tuberculose pulmonar

45
TUBERCULOSE PULMONAR ERICK F. BRAGATO – MEDICINA UEL

Upload: erick-frank

Post on 24-Jun-2015

1.311 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tuberculose pulmonar

TUBERCULOSE PULMONAR

ERICK F. BRAGATO – MEDICINA UEL

Page 2: Tuberculose pulmonar
Page 3: Tuberculose pulmonar

EPIDEMIOLOGIA

O Brasil é um dos 22 países que

concentram 80% da carga mundial de TB.

19ª posição em relação ao número de

casos.

Em 2008, 4ª causa de morte por doenças

infecciosas e a primeira causa de morte

dos pacientes com aids.

7 semanas se passam entre o 1º

atendimento e início do tto.

Page 4: Tuberculose pulmonar
Page 5: Tuberculose pulmonar
Page 6: Tuberculose pulmonar
Page 7: Tuberculose pulmonar

TRANSMISSÃO

A infecção ocorre a partir da inalação de

núcleos secos de partículas contendo

bacilos expelidos pela tosse, fala ou

espirro do doente com tuberculose ativa

de vias respiratórias (pulmonar ou

laríngea).

Page 8: Tuberculose pulmonar

QUADRO CLÍNICO

TB PULMONAR PRIMÁRIA

Infecção há menos de 3 anos.

Mais comum em crianças.

Pode ser comparado ao de PNM atípica.

Febre baixa (38-39°C) 14-21 dias.

Tosse seca.

Estado geral costuma estar preservado.

Fadiga e dor torácica é incomum.

Page 9: Tuberculose pulmonar

QUADRO CLÍNICO

TB PULMONAR PÓS PRIMÁRIA

Forma crônica da TB pulmonar.

Típica em indivíduos de 15-40 anos.

Forma responsável pela transmissão da doença na população (multibacilífero).

A maioria são oligossintomáticos!

Tosse (seca, mucoide, expectorante).

Perda de peso, fraqueza, febre vespertina e sudorese noturna.

Até procurar o médico, a doença evolui e já houve contaminação de no mínimo 15 pessoas!

Page 10: Tuberculose pulmonar

QUADRO CLÍNICO

TB MILIAR

Forma grave de doença e ocorre em 1% dos

casos.

A apresentação clínica clássica é a aguda

Febre, astenia, emagrecimento e tosse (80%)

hepatomegalia (35%), alterações do sistema

nervoso central (30%) e alterações cutâneas

do tipo eritemato-máculo-pápulo-vesiculosas.

Page 11: Tuberculose pulmonar

QUADRO CLÍNICO

TB EXTRAPULMONAR

Sinais e sintomas dependentes dos órgãos

e/ou sistemas acometidos.

Tuberculose pleural; Empiema pleural

tuberculoso; Tuberculose ganglionar

periférica; TB meningoencefálica;

Tuberculose pericárdica; Tuberculose

óssea.

Page 12: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

Sintomáticos respiratórios: tosse por 2

semanas ou mais.

Busca ativa em populações de risco:

Contatos de TB pulmonar

Moradores de abrigo ou asilo

Prisioneiros ou profissionais da saúde

Page 13: Tuberculose pulmonar
Page 14: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

INFECÇÃO LATENTE POR MtB

É o período entre a penetração do bacilo no

organismo e o aparecimento da TB doença.

Deve-se excluir TB doença.

PPD ≥ 5mm

Tratamento: Isoniazida (H) 5-10mg/kg/6

meses.

NÃO USAR O TERMO QUIMIOPROFILAXIA

Page 15: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

Prova tuberculínica: para o diagnóstico de

TbL, avaliar 48 a 72 horas (até 96h) após a

aplicação.

Reações falso-positivas podem ocorrer

com outras micobactérias ou vacinados

com a BCG recente.

Page 16: Tuberculose pulmonar
Page 17: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

Definição de contato:

Pelo menos 200h de exposição a focos com

BAAR (+).

Ou 400h de exposição a focos com cultura

(+) no mesmo espaço físico

Page 18: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

BACTERIOLÓGICO

Pesquisa de BAAR em duas amostras de

escarro, uma no 1º atendimento e outra

na manhã seguinte.

Induzir com salina hipertônica nos

pacientes sem expectoração, mas com RX

sugestivo.

LBA ~ 3 amostras de escarro

Page 19: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

CULTURA QUANDO: (Preferir meio

líquido)

Suspeita de TB e BAAR (-)

Retratamento

HIV

Populações vulneráveis

Suspeitos de resistência

Suspeita de TB extrapulmonar

Page 20: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

RADIOLÓGICO

TB PRIMÁRIA:

Opacidades parenquimatosas unifocal, pulmão D, lobos médio e inferior.

Linfonodomegalia em região hilar e paratraqueal.

Atelectasia por compressão de vias aéreas.

Padrão miliar.

Derrame pleural (mais tardio)

Page 21: Tuberculose pulmonar
Page 22: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

TB PÓS PRIMÁRIA

Opacidades agrupadas em ápice.

Formação de cavidade única ou múlptipla

em segmentos apicais e dorsais.

Estenose brônquica por atelectasia.

TC: nódulos acinares com ramificações

(árvore em brotamento).

Espessamento das paredes brônquicas.

Page 23: Tuberculose pulmonar
Page 24: Tuberculose pulmonar
Page 25: Tuberculose pulmonar
Page 26: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

TB EXTRAPULMONAR

Embora paucibacilar, deve-se buscar o

diagnóstico bacteriológico e histopatológico.

TB pleural: biópsia + cultura = Dx 90%

Derrame com exsudato 75% linfócito,

ADA>40 e exclusão de cél. neoplásicas.

Outros: TB ganglionar; TB SNC; TB vias

urinárias...

Page 27: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO

ESQUEMA BÁSICO (2RHZE/4RH)

Para todos casos novos de TB (exceto meningoencefalite).

Para todos os casos de recidivas e retorno após abandono.

Cultura SE: BAAR (+) no final do 2º mês de tto. TBMR??

RIFAMPICINA 150MG/CP

ISONIAZIDA 75MG/CP

PIRAZINAMIDA 400MG/CP

ETAMBUTOL 275MG/CP

Page 28: Tuberculose pulmonar
Page 29: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO

ESQUEMA PARA TBMR

(2S5EOZT/4S3EOZT/12EOT), INDICAÇÕES:

Falência ao esquema básico, com resistência à

R + H ou R + H + outro fármaco.

Intolerância a dois ou mais medicamentos do

esquema básico.

Acompanhamento em unidade de referência

terciária.

Page 30: Tuberculose pulmonar
Page 31: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO

SE FALHA, LEVAR EM CONSIDERAÇÃO:

infecção por MNTB.

erro de dosagens dos medicamentos.

irregularidade de uso dos medicamentos

em caso de regimes auto administrados.

absorção inadequada dos medicamentos

(mais rara).

Page 32: Tuberculose pulmonar
Page 33: Tuberculose pulmonar
Page 34: Tuberculose pulmonar
Page 35: Tuberculose pulmonar

CONTROLE DO TRATAMENTO

Baciloscopia mensal (2º, 4º, 6º mês***)

Acompanhamento clínico mensal.

Pacientes inicialmente bacilíferos deverão

ter pelo menos DUAS baciloscopias

negativas para comprovar cura, uma na

fase de acompanhamento e outra ao final

do tratamento.

Page 36: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO

CIRÚRGICO (TB PULMONAR ATIVA)

TBMR

Efeitos adversos graves aos fármacos anti-TB.

Hemoptise não controlada e/ou de repetição.

Complicações: empiema, pneumotórax e fístula broncopleural.

Linfoadenomegalias com compressão da árvore traqueobrônquica.

Page 37: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO

CIRÚRGICO ( SEQUELAS)

Resíduo pulmonar sintomático (infecções

repetidas e/ou hemoptise).

Lesão pulmonar cavitária sintomática colonizada

por fungos.

Hemoptise não controlada e/ou de repetição.

Complicações: empiema, pneumotórax e fístula

broncopleural.

Para diferenciar entre TB e câncer pulmonar.

Page 38: Tuberculose pulmonar

VACINAÇÃO

BCG para crianças de 0 a 4 anos, com

obrigatoriedade para menores de 1 ano.

Não protege indivíduos já infectados pelo

Mt.

Oferece proteção a não infectados contra

as formas mais graves, tais como a

meningoencefalite tuberculosa e a

tuberculose miliar, na população menor

de 5 anos.

Page 39: Tuberculose pulmonar

MICOBACTÉRIAS NÃO

TUBERCULOSAS Estão amplamente distribuídas na natureza.

Colonizam o corpo humano na forma

saprófita de vida, podendo causar infecções

ou doenças (micobacterioses).

fontes ambientais, como inoculação por

meio de traumas e inalação de aerossóis, e

instrumentos contaminados são as formas

mais importantes de transmissão.

Page 40: Tuberculose pulmonar

Falhas nos procedimentos de limpeza,

desinfecção e esterilização de

instrumentos ou equipamentos têm sido

apontadas como principais fatores

desencadeantes do processo infeccioso.

A imunossupressão é um fator de risco

para sua disseminação.

O pulmão é o principal órgão acometido

pelas MNT.

Page 41: Tuberculose pulmonar

As espécies associadas à doença pulmonar

no Brasil são:

Complexo M. avium;

M. kansasii;

M. xenopi;

M. malmoense;

M. abscessus;

Page 42: Tuberculose pulmonar

MNT geralmente ocorre em pacientes

com doença pulmonar crônica.

Na maioria das vezes, a sintomatologia

clínica se assemelha à evolução crônica da

tuberculose.

Os pacientes geralmente apresentam

sintomas como tosse crônica com

expectoração, fadiga, febre, hemoptise e

perda de peso.

Page 43: Tuberculose pulmonar
Page 44: Tuberculose pulmonar

DIAGNÓSTICO

Escarro:

3 culturas (+) com baciloscopias negativas ou

2 culturas (+) e uma baciloscopia (+)

coletadas num período de um ano.

LBA: uma baciloscopia e cultura (+) ou apenas

uma cultura (+).

Biópsia de pulmão + cultura

Page 45: Tuberculose pulmonar

TRATAMENTO