21 - hidrologia_tucci (cap21)
TRANSCRIPT
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 1/21
804
lIl,
I
REFERÊNCIAS
1- D e W IE ST , R.
J.
M. 1965. Geohydrology New Y ork: John Wl h'v l
2 - FETTER , C . W . Jr. 1980. Applied hydrogeology Bell : Ituw rIl , 1 I
3- FREEZE,
A ;
CHERRY,
J.
]979.
Groundwater
Englewood
( ' 1 1 1 1
Hall, In c. 604p.
4- LOHMAN, S. W. 1977. Hidráulica subterrãnea. Ba roe ltu t« Ilili
Ariel, 191 p.
5- Me WHORTER, B.; SUNADA, D. K. ]977. Groundwatrt
hydraulics
Water Resourccs
Publ ica t ions,
290p.
6- T OD O, D .
K. 1959.
Ground water hydrology N ew Y ork: J
7- W A LTO N , W C 1970 Groundwaterresource evaluation Sis«
Hill, 664p.
Capí tulo
21
DRENAGEM URBANA
Rubem Porto, Kamel Zahed F., Carlos Tuccí e Francisco Bidone
L I Conc ei tos
I lurante
m uito tem po o ob jetiv o principa l d a drena gem urb an a foi rem ov er
I I I I S pluvia is em excesso da form a m a is efic iente possív e l pa ra ev itar
II IIllI ilOS ,
pr ejuízos e riscos de inundações. A pa rtir de ta l en foque a s
I•
co n cent ra r am- se na execução de projeto s e ob ra s e na análise econôm ica
ltencffc ios e c us to s d es sa s m ed id as , d ita s e stru tu ra is .
M edid as estru tu ra is s ão n ec es sárias e m esm o essencia is pa ra a solução de
m ud e núme ro de p ro blem as de inun da çõ es urba na s. A experiência na ciona l e
I1I 1110lo na l most ra, entre tanto, que ta is m edida s, a lém de onerosa s, não
I'II
In
1
l ltl\m po r s i
só
solução efica z e sus tentáve l dos p roblem as m a is
1 III 'Iux os
de d ren ag em u rb an a.
íhore s soluções para esses problem as são a lcançada s a pa rtir de um a
1l Il 'l l l l\Il Sl lo m a is in teg rada do am biente urbano e da s re lações entre o s
I
'1 1 III IU I ue o co m põe m . D epen dem ta mb ém de u ma a tua ção m ais ab ra ng en te por
'1 1
dll~
res ponsáveis pelo setor que necessa riam ente deve env olv er a spectos
IIh
l
[nstlt ucio na is, tccnolõg íco s
e sociológicos. Em ou tra s pa la v ra s, o
11 1' 1 1 1 1 1 d o
que se en tende por dren ag em urb an a extra va sou o cam po restrito
da
• 1 I I I I I I In pa ra se tom ar u m p ro bl em a gerencial, com com ponentes po líticos e
I
dl'/l,lllos.
II ILI 1 110 dr enage m urbana é en tend ido aqui, no seu sentido m ais am plo ,
til
conjunt o de m edi das que tenham por objetiv o m inim iza r o s risco s a que
1'''I,,,h\~ 'ôos estão sujeitas, d im inuir o s p re juízos causados po r inundações e
,1111111111 de senv olvi m ento ur bano de form a harm ôn ica , a rticu lada e
1 1 \V ~ '1 .
dl ll'I'\(:S efi ca zes de drenag em urba na d ep en de m d os s eg uin te s fa to res:
pa ra
o
se tor que defin a obje t ivos
a
serem
ai s, in stituc ionais, técnic os e fina nceiros)
u p u ç ã o do solo urb ano dev id am ente
lp alm cntc no que se
,ulO, m~(1I0 o lons
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 2/21
8 0 6
Hidrollllll
prazos em toda a bacia, e integre as medidas de drenagem d
pluviais no complexo maior do ambiente urbano;
-exist êncla de entidade eficiente que domine as tecnologias ne
implante obras e medidas, desenvolva atividades de c omunicaç
promova a participação públ ica, estabeleça critérios, a p l iqu
normas e , enfim, exerça, de forma positiva, a liderança do setor:
- domín i o
da tecnologia adequada para planejamento, projeto,
COJlH IIU l'R ••
operação das obras; e
-organização de campanhas de educação e esclarecimento d n 1 1 1 '1 11 1
pública.
21.1.1 Impactos da urbanização
As conseqüênc ias da urbanização que mais diretamente intcrfOrtlll1
drenagem urbana são as alterações do escoamento superficial
dhullI I
alterações podem ser dramáticas como mostra a figura 21 .1 qu e 1 '1 '1 1 1 1 1 1 1 11
crescimento das vazões máximas de cheia, com a área urbanizada
dll 111 11I
área servida por obras de drenagem. Para os casos extremos,
vor lfluu '. '1
pico da cheia numa bacia urbanizada pode chegar a ser 6 vezes
mntrn
dll '1
11
pico desta mesma bacia em condições naturais.
Vazão
R=~
Vazao
tOO
lIt
o
. .
:I
~ 60
o
u
E
8 6
c: J
eu
• ..
'c :J
c : J
g
E
eu
o
~ 20
c:
eu
u
-
e u
o ..
1--1
O
20
. o
no
'10
1r 'l 1
~
11rll
Z
1 .1 . IU lm
tllI Ulhllllll,lllllllI 101110 1\ Vl I rn ll 1I111~1l1111
(l,IJ('llltlíi
Drenagem Urbana 807
A Figura 21 .2 mostra como se inter-relacionam os diversos processos que
correm em uma área urbana e a tabela
21 .1 .
explícita melhor as relações de
ousa e efeito. Verifica-se que os problemas resultantes desses processos
re fe re m -s e principalmente ao aproveitamento de recursos hídr icos, controle de
po lui ção e controle de inundações. Soluções efic ientes e sustentáve is para
ses problemas são aquelas que atuam sobre as causas e abrangem todas as
relações
entre os diversos processos.
As conseqüências da urbanização sobre o cl ima, contrariamente aos im-
pn cto s hidrológicos, são de pequena escala (tabela 21.2) mas podem, a longo
pI 'OZ O, introduzir alterações significativas no balanço hídrico, com impac tos in-
rlu si v e sobre a qualidade das águas devido, por exemplo, a alte rações da qual i-
rlndc
das águas de chuva, diminuição de vazões mínimas, etc. A variação do
uticroclima
de áreas urbanas tem sido objeto de pesquisas nas últimas décadas.
qu ant i f ica ção
dessas variações
é
bas tante difíci l, pois os processos se desen-
vo lve m
de forma lenta e contínua.
Tabela
21 .1 .
Causas e efeitos da urbanização sobre as inundações urbanas.
CAUSAS
EFEITOS
Impermeabilização
Maiores picos e vazões
Redes de Drenagem
Maiores picos a jusante
Lixo
Degradação da qual idade da água
Entupimento de bueiros e galerias
Redes de esgotos deficientes Degradação da qualidade da água;
Molést ias de veiculação hídrica;
Inundações.conseqüências
mais sérias
Desmatamento e
Desenvolvimento Indisciplinado
Maiores picos e volumes;
Mais erosão;
Assoreamento em canais e galer ias.
Ocupação das várzeas Maiores prejuízos;
Maiores picos
Maiores custos de utilidades públicas
.ICUIJ I\< lI\CI ,111 lIulll
de lotcamcntos
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 3/21
808
Hidrologia
executados sem condições técnicas adequadas; b) ocupação de áreas
impr ópr in
(principalmente várzeas de inundação e cabeceiras íngremes); c) proliferaç
de favelas e invasões e d) ocupação extensa e adensada dificultando 1 1
const rução de cana lizações e e liminando áreas de armazenamento.
Figura
21 .2 .
Processos que ocorreram numa área
urbano (I
(,,11, III/ ( I)
Tabela 21 .2 . Alteração de parârnetros clirnãticos dev id o \ldll \l ll /l l~ 'nll
(Landbcrg, 1970, citado por U; 1I 1\1 'II,
1 9 R 5 ) .
Elemento
/VarlaçãO
em rclllçlto ~
I'l llli 111 1111
-
I
1 0 / 1 1 1
I.r ., 1 ,0 O .. .
II
H %
I()()%
l l lal O i
111 111 1
01111111'
111 1\11 1I
J
Drenagem Urbana
809
Conseqüências do comportamento político e administrativo: a) o crescimento
acelerado acirra a disputa por recursos entre os diversos setores da
administração urbana e faz prevalecer a tendência de atuar corretivamente em
pontos isolados; b) medidas para disciplinar a ocupação do solo são
dificultadas por conflitos de interesses e c) políticas de médio e longo
prazos são invariavelmente relegadas a segundo plano.
o impacto da urbanização tende a aumentar a necessidade de ampliar a
capacidade dos condutos com conseqüente aumento de custo. Normalmente este
processo evolui a partir das pequenas áreas dentro de um contexto de
aprovação de loteamentos. A drenagem secundária, que são os principais
condutos pluviais são sobrecarregadas pelo aumento do fluxo, mas os impactos
maiores ocorrem sobre a macrodrenagem.
A ocupação da bacia
hidrográfica
tende a ocorrer no sentido de jusante
para montante, devido às característ icas do re levo. Quando o poder público não
xm trola
a urbanização indi sc iplinada das cabecei ras da bacia ou não amplia a
.apacidadc de macrodrenagem, a freqüência das enchentes aumenta s ignificati-
vamente, provocando a desvalorização de propriedades e prejuízos periódicos.
Nesse processo, a população localizada a jusante, sofre as piores conseqüênci-
IIS, em razão da ocupação a montante.
As questões básicas neste caso são: a) os custos de ampliação da macro
drenagem devem ser pagos por toda a comunidade?; b) será factívcl impedir a
ocupação dessas áreas? As pressões para ocupação do espaço urhano e as inva-
õ cs
tornam dif ícil esse controle. Portanto, dentro da realidade hrasile ira essas
questões não parecem ter respostas,
já
que dificilmente será possível impedir o
lotca ment o
ou ocupação de áreas vazias, se o poder público não desapropriá-Ias
, ocupá-Ias de forma adequada.
A resposta técnica a esse processo é o disciplinamento da ocupação ur-
hn na através de uma densificação compatível com os riscos de inundação.
Pu ra
tanto, é necessária a
qu an tifica ção
do impacto das diferentes condições
dl.l
urbanização
sobre o escoamento. No planejamento do espaço, existem várias
medidas
de controle que podem ser adotadas, antes que o espaço seja
ocu-
p u d e , para minimizar as enchentes. Algumas dessas medidas são o uso de
pequenos
reservatórios em parques e o controle sobre a impermeabilização
I i
IS
lotes, ruas e passeios. Esse tipo de controle pode ser exercido nos estágios
uiciais
de desenvolvimento urbano com recursos relativamente limitados. No
- n t n n t o , se as n ç õ c s forem retardadas e a população ocupar os espaços, as
1111\(,Ô CS terão custos muito nlros .
As
so luções estruturais como ampliação
1111 cnlh» Llos riw'l,
litltlVÓ~
d/I /-Ie11 uprofundnmcnto ou
alargamento, construção
.111 II~N~I'VIl161iO MII /lIq lll lti, 1 'IIII 'l ' I lIl tro s, su o s()lu,ocs tlllC po d e m ser evitadas
1 1111 () p lllll ujl11l1l lll t/1 rln 1111111111;'1/1
\11
1111111.
IhlVl' -lor c,ollllldonldo
ai nda q ue
111 /\ \11 1111. dnHH IIH '111 111 1,(1 111. li IIIIIIIIIiIM 1 ,11111111111 ('N I'( llllI l 'll lll l' podt' lIlll? ,rtlVl lf
I ' 11111111111\;11\1 I1I1 11 111111 '1 1 ' 11 111 11 I ,111 111 \1 lu
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 4/21
810
Hidrologla
21.1.2 Planos diretores de drenagem urbana
A elaboração de planos dire tores de drenagem urbana é medida altamcnt
recomendável e constitui estratégia essencial para a obtenção de bon
soluções de drenagem urbana. Planos bem elaborados possibili tam:
-estudar a bacia hidrográ fica como um todo e , conseqüentemente , chegar
soluções de grande alcance no espaço e no tempo, evitando medidas
d
caráter restrito que não raro apenas deslocam e mesmo agravam
1\
inundações em outros locais;
-estabelecer normas e critérios de projeto uniformes para toda
a
bl lt111 l,
tais como o período de retomo a ser adotado, gabaritos de pont
travessias, etc;
-identificar áreas que possam ser preservadas ou adquiridas peIOI)(Jlh',
público
antes que sejam ocupadas ou seus preços se tomem
proib lt lv rn ;
-e laborar o zoneamento da várzea de inundação;
-estabelecer o esca lonamento da implantação das medidas necessãrlns 1 1 ,
forma tecnicamente correta e de acordo com os recursos
dispon ív c ls:
-possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmônica
)1 1 · 1
art iculação do p lano de drenagem com out ros exi stentes na região
(plllllll
viários, de transporte público, de abastecimento de água, etc);
-esclarecer a comunidade a respeito da natureza e
magn itu de
,til
problemas e formas de solução propostas;
-dar respaldo técnico e po lít ico
à
solicitação de recursos c
-privilegiar a adoção de medidas preventivas de menor custo
ti
nHlIlJ
alcance.
I I
I
Etapas
o
processo de plane jamen to de uma bacia urbana é
con sti tu ído
~ llIl\ll iU '11l
das seguintes etapas: a) determinação das características
da hlllllll. h
simulação do comportamento hidrol6gico da bacia para
condições
1 11 1 1 1 11
futuras; c) identificação das possíveis medidas estruturais c nftO U III11I111l 1
cabíveis; d) elaboração de cenários que quantitiquem os
I,l~IlIII\ .
t i
diferentes políticas de atuação; e) delineação da várzea de I t l l u H h l l , n ,
I
quantificação dos efeitos da aplicação do plano
em
tO flllO /I til
benefíc ios e efic iência da consecução dos seus objetivos.
Princípios
Alguns princípio
de drenagem urbana
fU ~O /l do IJJ :'O (lOSP/O , ~M
Drenagem Urbana
811
- o subsistema de drenagem é parte de um ambiente urbano muito mais
complexo e deve ser art iculado com os ou tros subsi stemas.
O
subsistema
de drenagem não deve ser um fim por si
sõ ,
mas um meio que possibilite a
melhoria do ambiente urbano de forma mais ampla;
- várzeas de inundação são áreas de
escoamento
e armazenamento naturais
cuja conformação foi delineada pelo pr6prio rio. Nenhuma ocupação da
várzea pode ser fe ita sem que se tenha de adotar medidas compensat6 rias
muito onerosas. A preservação da várzea é invariavelmente a solução mais
bara ta para os problemas de inundação, a lém de oferecer outras vantagens
como preservar o ecossistema, criar áreas verdes e oportunidades de
recreação;
- águas pluviais requerem espaço. Uma vez sobre o solo, a água irá
escoar exista ou não um sistema de drenagem adequado. Sempre que se
elimina o armazenamento natural sem que se adotem medidas
compensat6rias, o volume eliminado será exigido em outro local. Canais,
galerias, desvios e reversões deslocam a necessidade de espaço e devem
ser projetados tendo esse fato em vista. Em síntese, todo o problema de
drenagem
é
um problema de a locação de espaço e
- quant idade e qua lidade da água são variáve is do mesmo problema e devem
ser consideradas em conjunto. Em áreas onde a qualidade da água está
dete rio rada , as conseqüênc ias das inundações são mais g raves e medidas
como, por exemplo, a construção de reservatór ios de amortecimento podem-
se se tomar
ínviãveís .
Ao contrário, águas pluviais de boa qualidade
constituem recursos potencialmente utilizáveis para irrigação,
abastecimento industrial, recarga de aqüíferos, reservat6rios de
recreação, combate a incêndios, etc.
Um plano diretor de drenagem urbana é, em princípio, uma peça técnica e,
portanto, deve ser elaborado por equipes competentes que utilizarão as
fe rr am ent a s
tecnol6gicas mais adequadas a cada caso. Constitui também um
documento de valor político importante e, portanto, é essencial que conte com
11
apoio da comunidade e dos poderes decis6rios. Diversas estratégias podem
r
utilizadas para conferir peso político ao plano. Entre outras pode-se,
pur exemplo, atribuir força de lei ao planejamento, obter o apoio da
u ru u níd a d e
através de campanhas de comunicação soc ial
e
constituir fundos
Ilunncciros pa ra
garantir fluxo estáve l de recursos.
t.2 Hldroloala urbana
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 5/21
812
Hidrologia
ser bastante simplificado e geralmente se limita ao estudo das cheias.
A figura 21.3, adaptada de Ha11 (1984) ilustra o procedimento padrão de
um estudo de drenagem urbana em 5 passos. Estes passos constituem uma
metodologia de proje to que deve estar necessariamente subordinada
à
política
do setor, conforme visto anter iormente.
Nessa figura a determinação da tormenta de proje to, da chuva excedente
do hidrograma de projeto pertencem ao campo da hidrologia urbana. O passo
I,
escolha do período de retorno, situa-se em um contexto socioeconômico,
enquanto o passo 5, dimensionamento de estruturas hidráulicas e/ou definição
de outras ações, referem-se
à
fase de projeto das medidas a serem implantada
na bacia.
Os processos hidrol6gicos contidos nos passos 2, 3 e 4 forno I
apresentados em outras partes deste livro, principalmente nos capítulos 5, I),
11, 14 e 16 e, portanto, o texto seguinte se limitar-se-á a discutir
aspectos. de interesse específico da drenagem urbana.
21.2.1 Bacias pequenas
e
médias
As técnicas hidrol6gicas de estudos de drenagem urbana
apl ica m -ao
11
bacias hidrográficas de pequeno ou médio porte e, portanto, é im portnnu
dispor de algum critério de distinção entre essas bacias para poder
csc nlhn
os métodos e os parâmetros hidrol6gicos mais adequados
a
cada tipo
de blH 111
A distinção entre esses tipos de bacia será sempre
im pr cc lsr,
I
dependente de certo grau de subjetividade, dada a natural variuçrto d u
parâmetros que influem no comportamento hidro16gico da bacia. Os odt ~d ll
.m ai s
comuns, ent retanto, classi ficam como bac ia pequena aquela
cu]a
,fiOU lI
drenagem seja infer ior a
2,5
km2 ou o tempo de concentração seja infodw 1 1
t
hora. Para bacias médias os limites superiores são, respectivamente,
J O O O ~
11 1:
e 12 horas.
As princ ipa is conseqüências dessa classi ficação referem-se
à
eSQol
d,
método para cálculo das vazões cheia e
à
forma de determinar
os
plllOIlH'flll
hidrol6gicos utilizados nesses métodos. Em bacias pequenas
usa -se o l'It~llIIt,
racional (capítulo 1 4) , porque as hip6teses deste método nd equ n
características de comportamento hidrol6gico dessas
b n c r a s. M
»1 1 1 1 1 II lh
II
médias normalmente se utilizam técnicas baseadas
na
tcorlu do
IIhhll IHIII
unitário, porque estas permitem considerar
a
variação dl\ intul\sltllldu dl\ 11111\I
no tempo e o amortecimento
na
bacia.
A apl lca ção do método
l'Hulolllll
I I 1 1 1 11 I
médias não é recomendável, porque
sup cr cs tlm a 115
Vtli'.OUII
10 1
A tabela 21.3 auxilia
f i
cscothu c i o In é tod () de oI11t'ul()
(I
aponta os atributos que elevem
tlNlnr 1 '' 'O~ C lllt O Il 11 0 lIlólodn t J a ~ l n l h
da classificação dn
br'('(11 C '( )
111 0 p(.1 '1l1 t11l1 l 011 11I ~«III1.
Drenagem Urbana
813
Pol (t ic a: Propósitos, Estratégia, Planejamento
Aspectos
Sociais e
Econõmicos
P A S S O
Escolha do
Período de
Retorno
I L---
I~
.. o '· . _ .
_ _ _ _ _~==========~· I
Determinação da
Tormenta de
Projeto
Figura 21.3. Seqüência de passos de um estudo de drenagem urbana.
,
, - - - - -
I .
I ;
Meteorot oqio
P AS SO 2
Hidrologia
Pedologia
Uso do Solo
P A S S O 3
P AS SO 4
Hidrologia
PASSO 5
Hidráulica
1.2.2 Escolha do período de retorno
Determinação do
Escocrne nto
Superficial Direto
Perío do de reto rno 6
Determinação das
Vazões de Projeto
Dimensionamento
das Estrut uros
H i dróulicas
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 6/21
814
Hidrologia
qual o risco aceitável pela comunidade. Evidentemente este é um critério a
ser definido em esferas políticas, uma vez que, pelo menos teoricamente, é a
pr6pria comunidade e seus representantes que deverão decidir o grau de
proteção desejável e o quanto estão dispostos a pagar por ele.
Tabela 21.3. C lassificação de bacias (ponce,1989).
Característica [Bacia pequena [Bacia média
Variação da intensidade da IConstante
chuva ao longo do tempo
Variável
Uniformiuadc da chuva no IUniforme
r spaço
Uniforme
Escoamento superficial
Predominante em lem superfícies e
superfícies canais
desprezível
rmazenamento na rede de Idesprezível
canais
Estudos econômicos podem orientar a escolha do período de retomo,
IIIl'N
1\
necessidade de considerar custos e benefícios de difícil quantificação,
I
ainda mais, a impossibilidade de levar em conta uma série de aspec tos li
eticamente não devem ser expressos em termos monetários, limitam baSlnnlu 1\
ap licação de métodos puramente econômicos para o estabelecimento do pljl'lllIll
de retomo. Em áreas urbanas a situação é ainda mais complexa, uma ve'/,
qll
quanto maior o período de retomo maior será o porte das obras
c, p e l l 1 1 11 1 1 11 ,
não s6 o custo será maior mas também a interferência no ambiente u rbun«
Por interferência no ambiente urbano devem ser entendidos
aspectos
l'lllIlIl
relocação de populações, desapropriações de imóveis, in terrupções U I J 1 M 1 1 1
111
prejuízos ao comércio durante as obras e uma série de outras
pc rtu rb nçoo«
1
ses fatores significam custos adicionais e também têm impl
íca çõ cs
poli li
'1 1 '1 1 1
difícil tratamento. É comum, portanto, o equívoco em escolher perfodoN
d i
1 1
torno pequenos para minimizar custos e interferência. Ta l atitude (e m I lVIIII.I
velmente conseqüências adversas, pois encoraja a ocupação d e tírllllll 11111
1 1 11
1'1111
devido à falsa sensação de segurança.
As
dificuldades em estabelecer objetivamente
o período
(lu I'llllllllll 1 1 1 .
I
111
com que a escolha recaia sobre valores
aceitos do
rO I 1\ 11\
mllls ou
IIltlllll .11111,1
pelo meio técnico. Muitas entidades
fixnru os
pcr(odoN <lu
renunn
juuu
dlvll
tipos de obra como
cr
i t é :
io d e
prn.lultl,
O s
VH IO ltlN dllllllllllll .'
I
,1 lll h lll 11111111111lj
cnconundos 11I1Illcl':IIIII'11 It~('III('1I
1 1
)I\Ui\/(
'H 'J 'H SII,
IIIHO ti
dot ll
I 1l111iI1i l
11111
'OIlNCWH
1 1 \1 tll
11111'1110/11
Drenagem Urbana
815
Tabela 21.4. Períodos de retomo para diferentes ocupações da área
(DAEE/CETESB.1980).
Tipo de Obra
Tipo de ocupação da área T (anos)
Microdrenagem
-Residencial
2
Comercial
5
Áreas com edi fícios de serviços ao público 5
Aeroportos 2-5
Áreas
comerciai s e artéri as de tr áfego
5 - 10
Macrodrenagem
Áreas comerciais e residenciais
50-100
Áreas de importância específ ica
500
A diferença entre os conceitos de período de retomo e risco é
importante' para a escolha do valor desejado. Entende-se por risco a
probabilidade de uma determinada obra vir a falhar pelo menos uma vez durante
ua vida útil. Esse conceito leva em conta que uma obra projetada para um
período de retomo T expõe-se todo o ano a uma probabilidade lff de vir a
falhar.
É
intuitivo que ao longo de sua duração essa obra terá um risco de
falha maior do que lff. porque se exporá repetidamente a essa probabilidade.
risco é (capítulo
4)
1 N
R =
100 [ 1 -
(1 - - )
T
(21.1)
in de R = risco em porcentagem; T = período de retomo; N = vida útil da obra
manos.
Como se observa na tabela
21 .5 ,
as obras de drenagem urbana buscam
loduzir a freqüência de inundação ao longo de sua vida útil. Para uma obra de
v i d a útil de 50 anos (normal para obras de drenagem urbana) os riscos são
pr nrlca m ent e de 10 0 % . Portanto. observa-se que: - o objetivo principal das
hrus
de microdrenagem é esgotar as vazões oriundas das chuvas mais
hcqücntes
e implicitamente admite-se a ocorrência de alagamentos eom
11~'qUenciarazoavelmente alta; - as obras de macrodrenagem não constituem
IIluçno definitiva para os problemas de inundações e é conveniente que sejam
r umplcmcntadas por outras medidas que visem aumentar a proteção oferecida
11t'l11\~bras.
1 .2,3 Cálculo d Q tempo d e conce ntração
. 1 1 1 I
1 11 I I
1 \ chu va e x c ed ent e (p a ss o s 2 c 3
I D
pl o o o u d o
I l l d r o R fn m l l
d o
p r o j e t o
11 1 1 1 11 11 1 1
n O I l
c .H \ p f l 1 ll l1 lA
II n 1 1 1 ,
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 7/21
81 6
Hid ro log ia
E ss as té cn ic as tra ns fo rm a m u m h ie to gra ma d e ch uv a ex ceden te (en tra da no
si stem a ) em um hid rogram a de v a zões pe la a l ter aç ão d a fo rm a d o h ie to gra ma
de
ent ra d a .
T abe la 21 .5 . R isco R em % pa ra d ife ren tes v a lo res de
T
e N .
T ( an os )
V ida ú til da ob ra (a nos)
2
5
25
5 0
10 0
2
75
97
99,9
99 ,9 99,9
5 36
67
99,6
99,9 99,9
10 19
41 93
99 99,9
25
8
18
64
87 98
5 0
4
10
40 64
87
10 0
2
5
22 39
63
5 00
0,4
1
5
9
18
O s p ar âm etr os q ue con tro lam a fo rm a do h id rogr am a têm dim ensã o
dó
Il'lIll
l1
'
e o s m ais com uns são o tem po de concentração , te , o tem po de
reta rdnnu-uíu
ti, e tem po para o p ico,
tp,
qu e fora m des crito s n o ca pítu lo 11 . U m a V IJ'I, 1111I
estes p arâm etros estão re la c ionados entre si (equ a çõ es 11 .24 11 1 1 . ' 11
t ra ta r -s e- á a q ui a pen as d o tem po d e co ncen tr aç ão.
E xiste u ma g ra nde q ua ntida de d e fórm ul as que fornecem o v a lor
{ lu
11 l i
função de ca ra c te rística s da ba ci a (á rea, decl ívidadc, c omprim eut n d i
ta lvegue , rugo sid ade da s superfí c ies e out ras ) e, eventualrucntn, 11
in te ns id ad e d a c hu va . E ss as fó rmu la s têm orig em em estu dos expcr lm e nt nl s
1\1
cam po ou de la bo ra t6 rio e , port an to , dev em s er a plica da s em co nd içO l' I JI l
a pr ox im e m d aq ue la s pa ra a s qua is fo ram d eterm inadas .
A d ispersão de res u ltados entre e la s pode ser mu i to
g r t t n d • . •
(1 982 ) m ostra u m ex em plo no qua l , p a ra a m esm a bac ia u rb ann, 1\
f6 rmula s m ostra ram v a lores v a r i a ndo en tre
9
e 36 m ino A s
V H Z
correspondentes
(T
= 25 anos) v aria ram ent re
3,3 e 1,8
O1
3
/ s A doi
do tem po de concentração por m eio de fó rm u las
cmpírious 0 1 1 1 I
imprec isõ es e inc ertez a s signi ficativ as que se dev em
ao tipo ri
que cada fórm u la p rocu ra repr esent a r .
Nesse aspecto
dist
il1gl1l.l11l
de es co am en to :
- es coam ent o em sup crf fcics , o
do água es coando so br o p la no :
vcloc ld u d
dcp(.ll1(klll tlll
dccllvl dnd
hlltlllSldllllo
d a o l n iv n .
0111111 I'
D re na ge m U rb an a
81 7
~
,u
m ai o r do que 5 0
a
100 m etro s as fórm u la s que refle tem este tipo de
es co am en to s ão a plic áv eis
a
parques de es ta c ionam en to , a eroporto s e
b ac ia s u rb an as m u it o p eq ue na s. F 6r m ul as d es se ti po g er al m en te a pr es en ta m
o va lo r de te em função dos fa to res a cim a re lac ionados;
- escoa men to em ca na is n atura is, prev alecem em ba cia s d e m aio r p or te e m
que os cana is são bem defin ido s. A s v e loc idades são m aiores que nos
ca sos ac im a, pois os cana is conduzem a água de form a m ais efic iente .
N essa s b a c ia s o v a lo r de
te
dep end e m en os da ru ga s id ade da su perfíc ie e
d a in ten sid ade d a ch uv a, p ois o tem po em qu e o es coa men to o co rre sob re a
s up erfíc ie é m en or q ue n o c an al . U su al me nte a s f 6rm ul as q ue re pre se nta m
esse tipo de escoam en to ap resen tam o va lo r de tc em função do
com prim en to do curso de água e de sua dec liv id ade , e
- escoam en to em ga lerias e cana is a rtif icia is, p rev a lecem em bacia s
c uja s c on diç õe s n atu ra is f ora m s ig nif ic ativ am en te m od ific ad as p or o bra s
d e d ren agem e a s v elo cida des s ão ev iden tem en te m ais a lta s qu e no s ca so s
ante riores. A lém dos já c ita dos, o v a lo r de te é no rm a lm en te ex pre ss o
ta mb ém em fu nção d e p arâm etros q ue refle tem as a lte ra çõ es in tro du zida s
ta is : com o a pa rce la da ba c ia que con ta com sistem as de d renagem ou a
e xte ns ão d os c ur so s d e ág ua c an aliz ad os.
/}
E m u ma ba cia u rb an a no rm alm ente estão p resen tes os três tipo s de esco a-
m ento s co m m aior o u m eno r sig nificad o, dep end en do da s cara cte rís tica s d a ba -
ia ,
A
segu ir são ap resen ta d a s a lgum as da s fó rm ula s m ais u tiliza da s (K ib le r ,
1982)
a co m pa nh ad as d e c om e nt ário s pa ra o rienta r a esco lh a a de qu ad a. N as
equa-
- õ e s a seg uir te é o btido em m in uto s.
Klr pi ch :
te
=
3,98 9 L 0,77 S -0,385
(2 1 .2)
nde L
=
co mp rim en to d o ta lv cg ue em km ; S
=
d ec liv id ad e d o ta lv eg ue e m m /km .
A
equa ção fo i desenv olv id a com dados de
7
p equ ena s b ac ia s ru ra is do
'lenessee
com d ec li vi da de s v ar ia nd o d e
3
a
10%
e área s de no m áx im o 0,5
krn .
llmbora
a s in fo rm ações qu e
a
fó rmula n ec es sit a
(L
e
S)
se jam um a ind ica ção de
111 10
e la re fle te o e scoa m en to em cana is, o fa to de te r sido des en volv ida pa ra
IlIlciu1.l tão pequ enas é um a in dicação que os parâmetros dev em representa r o
;(IIlJ1 1C nlO
em
sup erf ície s.
Ou and o o v a lo r L é sup er io r a 10 km a fórm ula
11l1l'ÚC O subes tim ar o vulor de te ,
c 'nllfurnla ()ulvi'I'(1I 1 1 l 'l u 'H , '
r 1.
1
,155 li -0,38
(21 .3)
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 8/21
818
Hidrologia
onde H
=
diferença de cotas entre a saída da bacia e o ponto mais alto do
talvegue em m. Essa equação é uma modificação da anterior, substituindo-se
S=
L/H.
Federal Aviation Agency:
te = 22,73 ( 1,1 -
C)
L°.sO
S·0,33
(21.4)
onde C = coeficiente de escoamento do método Rac iona l. Desenvolvida par
drenagem de aeroportos, é vá lida provavelmente para os casos que predomina
O
escoamento em superfícies de pequenas bacias.
Onda Cinemática:
te
=
447 (n L)O,6S
0,3
I
·0,4
(2U)
onde n = rugosidade de Manning; I intensidade da precipitação em mm/h. BUlI
equação foi deduzida a partir das equações de onda cinemática apl icadn 1 \
superfíc ies, baseando-se na hip6tese de precipit ação constante igual ao tOl)lPl1
de concentração e na equação de Manning. Essa equação é adequada
1
11 11
pequenas bacias onde o método racional pode ser aplicado e a
supcrf f
predominante.
SCS Lag fórmula:
1000
te
=
3,42 L
0,8 ( __
9
)0.7
S·O,5
CN
,L(
onde CN = número da curva (método SCS); te em mino L em krn c S 0111111/111
fórmula do SCS foi desenvolvida em bacias rurais com áreas de drenllgolll
dll 111 1
km
2
e reflete fundamentalmente o escoamento em superfícies. PaI'H nplH'llI,nll1111
bacias urbanas o SCS sugere procedimentos para ajuste
em função
< l u
~1t'1 I 11111
1
meabilizada e da parcela dos canais que sofreram modificações,
E lsl I
r6l1l1nlll 'lI'
restima o valor de te em comparação com as expressões de Kir pich e I)( )(
1 1 .1
SCS - método cinemático:
te
=
1000 \:-
O L V
l U
trec h
Drenagem Urbana
819
em que predomina o escoamento em superfícies ou em canais mal definidos, a
velocidade pode ser determinada por meio da tabela 21.6. Em canais bem
definidos e galerias deve ser usada a f6rmula de Manning.
Tabe la 21.6. Velocidade médias para cálculo de te em ml s
Descrição do Declividade em
%.
escoamento
0-3
4-7 8-11
12 -
-E m
superfície
florestas
0-0,5 0,5-0,8 0,8-1,0 1,0-
pastos 0-0,8
0,8-1,1 1, 1-1,3 1,3-
áreas cultivadas
0-0,9
0,9-1,4 1,4-1,7
1,7-
pavimentos
0-2,6 2,6-4,0 4,0-5,2
5,2-
-em canais
mal definidos 0-0,6
0,6-1,2 1,2-2,1
bem definidos
ca lcu lar pela f6rmula de Manning
Oooge:
te
=
21,88 A
0,41
S·O,17
(21.8)
Foi
determinada com dados de 10 bacias rurais com áreas na faixa de 140
I I 930km
2
, Seus parârnetros ref letem o comportamento de bacias médias e
coamcnto predominante em canai s.
Das equações apresentadas pode-se concluir. o seguinte:
. a fórmula de Kirpich foi obtida em pequenas bacias rurais com canais
bem definidos e declividades a ltas.
É
de se esperar , portanto , que fo rneça
bons resultados nestas condições. Canais bem definidos indicam que os
escoamentos ao longo de seu curso prevalecem sobre os escoamentos em
superfícies. Indicam também que as bacias não são muito pequenas (prova-
velmente A> 2,5 km-). Entretanto, à medida que o parâmetro L cresce, a
velocidade média de escoamento atinge valores grandes e pouco real istas.
Para um a dcclividadc de 0,003
mim
a velocidade chega a 3,12
mls
para um
.omprirnonro
I,
do 100
krn .
• a f6rmuln
d l\
ondn cinemãtlca é
1\ solução te6rica das equações que
I'CaCI1l
o CH OOlllllf1 I1I () I II lIII ll .. ,n lo em um
pl a no
e
6 de
se
esperar que funcione
bem em Jl ~' ql lo IH I I hllL'IIII, lum VI :'1 .que, nes te caso, pre v a lece esse tipo
de
'M ~ ()III II()1I10,
A 'flllIl~lIllll\ ~ d o (1110
H
VII)M ( t o
10 Si JJI I
s u p c r c s t ím n d o , ~
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 9/21
820 Hidrologia
medida em que a bacia aumenta.
- a f6rmula da FAA - Federal Aviation Agency deve representar bem os
escoamentos em super fície, uma vez que foi desenvolvida para situações
em que prevalece este escoamento.
- a f6rmula do SCS parece superestimar o valor de te para va lores baixos
de CN. De fato, essa f6rmula s6 apresenta resultados compatíveis com as
outras para CN pr6ximo .de 100 e para valores de
L
menores do que 10
km ,
o que geralmente corresponde a bacias com área de drenagem inferiores a
15 km-.
O
termo [(1000/CN) - 9]°,7 é um fator de ajuste que varia de
'I,
para CN
=
100, até 5,3, para CN
=
50. Para CN
=
100 a equação fica'
te = 3,42
L
0,8 S -o , s
(21.
que fornece valores de tc pr6ximos aos fornecidos pela f6rmula de Do
para L até 10 km. Verifica-se que o tempo de concentração é multo
sensível ao valor de CN e, como este parâmetro é um indicador
dn
condições da superfície do solo, a f6rmula do SCS aplica-se a
situaç õr
em que o escoamento em superfícies é predominante.
- de maneira geral as f6rmulas analisadas apresentam comportamento
semelhantes a té
L
= 10krn e, a partir daí, passam a divergir.
H
comportamento é esperado, uma vez que os estudos que as
origi nunun
referem- se, de forma geral,
a
bacias desse porte.
- o método cinemático é o mais correto do ponto de vista
conce ltnnl,
pois permite levar em consideração as características espec íflc ua
dl
escoamento da bacia em estudo. É também o mais trabalhoso, pojs
c x
divi são dos canais em trechos uniformes e a determinação do MIIII
características hidráulicas para a aplicação da fórmula de Mann1118.
- a fórmula de Dooge foi determinada a partir de dados obtidos
d o I
de maior porte que as demais. É de se supor, portanto. < 1 \1
parâmetros ref li tam melhor as condições de escoamento em caJlIII~.
Tendo em vista as discrepâncias apontadas, recomenda-se o
se guh u«
1 1)
sempre conveniente calcular a velocidade média
do
escoamento
1 1 1 1 1 1 m 1 1
compará-Ia com os valores fornecidos pela tabela 21 .6, a vc lce kla d e
1 1 . 1 1 1 . .
obt ida por V = L/te; b) alguns parârnetros da bac ia,
r n í s
como ()
o O I · l h 11111
de escoamento superficial direto, rugos ldad c, (, o nõm cr o ti
OUI VI\,
determinados com grau de incerteza relativamente
a lto . Ú conv e n lc u ro
PIIIII''':'
à análise de sensibilidade do
hidro gram a do pro jeto
Q()Il\ r e h W n o 1I 1.1.
parârnetros,
21 .2 .4
nrt llto ll
d I' ur hlllll:t.II,'n I
0 1 1 1U 1 \
VI I1
n u m . l x l ll l
, 1 1 1 1 1 , lJ l1ll\1ll I 1I1
r l / 'o h n
I\('
1 1
Drenagem Urbana
821
obtido a través das equações do método do SCS (capítulo 11). O método do Soil
Conservation Service recomenda que o valor de CN, para uma ocupação mista
do so lo, se ja calculado pela média ponderada dos CNs, adotando como fator de
ponderação as áreas correspondentes a cada valor de CN. A expressão usada
para uma bacia urbana é:
CNm
=
p CNp
+
i CNi (21.10)
onde CNm
=
número da curva para ocup-ação mista; CNp
=
número da curva da
parcela permeáve l da bacia; CNi = número da curva da parte impermeável da
bacia. Admite-se CNi = 95; p = fração permeável da bacia; i = fração
impermeável da bacia i = 1 - p.
Os parâmetros de forma de hidrograma (te, tp, etc.) devem também ser
ajustados, pois as velocidades do escoamento na bacia também se alteram.
O
SCS propõe a seguinte f6rmula para ajuste de te (Me Cuen, 1982).
FA =
1 - PRCT(-6789 +335CN - 0,4298CN
2
-
0,02185CN
3
)
10.
6
(21.11:
onde PRCf
=
a porcentagem do comprimento do talveguemodificado ou então
a porcentagem da bacia impermeável. Essa equação foi a justada às figuras apre-
sentadas no capítulo 11. Caso Ocorram ambas as modificações o fator é calcula-
do duas vezes, uma vez para PRCf
=
PLM( onde PLM é a porcentagem do
comprimento modificado) e outra para PRCf = PI (em que PI é a porcentagem
impermeabilizada da bacia). O fator de ajuste f inal , FA , é obtido pela multipl i-
cação dos dois valores anteriormente calculados. Segundo o método do SCS, na
fórmula acima deve constar o valor de CN correspondente
à
bac ia modi ficada e
não o valor de CN da bacia rural.
Exemplo
n.i. Um a
bacia de 3 km
2
tem declividade 2%, comprimento de 3,5 km e
010
tipo
B.
Atualmente é toda ocupada com pastagem, mas os planos de
desenvolvimento da bacia prevêem que 33% da bacia ficará impermeabilizada e
q u e 700m do cõrrego serão canalizados. Estime o valor de CN e te para as
condições futuras da bacia.
SOlução - a) condições atuais: para solo do tipo B, ocupado com pastagens ,
tem -s e CN
=
59 c da f6rmula do SC S para o tempo de concentração:
IC •
3,4 2
X 3,f't
l
((1 000/5 9) - 9)]°,7/
0
,02°,5
= 281 min
1 1 1 1 I l'oR pond
sm coro 11 1 1 bncla d e
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 10/21
822
H ll lw ll l l '
v
= 3,5/(281 x 60) = 0,21 m/s
que é muito baixa.
b) ajuste para condições futuras: - no ajuste de CN a condição p,
33% impermeável (CN = 95); 67% continuarão como pastagens
CN
portanto, a média ponderada será
CNf = 0,67 x 59
+
0,33 x 95 = 71
No ajuste de te, aplicando a fórmula do SCS para o novo ('N,
1 i]1
te = 3,42 x 3,5°'
[ 1000nO -
9]°.7/
0
•
02
°,5 = 206 min
A velocidade média do escoamento será
v
= 3,5/(3,43 x 3600) = 0,28 m/s
Entretanto, conforme recomenda a metodologia do SCS,
1 1 1 1 1 I 11 1 11
f i
1 \ 1 1 1
dade de ap licar os fa tores de a juste para PLM e PI, pois
só
ti
t'(
1 11 \ ;/ 11
, 1 0 .1
t
para CN =
71
não ref lete totalmente os efeitos do
des envo lvi m enf
I
,I
1
, , 1 ,
tc. A porcentagem do canal que será modificado é PLM, '/00/ \ '1 1 1 1 1 [ ,'I
20%. Portanto, os fatores de ajuste serão:
2
FAc=1 - 20(-6789 + 335 x 71 - 0,4298 x 71 - 0,021H
'/1'11
il
FAi=1 -33(-6789 + 335 x 71 - 0,4298 x 7]2 - O,02IH'I~?I
Ajustando
o
valor de te= 205 min para
as
(1 I 1 \1 fl l
tcf= te li: FAc X FAi
=
205
x
0,86 X 0.77
A
velocidade média de escoamento
fic a : V •
J I()O /V , \
que
é
mais compatível com os valores da
Inbtll\
?I,(I,
ba ixa, confirmando as observações fe itas nn tcrl onu cn
do SCS .
2 1.3 C a ra cte rística s d a d ren agem u rb nn a
m u r b n n n l n l c l u
1 1 l1 b1 1
ou,
1111 di Mi l
Drenagem Urbana
823
purcela
superficia l das ruas, calçadas, pátios
e
outras áreas impermeáveis ou
Iltlrlneáveis que geraram escoamento superficial. O escoamento proveniente das
nrjc tas,
que entra na rede através dos bueiros, e o proveniente dos coletores
IUllidcnciais são drenados pelos condutos pluviais que alimentam os condutos
I\('undários a té os principais si st emas compostos de pequenos rios (a rroios, ri a-
I m ll
ou ribeirões) que compõem a macrodrenagem urbana.
A
drenagem urbana é dimensionada em dois níveis princ ipai s:
macrodre-
ll il / ' .cm
e microdrenagem.
A
distinção das duas situações nem sempre é clara,
11 1 1 1 /1
pode-se caracterizar como macrodrenagem os escoamentos em fundos de
1 11 0
que normalmente são bem definidos mesmo que não correspondam
a
um
, IIINo dc água perene. Essas bacias possuem área de pelo menos 5 km-, depen-
dtll\llo da cidade e do grau de urbanização.
O
t ermo microdrenagem aplica -se a
ItlliN
onde o escoamento natural não é bem definido e, portanto, acaba sendo
til 1 (1 1
minado pela ocupação do solo. Em uma área urbana, a microdrenagem é
l'II(,:iu.1mentedefinida pelo traçado das ruas.
Nos itens seguintes deste capítulo serão abordados separadamente as
11 1 1 ' tndotogias para tratamento da micro e macrodrenagem. Enquanto na
11 \ 1 1 1
rodrcnagern são uti lizados indicadores macros da ocupação e do escoamento,
1 \ tul crodrenagem
são considerados detalhadamente
a
topografia, quadras,
I I ' I I I N ,
buciros e os condutos.
Mlcrodrenagem urbana
,j Terminologia dos elementos básicos do sistema pluvial
()~ principais termos uti lizados no dimensionamento de um sis tema pluvial
11
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 11/21
8
Hidrologia
cruzamentos de vias públicas, formadas pe la sua própria pavimentação e desti-
nadas a orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas; Condutos força-
dos: obras destinadas à condução das águas superf iciais coletadas de maneira
segura e efic iente, sem preencher completamente a seção transversal dos con-
dutos; Estações de bombeamento: conjunto de obras e equipamentos destina-
dos a retirar água de um canal de drenagem, quando não mais houver condição
de escoamento por gravidade, para um outro canal em nível mais elevado ou
receptor final da drenagem em estudo.
21.4.2 Elementos físicos do projeto
Os principais dados necessários à elaboração de um projeto de rede pluvi-
ai de microdrenagem são os seguintes:
Plantas - a) planta de situação da localização dentro do Estado; b) planta
geral da bacia contribuinte: escalas 1:5.000 ou 1:10.000. No caso de
nno
existir planta plani-altirnétrica da bacia deverá ser delimitado o divisot
topográfico por poligonal de campo nivelada; c) planta plani-altirnétrica <111
área do projeto na escala 1:2.000 ou 1:1000, com pontos cotados nas esquio
e em pontos notáveis;
Levantamento topográfico: O nivelamento geométrico em todas as esquinua,
mudança de direção e mudança de greides das vias péblicas;
Cadastro: de redes existentes de esgotos pluviais ou de outros serviços qu
possam interferir na área de projeto;
Urbanização: Os seguintes elementos relativos à urbanização du I1l1 t:11 I 1'11 1
t ribuinte, na situação atual e previstas em plano diretor: tipo de OC Upllt.;n l l 1111
1
áreas (residências, comércio, praças, etc.); porcentagem de ocupnção dllM 1I1
tes; ocupação e recobrimento do solo nas áreas não urbanizadas pOrlCl1l'lllll1
à
bacia;
Dados relativos ao curso de úgua receptor: As
inform uçõcs
fin o
H.
indicações sobre níveis de água máximo do curso de IígUII qllu li[I u
lançamento final; levantamento topográfico do local
tle.
deNt'Hlgo
1 '1 1 1 1 11 .
21.4.3 Definição do esquema geral do projeto
ou m en to
~1II1(·lflC'IIII. I\IUIIIIIIU ltWIII~ IlIlMlt'lI~ 1111111tI IIl1l'1Ul11 t111
Ir'lIr
lilll
.un ll1 l
Drenagem Urbana
8 2 5
os divisores de bacias e as áreas contribuintes a cada trecho deverão f icar conve-
nientemente ass inalados nas plantas; os trechos em que o escoamento se dê
apenas pelas sarjetas devem ficar identificados por meio de setas; as galerias
pluvia is, sempre que possíve l, deverão ser lançadas sob os passe ios;
o sistema coletor em uma determinada via poderá constar de uma rede úniea
recebendo ligações de bocas de lobo de ambos os passeios; a solução mais ade-
quada deverá ser estabelecida economicamente em cada rua em função da sua
largura e condições de pavimentação.
Bocas de Lobo - As bocas de lobo devem ser localizadas de maneira a conduzir
adequadamente as vazões superficiais para as galerias, Nos pontos mais ba ixos
do sistema viário deverão ser necessariamente colocadas bocas de lobo com
vistas a evitar a criação de zonas mortas com alagamentos e águas paradas.
Poços de Visita - Os poços de visita devem atender às mudanças de direção, de
diâmetro e de declividade, à l igação das bocas de lobo, ao entroncamento dos
diversos t rechos e ao afastamento máximo admissíve l.
Galerias circulares - O diâmetro mínimo das galerias de seção circular deve
ser de
0,30
m. Os diâmetros comerciais correntes são os seguintes:
0,30;
0,40; 0,50; 0,60; 1,00; 1,20;
e
1,50
m. Alguns dos critérios básicos de pro-
jeto são os seguintes: as galerias pluviais são projetadas para funcionamen-
10
à seção plena para a vazão de projeto. A velocidade máxima admissível é
função do material a ser empregado na rede. Para tubo de concreto a velo-
idade máxima admissível é de 5,0 m/s e 0,60 m/s para a velocidade
míni-
ma; o recobrimento mínimo da rede deverá ser de
1,00
m, quando forem em-
pregadas tubulações sem estrutura especial. Quando por condições topográ-
l'icas forem utilizados recobrimentos menores, as canalizações deverão ser
specialmente dimensionadas do ponto de vista estrutural; nas mudanças de
diâm etro
os tubos deverão ser alinhados pela geratriz superior, como
é
in-
dicado na figura 21.4.
I)Isposlção dos componentes
'l'ruçado
preliminar - Através de critérios usuai s de drenagem urbana, devem
r estudados diversos traçados da rede de galerias. considerando os dados
lopográficos existentes, o pré-dimcnsionamento hidrol6gieo e hidráulico. A
incc pção
inicial que for escolhida como a mais interessante será mais
IllpOI'LlIoto puru 11coonornlu 8 1 0 u I I I do sistorna do que os estudos posteriores de
tlu tn lhu m e nt o d o Pl'OJ óto, t1 C 1 O M J l~ o l fi ol \ 9 l t o d o ma teria is, c tc.
H s l ' I l , l 11 '1 11 11 11 11 1 I duve '.u (Ion l.l ll V II I VL ,r s i 1 11 \1 Itun cnmcutc
II.I·IHlr:lIll'u
(1 1 l 1
1111I1
r
IIII~ qlll\\hWI, IHII:1
l ' J l II O
OOI1II'I~lio
fi
Im llll lu C llO II lH II 'III , 1 I 1~ 1 1 1 ~ 'nl , '
IIII
kVI \l11 ~ (.'I II \llJ() 1\
UlI\IIII
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 12/21
8 6
Hidrologia
de galerias deve ser planejado de forma homogênea, proporcionando a todas as
áreas condições adequadas de drenagem.
~ - : O :~ : ~, :- . ~ :.~ . . : : • • : : . •. • ~ : :: -.~ ~
s
.•.......,...,./~/..•v/~/.:::.
d2
I · - . 0 . . . . • .. . ( . . • '1 1 1 - - - - - - _ ~~i
O , ~ : . , . .
· 0 0 , . . • , • . . .~
: d,
I
'
~
•• o : : :
:.:é.':~~'(-r '.
0.'.~4.~:~~·.;d.~~·~·: : '· ' ;.::·~~: ~ ·f·:<.°4t~,r;••~
PV
Figura 21.4. Alinhamento dos condutos.
Coletores - Existem duas hipóteses para a locação da rede coletora de
~ a u l\
pluviais: a primeira sob a guia (meio-fio) e a segunda, a mais utilizada
sob
o eixo da via pública (figura 21.5). O recobrimento mínimo é de 1,0 m. solu.
a geratriz superior do tubo. Além disso deve possibilitar a ligação dl
canalizações de escoamento (recobrimento mínimo de 0,60m) das bocas de (oh o
Bocas de Lobo - A locação das bocas de lobo oferece as
sc g u tu «
recomendações: a) serão locadas em ambos os lados da rua, quando a
sutlU'lI~n'l
da sarjeta o requerer ou quando forem ultrapassadas as suas
ca pac ldudos
11
engolimento; b) serão locadas nos pontos baixos da quadra; c) rccOn)('ndll'~'
adotar um espaçamento máximo de 60 m entre as bocas de lobo,
cas o nno .1 1
I
anali sada a capacidade de escoamento da sarjeta; d) a melhor
solução pllnl 1\
instalação de bocas de lobo é em pontos pouco a montante de cud u fu lx lI t i
cruzamento usada pelos pedestres, junto às esquinas; e) não
6 oo nv cu lout n
1 1
sua localização junto ao vértice de ângulo de interseção d a s SI \rJ ()tll~ (1 0 1111 11
ruas convergentes pe los seguintes motivos: os pedestres
par a C 'l17'.111<:ill
1 111 1 11
rua, te riam que salt ar
a
torrente num trecho de máxima
vazão SUJlm111,1111 ,
torrentes convergentes pelas diferentes sarjetas teriam com o
r c s u l tu u u 1111
escoamento de velocidade em sentido contrário ao da OuCnClll puw Irlll 1 1 m
da boca de lobo.
Poços
de v isi ta e d
permitir
o aCC lS
qu e se pOSI :IIt11 ru u n t
~
Drenagem Urbana
8 7
=Y t ~
= ? J l ~
ENTIDO OE
•
SCOAMENTO
~l
ri
1'1~
ri
Siluaça'o recomendado
Si'uaçc 'o neTo recomendado
O )
Rede coletora no eixo do via público
~ J ~ + i L
B L - Boca d. Lobo
IIL' - Boco d. Lobo d. MOlltant.
B L,J - Boca d. Loto d. JUIGII .
- - . .
9~rF
ituação usual
b) Rede coletoro sob o gUIo
Figura 21.5. Rede Coletora.
Sua locação
é
sugerida nos pontos de mudanças de direção, cruzamento de
IlI llS (reunião de vários coletores), mudanças de declividade e mudança de
cllnmctro.
O
cspaçarncnto máximo recomendado para os poços de visita é
llrcscntado na tabela
21.7.
Quando
a
diferença de níve l entre o tubo afluente
() cflucnte for sup erior a O,70m, o poço de vis ita
é
denominado de quebra.
1l1l(U rh~ Lll-lu ~ ·n (, AN 1'llIx I IH deI IIgllçüo sâo utilizadas quando se faz ne-
111/1/111/ Irl
l i
1()1 '1 l~1 11I
d i
I 11
1 1
.llI
10 110
illl('/wudifll ill~
ou pu ra evitar-se ache-
/li
11111
I11 111 11
I OM III 'I
1 '11 I,' 1
I1I
1.I1••
l e / l
do
Il llliN
dll qlllllll) Ilihlllll~C)(,·M. SlIlI fUII-
tllll 11Nllldlfli' 1 1 11 dll 1 1 1 ,11 1 / 1 ~ ,,, I e , , I I
diI'L 'llIll l llIlll ·H II
dl'/'lIIIN 1 ) / u n o
/W II '1ll
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 13/21
828
Hidrologia
visitáveis. Na figura 21.6 são apresentados exemplos de localização de caixa
de ligação.
Tabela 21.7. Espaçamentos dos poços de visita (DAEE/CETESB,1980).
Diâmetro Espaçarnento
(ou al tura do condu to)
(m) (m)
0,30
120
0,50 - 0,90
150
1,00 ou mais
1 8 Q
21.4.4 Vazões de projeto
No capítulo 14, foram descritos os métodos para determinação de Vml
de projetos em bacias hidrográficas. Para bacias pequenas de até 2 ha, que
( '111 1\1
ter izam as bacias da microdrenagem, é uti lizado o método Racional. O
111 «1111 1
Racional, como descr ito anter iormente, depende da intensidade de
prcclpltucn«
máxima (capítulo
5),
do tempo de concentração, da área da bacia e de
UI Il 1 '111 I
ciente de escoamento.
O tempo de concent ração em bacias urbanas
é
determinado pela
s o u m dll
tempos de concentração dos diferentes trechos.
O
tempo de concentração
dl\ ml
determinada seção é composto por duas parcelas
tei = tc(i-l) + tpi
ULIJ.I
onde te(i -l) = tempo de concentração do trecho anterior; tpl= tC lI lpll li ,
concentração-do trecho i. O t empo de concent ração inicial (ts) nos trcc lm t i ,
cabeceira de rede, que corresponde ao tempo de escoamento
supcrf lclul 1 111
quarteirões, vias e sa rje tas,
é
muitas vezes adotado como
d e 1 0
11I1 1111111 '
r
I ••
entanto, esse valor pode estar superestimado, se a
bacia fU I
H I I 1 I ItI
impermeável e com grande declividade. Em caso de dúvida deve-se
l 'llI , 111111 11
tempo detalhado.
Quando vários trechos de rede, ou seja, várias
bac ia .•,
concentração diferentes afluem a um determinado trecho
d
diversos valores de tc(i-I). Neste caso, utiliza-se
o mnl
afluentes de montante.
Os trechos em condutos sno
uniforme, ou seja
t a l/V,
onde L
dlN/llmill /10
velocidade no conduto. ('011\ (11 1 VII1,1n ,iludI 11 1\/1 1'11
flll 11 U do.
q\lllt:fW d(1 1111Iv ll lllIill
IOlll\u (10 11 I11d ll lll ,
l 'u l( 11 1 1 1 1 1 1 1 , ( 1 11 \ ' ,1 1
Drenagem Urbana
829
8L
l
CL
Io IEIO
fi
DI ...
BL
~
CALÇADA
I
(
I
í
Figura 21.6.
Locação da caixa de ligação.
As áreas contribuintes a cada trecho de rede são determinadas pela
análise das plantas de projeto. Essas áreas são medidas em .Janta. Nos demais
trechos as áreas são adicionadas progressivamente pelas áreas locais de
contribuição. As áreas locais correspondem às parcelas contribuintes dos
quarteirões adjacentes.
21.4.S Dimensionamento hidráulico
opacidade de condução hidráulica de ruas e sarjetas
As águas, ao caírem nas áreas urbanas , escoam inicialmente pelos terrenos
\lé chegarem às ruas. Sendo as ruas abauladas (decl ividade t ransversa l) e tendo
. ncl
inação longi tudinal , as águas escoarão rapidamente para as sarjetas e destas,
I \ I U I> abaixo. Se a vazão for excessiva, ocorrerá: alagamento e seus reflexos;
nunda çã o
de calçadas; velocidades exageradas,_ com erosão do pavimento.
A capacidade de condução da rua ou da sarjeta, pode ser calculada a
IIIHtir de duas hip6teses: a) a água escoando por toda a ealha da rua; e b) a
ua
escoando
sõ
pelas sarjetas.
Para a primeira hipótese, admite-se a declividade da rua (seção transver-
1 1 1 ) de 3% (figura 21.7) e altura de água na sarjeta hl= 0,15 m. Para a segunda
IIIJl(~ ICS C, admite-se dcclividadc também dc 3% e h2= 0,10 m.
dimcnalonamcnto hidráulico pode ser realizado pela expressão de
le r-M a nn ln u :
V 1 I ' 1'.../ '\
,I l
(2 I .J 3)
\ 1 1
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 14/21
830
Hidrologia
{
li')
• ..
o
: c :
Figura 21.7. Seção da sarjeta.
onde V
=
velocidade na sarjeta em m/s; S
=
declividade da rua em mim; K
coeficiente de rugosidade, adotado igual a 60 para pavimento comum de vi a ,
públicas; Raio hidráulico em m (R
=
NP;
A =
área e P
=
perímetro molhado).
Exemplo 21.1. Calcule a vazão máxima que escoa pela sarjeta e por toda a ruu,
segundo os parârnet ros normais de via pública, para uma declividade lo ng itud l
nal da, via de 0,005 mim quais são as vazões?
Solução «
a) capacidade total da calha da rua: Nesse caso, a largura de
C I \< 1 1 \
l ado fica 0,15/0,03= 5m. A área da seção pode ser aproximada por um tri ângul u
e fica A=(O,15 . 5,0)/2
=
0,375 m
2
• O
perímetro é obtido pela altura no
IIIb10
fio 0,15, somado da hipotenusa do triângulo [(0,15/
+
(5,0)2]1/2,
O qu
resul ta P
=
5,15m. A vazão fica
Q =
V
A =
K
A SI/2 R
2
/3 = 60. 0,375.(0,005)1/2(0,375/5,15)2/3
=
0,277
1 1 I ~ \ 1 ,
Para os dois lados da rua resulta
Q
=
0,554 m
3
/s.
b) capac idade das sa rje tas, h2
=
10m.
O
procedimento
é
se m elh an te,
f( ; II \l 1 1 1 I 1 1 11 11
A = O,167m
2
, p::
3,43 me Q
=
0,094 m
3
/s. Para os dois lados
da nll\ 1 11 1 1
Q =
0,188
m
3
/s .
Bocas de Lobo
grupos principais: bo ca s
ralos combinados, Cnd
(re bnl x m u cnt o) i. 1 I1 1 re ln
Drenagem Urbana
831
número (simples ou múl tipla) (figura 21.8).
Capacidade de engolimento • Quando a água se acumula sobre
a
boca de lobo ,
gera uma lâmina de água com altura menor do que a abertura da guia. Esse tipo
de boca de lobo pode ser considerado um vertedor e a capacidade engolimento
será
Q
=
1,7
L
y3fl
(21.14)
onde Q = vazão de engolimento em
m3/s;
y = altura de água
prõxim o à
abertura
na guia em m;
L
=
comprimento da soleira em m. Nas figuras 21.9 e 21.10 são
apresentados gráficos que permitem determinar a vazão total com base na
largura, altura e largura da depressão do bueiro, declividade transversal e
altura projetada de água.
Quando a altura de água sobre o local for maior do que o dobro da
abertura na guia a vazão é calculada por
Q = 3,101
L
h
3fl
(yl/h)lfl
(21.15)
onde
L
=
comprimento da abertura em m; h altura da guia em m;
yt
carga da
abertura da guia em m ( yt = y -h 2). Para cargas entre uma e duas vezes a
altura da abertura da guia ( 1 < yl h < 2), a opção por um ou outro critério
será definido pelo projetista.
As bocas de lobo com grelha, funcionam como um vertedor de soleira
livre, para profundidade de lâmina até 12 em. Se um dos lados da grelha for
adjacente
à
gu ia, este lado deve ser excluído do perímetro
L
da mesma.A vazão
6 calculada pela equação 21.14, substituindo L por P, onde P
é o
perímetro do
orifício em m. Para profundidades de lâmina maiores que 42 em, a vazão
é
calculada por
Q= 2,91
A /fl
21.16)
nd e
A
=
área da grade, excluídas as áreas ocupadas pelas barras, em m
2
,
i ltura de água na sarjeta sobre a grelha.
Na faixa de trans ição entre 12 e 42cm,
a
carga a ser adotada é definida
egund o
julgamento do projetista.
A
capacidade teórica de esgotamento das bocas
de
lobo combinadas é
prcximadamente
igual
à sorna tõr ia
das vazões pela grelha
e
pela abertura
na
u lu , consi de rad a s lso l adumcnt c ,
l e x I l 1 l1 l > Io
21 .2 . ))Jlilllmllwio
u n i u
boou de lobo pa ra um a
vazão de 94
1/5
na sarjeta
(l , to m ,
nhu•.R e l l li) 1 11 1 \1 1 Iflllll\ ,li. 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 HIIIH: dI ('qlllll;rw 21.1 ~
l 'o du'/1 II
IMollII' l ,
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 15/21
832
Hidrologia
O) BOCA DE LOBO DE GUIA
f,
i i
I,
L : 2 2 }
-- . . • .
sem depressa'o
blBOCA DE LOBO COM GRELHA
'.~~~
h
l d
sem depressõo
c)
BOCA DE LOBO COMBINADA
i ~
I i)\
ii 1 1
i _~
I) '
-.~
sem depressão
o ) BOCA DE LOBO MÚLTIPLA
t
tL i+d~
Ji.
--
: . : í / P ~
com depressõo
./j j@
cem depressão
com depressão
,
·t I ' , IIL
- - - -
- .--
e)
BOCA DE LOBO COM FENDA HORIZONTAL LONGITUDINAl
~ , i i:t
t
i i
~I I
I
I
I
I
I ~ I I.· -: ,.
I I
j
: 1 1
- 7
l -
F -
s ern depr, •• ro'
J o 'J l , l tn ' l I ~ I ,I l, '1 ' l p l) /1 dI,)
11('1l11~
tio l U / li , ( 1 I A l l l (( 'H 'J ' l I H I l , IV IJ I) I
Drenagem Urbana
833
16001 ' , ' , ,
i i
I , , '
i
I ,
1600-1 ' , , , I , i I
i
~1400
~
~ 1200
o
~1000
• . .
o
O
~ 800
W = 90 em
0= 7,5em
1=0,015-0,060
W.30 em
0= 2,5 em
I
= 0,01
5
-0,060
0/1
:::: 1400
E
. , 1200
o
'g
1000
Õ
O
~ 800
o
õ
600
• . .
,g
400
N
o
>
200
O
O
0 20
1'0 EM cm
30
10 20
10
EM cm
30
W = largura da depressão
em
m; a = altura da depressão em m;
1
dec lividade transversa l do le ito
carroçãvel
em
m /m ,
Figura 21.9, Capacidade de engulimento (DAEE/CETESB,1980).
resultando
3(1 3(1
L ==
Q
1 1,7
y )
=
0,094 /(1,7 (0,10)
=
1,75 m.
Logo, haverá necessidade de um comprimento de 1,75 m de solei ra, Pode-
1\ adotar 2 bocas de lobo padrão com L=I,O m cada e guia com h=0,15m. Da
l 'I j ' ,u r a
21.10 retira-se (depressão a=5
e m ,
abertura da guia padrão = 0,15 m);
VII/h
= 0,10/0,15 ==0,67 e O/L ==55 l/s.m. Como
Q
==94 l/ s, L ==1,71
m.
Serne-
IIIIIIIle
ao anterior.
b) Como boca de lobo combinada: b.I) boca de lobo guia padrão (h==0,15 m
111.,, 1 ,0 m) e; b.Z) boca de lobo grelha padrão (a ==0,87 c b = 0,29 m).
b.I)
Q
= 1,7 L yJ/2 =
J ,
7
1,0 , (0,10)3/2
=
541/s
b,
1 /
1 ,7
(0,87 + 2 ' 0,29) , (0,10) ==78l s
1 ,7 I '
1 1 \1
I / ~ ( • 1 M 1 ( .
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 16/21
8 3 4
Hidrologia
:I
•• •
~ 10
;:)
c:I
ct
o
ct
~ 8
t-
Il:
•• •
eu
ct 7
1 1
~
30
25
20
15-
I
u
6
\-
4
:\
1000
900
800
700
600
500
400
~
;:)
C II
~
ct
1 1 I :
;:)
I-
1 1 I :
•• •
eu
ct
ct
W
ct
I-
W
.,
11:
ct
fi)
ct
Z
ct
;:)
c: I
'ct
5
4
3
2
I,
1,0
0,1 1
0 8
0,7
0,110
1) ,1
11 ,'
300
200
'r
90
~ 80
~ 70
:I 60
w
50
o
I 40
Z
CAI
:I
1 30
t
o
u
fi)
r -
2O
1 1
o
'
o
ct
10
o
9
u
8
t
IL
7
ct
6
11
5
..J
4
o
3
2
,.. L _.,
~
0
t
~~ ~
S,m 7 n ~
h I, i
'O
ct
Z
:I
Ict
..J
ct
1 1
Q:
I-
Z
lu
o
1 1
• . . . .
ct
..J
lU
11:
: :
- ,
{ .
Cllpncldlldu do
I.IIlIIOI IIIIIUI\IO dllR hc) ol\lI
du loho
1IIIIIpll'I 111111
011 1, (111 1 p llll tO '1 ItllllWN( 1 1 1 /I W I I1 t1 I I 1 U ( I
)t\liIt/(
' 1 1 ' 1 1 1 1 1 1 1 , IU II II I
Drenagem Urbana
8 3 5
Fatores de redução da capacidade de escoamento- As capacidades de escoamento
anteriormente citadas podem, segundo alguns autores, sofrer redução no valor
calculado, a fim de aproximar o resultado teórico das limitações existentes
nos casos reais.
No caso das sarjetas, uma vez calculada a capacidade' teõríca,
multiplica-se o seu valor por um fator de redução que leva em conta a possi-
bilidade de obstrução de sarjetas de pequenas declividadepor sedimentos. Na
tabela 21.8 são apresentados va lores recomendados de fatores de redução,
A capacidade de esgotamento das bocas de lobo é menor que a calculada
devido a vários fatores, entre os quais: obstrução causadas por detritos,
irregularidades nos pavimentos das ruas junto
às
sar jetas, alinhamento real.
Na tabela 2l.9 são propostos alguns coefic ientes de redução para estimar esta
redução.
T.abela 21.8. Fatores de redução de escoamento das sarjetas
(DAEE/CETESB, 1980).
Declividade da sarjeta
Fator de redução
%
0 4
0 5 0
1-3
0 8 0
5,0
0 5 0
6 0
0 4 0
8 0
0).7
1 0
0 2 0
Tabela
21 .9.
Fator de redução do escoamento para bocas de lobo
(DAEE/CETESB,
1980).
Lo zalizaçã o
na
Tipo de Boca %
permitida sobre o valor
sarjeta
de lobo
teórico
Ponto baixo
De guia
8 0
Com Grelha
5 0
Combinada
65
Ponto Intermediário
De Guia
8 0
Orelha longitudinal
6 0
Gclha
transversal
ou
lonultudlnlll com
blllrll tm nsvcrsais
60
I J II II \ I I
lu 1\ (11 \
1 1 0% dos
valores
indicados
pu rn
1 1
srclhu corresponc ent e
~
-
-------
V U I I H
rllll 1 1 1 1 I11 I1 1 111 1 11 . I I I1U( I I c l U N 11 1 1 '
J l l o l h l l l ClOlltlHJlflllllnnl ft,
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 17/21
83 6
Hidrologia
21.4.6 Galerias
o
dimensionamento das galerias é realizado com base nas equações hi
dráulicas de movimento uniforme, como as de Manning (equação 21.13), Ch
zy e outras. O cá lculo depende do coeficiente de rugosidade e do t ipo de ga lcrln
adotado. Para maiores detalhes, quanto aos coeficientes de rugosidade,
consull
DAEE/CETESB (1980).
Exemplo 21.3. Determine uma galeria circular para escoar a vazão de 94 1/
obtida no exemplo anterior, considerando a dec l i v i dade longitudinal da 1\ 1 11
igua l a 0,001 m/m. O conduto é de concreto com
K =
0,75 m.
Solução> A
área é
A = 1t D2/4,
substi tuindo na equação de Manning e
iso lamln
o diâmetro resulta
D = 1,55 ( ~
)3/8
=
K SI/2
0,094
)3/8 : ::
0,461
m
1,55 ( . 1/ 2
75 (0,001)
Pode-se adotar D
=
0,500 m.
21.5 Macrodrenagem
Entende-se por macrodrenagem as intervenções em fundos de
vnlo 'lI
coletam águas pluviai s de áreas providas de sistemas de
microdrcnagcm ou II nl l
Nesses fundos de vale o escoamento é normalmente bem definido, mesmo
q\l llllR II
exista um curso de água perene.
Obras de macrodrenagem buscam evitar as enchentes devido
à \)(\(.'1 /1 1 11 1 1 1 1
na, isto é, construções de canais, revestidos ou não, com maior ca plld d llill li,
transporte que o canal natural e bacias de detenção.
Dimensionamento Hidrológico
A canal ização proje tada deve ser capaz de, conduzir a cham ndu V I I J ~ II 1 1
projeto, cuja determinação já foi apresentada em
out ros
cl Ipfl\1l l1
critérios usualmente recomendados para
a
dctcrrninnção
d llS Vtli'.Oc~ til' li III I
são. -os cálculos
hidrolé g ico s
devem considerar 1 1 OC U pO Çn () 1 \1 1 1 1 1 '1 1dl l ll lH 1 .1
1
período de retorno recomendado
é
10 0
MOS.
Como
a s 'ba cla s pas sfvc is de 01 lf'H Il d e 11 1 1 1 ('1llh
tll\ l ll ', lllll
1 1 1 1 1 d l1 l1 'l I1
de
porto
mõdlo,
u or mnlmcnto Il t \ 1 1 1 i li l'l lI l l ll \ ~ l l Id l 1 M d l l 1 '1 1 1 1 '11 1 1' t i l ' 1 ' i 1 \ 1 11 I
n o t e n d o do h 1 1 11 '01' .1 '1 1 1 1 1 1 111 1 1 1 ( \ 1 11 1 . A 1 IIII I t' l '1 li 1 \111 1 11 1 ' \'1 1 1 1 .1
VI 1
II ld ·
Drenagem Urbana
83 7
no sentido da utilização de modelos de simulação matemática em face das
inúmeras vantagens que esses métodos apresentam, conforme será visto no item
21.7.
Etapas de Projeto
É
sempre conveniente que o projeto se desenvolva de forma si stemática em
uma sucessão de etapas:
projeto preliminar - a partir dos dados disponíveis e das informações coleta-
das, com visitas
à
bacia, são levantadas as possíveis al terna tivas de solução,
detectam-se eventuais interferências e elabora-se um estudo hidrológico pre-
liminar. Com esses elementos, é possíve l determinar as principais característ i-
cas da obra.
É
importante manter contato com todas as entidades públicas e
privadas que possam ter relação com o projeto, não só para a obtenção de
informações técnicas, mas também para antecipar e solucionar eventuais pro-
blemas futuros de interferências diversas, que poderão dificultar a execução da
obra. Nesta e tapa são descartadas apenas as alt ernativas que se demonstrem
laramente inviáveis.
projeto básico - aqui a atenção concentra-se sobre um número reduzido de
alternativas não eliminadas na primeira fase. Especificam-se e executam-se os
levantamentos topográficos e geológicos necessários Os levantamentos de
ampo permit irão aprofundar os estudos das al terna tivas e, por. comparação
mtre elas, escolher-se a melhor. A al terna tiva escolhida
é
então detalhada.
ll tuboram-se desenhos, memoriais de cálculo, especificações técnicas,
íctcrminarn-se quantidades e métodos const rutivos. Ao final desta fase, devem
: s tM prontos os documentos .que permitam licitar a obra, ou seja, estarão
disponíveis todas a s informações necessárias para a cotação de preços.
l lx ccu tam- sc também os estudos hidrológicos e hidráulicos definitívos.
IIl'ojeto executivo - uma série de aspectos não podem ser resolvidos na fase de
ojcto básico por diversas razões. Entre elas incluem-se, por exemplo, aspectos
1 j 11 0 dependem dos métodos construtivos escolhidos pela construtora, detalhes
I
ibrc
singularidades e interferências não previ stas, e le. Esses problemas usual -
I Il enl e só são resolvidos durante a obra. Nesta fase serão elaborados cálculos
1~ /l II
uturais, desenhos de formas
e documentos necessários para a execução das
IiIl'diç u cs .
uma
fase de
projeto,
é
la b o ru d os os desenhos
wll ,lnlll o
O Q
detulh
I IllU'
t i
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 18/21
8 3 8
Hidrologia
manutenção e reforma dos canais, além de poder orientar futuras obras na
área.
Dlmenslonamento Hidráulico
o dimensionamento hidráulico pode ser feito, considerando os regimes
d
escoamento: regime fluvial e uniforme; regime fluvial gradualmente variado,
regime não-permanente.
O
primeiro tipo de regime não permite considerar as possível
influências do nível de água de jusante e os efeitos de singularidades
so br
a linha de água. Como esse regime s6 se estabelece em trechos longos
uniformes, é necessário certificar-se de que essas condições são válidas
que não existem efeitos de remanso, o que é raro em áreas urbanas. U sual m ent
utiliza-se o regime uniforme na fase de projeto preliminar.
O regime gradualmente variado
é
o mais utilizado, pois permite doll'l
minar a linha de água, considerando a presença de singularidades e mudnu
ça s de vazão ao lon&o trecho, além de remanso causado por
cond iç ões
di
contorno a jusante. E fundamental sua utilização em casos de
ga ler ias
( li
bertas, pois elevações da linha de água poderão causar afogamento com
cuu
seqüências graves.
No regime não-permanente, é possível considerar alterações da s
V I II
veis de interesse no espaço e no tempo. O tratamento matemático é
considni f i
velmente
mais complexo. Essa alternativa é adotada em casos especiais t', 1 1 1 1 1 '.
por exemplo, para prever afogamento de rede de galerias sujeitas ti 0 1 '1
1
1 1 11
hidrodinâmicos, levar em conta efeitos de maré, operação de com pou nx I
outros.
21.6 Reservatórios de Detenção
O armazenamento natural do escoamento superficial existe em V I II
formas. como: armazenamento na vegetação; infiltração e armazcnamonl«
1 I 1 t
subsolo; armazenamento em pequenas depressões superficiais;
arm az cnu m ru r«
dinâmico nos cursos de água e nas várzeas de inundação.
O desenvolvimento de uma bacia hidrográfica provoca
o
aumento dO A ) 11 1 '11
dos hidrogramas de cheias. em face do aumento da área impermc blll~IHIIl
I
bacia. da redução de seu tempo de concentração,
o
da
ollmltllwnll I
armazenamentos naturais. Para contomar o problema
cr iado
oom
a \I~hllulJ
das bacias sobre o comportamento das cheias, que causam
lnundll9nOl
11 1 1 ' ••
ribeirinhas, diversas medidas estruturais c nl'{o·ostruturul. 1 ) / l 1 1 . , , , 1
adotadas. Entre as prim ei ra s, d le cu te -se aqu i
QUilO
do b n o lM .do
tllllfl.
que silo rescrvatõries
do I l r r n n r . o n r t r t \ o n t o do ourtO I PCr (O(I,OII , q llo
u'll
1 111'I1
va zões
do plco
d O I hldro~TI,nu\
(lIu oboh,~ ,
.\\101ol1tlll)(\o
(I
10\1 tl 1 1 l 1 1 1 1l 1 1
OC l'l\l ltlc:mtu, . hll,oll l t I o It o t e l lo K u lIrtrl U1lhl~Olll (J \'olllmo d n .' ( '1 1 • •11 1
Drenagem Urbana
8 3 9
direto. apenas redistribuem as vazões ao longo de um tempo maior. formando um
volume útil temporário, com parte do escoamento direto. Esse volume
corresponde
à
área compreendida entre os hidrogramas afluente e efluente da
bacia.
O efeito de um reservat6rio de detenção sobre um hidrograma de cheia
pode ser visto na figura
21 .11 .
Os reservat6rios de detenção são totalmente
drenados. em geral, em menos de um dia.
A
sua área de ocupação. normalmente,
é seca e pode ser utilizada para fins recreacionais.
O
armazenamento do
escoamento superficial nos reservat6rios de detenção, tem o potencial de
produzir os seguintes benefícios: reduzir problemas de inundações
localizadas; reduzir os custos de um sistema de galerias de drenagem, devido
à
redução das dimensões das galerias; melhorar a qualidade da água; minorar
problemas de erosão nos pequenos tributários, devido
à
redução das vazões; -
aumentar o tempo de resposta do escoamento superficial; melhorar as condições
para reuso da água e recarga dos
aq üífe ros;
reduzir as vazões máximas de
in undação a jusante.
200
, , i I i , , i , • , i
10
ti
lI 13 1~ H5 I~ 17 18 19 20 2
TUlPO (11)
150
Condiçlle. futuro.
.. .•
'
. • . . . ..
e
-
g
H
o 100
>
50
o~....--tI'
Jllj lun\
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 19/21
840 Hidrologia
Critérios de dimensionamento
Os cri térios de dimensionamento das bac ias de detenção são normalmente
os seguintes:
controlar a vazão máxima efluente - fixando a vazão máxima efluente em um
valor igual a 85% ou menos da vazão correspondente às condições da bacia
antes do desenvolvimento da bacia hidrográf ica.
garantir segurança contra rompimento - dimensionando um extravasor para
garant ir o escoamento de vazões ext remas. Quando o rese rvat6rio é formado pOI
um barramento, prever proteção para rápidos galgamentos .
garant ir operação sem manutenção - evitando vá lvulas manuais ou
automãt icn a ,
Evitar que fique uma lâmina de água constante muito rasa, que proporciona
I1
crescimento de vegetação e o afloramento de camadas de lama.
considerar eventos freqüentes - garantindo que a bacia seja eficaz tambéiu
para as vazões de baixo período de retomo.
As bacias de detenção são projetad as, em geral, para controlar I 1
conseqüências de chuvas locais, de curta duração e alta intensidade, pI
estas são as causadoras das inundações dos pequenos cursos de água. O ó fL 'l 1 1l
da redução dos pico do hidrograma de uma cheia é sentido com maior efioIOu '
logo a jusante da estrutura, diminuindo seu efeito para jus ante.
As bacias de de tenção dimensionadas para cont rola r apenas uma o h o lu
extrema com grande período de retomo exige um volume de armazcnuumu«
relativamente pequeno. Entretanto, são muito ineficazes para o s
l '1 I 1 ,1 ;1
menores e também para reduzir as cheias mais a jusante. As bacias proJl'I lId n
para controlar apenas as cheias menores, podem eventualmente
r o d U i '1 1 1 1
máximas descargas das cheias maiores, dependendo do efeito da lamlnn~nll lu
cheia no vertedor de segurança. Uma bacia de detenção pode ter
u m a
u u
1 1 1 1 1
estruturas de descarga normais, além do vertedor de emergência, C Jl H . l 1 1 ( 1 1 1 I 1 1 1
passar cheias maiores que aquelas do projeto da bacia.
A figura 21.12 apresenta um esquema representativo de UIllI\ I\( III ,-'
detenção com descargas múl tiplas. Do ponto
d e
vista construtivo, II~
hlll,llI' I1
de tenção podem ser c riadas pelo barramento de um rio,
de um a 1 l\vlI\ 1 1 11 \1
11 1 1
1 1I 1 1
canal, escavando-se uma bac ia no solo existente ou por \JI1I1\COIIlItII1I\\ nll I
escavação e barramento. Devem dispor de um ver tcdor, cujo PI'OI)(~liltlld
11
t i
garantir a segurança do
ba rram cnt o,
evitnndo um rornnlmemo
( 11 1 1 '1 1 1 1 1 0
1\ \l1 tII~ 'I~I'1iI
de urna onda de cheia cxccpclonul. Hm 1 11 / '11 1 1 9 C lI /l Cl R 6 flct '~N'I ~d f) 1 1 1 11 1 11 1 1 1 1 1 1
ba cia d e d iss ipnç ão f i [u annt e 1 I 1 1
( (\I' I< 'IIIj 1 \
01 \ ( 1 0
Vt lll(~ (ItIl',
1 1 '11 1 \ rvlu u
lncnlivndn.
1 1 11 \ ( 11 1 1 1 '1 0 I lld fl ll l li
I'I\~O ,
ti i1 0 m I I lN I { , I , 1 1 1 I 1 I 1 11 t 1 l \11 11 1 \ 11 1 1 \ 1 1
Drenagem Urbana
841
retenção, para evitar que a descarga seja obstruída por folhas ou detritos.
Para se efetuar um projeto mais conservativo, deve-se especificar um
certo grau de controle para um número de cheias de diferentes portes, não se
permitindo que em nenhuma delas, se tenha a vazão máxima descarregada
superior à vazão que ocorria na bacia hidrográfica corresponden te na condição
prévia ao desenvolvimento. Neste critério, para se obter um projeto mais
econômico, deve-se prever descargas múltiplas em diversos níveis. Nas
estruturas de descargas múltiplas, a descarga inferior é menor e
é
utilizada
para retardar as cheias menores e , em alguns casos para forçar o depósito de
sedimentos. A descarga superior é util izada nas grandes che ias.
Enlrada
do caAol
Saída superior
Saído inferior
Elevaçlio
do verteder
Bacia de
diuipaçllo
. . . . . .. . . _ . _
ELEVACÃO
Entrado
do canal
Exl.nsao da bac ia
Rip r~ j : ~ pora cheia de projeto
L__ ,.
______.:~----------I
PLANO
Escovoç50 ex tra poro o reserva tório
Figura 21 .12. Bacia de detenção.
1 ,7
Modelol
M I\(C 1I 1I1 tk cul ~111 Dr enagem
Urbana
1I/l0
< I
r u 11 1 11 11 \ ( 'O U I
1 \1 1 1 1 ) ) 11 1 1 1 1 1 0 11
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 20/21
8
Hidrologia
s imular processos hidrol6gicos. Desde então, os meios técnicos presenciaram o
aparecimento de grande número de modelos, dos mais simples aos mais
complexos.
É interessante notar que, em termos de aplicação prática, a evolução tem
sido no sen tido de ut ili za r modelos simples, deixando de lado a complexidade
dos primeiros modelos que surgiram. A espantosa evolução da tecnologia de
computadores, tanto na área de equipamentos, como de programação tem
contribuído para tomar esses modelos mais acessíveis em termos de custo e
faci lidade de uso .
A quantidade de modelos é tão grande e o custo dos computadores vem
caindo tanto, que é conseqüência natural que mais e mais pessoas se
aproveitem das possibilidades oferecidas pela modelagem matemática. Analisar
a enorme quantidade de modelos existentes e aprofundar-se nas técnicas de
simulação hidrol6gica seria impraticável em apenas um capítulo. Neste item
pre tende-se apenas mostra r em que os modelos de simulação hidrológica podem
auxiliar o engenhe iro de drenagem urbana e quai s são suas l imitações. Atravé
de exemplos, procurar-se-ã ilustrar a aplicação de alguns modelos.
enfatizando a potencialidade dessas técnicas. Os modelos citados com
exemplos foram desenvolvidos por entidades públicas e podem ser obtidos j unt
a essas instituições.
A apresentação desse item deve responder a uma questão básica : Por qu
ut il iza r um modelo, se diversos si stemas complexos de drenagem urbana
foram
construídos no passado, sem a sua ajuda ?
Fundamentos do modelo ABC
o
modelo ABC (porto e t a l., 1992) é um conjunto de métodos hidrolõgico
clássicos que funcionam articuladamente e são apoiados por interfaccs (I
diálogo com o usuário, rotinas gráficas e um banco de dados de relaç
intensidade-duração-freqüência de todo o Brasil.
É
apresentado neste texto,
II
título de exemplo para demonstrar a aplicação de modelos matemático
hidrologia urbana.
O
modelo ABC aplica-se a problemas de drenagem
ur bana ,
( .1 1 1 1
especial aos que podem ser classificados como sendo de macrodrenagcrn.
Sua aplicação apresenta vantagens sobre o conhecido método
ra clo uul,
pois se aplica sem restrições a bacias com áreas de drenagem superiores
u t()(I
ha. Não obstante, o modelo ABC se aplica a bacias com
ãr ea s
inferiores,
D O I I I
como a grandes bac ias urbanas (superio res a
50
km2), segmentando-ao
1 \
bnelu ,
para considerar a diversidade de distribuição da chuva o ocupação do aclo,
O
modelo está escrito em linguagem Quick
Baslc, v ersã o 4 .5 . Po d
executado em computadores compatíveis com o lBM-PC, em S lIl IO O nnJ.l\l l 'llU n/ l
mínima. Os principais m6dulos do modelo stto
/ l 801.l1llr d()~ orl t
Ba cln - Nes te; m õ d u l o , o IIR \I~dn
d o l l l lt J
1111 IJH I'I\O I -. (lI IluUIl dl l h u u lu oru t l 'lId ll
Drenagem Urbana
843
O modelo ca lcu la o tempo de concent ração.
Chuvas - Módulo para escolha da chuva de projeto.
O
modelo permite que se
defina um hietograma, ou calcula a partir de urna das 114 equações de curvas
intensidade-duração-freqüência disponíveis.
O
hietograma é gerado pe lo pro -
cesso dos blocos alternados.
Infiltração - Este m6dulo objetiva calcular a chuva excedente, a partir de
três processos alternativos de análise de infiltração: Horton, SCS e índice
4 1 .
Geração de um hidrograma - Esse m6dulo gera um hidrograma de escoamento
superficial direto para a bacia escolhida, por três processos alternativos de
hidrograma unitário: método de Clark, método de Santa Bárbara e método do
SCS.
Amortecimento de ondas de cheia em reservatórios - Neste
modu lo ,
pode-se
obter o hidrograma efluente de um reservat6rio, a partir do conhecimento de
um hidrograma afluente e das características das equações das curvas cota-
volume do reservatório e da curva de descarga do vertedor.
Amortecimento de ondas de cheias em canais - Esse modulo permite calcular o
hldrograma transladado e amortecido em um trecho de canal, pelo método de
M usk in gum .
Composição de hidrogramas -Neste
modu lo ,
pode-se somar hidrogramas de subo
h n c i a s
diferentes.
J~xcmplo 21.4. Modelo ABC - Para exemplificar o uso de um modelo de s imulação
c i o evento de cheias, propõe-se discut ir um exemplo hipoté ti co. Suponha uma
hn clu A (figura 21 .13), que se encontra em processo de alteração de sua
uob ertu ra
vegetal. Na situação atual, o valor de CN referente à cobertura do
010
atual é
67.
Para uma chuva com duração de 4 horas, com intensidade uniforme de 20
111m/h, foi verificada uma vazão na seção P, que corresponde à capacidade do
1 1 11 \ 1 .
Com a alteração da cobertura vegetal da bacia A, o valor de CN passará
H O ,
com aumento da vazão máxima do hidrograma. Foi projetada uma barragem
1 1 1
ponto P, para criar
um
reservat6rio de regularização. Pretende-se
.1I11lonlllonara largura do vertedor dessa barragem, para reduzir a nova vazio
Il n 1 > 1 0 0
t i capaoldadc
( \ 0 01111111.
re stnnt e do .
c 1It 1'1 .~ ()
re sumídoe a
seguir e na tabela 21.10:
klu de <lu
h
,\m o U l
7/26/2019 21 - Hidrologia_Tucci (Cap21)
http://slidepdf.com/reader/full/21-hidrologiatucci-cap21 21/21
846
Hidrolo 1 1 . 11 1
350
300
250
-
1I
. . . . •
' e 200
-
150
N
O
>
100
50
O
O
Tabela 21.12. Característica do extravasor.
Largura do Vazão máxima
Lâmina máxima sobre
vertedor (m) vertida (m
3
/s)
o vertedor (m)
20
152
2,30
22 158
2,21
25 166 2,11
30
177
1,95
Hidrograma futuro
Hidrograma atual
5
25 30
0
15 20
Tempo horos
REFERÊNCIAS
Figura 21.14. Resultados da bacia do exemplo 21.4.
1 - DAEE/CETESB 1980.
Drenagem Urbana 2
ed. São Paulo.
2 -
HALL, MJ. 1984. Urban Hydrology
Essex:
Elsevler.
3 - KIBLER, O.F. ed. 1982. Urban Storm water
American Geophisícal Union.
4 - LEOPOLD, L.B.
Jl ydro oHY for
Urlmn
U/1 uJ 1 I(1I /~1 1 1l ,
WI IH hhl l.f.1 11 I 1 1 J
Govt.
Prtnt,
OU.
(OcolOlllcllI
~\II'vt'y
o lr o u l l l r
~~I\),
Drenagem Urbana
847
5 - McCUEN, R.H. 1982. A Cuide to Hydrologic Analysis using SCS
Methods Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
6 -
PONCE, V.M. 1989.
Englneering Hydrology:
Principles and Practice.
Englewood Cliffs: Prentice-Hall,
7 -
PORTO, R., ZAHED PC , K.,
e
GIKAS, A.N. 1993.
ABC3 Análise de
cheias complexas Manual do Usuário, São Paulo: Fundação Centro
tecno16gico de Hidráulica.
8 -
UEHARA, K. 1985. Necessidade de estudos de novos critérios de
planejamento de drenagem de várzea de regiões metropoli tanas. In:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE HIDROLOGIA E RECURSOS HfoRICOS.
6., 1985, São Paulo. Anais. São Paulo: ABRH. v.3, p.I11-119.