1 - tuberculose

Upload: manuel-melo

Post on 01-Nov-2015

87 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Tuberculose, cuidados, tratamento, epidemiologia, prognóstico

TRANSCRIPT

  • PATOGENIA, DIAGNSTICO

    TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

    1

  • Microbiologia da Tuberculose

    Microbiologia

    Gnero: Mycobacterium clulas em forma de bacilos

    Caracterstica tinturial nica - cido-lcool resistncia visualizao ao MO por

    mtodo de Ziehl-Nielsen; alternativa: colorao com auramina e deteco ao

    M. de fluorescncia (no distingue micobact.rias TB de no-TB)

    Crescimento lento em cultura (20-24 h)

    Tuberculose doena causada por membros do complexo do M. tuberculosis que

    inclui o M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum.

    Doena pode atingir qualquer rgo, sendo a sua manifestao mais frequente

    forma pulmonar. Tambm responsvel pela transmisso e perpetuao da doena.

    2

  • Patogenia da tuberculose

    Via de transmisso: inalatria de indivduo para indivduo

    A probabilidade de ficar infectado depende (risco exgeno)

    N de bacilos

    Tempo de exposio aos mesmos

    Grupos de risco para maior exposio e infeco

    Contactos de doentes com TB incluindo crianas expostas a adultos doentes

    Toxicodependentes

    Residentes ou empregados em locais de risco

    W na sade em contacto com doentes com TB

    Incio da infeco: Gotculas do ar exalado (1-5 m de dimetro) contendo BK atingindo os alvolos pulmonares fagocitose pelos macrfagos (Mo).

    3

  • Proliferao do bacilo no interior dos Mo e entrada na corrente sangunea.

    Mo infectados citocinas que atraem outras clulas fagocitrias formao de um granuloma replicao continua e o granuloma aumenta de tamanho bacilos penetram nos gnglios linfticos linfadenopatia (Complexo 1).

    Entre a 2 e a 10 semana aps a infeco, desenvolvimento de imunidade mediada por

    clulas (P. de Mantoux +).

    Maioria dos casos - sistema imune detm a infeco TB 1.

    5% casos (+ frequente nos ID) manifestaes pulmonares graves (freq. TB miliar) ou

    TB disseminada - TB 1 progressiva.

    Persistncia dos bacilos num estado de latncia TB latente TB ps-1.

    10% dos adultos imunocompetentes desenvolvem doena ao longo da sua vida

    vs 10% ao ano se HIV+; ocorre sobretudo nos 1os 2 anos aps infeco.

    Patogenia da tuberculose

    4

  • TB doena - mecanismos

    Rx sensibilidade e especificidade reduzidas; 15% com rx normal.

    Rx opacidades nos seg. apical e posterior dos LS e o seg. superior do LI

    Linfadenopatia ausente (excepto nos HIV/SIDA)

    Granuloma calcificado + adenopatia calcificada Complexo de Ranke.

    TB ps-primria reactivao de foco 1 ou por reinfeco exgena.

    Reactivao quando h diminuio das defesas em qualquer altura da vida.

    Reinfeco exgena - + em ID em indivduos que contactam doentes bacilferos so

    frequentes.

    5

  • TB pleural

    6

    TB pleural

    pode surgir na tuberculose 1 ou ps-1.

    Resulta da deposio de tuberculinoprotena no espao pleural ou da rotura de

    foco pulmonar ou gg para o espao pleural.

    Lquido pleural

    75% casos cultura negativa.

    Exsudato linfoctico (linfcitos > ) e ADA elevado

    Bipsia pleural - > sensibilidade que a cultura do LP granulomas caseosos.

  • Diagnstico de Tuberculose activa

    Suspeitar perante grupos de risco

    Histria de TB prvia ou contacto com indivduo doente BK +

    Residente ou viagem para reas endmicas

    Sem abrigo, reclusos, lares de idosos, W na rea da sade

    Suspeitar com base na clnica quadro clnico sugestivos de TB pulmonar

    Astenia, anorexia, sudorese nocturna, emagrecimento e febre vespertina

    Tosse seca ou produtiva com evoluo igual ou superior a 2 semanas

    Sndrome gripal arrastada ou repetida

    Expectorao hemoptica ou hemoptises (pouco frequente)

    Doente apresenta viragem tuberculnica recente

    TB extra pulmonar clnica muito variadas, dependendo do rgo atingido.

    7

  • Diagnstico de Tuberculose activa

    8

    Diagnstico de TB

    Definitivo o bacteriolgico (identificao do agente) nos lquidos biolgicos

    (expectorao, secrees brnquicas, LBA, Lquido pleural, asctico, pericrdico,

    LCR, urina, pus, sangue ou fezes) ou nos tecidos atingidos pela doena.

    Perante uma suspeita de TB doena

    1. Colheita de produto biolgico para exame microscpico directo com pesquisa

    de BAAR

    2. Radiografia do trax

    3. Exame cultural realizao de antibiograma

    Meio slido

    Meio lquido

    4. Exame anatomopatolgico de amostras de tecidos com TB

  • Diagnstico de Tuberculose activa

    9

    5. Identificao das estirpes obrigatria; distingue micobactrias estritamente

    patognicas (M. tuberculosis, M. bovis e M. africanum) de outras potencialmente

    patognicas e outras saprfitas (diferencia TB de micobacteriose).

    Mtodos culturais e bioqumicos

    Tcnicas de biologia molecular

    Situaes especiais

    6. Testes moleculares de deteco de TB multirresistente

    7. Tipagem do M. tuberculosis

  • Diagnstico de TB extra-pulmonar

    TB extra-pulmonar

    Formas pauci-bacilares (bx carga bacteriana) exame directo e cultural frequentemente negativos . Quando cultura + mais demorada. Sempre

    solicitada para realizao de antibiograma.

    Diagnstico: cultura + confirma; achados cito/histopatolgicos muito sugestivos

    10

    !! Formao de granulomas depende do n de bacilos existe na amostra e

    da competncia do sistema imunitrio. Nos doentes HIV +:

    CD4> 200 cell/ul - granulomas

    CD4 probabilidade do BK ser

    identificado na baciloscopia.

  • Exames complementares de diagnstico

    Exame directo da expectorao com pesquisa de BAAR

    Identifica os doentes bacilferos (principais transmissores da doena).

    Antes do incio do tratamento ou at 7 dias aps.

    Metodologia

    3 amostras colhidas em 3 dias consecutivos (1de manh) com volume 5ml

    Rpido resposta em 24 horas

    Sensibilidade baixa necessrio 10 4 bacilos/ml para visualizao

    91% para 3 amostras concentradas de volume 5ml

    11

  • Na ausncia de expectorao/indivduos que no conseguem expectorar

    1. BFO - visualizao directa dos brnquios, colheita de secrees brnquicas e

    LBA.

    2. Expectorao induzida til nas crianas. Um estudo recente demonstrou que

    baciloscopia de uma nica amostra de expectorao induzida (por soro

    hipertnico) superior a 3 lavados gstricos.

    Sempre que possvel expectorao espontnea (VPP da baciloscopia 91%) vs

    expectorao induzida e LBA (VPP de 71%).

    Exames complementares de diagnstico

    12

  • Radiografia do trax

    Todos os doentes em que suspeita de TB (incl. formas no-pulmonares)

    til no rastreio de contactos

    Exames complementares de diagnstico

    13

  • Exame Cultural

    Gold-Standard - diagnstico definitivo de tuberculose activa

    (isolamento e identificao de bactrias do complexo MT)

    > Sensibilidade vs exame directo

    (monitorizao da resposta ao tratamento)

    Realizao de antibiograma e testes moleculares de identificao da espcie

    Limitaes:

    Se negativa no exclui TB activa

    (formas pauci-bacilares; descontaminao agressiva da amostra; problemas tcnicos).

    ECD Exame Cultural

    14

  • Testes rpidos de deteco do MTC

    16

    PCR

    Identifica e amplifica regies especficas do DNA do M. tuberculosis em

    amostras respiratrias e no respiratrias.

    Vantagens

    Elevada especificidade (FP raros): contaminao com MNT e fungos

    Rpida (24-48h)

    Sensibilidade ~ culturas (amostras resp. com ED+- 95%)

    Desvantagens/Limitaes

    Elevado custo; No avalia viabilidade nem resposta teraputica

    No permite antibiograma (exige cultura simultnea)

  • 17

    PCR - casos em que se podem utilizar estas tcnicas:

    1. Exame directo + e PCR + Confirma TB

    2. Exame directo negativo e PCR + Novas amostras para confirmao

    3. Exame directo negativo e PCR - No exclui o diagnstico

    Testes rpidos de deteco do MTC

  • Teste de deteco rpida de TB multirresistente

    Factores de risco para TB MR

    Falncia do tratamento antibacilar em doente em tratamento

    Residentes em reas com elevada prevalncia de TB MR ou imigrantes

    Histria de tratamento antibacilar prvio (possibilidade de m adeso

    ou m prescrio)

    Contacto com doente com TB MR; profissionais de sade

    HIV+, toxicodependentes

    18

  • Resultados do teste

    Negativo estirpe selvagem antibiograma de 1 linha (HRZE)

    Positivo estirpe mutante antibiograma de 1 e 2 linha iniciar

    teraputica para TB MR e instituir medidas para o controlo da infeco.

    Indeterminado no se conseguiu avaliar o teste colher novas

    amostras

    Teste de deteco rpida de TB multirresistente

    19

  • Tratamento da TB

    Objectivos primrios

    1. Morte rpida dos bacilos poupa tecidos do hospedeiro, infecciosidade e probabilidade de ocorrncia de mutaes resistentes.

    2. Preveno de resistncias

    3. Esterilizao dos tecidos evitar falncia de tratamento e as recidivas

    20

    3 populaes

    Crescimento rpido nas

    cavidades (caseum)

    1 H R e E

    Efeito bactericida precoce* 1 48 h

    Efeito preveno de resistncias

    H e R E

    Crescimento lento

    em reas de

    necrose (cidas)

    Fase

    quiescente/

    replicao**

    1 R 2 Z

    Agentes esterilizantes

    A B C

  • Actividade dos antibacilares 1

    linha

    21

    Isoniazida e Rifampicina

    Os + importantes no tratamento da TB e so essenciais para esquemas de curta durao

    Outros antibacilares de 1 linha: Z, E e Estreptomicina 1. esterilizao adicional

    2. risco de desenvolvimento de resistncias 3.acelerar a resposta ao tratamento

    Agente/

    Actividade H R Z E S

    Bactericida @ ++ + +++/++ ( dose)

    ++

    Prev. de Resist +++ +++ + ++ H e/ R ++

    Esterilizao ++ @ +++ + ++

    @ a + elevada; +++- elevada; ++ intermdia; +baixa

  • Isoniazida Rifampicina Pirazinamida Etambutol

    Bactericida precoce Esterilizante

    major Esterilizao adicional R

    Preveno de resistncia adquirida (H e/ou R)

    Fa

    rma

    co

    cin

    tic

    a

    Via oral

    Pico 1-2 h aps ad Metabolizao e eliminao heptica (fentipo de acetilao)*

    Via oral

    Metabolizao e eliminao heptica

    Via oral

    Metabolizao heptica Eliminao heptica e renal

    Via oral

    Pico 2-3 h aps ad

    Excreo renal

    Do

    se a

    du

    lto

    5 mg/kg/dia

    ou 15 mg/kg 3x/sem

    10 mg/kg/dia

    20-25 mg/kg/dia, 2 o peso

    < 55 kg: 1.0 g id ou 1.5 g 3x/sem 55 -75 kg : 1.5 g id ou 2.5 g 3x/sem > 75 kg: 2.0 g ou 3.0 g/sem

    15-20 mg/kg/dia, 2 o peso

    < 55 kg: 0.8 g ou 1.2 g 3x/sem 55-75 kg: 1.2 ou 2.0 g 3x/sem >75 kg: 1.6 ou 2.4 g 3x/sem

    Cri

    an

    a

    s 10-15 mg/kg ou

    20-30 mg/kg 3x/sem

    10-20 mg/kg

    15-30 mg/kg

    15-20 mg/kg (>5 anos)

    M

    x

    300 mg/dia 900 mg 3x/ sem

    600 mg

    Ad: 2.0 g/dia 3.0 g/sem Cr: 2.0 g/dia

    1.6 g/dia 2.4 g/sem < 5 A se resistncia H ou R

    Pre

    pa

    ra

    Cp: 50, 100, 300 mg

    Xarope: 50 mg/ml

    Soluo parentrica:

    100 mg/ml ev/im

    Cap: 150, 300 mg

    falta Cp: 500 mg Cp: 100, 400 mg

    22

    Antibacilares de 1 linha

  • F

    1 Isoniazida Rifampicina Pirazinamida Etambutol

    Efe

    ito

    s 2

    Toxicidade heptica assint das trans (5x N)

    hepatite e at hepatite

    fulminante

    Neuropatia perifrica

    Piridoxina 25 mg/dia em

    doentes de risco

    Diarreia (sorbitol)

    Efeitos no SNC Reaces de HS Sndroma ~ Lupus

    Toxicidade heptica hepatite colesttica

    (menos hepatotxico)

    R. imunolgicas (raras) Tbcitopenia, anemia hemoltica,

    IR, PTT.

    Compromisso renal:

    IR, NTA, nefrite intersticial

    Perturbaes TGI freq

    Anorexia, nuseas e diarreia

    ligeira auto-limitado

    Flu sndroma Reaces de HS Sndroma ~ Lupus

    Toxicidade heptica menos freq, mas + grave que a

    H/R

    Hiperuricmia Assintomtica artrite gotosa

    aguda

    Artralgias n-gotosas

    Perturbaes GI

    Anorexia e nuseas; quadro

    auto-limitado

    Erupo cutnea morbiliforme transitria Dermatite de fotossensibilidade

    Nevrite retrobulbar da verde/vermelho e AV (+ freq. IR e dose > 20 mg/kg)

    Preveno: S tratamento ou dose 15 mg/kg; obrigatrio em

    tratamentos prolonga (>2M)

    Toxicidade relacionada com a

    dose e durao do tratamento

    Nevrite perifrica

    Reaces cutneas raras

    inte

    race

    s

    Inibidor do cit P 450 anticonvulsivantes

    :AB; ADO; ACO; ARV hormonoterapia; BEC;

    IECA; anti-lipidmicos ,

    psicotrp. e anticonv.

    da rifampicina se ad simulnea: ciprofl, anti-

    fng. ARV

    23

    Antibacilares de 1 linha

  • Estreptomicina (AG) F- quinolonas Rifabutina

    Pe

    rfil

    Modesta contribuio para a

    potncia do esquema teraputica

    Bactericida fraco, mas 2 boas

    caractersticas como Abc:

    Boa absoro oral concentrao do pulmo e Mo

    Actividade semelhante rifampicina

    mas 2 aspectos distintos:

    1. Menor induo do cit . P450

    (til em VIH + com TB)

    2. Vida mdia srica mais longa

    que a Rifamp (20-25 h vs 2-4 h)

    Ind

    ica

    es

    1. Se suspeita de resistncia

    medicao inicial

    2. Esquemas de retrata/to e

    insucesso teraputico

    2. Doena extensa inicial

    3. M absoro oral ou

    incapacidade de usar v.o. (alteraes do estado de conscincia)

    1. TB resistente ao frmacos de 1 linha

    2. Intolerncia a frmacos de 1 linha

    (segura na doena heptica grave) 1. til em doentes com interaces

    ou intolerncia Rifampicina

    2. Utilizado na preveno da

    infeco por MAC em VIH+

    Ofloxacina

    Casos resistentes + pelo menos 2 ABc

    Ciprofloxacina

    til no tratamento de TB e infeces por MAC em VIH+

    Via IM ou IV Via oral Via oral

    Ad: 15 mg/kg/dia 1000 mg/dia > 59 A: 10 mg/kg 750 mg/dia

    Cspsulas de 150 mg

    Ef 2

    e p

    rec

    Ototoxicidade

    Surdez congnita

    !! Ajuste na IR

    Teratogenicidade

    Leso das cartilagens (

  • Durao / esquemas de

    tratamento

    6M

    Curta durao incluindo a associao HR durante 6 meses TB pulmonar e extra-pulmonar excepto na TB osteo-articular e meningite TB

    9M

    Esquemas sem associao R/Z

    Doente com silicoTB

    Rx inicial com cavitao e

    cultura + ao fim dos 2 M de Terap.

    25 *Bissemanais associados a > tx de falncia teraputica no aconselhados!

  • 26

    Esquemas teraputicos para adultos

    1/2HRZES* 5 HRE Retratamento ou falncia

    teraputica

    6M

    7 M

    E- preveno de resistncias H e/R

    S- esquemas de retratamento

    1. Sem suspeita de resistncia s drogas de 1 linha

    2HRZE porque E probabilidade de resistncia H iniciamos com 4 frmacos

    4-7 HR/ 6HE se HR no for possvel; esterilizao tecidos

    Caso novo 6M

    9M

    Preparaes com dose fixa

    Rifater H 50 mg; R 120 mg e Z 300 mg Rifinah H 150 mg e R 300 mg

    Durao / esquemas de tratamento

  • Regime TOD

    Toma sob observao directa tem vrios objectivos:

    Vigiar adeso teraputica

    Deteco precoce de efeitos 2

    Prefervel para todos os esquemas

    27

    Regime TOD e tratamento

    completo

  • Tuberculose latente indivduos infectados mas sem doena, constituem os futuros casos de TB. Identificao e tratamento eliminao da TB

    O tratamento de TB latente reduz a probabilidade de TB doena em 60-90%

    Risco de infeco depende

    Infecciosidade do caso-ndice bacilfero vs no-bacilfero

    Contactos (idade e ID) risco de reactivao infeco antiga em IC (10% ao longo da vida); ID 10% ao ano; crianas < 6 A (risco de 76-79%)

    Caractersticas da exposio (> 8 h cumulativas em ambiente fechado)

    Grupos de risco Quem rastrear?

    1. Indivduos expostos a doente com TB

    Conviventes, familiares com relao estreita, colegas de trabalho

    Profisso: w na rea da sade, prises, lares

    Residentes em comunidades fechadas: lares, prises

    Imigrantes, toxicodependentes

    1. Risco de evoluo TB-doena

    crianas < 6 A, ID*: HIV +; IRC em HD; teraputica ISS; neoplasia

    * > risco de manifestaes graves de TB ou sequelas graves

  • Rasteio de contactos (++ 1 2 anos)

    1. Histria clnica

    2. Teste de Mantoux (TM) / Doseamento do INF- (IGRA)

    3. Telerradiografia do trax

    1. Histria clnica

    Sintomas e Factores de risco para TB

    Antecedentes: HIV+, toxicodependncia; d heptica

    Hbitos etlicos e medicao ISS ou hepatotxica

    2. Teste de Mantoux consiste numa reaco de hipersensibilidade retardada

    (aparente em 72h) que ocorre em indivduos j expostos ao bacilo.

    Reflecte memria imunolgica (contacto prvio com micobactrias)

    No distingue TB latente de infeco activa

    No indica se bacilo morto ou vivo

    Deve ser realizado em doentes de risco

  • Prova de Mantoux

    Injeco intradrmica de tuberculina infiltrado de linf. T CD4 e CD8 (moncitos e Mo) previamente sensibilizados ao local libertao de mediadores edema e eritema ao fim de 72 h

  • Vantagens Desvantagens

    Fcil execuo Depende da tcnica e da leitura - 2 visitas

    Barato

    Falsos negativos

    1.Dfice imune: HIV+, idade avanada, desnutrio e

    teraputica imunossupressora*

    2.Infeco grave incluindo TB

    3.Vacinao por vrus vivo 15 mg/kg

    Qualquer dose: MTX, ciclosporina,azatioprina, leflunemida ou ciclofosfamida e anti-TNF .

    Sensibilidade 70-85%

    Especificidade 97% (indurao > 15 mm)

  • Interpretao Prova de Mantoux isolada

    Positiva - reactiva

    15 mm$ IC independentemente do estado vacinal e do contacto

    10 mm contacto com doente bacilfero sem BCG recente

    5 mm em ID e crianas no vacinadas

    Negativa - anergia < 5 mm

    Interpretao Prova de Mantoux seriada

    Viragem

    tuberculnica

    Aumento >6 ou 10 mm entre duas provas* (no espao mximo de 2 anos perodo em que 5% dos doentes pd prog para a d)** ou

    Passagem de no reactiva a reactiva

    O que fazer quando doente tem Prova de Mantoux + ? Rx do trax

    se normal e doente assintomtico TB latente se alteraes obriga a excluso de TB doena

  • Princpio

    Na TB latente os linfcitos T produzem INF em resposta estimulao

    por Ag do MT

    Testes estimulam os linfcitos sanguneos com determinados Ag do MT

    (ESAT 6 e CFP 10) deteco e doseamento do interfero produzido.

    1. QuantiFERON

    Teste ELISA que permite o doseamento de Ag especficos do MT produzidos

    pelas clulas T do sangue perifrico.

    Especificidade de 97,7%

    Sensibilidade semelhante PM mas > especificidade

    teis para o diagnstico de TB latente em doentes vacinados bons

    para confirmar o TL.

  • Vantagens vs PM Desvantagens / limitaes vs PM

    Elevada especificidade

    No afectada pela vacinao com BCG

    < n de reaces cruzadas com det. MNT

    Dispendioso, nem sempre disponvel

    Ex-vivo (< efeitos 2) Exige laboratrio equipado

    1 visita ao centro Pessoal para recolha de sangue e cuidadoso

    manuseamento das amostras

    Ausncia de estudos prospectivos que indiquem o risco de

    TB activa se teste positivo

    Existem poucos estudos que validem a sua utilizao em

    crianas e ID

    Limitaes dos novos testes Prova de Mantoux como Gold Standard para o diagnstico de TB latente

    Futuro: prevalncia da d e da TB latente necessidade de testes + especficos para FP estes podero ser teis na eliminao da doena

  • Doente > 35 anos ou factores de risco para doena heptica ponderar risco

    benefcio da ISONIAZIDA

    incidncia de hepatite txica aumenta com a idade

    Tratamento de TB latente

    incidncia e da // por TB em HIV com TM + ( ind. TM negativo)

    Regimes de tratamento

    9 H dirio

    2 RZ dirio

    Alternativas

    4R dirio

    9H 2x/sem

  • Assintomtico

    Mantoux positiva

    Radiografia normal

    17-35 A

    Tratar TL

    > 35 A

    Ponderar risco benefcio**

    Rx no fim do tratamento

    H: provas hepticas (PH) R: HG com plaquetas, Cr e PH Z: cido rico e PH

    Monitorizao laboratorial Mensal se H ou R (se FR, alt. iniciais ou ef. 2) 0, 2, 4 e 6 se RZ

    HIV +

    VIH - VIH + doses

    6H 9H H: 5 mg/Kg/d (mx.300 mg/d)

    2HRZ e

    2RZ* 2 RZ*

    R : 5 mg/Kg/d (mx. 600 mg/d)

    Z: 20 mg/kg/d (mx 2g/d)

    4R 4R R:10 mg/kg/dia (mx. 600)

    6 ZE ou

    6 ZQ

    9H

    2x/sem 15 mg/kg (mx.900)

    Tratar TL

    *Aconselhado TOD por ser esquema curto ** risco de 2,3% de hepatite txica > 50 anos

  • Anti-TNF

    til em patologias do foro reumatolgico: Artrite reumatide (AR) e artrite psoritica em doentes

    refractrios a outras teraputicas e tambm na Doena de Crohn e psorase

    Porqu importante rastrear?

    O risco de desenvolvimento de TB em doentes com AR sob anti-TNF 19x superior vs doentes sem

    teraputica

    Superior a outros frmacos ISS (risco 4x sup vs doentes sem terap ISS)

    TNF-alfa importante na formao e manuteno dos granulomas (conteno da infeco) maioria dos doentes sofre reactivao TB doena

    O que fazer?

    Rastreio e tratamento de TL ou TD na fase inicial (antes de iniciar tratamento) e antes de iniciar anti-

    TNF alfa

  • Recomendado 9H

    Alternativos: 6H, 3HR, 2HRZ (em avaliao)

    Prova de Mantoux

    positiva

    Tratamento

    5 mm em doentes sob teraputica ISS (ID) ou em doentes imunocompetentes que vo iniciar TNF*

    10 mm em doentes imunocompetentes com doena inflamatria articular

    Prova de Mantoux ** (< 5mm)

    Prova de Mantoux

    em Two Step

    2 Prova de Mantoux +

    ( 5 mm)

    1-2 sem depois

    * risco elevado de desenvolvimento de formas graves de TB que estes frmacos condicionam

    ** PM negativa no exclui infeco

    porque doentes ID. Repete-se para

    tentar estimular o SI (efeito booster).