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BOAS PRÁTICAS
FITOSSANITÁRIAS DO ALGODÃO
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INFORMATIVO Nº 180 Dezembro/2019
100% DO ALGODÃO SAFRA É PLANTADO NO PERÍODO IDEAL NA
REGIÃO NORTE E NORDESTE
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Alcinópolis e Sonora.
Foto 1. Equipe técnica de campo da Ampasul retirando as armadilhas.
Retirada das Armadilhas
A equipe técnica da Ampasul retirou todas as
armadilhas das unidades produtoras da região
Norte e Nordeste do estado, ação que faz parte do
programa de monitoramento do bicudo do
algodoeiro no MS e foi desenvolvido integralmente
pela associação, a ação visa recolher, revisar e
armazenar os instrumento de monitoramento da
praga, pois com o fim das leituras e o início do
plantio do algodão safra as armadilhas a campo
podem ser danificadas ou danificar as máquinas
em operação por conter haste em aço, as
Armadilhas são georreferenciadas o que facilita a retirada sem perda de material no campo, ao todo mais
de 1.300 unidades foram retiradas das propriedades.
Pré Plantio
Umas da práticas utilizadas antes do plantio do algodão safra e após a dessecação da pré cobertura é o
amassamento da palhada com um implemento chamado de rolo faca, ele facilita o plantio deitando a
palha e evitando que a massa enrosque nas linhas de plantio, após a passagem do rolo, a massa se estica
rente ao solo, ficando mais uniforme para a passagem das plantadeiras.
Foto 2. Operação com rolo faca antes do plantio em cobertura de milheto.
Muitas propriedades optam por cobertura de
milheto pelo rápido crescimento entre os meses
de setembro a novembro, a dessecação é feita
dias antes do plantio, isso justifica o uso do rolo
faca já que as plantas tem pouco tempo para o
acamamento junto ao solo, a largura do
implemento faz com que essa atividade tem um
rendimento operacional excelente e fique a
frente do plantio sem muito contra tempo já
que a operação é bem simples e dinâmica.
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Foto 3. Plantio do algodão safra na região da Baús.
Plantio
Todos os anos o plantio do algodão safra acontece tradicional no fechamento do vazio sanitário na região
dos Chapadões, que vai de 15 de setembro a 30 de novembro de cada ano, liberado para o plantio no dia
01 de dezembro onde as propriedades iniciam a semeadura do algodão safra nessa região, como o
cronograma de plantio se estendeu até o fim de dezembro ao todo foram plantados 27,8 mil hectares de
algodão, a modalidade tem 88% da área total de algodão no estado na safra 19/20 e a região Norte e
Nordeste participa com 90% da área plantada do estado, o que faz desse período um dos mais importantes
para a cultura do algodão no MS.
Nesse ano notamos que o plantio se concentrou entre o dia 10 e o dia 20 do mês dezembro, o clima
contribuiu na qualidade de plantio, já que tivemos chuvas mais espaçadas ou curtos período de estiagem
em muitas propriedade na região, o solo mais seco facilitou a plantabilidade do algodão sendo destaque
esse ano, fato que podemos notar nas bordaduras que estão com uma qualidade acima do previsto em
comparativo as últimas safras. Apesar do algodão safra ter um custo de produção elevado, ele é
responsável pelas maiores produtividade com uma média acima das 320@ nas últimas duas safras.
No levantamento de campo realizado pela equipe técnica da Ampasul, foram replantados 200 hectares por
excesso de chuva em áreas localizadas e tiveram dificuldade na germinação ou sofreram por tombamento
de plântula na maioria dos casos causada por Rhizoctonia Solani um dos causadores da mela, entre outros
fungos de solo que podem causar baixa no stand de planta.
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Informativo Nº 180Dezembro de 2019
Gráfico 1. Evolução do plantio de algodão por propriedade .
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
01 à 05/12 05 à 10/12 10 à 15/12 15 à 20/12 20/12 à 31/12
HEC
TAR
ES P
LAN
TAD
OS
PERÍODO DE PLANTIO
EVOLUÇÃO DE PLANTIO DO ALGODÃO SAFRA
Gráfico 2. Evolução do plantio safra ao longo do mês de dezembro.
0 1 À 0 5 / 1 2 0 5 À 1 0 / 1 2 1 0 À 1 5 / 1 2 1 5 À 2 0 / 1 2 2 0 / 1 2 À 3 1 / 1 2
HEC
TAR
ES P
LAN
TAD
OS
PERÍODO DE PLANTIO
EVOLUÇÃO DO PLANTIO DE ALGODÃO SAFRA EM CADA PROPRIEDADE
A B C D E F G H I J K L M O P Q
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Gráfico 3. Índices pluviométricos de Chapadão do Sul e da região da Baús, referente ao mês de dezembro dos anos de 2017; 2018e 2019.
Comparativo do Acumulado no mês de Dezembro de
2017, 2018 e 2019
808mm
964,6mm
771,8mm
Comparativo do Acumulado no mês de Dezembro de
2017, 2018 e 2019
1001,3mm
567,6mm
612,9mm
Chapadão do Sul BaúsANO 2017 2018 2019 2017 2018 2019
SETEMBRO 16,7 175,8 41,6 175,8 78,2 48,1
OUTUBRO 129,8 341,2 214,2 117,7 164,8 188,5
NOVEMBRO 311,9 394 270 441,6 255,1 159,1
DEZEMBRO 349,5 53,6 246 266,2 69,6 217,2
ACUMULADO 808 964,6 771,8 1001,3 567,6 612,9
Índice Pluviométrico
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Ch
uva
(m
m)
Comparativo Pluviométrico de Chapadão do Sul Dezembro de 2017, 2018 e 2019
2017 2018 2019
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Ch
uva
(m
m)
Comparativo Pluviométrico da Região da Baús Dezembro de 2017, 2018 e 2019
2017 2018 2019
Tabela 1. Índice pluviométrico comparativo das últimas 3 safras.
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Foto 4. Necrose causada pelo severo ataque de tripes.
Pragas
As pragas que atacam no início da cultura do
algodão trazem preocupação para os técnicos e
gerentes das unidades produtoras no estado, na
implantação da cultura na região Norte e Nordeste
uma das principais pragas que acometem na fase
inicial entre V1 e V4 é a tripes, esse inseto sugador
paralisa o crescimento apical da planta causando
encarquilhamento das folhas jovens atrasando o
desenvolvimento da cultura, as aplicações para
conter o avanço dessa praga pode passar 2 ou 3
intervenções sequenciais em bateria em alguns
casos, as adubações nitrogenadas têm uma certa influência para que a plantas saiam do estresse causado
pelo ataque da praga que todos os anos causa danos a cultura do algodão.
A broca da raiz que já teve grande importância na
fase inicial na cultura do algodão no passado vem
perdendo status de grande vilão na região Norte e
Nordeste apresentando pouca expressão nos
últimos anos, apesar de contar com aplicações
calendarizadas nessa fase em algumas propriedades
que não abriram mão do manejo estratégico para a
broca da raiz, a qual pode causar perdas
permanentes de plantas baixando severamente o
stand. Outras pragas como gafanhoto e lagarta
rosca são pontuais em determinados talhões ou Foto 5. Gafanhoto em lavoura de algodão.
microrregiões dependendo da cobertura ou cultura que antecedeu o algodão, também são causadoras de
baixa no stand com o corte das plantas após a emergência, o controle não tem sido fácil principalmente para
o gafanhoto, pois conta com poucos ingredientes ativos para o controle efetivo desse inseto.
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Aral Moreira, Naviraí, Antonio João, Maracaju, Sidrolândia e Campo Grande
Pulverização nas Margens das Rodovias
Uma das principais atividades de campo realizadas pela equipe técnica da Ampasul é a pulverização das
margens das rodovias para eliminação das plantas de algodão proveniente do transporte de algodão
caroço e caroço de algodão na região, ao todo foram realizados pulverização em 300 km de rodovias com
equipamento montado em uma camionete com adaptações que facilitam o trabalho da destruição
química das plantas tiguera de algodão. Essa ação contribui para manter a região livre de pragas e
doenças que podem se multiplicar e disseminar pelas lavouras das regiões próximas as áreas
contaminadas.
Foto 6. Pulverização com equipamento especial para o controle de algodão tiguera nas rodovias.
Foto 7. Folha de algodão com presença de doença.
O algodão do Sul do estado está na fase reprodutiva
no mês de dezembro, onde intensificaram as
aplicações para sugadores e outras pragas como o
bicudo do algodoeiro em todas as lavouras de
algodão safra plantadas no final de outubro, nesse
momento algumas lavouras estão chegando aos 70
dias e aumenta a preocupação com as doenças
fúngicas, principalmente mancha de mirotécio e
mancha alvo que já foram identificadas na região
pelo técnico de campo da Ampasul.
O mês de dezembro é o período mais oportuno
para realizar essa atividade, pois coincide com o
início do plantio do algodão safra, sendo o
momento onde se encontra o maior número de
plantas germinadas as margens das rodovias, a
ação é mais eficaz na estratégia de controle de
pragas como o bicudo do algodoeiro grande
responsável pelo aumento no custo de produção
no estado.
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Informativo Nº 180 Dezembro de 2019
Eventos
GTA Chapadão do Sul
A Ampasul realizou junto ao núcleo
de Chapadão do Sul a primeiro
reunião do grupo de trabalho do
algodão - GTA da safra 19/20 no dia
17 de dezembro, com o objetivo de
apresentar o resultado final do
armadilhamento pré safra do bicudo
do algodoeiro e algumas informações
da última safra, como o manejo de Foto 8. Reunião do grupo de trabalho do algodão, realizado no dia 17/12/19.
Os Campos demonstrativos de cultivares nas unidades de observação foram implantados no mês de
dezembro na região Sul do estado em 5 municípios diferentes somando 6 campos no total, a ação faz parte
do projeto de revitalização da cultura do algodão no Sul do estado que agora se estende na região Centro
Norte abrangendo os municípios de Bandeirante e também São Gabriel do Oeste, fazendo parte da rede de
estudo de viabilidade e comportamento da cultura do algodão nessas diferentes localidades com apoio de
entidades parceiras nas ações realizadas por lá.
pragas e doenças do algodoeiro que servem de balizamento técnico nas estratégias de campo da associação
e das propriedades, levantamento de demandas de campo, e foram discutidos assuntos sobre tecnologias,
monitoramento e eficácia de produtos fitossanitários. A reunião contou com um breve treinamento sobre
boas práticas agrícolas no manejo de defensivo químicos, com materiais ilustrativos oferecidos pela empresa
de agroquímico Syngenta, que enviou certificados para todos os participantes presentes na reunião.
Os pontos positivos foram a abertura das listas de dados das propriedades sobre o armadilhamento do
bicudo realizado pela Ampasul, afim de deixar mais transparente a situação da região que sinaliza um forte
aumento no BAS (Bicudo Armadilha Semanal) nessa safra, e o compartilhamento entre as fazendas das
informações do manejo de pragas e doenças de cada unidade produtora para avaliação e criação de
estratégias em conjunto do grupo de trabalho do algodão.
Redação e ElaboraçãoGestor Técnico Marcelo Caires
Assist. Projetos Karoline GüntherMonitor de Campo Dinarti Samuel Carlos
Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.