelou Terruel.

Logo após a apreensão, a Po-lícia Civil da Paraíba seguiu nova-mente para o RN, onde, com oapoio da Divisão de Investigaçãoe Combate ao Crime Organizado(Deicor) do estado e de equipesda 1ª Delegacia Distrital de Parna-mirim, conseguiu apreender a ma-conha. “A partir de agora novasações em conjunto serão desenca-deadas”, ressaltou o delegado AllanTerruel.

O inquérito policial foi instau-rado e as Polícias Civil dos dois es-tados devem trabalhar em conjun-to para saber a origem da droga eprender os traficantes responsá-veis pelos entorpecentes.

Polícia Civil apreende mais de 160 quilosde maconha em Parnamirim e na ParaíbaNA CIDADE DA GRANDE NATAL FORAM ENCONTRADOS 134 QUILOS DA DROGA, DIVIDIDA E PRENSADA EM 98 TABLETES

Polícia Civil identificou residência no bairro de Monte Castelo, cidade de Parnamirim, onde a droga estava escondida

A fuga aconteceu às 19h destaterça-feira (23), na zona Oeste deNatal, os adolescentes que têmentre 16 e 17 anos, quebraram ca-deados e pularam o muro do Ciad(Centro Integrado de Atendimen-to), no bairro Cidade da Esperan-ça. Depois de cerrar as grades epular uma janela, eles chegaram àrua. A fuga só foi percebida às 19h,por um educador, que acionou aCompanhia de Guarda. Porém nãofoi possível localizar nenhum dosmenores, a noite se seguiu com di-ligências, entretanto sem sucesso.

A notícia da fuga vem nomesmo dia em que a Fundação Es-tadual da Criança e do Adolescen-te (Fundac) revela sua expectativapara reabrir os centros interditadose aliviar a pressão no número de in-ternos nas unidades em funciona-mento. De acordo com o presiden-te do órgão, Getúlio Batista, a uni-dade do Ceduc do bairro Pitimbudeverá ser entregue no início deoutubro, e o Ciad de Cidade da Es-perança, que está com parte da es-

trutura paralisada, também será rea-berto em 40 dias, aproximadamen-te. Com isso, o número de vagasserá elevado para mais cem, levan-do a um nível mais confortável.

Hoje são amparados pela Fun-dac cerca de 100 jovens, distribuí-dos entre as unidades de Nazaré, eo Centro Integrado de Atendimen-to Padre João Maria. Além destes,existem mais outros dois no esta-do, um em Mossoró e outro emCaicó que também sofrem interdi-ção parcial.

Segundo Getúlio Batista as uni-dade do interior do estado estãofuncionando com 60% da capaci-dade na capital do oeste, e 70% alocalizada na cidade do Seridó.Esta interdição vem desde 2008,ainda no governo anterior, e aindanão foi resolvido.

O presidente teme mais cortesno orçamento. Uma reunião deve-rá ser marcada nos próximos diaspara discutir os novos planos comrelação a um reajuste de 20%, de-cretado esta semana pelo governo.

Porém ainda espera uma soluçãopara o caso, pois as reformas noscentros do interior do estado são ne-cessárias, e conforme o tempopassa as necessidades aumentam."O processo ainda está aberto, mas

falta recurso" ressaltou Getúlio.“Eu tenho total autonomia no

que diz respeito à gestão de pessoal,com relação ao dinheiro, não temosliberdade", afirmou, revelando suadependência diante da Secretaria

Estadual de Planejamento. De acor-do com Getúlio, a verba repassa-da muitas vezes não dá para co-brir os gastos do mês, gerando umadívida para a Fundac, mas ele nãosoube precisar o valor desta dívi-da. "Existe a necessidade só queesta dependência dificulta o traba-lho", declarou.

Por este motivo, os Ceducs deCaicó e Mossoró não tem previ-são de reabertura total, prolongan-do a novela que já se arrasta pormais de quatro anos. Quando estesforem totalmente reabertos, deve-rão ser oferecidas aproximadamen-te 100 vagas, somando 200 àsatuais disponíveis. De acordo como presidente, 312 vagas é o núme-ro sugerido pelo Conselho Nacio-nal de Justiça.

FUNCIONÁRIOS ESTÃO VOLTANDO PARA FUNÇÕES

Um Termo de Ajustamento deConduta assinado pela Fundac pre-via o retorno de profissionais liga-dos à fundação e que trabalhavam

em outras repartições, para isso foirealizado um recadastramento, parafinalmente identificar e fazer o co-municado aos mesmos.

Segundo Getúlio Batista, esseretorno está acontecendo gradati-vamente. Sem revelar números, eleafirma que muitos já estão de voltaaos locais de trabalho. Essa reor-denação de pessoal não acontece deforma facilitada, muitas vezes énecessária recorrer a penalidades,"estou cortando na carne" disse emalusão às sanções como o recebi-mento de faltas, notificações, pro-cessos administrativos, e até de-missão dos funcionários que não re-tornaram aos seus postos. Outraação usada para a reposição de pes-soal é bloqueio de salários, sejaparcial, ou integral.

Ainda foi reiterado pelo presi-dente, de que desde fevereiro a fun-dação não renova nenhuma ces-são, e indefere todos os pedidos demudanças. Restando apenas o re-torno dos profissionais aos seuscargos.

> SISTEMA INEFICIENTE

Cedida/Degepol

Wellington Rocha

Três jovens infratores conseguem fugir por janela do Ciad

Governo espera finalizar reformas em várias unidades do sistema socieducativo

Na noite desta terça-feira (23),um jovem identificado como Re-nilson Ferreira Soares, 25 anos, foiassassinado no bairro Dix-Sept Ro-sado. Enquanto caminhava pela rua,na vila Dom Eugênio, a vítima foisurpreendida por dois suspeitos quese aproximaram em uma motoci-cleta, e ao parar o veículo atiraramno homem com um revólver.

De acordo com a polícia, a ví-tima foi alvejada com cinco tiros,sendo que um deles acertou a cabe-ça. Frente aos fatos, a polícia res-salta a possibilidade de o crime tersido uma execução.

Renilson era conhecido comoKiko Boneco ou Boneco Doido, e

também tinha envolvimento comdrogas. "Já sabíamos da possívelparticipação dele no tráfico e, cer-tamente, a morte tem relação comessa vida que ele levava", ressaltouo cabo Tavares, do 9º Batalhão daPolícia Militar.

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITOUm homem e mulher foram

vítimas de um acidente envolven-do motos e caminhão na noite destaterça-feira (23), por volta das 22h,na zona Rural de São Gonçalo doAmarante. Os dois estavam em duasmotos quando se chocaram com ooutro veículo.

Na colisão uma terceira pessoa

que pilotava uma das motocicletasainda ficou ferida, de acordo como ITEP, as duas outras vítimas foramidentificadas como Maria GabrielaMacêdo de Souza, 18 anos, e Rob-son Garcia Corrêa, 25 anos. Ambosvieram a óbito no local.

De acordo com a polícia, MariaGabriela estava na garupa de umadas motos, a qual era pilotada pelohomem ferido. O choque aconte-ceu na RN-160, e as duas motoci-cletas tentavam ultrapassar um ca-minhão, porém foram atingidas porele. Segundo informações colhidaspelos policiais, as duas motos ten-taram passar pelo veículo maior aomesmo tempo.

Homem morre após levar cincotiros quando caminhava na rua

> VIOLÊNCIA

A mulher encontrada mortaem um apartamento, na última se-gunda-feira (22) foi identificadacomo Clara Rubyanne Ferreira,26 anos. Natural de Pernambuco,a vítima seria garota de progra-mas, conforme foi informado portestemunhas.

A causa da morte ainda nãofoi confirmada, porém a políciasuspeita de estrangulamento, vistoque foram encontrados sinais deviolência, e um cabo USB ao ladodo corpo, muito provavelmenteusado para cometer o crime.

Clara Rubyanne estava enro-lada em lençóis e sacos plásticos,dentro de um apartamento em

Ponta Negra. Mesmo com o crimetendo acontecido no sábado, ocorpo da vítima só foi encontra-do na tarde do domingo, já emprocesso de decomposição.

SUSPEITO DO CRIMEÉ PRESO NA BAHIA

O principal suspeito de matara pernambucana Clara RubyanneFerreira, 26 anos, na noite do úl-timo sábado, em Ponta Negra foipreso em uma barreira da PolíciaRodoviária Federal em Vitória daConquista, na Bahia. A capturade Eugênio Bocegato Junior acon-teceu no início da noite destaterça-feira (23), segundo infor-

mações ele pretendia ir para SãoPaulo, estado de origem.

De acordo com a delegadaKaren Lopes, da Delegacia Espe-cializada em Atendimento à Mu-lher, o mandado de prisão tem-porária contra o suspeito foi ex-pedido pela Justiça, devido aosfortes indícios contra ele. A polí-cia ainda informou que quatropessoas já foram ouvidas, e con-forme elas a vítima seria garota deprograma.

A delegada ainda informouque deve viajar até o estado baia-no, a fim de trazer Eugênio parao Rio Grande do Norte, onde de-verá prestar depoimentos.

Mulher assassinada em PontaNegra é natural de Pernambuco

> CRIME MISTERIOSO

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 24 de julho de 2013CidadeCidade

RECADO DE FRANCISCO NUNESO advogado Francisco Nunes, que já exerceu as

funções de Procurador Geral do Estado e Comandanteda Polícia do RN, manda um recado de quem sabe ob-servar a conjuntura com um olhar que constata gravesproblemas do passado. Leiam abaixo o que ele diz:

Caro Alex Medeiros."A coisa aqui tá preta", como dizia Chico Buarque.

Parece que nada funciona. A esperança, mesmo comovirtude teologal, tá indo pro brejo. Ninguém se enten-de. De um lado, as manifestações, como forma vigoro-sa e efetiva do exercício democrático. Doutro, os vân-dalos e a desordem que inspiram o caos e acalentam ador-mecidos sonhos autoritários.

No primeiro caso uma legítima expressão de cida-dania que, em nenhum momento, pode ser tolerante ouservir de biombo para baderneiros movidos apenas peloalvar instinto do niilismo. No segundo, a covardia dis-simulada no contágio da multidão e protegida pelo ano-nimato. Um contraste invencível.

Amanifestação de expressão política, vista como umdireito constitucional própria dos Estados Democráti-cos, deve ser exercitada na forma das leis vigentes, res-peitando-se, contudo e fundamentalmente, os direitos da-queloutros que não estão declarando, revelando ou di-vulgando os seus sentimentos e opiniões. Noutra ponta,a baderna e a desordem oportunista, simples caso de po-lícia, já que ofendem à ordem e ao código penal.

"Acoisa aqui tá preta", realmente. Não se tem saúde,tampouco segurança e muito menos educação. Os ser-vidores estão à míngua; desassistidos e sem perspecti-vas. Enquanto os comissionados pululam na dimensãodos interesses políticos.

Os governos de compadrío, regionalizados por ne-cessidades paroquiais, desconstroem Estados e Muni-cípios com a violência de um tsunami, numa demons-tração efetiva da incompetência que se contrapõe ao"princípio constitucional da eficiência" de que trata oart. 37, caput, da Constituição Federal. Incompetênciaque o Estado Democrático de Justiça e materializa a im-probidade administrativa descrita no art. 11, da Leinº 8.429/92.

"Acoisa aqui tá preta". Ofende-se o léxico e a ordemjurídica ao se declarar calamidade pública na saúdepública, num cínico eufemismo que busca suavizar aincompetência gerencial, desatento ao fato de que acalamidade pública (catástrofe) pressupõe a existên-cia de epidemias ou fenômenos da natureza (secas,enchentes, tsunamis, terremotos, furações etc). Nunca,descontrole administrativo.

"Acoisa aqui tá preta". Arepresentação política dei-xou de ser a expressão da vontade popular para ser avontade dos caciques partidários ou, n'alguns casos, umprojeto familiar alimentado pelo erário ou por "tenebro-sas transações" dos "barões famintos" perenizados poruma estranha ditadura de partidos.

"A coisa aqui tá preta". Estão assaltando e matan-do adoidado. Roubo, nem se fala. Roubaram inclusiveà polícia. Nesse ritmo, ao desamparado cidadão, pare-ce-me, restar agora, apenas, seguir o conselho de Chicona canção "Acorda Amor": "... chame o ladrão, chameo ladrão, chame o ladrão...". Tá preta mesmo... E vaipiorar...

Um abraço fraternal, do amigo (Francisco Nunes)

FEDERALIZAR URGENTEÉ grande o equívoco da bancada federal do RN ao

querer ampliar o alcance acadêmico da UERN. Certís-sima está a vereadora Eleika Bezerra em propor a fe-deralização da instituição, já que a União tem obriga-ção constitucional com o ensino superior.

JUVENTUDEO vereador Rafael Motta (PP) está entre as 750 pes-

soas no palco das celebrações do papa, representandoos jovens parlamentares do Brasil a convite do padreSávio da Costa Ribeiro, coordenador da semana JMJ edo padre Julio, pároco da Candelária-RJ.

PUBLICIDADE/LITERATURAO publicitário e escritor Carlos Fialho está dando

uma reduzida na marcha das produções literárias parase dedicar mais ao novo desafio profissional após afusão da sua agência, Comitê Criativo, com a Art & Cdo também publicitário Arturo Arruda.

Era dezembro de 1985 e enquanto esperavamPapai Noel os paulistanos e seus agregados acom-panhavam o xodó entre a Viúva Porcina e o Sinho-zinho Malta, na novela Roque Santeiro, e viam aslutas do Maguila e as demolições do Mike Tyson.

Mas houve aqueles dois dias do mês, poucoantes da noite de Natal, que as atenções se voltarampara a grande decisão do Campeonato Paulista deFutebol, que seria disputada entre as equipes do SãoPaulo e da Portuguesa de Des-portos.

Como um turista aciden-tal, indiferente às paixões nointerior do Morumbi, lá fui euna companhia do então sogroe hoje saudoso Vladimir Tor-rezani, um dileto torcedor dotricolor que acabou transferin-do sua herança aos filhos e àprimeira neta, filha minha.

Foi naquela final que eupercebi um rosto logo acima danossa arquibancada, um rostoque eu vira tantas vezes nasfigurinhas da minha menini-ce. Confirmei com Seu Vladi-mir: era ele mesmo, o craquedo Palmeiras, da Lusa e doBrasil; Djalma Santos.

No meio da multidão, eurefletia sobre a presença da-quele gênio, que permaneceuali, durante os 90 minutos, coma mesma discrição de quando trabalhava nos grama-dos. Nunca entendi como 100 mil almas ficam im-passíveis diante de um monstro.

Mas é que – hoje eu sei – Djalma Santos nuncafoi mesmo de aparecer demais; são poucas as fo-tografias nas revistas e jornais sobre as copas de1954, 1958, 1962 e 1966 em que o genial lateral di-reito apareceu. Seu enorme futebol não precisoude vitrine.

Quase não acompanhei a decisão, dei pouca bolaao título conquistado pelo São Paulo de Falcão,Dario Pereyra e Careca. Entre um lance e outro euficava ali, lançando perguntas ao sogro sobre a vidadaquele senhor que, calmo, torcia pela Portuguesa.

Jamais esqueci o comentário hilário e bastanteilustrativo de Vladimir Torrezani para testemunharsobre o talento do maior lateral direito em três copasdo mundo (só não levou em 1966 porque o Brasilinteiro foi desastroso). E que comentário.

"Olha, no tempo que esse cara jogava com Ju-linho Botelho na Lusa os gramados aqui de SãoPaulo ganhavam declives. No primeiro tempo ocampo entortava para baixo no lado que Djalma eJulinho jogavam, e no segundo invertia tudo".

Até hoje imagino a grandeza do poderoso fute-bol jogado por Djalma, um marcador de extrema ele-gância, que nunca foi expulso em toda a carreira,

encerrada aos 42 anos. O chão bem que deveriamesmo ceder com a companhia do ponta Julinho,um mito.

Assim como não há muitas fotos de Djalma nascampanhas dos seus times e da seleção brasileira, tam-bém quase não existem testemunhos que apontemuma atuação ruim do ex-sapateiro que sonhava seraviador e aprendeu a voar calçando chuteiras.

Após 1962, quando vivia o auge de um bicam-peão mundial e melhor do pla-neta em sua posição, Djalmaera visto tomando ônibus nasruas de São Paulo e seguindoa pé o trajeto de casa para oParque Antártica, em direçãoaos treinos do Palmeiras.

E pensar que nesses diasatuais qualquer detentor demeia dúzia de dribles chinfrinscircula pelas megalópoles daEuropa dirigindo possantes má-quinas de meio milhão deeuros. Quanto valeria hoje ofutebol fenomenal de craquescomo Djalma?

As novas gerações queacompanham as farsas dos gra-mados de agora bem que pode-riam folhear, como faço diutur-namente, os jornais e revistasdo passado. Encontrarão na ge-nialidade de seres como Djalmaas sementes da árvore que só

agora brota glória e dinheiro.Quem leu a história dele, soube das suas faça-

nhas em velhas publicações, não estranha a repeti-da narrativa de um mito em torno do gênio. Djalmarealmente foi eleito melhor lateral de 1958 jogandoapenas uma única partida, a final contra a Suécia.

Mas não há qualquer exagero, protecionismo daFIFAou mesmo uma injustiça com o titular De Sordi.É que naquele iluminado dia, Djalma Santos exibiuao mundo um compacto da sua capacidade já mos-trada na Copa de 54 e nos gramados do Brasil.

Quatro anos depois, melhor outra vez no Chile,impecável como sempre foi, ajudou Garrincha &Cia a conquistarem a Jules Rimet. Nas comemora-ções, o mais discreto, estava sempre longe das fotos.Não era intempestivo nem na justificada emoção.

O dramaturgo Nelson Rodrigues via no craqueuma paixão de um Cristo negro. No vestiário da vi-tória, no Chile, em meio ao delírio festivo, o grandeStanislaw Ponte Preta viu a humilde elegância de Djal-ma Santos num solitário gesto de enrolar-se à toalha.

Toalha que ele jamais jogou no tatame, poisquando quis parar, já em avançada idade, saiu decena debaixo de protestos e pedidos para ficar, quemsabe por mais 40 ou 50 anos. E daqui a 100 anos,ele continuará sendo o maior lateral direito da His-tória. (AM)

Alex [email protected]

Dudu tá lendoO governador de Pernambuco,

Eduardo Campos (PSB), parece quefez uma releitura da conjuntura e

decidiu retomar o projetopresidencial. Após três conversas

com Lula, o filho de Ana Arraescomunicou à bancada federal do seu

partido que pretende mesmo disputara cadeira de Dilma Rousseff. Ontem,ele decretou luto oficial pela morte

de Dominguinhos.

A Elegância NegraA Elegância Negra

“”

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

QUANDO A CONTA NÃO FECHA EXEMPLOO movimento realizado pelos

permissionários de transportes al-ternativos de Natal, hoje pelamanhã, foi de fazer inveja aos ma-nifestantes da Revolta do Busão. Enão apenas por ter sido um protes-to pacífico, o que já é muita coisadiante dos últimos acontecimentos.Mas porque, conscientes de quemtem suas responsabilidades, o grupofoi protestar na sede da Prefeitura,o Palácio Felipe Camarão. Agora,talvez, entendam que ocupar a Câ-mara adianta quase nada.

CONTRA O POVOSimplesmente inacreditável a

posição do ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva (PT), sendo nãoapenas contrário a redução de mi-nistérios pelo governo federal, comovem sendo discutido, mas a favor daabertura de mais pastas no primei-ro escalão. O fato ganhou repercus-são em O Estado de São Paulo.

INCHAÇO DA MÁQUINALula disse que os defensores

da diminuição de ministérios que-rem retirar pastas que considera im-portantes, como a que é voltadapara a Igualdade Racial e a da Po-lítica para as Mulheres. O ex-pre-sidente, para quem não lembra, foio responsável por quase dobrar onúmero de ministérios deixados porseu antecessor, Fernando HenriqueCardoso. Hoje, após a presidenteDilma Rousseff (PT) criar maisduas pastas, já são 39 ministérios.

GENTE DEMAISEm tempo, a proposta da opo-

sição, que também está sendo de-fendida pelo PMDB, entre outrospartidos, não é apenas reduzir o nú-mero de ministros, mas tambémcortar a grande quantidade de car-gos comissionados no governo fe-deral. Atualmente, são cerca de 22mil servidores escolhidos pelos go-vernantes sem concurso público.

FLECHAS AO VENTOÉ grande o entendimento entre

dois secretários do primeiro timedo governo Rosalba Ciarlini(DEM). Aliás, uma parceria muitosuperior ao lado profissional. Háquem garanta que, se o amor re-solvesse os problemas do Estado,o RN já seria um exemplo para opaís. O problema será quando ociúme tomar conta do trabalho. Eo cupido parece que está fazendomuito mais vítimas no Centro Ad-ministrativo. O amor está no ar.

CULTURAAutor do livro "Vida Profissio-

nal - Lições para uma jornada deexcelência", Fábio Ferreira partici-pa no próximo sábado (27) de umaConversa com o Autor, promovi-do pela livraria Saraiva. O eventocomeça às 18 horas. O debate serásobre questões atuais da vida pro-fissional e será voltado para jovensem busca de excelência. Quemtambém estará presente é o profes-sor e sociólogo, Rinaldo Barros,que fez o prefácio da obra.

NO TIME DO CÉUO mundo perdeu, no mesmo

dia, o músico Dominguinhos e oex-jogador Djalma Santos. Doishomens com histórias de vida dig-nas de filme, que deixaram a vidapobre para virar ídolos dos brasi-leiros, que deixam para a históriaum longo patrimônio. Sem dúvi-da, deixarão muitas saudades.

NEGÓCIOSO secretário de Estado do Tu-

rismo, Renato Fernandes, represen-ta a governadora Rosalba Ciarlini,na noite de hoje durante a Petro Bra-sil 2013. A 5ª edição do evento na-cional será realizada este ano noRio Grande do Norte, até a próxi-ma sexta-feira. O espaço do TeatroDix-Huit Rosado, em Mossoró, re-ceberá autoridades do Brasil intei-ro no intuito de promover oportu-nidades de negócios para a rede pro-dutiva do segmento de petróleo, gáse energia renovável. A Rede PetroRN foi fundada em agosto de 2008.A entidade integra micro e peque-nas empresas petrolíferas do RN.

Gira MundoNunca me foi tão difícil escrever qual-

quer palavra. Me desculpem os leitores,mas não havia, nesta quarta-feira meio nu-blada, de chuva fina misturada ao solnosso de cada dia, notícia nenhuma quefosse mais interessante do que relembraros bons momentos do passado. É comimenso pesar, e com uma grande dor queinsiste em permanecer desde o início datarde de ontem, que envio meus maissinceros sentimentos a família e aos demais amigos do fisioterapeu-ta Fernando Macêdo Filho, 27, que faleceu ontem, vítima de um AVCtão surpreendente quanto a sua morte. Fernando vai embora deixan-do exemplos, aprendizados, parceria, sinceridade, saudade. Não hápalavras. Amigo, você já está fazendo muita falta. A gente se en-contra um dia. O mundo realmente gira rápido demais.

Megafone

“Não tem de diminuir. Temque aumentar”

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

SE POSICIONANDO CONTRA A REDUÇÃO DE MINISTÉ-RIOS. PIOR, SENDO FAVORÁVEL A MAIS.

Reprodução

Divulgação

O Rio Grande doNorte, pelo visto, estáfalido. O Estado, hoje,não consegue prestarum bom serviço públi-co em praticamente ne-nhum setor. Convivecom o caos na saúde hámais de 20 anos. Seacostumou com as pés-simas qualidades no sis-tema de ensino. Apren-deu a sobreviver diante da violência crescente.

Na área econômica, o turismo tem decaído, a indústria nunca foium forte e o setor de comércio e serviços é engolido com a absurdaquantidade de impostos que os cidadãos de bem são obrigados a pagarno país.

Tributos que não são transformados em melhorias para a socieda-de, tão insatisfeita com o que, há pouco tempo, era exemplo. Atual-mente, não há um natalense que consiga utilizar seu automóvel semficar alguns minutos preciosos preso em congestionamentos sufocan-tes.

É por tudo isso que a conta não fecha. Ora, se a cada ano a recei-ta de impostos aumenta e os próprios valores pagos sofrem reajustes,como pode o serviço público entrar numa decadência constante e inin-terrupta? Para onde está sendo escoado o dinheiro do povo, que tra-balha cinco meses do ano apenas para quitar suas "dívidas" com o go-verno?

Pior, como pode o Rio Grande do Norte, Estado que tem sindica-tos de servidores reclamando diariamente da falta de reajuste, ter tidoum aumento na folha salarial exorbitante, ao ponto de faltar recursospara honrar seus próprios compromissos? Se tudo isso está realmen-te acontecendo, quem foi o culpado pela total falta de planejamentoque levou o RN a quase bancarrota?

São dúvidas que qualquer cidadão hoje, lendo as manchetes dosjornais, está na cabeça. Não dá mais para aceitar a velha desculpa dacrise financeira causada pela redução de uma ou outra receita. O povoexige resultados, planejamentos, responsabilidade com o dinheiro pú-blico. De outra forma, não tem como a conta bater.

TUDO QUE É RUIM, PODE PIORARSão muitos os servidores estaduais preocupados com o que encontra-

rão em suas contas bancárias no final do mês. As notícias sobre a possi-bilidade do governo não conseguir quitar a folha salarial de julho está dei-xando muitos trabalhadores assustados. Nada poderia ser pior para a ges-tão Rosalba Ciarlini do que a possibilidade de algo desse tipo acontecer.Se realmente ocorrer, será um verdadeiro terremoto.

Divulgação

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Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w GIRO PELO TWITTER......do Blog Carlos Santos: "Paradar exemplo de economia, Ro-salba poderia fechar a Resi-dência Oficial, no bairro deMorro Branco. É símbolo deostentação e desperdício";

...do juiz Raimundo Carlyle:"No início eram R$ 810 mi-lhões no retrovisor. Agora R$1 bi no visor. RN arrecadouR$ 4 bi em seis meses. Afolhaé R$ 396 mi/mês. Arrecadan-do R$ 8bi/ano com folha deR$ 4,75bi/ano, sobram R$3,25bi pra custeio e investi-mentos. Ou seja, o RN nãoestá "quebrado" nem podeatrasar pagamentos, especial-mente pessoal";

...do publicitário Ricardo Ro-sado: "Assunto sobre arreca-dação de governo deveria virsempre acompanhada da infor-mação de quanto e onde o di-nheiro foi gasto".

GIRO PELO TWITTER

Suzana Schott com Ricardo Maia curtindo GoldLabel Party no Peppers Hall

Edna Galvão e ClaudinhaEmerenciano conferindo o

Espaço Quatro por TinesaEmerenciano

Bobflash

Lucienne Benfica e José Samico curtindo na Devassa o Dash Berlin

Bobflash

Bobflash

DeSaboya.com

w O MP QUER SABER...O Ministério Público do RN de-cidiu acompanhar o atual quadrode servidores cedidos pela Secre-taria Estadual de Saúde para ou-tros órgãos.

>>>O promotor Carlos Henrique Ro-drigues da Silva determinou ao se-cretário Luiz Roberto Fonseca paraque, no prazo de 20 dias, informesobre o déficit atual de médicos naRede Pública Estadual de Saúde,"com detalhamento por especiali-dade e unidade de saúde".

w GPS NELESO MP também quer saber comoestá o quadro atual de servidorescom cargo em comissão/funçãogratificada em outros órgãos doExecutivo Estadual.

>>>Bem como dos servidores cedidosa órgãos fora do SUS ou da esfe-ra estadual.

w DE OLHO...Falar no promotor Carlos Henri-que Rodrigues da Silva, que res-ponde pela 47ª Promotoria de Jus-tiça de Natal, ele vai apurar possí-vel prática de assédio moral noHospital Walfredo Gurgel.

>>>A denúncia é fundamentada na Lein.º 8080/90.

w FALANDO NISSO... A sentença da ação civil públicado Ministério Público Federal noRio Grande do Norte (MPF/RN)que apontou fraude em uma licita-ção para construção de 25 casaspopulares em Tangará e que resul-tou na condenação, pela Justiça Fe-deral, do deputado Tomba Farias(PSB) e de mais sete réus, deixouTomba cinco anos com suspensãodos direitos políticos.

>>>E, por conta disso, no Trairi co-meça um plano B para 2014: casoTomba não reverta até o próximoano a condenação, poderá colocaro vice-prefeito Joca Ferreira deSouza (PSB), filho do ex-gover-nador Iberê Ferreira de Souza(PSB), como candidato para ocu-par a sua vaga na Assembleia Le-gislativa.

w ESTRATÉGIAOutra opção é a esposa FernandaFarias (PMDB), que poderia en-trar na disputa renunciando omandato de prefeita de SantaCruz. Nesse caso, para o vice Jocaassumir.

>>>Tomba nega todas as possibilida-des, apostando que reverterá ascondenações na Justiça Federal.

>>>Será?

w PRESSÃOHoje pela manhã, o trânsito praticamente parou na Cidade Alta. Mo-tivo: o protesto dos permissionários dos transportes alternativos de Natal.

>>>A turma ocupou o Palácio Felipe Camarão e impediu entradas e saí-das.

>>>Queriam uma palavrinha com o prefeito Carlos Eduardo, que está noRio acompanhando a visita do Papa.

>>>Na pauta dos protestos, a unificação do cartão de passagens utiliza-do nos ônibus da capital potiguar.

>>>Detalhe: com as portas e janelas da Prefeitura fechadas, os líderes doprotesto e os vereadores Hugo Manso e Sandro Pimentel tiveram queentrar pela garagem, que fica entre a Prefeitura e a Procuradoria Geraldo Município.

w ALTERNANDO...Mudanças na composição das Câ-maras do TJ.

>>>A desembargadora Zeneide Bezer-ra assumiu a presidência da Câma-ra Criminal.

>>>Além dela, a Câmara é compostapor dois desembargadores novatos:Ibanez Monteiro e Glauber Rego.

>>>Na terceira Câmara Cível, o desem-bargador Amaury Moura, decanodo Tribunal, assumiu a presidência.

w EM POUCAS PALAVRAS...O ex-presidente Lula esteve ontemem Brasília para uma palestra noFestival da Mulher Afro Latino-Americana e Caribenha, no Museuda República. E aproveitou para de-fender a atual presidenta Dilma dascríticas em relação à vinda de mé-dicos estrangeiros.

>>>"Se os médicos brasileiros não que-rem trabalhar no sertão, que a gentetraga outros médicos. Ninguém quertirar emprego de ninguém", disseele. Que também falou a respeitodos questionamentos feitos pelosmédicos brasileiros sobre a reprova-ção de estrangeiros no Revalida."Apenas 27% dos médicos brasilei-ros são aprovados em exames apli-cados por conselhos regionais deMedicina. Se fosse a OAB, a maio-ria não poderia exercer a medicina".

>>>Ainda sobre a Saúde brasileira e asreclamações sobre o baixo investi-mento no setor, Lula atacou: "Nóssabemos, a Dilma sabe, que é pre-ciso melhorar muito a saúde. Entre-tanto, é preciso lembrar que eles, aelite brasileira, tirou a CPMF. Issosignifica, nos anos do meu manda-to e do governo da Dilma, a retira-da de mais de R$ 350 bilhões dasaúde".

w JUSTIÇA E SAÚDEO TJRN promove, no dia 4 de agos-to, a 1ª Caminhada e Passeio Ciclís-tico do Poder Judiciário, para magis-trados, servidores e familiares.

>>>Será às 16h, na Via Costeira, den-tro do projeto Costeira Viva, do Go-verno do Estado.

>>>A promoção é do Projeto Pró-Vida,que promove ações visando a saúdee qualidade de vida dos integrantesdo Judiciário.

Mariana Gurgel e Mara Azevedo marcandopresença em almoço Natal Press

Mulheresnofds

Verão 2014 NicaKessler no Fashion Rio

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 24 de julho de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

w APLAUSO - IA governadora RosalbaCiarlini faz a entregahoje à tarde, na CâmaraMunicipal, de mil títulosde terra de assentamen-tos na área rural deSantana do Matos egarantindo a propriedadeaos assentados.

w FRUTO - IIUm trabalho realizadopelo Secretário deRegularização Fundiáriae Reforma Agrária dogoverno, RodrigoFernandes, e a sua equipetécnica. Cada assentadoagora é proprietário defato de sua terra.

w MESA - IO Senac promete ofere-cer no segundo semestreoficinas gastronômicascom vinte horas de dura-ção e sob a orientação deRodrigo Santana paraensinar os pratos devárias cozinhas domundo inteiro.

w TOMARA... - IIQue além das cozinhasque anuncia - asiática, tai-landesa, japonesa, chinesae vietnamita - a escola doSenac deixa uma horazi-nha para as cozinhas bra-sileira e nordestina. Ouacha uma coisa cafona?

w ESTILOO governo que já deveriater levado ao ar uma pres-tação de contas da situa-ção financeira do Estadoconvocando a sociedade,continua anunciando umRio Grande do Nortemaravilhoso. É incrível.

"Repara que o outono é mais estaçãoda alma que da natureza".

Carlos Drummond de Andrade

Vem dos longes mais íntimos e mais verdadeiros toda essa poesia de GildaAvelino que agora ilumina seu outono.

Talvez feita daquele mistério antigo dos versos que abrem a Apologia do Si-lêncio, o belíssimo soneto de Edinor Avelino e seus alexandrinos sonoros, no pri-meiro concerto de vozes poéticas reunidas por Eze-quiel Wanderley naquela Natal ainda adormecida:

És a paz, e és também a origem do mistério transcendental que alarga o manto sobre nós...

Ou viria, quem sabe, das atlânticas viagens deGilberto Avelino, navegando seu mar antigo e sin-grando as marés de sizígia que iluminaram a prima-vera de sua poesia:

Aos teus olhos chega setembro e põe-lhesA claridade de verão das manhãs...

A poesia de Gilda Avelino é a síntese de todonesse tempo poético tão íntimo daquele mar acesoem lua que Edinor e Gilberto, sogro e marido, inau-guraram nas manhãs da grande poesia do Rio Gran-de do Norte. Já não é possível separar as águas anti-gas e novas de que é feita. Tudo é rio e tudo é mar.Riomar trazendo outonos como se o tempo fosse umbarco chegando ao porto nas sombras de uma tardeque ainda arde.

É como se os poemas biografassem, no murmú-rio de uma tristeza calada, todas as ausências reinau-gurando gestos, palavras, silêncios. Desde a meninaque ficou para sempre nas cantigas de ninar, no risodos palhaços, na magia das fadas, no olhar que emoldurou em laços de ternuraum pequeno carrossel de lembranças. Bem no sentido do verso de Jorge Luís Bor-ges, quando avisa:

És também aquilo que perdeste

A poesia de Gilda cumpre o mito do eterno retorno ao mar absoluto. O marde Gilberto Avelino e, por isso, mar que também é seu. E é nele, numa contem-

plação sem mágoa, que procura a alegria de viver que aprendeu com ele. Nos ven-tos, no gosto de sal, nos moinhos tecendo as tardes e na onda que agora já pare-ce querer entoar a última canção do barqueiro.

Gilda não chega a fazer uma poesia descomprometida com o fazer poético.Mas é livre na busca. No exercício de reunir palavras para fazê-las cumprir o riscode um bordado que não precisa ser fiel ao traço, mas às invenções, sem o metroque mede e a rima que marca. Ou, como escreveu outro dia o poeta Fabrício Car-pinejar, tenta aproximar palavras que muitas vezes não dialogam no silêncio aba-

fado dos dicionários. Mas juntas, no leve atrito daslibações poéticas, entre lembranças de um nuncamais, são palavras-usinas gerando novas sensações.

E a beleza do crepúsculoSe manifestaSob gestos de afetoNa cadência do amor

E, no entanto, a felicidade e as sensações nem sem-pre bastam para reinventar aquela vida que poderiater sido e que não foi, como avisou o poeta ManuelBandeira. Por isso Gilda pede:

O relógio precisa pararPra ficarmos envolvidosNo encontro

Versos iluminados que ardem, mansos, em luasesplendentes, num coração a guardar uma história deamor que não acaba nunca. Eis o mar de Gilda coma mesma chuva, os pássaros, os sargaços e os ven-tos daquele mar de Gilberto nascido do mar de Edi-nor. Um mar de antigas cumplicidades. Mar que umdia Gilberto e Gilda inventaram juntos. É impressio-nante vê-los aqui, num reencontro mágico, na bela ehumana ilusão de que nunca se morre, como se as

tardes e noites se repetissem num céu de afeições agora revividas. Mesmo que avoz de Gilberto, tão inesquecível, alguns dias pareça emudecida como se distan-te de todos os ecos.

E tudo para se esvair poeticamente, em cada estação, numa prece:

Senhor dá pazAo mundo.

a) Vicente Serejo - Redinha, julho de 2012.

w REDESDepois de reeleição con-sagradora o governadorSérgio Cabral caiu na redee virou peixe fácil nasmãos do povo carioca.Sua imagem desminliguiuno espaço de trinta dias.Antes e depois do Papa.

w DANÇAO Quinto EncontroNacional de Dançascomeça amanhã, nopalco do TeatroRiachuelo e vai até odia três de agosto.Apresentação de gru-pos do Rio Grande doNorte e de vários esta-dos brasileiros.

w CURVASFinal da tarde de sexta-feira, no Espaço Culturaldo Tribunal Regional doTrabalho - Capitão-MorGouveia n. 1738 - ArturPaula Fausto de Medeiroslança Curvas dos Tempos,seu livro de poemas.

w JMJO vereador Rafael Motaviaja ao Rio e nestasexta-feira participa davigília da JuventudeMundial Católica nacelebração que será pre-sidida pelo PapaFrancisco no santuáriodo Campo da Santa Fé.

w PORTOVelhíssimo Barreto: che-guei. Vim devagar, bei-rando o quebra-mar,arriando o velame.Cansado e feliz. No porto,ao invés do riso dasmulheres bonitas cheiasde saudade, só as pedrastristes do cais.

O mesmo mar

Somos todos sesmeiros da Rua da Frente, irmãos do mesmo rio e do mesmo mar. Talvez por isso, Gilda tenha feito o convite para prefaciar seu novo livrode poemas - Embora seja outono. Um prefácio que é apenas a evocação daquele mar antigo que o poeta Edinor Avelino viu luzir nos raios do velante

farol de Alagamar, e das atlânticas viagens de outro poeta e seu filho, Gilberto Avelino. O livro que Gilda lança amanhã, na Academia Norte-Riogranden-se de Letras, é um conserto de vozes poéticas, sob a luz outoniça de um tempo imenso de vida.

Fábio Faria defende campus da UERN paraApodi em reunião com Conselho da UniversidadeDEPUTADO JÁ INDICOU EMENDAS PARA IMPLANTAÇÃO POR 3 ANOS CONSECUTIVOS

A implantação de um campusda Universidade do Estado do RioGrande do Norte (UERN) na ci-dade de Apodi integrou a pauta doimportante colegiado deliberativoda instituição nesta terça-feira (23),o Conselho Universitário (Consu-ni), presidido pelo reitor MiltonMarques. O reitor precisa da apro-vação dos conselheiros para auto-rizar a construção do novo cam-pus.

O deputado federal Fábio Faria(PSD), que já indicou emendas debancada por três anos consecuti-vos para esse fim, participou dareunião ao lado do prefeito apo-diense, Flaviano Monteiro, todos osvereadores do município, repre-sentantes de entidades de classe,além da deputada federal SandraRosado e quatro deputados esta-duais - Kelps Lima, Getúlio Rego,Gilson Moura e Larissa Rosado.

"Viemos aqui para enfatizarnosso apoio à UERN não apenaspara o campus de Apodi, mas paralutarmos juntos e sempre por recur-sos para custeio dos campi e nú-cleos já instalados. Desde 2009,quando fui coordenador da Ban-cada do RN no Congresso Nacio-nal, conseguimos que a UERNtenha o mesmo tratamento e aten-ção que nossa bancada já dedica-va às universidades federais UFRNe Ufersa, e também tenho destina-do emendas individuais para ocampus de Natal anualmente",disse Fábio Faria.

O segundo vice-presidente da Câ-mara dos Deputados lembrou aosconselheiros que o OGU deste anoaprovou, além dos R$ 21 milhõesdestinados ao campus de Apodi, outraemenda definida por consenso de de-putados e senadores potiguares. Ase-gunda proposta foi aprovada para cus-teio e manutenção. "Com isso, aUERN foi contemplada com duasemendas das 15 às quais temos direi-to, o que demonstra toda a preocupa-ção e zelo da nossa bancada com estauniversidade", afirmou Fábio Faria.

MOBILIZAÇÃOProfessores, estudantes e

agentes políticos promoveramuma mobilização em frente à Rei-toria da UERN no início damanhã. O grupo de centenas depessoas aguardou durante horas ofim da reunião do Consuni na ex-pectativa de uma resposta positi-

va. Os conselheiros, no entanto,deixaram a decisão para a próxi-ma reunião, a ser marcada peloreitor. "Estamos bem otimistas,seguros de que aqueles professo-res, mestres e doutores que inte-gram o Consuni sabem o quanto

os jovens da Chapada do Apodianseiam por uma universidade. Eeles também entenderam que apartir de agora têm, na nossa ban-cada, grandes parceiros pela me-lhoria da infraestrutura daUERN", disse Faria.

Reunião contou com a presença do prefeito Flaviano Monteiro, vereadores, deputados e representantes de entidades de classe

Fotos: Cedidas

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O papa Francisco desembar-cou por volta das 10h desta quar-ta-feira (24) na Basílica do San-tuário Nacional de Nossa Senho-ra Aparecida. Cerca de 200 milfieis aplaudiram, cantaram e sau-daram o pontífice com bandeiro-las brancas. Do lado de fora, fieisainda aguardam em longas filas edebaixo de chuva para entrar nabasílica.

Ainda pela manhã, o pontíficecelebrou uma missa e, ao término,o papa Francisco foi até a TribunaBento XVI, que fica na parte defora da basílica, onde deu a bênçãoaos devotos. O papa deixou o San-tuário Nacional em direção ao Se-minário Bom Jesus, percorrendoas ruas da cidade no papamóvel.

A programa consiste no retor-no à basílica, por volta das 15h30,de papamóvel, com encerramentoda visita por volta das 16h. Esta éa terceira visita de um papa a Apa-recida. João Paulo II esteve nestelocal, em 1980 e Bento XVI, em2007. Nesse mesmo ano, o cardealJorge Mário Bergoglio, hoje papaFrancisco, participou em Apareci-da da 5ª Conferência Episcopal La-tino-Americana.

Mesmo a chuva forte, que ocor-reu por volta das 7h, em Apareci-da, não desanimou os fieis. Milha-res de pessoas vindas de todo opaís e algumas do exterior, entreelas, muitos idosos, estão desdeontem na cidade à espera do papaFrancisco.

O comportamento despojadodo papa, inspirado na ordem fran-ciscana, cativou os fiéis, segundoo padre Roni dos Reis, auxiliar deimprensa do Santuário Nacionalde Nossa Senhora Aparecida. Elelembrou que João Paulo II tinhaforte carisma, já Bento XVI eraum pouco mais retraído e o atualpontífice vai marcando a sua tra-jetória no Vaticano como reforma-dor de atitudes.

"Esse jeito simples e voltadopara os pobres e as modificaçõesque ele tem feito com quebra deprotocolos tem cativado muitos fiéis.O povo vê que não são só palavras,mas atitudes. É essa maneira latino-americana de ser que ele leva paraa instituição do papado", disse o re-ligioso.(Agência Brasil)

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013

[email protected]

Ana de Sena. Assistente Social. Pesquisadora e Voluntária da INTERCAMPI

Cidade

Fone: 3211-3126

Auto-organização mentalsomática:superando o pensamento mágicoExperiências do cotidiano in-

dicam que a boa intenção, em-bora seja instrumento indispen-sável à evolução, por si só, nãoresponde às necessidades evo-lutivas. Um exemplo disso équando nos dispomos a realizardeterminada tarefa, mas não acompletamos por falta de prio-rização.

Isto indica que, para ser efi-ciente, a intenção precisa estarassociada à vontade, gerandodisciplina. Assim podemos iden-tificar possibilidades, encontran-do novas alternativas para evo-luir do pensamento mágico àcientificidade.Através da obser-vação cuidadosano dia a dia e doautoenfrentamen-to, a consciênciatem, na autopes-quisa, espaço paraconstrução denovos conheci-mentos e desafios.

Com isso, per-cebemos que opredomínio dopensamento mági-co sobre o mental-soma acontecequando nos permi-timos que a verda-de absoluta, ouseja, o dogma, sesobreponha aopensamento refle-xivo. Ou seja, nessa lógica dog-mática a verdade se torna inques-tionável fazendo com que tudopareça insuperável, acabado epronto e, por isso provoca naconsciência um processo de viti-mização, diante das adversidadesexistentes na vida. Daí porque aresponsabilidade é sempre atri-buída aos outros.

Considerando que, na Cons-cienciologia, a consciência re-presenta um ser em permanenteevolução, essa postura vitimiza-dora e vitimizante caracterizaperda de oportunidades, pois dei-xamos de aproveitar as dificul-dades e os problemas como es-paço de aprendizado e exercíciode maturidade. Muitas vezes fu-gimos da responsabilidade, espe-

rando que algo externo venharesolver nossos problemas, jáque nos sentimos incapacitadospara resolvê-los. Responsabili-zando os outros por nossas ma-zelas, nos tornamos reféns denós mesmos, atuando muitoaquém de nossa real capacidadeevolutiva.

Assim, buscando compreen-der o processo de vitimização,nos questionamos: o que preci-samos fortalecer? De que aindaprecisamos nos desprender? Oque é preciso fazer para sermoscompletistas das programaçõesexistenciais nesta vida? O que

gera a nossa motivação? Quaisnossos reais valores? Qual énossa disposição íntima para evo-luir? Que ganhos secundáriosainda pretendemos conservar?

Esses questionamentos su-gerem que o pesquisador inte-ressado em qualificar a sua as-sistência, necessita buscar a su-peração do pensamento mágicoa partir da reflexão na ação, ouseja, refletir cosmoeticamentesobre os fatos vivenciados noseu cotidiano. Com isso se tornapossível adquirir discernimentosobre a própria realidade, à me-dida que a identifica, analisa edefine. Para tanto, há de consi-derar que todo pensamento refle-xivo tem origem em alguma di-ficuldade e, para superá-la, é pre-

ciso analisá-la, compreendê-la eenfrentá-la.

Assim, ao responder os pró-prios questionamentos, a cons-ciência realiza associação deidéias que possibilita o registropessoal daquilo que pensa esente (a grafopensenidade) e oautoenfrentamento dos seus tra-fares - traços-fardos (traços dapersonalidade a serem fortale-cidos).

No entanto, o autoenfrenta-mento se processa passo a passo,a partir da reflexão e da tomadade decisão por parte do pesqui-sador, sobre cada fato analisado

cosmoeticamen-te.

Isto se tornapossível porquea Cosmoéticatem como prin-cípio "que acon-teça o melhorpara todos".Dessa forma, àmedida que aconsciência vaidescobrindo eanalisando seuspróprios valores,ela pode desfor-matar gradativa-mente atitudescronificadas,porém, incoeren-tes com o seupotencial.

Para isto, opesquisador precisa ficar atentoa pequenos detalhes de sua vi-vência cotidiana, sem desprezarnada, pois cada fato é um labo-ratório que podemos experimen-tar e, com o qual é possível ad-quirir discernimento e exercitara autoliderança.

Para mais informações sobreConscienciologia, o INTERCAM-PI promoverá uma palestra gratui-ta com o tema Autoconhecimentoe Projeto de Vida, a ser ministra-da pela professora Leuzene Sal-gues, no dia 08 de agosto de 2013,às 20h00, na sala do Intercampi, naAvenida Antônio Basílio, 3006 -Edifício Lagoa Center, sala 901 -Lagoa Nova - Natal. Informações:84-3211-3126; [email protected]; www.intercampi.org.

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)24 18:02 2.4

23:41 0.125 06:17 2.5

12:08 0.1

FASES DA LUANova (08/07 - 04:14h)

Crescente (16/07 - 00:18h)

Cheia (22/07 - 15:15h)

Minguante (29/07 - 14:43h)

Herman Choening Libéria Arrow No Porto Santos(SP) Sal - -Federal Danube Chipre Arrow Ao Largo CANADA Sal - -

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaClipper Lis Bahamas NML/JSF No Porto Rio Haina/RDO - - TrigoSea Otter Chipre Seamaster No Porto Guamaré (RN) Manutenção - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Fritz Reuter Libéria W. Sons 27/07 Algeciras/ESP Contêineres - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 17/08 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 24/08 Algeciras/ESP Contêineres - - Silver Cloud Bahamas Superservice 04/12 Recife(PE) - - TurismoLouis Aura Malta BCR 05/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo Louis Aura Malta BCR 10/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo

O número de títulos protestados junto às empresas ligadas ao sistemaportuário é preocupante para a economia do Rio Grande do Norte

A missa de abertura da JornadaMundial da Juventude reuniu cercade 1 milhão de fiéis na Praia de Co-pacabana na noite de ontem (23), di-vulgou a organização do evento ca-tólico. Pela estimativa da PolíciaMilitar, a cerimônia religiosa con-tou com a presença de 400 mil pes-soas.

Um vento frio e uma chuva finanão diminuíram o ânimo dos fiéis.Eles acompanharam toda a celebra-ção e participaram da comunhão.De acordo com os organizadores,cerca de 600 mil hóstias foram dis-tribuídas.

O final da celebração, por voltadas 21h, foi um dos momentos emque a chuva ficou mais intensa. Parase proteger, a maior parte dos jovensrecorreu a capas, muitas vendidas

por ambulantes que circulavamentre os peregrinos.

Após a missa, os Correios lan-çaram o selo comemorativo da vi-sita do papa Francisco. Ele traz orosto do pontífice ao lado da pai-sagem do Rio de Janeiro, além dabandeira brasileira e do símboloda JMJ.

O secretário de Estado do Vati-cano, Tarcisio Bertone, representouo papa no lançamento do selo. Eleestava acompanhado do arcebispodo Rio, dom Orani Tempesta, e dopresidente da Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos, WagnerPinheiro de Oliveira.

Ao deixar a Praia de Copaca-bana, os fiéis enfrentaram filaspara embarcar nos ônibus e nasestações do metrô, de onde os trens

partiam lotados.O Centro de Operações da pre-

feitura informou que somente depoisdas 23h foi liberada a Rua BarataRibeiro, em Copacabana, altura daRua Rodolfo Dantas, onde os pere-grinos deixavam a Praia de Copa-cabana, após a abertura oficial daJornada Mundial da Juventude(JMJ), com show de artistas católi-cos e a missa.

A rua precisou ser interditada,pouco depois das 21h, devido aogrande volume de pedestres que sedirigiam para a Estação CardealArcoverde do metrô. O trânsitoapresentou retenção na região deCopacabana e os trens urbanos tam-bém circulam lotados ontem ànoite, com um movimento bemacima do normal.

Missa de abertura da JMJreuniu cerca de 1 milhãode pessoas em CopacabanaCHUVA E VENTO FRIO NÃO TIRARAM O ÂNIMO DOS FIÉIS

Peregrinos acompanharam a celebração e par ticiparam da comunhão. Cerca de 600 mil hóstias foram distribuídas

Papa reza missa no Santuário de Nossa Senhora Aparecida

Elias Medeiros

Papa recebe a imagem de Nossa Senhora antes do início da missa na basílica

Portal Terra

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 24 de julho de 2013

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

FÉEm meio à visita do Papa ao

Brasil, não se fala em outra coisasenão em fé. Tão antigo quanto oamor, a palavra tem origem da pa-lavra em latim fides (fidelidade) erepresenta a firme opinião de quealgo é verdade, sem qualquer tipode prova ou critério objetivo deverificação, pela absoluta confian-ça que depositamos nesta ideia. Ouseja, vivemos um momento de ebu-lição da fé em território nacional.

Não apenas pela presença doSanto Padre no Brasil, mas peloscontextos variados nos quais ostimes de futebol vivem inseridoseternamente. Crença em títulos ouem salvação, a fé move não ape-nas montanhas, como diz o velhoditado, mas também promove umaverdadeira comoção de multidõesinteiras que rumam para os estádiosde futebol, petrificam-se de ansie-dade diante de imagens de televi-são ou se fecham nas ondas dorádio no exercício da crença sobrealgo maior que fará seu time docoração alcançar o objetivo que,muitas vezes, parece improvável,até impossível.

Dentre as diversas torcidas quevivem essa sensação nesta tempo-rada, destacam-se três. A do Atlé-

tico-MG, uma nação em eterna pro-vação na Libertadores deste anode 2013. Depois de sobreviver a di-versos desafios, chega ao últimoda competição com a chance deconquistar o título inédito diante dojá tricampeão do torneio, o para-guaio Olímpia. As torcidas de ABCe América também vivem esse mo-mento turbulento, mas ao invés deuma grande conquista, a dupla po-tiguar luta pela salvação. A fé éalgo que o técnico WaldemarLemos tem se apegado para deixarpara trás a má fase. Aparentemen-te, pelo andar da carruagem, é algoque o torcedor também precisará,pois não há perspectiva de umatransformação radical sem depen-der da intervenção divina.

OPORTUNISMOClube potiguar algum deve en-

carar negociação com a empresaOAS, responsável pela obra e ges-tão da Arena das Dunas, como botesalva-vidas. Ao contrário do quetem sido alardeado por alguns, é aconstrutora quem precisa dos clu-bes e não o contrário. Estádio defutebol, sem futebol, é elefantebranco. A prova disso é que, comum telefonema, o presidente daCâmara, Henrique Eduardo Alves,

teria conseguido dobrar a propos-ta aos clubes. A postura oportunis-ta da construtura é clara: aprovei-tar o momento financeiro difícildos clubes. Enfim, ao invés de as-sumir o abacaxi alheio, clubes pre-cisam acertar acordo por valoresque garantam renda a curto, médioe longo prazo. Não apenas uma in-jeção imediata para ser paga a duraspenas em temporadas futuras.

ANTECIPAÇÃODiante das pressões externas

pelo acordo com a empresa baia-na para uso da Arena das Dunas,o Conselho Deliberativo do ABCpode ser convocado às pressas paraconcluir a avaliação da propostafeita pela OAS. Prevista para tercontinuidade oficialmente na pró-xima segunda-feira, dia 29, há umachance de a reunião ser convoca-da em caráter emergencial para ga-rantir a assinatura do contrato nosnovos termos propostos. A pressa,neste momento, pode ser o piorinimigo Alvinegro. Não há neces-sidade de fechar as portas à propos-tas, apenas garantir que ela trará so-lução e não mais problemas ao jácombalido caixa abecedista.REGULARIZADO

Quase um mês depois de ser

apresentado pelo América, enfim,o meia Almir, de 31 anos, foi re-gularizado e pode estrear com acamisa rubra. O jogador teve nomepublicado no Boletim InformativoDiário da Confederação Brasilei-ra de Futebol na terça-feira. Almirdeverá ser aproveitado pelo novotécnico americano, Argel Fucks,na partida da próxima sexta-feira,contra o Atlético-GO, pela 10ª ro-dada da Série B do CampeonatoBrasileiro.

POTIGUAR CAMPEÃOA Seleção Brasileira de Bas-

quete Master 35+ foi campeãsobre os anfitriões gregos na ci-dade de Thessaloniki, na Grécia.A equipe que contou com o po-tiguar Lamas Neto bateu a Rús-sia na semifinal, com ânimos paralá de exaltados, e na final, o timederrotou os gregos conquistou otítulo internacional. Parabéns aopresidente da Federação Brasi-leira de Basquete Master, o poti-guar Carlos Galvão que conse-guiu colocar o Brasil em 2° lugarno ranking mundial da Federa-ção Internacional de Maxi Bas-ketbal (FIMBA).

AMÉRICA DE CARA NOVACOM A CHEGADA DO TÉCNICO ARGEL FUCKS, ALVIRRUBRO PASSA POR MUDANÇAS NO ESQUEMA TÁTICO E PELO MENOS SEIS

JOGADORES TEM NOVA CHANCE NO TIME TITULAR PARA CONFRONTO DA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA CONTRA O ATLÉTICO-GONovo técnico, vida nova. Assim

tem sido encarada a presença dogaúcho Argel Fucks no comandoda equipe do América. O treinadorcomandou o primeiro coletivo e jámostrou a postura que pretende im-plantar na direção do elenco ame-ricano. Mudou a equipe, alterou aformação, "limpou" departamentomédico e até deu bronca em jorna-lista durante a primeira atividadecom bola sob sua coordenação.

No primeiro coletivo, o coman-dante alvirrubro colocou em campoum novo esquema, agora, com trêszagueiros, diferente da formaçãoadotada por Roberto Fernandes quetrazia apenas dois defensores. Parao setor, Fucks trouxe Zé Antônio,do banco de reservas, para fazerparceria com Cléber e EdsonRocha, este último, que retorna apósse recuperar de lesão. Durante boaparte da movimentação, o esquemafoi mantido. Ainda assim, o treina-dor experimentou a entrada de Ed-vânio no lugar de Cléber.

Durante o trabalho, outras ex-periências foram feitas para tentarconhecer o grupo que terá à dispo-sição. No meio de campo, o volan-te Fabinho deixou o time titular du-rante o trabalho para a entrada deMazinho no setor. Vinícius Pache-co, um dos principais jogadores du-rante a passagem de Roberto Fer-nandes nas primeiras rodadas desseBrasileiro também perdeu a posiçãoem dado momento da atividade.

O jogador cedeu a vaga para omeia Almir, meio-campista com oqual Argel trabalhou em outrasequipes e que deve ganhar a posi-ção, já que foi regularizado e estápronto para fazer sua estreia. Outro

ex-comandado do gaúcho que con-seguiu a primeira chance entre ostitulares foi o centroavante Vandi-nho. O ex-Flamengo e Avaí-SCsubstituiu Junior Negão durante aatividade. A participação do joga-dor entretanto, ainda não está con-firmada oficialmente, já que aindaaguarda a regularização para poderatuar com a camisa do América.

Ao final do treinamento, a equi-pe que concluiu o trabalho era for-mada por: Andrey; Edson Rocha,Edvânio, Zé Antônio; Norberto, Ri-cardo Baiano, Mazinho, Almir e

Rai; Vandinho e Rodrigo Pimpão.Caso confirme as mudanças feitasdurante o treino, Fucks terá muda-do mais de meio time para o primei-ro compromisso oficial como téc-nico do Alvirrubro. As mudanças jádevem ser testadas serão testadas napartida contra o Atlético/GO, napróxima sexta-feira, em Goiás, noSerra Dourada, pela Série B doCampeonato Brasileiro.

Após o primeiro trabalho téc-nico com a equipe, Argel Fucksconcedeu entrevista aos jornalistasno Centro de Treinamento. Em tom

fim, o treinador afirmou em diver-sas oportunidades durante uma res-posta de dois minutos que o obje-tivo principal do América é deixara zona de rebaixamento. A repeti-ção do treinador parecia mais ummantra em favor da redenção ame-ricana na Série B. Atualmente, oAlvirrubro é o vice-lanterna daSérie B com seis pontos conquis-tados, quatro a menos que o Ceará,primeira equipe fora da zona de re-baixamento para a Série C. Contrao Atlético-GO, no Estádio SerraDourada, Argel Fucks no banco de

reservas da equipe americana."O objetivo nesse momento é

sair da zona de rebaixamento. OAmérica é um clube grande, que jájogou a Série A do CampeonatoBrasileiro. O objetivo é a permanên-cia na Série B do Campeonato Bra-sileiro, até porque no ano que vemvamos ter um Estádio aí novinhoem folha, então é importante oAmérica se manter na Série B enosso objetivo o quanto antes é sairdessa zona de rebaixamento, entãovocê precisa ganhar", afirmou otreinador que espera, já para o duelo

de sexta-feira, um time com umcomportamento diferente em rela-ção a outras partidas. "O mais im-portante nesse jogo de sexta é aequipe ter uma postura diferente,uma postura agressiva, uma postu-ra de time que quer fazer bom cam-peonato, se recuperar, isso é o maisimportante", concluiu.

DESFALQUESDesfalques confirmados, en-

tretanto, são os volantes MárcioPassos, expulso no último jogo, eDaniel, com terceiro amarelo.Além da dupla, o meia Cascatacontinua fora, assim como o ata-cante Cléo, de volta ao departa-mento médico após nova lesão nopé e que deve ser submetido a umanova cirurgia para desfalcar o timepor pelo menos mais dois meses.Quanto ao meia Cascata, o joga-dor projetou uma recuperação eacredita na partida contra o ASA-AL, pela 11ª rodada da competi-ção, poderá voltar a atuar com a ca-misa do América.

"Participei normalmente comtrabalho com bola, mas tem a ques-tão do medo de voltar a sentir denovo a lesão no joelho. Conversa-mos para fazer trabalho de fortale-cimento, reforçar a musculaturapara que não volte a doer. Vou tra-balhar até terça-feira para voltarcontra o ASA-AL. Quero voltarlogo, porque tem o clássico e vol-tar para um jogo assim, sem ne-nhum ritmo é muito ruim. Já estouhá quase um mês parado", relem-brou o jogador, titular e camisa 10da equipe americana antes de seralvo de uma canelite e depois pas-sar a sentir dores no joelho.

> ARENA DAS DUNAS

ABC pode convocar conselheiros por proposta “dobrada” da OASA reunião do Conselho Delibe-

rativo do ABC, marcada para a pró-xima segunda-feira, pode ser ante-cipada para esta quinta-feira moti-vada pela nova proposta da cons-trutora baiana OAS que "dobrou"para R$ 2 milhões o valor do bônuspelo acordo que tem sido negocia-do com o Alvinegro para a equipeatuar, pelos próximos cinco anos,a maioria dos seus jogos na Arenadas Dunas, palco dos jogos da Copado Mundo, em Natal.

A nova proposta foi apresenta-da após uma reunião iniciada nasede da Fiern e concluída no escri-tório da construtora, no próprio can-teiro de obras do estádio do Mun-dial. Após a participação do depu-tado federal e presidente da Câma-ra, Henrique Eduardo Alves e repre-sentantes dos clubes, entre eles, ospresidentes de ABC e América, Ru-

bens Guilherme Dantas e Alex Pa-dang, o debate levou ao aumentoda proposta, inicialmente prevista deR$ 1 milhão, para o dobro do valor:R$ 2 milhões. As mesmas condi-ções do bônus foram oferecidas aoAmérica que, por ter aprovado peloseu conselho a proposta, já deve as-sinar nos próximos dias o acordo.

No caso do Alvinegro, a pro-posta que começou a ser apreciadapelos conselheiros há algumas se-manas, deverá ser retomada antes dodia previsto para que o acordo possaser fechado, o quanto antes, dianteda nova condição apresentada pelaOAS. Segundo apurou a reporta-gem do JORNAL DE HOJE, aúnica mudança feita até aqui na mi-nuta do contrato original foi a mu-dança do valor das "luvas" peloacerto.

As demais cláusulas, como o

pagamento de uma cota mensal deR$ 60 mil reais mensais até a aber-tura do Estádio e o aumento destapara R$ 100 mil a partir do uso dapraça estão mantidas. O clube ficaobrigado a mandar em algumascompetições 30% dos seus jogos,em outras 40% dos seus jogos e, emcompetições como a Série B, até55% das partidas. Cessionários decamarotes, cadeiras e sócios terãoacessos a Arena das Dunas nomesmo padrão que tem no Fras-queirão e com assentos diferencia-dos para cada especificação. Se aarrecadação ultrapassar o valor dacota de 100 mil reais, após o paga-mento dos custos de operação dapraça esportiva, o ABC receberáteria um bônus. O valor, entretan-to, não foi revelado. O tempo decontrato seria de 5 anos.

Durante toda a manhã desta

quarta-feira, a reportagem tentoucontato com dirigentes de ABC eAmérica para comentar a reunião eesclarecer se outras mudanças estãoprevistas no contrato. Entre telefo-nes fora de área e chamadas perdi-das, nenhum dos representantes dosclubes atendeu às ligações.

PLACAR ELETRÔNICONa última terça-feira foi inicia-

da a montagem do novo placar ele-trônico do estádio Frasqueirão. De-pois da chegada do Painel FullColor e do término da instalaçãoda estrutura de sustentação, os fun-cionários da empresa responsávelpela confecção do equipamento co-meçaram a última etapa do proces-so. Os técnicos da Imply iniciarama montagem do material. A expec-tativa é que o trabalho seja con-cluído no próximo sábado.

Em meio à polêmica entre conselheiros, ABC pode acelerar processo paraassinatura de contrato para utilização da Arena das Dunas

Com trabalho iniciado sob novo comando técnico, América passar por mudanças na equipe para tentar deixar a zona de rebaixamento

Canindé Santos

Divulgação/América

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Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

O voo do camisa 2Ao lado do mestre Didi, Nilton, o Santos plural da lateral-es-

querda, provocou o amigo, momentos antes da decisão de 1958 con-tra a Suécia no Estádio Rasunda. Djalma, o sagrado da direita, es-tava escalado para sua primeira partida na Copa do Mundo, justa-mente a final:

- Crioulo toma cuidado! Vais marcar o Skoglund, o homem éfera, dribla demais.

Djalma, tranquilo, só esperava a missão de substituir o titular,De Sordi, nervoso e que alegou contusão.

- Duvido ele jogar mais que o Canhoteiro e fica tranquilo queeu vou botar ele no bolso.

Canhoteiro, do São Paulo, era ponta-esquerda e chamado de oGarrincha da Canhota. Perdia os duelos para o negro esguio, atléti-co e malandro, perfeito senso tático de marcação. Djalma era da Por-tuguesa de Desportos.

O Brasil venceu os suecos por 5×2 e Djalma Santos só não botouSkoglund no bolso por um motivo: Seu calção não tinha bolso. An-ulou o temido sueco e, por um jogo apenas, foi escolhido melhorda Copa na lateral-direita.

Bicampeão em 1962, formava na primeira Academia doPalmeiras, de Valdir de Morais, Valdemar Carabina, Zequinha, Chi-nesinho, Julinho Botelho, Servílio, Tupãzinho e um jovem sararácomprado ao Bangu(RJ): Ademir da Guia.

O sonho de Djalma Santos sempre foi ser aviador. Impres-sionava-se com os combates aéreos da Segunda Guerra Mundial queassistia nos filmes no Bairro da Luz, onde nasceu a 27 de fevereirode 1929. Conseguiu cursar o primário.

Chegou a estudar para piloto, enquanto custeava as aulas como pequeno salário numa fábrica de calçados. O destino começoumostrando garras de marcador implacável. Um acidente com umamáquina de prensar limitou os movimentos da mão direita. Djal-ma decolou para outros ares.

Começou jogando no Parada Inglesa, time amador. Atuava dezagueiro-central e impressionou um olheiro da Lusa. Levado à Por-tuguesa de Desportos, iniciou no meio-campo até o treinador do ju-venis escolher a posição certa, o lugar do qual se transformou emdono sem papel passado.

>>> Na lateral-direita, o acidente anterior na fábrica impediu que a

mão dobrasse, mas lhe proporcionou o macete fatal: Arremessavaa bola onde queria. Uma característica que impressionaria jornal-istas e torcedores de todo o planeta.

Djalma Santos jogou na Portuguesa e chamou atenção do téc-nico Zezé Moreira. Convocado para a seleção na Copa de 1954, fezparte do time atropelado pela Hungria, a Máquina Magiar de Puskas,Higdekuti , Czibor e Kocsis. O Brasil tomou 4x2 e Djalma marcouum dos gols, de pênalti. Em depoimento à revista Placar, disse comhumor moleque: "Didi falou: Eu não bato. O Julinho saiu corren-do. Eu peguei a bola e meti no canto em cima. O goleiro nem viu.Perdemos dos caras por medo."

Em 1958, nos preparativos, sempre foi o reserva, mas manten-do regularidade e disposição entre os 22. Parecia antever o futuroque faria m muito jovem de hoje amarelar. De Sordi foi vetado pelomédico Hilton Gosling por reclamar constantemente de dores ja-mais constatadas por exames, ainda que precários e os colegas demalandragem, à frente Nilton Santos, Zito e Didi, notaram sua ten-são Pré-Suécia.

O título em Estocolo rendeu a Djalma a transferëncia para oPalmeiras e a titularidade cativa da camisa 2. Em amistosopreparatório para a Copa do Chile, o reserva Jair Marinho levou umavaia de 45 minutos ao ser testado no Pacaembu contra o País deGales e Aimoré Moreira devolveu Djalma Santos à tocida no se-gundo tempo. Diferença de abismo entre os dois.

Djalma Santos já não tinha o mesmo vigor no fracasso geral daCopa de 1966. Ainda foi campeão paranaense pelo Atlético(PR) em1970. Um ano antes, entregou solenemente a camisa 2 do Brasil aoutro gênio, Carlos Alberto Torres. Em 1981, eleito melhor doSéculo pela FIFA.

Muito doente, Djalma Santos não soube da ridícula enqueteque escolheu Cafu melhor lateral de todos os tempos. Teria reagi-do com uma piada, como aquela dita ao colega Geraldo Scotto, es-forçado marcador de Garrincha, que chorava após uma sucessão dedribles:

- Ué, Gegê, pega nas pernas do Torto. Se você conseguir. Pegae alisa as tuas. Talvez sobre alguma coisa mágica, uma fórmula dessafantasia.

Djalma Santos, que morreu ontem aos 84 anos, era técnico deescolinhas de futebol em Uberaba(MG) e festejou a indenização deR$ 100 mil dada recentemente pelo Governo Federal aos tricam-peões de 1958/62 e 70. Morreu pobre, como quase toda sua ger-ação.

Perder Djalma e Dominguinhos é desfalcar de morte o time dosbons. Dois mestres. Cada um na sua arte. Hoje, só tive condiçõesde escrever sobre Djalma Santos, um homem que nasceu com umbilhetinho escrito no berçário: Imortal.

ROBERTO FERNANDES EM NATAL

Pelo sim, pelo não, o técnicoRoberto Fernandes foi procurado erecebeu a sugestão de não acertarnovo contrato até pelo menos apróxima rodada. Nem é precisosaber de onde partiu o apelo ao ex-treinador campeão pelo América.Todo mundo orientado a negar tudo.

FLÁVIO X RUBENSEnxofre puro o e-mail en-

dereçado pelo ex-diretor de futeboldo ABC, Flávio Anselmo, ao pres-idente Rubens Dantas. Fláviodescarregou, segundo quem viu otexto, todas as mágoas acumuladase mandou alguns recados, não ape-nas ao presidente do clube. Fláviomontou os times campeões da SérieC e do Estado em 2010 e 2011 ehoje é xingado com adjetivos debordel.

PUBLICAR Alguns amigos aconselharam

Flávio a publicar o teor da men-sagem. Ele está avaliando. Acho

que ele não deveria. O ABC nãoprecisa nada de uma nova criseagora. Acho que ele não divul-gará à torcida. Mas não aceitarámais provocações. E quem diss-er que é tentativa de tumulto, vaiengolir em seco.

EM ISRAEL É DIFERENTEO centroavante Leandrão, ex-

ABC, foi recebido com festa emseu novo clube, o FC HapoelAkko, de Israel. Também deve tersido avisado que por aquelas ban-das malandragem em excesso épunida com rigores pra lá deseveros.

MILAGREIROO técnico Argel Fucks do

América, operou seu primeiro mi-lagre ao desembarcar em terraspotiguares. O gaúcho, com jeitãode guerreiro minuano, conseguiutransformar chinelinhos que pare-ciam eternos em chuteirinhasprontas para mostrar serviço, casocontrário, a porta da rua seria ser-ventia da casa.

Atlético-MG decide título inéditoda Libertadores contra OlimpiaA MISSÃO DO GALO É COMPLICADA, MAS A EQUIPE JÁ REVERTEU

SITUAÇÃO SEMELHANTE CONTRA O NEWELL'S OLD BOYS, NA SEMIFINALO Atlético-MG entra em campo

nesta quarta-feira para enfrentar osparaguaios do Olimpia e precisareverter desvantagem de dois golspara levantar a inédita taça da CopaLibertadores da América. Mesmocom a dificuldade, a torcida segueacreditando e vai lotar o Mineirão,às 21h50 (de Brasília), apostandono título. Para ser campeão da Lib-ertadores, o Atlético-MG precisavencer o Olimpia por três ou maisgols de diferença. Se derrotar osparaguaios por dois gols de frente,a decisão do título será feita na pror-rogação e, em último caso, nospênaltis.

A missão do Galo é complica-da, mas a equipe já reverteu situ-ação semelhante contra o Newell'sOld Boys, na semifinal. Além dojogo contra os argentinos, a final daedição da Libertadores de 1989,entre os colombianos do AtléticoNacional e os paraguaios doOlimpia, serve de inspiração para

o Galo. Na ocasião, o Rei de Copas,alcunha do time de Assunção,venceu por 2 a 0, jogando em casa,mas acabou perdendo o título naColômbia, ao ser derrotado nospênaltis.

O próprio Atlético-MG já su-perou o Olimpia em uma decisãode competição sul-americana. Issoaconteceu em 1992, na decisão daCopa Conmebol. Na ocasião, oGalo venceu no Mineirão por 2 a0, com dois gols de Negrini, eperdeu em Assunção por 1 a 0, fi-cando com o título. Agora a situaçãoé inversa e os atleticanos queremficar com a taça. O técnico Cuca,porém, tem problemas para armara equipe. Os laterais titulares, Mar-cos Rocha e Richarlyson, estão sus-pensos e não podem enfrentar osDecanos. Para o lado direito, Michelé o favorito para começar o duelono Mineirão. Já na ala esquerda nãoexiste dúvida e Júnior César será otitular.

O grande trunfo para conquis-tar a Libertadores é o retorno deBernard, que cumpriu suspensãono Paraguai. O meio-campista deixaclaro que deseja ser campeão daAmérica e ajudar o Galo na de-cisão. "Quero ser campeão. Se euvou fazer o quarto gol, o quinto,não importa. Quero ser campeãode qualquer maneira. Se eu vou daro passe, ou não, isso é o de menos.Meu objetivo maior é ser campeão",afirma Bernard, que promete em-penho total.

"É como se fosse o último(jogo) da minha carreira. Quero dartudo que posso, dar além de 100%,porque vai precisar. Então, vou daro meu máximo, o que eu posso eaté o que eu não posso, se é pormim, se é por meus companheiros.Quero fazer história, tenho umaoportunidade grande agora, querocorrer atrás disso e depende únicae exclusivamente de nós. Estamoscientes disso, vamos poder correr

atrás e temos uma oportunidadegrande", destaca.

No Olimpia, a confiança noquarto título da Libertadores é total.A torcida despediu da equipe antesdo embargue para Belo Horizontecom uma grande festa. No aviãoque trouxe o time para o Brasil, osjogadores paraguaios foram vistosem momento de muita euforia ecom frases de confiança como: "OOlimpia tem culhão". O ex-goleiroTavarelli, que é dirigente do clube,tirou fotos ironizando os atleticanose sinalizando o quarto título do Reide Copas.

Para deixar os atletas ainda maismotivados, o presidente do Olimpia,Óscar Horacio Carísimo Netto,pagou os salários atrasados. O clubechegou a ficar nove meses com osvencimentos em atraso, mas a dívi-da foi quitada, dando tranquilidadepara o time entrar em campo embusca do tetra campeonato daAmérica.

Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e Bernard são asprincipais armas do Galo mineiro contra o Olimpia

> LUTO

Reverenciado na Europa, DjalmaSantos será enterrado esta tarde

Os brasileiros poderão se de-spedir de Djalma Santos, morto naúltima noite após sofrer uma para-da cardiorrespiratória, na tardedesta quarta-feira. O bicampeãomundial pela Seleção Brasileiraestá sendo velado desde estamadrugada, sendo que o seu en-terro será às 16 horas (deBrasília).

A Prefeitura da cidade deUberaba (MG) anunciou luto ofi-cial de três dias. Natural de SãoPaulo (SP), Djalma Santos, com

passagens marcantes por Por-tuguesa, Palmeiras e Atlético-PR,escolheu o interior de MinasGerais - lá, tornou-se funcionárioda Secretaria de Esportes, Lazere Turismo. Ele vinha tratando umagrave pneumonia há 22 dias, noHospital Dr. Hélio Angotti.

O corpo de Djalma Santosseguirá em cortejo fúnebre doSalão Nobre da Câmara Munici-pal de Uberaba até o CemitérioSão João Batista, durante meiahora, a partir das 15h30. Reverên-

cia internacional: e não foi só oBrasil que lamentou a morte deum dos maiores jogadores detodos os tempos. A imprensa eu-ropeia também prestou a sua úl-tima homenagem ao brasileiro nasedições desta quarta, destacando-se os grandes jornais de Portugal,Espanha, Itália e Alemanha.

O A Bola, por exemplo, exal-tou a "inovação" de Djalma San-tos na lateral-direita, lembrandotambém o jogo que fez contra aseleção portuguesa na Copa do

Mundo de 1966 (Brasil perdeupor 3 a 1). Já o Mundo Deporti-vo fez questão de destacar o seu"bom porte físico", essencial du-rante o ataque do time.

Enquanto isto, a Gazzettadello Sport garante que ele foi umdos protagonistas dos Mundias de1954 até 1966. O Bild, por suavez, dá a seguinte manchete:"Brasil chora Djalma Santos",afirmando que o País "perdeu umdos seus grandes heróis de umpassado glorioso".

O bicampeão mundial pela Seleção Brasileiraestá sendo velado desde esta madrugada

Divulgação

Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 24 de julho de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJE

“IDAS E VINDAS DE SÃO SERAPIÃO”DEMÉTRIO DINIZ LANÇA LIVRO DE CONTOS NESTA QUARTA-FEIRA, DIA 24, NA LIVRARIA SARAIVA DO MIDWAY MALL

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

Após cinco livros de poesia, Demétrio Dinizlança nesta quarta-feira, dia 24, às 19h, nalivraria Saraiva do Midway Mall seu segundolivro de contos pela editora Bagaço, de Recife.Com 110 páginas, o livro intitulado de “Idas eVindas de São Serapião” reúne 15 contos e cadaum tem ilustração do artista plástico paraibanoAlberto Lacet, e as orelhas são do escritor AldoLopes de Araújo, autor de O dia dos cachorrose Os anões da moça branca, este último noprelo, além de vários livros de contos.

“A poesia a gente faz e para. Com a prosa,a escrita passa a ser uma atividade rotineira.Além do que encontro mais prazer contandoestórias”, conta Diniz sobre esse momento emque vive e sua transição da poesia para con-tos. O poeta lançou em sua trajetória os livros:“Um Homem sem Poesia”, “Passarás”,“Haveres”, “Ferrovia” e “Beleza Distante”foram seu livros de poesia.

“Sob o céu de Natal” foi o seu primeirolivro de contos que foi publicado em março doano passado. Já o “Idas e Vindas de São Ser-apião” foi inspirado de um dos contos da obrarelata a história de São Serapião, um santonegro, e o vaqueiro do sertão.

“Um personagem nunca é só o personagem,mas um acréscimo de outros, que se juntam eformam o novo personagem. Assim tambémcom o fato. De modo que a ficção é verdade,não é invenção, aconteceu de fato, só que re-sultado da soma de alguns elementos”, declarouo contista em entrevista para O JORNAL DEHOJE. Confira!

O JORNAL DE HOJE - Conte um poucosobre a sua trajetória como escritor?

Demétrio Diniz - Comecei de fato com poe-sia - Um Homem sem Poesia, Passarás,Haveres, Ferrovia e Beleza Distante. Forammais ou menos uns 20 anos nessa brin-cadeira. Aí senti vontade de pular para aficção, escrever contos. A poesia a gentefaz e para. Com a prosa, a escrita passa aser uma atividade rotineira. Além do queencontro mais prazer contando estórias.

O JORNAL DE HOJE - O que lhe inspira?Demétrio Diniz - Ainspiração começa geral-mente de um fato marcante, do passado oupresente, um fato que não quer nos deixar.A partir dele pode-se começar um conto, eaí outros elementos vão se juntando. Umpersonagem nunca é só o personagem, masum acréscimo de outros, que se juntam e for-

mam o novo personagem. Assim tambémcom o fato. De modo que a ficção é verdade,não é invenção, aconteceu de fato, só queresultado da soma de alguns elementos. Ex-emplo: o cabelo de Laura, a impetuosidadede Raquel, a fúria de Lorena, vão compon-do um personagem, que poderia ser Julianaou Firmina.

O JORNAL DE HOJE - E,como surgiu aideia desse livro?

Demétrio Diniz - O livro surgiu pela junçãodos contos. Eles vão aparecendo e a gentedecide reuni-los em livro.

O JORNAL DE HOJE - Quais temas o sen-hor aborda nessa obra?

Demétrio Diniz - Necessariamente não es-crevo para abordar um tema, a narrativa vaisendo construída, e se um tema, como porexemplo, racismo, exploração sexual, aban-dono de menores, etc, aparece, não gosto dejogar fora. Aproveito porque amplia o textoe contribui para uma tomada de consciên-cia. Embora não seja este o propósito nanarrativa

O JORNAL DE HOJE - Pode-se dizer quejá veio na mente muitas ideias que foramperdidas pela memória?

Demétrio Diniz - A memória é o grandetesouro do homem. Ah! as lembranças! Senada mais nos restar, restam as lembranças.E é bom saber que estão todas guardadin-has, em todas as pessoas, lacadrinhas numbaú, é só ter a coragem de levantar a tampa.Geralmente se tem muito medo de entrar,no que Freud chamou de sótão.

O JORNAL DE HOJE - O que o leitor podeesperar desse livro?

Demétrio Diniz - Sinceramente não sei o queo leitor pode esperar desse livro. É sempreuma surpresa para mim. Mas saiba ele quefoi o melhor que eu tinha para dar, e paciên-cia, estes são os meus limites. Fiz o livro comalegria, esforço e dedicação.

O JORNAL DE HOJE - E, o senhor já templanos para o próximo livro?

Demétrio Diniz - Pretendo continuar assim.Não tenho ainda planos para o próximo livro,mas vou continuar escrevendo contos. Nãotenho fôlego nem paciência para romance,tampouco organização e tempo para bi-ografias. Assim fico nesse gênero de estóriascurtas. Me sinto mais à vontade nele.

VIVA L’ OPERANesta quarta-feira, dia 24, às 20h, no Teatro Alberto Maranhão acon-

tece a beleza do canto lírico com o encontro das sopranos potiguaresAlzeny Nelo (foto), Angela Maria e Nazaré Rocha no espetáculo Viva L’-opera. A noite conta ainda com especiais participações dos pianistas Mar-luze Romano, Guilherme Rodrigues e Igara Cabral, do tenor César Leonar-do, do grupo coral In Versão Vocal e de bailarinos da Companhia deDança do TAM.

REGISTROA Academia de Letras Ju-

rídicas do RN -ALEJURN, soba presidencia do ProcuradorAdalberto Targino, encerrou operíodo de inscrições para o can-didato a novo Acadêmico queirá ocupar a cadeira de nº 35,que tem como patrono o juristaOtto de Brito Guerra, anterior-mente ocupada pelo ilustrecaicoense Luciano Alves daNóbrega, recentemente falecido.Foram deferidas as candidaturasdos advogados Antenor Madru-ga Pereira Filho e Ana HeloisaRodrigues Maux. A eleição queescolherá o novo membro daALEJURN acontecerá dia 22 deagosto, em Natal-RN.

SEXTA-FEIRAO cantor Messias Paraguai

faz show no próximo dia 26, apartir das 20h, na Associação deMoradores da Cidade Satélite(Amocisa) Rua das Nogueiras,7820 – Cidade Satélite – 3ª etapa– bairro Pitimbu).

DANÇAO Encontro Nacional de Dança Contemporânea, que será realizado

de 25 de julho a 03 de agosto, em Natal, terá sua abertura oficial nestaquinta-feira, às 21h, no Teatro Riachuelo. Na abertura será apresentadoum grande espetáculo da Focus Cia. De Dança (RJ) – As Canções QueVocê Dançou Pra Mim - Um sucesso de crítica e público, dirigido e core-ografado por Alex Neoral, embalado por um grande "pot-pourri" com 72canções interpretadas pelo cantor e compositor Roberto Carlos.

FESTIVAL LITERATURA EM VÍDEO 2013O Festival Literatura em Vídeo 2013, realizado pelas editoras Ática e Scipione, com apoio da MTV, da pro-

dutora Buriti Filmes e do portal Tela Brasil, recebe inscrições até o dia 27 de outubro de 2013. Voltado paraeducadores e alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio das redes pública e privada de todo o país, oconcurso tem como objetivo incentivar o hábito pela leitura e estimular a criatividade. Para participar, os es-tudantes devem produzir um vídeo de até cinco minutos relacionado a uma das obras de ficção dos catálogosdas Editoras Ática e Scipione. O Festival premia alunos, professores e instituições de ensino nas categorias JúriTécnico, Júri Popular, Destaques Regionais, Melhor Direção de Arte, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Mel-hor Som. Os trabalhos serão julgados seguindo critérios de criatividade, qualidade da produção e adaptação doroteiro. Mais informações pelo site oficial do evento www.literaturaemvideo.com.br.

LIVROSO XXVII Simpósio Nacional de

História que está sendo realizado nocampus central da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte (UFRN) até apróxima sexta (26). A programaçãoinclui o lançamento de livros depesquisadores de todo o país, sempre apartir das 18h, no Centro deConvivência da universidade. Amanhãserá o lançamento dos seguintes livros:“Em Feira dos Mitos: a fabricação dofolclore e da cultura nordestinos (1920-1950)”, o professor Durval Muniz abor-da como o discurso folclórico emitidona área que se nomeará como sendoNordeste definiu o que ainda hoje julg-amos ser o folclore nordestino. A pro-fessora Flávia Sá Pedreira publica asegunda edição de “Chiclete eu misturocom banana: Carnaval e cotidiano deguerra em Natal (1920-1945)”, livro quetrata do cotidiano potiguar no períodocitado e da influência americana nacidade. E “A Intendência e a cidade:fontes para o estudo da gestão dacidade de natal (1892-1919)” é o títulodo livro organizado pelos professoresRaimundo Arrais, Helder Viana eRaimundo Nonato Araújo. O objetivo daobra é reunir pesquisas e comentar asdeterminações oficiais para a cidade deNatal, por meio de resoluções, entre1892 e 1930.

Fotos: Canindé Santos

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Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013

Cultura

Áries 21/03 a 20/04Com a vida social animada emuita gente apelando para a

sua presença e intervenção, é fácil sedeixar levar por planos mirabolantes,pois no calor da paixão, seu juízo críti-co desaparecerá. Portanto peça umtempo antes de bater o martelo emquaisquer propostas novas.

Touro 21/04 a 20/05Ótimo clima astral para estarcom os amigos e pessoas que-

ridas! Especialmente de tarde, quandoLua e Vênus formam aspecto, é o carinhodelas que será essencial. Controle a pre-guiça e evite excessos alimentares.Reuniões a noite serão marcadas porespirito de união.

Gêmeos 21/05 a 20/06Manhã excelente para tocarassuntos que exigem atenção

e originalidade. Soluções práticas efelizes terão mais sucesso se iniciadasaté o início da tarde. Depois, você sesentirá melhor guardando sentimentose impressões. Novas informaçõesmudam decisões até a noite.

Câncer 21/06 a 21/07Astros em ótimo aspectofavorecem empreitadas cria-tivas, especialmente com

um sócio. Você poderá ter uma boanoticia por parte de um cliente tam-bém. E com o cônjuge, soluçõesfinanceiras a caminho! A partir datarde, alto astral, sensibilidade e refi-namento em geral

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery- [email protected]

C´EST FINIOntem, o “SPTV”, da Globo, na hora do almoço, fez conexão, ao vivo,com repórteres do “RJTV”, “Nordeste TV” e do “Link Vanguarda”.Esse tipo de sinergia não aconteceu pela primeira vez e é semprebom que isto aconteça cada vez mais. O importante para qualquer telejornal, local ou não, é correr atrás danotícia mais importante.Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w Passa de mil, o número de jor-nalistas estrangeiros envolvidos nacobertura do Papa no Brasil.w Leandro Rea Lé, o “Tocha”,assumiu as funções que eram doTerence Paiva, como chefe de re-dação, no esporte da Bandeiran-tes.w A Globo decidiu não exibir oGP da Hungria de Fórmula 1, aovivo, neste próximo domingo...w ... Acorrida, na parte da manhã,irá acontecer no mesmo horário damissa, que vai encerrar a JornadaMundial da Juventude...w ... De qualquer forma, a Globo

deverá fazer qualquer coisa paratambém atender o público da F 1.w Também em cima do assuntoPapa, o “Bem Estar” de hoje, naGlobo, vai apresentar um progra-ma sobre os benefícios da fé nasaúde...w ... Inclusive com relatos de duashistórias bem impressionantes.w A meninada do “Carrossel” vaiapresentar o seu show musical, sá-bado, no Jequitimar, do Guarujá...w ... E a série “Patrulha Salvado-ra”, com as crianças do “Carros-sel”, começa a ser gravada emagosto.

Spider vai fazercomédia no cinema

Anderson Silva já confirmou a sua participação no filme “Até que a sorte

nos separe – 2”, da dupla Paulo Cursino e Roberto Santucci.

Será, inicialmente, um trabalho bem discreto, visto como quebra gelo,

para colocar o lutador de MMA mais à vontade nesses seus primeiros

passos no cinema. O fato de ser uma comédia também deve ajudar.

O longa, além do Brasil, terá filmagens em Las Vegas, agora, a par-

tir de agosto.

Também no elenco, Leandro Hassum, Arlete Salles, Camila Morgado -

no lugar de Danielle Winits, atualmente às voltas com “Amor à Vida”,

Berta Loran e Rodrigo Sant’anna.

Pelos mesmos motivos da Danielle, na reta final das gravações de “Flor

do Caribe”, Ailton Graça será outra baixa em relação à primeira parte.

PÚBLICOO filme “O Concurso”, com Danton Mello, Sabrina Sato, An-derson Di Rizzi e Fábio Porchat, foi visto no primeiro fim de

semana em cartaz por 294.537 pessoas.Estreou em 355 cinemas numa média de 830 espectadores

por sala.

TV - TUDO>>

w FICOU DEVENDOResta saber quando a Globo iráapresentar o último bloco, os 40minutos finais, de “A Hora da Vi-rada”, filme da “Sessão da Tarde”na segunda-feira. Asua exibição foiinterrompida para a transmissãoda chegada do Papa no Brasil.

w APOIO NECESSÁRIOTodas as TVs procuraram se cer-car de especialistas para auxiliarna cobertura da chegada do Papa.Nada mais correto.Mas nenhuma delas foi tão felizcomo a Globo News com o padrejesuíta Jesus Hortal Sanchez, dou-tor em Filosofia e Direito Canô-nico. Se saiu bem em todos osmomentos.

w VEM AÍO Espaço Unyco, no Morumbi,receberá as três primeiras edi-ções do “Baita Amigos”, novoprograma do Neto no Bands-ports, que estreia dia 5 agora, às8 da noite.O desejo é fazer a seguinte, aquarta, fora de São Paulo. Parti-cipações de Téo José, RonaldoGiovanelli, Careca e Veloso.

w MODISMOTodo programa que se preze, atécom certo desespero, tem procu-rado espaço na agenda da fun-queira Anitta. Marília Gabriela,com o “De Frente com Gabi”,domingo, no SBT, é o próximo.Com Anderson Silva, nesses úl-timos dias, também aconteceu amesma coisa. Todas atrás dele...e ele atrás de todas.

w AGENDA APERTADASobre a Anitta, o pessoal que a cerca,ainda em função de dessa correriaatual, diz que ela pouco dorme. Nomáximo duas horas por dia. No mais,além dos compromissos, gosta de na-morar – “ficar com os bofes”.

w NA DISPUTAOtávio Mesquita, Marcelo Mans-field, Dani Calabresa, PalomaTocci e Murilo Couto gravarampilotos do “Lo Sabe, No LoSabe”, na Band. A Calabresa e oMarcelo, segundo informaçõesinternas, se saíram melhor, massabe-se que outros interesses emjogo podem interferir na escolhafinal. Se tudo correr como se es-pera, grava em setembro.

Leão 22/07 a 22/08Você tem de tomar uma deci-são a respeito de uma socie-dade de negócios? Vá no

embalo até a hora do almoço. Deixe-seencantar pelas propostas inovadorasdo seu parceiro. Um amor surpreende,e com isto eleva seu pique. De tarde, oastral muda e pede mais receptividade.

Virgem 23/08 a 22/09São tantas as demandas dehoje? Ainda bem que você

conta com Vênus em seu signo, o quefavorece as boas relações sem muitoesforço. O amor se ressente de certainquietação ou irritabilidade no fim datarde. E de noite, você estará mais está-vel e capaz de entender tudo.

Libra 23/09 a 22/10É a saúde que pede cuidadosmais estritos hoje. Bagunça

no ambiente de trabalho podem atrapa-lhar seus planos, verifique tudo com oscolegas antes de marcar mais compro-missos. Especial atenção no fim datarde - período de fraqueza e insatisfa-ção. Noite agradável.

Escorpião 23/10 a 21/11Ligação profunda com filhose amores torna o dia colori-do com sentimentos e emo-

ções tão fortes quanto caóticas. Paravocê aproveitar a onda, vale seexpressar nas artes, dançar ou medi-tar com muitas pessoas. Noite pederefinamento e compromisso afetivo.Lealdade é tudo.

Sagitário 21/11 a 21/12Seus sentimentos sobre aspessoas e sobre a vida hojedevem permanecer longe

dos bisbilhoteiros. Evite gastosimpensados, movidos por impulsos.Você pode reunir a família ao seuredor hoje e terá muita satisfaçãocom este gesto largo e generoso.

Capricórnio 22/12 a 21/01Clima astral favorável paraestudar, aprender algo novo,

trocar ideias, informar-se sobre algoque tenha relação direta com seus afa-zeres e interesses. É bom também sol-tar as magoas e abrir seu coração paraalguém querido a noite. Momentos dearte e inspiração com queridos.

Aquário 21/01 a 19/02Espaço e tempo pra vocêseguir no seu ritmo é a

necessidade urgente de hoje, aomenos até a tarde. Depois, focalize-seem atividades praticas em que possaempregar seus talentos e criatividade.Fim de tarde bom pra lidar com assun-tos financeiros e pagamentos em geral.

Peixes 20/02 a 20/03Lua em Peixes configuraaquele período do mês em

que você faz melhor se resguar-dando. Até o fim da tarde de 26/7vale cuidar dos assuntos privados,dando espaço a meditação, refle-xão e auto percepção em geral. Oamor vive uma baixa necessáriaagora.

O CAVALEIRO SOLITÁRIO - (14 Anos)MOVIECOM 1 – Hora: 16:15 / 21:15CINEMARK 3 - Hora:13:20 / 16:20 /19:20 / 22:20

TURBO - (Livre)MOVIECOM 1 – Hora:14:10 / 19:10

MINHAMÃE É UMAPEÇA - (12 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:15:15 / 19:35

TRUQUE DE MESTRE - (12 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:17:10 / 21:30CINEMARK 5 - Hora:17;20CINEMARK 6 - Hora:20:50

UNIVERSIDADE MONSTROS - (Livre)MOVIECOM 3 - Hora:14:00 / 18:50CINEMARK 3 - Hora:11:00GUERRA MUNDIAL Z - (14 Anos)

MOVIECOM 3 - Hora:16:20 / 21:10CINEMARK 7 - Hora:22:35 (NÃO seráexibida Quinta-feira)

MEU MALVADO FAVORITO 2 - (Livre)MOVIECOM 4 - Hora:14:40 / 16:50 /19:05 / 21:20CINEMARK 5 - Hora:12:40 / 15:00 /20:00CINEMARK 7 – Hora:11:20 / 13:40 /15:50 / 18:10 / 20:25

O CONCURSO - (12 Anos)MOVIECOM 5 - Hora:15:30 / 17:35 /19:40 / 21:45CINEMARK 1 - Hora:13:00 / 15:10 /17:10 / 19:30 / 21:40; Hora:23:50 (Sáb)

TURBO - (Livre)MOVIECOM 6 – Hora:14:00 / 19:00

CINEMARK 6 - Hora:11:30 / 14:00 /16:10 / 18:30O HOMEM DE AÇO - (Livre)MOVIECOM 6 – Hora:16:10 / 21:20MOVIECOM 7 – Hora:14:30 / 17:25 /20:20CINEMARK 2 - Hora:15:40 / 21:50CINEMARK 2 - Hora:12:30 / 18:50

MINHAMÃE É UMAPEÇA - (12 Anos) CINEMARK 4 - Hora:12:20 / 14:40 /16:50 / 19:00 / 21:10; Hora: 23:30 (Sáb)

WOLVERINE: IMORTAL - (14 Anos)CINEMARK 6 - Hora:00:01(Qui)CINEMARK 7 - Hora:00:01 (Qui)

OBS: A programação pode ser altera-da sem prévio aviso. Favor consultaro cinema para confirmar o filme do dia.

CINEMA

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l Dia

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HORÓSCOPO

w DISPUTA INTERNATambém por toda a confusão docabelo, o corta ou não corta, em“Amor à Vida”, Marina RuyBarbosa ganhou destaque nosinteriores da Globo.Além do Aguinaldo Silva, Bene-dito Ruy Barbosa também pas-sou a disputar a sua participaçãono elenco de “Meu Pedacinhode Chão”.

w EU MATO ELEWalcyr Carrasco escreveu cenapara um mecânico de “Amor àVida” e alguém da direção ouprodução, querendo enfeitar nomomento da gravação, por conta

própria transferiu a fala para odono da oficina.Ao tomar conhecimento, bemcontrariado, o autor mandou re-cado por escrito: se acontecerde novo... eu “mato” ele.

w PROGRAMA NOVOO formato “My name is”, daFremantle, um programa comcovers em produção no SBT, vaireceber o nome de “FamosoQuem”. Inscrições abertas.Se tudo correr como se espera,a sua estreia deve ser confirma-da para setembro, no lugar do“Amigos da Onça”, às quartas-feiras.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 24 de julho de 2013Cidade

Entrar no universo dos livrosainda não pode ser considerado umhábito comum entre os brasileiros.Embora as vendas do mercado edi-torial tenham crescido gradativa-mente nos últimos anos, o númerode leitores ainda é considerado baixocom relação ao contingente popula-cional. Mas, um dos fatores que vemajudando na mudança deste cená-rio é a valorização de ações de es-tímulo à leitura junto às crianças.

Uma pesquisa realizada ano pas-sado pela Fundação Itaú Social emparceria com o Instituto Datafolhaaponta que 96% dos brasileirosacham importante incentivar crian-ças de até 5 anos a gostar de ler. Omesmo levantamento mostrou quenove em cada dez pessoas acreditamque o estímulo à leitura deveria serao menos semanal, o que mostraque existe uma consciência dos be-nefícios da leitura, principalmenteno que diz respeito aos pequenos.

Pensando nisso, o Natal Shop-ping organizou uma feira de livroscom foco no público infantil, quefica aberta até o dia 18 de agosto. Oevento, que está sendo realizada napraça Diamante (2º piso), tem entra-da franca e horário de funcionamen-to igual ao das lojas do shopping.

Promovida pela editora paulis-ta Ciranda Cultural, a iniciativa contacom um acervo de mais de 500 li-vros e tem como objetivo principaloferecer diversos títulos da literatu-ra infantil e infanto-juvenil a pre-

ços abaixo do mercado, em maisuma frente de incentivo que preten-de atrair os pequenos leitores e seusfamiliares.

Quem passar pelo shopping, po-derá conferir novidades e publica-ções consagradas da literatura infan-til, como fábulas, contos de fada, pu-blicações interativas, além de livrosdidáticos focados em arte, educaçãoe conhecimentos gerais. Também háopções para os mais crescidos, comoos clássicos da literatura brasileiraSenhora, de José de Alencar, Escra-va Isaura, de Bernardo Guimarães,entre outros, com preços que variam

de R$ 3,00 a R$ 80,00.Para a pedagoga Cláudia Gomes

de Lima, que trouxe os filhos PedroLima, de nove anos e Marília Lima,de cinco, eventos como esse são im-portantes porque possibilitam ummaior acesso ao universo dos livros."O preço dos livros ainda é um em-pecilho à leitura, principalmente osinfantis que em geral custam maiscaro", avalia Cláudia. Ela conta quecostuma ler para seus filhos, comoforma de estimulá-los a criar o há-bito e que dá preferência sempre alivros que tenham algum conteúdoimportante para a formação das

crianças, como os contos de fada."Eu gosto mais de ler gibi e tirinhasna biblioteca da minha escola", dizo filho de Cláudia, Pedro, curiosocom a variedade de títulos nas pra-teleiras da feira.

Já a pequena Eduarda Costa, decinco anos, prefere livros com mui-tas cores e figuras, pois ainda estáaprendendo a ler. Acompanhada damãe, Milena Costa, ela diz que gostade livros que deem para brincar. Osque ela escolhe tem elementos inte-rativos, como peças de encaixar, de-senhos que se montam ao folheardas páginas e publicações que vemacompanhadas de CD's com a his-tória original. Não faltam opçõespara a sede de leitura da molecada.

Procurando um presente para oneto de apenas um ano, o professorde ensino fundamental, FranciscoCavalcanti Lima, diz que o que oatraiu à feira foram os preços. "Olivro ainda custa caro. É precisorever o valor que se paga por eles",declara Francisco. Ele acredita quea valorização da leitura tambémpassa pela facilidade em se adqui-rir os livros e que o poder transfor-mador desse hábito pode mudar acultura e a consciência dos brasilei-ros. "A criança precisa ler o mundoe ver no livro uma janela para o co-nhecimento. Atendência de quem lêé constatar que precisa aprendermuito mais e estar sempre em buscade novos aprendizados", defende oprofessor.

Há tempos que não é novida-de o estado lastimável das ruas dacapital potiguar. Quem se deslocadiariamente pelas vias natalenses sedepara com todo tipo de proble-mas, como falta de agentes de trân-sito, sinalização deficiente, con-gestionamentos cada dia maiores,insegurança e, principalmente, bu-racos. Muitos buracos. Algunsdeles, inclusive, já subiram de pa-tente e começam a apresentar ca-racterísticas dignas de crateras.

Na Av. das Fronteiras, bairrode Nossa Senhora da Apresenta-ção, Zona Norte da capital, doisburacos têm causado enormesprejuízos a quem trafega pelolocal. Apesar de não apresentaremgrande extensão, as falhas na co-bertura asfáltica são muito pro-fundas, o que expõe motoristas emotociclistas a riscos de aciden-tes graves.

Uma das vítimas dessas fendasabertas no trecho - por trás do Ins-tituto Federal de Educação, Ciên-cia e Tecnologia (IFRN) - foi o mo-torista Émerson Gimenes. Ele contaque transitava normalmente pelavia quando sentiu a pancada nospneus do veículo. "Os buracos estãolocalizados logo depois da curva,quem vem dirigindo fica impossi-bilitado de desviar. Olhando assimvocê pensa que é uma abertura pe-quena, mas o problema é a profun-didade. Meu carro ficou com doispneus estourados, as duas rodascompletamente destruídas e o eixoempenado. Quem vai pagar o pre-juízo?", questiona, indignado.

No momento em que a repor-tagem d´O Jornal de Hoje apura-va os fatos, mais um carro foi da-nificado no local. Ranilson Silva di-rigia em velocidade moderada naavenida quando foi pego de sur-presa pela pavimentação defeituo-sa. O resultado foram mais doispneus estourados e rodas destruí-das. "Cada pneu desses custa 300reais, como eu vou fazer para ar-ranjar isso? É um descaso total,essa cidade está entregue às bara-tas", esbraveja Silva. O moradorda região José Inácio Alves conta

que todos os dias são quatro oucinco acidentes no mesmo ponto dapista. "Já vi muita desgraça aqui,principalmente com moto. Essesdias mesmo um rapaz caiu e saiurolando na calçada, se arrebentoutodo. E o problema não é só aí nafrente. Desde o começo da rua queos buracos tomam conta", denun-cia Alves.

O titular da Secretaria Munici-pal de Obras Públicas e Infraestru-tura (Semopi), Tomaz Neto, afir-mou desconhecer o problema, masse prontificou a solucionar o caso.

"A questão desses buracos na Ave-nida das Fronteiras ainda não tinhachegado até a Secretaria. Apesarde o referido trecho estar contem-plado nas obras do pró-transporte,já com ordem de serviço assinadapelo Governo do Estado e comobras previstas para o início dopróximo mês, seria irresponsável deminha parte, como responsável pelaSemopi, não tomar uma providên-cia imediata sobre o assunto. Douminha garantia de que ainda essasemana os buracos da via estarãofechados", afirma o secretário.

Shopping realiza feira de livros infantispara incentivar a leitura nas criançasNÚMERO DE CRIANÇAS LEITORAS NO BRASIL AINDA É CONSIDERADO PEQUENO

Eduarda Costa, de 5 anos, diz que prefere livros com muitas cores e figuras

Buracos estão espalhados em vários pontos da Avenida das Fronteiras, uma das principais vias da zona Norte de Natal

> INFRAESTRUTURA

Buracos na Avenida das Fronteirascausam prejuízos aos motoristas

Fotos: Canindé Santos

Wellington Rocha

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O homenageado hoje é Edward Ro-drigues de Bulhões ícone cultural atualiza-do através da leitura de escritores comoJorge Amado, Humberto de Campos e dacultura ligada ao tema campestre, músicas,filmes, jornais,rádio e da televisão - simul-taneamente, e ainda "dava conta de tudo "que se passava em volta dele.

HISTÓRICOEdward Rodrigues de Bulhões nasceu na

cidade de Macaíba, RN, em 25 de setembrode 1920. Formou-se em Agronomia pelaFaculdade de Areia, na Paraíba. Casado comMarina de Almeida Bulhões, paraibana.Faleceu aos 15 de Agosto de 1992, nestacidade aos 72 anos deixando um legado dehonestidade, inteligência e amor aos seusdescendentes. Foi pai dos seguintes filhos:Maria Emília Bulhões de Lima; Maria Eu-lina de Almeida Bulhões; Carlos Robertode Almeida Bulhões; Edna Lúcia Bulhõesde Britto; Clívia Maria Almeida Bulhões;Marília Augusta de Almeida Bulhões e Lu-mena Augusta de Almeida Bulhões e naocasião de sua partida quinze netos os quaisjá geraram inúmeros bisnetos.

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CONVÍVIO MARAVILHOSOÉ muito difícil escrever sobre meu pai,

pois quando o faço sou envolvida pelaemoção.

Eu o amava muito, como todo filho quetem um pai daquele quilate. Foi, meu pai,um homem de grande caráter, inteligente, sin-cero, justo, amigo verdadeiro e equilibrado.Não sou eu que o digo, mas de pessoas queme falavam dele, ainda em vida.

Criou seus sete filhos, nos induzindo aosestudos, sem que precisássemos trabalhar,pois com o sustento de suas fazendas nosproporcionou vida saudável e feliz. No en-tanto, sei o quanto foi dificultoso agir dessaforma, principalmente ele que vivia docampo, sem outro qualquer rendimento. Eter uma vida rural, significava dizer, viverde sacrifícios e sujeito as mudanças climáti-cas.

Com a partida de minha mãe tive o priv-ilégio de ficar mais próximo dele, e foi nessemomento, e pela convivência assídua, queme foi dada a felicidade de saber o quantoé maravilhoso e sagrado o convívio entre paie filho.

Encerro estas poucas linhas, sem podetransmitir o sentimento da dor, por ocasiãode sua partida. Talvez nunca mais consigaestancar a saudade que ele me deixou. Éuma dor excruciante e tenaz. Aproveito epeço sua benção, onde ele estiver.

Maria Emília, primeira filha

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SEMPRE PRESENTEPapai sempre foi muito exigente comi-

go. Desde cedo me cobrou muitas respon-sabilidades. Reservado, de poucas palavrase observador sempre esteve ao meu ladoem todos os momentos da minha vida.Graças a Deus, os meus três filhos tiverama felicidade de conhecê-lo e de convivência.Por afinidade e também por compartilhar-mos a paixão pela vida rural, vivemos sem-pre muito próximos. Depois do falecimen-to da minha mãe, convivemos ainda mais as-siduamente por ele ter ficado uma tempo-rada comigo na fazenda. Quando alguémvencia suas reservas e caía em seu agrado,não existia idade, credo ou religião que osseparasse. Era na cidade, no Grande Pontoonde se encontrava para um café com osamigos que carinhosamente os chamava de"Os Meninos", que passava os melhoresmomentos do dia. Sua partida precoce mefez e ainda faz muita falta. Orgulho-memuito de ser filho de Edward Bulhões.

Carlos Roberto, segundo filho

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HOMEM ADMIRÁVELO humor sutil e engraçado, a sensatez

e a honestidade faziam do meu pai umhomem admirável. Desta forma, deixou emcada um de nós, marcas de valores éticos emorais inquestionáveis. Como não sentir asua falta?

Maria Eulina, terceira filha

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SOLIDÁRIO E DISCRETOPapai era uma pessoa muito inteligente,

gostava muito de ler, era muito bem infor-mado: lia o jornal, ouvia o rádio, assistiatelevisão - tudo ao mesmo tempo - e ainda"dava conta de tudo" que se passava emvolta dele. Era espirituoso, um homem debom coração. Incapaz de humilhar, se vin-gar ou alimentar discórdia. Evitava per-guntas e comentários quando a má sorteabatia algum amigo ou familiar ao contrário,era solidário e discreto.Quando fui me in-screver para o vestibular, comentei que que-ria fazer jornalismo, mas que teria maischances de ser aprovada em outra opção, eele me disse: faça a escolha do que vocêgosta e realmente quer. Não escolha o maisfácil... Foi uma grande lição que me acom-panha por toda vida. Tenho saudades dele...Deixou-nos muito cedo.

Edna Lúcia, quarta filha

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JUSTIÇA E INTEGRIDADEO meu pai era antes de tudo justo e hu-

mano! Ele foi um grande homem. Correto,simples, rigoroso, leal, amigo, carismático,culto, bem informado e acima de tudo, justo!Deixou para nós, os sete filhos, um exem-plo de dignidade.

Recém saída da adolescência, senteicom o meu pai para decidir o meu futuroe três horas depois, levantei conhecendoo homem mais fascinante que havia con-hecido. Naquela noite vi e ouvi a voz darazão, justiça e integridade. Senti um orgul-ho imenso do meu pai e selamos um pactode cumplicidade e amor mútuo. Ao abraçá-lo senti uma vontade imensa de dizer queo amava e os meus olhos encheram- se delágrimas. Não falamos nada, não havia ne-cessidade. Logo depois, fui morar em outracidade e nossa afinidade só aumentava.Eu sabia que o meu "chão" estava lá e mesentia segura. Queria conquistar o mundoe me joguei sem medo. Nunca estive soz-inha. Nunca me decepcionei. Dividimosmomentos de grandes tristezas, conversasdolorosas, decisões amargas e difíceis.Compartilhamos também, grandes e mar-avilhosos momentos. Saboreamos ale-grias e vibramos com muitas conquistas.Sabia que ao ligar para ele e ao ouvir a suavoz, me sentiria mais segura. Que a dis-tância física que nos separava, era a mesmaque nos aproximava. Contava com suarazão, imparcialidade, praticidade e sensode justiça. Nunca decidiu por mim. Mostra-va com clareza, calma e imparcialidadeos fatos, mas, a decisão era exclusivamenteminha. Ele não dava os peixes: ensinavaa pescar.

Trabalhei, viajei o mundo, casei nova-mente e a minha filha chegou.

Quando a minha mãe partiu, mutua-mente nos ajudamos a suportar a dor. Nos-sos telefonemas noturnos, breves , mas fre-qüentes, era um bálsamo para a minha alma.Recomeçamos a construir uma nova etapaem nossas vidas. Era preciso sonhar e acred-itar que seriamos capazes. Foi um presentede uma manteiga feita por ele para mim, queme deu a certeza que a vida ainda nos reser-vava outras etapas, outras histórias...Fui aNatal para vê-lo e ajudar em sua mudança.Não imaginava que seria a última vez quenos víamos. Ainda havia muito a viver...De repente, no meio da noite veio a notí-cia... aos 72 anos, partiu exatamente comosempre viveu. Sem alarde, sem incomodar,sem despedidas, sem queixas, discretamente,em silêncio...

Papai não conheceu o meu filho caçu-la. Ao engravidar uma espírita me disseque ele era um presente enviado para mime que eu saberia quem o havia enviado. Re-conheço nos meus dois filhos traços docaráter do meu pai. Encontro em meumarido o companheiro que ele desejoupara mim. Sinto a sua presença até emmeus pensamentos. A sua ausência é asaudade que ele deixou em minha alma.Ao meu pai, o meu agradecimento por terme ajudado a enxergar a justiça. Comamor e admiração.

Clívia Maria, quinta filha

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ORGULHO DE SER BULHÕESO meu pai foi exemplo primoroso de

homem honesto, sincero, correto e muitodiscreto. Sua própria existência constituiulições de vida, baseado em valores impor-tantes que trago comigo e que busco trans-mitir, igualmente, à minha filha. Suas qual-idades pessoais garantiram-lhe uma legiãode amigos sinceros e leais ao longo de todasua vida.Ser uma BULHÕES me faz lem-brar dele com muito respeito.

Marília Augusta, sexta filha

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PIONEIRO NA PECUÁRIA DO RNFalar em Edward Bulhões, meu pai, me

faz lembrar momentos únicos. Em suas vis-itas rotineiras as suas fazendas, lembro deir com ele à Fazenda Cajazeiras com muitomais frequência. Eu, uma menina, lá nobanco de trás de sua kombi cantando.Chegando lá, fazia questão de subir naporteira para destravar e abrir para ele pas-sar. Era muito divertido. Lá na fazenda,ainda de madrugada, ele nos servia bem demansinho um copo de leite cru. Cada umtinha uma preferência e ele se dedicava apreparar um a um em canecas de alumínio:com açúcar, com "Toddy", com canela...Posso sentir o cheiro e o sabor maravilhosodaquele leitinho morninho tão gostoso...Eos roletes de cana que ele fazia questão decortar no alpendre da fazenda? Ficávamosesperando ansiosos por aqueles cortes re-dondos. Ah, eram tão saborosos...

Papai foi pioneiro na pecuária do RN emuito respeitado pela ousadia em trazerraças e animais (búfalos, por exemplo) paraserem difundidos no Estado. E, em uma dasexposições que participou ( hoje, "Festa doBoi"), resolveu expor um garrote de raçaespecial e o trouxe da fazenda para ser cuida-do no quintal da nossa casa - onde hoje é aescola Pinguinho de Gente. Ele montou umaestrutura para tal com cocheira e tudo o maise eu adorava ajudar a cuidar. Acordava bemcedinho para preparar a ração feita a basede mandioca e, também, dar banho no gar-rote com uma escova. Era o máximo ver oresultao daquelas tarefas. Para me gratificar,papai me levou numa loja para eu escolheruma blusa. Nunca esqueci: ela tinha estam-pas de desenhos de revista em quadrinho.Adorei!

Como esses gestos pequenos e simplesnos deixavam tão felizes!

Papai era muito espirituoso, mas, jamaisdesagradável em suas brincadeiras. Ele foio homem mais íntegro, trabalhador, hon-esto, simples e discreto que já conheci.Nunca ouvi ele censurar, nem falar mal deninguém. Dizia que um HOMEM tinha queter PALAVRA! Não permitia que voltasseatrás. Era inadmissível para os seus princí-pios morais. Tenho o maior orgulho de dizer:sou filha de EDWARD BULHÕES! De ime-diato ouço sempre elogios. Fico radiante.Com sacrifício, proporcionou a melhor ed-ucação para os seus sete filhos. Nunca nosdeixou faltar nada! E, de acordo com osseus ensinamentos, sigo educando os meusfilhos. Os resultados não poderiam ser mel-

hores. Pena que ele partiu muito cedo e des-frutou muito pouco do carinho e compan-hia dos seus.

Obrigada, meu Deus, pelo pai que tive!Sempre te amarei!! Saudade...

Lumena Augusta, sétima filha

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GRANDE AVÔEm um mês junino, estávamos indo

para Fazenda Santa Rosa, uma das fazen-das da família localizada no município deLajes/RN, e quando subíamos a Serra doFeiticeiro a camionete Toyota Bandeirantesatolou e não conseguia mais sair, então,todos desceram da boléia e carroceria ecomeçaram a juntar pedras e pedaços de paupara calcar os pneus. Levei uma broncaenorme do meu avô porque eu, mesmo nos12 anos, estava sem ajudar aos outros comminhas mãos no bolso do frio das 5:30hdaquela manhã e assustado com tudo aqui-lo que via. Logo, comecei a trabalhar e lo-gramos êxito naquela serra.Aprendi naque-le dia que nunca devemos cruzar os braçosdiante de qualquer que seja a situação quevenhamos a passar em nossa vida. Homemíntegro, honesto, inteligente e amigo, sãoadjetivos do nosso avô que ouvimos emnossa convivência no meio rural ao tocar-mos a Fazenda Cajazeiras, herdada domesmo, e em exposições agropecuária emtodo o Brasil. Me orgulho muito de ser seuneto e ter convivido alguns anos de minhavida com o senhor e ainda hoje me im-pressiono com todos os seus feitos e pre-visões em relação a agropecuária que se eufosse mencionar daria um livro, e dos bonspara o setor.

Vovô Edward, obrigado por aquele etodos os outros ensinamentos que tive aoportunidade de receber. Com carinho e bei-jos.

George Bulhões, neto

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CORAÇÃO DO BEMTenho lembranças de meu avô Edward

as quais jamais esqueceria. Dentro de seumodo de ser, procurava ser justo e marcante.Uma pessoa única! Caráter forte e decisivo,mas no fundo com o coração do bem. Vovôera bem diferente da minha avó Marina.,Me perguntava como duas pessoas tão difer-entes pudessem conviver tão bem, por todasua vida. Mas a simplicidade e o respeito davida deles era a receita de uma união felize duradoura.

Milena Leite Bulhões, neta

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EXEMPLOEdward, meu sogro, era uma pessoa

sisuda, de aparente mau humor. Só nasaparências. Quem não o conhecia pessoal-mente o imaginava assim. No entanto, eraum fidalgo ao receber qualquer visita em suapropriedade ou residência, sempre sur-preendendo pelo domínio de um bom papo.Ao morrer, me indicaram como "feitor" pro-visório de suas fazendas até o resultado finaldo inventário, que estava em andamento.

Foi nesse momento que passei a admirá-lomais ainda. A primeira interrogação, fiz amim mesmo: como pode uma pessoa gerirde forma eficiente, uma propriedade rural detamanha proporção e complexidade, numaregião de altos e baixos níveis pluviométri-cos como é o Nordeste, com predominanteausência do poder público, criar sete filhose ajudar parentes como ele fez? Isso, é bomlembrar, a tinha como sua única fonte derenda. Passei então a perceber o quanto foidinâmico e calculista para manter umem-preendimento rural, sempre com risco, comsuas nuanças peculiares, e dali retirar seu sus-tento e emolumentos. Mas sabia agir compragmatismo nas ocasiões de apertos. Nuncafazia nem projetava qualquer coisa sem usara arte de pensar e programar. Sabia que nãopodia esbanjar dinheiro com futilidades, oque deveria ser o mandamento número umde qualquer pessoa de bom senso. Detesta-va aparências e modismo de ocasião. Longe,bem longe dele. Tinha sua própria vaidade,muito simplória por sinal. Sua moeda padrãoera a arrouba do boi, o metro de lenha, comisso ele calculava e movia seus negócios.Nunca errou. Suas horas de folga resumiam-se a conversas com amigos, que desfru-tavam de sua amizade, cujo assunto discor-ria em torno do mundo rural. Era agrônomo,aliás, respeitado na área. Inteligente por de-mais. Ávido leitor. Difícil chegar a sua casasem que não estivesse em mãos qualquerleitura. Gostava muito de Jorge Amado,Humberto de Campos e da cultura ligada aotema campestre, fosse músicas ou filmes. Erauma pessoa bem informada, jornais e noti-ciários era parte do seu cotidiano. Conheciamuito sobre terras e animais. Certa vez oprovoquei sobre a agropecuária na Califór-nia, Estados Unidos. Ele olhou-me, surpre-so, e discorreu sobre o assunto como ummestre. Gostei de ouvir, só ouvir, pois minhaignorância não permitia sequer fazer per-guntas. Conhecia, de cátedra, todas as ter-ras e climas do Brasil.

Agia com parcimônia e calma em qual-quer situação de litígio. Eu sempre acheique ele deveria ter sido um juiz de paz,tamanha a paciência que tinha para re-solver conflitos. Era fiel às amizades. Certavez um amigo brigara com um vizinho porcausa de um touro. Ele, fortuitamente, re-solveu o imbróglio, doando ao vizinho doamigo um touro, para dirimir um possív-el embate.Em sua propriedade chegou a terquarenta moradias, distribuídas entre par-entes e empregados. Todos, sob sua batu-ta, sobreviveram às intempéries do climae da sorte.

A mulher que escolhera para casar, Ma-rina Almeida, foi um baluarte na societáriavida doméstica. Ele a respeitava, não inter-ferindo nos seus afazeres, muito menos naeducação dos filhos, da qual ela primavacom cuidados. Teria muito mais coisas parafalar desse homem, que serviu de exemploaos filhos e que me atingiu sobremaneira.

Assim era Edward. Por isso que deixoumuitas saudades.

Lenilson Antunes , genro

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LEALDADEFalar em Sr. Edward é algo prazeroso,

pois se trata de um homem simples, mas deuma personalidade fantástica, de uma inte-gridade incomparável, um homem leal semarrodeios, um amigo de todas as horas, umapessoa com sede de justiça.

Hedilamar Flor, "Bibica", amiga

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SAUDADESEdward Bulhões, com certeza, faz parte

da história de nossa família. Nunca vamosesquecer a sua imagem. É "grudada" a donosso pai. Sempre soubemos da falta que elefazia, em todos os momentos, a papai.Palavra certa e sábia que só ele podia dizerem certas ocasiões.

Grande saudade dos dois...Thelma Maria Flor Alencar, filha de

Joaquim Alves Flor

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PRESENTE DE DEUSFui presenteado com um grande amigo

que nos deu sempre a sua grande força emtodas as horas. Ele sempre buscava suapalavra sábia e o grande conhecimento davida que nos honrou muito por todo o tempoque Deus nos presenteou com sua presençano nosso lar como um dos nossos. Que Deusdê a ele a eternidade da paz.

Tarcísio Flor, filho de Joaquim Flor

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PRIVILÉGIOTivemos o privilégio de desfrutar da

companhia de Sr. Edward. Quando ele iapara o posto (Posto J.Flor) lia a sua Bíbliaque era a Tribuna do Norte e ficava num papogostoso com papai, Raimundo, Sr. Guil-herme, Zé da Viúva...

Agradecer por todas as horas que par-tilhou das nossas vidas ficando até hoje essevínculo que procede através da dedicação dosfilhos.

Tatiana Flor, "Cabocla", filha deJoaquim Flor

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 24 de julho de 2013

Ícone Fashion Edward Rodrigues de Bulhões