2 - guia praticas ii
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ÍÍÍNNNDDDIIICCCEEE
Introdução
Para a quietude mental
Mantra GATE, GATE… Mantra WU KOAN
Trabalho psicológico
Desenvolvimento do estado de “alerta percepção”. Retrospecção diária Trabalho na dissolução do “Eu” (didáctica do trabalho).
Identificação com o Íntimo Prática
Práticas de desdobramento astral
Mantra FARAON Concentração no som ANAHAT ou do “grilo” Chave do despertar e mantra EGIPTO
Íntima observação de Si Mesmo
Curso de Gnose por correspondência – I.G.A.
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Introdução
O objectivo primordial destes estudos gnósticos é fundamentalmente
o despertar da Consciência e a integração final com o nosso próprio
Ser divinal.
Através dos séculos os diferentes movimentos espiritualistas e
religiosos deram à humanidade certos princípios sumamente úteis
para nos pormos em contacto com a divindade e assim poder aliviar
o peso da vida e do sofrimento humano.
A Gnose é o ensinamento eterno, a síntese de todos aqueles
movimentos ou religiões (budismo, cristianismo, confucionismo,
taoismo, etc.…) que nos pode levar à liberação final. Nesta linha, as
práticas propostas dentro desta guia pretendem a actividade da
Consciência e um iniciar do trabalho psicológico de eliminação
desses factores egóicos que dentro do nosso interior carregamos
(gula, preguiça, ira, luxúria, inveja…).
O ser humano tem inúmeras faculdades superiores internas
susceptíveis de serem activadas, no entanto todo o trabalho esotérico
em que não se tenha por objectivo primordial a eliminação desses
agregados psicológicos está condenado ao fracasso e por isso,
qualquer trabalho interior de auto-conhecimento e eliminação dos
defeitos é o método fundamental para o desenvolvimento da
Consciência e a Auto-Realização Íntima do Ser. Todo o resto virá por
acréscimo…
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É por isso que recomendamos iniciar-nos no trabalho psicológico
interior através da auto-observação interior e as práticas de
retrospecção, compreensão, julgamento e eliminação do “Eu” da
Psicologia.
Esta guia é meramente uma mostra, extraída da obra de Samael Aun
Weor. Recomendamos então a leitura, estudo e prática dos seus
livros, onde se encontram as chaves mestras do trabalho do
“religare” com o nosso Deus Interior.
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Práticas para a quietude mental.
Mantra GATE GATE PARAGATE PARASAMGATE BODHI SVAHA
A seguir transcrevemos um extracto original do Sutra do Coração
Tranquilo, como ajuda para a compreensão do Mantra:
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Prática:
Relaxar o corpo…
Relaxamento total do corpo…
Relaxamento completo… e entrega completa ao nosso Deus Interior profundo.
Não pensar em nada, de nada, de nada… e Recitar continuamente o Mantra GATE, GATE,
PARAGATE, PARASAMGATE, BODHI, SVAHA.
(A vocalização é como segue:
-Inalamos lentamente e ao exalar vocalizamos:
GAAAATEEEEEEEE… - exalando completamente, e voltamos
a inalar…-
GAAAATEEEEEEEE…
-idem-
PARAGAAAAATEEEEEE….
-idem-.
PARASAMGAAAAAATEEEEEE…
-idem-
BOOOODHIIIIIIII…..
-idem-
SUAAAAJAAAAAAA…)
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Que ressoe no nosso coração… Não pensar em nada, de nada, de nada… Entregar-se completamente ao nosso Deus… Sintamo-nos como um cadáver, como um defunto…
“Este mantra pronuncia-se suavemente, com a mente e o coração. Pode
também usar-se como verbo silenciado, porque há dois tipos de verbo:
verbo articulado e verbo silenciado. O verbo silenciado é poderoso: relaxa-
se o corpo totalmente, e depois de relaxado entregamo-nos totalmente ao
nosso Deus Interior profundo sem pensar em nada, unicamente recitando
com a mente e com o coração o mantra completo: Gate-Gate-Paragate-
Parasangate-Bodhi-Svaha.
A meditação deve ser muito profunda; os olhos fechados, o corpo relaxado,
entregues completamente ao seu Deus Interior. Nem um só pensamento
se deve admitir nesses instantes; a entrega ao seu Deus deve ser total, e
somente o mantra deve ressoar no seu coração.
Este mantra, entendo que abre o Olho de Dagma. Este mantra profundo,
um dia vos levará a experimentar, na ausência do “Ego”, o Vazio
Iluminador; então saberão o que é o Sunyata, então entenderão o que é o
Prajnaparamita.
Perseverança é o que se necessita; com este mantra poderão chegar muito
longe. Convém experimentar a Grande Realidade alguma vez na vida,
porque assim nos enchemos de ânimo para a luta contra si mesmo.”
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Mantra WU
“Este mantra canta-se mentalmente com a letra U repetida duas vezes
UUUUU…. UUUUUU….. alargando o som vocal, como imitando o
som do furacão quando uiva por entre a garganta da montanha, ou como
o bater terrível das ondas na praia.
O canto deste mantra faz-se mentalmente quando praticamos a
meditação, com o propósito de chegar à quietude e ao silêncio da mente,
quando necessitamos esvaziar a mente de toda a classe de pensamentos,
desejos, recordações, preocupações, etc..”
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Prática:
Sentados ao estilo oriental, com as pernas cruzadas como o fazia Buda, ou ao estilo ocidental na posição mais cómoda, ou deitado com os braços e pernas abertos à direita e esquerda, como a estrela de cinco pontas, da maneira que prefiramos e relaxamos o corpo.
Imaginemo-nos num bosque tranquilo, entre as folhas das árvores, os pássaros cantam, existe uma brisa suave que embala levemente as folhas, ou então enfrente ao mar, numa praia tranquila, próximo das rochas, vendo como as ondas vão e vêm sobre a areia. Imaginamo-nos num lugar em que nos sintamos em harmonia com a Natureza, vemo-nos a nós mesmos, relaxando e em perfeita meditação enquanto vamos vocalizando o mantra WU.
UUUUUU….. UUUUUUUU…..
(imitamos o som do vento a passar por entre as árvores,
quase como um sopro… Podemos vocalizá-lo também
verbalmente.)
Imaginamos que esse mesmo som vai levando os nossos pensamentos, preocupações, raciocínios, recordações, etc… Nada desejamos, nada raciocinamos…
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Os pensamentos que surjam, não os rechaçamos, simplesmente esperamos que o som do mantra os vá levando…
Vamos deixando que a nossa mente se relaxe e vamo-nos concentrando só no som do mantra…
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“ KOAN “
“O que é um exercício Koan? Isto é algo que nós os gnósticos
devemos estudar profundamente.
Koan é a pronunciação japonesa do termo chinês Kung-an, cujo
significado é “documento de um acordo oficial sobre a
escrivaninha”. É ostensível que os budistas Zen dão a Koan um
significado totalmente diferente. É óbvio que eles designam o Koan
como um certo diálogo místico entre mestre e discípulo.
Por exemplo, certo monge perguntou ao mestre Tung-Sang:
-“Quem é Buda?”
O Mestre respondeu estranhamente:
-“Três chin (uma medida) de linho”.
Outro exemplo: Um monge budista perguntou ao mestre Chao
Chou:
-Que sentido tem a chegada do Bodhisattva do Oeste”.
A resposta foi:
-“O cipreste que está no jardim”.
Enigmáticas respostas, verdade? Todas estas famosas histórias
acima narradas são Koans. Resulta patente, claro e manifesto, que
Koan designa uma História Zen, um Problema Zen.
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O exercício esotérico Koan significa, regra geral: “Buscar solução de
um problema Zen”. Vejamos alguns exemplos para a meditação:
-Quem recita o nome de Buda?”
- “Se todas as coisas se reduzem à Unidade, a que se reduz a
Unidade?”
É inquestionável que a mente jamais poderá resolver um problema
Zen. É ostensível que o entendimento nunca poderá compreender
o profundo significado de um Koan.
A todas as luzes resulta fácil adivinhar que a mente desfalece
quando tenta compreender integramente qualquer Koan; então,
vencida, fica em profunda quietude e silêncio. Quando a mente está
quieta, quando a mente está em silêncio, advém o novo.
Nesses instantes a Essência, o Budhata, escapa-se do intelecto, e na
ausência do Eu experimenta Isso que não é do tempo…
Esse é o Satori, o Êxtase dos santos, o Samadhi. Nesses momentos
podemos vivenciar O Real, A Verdade.”
Exemplos de KOAN:
a. Um dia I Shan estava junto do Mestre Pai Chang e este perguntou-lhe: -“Como podes falar sem a garganta, os lábios e a língua?”
-“Neste caso, mestre, di-lo tu.” – contestou I Shan-.
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-Pai Shang replicou: “Não tenho inconveniente em dizer-to, mas
não quero assassinar a minha posteridade”.
b. Um monge perguntou a Nan Chuan: -“Há algum ensinamento que não se deva entregar ao povo?”
- “Sim”
-“Qual?
-“Não é a mente, não é o Budha, não é nada”.
c. - “Quem recita o nome de Budha?”
d. - “Se todas as coisas se reduzem à unidade, a que se reduz a unidade?”
e. - De onde provenho eu? Onde estava antes do meu nascimento? Para onde irei depois da morte?
Prática:
1. Escolhemos uma das frases KOAN sobre a qual queremos meditar.
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2. Adoptamos uma postura cómoda, na qual estejamos livres de tensões.
3. Agora por algum tempo relaxaremos o nosso corpo físico e a mente com algumas das técnicas que já conhecemos e que resultaram.
4. Concentramo-nos na frase Koan, na busca da sua solução.
(“É inquestionável que a mente jamais poderá resolver um
problema Zen. É ostensível que o entendimento nunca poderá
compreender o profundo significado de um KOAN. A todas as
luzes resulta fácil prever que a mente desfalece quando trata de
compreender integralmente qualquer KOAN; então, vencida, fica
em profunda quietude e silêncio.
Quando a mente está quieta, quando a mente está em silêncio,
advém o novo. Nesses instantes, a Essência, o Budhata, escapa-se
do intelecto e, na ausência do Eu, experimenta Isso que não É do
tempo…”)
5. Para terminar podemos concentrar-nos na nossa Mãe Divina e vocalizamos o Mantra RAM IO por uns minutos. (RRRRRRAAAAAMMMMM…… IIIIIIIOOOOOO…)
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NOTA. Os Mestres Zen assinalam-nos que quando uma pessoa
trata de trabalhar seriamente nos exercícios KOAN, deve antes de
mais, gerar na sua mente a “sensação de dúvida”. Em que consiste
esta sensação de dúvida? Por exemplo: de onde provenho eu?
Onde estava antes do meu nascimento? Para onde irei depois da
morte? Como ignoramos a resposta a estas perguntas, na mente
surge um forte sentimento de “dúvida”.
É necessário despertar esta sensação de incógnita durante as
práticas de meditação, devemos mantê-la e incluso penetrá-la para
que a mente desfaleça e assim permaneça quieta e em silêncio.
Esclarecimento: a palavra dúvida deve ser aplicada num sentido
diferente do usual. Com esta palavra tratamos de designar um
sentimento de incógnita, interrogação, inquietude íntima, etc.
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Desenvolvimento do estado de “alerta percepção”.
1. Adoptar uma postura cómoda e praticar por uns instantes o exercício de relaxamento.
2. Contemplaremos a nossa mente, mantendo-nos num estado interior de alerta percepção (como o de um gato quando se encontra atento a uma presa). Neste estado, e sem nenhum tipo de luta ou esforço, observaremos
serenamente os pensamentos, recordações, imagens, que apareçam no ecrã mental… Sem rechaçar nada…
Sem se identificar com nada…
3. Passados uns instantes, começaremos a vocalizar o mantra OM por sete (7) vezes. Daremos importância, sobretudo, ao estado de alerta percepção, procurando não perdê-lo em nenhum instante… Em estado de máxima atenção seguiremos a inalação…
Em estado de alerta sentiremos a vibração do mantra…
4. Uma vez vocalizado sete vezes o mantra OM, permaneceremos uns instantes em silêncio. Contemplando a nossa mente…
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Descobrindo as nossas percepções externas e internas…
5. Passados uns instantes, voltaremos a vocalizar sete (7) vezes o mantra OM, percebendo de instante em instante o processo da inalação e da vocalização… Mantendo-nos em estado de alerta…
Contemplando a nossa mente…
Sem nos identificarmos com nada…
Sem lutas…
6. Voltaremos a permanecer uns instantes em silêncio, finalizadas as sete vocalizações.
7. Iremos repetindo os pontos 3 e 4 alternando vocalização e silêncio, atentos para não perdermos o estado de alerta percepção, e tratando de recuperá-lo se nos captamos identificados com a mente. Esta alternância continuará até que cheguemos ao sono…
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Retrospecção
“Não poderíamos trabalhar sobre nós mesmos com a intenção de
dissolver tal ou qual “Eu” sem tê-lo observado previamente.
A observação de si mesmo permite que penetre um raio de luz no
nosso interior.
Qualquer “Eu” se expressa na cabeça de um modo, no coração de
outro modo e no sexo de outro modo.
Necessitamos observar o “Eu” que num momento dado tenhamos
captado, urge vê-lo em cada um destes três centros do nosso organismo.
Na relação com as outras pessoas, se estivermos alerta e vigilantes
como vigia em época de guerra, iremos auto-descobrir-nos.
Recorde o momento em que lhe feriram a sua vaidade, o seu
orgulho, aquilo que mais o contrariou no dia, porque teve essa
contrariedade, qual foi a sua causa secreta. Estude isto, observe a sua
cabeça, coração e sexo…
A vida prática é uma escola maravilhosa, na inter-relação podemos
descobrir esses “Eus” que no nosso interior carregamos.
Qualquer contrariedade, qualquer incidente, pode conduzir-nos,
mediante a auto-observação íntima, à descoberta de um “Eu”, seja este de
amor-próprio, inveja, ciúmes, ira, cobiça, suspeita, calúnia, luxúria, etc.,
etc., etc.”
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Prática:
Relaxamento, nenhum músculo deve ficar em tensão. Devemos provocar e graduar o sono à vontade (da sábia combinação de sono e meditação resulta o que se chama Iluminação).
Concentramo-nos no nosso coração e, entregues ao nosso Deus Interno, suplicando-lhe a sua ajuda, vocalizamos o mantra:
OMNIS HAUN INTIMO
(Vocalizamos:
OOOOMMMMNIIIIIIIISSSSSSS…..
JAAAAAAAUUUUUUUUNNN….
IIIINTIIIIIIMMMMMMMOOOO…)
Retrospecção dos eventos do dia - ou de um período mais longo - (Tem como finalidade a tomada de consciência de todas as actuações ou acções do passado. Traremos a recordação das situações do passado, desde o instante em que se inicie a retrospecção até ao momento da vida que desejemos.
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Devemos estudar cada recordação sem nos identificarmos com ela)
Dando graças ao nosso Ser Interior, damos por finalizada a prática.
NOTA: Na observação dos eventos psicológicos do dia, por
exemplo de uma cena de inveja, procuramos não perder o estado
de recordação de si mesmo. Podemos observar qual foi o motivo
pelo qual sentimos inveja do próximo, como se manifestou o
desejo de posse, como é possível que sintamos “dor pelo bem
alheio”, em lugar de alegria, se nos levou à crítica destrutiva dessa
pessoa, ou antes se nos induziu depois a lutar por conseguir o
objecto da nossa inveja, etc… A inveja pode ser por motivos
materiais, uma casa, um carro… ou por motivos espirituais:
invejamos a serenidade, os valores, etc… do próximo. Cada qual
tem os seus próprios objectos de inveja.
Existem, em qualquer dia da nossa existência, circunstâncias,
multiplicidade de detalhes, nos quais se manifestam os diversos
defeitos (ira, cobiça, luxúria, preguiça…) que carregamos.
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Prática para a dissolução do “Eu”
“…na relação com as pessoas, em convivência com os nossos familiares ou
com os companheiros de trabalho, etc., etc., os defeitos escondidos afloram
espontaneamente, e se nos encontramos em estado de alerta percepção,
alerta novidade, então vemo-los tal qual são em si mesmos.
Defeito descoberto, deve ser submetido judiciosamente à análise, à
meditação de fundo com o propósito de ser compreendido de forma
íntegra, unitotal.
Não basta compreender um defeito, há que ir mais fundo; é
indispensável auto-explorar-nos, encontrar as íntimas raízes do defeito
compreendido, até chegar ao seu profundo significado.
Qualquer centelha de consciência pode iluminar-nos de imediato
e em milésimas de segundo capturar realmente o profundo significado do
defeito compreendido.
A eliminação é diferente; alguém poderia ter compreendido algum
erro psicológico e até ter penetrado no seu profundo significado e no
entanto continuar com ele nos distintos departamentos da mente. Não é
possível ficar-se livre de tal ou qual erro sem a eliminação.
Esta última é vital, cardinal e definitiva quando se quer morrer
de instante em instante, de momento em momento.
No entanto, não é com a mente que podemos extirpar erros. Com
o entendimento podemos rotular os nossos diversos defeitos psicológicos,
pondo-lhe distintos nomes, passando-os de um a outro nível do
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subconsciente, escondendo-os de nós mesmos, julgá-los, desculpá-los, etc.,
etc., mas não é possível alterá-los fundamentalmente, nem extirpá-los.
É necessário um poder superior à mente; precisamos de apelar a
uma potência transcendental, se é que de verdade queremos eliminar erros
e morrer em si mesmo, aqui e agora.
Afortunadamente tal poder superior encontra-se latente em todas
as criaturas humanas. Quero referir-me a Kundalini, a Serpente Ígnea de
nossos mágicos poderes.”
Prática:
Cerramos os olhos como sempre e relaxamos o corpo físico (por exemplo com a respiração).
Concentramo-nos na nossa Mãe Divina e recitamos o mantra RAM-IO com devoção interior, por um tempo.
(RRRRRRAAAAAAMMMMMM…
IIIIIIIIIIIIIIIIII00000000000000000…)
Retrospecção dos eventos do dia, desde o momento actual para trás, tomando consciência das diversas reacções egóicas em cada um dos centros do nosso organismo
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(pensamentos, emoções, actos…) no trabalho, em casa, com os amigos…
Análise do defeito que queiramos trabalhar. Centramo-nos e, concentrados no nosso estudo trabalharemos no processo da compreensão do defeito que se quer desintegrar. Acima de tudo requer-se que sejamos sinceros connosco mesmos.
a) Indagar no profundo da consciência e nos 49 níveis do subconsciente quando foi a primeira vez na vida que se manifestou o defeito, quando a última e em que momentos tem mais força para se manifestar.
b) Investigar quais são os “alimentos” do “Eu”. Fraccionar e dividir o defeito em várias partes e estudar cada uma delas para conseguir conhecer de que classe de “eus” provém e que classe de “eus” derivam dele.
Auto-juízo: Sentar o defeito em estudo no “banco dos réus”. Ajuizar os danos que ocasiona à consciência e os benefícios que traria à nossa vida a aniquilação do defeito que se está a julgar.
Eliminação: Oração à Divina Mãe Kundalini, a Mãe interior e individual, com muito fervor. Deverá falar-se com franqueza e introvertendo todos os defeitos e falhas que temos para que Ela, que é a única capaz de desintegrar os “eus”, os desintegre até à sua raiz.
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Vocalizemos ao mesmo tempo o mantra KRIM:
(KRRRRRIIIIIIMMMMM…)
Dando graças à nossa Mãe Interna, terminamos a prática tranquilamente.
(Resulta agradável e interessante se possível em alguma ocasião,
assistir às Salas de Meditação –Lumisiais gnósticos-.)
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Prática de desdobramento astral
(Incluímos aqui três das chaves do fascículo de práticas de desdobramento astral)
Mantra FARAON
Adormeça o discípulo ao mesmo tempo que vocaliza o
Mantra FARAON distribuído em três sílabas desta maneira:
FFFFFAAAAA. . . . . RRRRAAAAAA. . . . . OOOOONNNNN . . . .
O discípulo deverá deitar-se, horizontalmente, boca para
cima. Colocará as palmas das mãos estendidas sem rigidez, sobre a
superfície do colchão; os joelhos flectidos para cima, com as
plantas dos pés apoiadas sobre a cama.
Todo o corpo deve estar relaxado, membro por membro.
Tudo disposto assim, adormeça o discípulo e, fazendo inspirações
profundas, vocalize o mantra FARAON. Inevitavelmente
adormecido, o discípulo sairá do corpo físico sem saber em que
momento, nem como. Já nos Mundos Internos, na Quarta
Dimensão, onde irresistivelmente se projectará o seu Astral,
despertará consciência total, quer dizer, dar-se-á conta das suas
inauditas experiências nesses Mundos e assim poderá dedicar-se
ao exercício da Teurgia.
Porém antes de se deitar, fará o sinal da Estrela
Microcósmica. Para tal, levantam-se os braços para cima, até que
as palmas das mãos se toquem entre si sobre a cabeça; e depois
estendem-se lateralmente, de modo que fiquem em posição
horizontal, formando com o resto do corpo uma cruz; por último
cruzam-se os antebraços sobre o peito, o direito sobre o esquerdo,
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tocando esta região com as palmas, de modo a que as pontas dos
dedos cheguem à frente dos ombros.
O adorável JESUA BEN PANDIRA (Jesus Cristo) utilizava
esta misteriosa Chave quando estudava nas Pirâmides de Kefrén.
O Mestre Huiracocha aconselhava com esta prática, defumar
algum incenso ou simplesmente impregnar o quarto com um bom
perfume.
Concentração no som ANAHAT ou
do “grilo”
Dentro do cérebro humano, no
interior das suas células, ressoa
incessantemente a "subtil voz". É um
som sibilante, agudo. É o "canto do grilo", o silvo da "serpente", o
"som Anahat", a voz de Brahma. Tem dez tonalidades que o
Teurgo deve aprender a escutar. A mente do estudante deve
absorver-se nesse som, como a abelha no néctar das flores. Aquele
que desejar escutar o som Anahat deve esvaziar a sua mente, ter a
mente quieta, não aquietada.
Distinga-se entre uma mente que está quieta e uma mente
aquietada artificialmente, diferencie-se entre uma mente que está
em silêncio natural e uma mente que está silenciada à fora,
violentamente.
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Quando a mente está quieta, em profundo silêncio, o
estudante pode escutar inevitavelmente o som Anahat, o som do
grilo, um som subtil, agudo, penetrante. Além disso, se a Alma se
absorve dentro deste místico som, abrem-se para o estudante as
portas do mistério. Nesses instantes, levante-se do leito,
instintivamente e saia do quarto para dirigir-se aos Templos da
Loja Branca ou a qualquer parte
do Universo
Chave para o despertar e mantra
EGIPTO
A melhor chave para despertar consciência no plano Astral é
estar desperto de instante em instante, aqui, no plano físico; isso
nos bastará para termos consciência no plano Astral.
Os nossos discípulos devem adquirir o poder de sair em
corpo astral. Aqueles que ainda não tenham podido sair em corpo
astral com as nossas chaves, é porque não têm esse poder e então
devem adquiri-lo primeiro, vocalizando durante uma hora diária o
mantra: EGIPTO. Este mantra desenvolve totalmente os chacras
relacionados com o desdobramento do corpo astral e assim
adquire o discípulo o poder para sair e entrar no corpo físico à
vontade. Uma vez conseguido o poder para o desdobramento
astral, o discípulo poderá entrar e sair do corpo físico à vontade.
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A pronunciação correcta do mantra é assim: EEEEE...
GGGGG... IIIII….. P..... T….. 00000......
A vogal "E" faz vibrar a glândula Tiróide e confere ao homem
o poder do ouvido oculto. O "G" desperta o chacra do fígado e
quando este chacra atinge o seu pleno desenvolvimento, o homem
pode entrar e sair do corpo sempre que queira. A vogal "I"
combinada com a letra "P" desenvolve a clarividência e o poder
para sair em corpo astral pela janela de Brahama, que é a glândula
Pineal. A letra "T' golpeia sobre a vocal "0", intimamente
relacionada com o chacra do coração e assim pode o homem
adquirir o poder para desprender-se deste plexo e sair em corpo
astral.
Identificação com o Íntimo
1. Praticar o exercício de relaxamento até chegar ao estado de serenidade interior.
2. Concentrar-nos-emos no corpo físico, tratando de percebê-lo com a imaginação, sentado… relaxado… Então, profundamente concentrados, afirmaremos mentalmente:
“Não sou este corpo físico! O Íntimo não é o corpo.”
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Meditaremos nesta Realidade, até chegarmos a vivenciar
que não somos o corpo, que este organismo foi-nos
entregue pela Mãe Natureza, e que ela o recolherá com a
morte, mas nós estamos mais além do corpo…
3. Passaremos a concentração ao centro emocional, o centro dos sentimentos, apegos, desejos, paixões, etc. Reflectiremos nas suas funções e nos sentimentos que costumamos ter e, tratando de separar-nos deles, afirmaremos mentalmente:
“Não sou esses sentimentos! O Íntimo não sente… É.”
Iremos meditando nesta realidade até chegarmos a
vivenciar que não somos os sofrimentos, os apegos, as
alegrias, as tristezas, os rancores, etc…
4. Passaremos agora a atenção ao centro intelectual. Observaremos as funções e actividades do pensamento, e afirmaremos mentalmente:
“Não sou os pensamentos! O Íntimo não pensa… SABE.”
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Repetiremos esta afirmação, tratando de separar-nos do
pensamento, e compreendendo que os problemas, as
preocupações, os projectos, as recordações, as ideias, a
charla, e tudo o relacionado com o pensar, não é o Íntimo,
não nos pertence, é alheio à nossa realidade.
5. Chegados a este ponto, poderemos praticar duas coisas:
A. Questionar-nos na forma de um KOAN: “Se não sou o corpo, nem os afectos, nem a
mente, Quem Sou…?”
Repetindo mentalmente esta interrogação, até
chegarmos à meditação profunda e ao sono.
B. Afirmar com profunda convicção: “Sou o íntimo… Sou o Íntimo… Sou o
Íntimo…!”
Até chegarmos, em meditação, a fundir-nos com
ELE.
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Íntima Recordação de Si Mesmo.
“Ainda que pareça incrível, quando o estudante se observa a
si mesmo, não se recorda de si mesmo.
Os aspirantes, fora de toda a dúvida, realmente não se sentem
a si mesmos, não são conscientes de si mesmos.
Parece algo inverosímil que, quando o aspirante gnóstico
auto-observa a sua forma de rir, falar, caminhar, etc., se esquece de si
mesmo, isto é incrível, porém certo.
No entanto é indispensável tratar de recordar-se de si
mesmo, enquanto se auto-observa; isto é fundamental para
conseguir o despertar da consciência.
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Auto-observar-se, auto-conhecer-se, sem se esquecer de si
mesmo, é terrivelmente difícil, porém espantosamente urgente para
conseguir o despertar da consciência.
Isto que estamos a dizer parece uma tontaria, as pessoas
ignoram que estão adormecidas, ignoram que não se recordam de si
mesmas, mesmo que se olhem num espelho de corpo inteiro, nem
mesmo quando se observem em detalhe minuciosamente.
Este esquecimento de si mesmo, o facto de não se recordar de
si mesmo, é realmente a causa causorum de toda a ignorância humana.
Quando um homem qualquer chega a compreender
profundamente que não pode recordar-se de si mesmo, que não é
consciente de si mesmo, está muito próximo do despertar da
consciência.
Estamos a dizer algo que há que reflectir profundamente, isto
que aqui estamos a dizer é muito importante e não se pode
compreender se se lê mecanicamente.
Os nossos leitores devem reflectir. As pessoas não são capazes
de sentir o seu próprio “Eu” enquanto se auto-observam, de fazê-lo
passar de um centro a outro, etc.
Observar a própria forma de falar, rir, caminhar, etc., sem se
esquecer de si mesmo, sentindo esse “Eu” dentro, é muito difícil, e no
entanto básico, fundamental, para conseguir o despertar da
consciência.
O grande Mestre Ouspenski disse:
“A primeira impressão que me produziu o esforço para ser
consciente do meu Ser, para ser consciente de mim mesmo como “Eu”, de
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dizer a mim mesmo: „Eu estou a caminhar‟, „Eu estou a fazer‟, e de tratar de
manter vivo este „Eu‟, de senti-lo dentro de mim, foi o seguinte: o pensamento
ficava como adormecido, quando eu agarrava o „Eu‟, não podia pensar nem
falar; até diminuía a intensidade das sensações; além disso, só podia manter-
me em semelhante estado por um tempo muito breve”.
É necessário dissolver o “Eu” pluralizado, reduzi-lo a cinza,
porém temos que conhecê-lo; estudá-lo nos quarenta e nove
departamentos subconscientes, simbolizados entre os gnósticos pelos
quarenta e nove demónios de Jaldabaoth.
Se um médico vai extirpar um tumor canceroso, necessita
primeiro de conhecê-lo; se um homem quer dissolver o “Eu”,
necessita estudá-lo, tornar-se consciente dele, conhecê-lo nos quarenta
e nove departamentos subconscientes.
Durante a íntima recordação de si mesmo, nesse tremendo
super-esforço por ser consciente do seu próprio “Eu”, é claro que a
atenção se divide, e aqui voltamos novamente à questão da divisão da
atenção. Uma parte da atenção dirige-se, como é apenas lógico, para o
esforço, a outra para o Ego ou “Eu” pluralizado.
A íntima recordação de si mesmo é algo mais do que analisar-
se a si mesmo, é um estado novo que só se conhece através da
experiência directa.
Todo o ser humano teve alguma vez estes momentos, estados
de íntima recordação de si mesmo; talvez num instante de infinito
terror, tal vez na infância ou nalguma viajem, quando exclamamos: “E
que faço eu por aqui? Porque estou eu aqui?”
Curso de Gnose por correspondência – I.G.A.
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A auto-observação de si mesmo, acompanhada em simultâneo
com a íntima recordação do seu próprio “Eu”, é terrivelmente difícil e
no entanto indispensável para auto-conhecer-se de verdade.
O “Eu” pluralizado acaba sempre por fazer o contrário
durante a meditação, ele goza fornicando quando tratamos de
compreender a luxúria; ele troveja e relampagueia, em qualquer dos
quarenta e nove departamentos subconscientes de Jaldabaoth, quando
tratamos de compreender a ira; ele cobiça não ser cobiçoso quando
queremos reduzir a pó a cobiça.
Íntima recordação de si mesmo é dar-se conta cabal de todos
esses processos subconscientes do “mim mesmo”, o “Ego”, o “Eu”
pluralizado.
Auto-observar a nossa forma de pensar, falar, rir, caminhar,
comer, sentir, etc., sem se esquecer de si mesmo, dos íntimos
processos do Ego, do que está a ocorrer lá dentro, nos quarenta e nove
departamentos subconscientes de Jaldabaoth, resulta de verdade
espantosamente difícil e no entanto fundamental para o despertar da
consciência.
A auto-observação, a íntima recordação de si mesmo, inicia o
desenvolvimento do sentido espacial, que chega à sua plena
maturidade com o despertar da consciência.
Os chacras mencionados por mister Leadbeater e muitos
outros autores são, em relação ao sentido espacial, o mesmo que as
flores em relação à árvore que lhes dá vida.
O fundamental é a árvore. O sentido espacial é o
funcionalismo normal da consciência desperta.
Curso de Gnose por correspondência – I.G.A.
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Todo o homem desperto de verdade pode ver, ouvir, tocar,
cheirar e palpar tudo o que ocorre nos quarenta e nove departamentos
subconscientes de Jaldabaoth.
Todo o homem desperto de verdade pode verificar por si
mesmo, através da experiência directa, os sonhos das pessoas, pode
ver esses sonhos nas pessoas que andam pelas ruas, nos que
trabalham nas fábricas, nos que governam, em toda a criatura.
Todo o homem desperto de verdade pode ver, ouvir, cheirar,
tocar e palpar todas as coisas dos mundos superiores.
Quem quiser experimentar a realidade de tudo o que sucede
nas dimensões superiores do espaço, deve despertar consciência, aqui
e agora.”